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AN MEMÓRIA DESCRITIVA ÍNDICE

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AN1.14 - MEMÓRIA DESCRITIVA

ÍNDICE

1. Tipo de Actividade a Desenvolver... 2

2. Diagrama Descritivo de Actividade - Operações de Gestão de Resíduos... 3

2.1. Armazenagem (D15 / R13)... 3

2.2. Reembalamento (D14)... 4

3. Transporte de Resíduos... 5

3.1. Transporte Nacional... 5

3.2. Transporte Internacional... 6

3.3. Resíduos Classificados como Mercadoria Perigosa... 6

4. Destino Final dos Resíduos... 7

5. Balanço de Massas e Fluxo de Matérias... 8

6. Fluxograma de Actividade – Locais de Produção de Emissões, Efluentes e Resíduos... 9

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1. Tipo de Actividade a Desenvolver

Uma das características do tecido empresarial português é ser constituído maioritáriamente por empresas de pequena e média dimensão. Este aspecto reflecte-se ao nível da produção de resíduos, e principalmente ao nível dos resíduos perigosos, que são produzidos em pequenas quantidades. Não é viável económicamente, efectuar um transporte de longa distância de uma pequena quantidade de resíduos do seu local de produção para uma instalação de tratamento.

A Indaver Portugal pretende construir uma estação de transferência de resíduos industriais, que consiste num conjunto de infraestruturas que permitem um armazenamento temporário de resíduos em condições de segurança elevada, para posteriormente encaminhar os mesmos para unidades de tratamento (na maioria dos casos pertencentes ao próprio grupo Indaver). Deste modo, o objectivo da Estação de Transferência é funcionar como uma estrutura intermediária que permite optimizar a logística do transporte dos resíduos entre as empresas produtoras e as empresas de destino final, reduzindo consequentemente os custos de gestão dos mesmos.

Em empresas que produzem grandes quantidades de resíduos, a Indaver Portugal procede a exportações directas, uma vez que as quantidades são suficientes para preencher um transporte internacional.

A Indaver Portugal pretende construir a sua estação de transferência no Parque Industrial de Abrantes por ser objectivo da companhia situar-se no centro geográfico do país, permitindo optimizar o transporte dos resíduos entre os distritos mais industrializados: Setúbal, Lisboa e Porto. Consideramos ainda, que no futuro os distritos de Leiria e Santarém, terão taxas de crescimento industrial significativas, podendo a estação de transferência da Indaver Portugal ser uma solução e incentivo para a fixação de novas indústrias nacionais ou multinacionais que normalmente se deparam com a falta de opções para o encaminhamento dos resíduos industriais.

Foi ainda um factor determinante para a Indaver Portugal as optimas condições que o Parque Industrial de Abrantes oferece, quer ao nível de infra-estruturas do próprio parque, quer ao nível de acessos rodoviários.

De acordo com o estudo efectuado pela Indaver o investimento total para construção da estação de transferência é cerca de 1 milhão de euros.

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2. Diagrama Descritivo de Actividade - Operações de Gestão de

Resíduos

2.1. Armazenagem (D15 / R13)

Considerando que a gestão de resíduos consiste nas operações de recolha, transporte, armazenagem, tratamento, valorização e eliminação de resíduos (...), conforme a definição legal presente na alínea i), do artigo 3º do Decreto-Lei 239/97, de 9 de Setembro, verifica-se que a operação de gestão de resíduos desenvolvida na estação de

transferência consiste na armazenagem temporária dos mesmos. Conforme definido na

Directiva 75/442/CEE, do Conselho, as operações de gestão de resíduos a desenvolver pela Indaver Portugal serão:

D14 – Reembalagem anterior à execução de uma das operações enumeradas de D1 a D12;

D15 – Armazenagem enquanto se aguarda a execução de uma das operações enumeradas de D1 a D12;

R13 – Acumulação de materiais destinados a uma das operações enumeradas de R1 a R12.

A figura seguinte representa a actividade de gestão de resíduos desenvolvida pela Indaver Portugal, enquadrando a estação de transferência na mesma.

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2.2. Reembalamento (D14)

Em algumas situações pode ser necessário proceder ao reembalamento dos resíduos que dão entrada nas instalações, por exemplo, quando uma embalagem se encontra danificada não dando garantias de segurança para o transporte e portanto necessita de ser substituída. Também pode ser necessário proceder ao reembalamento de pequenas quantidades de resíduos perigosos que requerem um controlo e acondicionamento especial, como é o caso de resíduos de laboratório.

A Indaver Portugal considera o reembalamento dos resíduos como uma operação de apoio ao bom funcionamento da estação de transferência, mas que deve ser evitada o máximo possível. Ou seja, o objectivo é conseguir que os resíduos saiam das instalações do produtor em devidas condições para o transporte, sem ser necessário recorrer a posteriores operações de reembalamento. Contudo, este é um objectivo que não depende apenas do modo de actuação da Indaver Portugal, mas que depende também do grau de

Produção de Resíduos Recolha Transporte

Armazenagem

Temporária

Transporte Valorização ou Eliminação Estação de Transferência Local de produção Local de destino Reembalamento Reembalamento

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sensibilidade e da atenção que o produtor de resíduos presta ou não à questão da segurança do acondicionamento e transporte de resíduos perigosos.

De facto, ainda nos deparamos frequentemente com situações em que os produtores de resíduos acondicionam os resíduos perigosos em embalagens velhas e deterioradas pelo simples facto de ser “lixo”, esquecendo que o “lixo” possui características de perigosidade (inflamabilidade, toxicidade, etc.). Ocorrem mesmo situações caricatas de empresas que perante determinada substância perigosa, aplicam rigorosas normas de segurança ao nível da sua utilização enquanto esta tem o estatuto de “produto”, e que a partir do momento que a mesma substância passa a ter o estatuto de “resíduo”, ignoram simplesmente as normas de segurança.

A Indaver Portugal, enquanto operador de gestão de resíduos, acredita que deve e pode desempenhar um papel de aconselhamento e sensibilização junto dos produtores, relativamente a estas questões. De facto, desde o início da sua actividade em Portugal, que a Indaver tem tido em consideração esta necessidade de sensibilização e formação dos produtores de resíduos (ver suplemento A).

3. Transporte de Resíduos

O transporte dos resíduos de, e para, a estação de transferência será contratado a empresas terceiras devidamente autorizadas. Deste modo, a actividade da Indaver Portugal ao nível do transporte consiste na preparação de documentação específica (exemplo: fichas de segurança) e na coordenação e planeamento dos serviços de transporte.

3.1. Transporte Nacional

De acordo com a Portaria n.º 335/97, de 16 de Maio, todos os resíduos industriais que são transportados do local de produção para a estação de transferência e desta para destino nacional, são acompanhados pela Guia de Acompanhamento de Resíduos

Modelo A1 (impresso n.º 1428 da INCM). Após a recepção dos resíduos na estação de

transferência, a Indaver Portugal fornecerá ao produtor dos resíduos cópia da G.A.R. com o campo do destinatário devidamente preenchido.

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3.2. Transporte Internacional

O transporte dos resíduos a encaminhar da estação de transferência para instalações de tratamento localizadas no estrangeiro rege-se pelo Regulamento CEE n.º 259/93 do Conselho, de 1 de Fevereiro, pelo que neste caso todos os resíduos a exportar serão acompanhados da devida documentação de movimento transfronteiriço de resíduos, nomeadamente os impressos n.º 1338 e 1338-A da INCM devidamente preenchidos e com as autorizações das diversas entidades competentes.

A Indaver entregará aos produtores de resíduos cópia do formulário de acompanhamento com o campo 25 (confirmação de eliminação) devidamente preenchido, num prazo máximo de 180 dias após os resíduos terem dado entrada nas instalações de destino final.

3.3. Resíduos Classificados como Mercadoria Perigosa

No caso de resíduos que são considerados mercadoria perigosa é tido em consideração as convenções internacionais em vigor relativas ao transporte de mercadorias perigosas,

nomeadamente os regulamentos ADR2 (versão harmonizada de 2003), ou IMDG3,

conforme o transporte é efectuado por via terrestre ou por via marítima, respectivamente.

No caso de transporte em território nacional é tida em consideração o Decreto-Lei n.º 267-A/2003, de 2003-10-27, que transpôe para a ordem jurídica nacional a Directiva n.º 2001/7/CE, da Comissão, de 29 de Janeiro, e a Directiva n.º 2003/28/CE, da Comissão, de 7 de Abril, que adaptam ao progresso técnico a Directiva n.º 94/55/CE, do Conselho, de 21 de Novembro, relativa à aproximação das legislações do Estados membros respeitantes ao transporte rodoviário de mercadorias perigosas, e a Directiva n.º 2001/26/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 7 de Maio, que altera a Directiva n.º 95/50/CEE, do Conselho, de 6 de Outubro, relativa a procedimentos uniformes de controlo do transporte rodoviário de mercadorias perigosas, sendo que a legislação nacional para o transporte de mercadorias se encontra harmonizada com o regulamento ADR internacional, versão de 2001, salvo algumas derrogações nacionais em vigor.

A Indaver Portugal tem em conta a conformidade quer da embalagem dos resíduos, quer dos veículos de transporte face aos referidos regulamentos. Um outro aspecto importante diz respeito à rotulagem dos resíduos que será efectuada pela Indaver Portugal, por forma a respeitar as normas do regulamento ADR e IMDG, nomeadamente no que respeita à identificação dos resíduos considerando:

- a designação e número UN; - a classe de perigo;

2 European Agreement on the Transport of Hazardous Goods by Road. 3 International Maritime Dangerous Goods Code

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- tipo de simbologia e as dimensões mínimas dos símbolos que identificam a perigosidade dos resíduos (mercadoria).

No caso do transporte de mercadorias perigosas, a par da documentação mencionada anteriormente, a Indaver Portugal providencia ainda uma ficha de segurança que acompanha o transporte, com informação sobre medidas de actuação em caso de acidente (identificação dos perigos; primeiros socorros; medidas de combate a incêndios; medidas a tomar em caso de fugas acidentais e outras informações se relevantes)

Note-se que, todos estes aspectos relativos à classificação das mercadorias perigosas são tidos em conta quer para o transporte nacional, quer para o transporte internacional de resíduos.

4. Destino Final dos Resíduos

A maior parte dos resíduos que passam pela estação de transferência são encaminhados para eliminação ou valorização em instalações de tratamento pertencentes ao próprio grupo Indaver. De entre as instalações existentes no grupo destacam-se as seguintes:

Incinerador de forno rotativo para resíduos perigosos orgânicos em geral, localizado em Antuérpia.

Incinerador de forno estático para resíduos orgânicos com elevado teor em halogéneos, localizado em Antuérpia.

Unidade de desmantelamento de equipamentos contendo PCB’s, localizada em Grimbergen.

Unidade de tratamento de resíduos com mercúrio, a qual inclui duas plantas de reciclagem de lâmpadas fluorescentes e uma instalação de destilação que permite o tratamento de outro tipo de resíduos contendo mercúrio, localizada em Beveren.

Unidade de destilação de solventes, localizada em Antuérpia.

As instalações do grupo Indaver encontram-se certificadas pela norma ISO 14001 e / ou EMAS.

Alguns resíduos (especialmente resíduos sólidos inorgânicos) poderão ser encaminhados para aterros de resíduos perigosos em Espanha, devido à sua proximidade geográfica com Portugal.

No caso de resíduos que são encaminhados para empresas de destino final que não pertencem ao grupo Indaver, e seguindo a política ambiental do grupo, a Indaver

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Portugal escolhe preferencialmente empresas que possuem certificação ambiental (ISO 14001 ou EMAS).

Contudo, a Indaver Portugal espera que a generalidade dos resíduos a armazenar na estação de transferência tenha como destino final a incineração, uma vez que os resíduos que são passíveis de serem colocados em aterro industrial, são geralmente as fileiras produzidas pelas indústrias em maior quantidade (por exemplo, lamas de ETARI). Em muitos destes casos pode-se efectuar o transporte directo dos resíduos do local de produção para o eliminador final, não sendo necessário a sua passagem pela estação de transferência.

À medida que surgirem instalações de tratamento de resíduos perigosos em Portugal, a Indaver Portugal poderá encaminhar os resíduos para estas instalações.

A Indaver Portugal tem como objectivo criar as suas próprias instalações de tratamento, sempre que as mesmas sejam uma resposta a uma necessidade do mercado e um projecto economicamente viável.

5. Balanço de Massas e Fluxo de Matérias

Conforme mencionado anteriormente, os resíduos na estação de transferência são apenas sujeitos a uma armazenagem temporária, pelo que, regra geral, não existe consumo de matérias primas, alteração da constituição dos resíduos ou produção de novas substâncias. De facto, efectuando o balanço de massas das instalações, tem-se que:

=

+

A excepção a esta regra consiste na operação de reembalamento, durante a qual há um “consumo” de material (embalagens novas, paletes) e a produção de um resíduo (a embalagem que foi substituída). Nestes casos, se efectuarmos o balanço de massas da estação de transferência tem-se que:

+

=

+

Input Resíduos

(ton) Output Resíduos (ton)

Input Embalagem (ton)

Resíduos Armazenados (ton)

Input Resíduos

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Página 9 de 9 - resíduos de embalagens - resíduos de análises Estação de Transferência Energia electrica Águas residuais domésticas RSU’s

Resíduos

Resíduos

Águas Pluviais pluviais Águas

Água Consumo Edificio administrativo

Pavimento +

rede drenagem hidrocarbonetos separador

Zona de

Armazenagem

Temporária

Sala de reembalamento e sala de análises

Referências

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