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José Alberto Maia, coordenador do Grupo de Trabalho Confederativo do esocial

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O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) participa do projeto de implantação do Sistema

de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) desde

que o Governo editou o Decreto n.º 8373/2014, instituindo o sistema. “O Governo tem plena

consciência da importância da visão dos contadores no desenvolvimento de um projeto como

este e a necessidade de envolvê-los em todas as suas etapas”, afirma o coordenador do GT

Confederativo, José Alberto Maia, auditor fiscal no Ministério do Trabalho.

Por Comunicação CFC

Com participação de Juliana Oliveira – RP1 Comunicação

O GT Confederativo é forma-do por representantes forma-do Ministé-rio do Trabalho, da Previdência So-cial, da Caixa Econômica Federal, do CFC, do Sistema S, da Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI), da Confederação Nacional do Comér-cio (CNC), da Fenacon, de coopera-tivas, do Sebrae e de empresas de

softwares. Por meio de reuniões

pe-riódicas, os membros do grupo dis-cutem a melhor forma de implan-tação do sistema, um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). A atual

representan-te do CFC no GT Confederativo é a contadora Sandra Batista, conse-lheira pelo Distrito Federal (DF) no Plenário do Conselho Federal.

“Todos os atores envolvidos es-tão empenhados com os esforços de implantação, tanto na realização dos testes quanto nas discussões de alinhamento, com o objetivo de al-cançar as melhorias esperadas para as versões que foram apresentadas até a produção da versão final”, afirma Sandra.

O eSocial é um módulo do Sis-tema Público de Escrituração

Di-gital (Sped) e reunirá todas as obrigações trabalhistas e previ-denciárias.

No dia 1° de agosto deste ano, foi liberado o acesso ao ambiente de testes da plataforma do eSocial para todas as empresas do país. A utilização obrigatória do sistema começa em 1° de janeiro de 2018 para empresas com faturamento superior a R$78 milhões anuais e, a partir de 1° de julho do ano que vem, o eSocial se torna mandató-rio para todos os demais empre-gadores do País.

ENTREVISTA

José Alberto Maia,

coordenador do Grupo de Trabalho

Confederativo do eSocial

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RBC – Quantos órgãos governa-mentais estão envolvidos neste projeto e qual o papel deles? José Alberto Maia – O eSocial é, es-sencialmente, um projeto de cons-trução coletiva e está sendo desen-volvido por vários entes estatais, com a participação também de em-presas e de representantes de cate-gorias econômicas.

Do lado do Governo, além do Ministério do Trabalho, participam do desenvolvimento do eSocial a Receita Federal do Brasil, a Secreta-ria da Previdência Social, o INSS e a Caixa Econômica Federal.

Cada ente colabora com sua

expertise em sua área de negócio

e deve contribuir com a substitui-ção das obrigações acessórias liga-das à sua área de atuação. É uma premissa do projeto que cada ente atue no limite de sua atribuição e competência.

RBC – Quais são os ganhos da adoção do eSocial para os empre-gados e para os empregadores? Maia – Para os empregados, o eSocial possibilitará que seus di-reitos sejam assegurados de for-ma for-mais efetiva, garantindo inclu-sive que o acesso aos benefícios

a que fazem jus seja mais fácil e tempestivo.

Já para os empregadores, os ganhos virão da desburocratiza-ção para o cumprimento de suas obrigações acessórias. A nova sis-temática para a prestação de in-formação será mais simples e mais barata do que a atual e promo-verá, certamente, uma importan-te melhoria no ambienimportan-te de negó-cios do País.

RBC – Quais são os ganhos da adoção do eSocial para o Gover-no, no aspecto de controle, fisca-lização e arrecadação, e no cum-primento da legislação trabalhis-ta, FGTS, previdenciária, tributá-ria e de segurança do trabalho? Maia – Haverá ganhos para o Go-verno sob todos os aspectos levan-tados. A partir do eSocial, espera-se uma melhoria substancial da qualidade da informação prestada pelas empresas, o que possibilitará uma tomada de decisão mais qua-lificada na implementação de polí-ticas públicas.

O eSocial reduzirá também a possibilidade de erros na prestação da informação, assim como dificul-tará a prática de fraude contra os

sistemas do Governo e, com isso, será possível uma prestação bem mais segura e tempestiva de bene-fícios aos trabalhadores.

A simplificação dos processos e a diminuição dos erros na pres-tação de informações também de-verão acarretar um aumento con-siderável da arrecadação, mas este resultado é considerado apenas como um efeito colateral positivo do projeto.

Sabemos que o aumento da transparência das informações de-verá concorrer fortemente para um aumento da percepção de risco por parte das empresas, fazendo com que elas procurem ficar adimplen-tes e em conformidade com a le-gislação. Isso será bom para todos: Estado, empresas e empregados. RBC – A discussão para a adoção vem ocorrendo há alguns anos. Quais são as dificuldades encon-tradas para que o eSocial entre em vigor e gere os benefícios es-perados?

Maia – O eSocial é um projeto muito grande e ambicioso, que irá substituir diversas obrigações acessórias das empresas, que são de competência de diversos entes governamentais. Conseguir juntar todos estes entes e convencê-los a compartilhar governança em bene-fício de um modelo mais simples e racional para as empresas foi, sem dúvida, o primeiro grande obstá-culo com o qual nos deparamos.

A instabilidade política e eco-nômica por que vem passando o País, nos últimos anos, e as diver-sas mudanças que houve na estru-tura administrativa do Estado tam-bém contribuíram para que ainda não estivéssemos com este projeto totalmente implantado.

Mas o maior obstáculo é, sem dúvida, a dificuldade de comuni-car bem o projeto para as empre-sas e fazer com que elas se prepa-rem adequadamente para o novo

Divulgação CFC

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modelo de prestação de informa-ção no prazo previsto.

Para estar apta a implantar o eSocial, a empresa precisa rever seus processos e adaptar seus sis-temas. E esta decisão, muitas ve-zes, é postergada, pois, por mais que o novo modelo venha a dimi-nuir seus custos operacionais em médio e longo prazos, sempre será necessário um investimento inicial por parte das empresas e, em tem-pos de crise, nem sempre esta de-cisão é tão fácil.

RBC – Como já mencionado, há anos o processo para a implan-tação está em andamento e as mudanças na política brasilei-ra têm sido muitas e profundas, em especial com impactos orça-mentários. Avanços na aprova-ção de leiautes, divulgaaprova-ção do Manual de Orientação do eSo-cial e aprovação e divulgação do cronograma ocorreram somente agora em 2017. Há algum risco de o eSocial não entrar em fun-cionamento no dia 1º de janei-ro de 2018?

Maia – Dizer que não há qualquer risco de um adiamento no crono-grama de implantação do proje-to, por menor que seja, não se-ria honesto de nossa parte. Sabe-mos bem as dificuldades por que

passa o País e as incertezas que o assolam em relação ao futuro. O que podemos assegurar é que há uma determinação muito grande por parte do Governo de manter o cronograma e que estão sendo despendidos todos os esforços ne-cessários para que o sistema esteja pronto e devidamente testado na data prevista para a sua implanta-ção.

O projeto tem tido um patrocí-nio muito forte das esferas estra-tégicas do Governo, que o erigiu à categoria de projeto estratégico. Também tem contado com uma colaboração muito ativa das en-tidades representativas das cate-gorias econômicas que participam efetivamente do desenvolvimento do projeto.

Salvo uma mudança muito grande na situação do País, o cro-nograma deverá, sim, ser mantido. RBC – No dia 26 de junho des-te ano, foi disponibilizado o am-biente de produção restrita do eSocial para as empresas de Tec-nologia da Informação (TI) e, a partir de 1º de agosto de 2017, está previsto para todas as em-presas, conforme a Resolução do Comitê Gestor do eSocial n.º 9, de 21 de junho de 2017 <Acesse aqui>. O que se espera alcançar

nessa fase?

Maia – Este ambiente de testes é fundamental para que cheguemos ao final do ano, Governo e empre-sas, aptos a implantar o eSocial. É uma oportunidade ímpar para as empresas testarem as soluções de TI que desenvolveram para pres-tar as informações na nova siste-mática adotada pelo eSocial, e de o Governo assegurar que o siste-ma está funcionando conforme previsto.

Acreditamos também que a an-tecipação da disponibilização deste ambiente de testes para as empre-sas deve sinalizar, de forma muito clara, que o Governo está bastante determinado a manter o cronogra-ma de implantação do eSocial. RBC – Em janeiro de 2018, gran-des empresas, com faturamen-to, no ano de 2016, acima de R$78.000.000,00, devem passar a adotar o eSocial. O processo de implantação do módulo domésti-co do projeto foi marcado por al-guns sobressaltos. Há algum ris-co de isso oris-correr nesta etapa ou são sistemas independentes? Maia – A experiência com a implan-tação do módulo do eSocial voltado para o empregador doméstico deve contribuir muito positivamente em nossa curva de aprendizado, para

Este ambiente de testes é fundamental para que

cheguemos ao final do ano, Governo e empresas,

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que não incorramos nos mesmos erros, quando da implantação dos demais módulos do sistema.

O lado bom é que, hoje, o eSocial doméstico é um sistema estável que atende com presteza, mensalmente, a mais de um milhão de empregado-res domésticos no cumprimento de suas obrigações como empregador. RBC – Grandes empresas têm diferentes tipos de contratação nas relações de trabalho e isso impacta diretamente no traba-lho dos profissionais da conta-bilidade que prestam assesso-ramento nos aspectos trabalhis-ta e previdenciário. As empresas de informática que atuam nesse mercado estão preparadas para oferecer sistemas que atendam o eSocial?

Maia – Uma condição absoluta-mente necessária para que o eSocial

seja implantado no prazo previsto é que os sistemas das empresas este-jam funcionando adequadamente.

Participam ativamente do desen-volvimento do projeto, assim como da definição dos cronogramas de en-trega, entidades representativas des-te seguimento empresarial, empresas de Tecnologia da Informação, como a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comuni-cação (Brasscom) e a Federação Na-cional das Empresas de Informática (Fenainfo). Estamos seguros de que as empresas de TI conseguirão dispo-nibilizar, no prazo combinado, seus sistemas aos clientes, devidamente testados.

RBC – E, para as empresas em ge-ral e para as empresas optantes pelo regime tributário simplifica-do, haverá um tratamento dife-renciado?

Maia – Sim. Da mesma forma que, no caso do empregador domésti-co, há previsão de disponibilização de módulos simplificados voltados para segmentos específicos de em-pregadores menores.

Na verdade, há um comando expresso na norma para o Gover-no dar um tratamento diferencia-do aos pequenos empregadiferencia-dores, e este tratamento se manifesta inclu-sive no cronograma de implanta-ção, que colocou o início da obri-gatoriedade, para este grupo, para uma segunda etapa.

RBC – Muito tem sido falado sobre a implantação do eSo-cial para as empresas em geral. Como será para as pessoas jurídi-cas de direito público da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios? Terão algum tratamento especial ou seguirão

Uma condição absolutamente necessária para que

o eSocial seja implantado no prazo previsto é

que os sistemas das empresas estejam

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a mesma regra e prazos para a adoção do eSocial?

Maia – A prestação de informações por meio do eSocial também será obrigatória para os entes públicos, como os estados e municípios. Po-rém, o início da obrigatoriedade para estes entes está previsto para a segunda etapa, após a implanta-ção pelas grandes empresas.

O eSocial para os “órgãos pú-blicos” seguirá a mesma lógica do eSocial das empresas privadas, con-tando, porém, com algumas pecu-liaridades voltadas às relações tra-balhistas e previdenciárias típicas deste seguimento.

RBC – Quais as entidades que integram o GT Confederativo do

eSocial e como tem sido a expe-riência dos órgãos de Governo com o GT Confederativo?

Maia – Além dos membros do Co-mitê Gestor do eSocial, integram este importante grupo de traba-lho entidades representativas das principais categorias econômicas do País. São importantes confede-rações, como a da Indústria (CNI), do Comércio (CNC), da Agricultu-ra (CNA), dos TAgricultu-ransportes (CNT), de Seguros (CNSeg), das Coope-rativas (CNCOOP) e outras; e fe-derações, como a Federação das Indústrias do Estado de São Pau-lo (Fiesp) e a Federação das Indús-trias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), entre outras.

Participam também deste GT Confederativo – e têm dado um decisivo apoio ao projeto –, duas entidades extremamente impor-tantes para o sucesso do eSocial, que são o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Fenacon. O Governo tem plena consciência da importância da visão dos con-tadores no desenvolvimento de um projeto como este e da neces-sidade de envolvê-los em todas as etapas do eSocial.

Enfim, o eSocial é, de fato, um projeto de construção coletiva, e o GT Confederativo tem desempe-nhado um papel fundamental para o seu desenvolvimento.

O Governo tem plena consciência da importância

da visão dos contadores no desenvolvimento de um

projeto como este e da necessidade de envolvê-los

em todas as etapas do eSocial.

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