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USO INDISCRIMINADO DE FÁRMACOS ENTRE JOVENS PARA TRATAMENTO DE DISFUNÇÃO ERÉTIL

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Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 04, n.1, Jan./Jul. 2018 p. 654 LIMA, Regiane Rossi Oliveira2 - lucas3gabriel4@hotmail.com

RESUMO

A disfunção erétil (DE), chamada de impotência sexual, é definida como a incapacidade persistente em obter ereção peniana suficiente para a realização de atividade sexual satisfatória. Temos hoje no país medicações tais como, sildenafil (Viagra®), vardenafila (Levitra®), tadalafila (Cialis®), e lodenafila (Helleva®), sendo que, comprovadamente o tadalafila apresenta tempo e ação maior se comparado às outras drogas, sendo que os efeitos colaterais dessas drogas são usualmente transitórios e os mais comuns são: cefaleia, rubor facial, epigastralgia e congestão nasal. Portanto, este artigo tem como objetivo descrever sobre o uso indiscriminado de pílulas por jovens para o tratamento de disfunção erétil com o intuito de aprofundar os conhecimentos. Através dos dados obtidos, verifica-se que a maioria dos consumidores fez aquisição do (PDE5) com intuito recreativo ao invés de tratamento de alguma patologia com indicação médica. Diante dos fatos obtidos, deve-se ressaltar a importância do profissional farmacêutico perante o uso desses medicamentos, para que seja evitada a automedicação e o uso indiscriminado. Apesar da larga comercialização dessa nova categoria de medicamentos, ainda são escassos os estudos que se propõem a verificar seu impacto na vida sexual e na saúde dos usuários.

PALAVRAS- CHAVE: Uso indiscriminado (PDE5). Sidenafila. Tadalafika. Iodenafila.

INTRODUÇÃO

Em décadas passadas, a impotência sexual não era vista como uma patologia que exigia cuidados médicos, e os dados epidemiológicos não traduziam a importância da síndrome, pois a impotência sexual estava relacionada ao envelhecimento e, bem como um indivíduo quando jovem era acometido desta

1Especialista em Ciências e Matemática (Química, Física e Biologia) e Graduado em Licenciatura em

Química pela Faculdade de Educação e Meio Ambiente – FAEMA–RO.

2 Especialista em Farmácia Clinica. Graduada Bacharel em Farmácia pela Faculdade de Educação e

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síndrome, o chamavam de desequilibrado psicologicamente, porém aumentaram as pesquisas nesse sentido na década de 70 e as explicações sobre o mecanismo de

ereção e suas fisiopatologias foram ficando mais consistentes (MATHEUS,2009).

A disfunção erétil (DE), chamada de impotência sexual, é definida como a incapacidade persistente em obter ereção peniana suficiente para a realização de atividade sexual satisfatória, caracteriza-se como a disfunção sexual (DS) mais prevalente quando confrontada aos distúrbios ejaculatórios e de desejo, estimando-se 140 milhões de casos no mundo, com projeções de 300 milhões para o ano de 2025 (AYTA, 1999).

Estando caracterizada por distúrbios no desejo sexual adjuntos a alterações psicofisiológicas e às variações no ciclo sexual, a disfunção sexual (DS) é considerada como um importante problema de saúde pública nos Estados Unidos, afetando 43% das mulheres e 31% dos homens, com idade entre 18 anos e 59 anos (WESPES, 2009).

Estudos populacionais realizados nos Estados Unidos e no Brasil apontam, concomitantemente, 52% e 45,1% dos homens com disfunção erétil, entretanto a terapêutica deve se iniciar pelo reconhecimento da causa e satisfação a critérios, evitando-se metodologias invasivas e cirurgias antes de tratar ou minimizar as

questões clínicas e os fatores de risco para tal disfunção (ABDO, 2007).

De acordo com Matheus, Fregonesi e Ferreira (2009), o tratamento a base dos inibidores da 5-Fosfodiesterase (PDE5), distribuídos no mercado nos anos 90, trazem, efetivamente, esperanças àqueles homens que não tinham uma ereção de qualidade que permitisse a penetração, entretanto hoje, além na medicação oral, inibidora da 5-Fosfodiesterase, temos as injeções intracavernosas, e como recurso mais radical, os implantes ou próteses.

Apresentamos atualmente no país tratamentos tais como, sildenafil (Viagra®), vardenafila (Levitra®), tadalafila (Cialis®), e lodenafila (Helleva®), sendo que, comprovadamente o tadalafila oferece tempo e ação maior se comparado às outras drogas, sendo que os efeitos colaterais dessas drogas são usualmente transitórios e os mais comuns são: cefaleia, rubor facial, epigastralgia e congestão nasal (MATHEUS, FREGONESI e FERREIRA, (2009).

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Portanto, este artigo tem como objetivo apresentar uma revisão de literatura, sobre o uso indiscriminado de pílulas por jovens para o tratamento de disfunção erétil com o intuito de aprofundar os conhecimentos.

1 METODOLOGIA

Este estudo baseia-se em uma revisão bibliográfica explorativa, descritiva, relativa e atual, utilizando-se documentos científicos eletrônicos compilados de plataformas indexadas, a saber: Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Eletronic

Library Online - Scielo, Google Acadêmico, utilizando os descritores controlados: Uso

indiscriminado (PDE5) /Indiscriminate use (PDE5); sidenafila/sildenafil;

tadalafil/tadalafil; iodenafila/lodenafil.

A pesquisa bibliográfica teve como critério de inclusão publicações dos últimos 10 (dez) anos, no qual foi selecionado um total de 48 (quarenta e oito) artigos sobre a temática, destes, 20 (vinte) foram utilizados para a construção dos elementos textuais do presente trabalho e os outros critérios de exclusão, porquanto não abordaram diretamente a temática estudada. Dentre os 20 (vinte) selecionados, quatorze artigos (14) no idioma português, cinco artigos (05) no idioma inglês e uma dissertação de mestrado. Inicialmente foram selecionados pelos títulos, e após a leitura do resumo foram selecionados os textos relacionados ao assunto abordado.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 DISFUNÇÃO ÉRETIL

A Disfunção Erétil, também conhecida como impotência sexual masculina, é determinada como a inabilidade durável de obter e/ou manter uma ereção peniana firme ou suficiente para permitir um desempenho sexual suficiente. Para seu tratamento, deve ser realizada uma avaliação clínica para averiguação das causas subjacentes da disfunção e, com isto, sugerir qual uma terapêutica mais recomendado

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A ingestão de medicamentos para (DE) impotência sexual masculina não é aconselhado para homens que não apresentem algum tipo de dificuldade em ter ou manter uma ereção peniana. Porém pesquisas já identificam o uso impróprio sem indicação médica, com o propósito de energizar o desempenho sexual em pessoas que não têm distúrbios relacionados à disfunção erétil com escopo único de recreação (CRF, 2013).

De acordo com Neves, et.al (2004)algumas substâncias também podem estar

obscuras, no desenvolvimento da disfunção erétil, entre eles alguns remédios que atuam no sistema nervoso central, como por exemplo, antidepressivos e antipsicóticos; remédios utilizados para o tratamento da hipertensão, como diuréticos tiazídicos, betabloqueadores; além de substâncias psicotrópicas como a maconha, cocaína, opióides, álcool e nicotina.

Estudos clínicos efetivados recente têm demonstrado que a adoção de hábitos de vida saudáveis, como parar de fumar, diminuir o consumo de álcool e fazer atividades físicas; além de diminuir o risco de problemas cardiovasculares, pode

ocasionar benefício acessório para a terapêutica da disfunção erétil (NEVES, et al,

2004).

2.2 TRATAMENTO PARA DISFUNÇÃO ÉRETIL

Existe atualmente uma gama de terapêuticas para (DE) que serão escolhidos conforme sua recomendação, ou seja, a causa relacionada. Os métodos que podem ser utilizados para o tratamento da (DE) são a psicoterapia, as próteses penianas, as cirurgias e os medicamentos, administrados por via oral ou injetável, em que as injeções são aplicadas diretamente no pênis (SOUSA, 2008).

Desde 1998, com o lançamento do sildenafil no mercado, várias drogas

similares, todas inibidoras da PDE5 (fosfodiesterase-5), são empregadas com sucesso

no tratamento da (DE), no qual eventualmente, seu uso associado com a reposição hormonal, pode surtir efeitos superiores, quando há indicação precisa (SHABSIGH, 2004).

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Os fármacos desta classe são bem tolerados para a pluralidade dos pacientes, proporcionando efeitos adversos e transitórios, como cefaleia, congestão nasal, dispepsia e visão anormal de cores, alguns efeitos adversos mais intensos e interações farmacológicas importantes podem ocorrer em indivíduos que apresentem alterações cardiovasculares ou com o uso concomitante de nitratos, antiretrovirais e drogas de abuso como a cetamina. Todavia, apesar do uso desses fármacos se restringirem a pessoas com diagnóstico de (DE), estudos retratam que jovens que não possuem essa disfunção os obtém em drogarias ou pela Internet, sem a necessidade de prescrição médica (SMITH, ROMANELLI, 2005).

2.2.1 Citrato De Sildenafila (VIAGRA®)

A descoberta do Citrato de Sildenafila concebeu um grande avanço no tratamento da disfunção erétil, podendo beneficiar, entre muitos outros, os portadores de doença cardiovascular ou com seus fatores de risco, porquanto os estudos clínicos têm incluído mais de 3.700 pacientes com disfunção erétil, onde 2.000 deles em estudos controlados com placebo tenham demonstrado boa tolerância ao medicamento, porquanto os efeitos colaterais mais intensos podem ocorrer em portadores de doenças cardiovasculares, especialmente nos pacientes em uso de medicações contendo nitratos orgânicos (GUIMARÃES, et al, 1999).

Segundo Beavo (1995) o Citrato de Sildenafila pertence a uma classe de compostos chamada de inibidores de fosfodiesterases (PDE). PDEs incluem uma linhagem diversa de enzimas que hidrolisam nucleotídeos cíclicos (cAMP e cGMP) e exercem um papel crítico na modulação da via de sinalização do segundo mensageiro.

O medicamento Citrato de Sildenafila (Viagra®) é uma nova terapêutica oral para a (DE), que age restaurando a função erétil, resultando em uma resposta natural à estimulação sexual, onde o mecanismo fisiológico responsável pela ereção do pênis envolve a liberação de óxido nítrico nos corpos cavernosos durante a estimulação sexual, sendo que o óxido nítrico ativa a enzima guanilato ciclase, que por sua vez induz um aumento dos níveis de monofosfato de guanosina cíclico (GMPC),

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produzindo um relaxamento da musculatura lisa dos corpos cavernosos, permitindo o influxo de sangue (FREITAS, et al, 2015).

Para Theves (2015)os comprimidos são apresentados de 25, 50 e 100 mg, para

o tratamento a dose inicial sugerida é de 50 mg administrado pelo menos 1 hora antes da atividade sexual. Dependendo da efetividade e da tolerabilidade, doses podem ser aumentadas para 100 mg ou diminuídas para 25 mg e a frequência máxima indicada é de uma vez ao dia.

O uso de alimentos não é fator limitante do medicamento, mas a ingestão de bebidas alcoólica em excesso próxima da sua administração pode interferir em sua absorção. Sua meia-vida plasmática é de aproximadamente 3 a 5 horas e seu efeito

clínico pode se estender por até 5 horas(THEVES, 2015).

De acordo com a figura 1 temos a estrutura química da molécula de Citrato de Sildenafila.

Figura 1: Estrutura química da molécula de Citrato de Sildenafila.

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Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 04, n.1, Jan./Jul. 2018 p. 660 2.2.2 Vardenafila (LEVITRA®)

O vardenafila (Levitra®) é empregado na terapêutica de homens adultos (com 18 ou mais anos) com (DE), definida como a incapacidade para obter ou manter uma ereção do pénis suficiente para um desempenho sexual satisfatório. A substância ativa do vardenafil (Levitra®), compete a um grupo de medicamentos chamados inibidores da fosfodiesterase de tipo 5 (PDE5), funciona através do bloqueio da enzima fosfodiesterase, responsável pela degradação de uma substância conhecida

como monofosfato de guanosina cíclico (GMPc) (ABDO, 2007).

Em ocasiões normais de estimulação sexual, o GMPc é produzido no pénis, permitindo ao músculo dos tecidos esponjosos do pénis (corpora cavernosos) relaxar, isto possibilita a afluência de sangue aos corpora, o que origina a ereção. Ao inibir a degradação do GMPc, o Levitra restabelece a função erétil. A estimulação sexual

continua, contudo, a ser necessária para obter uma ereção (ABDO, 2007).

O vardenafila (levitr®) é efetivo após 30 minutos da administração, uma refeição muito gordurosa reduz o seu efeito, pois é administrado em doses de 5, 10 e 20 mg, sendo a dose inicial indicada de 10mg e é adaptada de convênio com a resposta do paciente e pelos efeitos colaterais, as taxas de sucesso são de 66%, 76% e 80% em homens utilizado 5, 10 e 20mg, respectivamente. Vardenafil também melhora as

ereções em subgrupos de difícil tratamento (WESPES, 2009).

De acordo com a figura 2 temos a estrutura química da molécula de Vardenafila

(Levitra) 4 - [2-etoxi - 5-(4-etilpiperazina – 1 il) sulfonilfenil] – 9 – metil 7 propil

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Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 04, n.1, Jan./Jul. 2018 p. 661 Figura 2: Estrutura química da molécula de Vardenafila (Levitra)

Fonte: (SHABSIGH, 2004)

2.2.3 Tadalafila (CIALIS®)

O cialis® (tadalafila) possui o mesmo mecanismo de ação do sildenafil, inibindo

a ação da fosfodiesterase PDE5 e aumentando o nível de GMPc no corpo cavernoso,

ajudando na ereção, sendo que estes medicamentos também têm contraindicação em casos de problemas cardiovasculares. O cialis tem como efeito colateral dores de cabeça, dor nas costas, dispnéia (dificuldade de respiração), congestão nasal e tontura, sendo que a ereção pode ter duração de até 36 horas (BATISTA, 2005).

O tadalafila é um inibidor bastante conhecido, (figura 3) (6R-trans)-6-(1,3-benzodioxol-5-yl)- 2,3,6,7,12,12a-hexahidro-2-metilpirazino [1', 2':1,6] pirido [3,4-b]indol-1,4-diona), que também pode ser ingerido cerca de meia hora antes da relação sexual, porém possui uma meia-vida longa (cerca de 17,5 horas), seus resultados podem chegar até 48 horas, a especificidade dos inibidores de PDE-5 mais modernos trazem mais segurança e conforto ao paciente que carece do seu uso (BATISTA, 2005).

De acordo com a figura 3 temos a estrutura química da molécula de Tadalafila (Cialis®)

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Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 04, n.1, Jan./Jul. 2018 p. 662 Figura 3: Estrutura química da molécula de Tadalafila (Cialis®)

Fonte: (BATISTA, 2005)

2.3 USO INDISCRIMINADO DE INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE DE TIPO 5

(PDE5)

O uso abusivo de inibidores da PDE-5 vem sendo relatado pela comunidade científica desde o lançamento do sildenafil. Após a sua apresentação comercial, no final de 1998, foram registrados relatos de que em festas noturnas britânicas, jovens do sexo masculino faziam o uso abusivo dessa substância, comumente administradas com drogas ilícitas (LEAL; TERRA JUNIOR, 2017).

Segundo Conselho Federal de Farmácia, (2013), não é recomendado o uso dos

PDE5 para homens que não apresentem qualquer tipo de dificuldade em ter ou manter

uma ereção peniana. No entanto, algumas pesquisas já identificaram o uso

inadequado (sem indicação médica) ou excessivo dos PDE5, com o intuito de

aumentar o desempenho sexual em pessoas que não têm distúrbios relacionados à disfunção erétil.

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De acordo com Freitas et.al (2010), há evidências sobre a alta prevalência do

uso do fosfodiesterase de tipo 5 (PDE5) sem sugestão médica em homens jovens,

caracterizando o uso abusivo e recreativo deste medicamento, que apresenta diversos efeitos colaterais, nomeadamente relacionados ao risco cardíaco.

Através dos dados obtidos por Freitas et al (2010), verifica-se que a pluralidade

dos consumidores fizeram aquisição do PDE5 com finalidade recreativa ao invés de

tratamento de alguma patologia com recomendação médica.

Sabe-se que o uso indiscriminado de deste medicamento expõe os usuários, principalmente os idosos, a efeitos colaterais desnecessários e interações potencialmente perigosas. Apesar da larga venda dessa nova classe de medicamentos, ainda são insuficientes os estudos que se propõem a averiguar seu

impacto na vida sexual e na saúde dos usufrutuários(FREITAS, et al, 2016).

Estudos descrevem taxas tão elevadas quanto 21,5% dos homens com idade entre 18-30 anos a ingerir sildenafil com fins recreativos, e 73,3% desta população admite usá-lo mais do que uma vez. Mais extraordinária é a evidência que mostra que o uso de sildenafil está a aumentar, com uma média de idade cada vez menor que 25 anos, porquanto os motivos prendem-se, provavelmente, com a melhoria geral da

função sexual, relatada por 72,5% dos homens que usam PDE5 (BECHARA, et al,

2010).

O resultado da concordata recreativa de drogas e PDE5 em homens jovens,

muitas vezes podem ter consequências constantes, ficando num estado alterado, com capacidade de tomada de decisão danificada. No entanto estudos demonstram

ligações entre o uso concomitante de drogas e PDE5 e a manifestação de

comportamentos sexuais de risco, incluindo múltiplos parceiros, maiores taxas de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e um maior aumento em relações sexuais desprotegidas com homens VIH positivos, em HSH (NASCIMENTO, PEDRO, 2014).

Atualmente no Brasil uma grande parte das pessoas que ingerem esse medicamento, no ato da compra não apresenta receita médica, no qual isso tem se tornado uma rotina nas drogarias onde a abordagem e a orientação farmacêutica nesse caso são difíceis, pois esses clientes não estão dispostos a serem orientados,

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estão sempre muito apressados e muitos têm receios em comentar sobre o assunto (FREITAS, et.al, 2015).

Para Pereira, (2004), é fundamental haver acompanhamento médico tanto para o tratamento de doenças quanto para seu uso recreacional, buscando o uso de forma correta, segura e eficaz adequados aos costumes e as características de cada indivíduo.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

As drogas usadas para (DE) não necessitam de controle especial ou retenção da prescrição médica no ato da dispensação, o que acaba se tornando um problema de saúde pública entre os jovens, que mesmo sem qualquer problema de disfunção, fazem seu consumo indiscriminadamente destes medicamentos com único escopo de melhorar o desempenho.

Perante os fatos obtidos, deve-se ressalvar a importância do profissional farmacêutico perante o uso desses medicamentos, para que seja evitada a automedicação e o uso indiscriminado, levando em importância o fato de os jovens adquirirem os medicamentos sem receita médica e sem qualquer informação sobre os riscos. Apesar da larga comercialização dessa nova categoria de medicamentos, ainda são insuficientes os estudos que se propõem a verificar seu impacto na vida sexual e na saúde dos usuários.

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Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 04, n.1, Jan./Jul. 2018 p. 665 REFERÊNCIAS

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INDISCRIMINATED USE OF YOUNG DRUGS FOR ERETHYDR DERFUNCTION TREATMENT

ABSTRACT

Erectile dysfunction (ED), called sexual impotence, is defined as the persistent inability to obtain sufficient penile erection for satisfactory sexual activity. We currently have in the country medications such as sildenafil (Viagra®), vardenafil (Levitra®), tadalafil (Cialis®), and lodenafila (Helleva®). Tadalafil has been shown to have a longer time and action compared to other drugs, And the side effects of these drugs are usually transient and the most common are: headache, facial flushing, epigastralgia and nasal congestion. Therefore, this article aims to present a review of the literature on the indiscriminate use of pills by young people for the treatment of erectile dysfunction in order to deepen the knowledge. Through the obtained data, it is verified that the majority of the consumers made purchase of the (PDE5) for recreational intention instead of treatment of some pathology with medical indication. In view of the facts obtained, it is important to emphasize the importance of the pharmacist to the use of these drugs, in order to avoid self-medication and indiscriminate use. Despite the wide commercialization of this new category of drugs, there are still few studies that aim to verify their impact on the sexual life and health of users.

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Revista Olhar Científico – Faculdades Associadas de Ariquemes – V. 04, n.1, Jan./Jul. 2018 p. 668

http://www.faar.edu.br/revista Recebido em:18/10/17 Aceito em: 19/04/18

Referências

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