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De: BRASEMB LONDRES Recebido em: 11/05/2020 11:19:59 N.°: 00539 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: NTM5X2JwZXJlaXJhXzExLzA1LzIwMjA=

De Brasemb Londres para Exteriores em 11/05/2020

CODI=

CARAT=Ostensivo DEXP=

BLEGIS= PRIOR=Normal

DISTR=DEMA I/DEMA II/DPFT/DPA II/DE I DESCR=WAMB-EFIN-GBRE

RTM=CHNBREM,KENBREM,ONUBRMS,MONBRMS REF/ADIT=TEL 153,DET 50

CATEG=MG

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Reino Unido. Meio ambiente. Biodiversidade. "Dasgupta Review". Publicação do relatório preliminar. //

Nr. 00539

Retransmissão automática para Brasemb Pequim, Brasemb Nairóbi, DELBRASONU e DELBRASMONT

RESUMO=

Informo. Foi publicada a versão preliminar do

"Dasgupta Review", relatório encomendado pelo Tesouro Britânico para avaliar benefícios econômicos da

biodiversidade e riscos financeiros associados à perda da biodiversidade. Amazônia é mencionada 18 vezes no documento. Versão final será publicada antes da COP15 da CDB e deverá trazer recomendações com foco em "soluções baseadas na natureza".

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Foi publicada versão preliminar do "Dasgupta Review", relatório independente encomendado pelo Tesouro

Britânico para avaliar benefícios econômicos da

biodiversidade e riscos financeiros associados à perda da biodiversidade (reftel 153). O público-alvo do relatório são "tomadores de decisões econômicas e financeiras dos setores público e privado", e a biodiversidade é apresentada a partir de enfoque de "asset management problem", segundo o qual uma carteira mais diversificada de ativos naturais contribuiria para a redução do risco ambiental. A versão final do relatório será publicada antes da COP15 da Convenção de Diversidade Biológica (CDB), prevista para ocorrer na China.

2. Embora não seja fruto de iniciativa multilateral nem contemple diversidade regional na composição do grupo de pesquisadores que o conduziram, o "Dasgupta Review" pretende "shape the international response to biodiversity loss, including the successors to the Aichi Biodiversity Targets, and inform global action to deliver the UN Sustainable Development Goals (UN SDGs)". O relatório está baseado em premissas

conceituais como "ecosystem services", "safe operating space of the biosphere" e "planetary boundaries".

3. A Floresta Amazônica é mencionada 18 vezes ao longo do relatório, que afirma que o bioma já teria perdido 17% de sua cobertura original. O documento faz

referência a pesquisas de Thomas Lovejoy e Carlos Nobre, publicadas em 2019, para afirmar que a Amazônia estaria se aproximando do "ponto de não retorno", a partir do qual a floresta não conseguiria mais se regenerar e acabaria por converter-se em savana ("dangerously close to the 20-25% figure which could trigger a tipping point for the entire region"). O relatório também dá conta do aumento nos incêndios florestais registrados na Amazônia em 2019 e seu impacto sobre a biodiversidade daquele ecossistema.

4. A versão preliminar do documento não chega a elencar recomendações (o texto esclarece que a seção "Options for Change" estará disponível apenas na

versão final do relatório), mas dá a entender que será atribuído destaque às chamadas "soluções baseadas na natureza": "In identifying options for change, the

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Review will (.) identify nature-based solutions as an essential part of the package of measures to mitigate and adapt to climate change. The Review will look at how actions to mitigate and adapt to climate change can deliver benefits for biodiversity and, conversely, how conservation actions can help to address climate change."

5. A íntegra do relatório preliminar encontra-se disponível no seguinte endereço eletrônico:

https://assets.publishing.service.gov.uk/government/up loads/system/uploads/attachment_data/file/882222/The_E conomics_of_Biodiversity_The_Dasgupta_Review_Interim_R eport.pdf

Fred Arruda, Embaixador

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De: BRASEMB LONDRES Recebido em: 11/06/2020 12:39:05 N.°: 00660 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: NjYwX2JwZXJlaXJhXzExLzA2LzIwMjA=

CODI=

DISTR=DEMA II/DPFT/DEMA I/DEN/DRI/DNS/DE I DESCR=WAMB-EFIN-BRAS

RTM/CLIC=GRPDCLIMA CATEG=MG

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Mudança do clima.

Financiamento verde ("green bonds") para infraestrutura. Webinars da CBI sobre o Brasil. Relato.

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Nr. 00660

Retransmitido via clic para os demais Postos do grupo Mudança do Clima

RESUMO=

Informo. A Climate Bonds Initiative (CBI) realizou dois "webinars" sobre o mercado de títulos verdes e o potencial de investimentos em infraestrutura no

Brasil. O Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, e um dos Subsecretários Nacionais do Ministério da Economia, Fabio Ono, apresentaram os programas de concessões do governo brasileiro. Destaque foi dado ao setor de ferrovias.

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A entidade britânica Climate Bonds Initiative (CBI) realizou, esta semana, dois "webinars" sobre o mercado de títulos verdes ("green bonds") e o potencial de investimentos em infraestrutura no Brasil. Cada um dos seminários teve duração de cerca de hora e meia. Ambos foram conduzidos em português, com tradução simultânea para o inglês. Os convites foram amplamente circulados pela CBI, o que resultou em significativa participação de estrangeiros entre os espectadores. No primeiro "webinar", o governo brasileiro esteve representado pelo Subsecretário de Planejamento da Infraestrutura Subnacional do Ministério da Economia, Fábio Ono; por sua vez, no segundo "webinar", teve destaque a

participação do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.

2. Registro, a seguir, a composição de ambos os

painéis, bem com as principais mensagens transmitidas pelas autoridades brasileiras.

COMPOSIÇÃO DOS PAINÉIS

"Oportunidades de Investimento em Infraestrutura a nível local no Brasil" (09 de junho)

Thatyanne Gasparotto, Head para América Latina -Climate Bonds Initiative (moderadora);

- Julia Ambrosano, Gerente de Relacionamento Institucional - Climate Bonds Initiative;

- Ricardo Russo, Sócio - Pinheiro Neto Advogados; - Fabio Ono, Subsecretário de Planejamento da Infraestrutura Subnacional, Secretaria de

Desenvolvimento da Infraestrutura (SDI) - Ministério da Economia;

-Barbara Barkarz, Especialista Senior em Clima e Sustentabilidade - Banco Interamericano de

Desenvolvimento (BID)

"Infraestrutura Resiliente: Finanças Verdes e Integração de Riscos" (10 de junho)

Thatyanne Gasparotto, Head para América Latina -Climate Bonds Initiative (moderadora);

-Tarcísio Freitas, Ministro da Infraestrutura; -Marcelo Wagner, Diretor de Investimentos - PREVI; -John Liu, Diretor de Investimentos - Zurich Brasil; -André Dabus, Diretor de Infraestrutura - Marsh Brasil;

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PARTICIPAÇÃO DO GOVERNO BRASILEIRO

3. O representante da SDI do Ministério da Economia reafirmou o compromisso do governo brasileiro com critérios de ESG ("Environmental, Social and

Governance disclosure") e defendeu a importância de priorização de projetos. Citou dados do Banco Mundial para afirmar que, em nível global, cerca de 64% dos recursos destinados a projetos de infraestrutura acabam sendo "desperdiçados" por conta de obras paralisadas e de problemas técnicos decorrentes da falta de priorização de projetos adequados e viáveis.

4. Fábio Ono destacou, ainda, o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e as estratégias para atrair o setor privado e os investidores estrangeiros ("crowd in"). Segundo afirmou, a SDI teria estimado déficit de R$ 8,7 trilhões para infraestrutura no Brasil até 2040, dos quais o governo brasileiro só conseguiria cobrir cerca de 40%. Por isso, na opinião do

Ministério da Economia, seria fundamental enviar, desde já, sinalizações de longo prazo para atração de investimentos privados.

5. Em relação à recuperação econômica pós-pandemia, o representante do Ministério da Economia mostrou-se otimista quanto ao potencial de o Brasil sair à frente. Em sua opinião, enquanto vários países terão de discutir demanda futura por infraestrutura, o Brasil tem a particularidade de "oferecer demanda reprimida" nessa área. Para o Ministério da Economia, será importante, portanto, estruturar "pipeline" consistente de projetos e avançar na agenda de privatizações e de concessões.

6. No seminário realizado no dia seguinte (10/6), o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, recordou as credenciais ambientais brasileiras, como os avanços normativos consolidados no Código Florestal, a alta participação de fontes renováveis na matriz energética e o protagonismo na produção de biocombustíveis.

Elogiou, ainda, o envolvimento e o compromisso do Senhor Vice-Presidente da República em diminuir o desmatamento e as queimadas na Amazônia. "Sempre fomos - e pretendemos continuar sendo - líderes na questão do meio ambiente e da preservação ambiental", afirmou aos participantes.

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7. Segundo o Ministro, os critérios de ESG e a avaliação de riscos climáticos têm sido incorporados como elementos centrais do trabalho de sua Pasta e do "Plano Nacional de Logística". A esse respeito,

mencionou também a aprovação das Diretrizes de Sustentabilidade do Ministério da Infraestrutura (2017-2022) e a recente adoção de Memorandum de Entendimento entre o ministério e a CBI. Afirmou, ainda, que esses marcos contribuem para reforçar a mensagem da sustentabilidade junto aos investidores que participam da agenda de concessões do governo federal.

8. A ênfase principal do Ministro Tarcísio Freitas recaiu sobre o setor de transportes. Em parceria com a CBI, o Ministério da Infraestrutura lançará o primeiro programa de títulos verdes da América Latina para o setor de transportes. Inicialmente, o foco do programa será no modal ferroviário, cuja participação na matriz de transportes poderá dobrar nos próximos 8 anos. O programa será baseado em três pilares: i) novas

concessões; ii) prorrogação antecipada de concessões; iii) mudança do marco legal, permitindo autorizações privadas também para ferrovias (a exemplo do que foi feito recentemente para o setor portuário).

9. A esse respeito, o Ministro afirmou que a certificação "verde" da CBI será fundamental para atração de investidores, que estão cada vez mais

interessados na gestão adequada de riscos climáticos e nos ganhos reputacionais dos "green bonds" - sobretudo em setor como o ferroviário. A intenção do Ministério da Infraestrutura é que, nos próximos anos, a parceria com a CBI sirva também para certificar programas de investimentos em hidrovias e em navegação de

cabotagem.

10. O Ministro Tarcísio Freitas também se mostrou otimista em relação à recuperação da economia

brasileira no cenário pós-coronavírus. Em sua opinião, o Brasil teria os quatro principais elementos que interessariam a quem busca alternativas de

investimento: portfólio de projetos; bons ativos; estruturação sofisticada de projetos; e crédito (destacou o BNDES).

AVALIAÇÃO

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11. A participação de autoridades de alto nível do governo federal foi muito apreciada pelos espectadores em ambas as ocasiões. Apesar da composição

multissetorial dos painéis, quase todas as perguntas da plateia foram direcionadas aos representantes do governo brasileiro, que transmitiram mensagens

positivas e de longo prazo para os investidores. Essas mensagens têm significativo potencial de ressonância no Reino Unido, país em que vem ganhando força a narrativa de que a recuperação econômica pós-pandemia deve ocorrer em bases "descarbonizantes" ("build back better" - tel 572).

12. Recordo, ainda, que a parceria com a CBI

-interlocutor frequente e que tem participado do evento anual da Embaixada sobre financiamento verde (tel 1033/2019) - já resultou na assinatura de Memorandum de Entendimento com diversos órgãos de governo, a exemplo do BNDES e dos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e da Infraestrutura. Essa parceria tem contribuído, ainda, para atrair investidores institucionais para o mercado brasileiro de títulos verdes (USD 5,9 bilhões de emissões

acumuladas) - o maior da América Latina até poucos meses atrás, tendo sido recentemente ultrapassado pelo Chile (USD 7 bilhões de emissões acumuladas), que emitiu uma série de títulos soberanos desde 2019.

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De: BRASEMB LONDRES Recebido em: 21/07/2020 11:02:47 N.°: 00800 CARAT=Ostensivo Código de autenticação: ODAwX2JwZXJlaXJhXzIxLzA3LzIwMjA=

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DISTR=DEMA I/DPA II/DEMA II/ABC/DE I DESCR=WAMB-EAGR-GBRE

RTM=COLBREM,PERBREM,CEEBRMS,ALEBREM,FRABREM REF/ADIT=TEL 960 2019,TEL 954 2019

CATEG=MG

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Meio ambiente. Reino Unido. Anúncio de £16 milhões para prevenção do desmatamento na Amazônia. P4F.

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Nr. 00800

Retransmissão automática para Brasemb Bogotá, Brasemb Lima, BRASEUROPA, Brasemb Berlim e Brasemb Paris

RESUMO=

Informo. Em nota divulgada no final da semana

passada, o governo britânico anuncia £16 milhões para estender por três anos o programa P4F no Brasil, na Colômbia e no Peru. Apesar de os recursos terem sido anunciados como "adicionais", a parcela que compete ao Brasil já havia sido antecipada em agosto de 2019, no contexto dos incêndios florestais na Amazônia.

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Em nota, o governo britânico anunciou reforço de £16 milhões no financiamento do programa "Partnership for Forests" (P4F), o que permitirá estender a sua atuação na América Latina (Brasil, Colômbia e Peru) por três anos. Originalmente previsto para encerrar-se em 2020, o P4F agora manterá projetos nos três países até 2023.

2. Como já informado, o P4F é um programa lançado em 2015 que integra a estratégia britânica de

financiamento climático internacional. Inicialmente com foco na África e na Ásia, o programa foi

expandido, no final de 2017, para a América Latina. Os recursos são oriundos do DFID (Department for

International Development) e, no caso

latino-americano, do BEIS (Department for Business, Energy and Industrial Strategy - ministério que responde pela agenda climática na estrutura

governamental britânica). O objetivo do P4F é reduzir o desmatamento, por meio de investimentos que

incentivem economicamente a manutenção da floresta "em pé" e que promovam o uso sustentável da terra.

3. Recordo que, do total de £16 milhões para a região, o governo britânico havia tomado a decisão de

antecipar £10 milhões destinados ao Brasil em agosto de 2019 (tels 960 e 954 de 2019), no contexto dos incêndios florestais na Amazônia - muito embora os recursos não se destinassem à resposta imediata aos incêndios. Naquela ocasião, interlocutores do Posto afirmaram a meus colaboradores que os outros £6

milhões, divididos entre Colômbia e Peru, deveriam ser anunciados oficialmente em setembro de 2019 - o que não ocorreu.

4. Apesar de os £10 milhões para o Brasil já terem sido anunciados oficialmente pelo governo britânico no ano passado - fato que a imprensa local repercutiu amplamente naquele momento -, esse valor não foi descontado no último anúncio. Em nota de 18 de julho corrente, o governo britânico afirma: "UK invests extra £16 million to prevent Amazon deforestation. New £16 million funding package to support environmentally friendly farming and replanting projects in the

Amazon". Sob crescente escrutínio da opinião pública em matéria ambiental, o governo também publicou a nota nos perfis do BEIS e da presidência da COP26 no

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Twitter.

5. Consultados a respeito, servidores do BEIS que supervisionam o P4F em Londres se limitaram a afirmar a meus colaboradores: "This funding is for all three countries (Brazil, Colombia and Peru), but the

majority is intended to be spent in Brazil". Entendo, portanto, que, ao menos no caso do Brasil, o anúncio da semana passada não representa aportes adicionais de recursos em relação ao volume que já havia sido

antecipado em agosto de 2019. Ainda segundo a equipe do BEIS, os recursos serão destinados sobretudo para reforçar dois projetos que já se encontram em operação no Brasil (PECSA - Pecuária Sustentável da Amazônia; e Rede de Sementes do Xingu), embora novos projetos também possam se beneficiar dos recursos.

6. O portfolio completo de projetos do P4F encontra-se disponível no endereço eletrônico

www.partnershipsforforests.com.

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