• Nenhum resultado encontrado

TEORIAS ORGANIZACIONAIS:

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TEORIAS ORGANIZACIONAIS:"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO DOUTORADO ACADÊMICO EM ADMINISTRAÇÃO

TURMA 2015

TEORIAS ORGANIZACIONAIS: Estudos Avançados Professores responsáveis: Fernando Dias Lopes e Maria Ceci Misoczky

A disciplina Teorias Organizacionais - Estudos Avançados terá início no dia 13 de março, conforme cronograma abaixo.

Este é um curso avançado. Portanto, os alunos devem estar familiarizados e, mesmo, ter sólidos conhecimentos sobre os autores e teorias clássicos e contemporâneos dos estudos organizacionais. Para aqueles que precisarem revisar seus conhecimentos ou apropriar-se dessas abordagens sugerimos as leituras da disciplina Teorias Organizacionais indicadas para os alunos do Mestrado, que também se encontram disponíveis no sítio da Escola.

Além de aprofundar o conhecimento sobre os principais referenciais teóricos, o objetivo é que posteriormente ao encerramento da disciplina, quando cada um se encontrar no seu processo de elaboração de tese, os enfoques, autores ou escolas mais adequados para o desenvolvimento desse trabalho possam ser retomados. Além disso, as tarefas a serem realizadas contribuirão para o desenvolvimento das capacidades de leitura, compreensão e análise, bem como de habilidades de apresentação e ensino.

A disciplina se desenvolve como uma oficina de trabalho, alternando-se momentos de discussão das leituras previamente realizadas, momentos de apresentação e debate de sistematizações, discussão dos miniensaios produzidos de modo individual e previamente à aula correspondente. Os alunos vão dividir a responsabilidade pela discussão e problematização do material correspondente a cada sessão. Os alunos devem, portanto, realizar todas as leituras requeridas e estar devidamente preparados.

A partir da terceira aula as sessões (com exceção das aulas 6, 8 e 12) serão apoiadas por alunos responsáveis. Os alunos deverão apoiar a professora na condução da aula. Não se trata de fazer uma síntese dos conteúdos (o que seria impossível sem absurdas reduções), mas contribuir para os debates que serão desenvolvidos. Os nomes dos alunos e as respectivas aulas serão definidos na aula 1.

A aula se inicia, quando não houver professor convidado, com uma breve introdução feita pelos professores da disciplina e com breves manifestações de posicionamento inicial de cada aluno sobre as leituras requeridas, seguem: uma discussão geral a partir dos aspectos por eles destacados; aprofundamentos de aspectos aonde se localizam dificuldades de compreensão e sobre as contribuições mais relevantes com base, também, nos miniensaios previamente produzidos e entregues.

Para cada aula (com exceção da aula 6) deverá ser produzido um miniensaio: um texto reflexivo de no máximo duas páginas em espaço 1. O objetivo é exercitar a capacidade de leitura e análise reflexiva. O miniensaio não é uma reafirmação de ideias presentes nos textos; não é uma síntese; é um meio para a expressão dos pensamentos do(a) autor(a) que deve exercitar um argumento que explicite suas ideias e questões sobre o tema. O miniensaio deve concluir com uma pergunta não especulativa para debate durante a sessão. Os miniensaios devem ser entregues no escaninho da Professora Maria Ceci ou do Professor Fernando (conforme indicação a ser feita

(2)

na primeria aula), na quarta feira anterior à aula, até as 14 horas, com exceção do miniensaio da aula 1 deverá ser entregue até as 14 horas do dia 11 de março no escaninho da Profa. Maria Ceci. Cada aluno deverá preparar dois miniensaios ampliados (6 a 10 páginas) com base na sua livre escolha de temáticas e autores ressalvada a evidente conexão com a disciplina (textos que não tenham clara identificação com os conteúdos da disciplina terão, automaticamente, conceito D). O objetivo é o desenvolvimento de um texto argumentativo com mais fôlego do que o permitido no miniensaio. As datas de entrega são: primeiro ensaio ampliado até a data da aula 10; segundo ensaio ampliado até 15 dias após a última aula.

Não serão aceitos trabalhos entregues fora dos prazos acima explicitados.

A avaliação da disciplina é composta de: 14 miniensaios individuais (35%); 2 miniensaios ampliados (35%); participação nas atividades em aula e seminários (30%). A participação em aula inclui, além das tarefas específicas, o envolvimento efetivo e qualificado nas discussões durante toda a disciplina.

Após o cronograma se encontra um modelo de Bloco de Notas que pode ser muito útil para a sistematização das suas leituras. Embora não seja uma exigência da disciplina, sua adoção é muito recomendada. Todas as leituras devem ser feitas antes da aula correspondente. As leituras devem ser feitas na sequência em que estão listadas no Cronograma. As leituras complementares estão indicadas no sentido de suprir lacunas na formação anterior dos alunos. No entanto, são obrigatórias para os alunos encarregados de apoiar a aula.

A disponibilização do cronograma de atividades e dos textos com antecipação é uma indicação de que a expectativa com relação à realização das leituras e à elaboração dos textos a partir das leituras é elevada. Portanto, utilizem o tempo disponível antes do início do Curso para familiarizar-se com o material da disciplina, e realizar leituras e reflexões.

Os alunos que não obtiverem conceito suficiente para aprovação (A, B ou C) realizarão prova de recuperação com consulta. Os alunos que realizarem prova de recuperação e forem aprovados, obterão conceito máximo C.

Os capítulos de livros e os artigos indicados estão disponíveis no xerox em frente à Escola 4 de fevereiro (Contato com Neco ou Renê pelos telefones 30264452 e 82706909 ou por universalcopias@yahoo.com.br – eles podem enviar pelo correio se assim for combinado).

Os livros indicados para leitura na íntegra estão disponíveis no acervo da biblioteca da EA. Também não estão no xerox aquelas referências com indicação de link. As indicações como leitura complementar, quando houver, se encontram disponíveis através dos recursos da Biblioteca da EA e demais bibliotecas da UFRGS.

Em caso de dúvidas contatem a professora responsável pela disciplina – Maria Ceci Misoczky – pelo endereço eletrônico maria.ceci@ufrgs.br (com exceção de 3 a 11 de fevereiro).

Antes do Cronograma encontra-se um pequeno glossário, com o objetivo de facilitar alguns entendimentos iniciais.

Ontologia é a doutrina do ser e suas formas; se refere à essência ou à natureza do existente.

Epistemologia é um termo de origem grega que apresenta dois sentidos: teoria do conhecimento e filosofia da ciência. Os dois sentidos estão ligados, o problema do conhecimento se entrelaça com o da ciência. E expressão ruptura epistemológica foi introduzida por Gastón Bachelard para evidenciar que a história da ciência não avança de modo continuista, evolutivo, linear e cumulativo,

(3)

mas segundo saltos e fraturas.

Paradigma foi um termo empregado por Platão no sentido de modelo e por Aristóteles no sentido de exemplo. Na obra de Thomas Kuhn, A estrutura das revoluções científicas, assume um significado epistemológico e é usado de vários modos: (a) como uma tradição paradigmática - uma constelação de crenças comungadas por um grupo, um conjunto de teorias, valores e técnicas de pesquisa compartilhadas por uma determinada comunidade científica; (b) como um conjunto de soluções concretas para os quebra-cabeças que constituem a organização típica da ciência normal, ou seja, a “pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações científicas passadas […], reconhecidas durante algum tempo por alguma comunidade científica específica como proporcionando os fundamentos para sua prática posterior” – “um paradigma é aquilo que os membros de uma comunidade partilham e, inversamente, uma comunidade científica consistem em homes que partilham um paradigma” (KUHN, 1996, p. 29 e 219). Para Kuhn a emergência de um novo paradigma se vincula à idéia de uma dinâmica descontínua e revolucionária das produções culturais. Ocorre uma revolução científica quando um paradigma é abandonado e outro emerge. A adoção do novo não se dá por um cientista individualmente, mas por toda uma comunidade científica.

Metodologia pode se referir à lógica ou parte da lógica que estuda os métodos; conjunto de procedimentos metodológicos de uma ou mais ciências; análise filosófica de tais procedimentos. Este pequeno glossário tem o objetivo de estabelecer, ainda que minimamente, um compartilhamento de significados essenciais para as leituras a serem feitas. A fonte utilizada foi o Dicionário de Filosofia, da autoria de Nicola Abbagnano, editado pela Livraria Martins Fontes (São Paulo), em 2007. Outra referência utilizada foi: KUHN, Thomas S. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1996.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES Aula 1

Dia 13 de março – 14:00-18:00

14:00-15:00 - Organização das atividades

15:00 -16:00 – Um panorama do campo disciplinar – aula expositivo dialogada 16:00-18:00 – Discussão das leituras

MENEGHETTI, Francis Kanashiro. O que é um ensaio-teórico? Revista de Administração Contemporânea, v. 15, n. 2, p. 320-332, 2011. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552011000200010&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt.

LUKE, Belinda; KEARINS, Kate. Attribution of words versus attribution of responsibilities: academic plagiarism and university practice. Organization, v. 19, n. 6, p. 881-889, 2012.

MURPHY, Jonathan; ZHU, Jingqi. Neo-colonialism in the academy? Anglo-American domination in management journals. Organization, v. 19, n. 6, p. 915-927, 2012.

SPINK, Peter; ALVES, Mário A. O campo turbulento da produção acadêmica e a importância da rebeldia competente; ALCADIPANI, Rafael. Academia e a fábrica de sardinhas. Ambos em Organização & Sociedade, v.18, n. 57, 2011. Disponíveis em: http://www.revistaoes.ufba.br/viewissue.php?id=77#Id%C3%A9ias_em_Debate_/_Ideas_in_Debate. MISOCZKY, Maria Ceci; GOULART, Sueli. Viver as contradições e tornar-se sujeito na produção

(4)

social de nosso espaço de práticas. Organização & Sociedade, v.18, n. 58, 2011. Disponível em: http://www.revistaoes.ufba.br/viewissue.php?id=78#Id%C3%A9ias_em_Debate_/_Ideas_in_Debate Aula 2

Dia 20 de março – 14:00-18:00

Max Weber: Sociologia Compreensiva, Racionalização e Teoria da Dominação I

WEBER, Max. A “objetividade” do conhecimento na Ciência Social e na Ciência Política – 1904. In: ______. Metodologias das Ciências Sociais. Parte 1. São Paulo: Cortez/Unicamp, 1993. p. 107-154. (Obs.: evitar a edição de Weber em português, por problemas de tradução.)

______. Economia y sociedad. México, D. F.: FCE, 2002. (p. 5-45, p. 170- 180 e 704-847) Aula 3

Dia 27 de março – 14:00-18:00

Max Weber: Sociologia Compreensiva, Racionalização e Teoria da Dominação II Continuação do trabalho com os textos da aula anterior, acrescido do texto abaixo.

TRAGTENBERG. Maurício. Burocracia e ideologia. São Paulo: UNESP, 2006. p. 113-282. Leitura complementar

KALBERG, Stephen. Max Weber’s types of rationality: cornerstones for the analysis of rationalization processes in history. American Journal of Sociology, v. 85, n. 5, p. 1145-1179, 1980.

Aula 4

Dia 10 de abril

Teorias organizacionais, ciência positiva, funcionalismo e estruturalismo DONALDSON, Lex. Organization theory as a positive science. In: TSOUKAS, Haidimos; KNUDSEN, Christian (Eds.). The Oxford Handbook of Organization Theory. Oxford: Oxford University Press, 2003. p. 39-62.

MERTON, Robert K. Análise estrutural em sociologia. In: BLAU, Peter M. Introdução ao estudo da estrutura social (Org.). Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1975. p. 31-47.

PARSONS, Talcott. O conceito de sistema social. In: CARDOSO, Fernando Henrique; IANNI, Octavio (Orgs.) Homem e sociedade: leituras básicas de sociologia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973. p. 47-55

______. e cols. Papel e sistema social In: CARDOSO, Fernando Henrique; IANNI, Octavio (Orgs.) Homem e sociedade: leituras básicas de sociologia. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973. p.63-68

PRESTES MOTTA, Fernando C. Teoria das organizações: evolução e crítica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. (2ª ed. revista e ampliada)

(5)

Leituras complementares Sobre paradigmas:

KUHN, Thomas. A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Editora Perspectiva, 1996. Sobre o positivismo:

COMTE, Augusto. Discurso sobre o espírito positivo. Porto Alegre/São Paulo: Editora Globo/Editora da USP, 1976. p.5-23, 67-73, 117-126

DONALDSON, Lex. Position statement for positivism. In: WESTWOOD, Robert; CLEGG, Stewart. Debating Organization: point-counterpoint in Organization Studies. Oxford: Blackwell, 2003. p. 116-127.

Sobre o funcionalismo:

DURKHEIM, Emile. As regras do método sociológico. Capítulos I, II e III. São Paulo: Editora Nacional, 1978.

FLETCHER, Ronald. Functionalism as a social theory. Sociological Review, v. 4, n. 1, p. 31-46, July 1956.

Aula 5

Dia 17 de abril – 14:00-18:00

Parte da tradição nos Estudos Organizacionais

KILDUFF, Martin; DOUGHERTY, Deborah. Change and development in a pluralistic world: the view from the classics. Academy of Management Review, v.25, n.4, p.777-782, 2000.

SIMHA, Adytia; LEMAK, David J. The value of original source readings in management education: The case of Frederick Winslow Taylor. Journal of Management History, v. 16, n.2, p. 233-252, 2010.

PRYOR, Mildred Golden; TANEJA, Sonia. Henry Fayol, practitioner and theoretician – revered and reviled. Journal of Management History, v.16, n.4, p.489-503, 2010.

MULDOON, Jeffrey. The Hawthorne legacy: a reassessment of the impact of the Hawthorne studies on management scholarship, 1930-1958. Journal of Management History, v.18, n.1, p. 105-119, 2012.

BRUCE, Kyle; NYLAND, Chris. Elton Mayo and the deification of human relations. Organization Studies, v. 32, n. 3, p. 383-405, 2011.

DYE, Kelly; MILLS, Albert J.; WEATHERBEE, Terrance. Maslow man interrupted: reading management theory in context. Management Decision, v.43, n.10, p.1375-1399, 2005.

TRAGTENBERG. Maurício. Burocracia e ideologia. São Paulo: UNESP, 2006. p.71-109. Leituras complementares

TAYLOR, Frederick W. Princípios de Administração Científica. 8ª ed. São Paulo: Atlas, 1995. (Fundamentos da Administração Científica - p.24-36; Princípios da Administração Científica – p.37-55, 60-62, 67-74; 85-95)

Report of a lecture by and questions put to Mr F.W. Taylor: a transcript. Journal of Management History, v. 14, n.3, p. 214-236, 2008.

FAYOL, Henry. Administração industrial e geral. 10ª ed. São Paulo: Atlas, 1994. (Definição de administração – p.23-26; Princípios gerais da administração – p.43-64)

BARNARD, Chester. As funções do executivo. (Parte I – considerações preliminares sobre sistemas cooperativos; Parte IV – as funções de organização em sistemas cooperativos).

(6)

HERZBERG, Frederick. Mais uma vez: como motivar seus funcionários? In: VROOM, Victor H. Gestão de pessoas, não de pessoal: os melhores métodos de motivação e avaliação de desempenho. São Paulo: Ed. Campus, 1997. p.55-82

Aula 6

Dia 24 de abril – 14:00-18:00

Seminário: Estrutura e ambiente

As abordagens dominantes nos EOs, e na Administração em geral, têm sua matriz no estrutural-funcionalismo sistêmico. Como sabemos, o funcionalismo tem sua origem nos trabalhos de Émile Durkheim, tendo se transformado, a partir das elaborações de Talcott Parsons, na abordagem dominante na sociologia ao longo de várias décadas. Nos EOs, as referências fundantes dessa matriz se desenvolveram a partir da década de 1950. Além da influência de Parsons, somou-se a inspiração na abordagem sistemista biologicista. Em 1950, Von Bertalanffy publicou “The theory of open systems in physics and biology”; e, em 1956, “General system theory”. No que se refere às TO, as influências foram marcantes. Em 1958 Joan Woodward iniciou a divulgação de seus estudos sobre a relação entre estruturas organizacionais e tecnologia. Em 1961, Burns e Stalker elaboraram seus estudos sobre estruturas mecânicas e orgânicas. Em 1962, Chandler estudou a relação entre estratégia e estrutura. Em 1965 Hage desenvolveu uma proposição sobre a relação entre centralização e formalização, eficiência e inovação. Em 1967, Lawrance e Lorsh explicitaram o termo “teoria da contingência”, ao tratar da relação entre mudança ambiental e diferenciação / integração nas organizações. Também em 1967, Perrow continuou explorando o tema da tecnologia e da estrutura; enquanto Thompson distinguiu entre organizações do tipo sistema fechado e do tipo sistema aberto, além de caracterizar três diferentes tecnologias (cadeias longas, mediadoras e intensivas) e três níveis de interdependência no fluxo de trabalho (combinadas, sequenciais e recíprocas) relacionados a mecanismos de coordenação. Em 1970 Blau desenvolveu a teoria da diferenciação estrutural. A partir de 1968, o Grupo de Aston iniciou um conjunto de estudos comparativos sobre as grandes dimensões estruturais; organização das atividades e concentração de autoridade. Enquanto isso, desde 1949, pesquisadores reunidos em Tavistock iniciaram os trabalhos desenvolvidos ao longo de décadas que resultaram na consolidação do corpo teórico que ficou conhecido como abordagem sócio-técnica. Já a partir da década de 1970 a abordagem da contingência estrutural se consolida, tendo Donaldson como principal autor; e a abordagem classificatória de Mintzberg, com foco na configuração organização se dissemina; e as influências biologicistas são retomadas em formulações como as do ciclo de vida e da ecologia populacional, dependência de recursos, entre outras. Em meados da década de 1980 ganha força a Teoria Institucional sobre a denominação de novo institucionalismo, retomando o trabalho de Selznick e mantendo o debate na ideia de separação entre organização e ambiente (tema a ser tratado com mais detalhe na Aula 7).

(7)

proposição deste corpo teórico e o presente, bem como a aparente disposição da nossa área disciplinar para ser moderna, criativa e inovadora, o fato é que essa matriz teórica continua predominando, ainda que sob outros nomes e, mais usualmente do que seria aceitável, sem que a filiação seja devidamente reconhecida.

O objetivo desta aula é, portanto, exercitar o reconhecimento desta matriz teórica nas diversas áreas de concentração nas quais os alunos se localizam. Os autores acima mencionados e suas contribuições devem fazer parte do acervo de conhecimentos dos alunos, já que essa temática é tratada na graduação e no mestrado (ou deveria ser). Sendo assim, é importante que esses conteúdos sejam revisados antes de preparar a atividade propriamente dita.

Objetivo:

Reconhecer a presença da matriz estrutural-funcionalista sistêmica em estudos e abordagens contemporâneas em cada área de concentração.

O trabalho de estudo e pesquisa deve ser realizado coletivamente, já que implica em elevado grau de elaboração. Os dois alunos que estão solitários em suas áreas de concentração foram realocados junto aos colegas da área de Organizações. No entanto, devem encontrar espaço, na construção do seminário, para considerar suas especificidades.

Apresentação dos resultados do trabalho:

Cada grupo deve selecionar um artigo representativo de suas conclusões e encaminhar com uma semana de antecedência para os colegas. Cada grupo terá 30 minutos para realizar sua apresentação, que será seguida de debates. Outros professores de TO serão convidados a participar do Seminário.

Aula 7

Dia 8 de maio

Organizações e instituições

DIMAGGIO, P.; POWELL, W. W. Introduction. In: POWELL, W. W.; DIMAGGIO, P. (Eds.) The new institutionalism in organizational analysis. Chicago and London: The University of Chicago Press. p. 1-41.

______. The iron cage revisited: institutional isomorphism and collective rationality in organizational field. American Sociological Review, v. 14, n. 2, p. 147, 160, 1983. HASSELBLANDH, H.; KALLINIKOS, J. The project of rationalization: a critique and reappraisal of neo-institutionalism in organization studies. Organization Studies, v. 21, n. 4, p. 697-720, 2000.

Leituras complementares

DIMAGGIO, Paul J. Constructing na Organizational Field as a Professional Project: U. S. Art Museums, 1920-1940. In: POWELL, Walter W.; DIMAGGIO, Paul J. The New

(8)

Institutionalism in Organizational Analysis. The University of Chicago Press: Chicago, 1991. p. 267-292.

WOOTEN, Melissa; HOFFMAN, Andrew J. Organizational Fields: Past, Present and Future. In: GREENWOOD, Royston; OLIVER, Christine; SAHLIN, Kertin;

SUDDABY, Roy (Orgs.) The Sage Handbook of Organizational Institutionalism. Sage: London, 2008. p. 130-148.

MEYER, J., ROWAN, B. Institutionalized organizations: formal structure as myth and ceremony. The American Journal of Sociology, v. 83, n. 2. p. 340-363, 1977.

POWELL, W. W.; COLYVAS, J. The New Institutionalism. In: CLEGG, R. S.; BAILEY, J. (Eds.) The International Encyclopedia of Organization Studies. Sage Publishers, 2007. P. 976-980

LAWRENCE, T.; SUDDABY, R.; LECA, B. Introduction: theorizing and studying institutional work. In: LAWRENCE, T.; SUDDABY, R. LECA, B. (Eds.) Institutional work: actors and agency in institutional studies of organizations. Cambridge, 2009. p. 1-27

Aula 8 - Prof. convidado Paulo Zawislak Dia 15 de maio - 14:00-18:00

Abordagem econômica – teoria da agência, economia dos custos de transação e visão baseada em recursos

COASE, R. H. The nature of the firm. Economica, v.4, 16, p.386-405, 1937.

WILLIAMSON, Oliver E. Economics and organization: a primer. California Management Review, v.38, n.2, p.131-146, 1996.

ALCHIAN, Armen A.; DEMSETZ, Harold. Produção, custos de informação e organização econômica. Revista de Administração de Empresas - RAE, v.45, n.3, p. 92-108, 2005.

BARNEY, J. Firm resource and sustained competitive advantage. Journal of Management, v. 17, n. 1, p. 99-120, 1991.

ZAWISLAK, Paulo. In: Nota técnica In: CLEGG, S.; HARDY, C; NORD, D. (Orgs.) Handbook de estudos organizacionais. São Paulo: Atlas, 2004. v.3, p.180-185.

Leituras complementares

MADHOK, Anoop. The organization of economic activity: transaction costs, firm capabilities, and the nature of governance. Organization Science, v.7, n.5, p.577-590, 1996.

LANGLOIS, Richard N. The vanishing hand: the changing dynamics of industrial capitalism. Industrial and Corporate Change, v.12, n.2, p.351-385, 2003.

Aula 9

(9)

1ª parte

Processo decisório

SIMON, Herbert A. Rational decision making in business organizations. The American Economic Review, v. 69, n. 3, p. 493-513, 1979.

SIMON, Herbert A. Making management decisions: the role of intuition and emotion. Academy of Management Executive, p. 57-64, February 1987.

ALLISON, Graham T. Conceptual models and ‘The Cuban Missile Crisis’, The American Political Science Review, v. LXIII, n. 2, p. 689-718, 1969.

Leitura complementar

SIMON, Herbert. Comportamento administrativo: estudo dos processos decisórios nas organizações administrativas. Rio de Janeiro: FGV, 1965.

KERR, Gerry. What Simon said: the impact of the major management works of Herbert Simon. Journal of Management History, v.17, n.4, p.399-419, 2011.

2ª parte

Governança

RHODES, R. A W. Understanding governance: ten years on. Organization Studies, v. 28, n. 8, p. 1243-1264, August 2007.

OSTROM, Elinor. Beyond markets and states: polycentric governance of complex economic

systems. 2009. Disponível em:

<http://www.nobelprize.org/nobel_prizes/economics/laureates/2009/ostrom-lecture.html>. Acesso em: 5 fev. 2013.

AULA 10

Dia 29 de maio - 14:00-18:00

1ª parte

Introdução à filosofia do processo

HORBACH, Gustavo B. A evolução criadora de Bergson: fundamentos da abordagem processual das organizações. Dissertação de Mestrado – UFRGS, EA, PPGA, 2010. p. 19-43 (Cap. Henri Bergson, o filósofo da vida) – disponível no LUME: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25195/000752586.pdf?sequence=1 DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Introdução: Rizoma. In: DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Rio de Janeiro: Ed.34, 1995. p. 11-38

(10)

Leituras complementares

Introdução à filosofia do processo ver: http://plato.stanford.edu/entries/process-philosophy/

Sobre Henri Bergson ver: http://plato.stanford.edu/entries/bergson/ 2ª parte

O interpretativismo de Karl Weick

WEICK, Karl E. Sensemaking in organization. London: Sage, 1995. (Capítulos 1 a 5, p.1-131) Sobre Alfred North Whitehead ver: http://plato.stanford.edu/entries/whitehead/.

HORBACH, Gustavo B. A evolução criadora de Bergson: fundamentos da abordagem processual das organizações. Dissertação de Mestrado – UFRGS, EA, PPGA, 2010. p. 44-59 (Cap. A produção de sentido de Karl Weick) - disponível no LUME: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25195/000752586.pdf?sequence=1 Leituras complementares

WEICK, Karl E.; SUTCLIFEE, Kathleen M.; OBSFELD, David. Organizing and the process of sensemaking. Organization Science, v. 16, n.4, p. 409-421, 2005.

WEGNER, Douglas; MISOCZKY, Maria Ceci. Avaliação de desempenho de redes de pequenas empresas: contribuições da abordagem da produção de sentido. Organização & Sociedade, v. 17, n.53, p, 345-361, 2010.

Aula 11

5 de junho - 14:00-18:00

Organização/desorganização

COOPER, Robert. Open field. Human Relations, v.29, n.11, 0.999-1017, 1976.

COOPER, Robert. Organization/Disorganization. Social Science Information, v.25, n.2, p.299-335, 1986.

HORBACH, Gustavo B. A evolução criadora de Bergson: fundamentos da abordagem processual das organizações. Dissertação de Mestrado – UFRGS, EA, PPGA, 2010. p. 75-107 (Caps. A aproximação necessária e Considerações finais) - disponível no LUME: http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/25195/000752586.pdf?sequence=1

Aula 12 - Prof. convidado Ariston Azevêdo Dia 12 de junho – 14:00-18:00

Alberto Guerreiro Ramos

AZEVÊDO, Ariston. Trajetória intelectual de Guerreiro Ramos. Revista de Administração do CESUSC, n. 3, jan/jul, 2008, pp. 119-124 (disponível em:

(11)

http://virtual.cesusc.edu.br/portal/externo/revistas/index.php/administracao/article/viewFile/117/1 06)

GUERREIRO RAMOS, Alberto. Cartilha brasileira do aprendiz de sociólogo (prefácio a uma Sociologia Nacional). In: GUERREIRO RAMOS, Alberto. Introdução crítica à sociologia brasileira. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1995. p. 101-161

GUERREIRO RAMOS, Alberto. A redução sociológica (introdução ao estudo da razão sociológica). 2. Ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro Ltda., 1965. p. 57-64, 79-95, 112-146 GUERREIRO RAMOS, Alberto. Toward an ecumenical social science. 1967.

GUERREIRO RAMOS, Alberto. A Nova Ciência das Organizações: uma reconceituação da riqueza das nações. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1981, p. XV-XVII; Cap. 1, 2, 3, 5 e 6. Leitura complementar

AZEVÊDO, Ariston; ALBERNAZ, Renata. A ‘antropologia do guerreiro’: a história do conceito de homem parentético. Cadernos EBAPE.BR, v.4, n.3, out. 2006, pp. 1-19 (disponível em: http://app.ebape.fgv.br/cadernosebape/arq/Ariston.pdf)

Aula 13

Dia 19 de junho – 14:00-18:00

Organizações, discurso e poder

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária. p . 1-86 FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso: aula inaugural no Collége de France, pronunciada em 2 de dezembro de 1970. 9ª. ed. São Paulo: Loyola, 2003.

Aula 14

Dia 26 de junho – 14:00-18:00

Marx: materialismo histórico

HARVEY, David. Para entender O Capital – Livro I. Campinas: Boitempo, 2013. p. 11-60. MARX, Karl. O capital. Livro I. Campinas: Boitempo, 2013. p. 113-158. (O texto escaneado será enviado oportunamente.)

Aula 15 Dia 3 de julho

Organização e ética da libertação: introdução à filosofia latino-americana

MISOCZKY, Maria Ceci; DORNELAS, Guilherme. Enrique Dussel: contribuições para a crítica ética e radical nos Estudos Organizacionais. Cadernos Ebape.Br, v. 13, n. 2, 2015. (Disponível no site da Revista.)

DUSSEL, Enrique. World-System and Trans-Modernity. Nepantla: Views from the South 3 (2): 221-244, 2002. (disponível em: http://muse.jhu.edu/journals/nepantla/v003/3.2dussel.pdf)

(12)

DUSSEL, Enrique. Philosophy of liberation, the postmodern debate and Latin American Studies. In: MORAÑA, Mabel; DUSSEL, Enrique; JÁUREGUI, Carlos A. (Eds.) Coloniality at large: Latin America and the Postcolonial Debate. Durham: Duke University Press, 2008. p. 335-349 DUSSEL, Enrique. 20 teses de política. São Paulo: Expressão Popular, 2007. p. 25-50

Bloco de Notas (modelo)

Identificação do texto (referência bibliográfica completa segundo Norma da ABNT)

Argumento central (idéia central em torno da qual evolui o desenvolvimento do texto)

Página Síntese da idéia

desenvolvida pelo autor ou reprodução de algum trecho

Comentários,análises, reflexões, dúvidas sobre o mesmo

Como a idéia pode servir ao projeto

Referências

Documentos relacionados

Como eles não são caracteres que possam ser impressos normalmente com a função print(), então utilizamos alguns comandos simples para utilizá-los em modo texto 2.. Outros

Com relação ao estabelecimento empresarial, assinale a alternativa correta. a) O contrato que tenha por objeto a alienação, o usufruto ou arrendamento do estabelecimento, só produzirá

É necessário, também e em decorrência, que se delineie um novo direito – expressão do conceito ético essencial, capaz de regular, além das novas questões trazidas

FIGURA 1: Valores médios da porcentagem de germinação de sementes de Hymenaea stigonocarpa submetidas a diferentes tratamentos pré-germinativos.. contrapartida, Souza et

2.1. Disposições em matéria de acompanhamento e prestação de informações Especificar a periodicidade e as condições. A presente decisão será aplicada pela Comissão e

Q Se não houver espaço suficiente na memória interna do visualizador de imagem para todas as suas fotos favoritas, as Favoritas mais recentes serão transferidas do computador para

VII – Possuir bom desempenho acadêmico no ano anterior cursado em instituição de ensino superior. Para acadêmicos calouros o desempenho do ensino médio será

Mais uma alteração a última lei mencionada ocorreu em 28 de abril de 1995, com a Lei nº 9.032, dispondo que a aposentadoria especial seria concedida desde