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Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Embrapa Agroindústria Tropical. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

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Programa Institucional de Bolsas de Iniciação

Científica - PIBIC/CNPq

De 6 a 8 de outubro de 2010

Científica

ão

VIII Encontro de Iniciaç

R E S U M O S

(2)

Embrapa Agroindústria Tropical Fortaleza, CE

2010

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Agroindústria Tropical

Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Organizadores

Andréia Hansen Oster Afrânio Arley Teles Montenegro

Carlos Farley Herbster Moura Fábio Rodrigues de Miranda

Marlos Alves Bezerra Maria Elisabeth Barros de Oliveira Nicodemos Moreira dos Santos Júnior

Patrícia do Nascimento Bordallo Rubens Sonsol Gondim

6 a 8 de outubro de 2010

R E S U M O S

VIII Encontro de Iniciação Científica

da Embrapa Agroindústria Tropical

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Exemplares desta publicação podem ser adquiridos na:

Embrapa Agroindústria Tropical

Rua Dra. Sara Mesquita 2270, Pici CEP 60511-110 Fortaleza, CE Fone: (85) 3391-7100 Fax: (85) 3391-7109

Home page: www.cnpat.embrapa.br

Comitê de Publicações da Embrapa Agroindústria Tropical

Presidente: Antonio Teixeira Cavalcanti Júnior Secretário-Executivo: Marco Aurélio da Rocha Melo

Membros: Diva Correia, Marlon Vagner Valentim Martins, Arthur Cláudio Rodrigues de

Souza, Ana Cristina Portugal Pinto de Carvalho, Adriano Lincoln Albuquerque Mattos e Carlos Farley Herbster Moura

Supervisão editorial: Marco Aurélio da Rocha Melo Revisão de texto: Jane Maria de Faria Cabral Normalização bibliográfica: Rita de Cassia Costa Cid Fotos da capa: Cláudio de Norões Rocha

Editoração eletrônica: Arilo Nobre de Oliveira

1a edição

1a impressão (2011): 100 exemplares

Todos os direitos reservados

A reprodução não autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação dos direitos autorais (Lei no 9.610).

CIP – Brasil. Catalogação-na-Publicação Embrapa Agroindústria Tropical

© Embrapa 2010 Encontro de Iniciação Científica da Embrapa Agroindústria Tropical (8.: 2010: Fortaleza, CE).

Resumos.../ Organizado por Andréia Hansen Oster... [et al.]. – Fortaleza: Embrapa Agroin-dústria Tropical, 2010.

78 p.

Iniciação Científica – Congresso. I. Oster, Andréia Hansen. II. Montenegro, Afrânio Arley Teles. III. Moura, Carlos Farley Herbster. IV. Miranda, Fábio Rodrigues de. V. Bezerra, Marlos Alves. VI. Oliveira, Maria Elisabeth Barros de. VII. Santos Júnior, Nicodemos Moreira dos. VIII. Bordallo, Patrícia do Nascimento. IX. Gondim, Rubens Sonsol. X. Título.

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Organizadores

Andréia Hansen Oster

Engenheira Agrônoma, D. Sc. em Fisiologia Pós-Colheita, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, andreia@cnpat.embrapa.br

Afrânio Arley Teles Montenegro

Engenheiro Agrônomo, M. Sc. em Irrigação e Drenagem, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, afranio@cnpat.embrapa.br

Carlos Farley Herbster Moura

Engenheiro Agrônomo, D. Sc. em Fisiologia de Pós-colheita, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, farley@cnpat.embrapa.br

Fábio Rodrigues de Miranda

Engenheiro Agrônomo, Ph. D. em Agricultura de Precisão, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, fabio@cnpat.embrapa.br

Marlos Alves Bezerra

Engenheiro Agrônomo, D. Sc. em Fisiologia Vegetal, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, marlos@cnpat.embrapa.br

Maria Elisabeth Barros de Oliveira

Engenheira Química, D. Sc. em Tecnologia de Alimentos, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, elisabeth@cnpat.embrapa.br

Nicodemos Moreira dos Santos Júnior

Ciências Econômicas, B. Sc., assistente, Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, nicoh@cnpat.embrapa.br

Patrícia do Nascimento Bordallo

Engenheira Agrônoma, D. Sc. em Produção Vegetal, pesquisadora da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, bordallo@cnpat.embrapa.br

Rubens Sonsol Gondim

Engenheiro Agrônomo, D. Sc. em Recursos Hídricos, pesquisador da Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, rubens@cnpat.embrapa.br

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Apresentação

A Iniciação Cientifica é uma modalidade de formação técnico-científica que permite introduzir os estudantes de graduação em atividades de pesquisa, na perspectiva de formar os cientistas do futuro.

Neste cenário, a Embrapa Agroindústria Tropical como instituição responsável pela formação de cientistas do futuro promoveu o VIII Encontro de Iniciação Científica da Embrapa, nos dias 6 a 8 de outubro de 2010. O Encontro contou com 49 trabalhos inscritos, contemplando as áreas de Melhoramento, Biologia Molecular e Vegetal, Sistemas de Produção, Proteção de Plantas, Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita e Processos Agroindustriais e Gestão e Engenharia Ambiental e Análise de Impactos.

Durante os encontros de Iniciação Científica, os estagiários têm a oportunidade de apresentar seus trabalhos, e discutir os resultados e experiências alcançados com a comunidade acadêmica.

É com muita satisfação que apresentamos os resumos do VIII Encontro de Iniciação Científica da Embrapa Agroindústria Tropical, resultado do esforço dos estudantes, comunidade embrapiana, órgãos de fomento e colaboradores.

Vitor Hugo de Oliveira

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Agradecimentos

À Chefia-Geral da Unidade e às Chefias-Adjuntas de Administração, Pesquisa e Transferência de Tecnologia, representadas pelo Dr. Vitor Hugo de Oliveira, Dr. Cláudio Rogério Bezerra Torres, Dra. Andréia Hansen Oster e Dr. Lucas Antônio de Sousa Leite, respectivamente, por reconhecerem a importância do evento e apoiarem a sua realização.

Aos setores de Tecnologia da Informação e de Comunicação e Negócios da Embrapa Agroindústria Tropical, pelo apoio em todos os momentos da organização deste evento.

Ao Comitê de Publicações e à equipe de editoração, pelas valiosas contribuições para a elaboração deste documento.

Ao CNPq, pela concessão da cota do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), que auxilia no desenvolvimento de pesquisas científicas e tecnológicas de interesse da agroindústria tropical, possibilitando a iniciação dos estudantes nas atividades de pesquisa.

À Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) pelo patrocínio do evento.

A todos que, de uma forma ou de outra, colaboraram para a realização do evento e deste documento.

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Sumário

Divergência genética de acessos de meloeiro por meio

de marcadores moleculares... ... 11 Efeito de diferentes vedações na micropropagação

de bastão do imperador in vitro... ... 13 Conservação e viabilidade de garfos de cajueiro submetidos

a diferentes tipos de acondicionamento... .... 15 Caracterização genética de progênies de gravioleira por meio

de marcadores ISSR.... ... 17 Marcadores moleculares na análise da variabilidade genética de

acessos de cajueiro em banco de germoplasma... .... 18 Influência de fotoperíodos no desenvolvimento in vitro de

Anthurium plowmanii... ... 19

Condições climáticas em ambiente protegido na região da

Ibiapaba-CE... 21 Sistema de cultivo para helicônias no Vale do Curu, Ceará... ... 22 Diversidade de fungos micorrizicos e nematóides na rizosfera de

abacaxizeiro e sapotácea em pomar orgânico... ... 23 Efeito de óleos essenciais no crescimento in vitro de

Lasiodiplodia theobromae... ... 24

Qualidade e compostos bioativos de melões produzidos no

Estado do Ceará... 25 Tratamento térmico para o controle in vitro do agente causal da

podridão-de-fusário em frutos de melão... 27 Caracterização físico-química e atividade antioxidante total de frutos de sapotizeiro durante seu desenvolvimento ... 28 Avaliação da qualidade e da atividade antioxidante total de frutos

de clones de aceroleira visando o melhoramento genético... ... 30 Qualidade de frutos de híbridos de meloeiro amarelo produzidos

(8)

Características fenotípicas de virulência e sensibilidade a antibióticos de estirpes de Enterococcus sp ... 32 Compostos ativos do aroma da pimenta biquinho-laranja

(C. chinense) ... 33 Caracterização físico-química de amêndoas de diferentes clones

de cajueiro... ... 35 Dinâmica da coleção de microrganismos de interesse para a

agroindústria tropical... ... 36 Análise do perfil químico e físico da cera de carnaúba (Copernícia sp.) obtida por diferentes acessos... 37 Obtenção e caracterização de filmes de polpa de acerola e alginato com nanocristais de celulose... ... 39 Produção de proteases por fermentação em estado sólido (FES) de torta de canola... ... 41 Avaliação do armazenamento refrigerado e do congelamento sobre a atividade proteolítica e coagulante de proteases obtidas de

semente de girassol... ... 42 Caracterização cromática, química e físico-química de bebidas

energéticas e isotônicas comercializadas em Fortaleza,CE... ... 44 Avaliação dos fenólicos presentes em polpa de acerola por

LC-DAD-ESI-MS... ... 46 Avaliação da atividade anti-microbiana do óleo essencial de

Lippia alba frente ao Staphylococcus aureus, à Salmonella choleraesuis, Echerichia coli e Pseudomona aeruginosa... ... 47

Avaliação de ácidos graxos de Rhodotorula durante a fermentação do glicerol... ... 48 Composição química e físico-química de leites tipo UHT comercializados em Fortaleza, CE... 49 Estabilidade do ácido ascórbico em néctar de manga em função da temperatura e do tempo de armazenamento... ... 50

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Influência da temperatura, dulcificação e tempo de estocagem na

estabilidade do ácido ascórbico em suco de caju... ... 51

Perfil de compostos voláteis de bananas pacovan, resistentes e sensíveis à sigatoka-negra... ... 52

Pré-tratamento do bagaço do pedúnculo do caju... ... 53

Otimização da produção de esporos de Beauveria bassiana LCB 63... ... 54

Seleção de fungos filamentosos para a produção de xilanases ... 55

Seleção e avaliação do potencial celulolítico de diferentes linhagens de fungos filamentosos... 56

Caracterização físico-química do queijo coalho produzido no Município de Jaguaribe, CE... ... 57

Obtenção de nanowhiskers de celulose do línter de algodão... ... 58

Obtenção de nanocelulose a partir do bambu... 60

Nanopartículas de celulose obtidas de resíduos agroindustriais... ... 62

Estudo do comportamento da nanofibra de dendê visando aplicações em nanomateriais... ... 63

Pré-tratamento termoquímico do bagaço da cana-de-açúcar para a produção de açúcares fermentescíveis... ... 65

Toxicidade e biodegrabilidade anaeróbia do glicerol oriundo do biodiesel... ... 67

Obtenção de nanocelulose a partir do caroço, resíduo do processamento agroindustrial da manga... ... 68

Definição de fluxograma para a extração de galactomananas de sementes de algaroba [Prosopis juliflora (SW) D.C]... ... 69

Avaliação comparativa de desempenho ambiental das nanocristais de celulose... ... 71

Valorização de resíduos agroindustriais: uso do pseudocaule de bananeira como matéria-prima para obtenção de nanoestruturas de celulose... ... 72

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Modelo digital de terreno - MDT das regiões produtoras de melão da Chapada do Apodi e do baixo Jaguaribe... ... 74 Monitoramento participativo da qualidade da água e diagnóstico

ambiental participativo: metodologias para a gestão integrada dos

recursos naturais no semiárido... ... 75 Inventário ambiental do processo de obtenção de nanocristais de

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DIVERGÊNCIA GENÉTICA DE ACESSOS DE MELOEIRO POR MEIO DE MARCADORES MOLECULARES

Zirlane Portugal da Costa1, Glaucia Salles Cortopassi Buso2,

Marco Antonio Ferreira2, Antonio Abelardo Herculano Gomes Filho1,

Alexandre Campos Nunes3, Fernando Antonio Souza de Aragão4

1Agronomia/CCA - Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Recursos Genéticos

e Biotecnologia, CP 02372, CEP 70770-917, Brasília, DF;

3Bolsista Funcap/Embrapa Agroindústria Tropical;

4Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761, CEP 60511-110, Fortaleza, CE.

E-mail: zirlane26@gmail.com

A divergência genética de 38 acessos de meloeiro coletados na agricultura tradicional do Nordeste brasileiro foi estudada por meio de marcadores microssatélites, tendo três híbridos comerciais como testemunhas. O germoplasma do melão avaliado pertence às variedades botânicas

cantaloupensis (19), momordica (7), conomon (4), inodorus (3) e a oito

genótipos sem identificação de variedade botânica. Foram utilizados 25 marcadores SSR para as reações de amplificação, eletroforese e obtenção dos dados moleculares. Desses, 17 marcadores foram polimórficos (CMBR7, CMBR12, CMBR21, CMBR27, CMBR40, CMBR56, CMBR64, CMBR83, CMBR90, CMBR92, CMBR95, CMBR100, CMBR105, CMBR115, CMBR140, M176 e CM254) utilizados para estimar a divergência dos genótipos. A média de alelos por marcador foi de 2,41, sendo formados três genótipos por loco. Os marcadores CMBR64, CMBR100 e CMBR105 apresentaram frequência do alelo principal superior a 90% e baixos valores do conteúdo de informação polimórfica (PIC), com 0,09, 0,16 e 0,07, respectivamente. A heterozigosidade esperada variou de 0,07 no marcador CMBR105 a 0,60 no marcador CMBR83, com média de 0,40. Já a heterozigosidade observada apresentou valores muito baixos, variando de zero, para os marcadores CMBR12, CMBR21, CMBR92 e CMBR176, a 0,29 no marcador CMBR56, com média de 0,09. O valor do PIC variou de 0,07 no marcador CMBR105 a 0,54 no marcador CMBR83, com média de 0,32. O marcador CMBR140 apresentou o maior número de alelos e genótipos, além de ser também bastante informativo, apresentando PIC de 0,50. Pela análise filogenética dos 41 acessos, com base nos 17 marcadores microssatélites, foram obtidos 13 grupos de genótipos, com valor cofenético de 0,72 (P<0,01). Não houve associação entre a formação de grupos de genótipos e a classificação

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botânica dos acessos. Portanto, houve ampla variabilidade entre os acessos, entre e dentro dos grupos botânicos, indicando que esse germoplasma tem potencial para o melhoramento do melão. A associação da alta frequência média dos alelos principais com a baixa heterozigosidade e muitos loci em homozigose indica que a conservação da coleção de acessos não está mantendo as frequências alélicas, conduzindo-os à homozigose.

Palavras-chave: Cucumis melo, germoplasma, melhoramento. Agradecimentos: CNPq e BNB.

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EFEITO DE DIFERENTES VEDAÇÕES NA MICROPROPAGAÇÃO DE BASTÃO-DO-IMPERADOR IN VITRO

Eder de Oliveira Santos1, Ana Cristina Portugal Pinto de Carvalho2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: ederolisan@gmail.com

As flores tropicais são cultivadas por causa da beleza, exotismo e diversidade de cores, formas e usos. Entre as espécies tropicais, destaca-se o bastão-do-imperador [Etlingera elatior (Jack) R.M. Smith] planta herbácea, rizomatosa, perene, que possui inflorescências belas em diferentes tonalidades de vermelho, possuindo um grande potencial ornamental. Entretanto, tem-se verificado como principal fator limitante para a expansão de seu cultivo comercial, a carência, no mercado, de mudas de alta qualidade fitossanitária. A micropropagação tem-se apresentado como uma ferramenta viável, visando possibilitar maior rapidez na produção de mudas, tanto em número, quanto em uniformidade. O presente trabalho objetivou estudar o efeito de diferentes tipos de vedação dos frascos na taxa de multiplicação in vitro da cv. Porcelana. Os explantes, brotações obtidas de mudas micropropagadas a partir de ápice caulinar, foram inoculados em frascos contendo meio de cultura MS, suplementado com 2,5 mg/L de BAP, 30 g L-1 de sacarose e

5,5 g L-1 de ágar, sob dois regimes de fotoperíodo (12 e 16 horas), e cinco

tipos de vedação (PVC – filme plástico, tampa de polipropileno, tampa de polipropileno + PVC, tampa de polipropileno com respirador, tampa de polipropileno com respirador + PVC), totalizando 10 tratamentos. As culturas foram mantidas em câmara de crescimento com temperatura de 25 ºC ± 2 ºC e intensidade luminosa de 30 μmolm-2 s-1, sendo a taxa de multiplicação

avaliada 40 dias após a inoculação in vitro. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com cinco repetições e analisado em esquema fatorial 2 x 5 (2 fotoperíodos x 5 vedações). A parcela foi constituída por cinco frascos de capacidade de 220 mL com 30 mL de meio de cultura MS, contendo cinco explantes por frasco. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. Houve efeitos significativos para a interação fotoperíodo x tipo de vedação. As maiores taxas de multiplicação (5,6) foram registradas no fotoperíodo de 12 horas diárias, com a vedação apenas com filme plástico PVC. Com o presente estudo, conclui-se que o sistema de cultivo in vitro

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mais adequado para obtenção de mudas micropropagadas de bastão-do-imperador cv, Porcelana, na fase de multiplicação, foi em frascos vedados com apenas filme plástico PVC em fotoperíodo de 12 horas de luz.

Palavras-chave: Etlingera elatior, cultura de tecidos, tipos de tampas. Agradecimentos: Embrapa, CNPq.

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CONSERVAÇÃO E VIABILIDADE DE GARFOS DE CAJUEIRO SUBMETIDOS A DIFERENTES TIPOS DE ACONDICIONAMENTO

Otávio Vieira Sobreira Júnior1, Cintia Ferreira Bezerra1, Ana Cecília Ribeiro de

Castro2, Fernando Antonio de Souza Aragão2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: silva@gmail.com

O território brasileiro abriga grande diversidade de plantas frutíferas, amplamente distribuídas nos diferentes ecossistemas. Muitos materiais que se encontram em ambiente natural apresentam forte tendência ao desaparecimento, por causa da exploração irracional dos ecossistemas em que ocorrem. Os bancos de germoplasma surgem como alternativa de conservação desses recursos genéticos passiveis de uso. No caso de espécies alógamas, como o cajueiro, a coleta de materiais é feita por meio de sementes, o que gera um problema de gestão desses recursos nos bancos, que necessitam de um grande número delas para representar um único acesso. Existe ainda o risco de os exemplares das populações prospectadas não estarem frutificando no momento da expedição. A utilização de estacas dos acessos coletados garante a fidelidade dos padrões genéticos do recurso genético e reduz o número de repetições a serem implantadas no banco. Entretanto, estacas de cajueiro só são viáveis para a enxertia por um curtíssimo período de tempo, inviabilizando-as durante o retorno ao viveiro. O objetivo desse trabalho foi avaliar a conservação e a viabilidade de garfos de cajueiro submetidos a diferentes tipos de acondicionamento. O delineamento foi inteiramente casualizado, em esquema fatorial 5x2x2x3, sendo os seguintes os tipos de armazenamento: jornal; jornal e saco plástico; saco plástico; polímero retentor de água e vermiculita; com e sem refrigeração; com ou sem solução antioxidante; intervalo de tempo para a enxertia de 24, 120 e 240 horas após coleta, com 7 repetições e 2 grupos-controle (estaca sem tratamento e estaca enxertada no dia da coleta). Quanto à sobrevivência, número de folhas e comprimento da estaca, as plantas foram avaliadas, quinzenalmente, até 60 dias após a enxertia. De modo geral, notou-se que quanto maior o intervalo de tempo para a enxertia, menor a sobrevivência, o número de folhas e o comprimento da estaca. Observou-se que as estacas mantidas em jornal + saco, sem antioxidante sem gelo; jornal + saco com antioxidante sem gelo; polímero

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sem antioxidante e vermiculita com antioxidante sem gelo obtiveram 100% de pega nas enxertias realizadas após 240 horas da coleta e que todos os tratamentos com refrigeração tiveram comprometimento na sobrevivência das estacas. Em todos os intervalos para enxertia, os melhores resultados foram obtidos quando as estacas foram envoltas em jornal e mantidas em sacos plásticos.

Palavras-chave: estacas, Anacardium, germoplasma. Agradecimentos: Embrapa, CNPq.

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CARACTERIZAÇÃO GENÉTICA DE PROGÊNIES DE GRAVIOLEIRA POR MEIO DE MARCADORES ISSR

Eveline Nogueira Lima1, José Jaime Vasconcelos Cavalcanti2, Patrícia do

Nascimento Bordallo2, Maria Emília Bezerra de Araújo1

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: evelinenlima@gmail.com

A graviola (A. muricata L.) é alternativa de alto potencial, uma vez que se trata de fruta adaptada à região Nordeste. Além de apreciada pelos mercados interno e externo, a demanda crescente e o interesse dos consumidores e da indústria de polpa justificam a sua inclusão como um dos frutos tropicais brasileiros de excelente valor comercial. No entanto, o número de cultivares e a exploração da variabilidade genética existente ainda são incipientes. Isso torna necessário o conhecimento da base genética disponível para maximizar a seleção de genótipos superiores e obter ganhos genéticos para características de importância econômica. Neste sentido, objetivou-se avaliar a variabilidade genética de progênies de gravioleira por meio de marcadores moleculares ISSR (Inter Simple Sequence Repeats). Foram utilizadas 25 progênies de gravioleira provenientes de pomares domésticos e de cultivos comerciais do Ceará e Piauí, localizadas no Campo Experimental da Paraipaba, da Embrapa Agroindústria Tropical. O DNA foi extraído de folhas jovens, por meio de uma modificação do método Cavalcanti (2004) modificado, CTAB+PVP 2%. As análises de reações de amplificação foram realizadas, utilizando-se 49 primers ISSR dos quais 20 foram eficientes. A visualização das reações foi feita por meio de imagens de géis de eletroforese com 1% de agarose em TBE, obtidas por meio de sistema de foto documentação. A identificação dos marcadores polimórficos foi feita com base na presença e ausência de bandas. Os 20 primers utilizados geraram 85 bandas polimórficas de um total de 149. Os marcadores ISSR apresentaram polimorfismo e foram eficientes para avaliar e diferenciar as progênies, as quais apresentaram significativa variabilidade genética. Estas informações devem ser utilizadas em futuros trabalhos de melhoramento genético que visam obter as melhores combinações gênicas.

Palavras-chave: polimorfismo, diversidade e ISSR. Agradecimentos: CNPq.

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MARCADORES MOLECULARES NA ANÁLISE DA VARIABILIDADE GENÉTICA DE ACESSOS DE CAJUEIRO EM BANCO DE GERMOPLASMA, POR MEIO DE MARCADORES MOLECULARES

Frederico Inácio Costa de Oliveira1, Francisco das Chagas Vidal Neto2, José Jaime

Vasconcelos Cavalcanti2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: fred.inacio@hotmail.com

O cajueiro (Anacardium occidentale) pertence à família Anacardiaceae, a qual compreende cerca de 60 a 74 gêneros e 400 a 600 espécies de árvores e arbustos, principalmente tropicais e subtropicais, com poucos representantes de clima temperado. Entretanto, existem apenas sete clones comerciais de cajueiro-anão precoce e nenhum de cajueiro comum, todos com uma base genética excessivamente estreita, o que caracteriza claramente uma situação de vulnerabilidade genética. Para que futuros programas de melhoramento sejam bem sucedidos aos novos ambientes onde o cajueiro for testado, há necessidade de diversidade genética, quantificada e disponível aos melhoristas. Desse modo, o presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar a variabilidade genética entre 55 acessos de cajueiro provenientes do BAG-Cerrado usando marcadores moleculares ISSR (Inter Simple Sequence Repeats). As amostras foram coletadas na Estação Experimental de Pacajus e analisadas no Laboratório de Biologia Molecular da Embrapa Agroindústria Tropical, em Fortaleza, CE. As extrações de DNA foram realizadas de acordo com o protocolo pré-estabelecido para extração de DNA vegetal. Após a amplificação dos produtos por PCR e visualização das bandas nos géis de eletroforese, foram identificados os marcadores polimórficos, de acordo com a presença ou ausência das bandas. Por meio do uso do coeficiente de similaridade de Jaccard, foi gerada uma matriz de similaridade genética e, a partir dela, um dendograma de distâncias genéticas. Em um total de 88 bandas geradas a partir de oito iniciadores utilizados, foi possível identificar 75 fragmentos polimórficos, demonstrando alta variabilidade genética que poderá ser explorada em trabalhos de melhoramento com esses acessos de cajueiro, bem como eficiência dos marcadores moleculares ISSR na analise de divergência genética entre as progênies estudadas.

Palavras-chave: Anacardium occidentale, polimórfico, similaridade Agradecimentos: CNPq.

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INFLUÊNCIA DE FOTOPERÍODOS NO DESENVOLVIMENTO IN VITRO DE Anthurium plowmanii

Iury César de Sousa Mourão1, Ana Cecília Ribeiro de Castro2, Ana Cristina Portugal

Pinto de Carvalho2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: iurycsm@gmail.com

O Anthurim plowmanii é uma espécie nativa, com grande potencial de uso ornamental, tanto como folhagem de corte quanto planta para vaso, entretanto pouco explorada comercialmente. As mudas para cultivo são obtidas por coleta, no campo ou por propagação feita por meio da divisão de touceiras ou por semeadura, originando mudas de tamanho desuniforme, inadequadas para a comercialização. Estudos relativos às técnicas de multiplicação e cultivo são importantes para a conservação desta espécie, bem como para o seu uso na floricultura. Visando a obtenção de mudas padronizadas, analisou-se o efeito de dois fotoperíodos na taxa de crescimento in vitro de plântulas dessa espécie, oriundas do banco de germoplasma de flores tropicais da Embrapa/CNPAT. Para tal, segmentos caulinares foram isolados de plantas obtidas a partir da germinação in vitro de sementes, inoculados em meio de cultura MS, e mantidos em câmara de crescimento com temperatura de 25 ºC ± 2 ºC, de intensidade luminosa de 30 μmol.m-2s-1

e fotoperíodo de 12 e 16 horas de luz como tratamentos. O experimento foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos e Genética Vegetal da Embrapa/CNPAT. A altura, o número de folhas e o aspecto geral das plântulas foram observados semanalmente, por um período de seis meses. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, submetido ao teste de Tukey a 5%, constituído de 13 repetições por tratamento, contendo 4 explantes cada. Ao final de 180 dias, as plântulas submetidas a 16 horas de luz apresentaram altura média significativamente superior (3,47 cm), quando comparadas com plântulas mantidas sob 12 horas de luz (3,08 cm). Não foi observada diferença significativa em relação ao número de folhas, que em média, foi maior no tratamento com 12 horas de luz (2,67), em comparação com o tratamento por 16 horas (2,61). De modo geral, o aspecto das plântulas sob regime de 16 horas de luz foi caracterizado por plantas vigorosas, com folhas verdes, enquanto que, plântulas sob regime de 12 horas de luz apresentaram aparência regular, com algumas folhas verdes e

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outras cloróticas. Os resultados revelaram que a permanência das plântulas por quatro horas a mais de luz, diariamente, resultou em um aumento de 5,95% na taxa de crescimento do Anthurium plowmanii para altura e redução de 1,13% no número de folhas ao final de seis meses de avaliação.

Palavras-chave: folhagem, plantas tropicais, propagação in vitro. Agradecimentos: CNPq, UFC.

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CONDIÇÕES CLIMÁTICAS EM AMBIENTE PROTEGIDO NA REGIÃO DA SERRA DA IBIAPABA, CE

Girlaine Martins dos Santos1, Fábio Rodrigues de Miranda2, Cássia Mayara F.

Fernandes3

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical; 3Instituto Federal

de Educação, Ciência e Tecnologia. Email: girlaine.ms_lazinha@yahoo.com.br

O uso de estufas e telados na produção de plantas ornamentais e hortícolas vem se expandindo na região da Serra da Ibiapaba, CE, buscando-se proteger os cultivos contra pragas, chuvas e ventos. Embora se saiba que as condições climáticas são fatores determinantes para a produção agrícola, não há dados climáticos disponíveis para aquela região, medidos no interior de estufas e telados. Entre produtores e técnicos existe a preocupação de que modelos de estufas não adequados para o clima tropical da região possam propiciar temperaturas elevadas, prejudiciais à produção vegetal. Por essa razão, muitos produtores têm optado por telados. O presente estudo teve como objetivo avaliar as condições climáticas no interior de uma estufa e de um telado no município de Guaraciaba do Norte, CE. O estudo foi realizado no período de março/2009 a fevereiro/2010. Utilizou-se duas estações climatológicas automáticas para realizar medições horárias de temperatura, umidade relativa do ar, radiação solar global, radiação fotossinteticamente ativa (PAR) e velocidade do vento, no interior de uma estufa e de um telado, cultivados com tomate. As médias mensais de temperatura máxima observadas na estufa foram 3,8 oC superiores às observadas no telado. Na

estufa, a ocorrência de temperaturas máximas superiores a 35 oC nos meses

de setembro-novembro e fevereiro-março podem limitar o desenvolvimento do tomateiro. A umidade relativa do ar observada na estufa foi inferior à observada no telado, principalmente, nos meses mais chuvosos. O número de horas com molhamento foliar foi maior no telado em todos os meses do ano, favorecendo a ocorrência de doenças foliares. As médias de radiação solar global e de radiação PAR no interior da estufa foram inferiores às do telado: cerca de 24% e 27%, respectivamente. O consumo de água da cultura, estimado pela evapotranspiração de referência (ETo), foi 18% menor na estufa em relação ao telado, em virtude dos menores valores de radiação solar e da velocidade do vento observados no seu interior.

Palavras-chave: estufa, cultivo protegido, telado. Agradecimentos: BNB/Fundeci, CNPq.

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SISTEMA DE CULTIVO PARA HELICÔNIAS NO VALE DO CURU, CEARÁ

Reivany Eduardo Morais Lima1, Fábio Costa Farias2, Amanda Soraya Freitas

Calvert2, Marlos Alves Bezerra2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: reivany_eduardo@hotmail.com

As helicônias, como são conhecidas as inúmeras espécies do gênero

Heliconia, vêm se destacando no mercado de flores e plantas ornamentais e

concorrem com espécies consideradas tradicionais como rosas, crisântemos, antúrios e gladíolos. Isso se dá em decorrência da potencialidade de seu uso no paisagismo, da exoticidade de suas flores, longevidade pós-colheita e facilidade de cultivo nas condições edafoclimáticas do Nordeste do Brasil. Porém, fatores climáticos como radiação solar em nível subótimo afetam o desenvolvimento da planta e em nível supraótimo causa fotoinibição. Dessa forma, objetivou-se avaliar o efeito do sombreamento na fisiologia e no crescimento vegetativo de helicônia, cultivar Bihai Lobste Claw Two (BLC). O experimento foi instalado no Campo Experimental do Curu, em Paraipaba, CE, da Embrapa Agroindústria Tropical. As plantas da espécie

Helicônia bihai, cv. Lobster Claw Two, foram semeadas em canteiros com

3 m, espaçadas de 2,0 m x 1,5 m, contendo 2 touceiras por canteiro em condições de telado. Os tratamentos (T): T1 = 0%; T2 = 30%; T3 = 40% e T4 = 50% de redução da radiação solar incidente (RSI). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 4 repetições. Os efeitos dos tratamentos foram avaliados por meio das seguintes variáveis: número de folhas dos perfilhos; número de perfilhos por touceira; estimativa da área foliar; taxa de água na folha próxima à bráctea mais nova e na folha próxima à inflorescência no ponto de colheita; teores de carboidratos das folhas descritas anteriormente e produção de flores. Mediram-se, também, ao longo de seis meses, a fotossíntese, transpiração e condutância estomática das plantas. As variáveis que apresentaram efeitos significativos diferenciados foram: área foliar e taxa de água na folha próxima à inflorescência no ponto de colheita, com menores valores nas plantas a pleno sol e teores de carboidratos nas folhas, com maiores valores nas plantas cultivadas a pleno sol. A maior produção de flores foi obtida nas plantas cultivadas com 30% de RSI.

Palavras-chave: floricultura, sombreamento, fotossíntese. Agradecimentos: Embrapa, Finep, CNPq.

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DIVERSIDADE DE FUNGOS MICORRÍZICOS E NEMATÓIDES NA RIZOSFERA DE ABACAXIZEIRO E SAPOTÁCEA EM POMAR

ORGÂNICO

João Pereira Maciel Neto1, Olmar Baller Weber2, Francisco das Chagas Oliveira Freire2

1Universidade Federal do Ceará, Av. Mister Hall s/nº, Campus do Pici,

CEP 60455-970, Fortaleza, CE; 2Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Dra. Sara

Mesquita, 2270, CEP 60511-110, Fortaleza, CE. E-mail: jotaeni@hotmail.com

A microbiota do solo é uma pequena fração da matéria orgânica e tem atuação direta na ciclagem de nutrientes, participando dos processos reguladores do solo e afetando a produção agrícola. Neste trabalho, avaliaram-se dois grupos funcionais de organismos do solo rizosférico de fruteiras em um pomar orgânico, no Município de Trairi, Estado do Ceará, Brasil. Para tanto, foram realizadas coletas de solo superficial da camada de 0 cm a 10 cm, na rizosfera de abacaxizeiros ‘Imperial’ e ‘MD2’ e sapotáceas ‘BRS 228’, com um ano de idade no pomar, para determinar as populações de fungos micorrízicos arbusculares (FMA) e nematóides no solo. As mesmas determinações foram feitas antes da implantação do pomar, quando se detectou, em média, 295 esporos 100-1 mL de FMA, sendo prevalentes os

gêneros Glomus, Gigaspora e Acaulospora. Com um ano de cultivo, houve incremento nas populações de esporos e na diversidade de FMA, detectando-se, por amostra de 100 mL de solo rizosférico, 571 esporos para sapotáceas, 376 esporos para abacaxizeiros ‘Imperial’ e 495 esporos para abacaxizeiros ‘MD2’. Os gêneros identificados foram: Glomus, Gigaspora, Acaulospora e Scutellospora. Por sua vez, os nematóides também aumentaram em diversidade, sendo detectados inicialmente os gêneros Acrobeles e

Dorylaimus, e após um ano, as espécies Acrobeles sp., Mononchus sp. e Rhabditis sp. para sapotáceas, Aphelenchoides sp., Diphterophora sp. e Rhabditis sp. para abacaxizeiros ‘Imperial’ e Criconemoides sp. (fitoparasita), Dorylaimus sp. e Tylenchus sp. (fitoparasita) para abacaxizeiros ‘MD2’. As

variações nas populações de FMA e nematóides são indicativas da saúde do solo e devem ser levadas em conta no sistema orgânico de produção de frutas.

Palavras-chave: qualidade do solo, diversidade de organismos da rizosfera, e produção orgânica.

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EFEITO DE ÓLEOS ESSENCIAIS NO CRESCIMENTO IN VITRO DE

Lasiodiplodia theobromae

Maria Bruna Medeiros Araújo1, Edson Souza Alves1, Joilson Silva Lima1, Renato

César Moreira1, Francisco Aldiel Lima1, José Emilson Cardoso2, Francisco Marto

Pinto Viana2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: mari.bmedeiros@hotmail.com

O fungo Lasiodiplodia theobromae (Pat.) Griffon & Maubl vem se constituindo em um sério problema para os produtores de frutas não apenas do Estado do Ceará, mas também para os demais estados do Nordeste brasileiro e mesmo para os de outras regiões agrícolas do Brasil. Objetivou-se, com este trabalho, avaliar o efeito in vitro de diferentes óleos essenciais sobre o fungo Lasiodiplodia theobromae, agente fitopatogênico de várias fruteiras tropicais. Alíquotas de 100 ppm, 300 ppm ou 350 ppm dos óleos essenciais de alfavaca-cravo (Ocimum gratissimum), alecrim-pimenta (Lippia sidoides) e alfavaca (Ocimum micranthum), respectivamente, foram adicionadas em 50 mL de batata dextrose em calda com pH 4. Como testemunhas, foram utilizados meio de cultura BD contendo o fungicida Carbendazim (1 mL.L-1

DerosalR500SC CE) e somente BD, sem o fungicida. Cada tratamento teve

quatro repetições. Os frascos foram incubados à temperatura de 25 ºC sob fotoperíodo de 12 horas, por 15 dias, quando foi estimado o peso seco do micélio. O óleo essencial de alecrim-pimenta, na concentração de 300 ppm, inibiu o crescimento micelial de Lasiodiplodia theobromae in vitro. Já os óleos de alfavaca-cravo e alfavaca nas concentrações de 100 ppm e 300 ppm, respectivamente, não inibiram o crescimento micelial de L. theobromae. Palavras-chave: Lasiodiplodia theobromae, óleos essenciais.

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QUALIDADE E COMPOSTOS BIOATIVOS DE MELÕES PRODUZIDOS NO ESTADO DO CEARÁ

Kellina Oliveira de Souza1; Milena Maria Tomaz de Oliveira1; Norma Daniele

Barreto2; Ricardo Elesbão Alves3; Fernando Antonio Souza de Aragão3

1Universidade Federal do Ceará; 2Universidade Federal Rural do Semiárido; 3Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761, CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil.

E-mail: kellina@gmail.com

A cultura do meloeiro no Brasil vem adquirindo expressiva importância econômica em virtude, principalmente, da abertura do mercado externo. Em melão, o termo qualidade tem sido relacionado a diferentes fatores, e uma das variáveis mais estudadas é o conteúdo de sólidos solúveis. A escolha dos frutos de melão pelos consumidores ocorre primeiramente pelo teor de açúcares de sua polpa, considerado o principal aspecto qualitativo. O objetivo deste trabalho foi avaliar as características químicas e físico-químicas, assim como os compostos bioativos, de frutos de meloeiro produzidos na região do Baixo Jaguaribe, no Estado do Ceará. Foram avaliados os melões Amarelo, Gália, Harper e Cantaloupe Americano, dos híbridos ‘Veredinha’, ‘8538’, ‘Caribbean’ e ‘Sedna’, respectivamente. Os frutos foram colhidos maduros, acondicionados em caixas e transportados para o Laboratório de Fisiologia e Tecnologia Pós-Colheita da Embrapa Agroindústria Tropical, localizado em Fortaleza, CE, onde foram avaliados quanto às seguintes características: Sólidos Solúveis (SS), Acidez Titulável (AT), SS/AT, pH, Açúcares Solúveis Totais (AST), Açúcares Redutores (AR), Vitamina C, Carotenóides Totais (CT), Flavonóides Amarelos (FA) e Antocianinas Totais (AnT). Os maiores teores de AT foram obtidos para o melão Amarelo (0,10%) e os menores para o Harper (0,04%). Houve pequena diferença entre os valores de pH que variaram de 5,68 (Amarelo) a 6,33 (Gália). Os teores de SS estão de acordo com o recomendado para comercialização, ou seja, acima de 10 °Brix. A relação SS/AT variou de 96,42 (Amarelo) até 315,38 (Harper). O conteúdo médio de vitamina C variou de 5,16 mg/100 g (Amarelo) a 14,60 mg/100 g (Cantaloupe Americano). O conteúdo de AST variou de 6,18% (Harper) a 7,06% (Gália). Os FAs foram detectados apenas nos melões Gália e Cantaloupe Americano, com médias de 2,12 mg/100 g e 6,42 mg/100 g, respectivamente, enquanto que os CTs foram detectados nos melões Cantaloupe Americano (1,78 mg/100 g ) e Harper (2,19 mg/100 g).

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Os resultados encontrados demonstraram que frutos de meloeiro Harper e Cantaloupe Americano se destacam em relação à qualidade e em especial quanto aos teores de SS e a presença de compostos bioativos.

Palavras-chave: Cucumis melo L., alimento funcional, melhoramento. Agradecimentos: Fundeci/BNB, CNPq, Embrapa.

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TRATAMENTO TÉRMICO PARA O CONTROLE IN VITRO DO AGENTE CAUSAL DA PODRIDÃO-DE-FUSÁRIO EM FRUTOS DE MELÃO

Rafaela Paula Melo1, Ebenézer Oliveira Silva2, Andréia Hansen Oster2, Paulo

Roberto Gagliardi2

1Universidade Federal do Ceará, E-mail: rafaela_2708@hotmail.com; 2Embrapa Agroindústria Tropical

Atualmente, os patógenos do meloeiro são controlados, principalmente, pela aplicação massiva de agrotóxicos, havendo, por isso, uma demanda crescente por compostos e estratégias alternativas no controle de doenças, visando diminuir os resíduos químicos. O fungo Fusarium pallidoroseum, é um dos mais importantes patógenos da cultura do melão (Cucumis melo) ocasionando a podridão pós-colheita. Os sintomas causados pelo patógeno aparecem em qualquer parte do fruto, iniciando-se por uma pequena lesão encharcada, seguido de um intenso crescimento cotonoso branco. O experimento foi realizado na Embrapa Agroindústria Tropical, Fortaleza, CE, e teve por objetivo determinar a relação do binômio temperatura x tempo capaz de inibir o crescimento micelial e a germinação de esporos para o controle do fungo Fusarium pallidoroseum. Discos de micélio do fungo com seis dias foram submetidos a banhos em água destilada estéril em pH 4, ajustada com HCl e, nas temperaturas de 25 ºC (controle), 45 °C, 50 °C, 55 °C, 60 °C e 65 °C, durante 1, 2, 3, 4 e 5 minutos de tratamento. A termoterapia com suspensão de esporos utilizou as mesmas temperaturas e tempos de imersão do experimento com o micélio, porém com o pH 7. O delineamento experimental utilizado foi inteiramente casualizado, seguindo um esquema fatorial 6x5 (6 temperaturas e 5 tempos) com 5 repetições. A temperatura de 65 °C durante 1, 2, 3, 4 e 5 minutos foram eficientes na inibição dos conídios, enquanto os tratamentos em discos de micélio apresentaram apenas efeito fungistático.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DE FRUTOS DO SAPOTIZEIRO DURANTE SEU

DESENVOLVIMENTO

Samira Pereira Moreira2, Luciana de Siqueira Oliveira1, Carlos Farley Herbster

Moura2, Maria Raquel Alcântara de Miranda1

1Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular – UFC; 2Embrapa Agroindústria

Tropical, CP 3761, CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: samiraufc@yahoo.com.br

O sapoti é um fruto climatérico, originário da América Central e reconhecido por seu delicioso sabor adocicado e levemente adstringente. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência do desenvolvimento sobre a qualidade pós-colheita e a atividade antioxidante total do fruto do sapotizeiro. Frutos de duas cultivares, Sapoti Ipacuru (BRS 227) e Sapota Tropical (BRS 228), provenientes da Estação Experimental da Embrapa Agroindústria Tropical, localizada no Município de Paraipaba, CE, foram colhidos em quatro estádios de maturação: 90, 120, 150 e 180 dias. Os frutos foram analisados em quatro repetições, quanto ao conteúdo de sólidos solúveis (SS), pH, acidez titulável (AT), vitamina C, flavonoides amarelos, polifenois extraíveis totais (PETs) e atividade antioxidante total (AAT). Durante o seu desenvolvimento, a cv. Sapoti Ipacuru apresentou um aumento significativo no conteúdo de SS, variando de 7,65 °Brix a 12,10 °Brix. A AT reduziu significativamente de 0,31% para 0,12% de ácido málico, contudo não foi observada variação significativa nos valores do pH. A relação SS/AT aumentou significativamente com o desenvolvimento dos frutos, contribuindo, assim, com a melhoria da qualidade que variou de 28,21 a 99,14. A cv. Sapoti Ipacuru apresentou, durante o seu desenvolvimento, diminuição significativa nos conteúdos de vitamina C (25,23 mg/100 g a 14,33 mg/100 g), PETs (2.090,90 mg a 528,63 mg de ácido gálico/100 g) e na AAT (2.481,99 μM a 337,63 μM Trolox/g de polpa), enquanto o conteúdo dos flavonoides amarelos não apresentou variação significativa (3,24 mg/100 g a 6,91 mg/100 g de polpa). Durante o desenvolvimento, o conteúdo de SS na cv. Sapota Tropical aumentou significativamente, variando de 8,20 °Brix a 11,23 °Brix, enquanto a AT reduziu significativamente de 0,29% a 0,12% de ácido málico e o pH aumentou ligeiramente. Foi observado um aumento significativo da relação SS/AT variando de 27,89 a 96,70. O conteúdo de vitamina C (23,62 mg/100 g

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a 16,08 mg/100 g), flavonoides amarelos (11,44 mg/100 g a 5,59 mg/100 g), PETs (1.663,83 mg a 620,30 mg de ácido gálico/100 g) e AAT (2.382,89 µM a 424,13 µM de Trolox/g de polpa) diminuiu significativamente durante a fase de desenvolvimento. Com os resultados obtidos, pode-se concluir que durante o desenvolvimento dos frutos do sapotizeiro, houve melhoria da qualidade, contudo, redução na atividade antioxidante.

Palavras-chave: Manilkara zapota L., qualidade, pós-colheita. Agradecimentos: CNPq/INFT, Capes, Embrapa.

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AVALIAÇÃO DA QUALIDADE E DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE TOTAL DE FRUTOS DE CLONES DE ACEROLEIRA VISANDO O

MELHORAMENTO GENÉTICO

Winne Moita de Carvalho1, Alêssa Milena Paixão Bandeira1, Carlos Farley Herbster

Moura2, Cândida Hermínia Campos de Magalhães Bertini1

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: winne_carvalho@hotmail.com

O cultivo da aceroleira no País vem se mostrando crescente nos últimos tempos impulsionado pela busca por uma alimentação mais saudável, principalmente rica em vitamina C e compostos antioxidantes, e pela posição de destaque que esse fruto conquistou no mercado internacional. Neste trabalho, foram caracterizados frutos de cinco genótipos de aceroleira (8/4/1; 8/4/8; 12/7/3; 20/4/5; e 20/6/1) com o objetivo de selecionar materiais genéticos superiores entre aqueles em avaliação pela Embrapa Agroindústria Tropical, em Pacajus, CE. Os frutos foram colhidos de setembro a novembro de 2009, em estádio maduro, analisados quanto à cor, firmeza e peso total, e armazenados em freezer a – 20 ºC. Posteriormente, foram realizadas análises de vitamina C, cor da polpa, pH, sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), antocianinas totais, flavonóides amarelos, polifenóis extraíveis totais (PETs) e atividade antioxidante total (AAT). O peso variou de 4,31 g/fruto a 7,38 g/fruto e a firmeza de 0,98 N a 1,37 N. Para a cor do fruto, os índices de L, C e H variaram de 37,33; 25,29 e 22,00 até 40,43; 32,56 e 27,44, respectivamente, enquanto que para a cor da polpa a variação foi de 40,05; 26,11 e 32,42 a 49,47; 43,21 e 50,48. Os teores de vitamina C encontrados variaram de 1008,32 mg/100 g a 1498,70 mg/100 g de polpa, enquanto que os teores de flavonoides variaram de 8,37 mg/100 g a 15,10 mg/100 g de polpa e os de antocianinas, de 6,87 mg/100 g a 15,52 mg/100 g de polpa. A AT variou de 0,74% a 1,37% de ácido málico e os SS de 7,40 ºBrix a 10,27 ºBrix. O pH variou de 3,36 a 3,59. Para os PET’s, foram encontrados valores entre 41,09 mg/100 g e 105,89 mg/100 g de polpa, e para a AAT, de 176,62 µM a 843,33 µM trolox/g de polpa. Quanto à atividade antioxidante, as aceroleiras estudadas confirmam o alto valor apresentado no fruto, justificando o seu consumo e destaque no mercado. O clone 12/7/3 se destacou entre os materiais analisados pelos valores encontrados para os compostos bioativos. Palavras-chave: Malpighia emarginata D.C., pós-colheita, compostos

bioativos.

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QUALIDADE DE FRUTOS DE HÍBRIDOS DE MELOEIRO AMARELO PRODUZIDOS NO AGROPOLO ASSU-MOSSORÓ

Milena Maria Tomaz de Oliveira1; Norma Danielle Silva Barreto2; Ricardo Elesbão

Alves3; Fernando Antonio Souza de Aragão3

1Universidade Federal do Ceará; 2Universidade Federal Rural do Semiárido; 3Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761, CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil

E-mail: milena.tomaz@hotmail.com

No Nordeste, o cultivo de meloeiro (Cucumis melo L.) tem se expandido rapidamente nos últimos anos, registrando um crescimento expressivo em alguns estados, como o Rio Grande do Norte. No Agropolo Assu-Mossoró, o cultivo do melão do tipo Amarelo corresponde a mais de 50% da área produzida. Esse melão pertence à variedade botânica inodorus e é conhecido também como melão Espanhol. A preferência pelo melão Amarelo é justificada, principalmente, pela excelente vida útil pós-colheita, em torno de 35 dias em condições ambiente. Por meio do presente trabalho, objetivou-se analisar a qualidade dos frutos de quatro diferentes híbridos de melão Amarelo: ’Goldex’, ’Mandacaru’, ’9150’ e ’Iracema’, produzidos em condições de Semiárido, na região de Mossoró, RN. As amostras foram avaliadas quanto ao conteúdo de sólidos solúveis (SS), acidez titulável (AT), relação SS/AT, açúcares solúveis totais (AST) e açúcares redutores (ASR). Os valores médios de AT foram da ordem de 0,9–0,15 e atendem às exigências do mercado externo. O melão ’Goldex’ apresentou 11,27 °Brix, teor de SS superior à exigência para o mercado externo de no mínimo 9,0%. A relação SS/AT variou de 60,52 (’Iracema’) a 111,21 (’9150’). Isso significa que quanto maior for essa relação, mais representativa é a quantidade de sólidos na forma de açúcares em relação à quantidade de ácidos orgânicos presentes no fruto. O conteúdo de AST encontrado foi de, no mínimo, 5,97% (’Mandacaru’) e máximo de 8,20% (‘9150’). A composição de AST no melão tem recebido considerável atenção em função da sua importância na determinação da qualidade dos frutos. Foi observada uma variação nos teores de ASR de 3,18% até 4,05%, ’Mandacaru’ e ’9150’ respectivamente, podendo-se inferir que a cultivar ’9150’ possui maior qualidade organoléptica. Todos os híbridos analisados apresentaram frutos de boa qualidade, destacando-se o ’9150’ por apresentar maior conteúdo de AST, ASR e maior relação SS/AT.

Palavras-chave: Cucumis melo L., mercado interno, exportação. Agradecimento: Fundeci/BNB, Embrapa, CNPq e Capes.

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CARACTERÍSTICAS FENOTÍPICAS DE VIRULÊNCIA E SENSIBILIDADE A ANTIBIÓTICOS DE ESTIRPES DE Enterococcus sp.

Bruna Castro Porto1; Bellyzza Mara Pinto dos Santos1; Maria de Fatima Borges2;

Danielly Bandeira Silveira1; Márcia Maria Vieira Ramos1

1Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, CE; 2Embrapa Agroindústria Tropical,

Fortaleza, CE. E-mail: brunaporto1987@hotmail.com

Entre os fatores que contribuem para a patogenicidade de Enterococcus sp., destacam-se o aumento da resistência a antibióticos, especialmente à vancomicina, e a presença de características de virulência, como produção de hemolisina, gelatinase e termonuclease. O objetivo deste estudo foi avaliar as características fenotípicas de virulência e o perfil de resistência a antibióticos de Enterococcus isolados de queijo de Coalho. Um total de 53 estirpes pertencentes à Coleção de Microrganismos de Interesse para a Agroindústria Tropical/CNPAT foram avaliadas quanto à produção de gelatinase, DNAse, termonuclease, hemolisina e sensibilidade in vitro a antibióticos. O teste fenotípico para detecção de hemolisina, apresentou beta-hemólise em 10 estirpes. Esse resultado indica que 18,9% das estirpes de Enterococcus estudadas apresentam esse fator de virulência. A atividade de gelatinase não foi observada nas 53 estirpes avaliadas por meio de teste fenotípico. A produção de DNAse foi identificada em 3,8% das estirpes, porém não se apresentaram como enzimas termoestáveis. A avaliação da sensibilidade in vitro indicou que 71,7% das estirpes apresentaram resistência a pelo menos um dos nove antibióticos testados, e 28,9% foram multirresistentes. Observou-se alta frequência (56,6%) de estirpes resistentes a eritromicina e, em menor frequência, a norfloxacina (15,1%), vancomicina (11,3%), tetraciclina (7,5%) e teicoplanina (5,7%). Contudo, não houve estirpes resistentes à ampicilina, gentamicina, estreptomicina e cloranfenicol. Esses resultados demonstraram que Enterococcus isolados de queijo de Coalho são resistentes a vários antibióticos de uso clínico. Além disso, 11,3% das estirpes apresentaram fenótipos de resistência a aminoglicosídeos (ERA), como teicoplanina e vancomicina, classificando-as como patógenos emergentes. A expressão de fatores de virulência como a beta-hemólise e a resistência a antibióticos observada em grande parte das estirpes de Enterococcus sp. isoladas de queijo de Coalho contribuem para subsidiar programas de monitoramento de qualidade sanitária desse produto, de modo a garantir sua segurança microbiológica.

Palavras-chave: queijo de Coalho, bactéria lática, patogenicidade. Agradecimento: CNPq – Processo 476649/2008-0.

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COMPOSTOS ATIVOS DO AROMA DA PIMENTA BIQUINHO-LARANJA (C. Chinense)

Bruna Lima Gomes¹, Náyra de Oliveira Frederico Pinto¹, Victor Costa Castro Alves¹, Talita Helena de Souza Silva¹, Maria Flávia Azevedo da Penha¹, Deborah dos

Santos Garruti²

¹Universidade Federal do Ceará (bolsistas de iniciação científica); ²Embrapa Agroindústria Tropical, Rua Sara Mesquita, 2270, CEP 60511-110,

Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: deborah@cnpat.embrapa.br

O objetivo deste trabalho foi identificar os compostos voláteis com importância odorífera de uma variedade da pimenta Capsicum chinense, a “biquinho- laranja”, proveniente de acessos do Banco de Germoplasma da Embrapa Hortaliças, iniciando um trabalho de identificação de marcadores moleculares que auxiliem os cruzamentos genéticos na obtenção de linhagens que, além de sua picância, confiram características desejáveis de aroma e sabor aos alimentos. Os voláteis foram isolados do headspace das amostras por SPME, separados por cromatografia gasosa, identificados por CG-EM e submetidos à CG-Olfatometria. Três julgadores previamente treinados avaliaram o aroma dos efluentes do CG em três repetições, utilizando a técnica olfatométrica Osme e o sistema de coleta de dados tempo-intensidade SCDTI. Cada julgador respondia aos estímulos, descrevendo a qualidade do aroma e registrando a sua intensidade em uma escala não estruturada de 10 cm, obtendo assim um aromagrama. Detectou-se uma média de 104 compostos nos cromatogramas, sendo que apenas oito apresentaram área relativa maior que 2%. Por sua vez, o aromagrama revelou 59 compostos com alguma atividade odorífera, que foram divididos em quatro grupos de acordo com a descrição do seu aroma: "aroma característico de pimenta" (compostos de impacto), "aroma doce/floral", "aroma herbal" e "outros aromas" representando respectivamente, 18,6% (11), 33,9% (20), 25,4% (15) e 22,0% (13) do total de compostos odoríferos. Dos "compostos com aroma característico de pimenta" apenas seis (54,5%) foram identificados: 2-metil-butanoato de hexila, pentanoato de hexila, isobutanoato de heptila, 1,1-dimethyl-2-nonil ciclopropano, alfa-ocimeno e citronelal. Do total de compostos odoríferos, cinco deles eram majoritários: pentanoato de hexila (descrito como pimentão, pimenta), isobutanoato de cis-3-hexenila (tempero, pimenta), 3,3-dimetilciclohexanol (comida, cebola), pentanoato de decila (herbal) e um composto não identificado (molho de pimenta, pimentão).

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A equipe sensorial foi capaz de perceber 16 compostos odoríferos cuja presença não foi detectada ou está em traços nos cromatogramas. Foi possível observar que a pimenta-biquinho laranja apresenta um rico perfil de compostos voláteis, com muitos compostos de impacto (percebidos pelos provadores como aroma de pimenta) e muitos compostos contribuintes para o seu aroma característico (floral, herbal, frutal etc).

Palavras-chave: Capsicum, olfatometria, voláteis.

Agradecimentos: Ao CNPq, pelas bolsas de iniciação científica (Pibic) e à Embrapa Hortaliças, pelas amostras.

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CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE AMÊNDOAS DE DIFERENTES CLONES DE CAJUEIRO

Ana Carolina de Oliveira Nobre¹, Hilton César Rodrigues Magalhães², Raimundo Nonato Martins de Souza², Janice Ribeiro Lima²

1Universidade Estadual do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical,

Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: carl_nobre@hotmail.com

Os projetos de melhoramento genético de cajueiros recomendaram, ao longo dos últimos anos, vários clones com características como maior produção de castanhas, precocidade de produção, maior resistência a pragas e doenças, entre outras, que garantiram maior competitividade no agronegócio. No entanto, o conhecimento das características das amêndoas de castanha de caju (ACC) produzidas por esses novos clones se restringiu aos aspectos físicos como tamanho e massa de castanhas e amêndoas e seu rendimento industrial. Neste trabalho, avaliaram-se as características de ACC (safra 2009-2010) dos clones CCP 76, CCP 09, Embrapa 51, BRS 189, BRS 226, BRS 265, BRS 274 e BRS 275. As análises físico-químicas realizadas nas amêndoas foram umidade, cinzas, proteína e gordura. Avaliou-se também a composição em ácidos do óleo extraído das ACC, índice de acidez e índice de peróxidos. Foram encontradas diferenças significativas de composição entre os clones para todas as análises físico-químicas realizadas. As médias dos resultados obtidos variaram para umidade de 6,54 g/100 g a 7,94 g/100 g; para cinzas de 2,74 g/100 g a 4,14 g/100 g; para proteína de 17,50 g/100 g a 24,49 g/100 g; e para gordura de 39,88 g/100 g a 45,40 g/100 g. A acidez no óleo variou de 0,07 g/100 g a 1,34 g/100 g e não foram detectados peróxidos. O total de ácidos graxos insaturados variou de 79,7% a 86,4%, sendo os ácidos oleico e linoleico os encontrados em maior quantidade. Os clones que apresentaram maiores teores de gordura e ácido linoléico (ácido graxo essencial - ômega 6) foram CCP76, CCP09 e BRS226. Considerando que o consumo de ácidos graxos insaturados tem sido recomendado como benéfico à saúde, a inclusão de amêndoa de castanha de caju e seus derivados na dieta é uma alternativa atrativa.

Palavras-chave: composição físico-química, amêndoa de castanha de caju. Agradecimentos: CNPq.

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DINÂMICA DA COLEÇÃO DE MICRORGANISMOS DE INTERESSE PARA A AGROINDÚSTRIA TROPICAL

Jessika Gonçalves dos Santos1, 2, Francisco Wellington Pereira da Silva1, 2,

Laura Maria Bruno2

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil. E-mail: jgs_19@hotmail.com

A Coleção de Microrganismos de Interesse para a Agroindústria Tropical participa da Rede de Recursos Genéticos Microbianos, cujo principal foco está na prospecção da biodiversidade, na manutenção de suas coleções biológicas e na organização da informação, garantindo o germoplasma para estudos de aplicações no agronegócio e em outros setores produtivos relacionados. A Coleção da Embrapa Agroindústria Tropical conta com cerca de 2.400 isolados, englobando bactérias ácido-láticas (BAL), microrganismos deterioradores e patógenos de alimentos. O objetivo deste trabalho é apresentar as ações desenvolvidas no âmbito da Rede para consolidar a Coleção de Microrganismos de Interesse para a Agroindústria Tropical. Foram realizadas atividades de identificação e caracterização dos microrganismos, enriquecimento, preservação e documentação do acervo. No período de agosto/08 a julho/09 foram adicionados, à Coleção, 210 isolados bacterianos provenientes de queijos de Coalho artesanais, os quais foram caracterizados bioquimicamente, perfazendo um total de 118 BAL, identificadas como Lactobacillus (22), Enterococcus (61),

Streptococcus (33) e Leuconostoc (2). Paralelamente, algumas BAL da Coleção

tiveram suas características patogênicas e tecnológicas avaliadas. Esta última está sendo estudada em diversos projetos que abrangem desde aspectos de saúde até o seu emprego em processos biotecnológicos e na produção de alimentos funcionais. Outra atividade que está sendo desenvolvida é a inclusão de um segundo método de conservação das culturas, que consiste na secagem em papel de filtro. Esse método permitiu a recuperação de 94,6% dos microrganismos avaliados após um período de sete meses de armazenamento. A documentação da coleção foi padronizada pela Rede Microbiana em uma planilha, onde parte do acervo já foi inserida. Os relatos apresentados mostram a dinâmica da manutenção da Coleção de Microrganismos de Interesse para a Agroindústria Tropical e enfatizam a importância dos recursos genéticos microbianos como atividade indispensável ao desenvolvimento científico e tecnológico no setor agropecuário, dada a presença dos microrganismos dessa Coleção como objeto de estudo nos mais diversos projetos de pesquisa. Palavras-chave: recursos genéticos microbianos, identificação, conservação.

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ANÁLISE DO PERFIL QUÍMICO E FÍSICO DA CERA DE CARNAÚBA (Copernícia sp.) OBTIDA POR DIFERENTES ACESSOS

Amanda Rayssa Ferreira Batista1, Edy Sousa de Brito2, Nágila M. P. S. Ricardo1,

Elaine C. Cabral3, Marcos N. Eberlin3, Eduardo J. Pilau4, Fábio C. Gozzo4

1Universidade Federal do Ceará; 2Embrapa Agroindústria Tropical, CP 3761,

CEP 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil; 3Laboratório Thomson de Espectrometria

de Massas, Universidade Estadual de Campinas; 4Laboratório Dalton de

Espectrometria de Massas, Universidade Estadual de Campinas. E-mail: amanda_batista_rayssa@hotmail.com

A carnaubeira (Copernicia sp.) é uma palmeira nativa encontrada principal-mente nos estados do Nordeste. Tem como principal característica o fornecimento de pó cerífero constituído especialmente por cutina, um biopoliéster, e cera, uma mistura complexa majoritariamente formada por compostos alquilícos de cadeia longa. A cera exerce um papel de grande importância na interação entre plantas e seu ambiente. Este trabalho teve como objetivo analisar química e fisicamente a cera de carnaúba extraída a partir do pó e de fontes comercias. As amostras foram colidas na Fazenda Raposa (Maracanaú), Morada Nova e Acaraú e foram divididas por subespécies e órgãos. Usou-se DSC para traçar o perfil termodinâmico e CG-EM, MALDI-TOF e NIRS para o perfil químico dos compostos presentes na cera. Nas análises de DSC, todos os termogramas obtidos foram semelhantes, assim como suas propriedades térmicas. Os pontos de fusão variaram entre 79,2 °C e 84,2 °C, onde a C. yarey, Fazenda Raposa, mostrou-se a mais termicamente sensível, atingindo seu pico de fusão em 82,5 °C, porém a C. prunifera, Acaraú, atingiu seu pico em 84,2 °C, mostrando-se lenta nesmostrando-se processo. A análimostrando-se mostrou que a cera tem comportamento eutético quando exposta a elevações de temperatura. Os resultados obtidos por NIRS mostraram que na região do infravermelho próximo, características espectrais semelhantes foram observadas em todas as amostras. As bandas que estão na faixa e comprimento de onda 2957 cm-1–2945 cm-1

representam um estiramento de vibração C-H, confirmando o caráter alifático dos compostos ceríferos. A análise qualitativa por MALDI-TOF, onde as amostras foram preparadas com clorofórmio sob aquecimento, e LiDHB usado como matriz em uma metodologia Ma/Sa/Ma, confirmou uma série de compostos com alta massa molecular, de 500 Da a 900 Da. O pico base

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obtido do espectro, C56H112O2Li, com valor de m/z –823.8822, corresponde a um ácido graxo saturado, esterificado com uma cadeia longa de álcool saturado. Os resultados obtidos pela análise por CG-EM, estando a cera transesterificada, confirmaram que, nas amostras, o ácido tetracosanóico (C24) é o mais abundante, exceto em C. prunifera, C. alba e C. textilis. Palavras-chave: cera de carnaúba, MALDI-TOF, NIRS, DSC, CG-EM. Agradecimentos: CNPq, BNB, Embrapa (Macroprograma 3).

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OBTENÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE FILMES DE POLPA DE ACEROLA E ALGINATO COM NANOCRISTAIS DE CELULOSE

Kelvi W. E. Miranda1, Diego M. Nascimento3, Morsyleide F. Rosa2,

Henriette M. C. Azeredo2

1Universidade Federal do Ceará, Departamento de Tecnologia de Alimentos,

CEP: 60356-000, Fortaleza, CE, Brasil; 2Embrapa Agroindústria Tropical,

Rua Dra. Sara Mesquita, 2270, CEP: 60511-110, Fortaleza, CE, Brasil;

3Universidade Federal do Ceará, Departamento de Química Orgânica e Inorgânica,

CEP: 60451-970, Fortaleza, Brasil. E-mail: kelvievamiranda@yahoo.com.br

Em decorrência do grande volume de lixo não biodegradável produzido pelo descarte de embalagens, filmes e revestimentos comestíveis têm sido propostos como forma de reduzir o volume requerido de polímeros convencionais para embalagem de alimentos. O presente trabalho objetivou avaliar, em filmes à base de purê de acerola adicionados de alginato (16%, base seca) e xarope de glicose (40%, base seca), a influência de nanocristais de celulose (NCC) de fibra de casca de coco verde submetida a branqueamento intenso (NCC-C1), ou brando (NCC-C2), ou de fibra de algodão (NCC-A) sobre a permeabilidade a vapor de água (PVA) e as propriedades mecânicas. Os filmes nanocompósitos foram comparados a um filme-controle (sem NCC). Os NCCs de cada tipo foram adicionados em níveis de 5%, 10% ou 15%, com base na massa seca das dispersões. A adição de NCC resultou em melhoria da barreira à umidade (redução da PVA) e aumento da resistência à tração e do módulo de elasticidade, melhorando, portanto, as propriedades mecânicas, com exceção da elongação, que foi reduzida. Filmes com 10% e 15% de NCC apresentaram desempenho similar entre si. O tipo de NCC não afetou significativamente a PVA e as propriedades mecânicas dos filmes, ou seja, os NCCs de casca de coco verde, mesmo submetidos a branqueamento brando, foram tão eficientes quanto os NCCs de fibra de algodão na melhoraria do desempenho dos filmes. Em uma segunda etapa, acerolas foram revestidas com a dispersão básica (a mesma utilizada para os filmes-controle) ou com a dispersão com 10% de NCC-C2. As acerolas submetidas aos diferentes tratamentos foram também submetidas a análise sensorial de diferença visual (teste triangular), juntamente com as acerolas-controle (não revestidas). Os resultados indicaram que não houve diferença significativa entre as amostras. Em comparação com as acerolas-controle, as acerolas tratadas com o

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filme-controle e com o filme nanocompósito foram ainda avaliadas quanto à perda de peso sob refrigeração, ao longo de 192 horas de estocagem. A perda de peso não variou entre os tratamentos. Em uma terceira etapa, a dispersão básica foi utilizada para elaboração de filmes antimicrobianos (com ácido sórbico a 3%), cuja atividade antimicrobiana foi avaliada por meio do teste do halo de inibição, considerando três espécies microbianas: uma bactéria Gram positiva (Staphylococcus aureus), uma Gram negativa (Escherichia

coli) e uma levedura (Kluyveromyces marxianus). O filme resultou na

formação de halo apenas na cultura de levedura.

Palavras-chave: embalagem, alimentos, nanotecnologia, revestimento. Agradecimentos: CNPq.

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