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ACEF/1213/03107 Decisão de apresentação de pronúncia

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ACEF/1213/03107 Decisão de apresentação de pronúncia

ACEF/1213/03107 Decisão de apresentação

de pronúncia

Decisão de Apresentação de Pronúncia ao Relatório da

Comissão de Avaliação Externa

1. Tendo recebido o Relatório de Avaliação elaborado pela Comissão de Avaliação Externa relativamente ao ciclo de estudos em funcionamento Direito

2. conferente do grau de Doutor

3. a ser leccionado na(s) Unidade(s) Orgânica(s) (faculdade, escola, instituto, etc.) Faculdade De Direito (UP)

4. a(s) Instituição(ões) de Ensino Superior / Entidade(s) Instituidora(s) Universidade Do Porto

5. decide: Apresentar pronúncia 6. Pronúncia (Português):

Agradecemos a análise deste ciclo de estudos. No documento anexo em pdf apresentamos uma resposta detalhada ao relatório preliminar da CAE.

7. Pronúncia (Português e Inglês, PDF, máx. 100kB): (impresso na página seguinte)

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Exmo. Senhor Prof. Doutor Fernando Araújo, M.I. Presidente da Comissão de Avaliação Externa,

Vem a IES Universidade do Porto – Faculdade de Direito pronunciar-se sobre o relatório preliminar relativo ao 3º ciclo de estudos apresentado pela CAE no âmbito do processo

de avaliação da A3ES.

Assim:

I. Observações gerais

1. Não pode deixar de se assinalar que o relatório se apresenta deficientemente fundamentado em vários passos, com utilização de expressões lacunares, v.g. “em parte” ou com remissão para fontes sem que se percebam qual o iter cognoscitivo-valorativo da Comissão face aos elementos apresentados. Anota-se ainda a não consideração no relatório escrito de elementos fornecidos pela instituição à data da visita e logo em seguida por escrito. Ora, a fundamentação incompleta, insuficiente equivale a falta de fundamentação, nos termos dos artigos 124º e 125º do Código de Procedimento Administrativo.

2. Por outro lado, a indicação de inexistência de “pontos fortes” em várias secções é depois desmentida pelas indicações finais.

3. Não pode ainda deixar de se estranhar que sejam apresentados pontos fortes e fracos e recomendações de melhoria que não dizem respeito ao ciclo de estudos sub judice, com aparente confusão entre uma avaliação institucional e uma avaliação por ciclos de estudos, como deve ser a agora apresentada.

II. Por uma questão metodológica, segue-se a ordem das observações elencada pela CAE:

(A.11.1.2, 2.1.3, 2.1.5, 3.1.3) A CAE reconhece a preocupação manifestada pela

instituição de colocar barreiras aos estudantes “oportunistas” (para utilizar a respetiva expressão), mas não deixa de introduzir referências à desejabilidade de um programa doutoral.

Comece por relembrar-se que nos termos da lei – artigos 31º/3 e 38ºb) do Decreto-Lei nº 74/2006 republicado pelo Decreto–Lei nº 115/2013 -, a existência de curso de doutoramento não é vista como regra, devendo antes ser objeto de especial justificação, o

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que bem atesta a intenção do legislador. Ainda assim, tem sido preocupação da Comissão Científica a densificação das condições impostas – v.g. quanto ao momento de passagem (legal e regulamentarmente prevista) da inscrição provisória a definitiva bem como quanto a momentos anuais de apresentação pública de resultados.

De facto, face ao disposto no Regulamento Geral do Terceiro Ciclo de Estudos da Universidade do Porto do Regulamento do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Doutor em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade do Porto, (consideradas, aliás, pela Comissão de Avaliação como “adequadas” e de acordo com os requisitos legais), e ao trabalho de controlo e acompanhamento da Comissão Cientifica do 3.º Ciclo de Estudos, são assim completamente infundados qualquer um dos “receios” descritos em A.11.1.2 e injustificadas e incompreensíveis as conclusões deduzidas em A.11.1.2 e 8.1. II, alíneas 3) e 4).

Assim, mais do que uma mera “sensibilidade” para a necessidade de controlo e do “desenvolvimento de esforço no sentido do reforço de salvaguardas face a estudantes oportunistas”, há, na verdade, um controlo efetivo que não se esgota no momento da admissão do doutorando, estendendo-se ao longo dos quatro anos do Curso de Doutoramento. De facto, comece-se por lembrar que no momento da admissão, os critérios de seriação são objeto da seguinte ponderação:

(55%) Avaliação curricular:

i) (15%) classificação de licenciatura, com distintos fatores de ponderação consoante a área seja ou não de Direito;

ii) (15%) classificação de mestrado, com distintos fatores de ponderação consoante a área seja ou não de Direito;

iii) (20%) apreciação geral do curriculum vitae; iv) (5%) experiência académica.

(45%) Entrevista, com ponderação de:

i) Coerência e objetivo do projeto de tese apresentado; ii) Motivação;

iii) Disponibilidade de tempo para o programa doutoral

No que respeita a este último item, tem a Comissão Científica nomeadamente ponderado a capacidade de leitura em línguas estrangeiras e suscetibilidade de participar em períodos de formação em centros de investigação nacionais ou internacionais de referência, tendo em

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conta os objetivos publicitados aquando do registo do ciclo de estudos: “Durante o período de

preparação da tese, o estudante, de acordo com o plano individual – e daí a magna relevância de tal plano – deverá

a) Participar em seminários de especialização e investigação;

b) Participar em períodos de formação em centros de investigação nacionais ou internacionais de referência; c) Elaborar relatório anual sobre o progresso da sua investigação e apresenta-lo aos colegas do programa e ao corpo de docentes;

d) Publicar resultados parcelares da sua investigação em revistas de reconhecido mérito científico internacional.”

Por outro lado, e uma vez admitidos, os candidatos estão sujeitos, durante um ano, a um período experimental, no termo do qual poderão requerer a inscrição definitiva no Curso de Doutoramento em Direito. Ao fim desse tempo, o pedido de inscrição definitiva deve ser instruído com um relatório sobre os trabalhos desenvolvidos ao longo do primeiro ano que deve ser apresentado publicamente e com parecer favorável à inscrição definitiva do orientador ou orientadores. Caberá à Comissão Cientifica (cuja direção foi descrita como tendo “o perfil adequado”) apreciar o referido relatório e decidir sobre a exclusão ou admissão do doutorando à realização de inscrição definitiva.

Nos restantes três anos do Curso de Doutoramento em Direito, os doutorandos deverão apresentar relatórios anuais, acompanhados do parecer do orientador ou orientadores sobre os trabalhados realizados e a permanência do orientando no Curso de Doutoramento. A renovação da inscrição não é assim automática e está sujeita a avaliação e decisão da Comissão Cientifica do 3º Ciclo de Estudos. Acresce a circunstância de os regulamentos (da UP e da FDUP) preverem ainda a impossibilidade de apresentação imediata de dissertação antes de decorrida a terceira inscrição no ciclo de estudos.

(2.1.2, 2.1.3 e 2.1.5) Remete-se para o que ficou dito supra. Por outro lado, o relatório

refere que não há possibilidade de aferição da presença dos doutorandos. Ora, não só a inexistência de curso de doutoramento não apresenta qualquer relação de causalidade direta com a participação ativa dos estudantes e docentes nos processos de decisão, como a ausência de momentos intermédios de avaliação não se configura como uma característica autónoma, não estando associada à falta da componente letiva nem a falta de componente de parte letiva se confunde com os requisitos e processo de admissão ao Curso de

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Doutoramento. Aliás, a proximidade da Comissão Científica aos estudantes e a existência de uma Comissão de acompanhamento, constituída por dois membros discentes, designados pelos estudantes em Conselho Pedagógico - e chamada a participar em todas as reuniões da Comissão Científica do 3º Ciclo de Estudos realizadas até hoje - comprova a existência de meios adequados para permitir a todos os estudantes e docentes participarem ativamente nos processos de decisão.

(3.1.2, 3.1.3. e 3.1.5.) Recursos materiais

Não se pode aceitar esta apreciação, pois a instituição coloca à disposição dos docentes e dos estudantes uma biblioteca dotada de um acervo bibliográfico extenso e atualizado, bem como um amplo acervo de recursos informáticos com acesso a múltiplas bases de publicações monográficas e periódicas. Quanto a condições nas instalações para a investigação, recorda-se que, além de uma sala de informática, a biblioteca tem disponíveis computadores que podem ser utilizados pelos estudantes. Em concreto, além de uma sala de estudo com um horário de abertura alargado (9.00 – 22.00 horas), a biblioteca dispõe de três gabinetes para estudo individual e para grupos.

(4.2.5) A FDUP está sujeita às limitações da contratação pública, sendo que as atuais

limitações legais e constrangimentos financeiros à contratação de funcionários não permitiram o reforço dos recursos humanos na Faculdade.

Não faz sentido que uma CAE se permita fazer propostas de contratação de pessoal desconhecendo a realidade da Universidade do Porto na matéria, o funcionamento dos serviços e os estudos em curso para racionalização dos recursos humanos não docentes. Com esta recomendação foram claramente ultrapassadas as regras estabelecidas pela A3ES para a avaliação dos ciclos de estudos. Mais grave, parece que os membros da CAE desconhecem os constrangimentos legais e financeiros que afetam a contratação nas Universidades Públicas.

(5.1.3.) A CAE volta a considerar a necessidade de introdução de programa de

doutoramento. Mas uma vez mais fá-lo desconsiderando o processo de admissão e controlo dos doutorandos ao longo do Curso de Doutoramento. Por outro lado, também o perfil de aluno em função do qual a avaliação do 3.º Ciclo de Estudos foi realizada, parece-nos desajustada do que se pretende que seja um aluno de um Curso de Doutoramento,

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diminuindo-o ao perfil do aluno do 1º ciclo de estudos, que embora com mais autonomia do que o aluno do ensino pré-universitário, não é tido como suficientemente autónomo e responsável para elaborar, sob orientação, o trabalho de investigação próprio, integro e inovador ao qual se propôs.

Neste ponto a CAE pretende ainda que a introdução de tal curso de doutoramento seria benéfica em especial no caso dos não Alumni. Ora, no contexto atual da transparência dos critérios de seriação apresentados, não se alcança como se pretende legalmente operar tal distinção.

(5.2.6 e 5.2.8) Refere-se que devem os doutorandos ser aproveitados em experiência

docente e de investigação. No que respeita à experiência docente, não se podem esquecer as contingências de contratação – aplicáveis até no caso de bolseiros.

Quanto ao envolvimento em centros de investigação, remete-se para tudo o que ficou cabalmente dito no Relatório de Auto Avaliação. Quanto à alegada opacidade de critérios para seleção de bolseiros de investigação do CIJE, diga-se que foram selecionados os estudantes de mestrado com as mais altas classificações na área jurídico-económica, tendo a sua valia sido atestada, nomeadamente, pelas várias referências feiras por tribunais superiores aos trabalhos por eles publicados.

Aos alunos de Curso de Doutoramento (como, aliás, a todos os demais alunos - antigos e atuais - da Faculdade de Direito da Universidade do Porto), é disponibilizado, em condições bastante mais favoráveis, o acesso a Aulas Abertas, Seminários, e Conferências, o que estende e estimula o diálogo dos alunos com a comunidade académica. Por outro lado tem sido fomentada a publicação de trabalhos na revista da FDUP – que tem secção autónoma permanente específica -, na Revista Electrónica de Direito (RED) e em página específica do CIJE.

(6.3.5)

O §2 ignora que é de presença obrigatória a participação no seminário anual de doutoramento, que reúne todos os estudantes.

O §3 ignora que o seminário de doutoramento envolve, para os alunos do 1.º ano, a obrigação de redigir e disponibilizar a todos os restantes estudantes de doutoramento desse ano um

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projeto desenvolvido do estado da arte dos trabalhos, que depois é objeto de apresentação oral em seminário e discussão pelos pares, bem como de avaliação pela Comissão Científica. O §4 ignora que (tal como é referido no ponto 7.1.6), não há ainda dissertações que sejam resultado deste programa registado. Só no corrente ano se produzirão as primeiras dissertações, pelo que não faz sentido invocar a falta de publicações sistemática das dissertações de doutoramento, que poderá ser pensada para futuro e que está sempre assegurada pela publicação no repositório da UP, com a publicação obrigatória de um sumário em português e inglês e com a publicação opcional da tese em versão integral.

(7.1.1) O sucesso académico não é facilmente mensurável, devido à natureza recente

do próprio curso, que ainda não teve tempo de produzir resultados. Isso mesmo vem assinalado posteriormente no ponto 7.1.6, pelo que não se justifica certamente a referência.

(7.2.7) O Relatório Preliminar confunde a referência a um dos Centros de

Investigação (avaliado pela FCT, e que reputa de pouco abrangente), com a inexistência de outros centros de investigação, o que não corresponde à realidade.

8. Observações

(8.II.1) À data da avaliação, a estrutura da pirâmide contava com seis Professores

Auxiliares, sete Professores Associados e dois Professores Catedráticos, sendo que o grupo de Direito conta ainda com a colaboração do Catedrático de Criminologia para a coordenação das ciências jurídico-criminais e, sempre que necessário, para docência.

Tendo em conta estes dados objetivos, não parece que a pirâmide seja demasiado estreita no topo, estando, sim, diminuída na base. O que importa em termos estratégicos é, antes de tudo, estimular o alargamento desta a fim de funcionarmos com uma estrutura hierárquica inspirada na metáfora do referido sólido geométrico. É exatamente essa a estratégia seguida e com frutos. Com efeito, entre 2013 e a data presente doutoraram-se três docentes, com a correspondente progressão na carreira; estão marcadas provas de doutoramento de outro docente para Julho e prevê-se a entrega de mais 4 teses de doutoramento no 1º semestre do próximo ano.

O Diretor tem zelado pelo funcionamento da hierarquia, nomeadamente através do seu Despacho 17/2013, em que foram designados os catedráticos, professores associados mais antigos e diretores de centros de investigação com a finalidade de refletir com todos os docentes sobre as seguintes linhas da organização interna da Faculdade: desenvolvimento

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dos ramos de conhecimento estruturados de acordo com as especialidades do Mestrado; articulação dos centros de investigação com instituições nacionais e estrangeiras; articulação entre a docência e a investigação e os serviços à comunidade e transferência de conhecimento; e, estruturação em secções da FDUP. A reflexão vertida em relatórios tem sido objeto de agendamento no Conselho Científico.

Por fim, não se compreende como uma Comissão que deve estar informada sobre os constrangimentos financeiros que afetam a contratação nas Universidades Públicas pode recomendar à IES abertura de concursos para lugares do topo da carreira. Em suma, a CAE faz recomendações numa matéria que a serem tidas em conta contrariariam a desejada estrutura hierárquica em forma de pirâmide, bem como a estratégia e as diretivas da UP em matéria de contratações.

Não faz sentido, colocar observações que respeitam apenas a outros ciclos de estudos (v.g. 8.II.2., 8.II.6, 8.II.7).

Nos termos referidos supra, e atendendo aos elementos carreados por esta audiência prévia, solicita-se de V. Exas a alteração do Relatório Preliminar, nos pontos referidos.

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