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Representa»c~ao posicional de inteiros

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Academic year: 2021

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Representa»c~

ao posicional de inteiros

Habitualmente os n¶umeros inteiros positivos s~ao representados no sistema (posicional) decimal. Na representa»c~ao de um inteiro positivo no sistema decimal, os d¶³gitos ou algarismos representam m¶ultiplos de pot^encias de10, base do sistema. Esses m¶ultiplos de pot^encias de 10, quando somados, determinam o n¶umero. Por exemplo, ao escrevermos 27 065 estamos representando a quantidade

2 ¢ 104+ 7 ¢ 103+ 0 ¢ 102+ 6 ¢ 101+ 5 ¢ 100

A raz~ao hist¶orica para a ado»c~ao da base10 na representa»c~ao dos inteiros ¶e provavelmente o fato de termos dez dedos em nossas m~aos. Algumas civiliza»c~oes antigas usaram bases diferentes, como os Babil^onios, que usavam a base 60 (sistema sexagesimal). Uma heran»ca cultural que temos dos Babil^onios est¶a no sistema sexagesimal da contagem de minutos e segundos. J¶a os computadores eletr^onicos usam a base 2 (sistema bin¶ario) para representar os inteiros internamente, nos circuitos el¶etricos, e a base 8 (sistema octal ) ou a base 16 (sistema hexadecimal) para representar os inteiros externamente, nos dispositivos de visualiza»c~ao.

Uma calculadora cient¶³¯ca, como a encontrada em modernos computadores, realiza c¶alculos e exibe resultados nos sistemas decimal, hexadecimal, octal e bin¶ario. Quando o leitor adquirir familiaridade com esses quatro sistemas, poder¶a conferir seus c¶alculos, propostos nos exerc¶³cios, em uma dessas calculadoras.

Como veremos a seguir, qualquer inteiro positivo maior do que 1 pode ser usado como base na representa»c~ao dos inteiros. A representa»c~ao de inteiros de que estamos tratando ¶e chamada representa»c~ao posicional, uma vez que a posi»c~ao de cada d¶³gito ¶e relevante na representa»c~ao do n¶umero.

Teorema 4.1 Seja b > 1 um inteiro positivo ¯xado. Ent~ao qualquer inteiro positivo n

pode ser escrito, de maneira ¶unica, na forma

n = ak¢ bk+ ak¡1¢ bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2¢ b2+ a1¢ b + a0

na qual os coe¯cientes aj, para j = 0; 1; : : : ; k, s~ao elementos do conjunto de d¶³gitos f0; 1; : : : ; b ¡ 1g, e ak6= 0 .

(2)

Demonstra»c~ao. Para obter a representa»c~ao (ou expans~ao) de n, na base b, constru¶³mos uma seqÄu^encia ¯nita de divis~oes euclidianas por b, cujos restos constituir~ao a seqÄu^encia de d¶³gitos a0; : : : ; ak.

Primeiro dividimosn por b, e obtemos

n = bq0+ a0; 0 · a0 < b:

Se q0 > 0 ent~ao dividimos q0 porb, obtendo

q0 = bq1+ a1; 0 · a1 < b:

Se q1 > 0, continuamos o processo, obtendo

q1 = bq2+ a2; 0 · a2 < b (q2 > 0)

q2 = bq3+ a3; 0 · a3 < b (q3 > 0)

.. .

qk¡1 = bqk+ ak; 0 · ak < b (qk¡1 > 0)

at¶e encontrarmos o primeiro quociente qk = 0.

A garantia de que o processo termina est¶a no fato de que a seqÄu^encia n > q0 > q1 > q2 > ¢ ¢ ¢ , ¶e uma seqÄu^encia estritamente decrescente de inteiros n~ao negativos,

terminando portanto em algum qk = 0 (n~ao existe uma seqÄu^encia in¯nita e decrescente de inteiros positivos).

Substituindo sucessivamente q0; q1; : : : ; qk¡1 na equa»c~ao n = bq0+ a0 obtemos n = bq0+ a0 = b(bq1 + a1) + a0 = q1b2+ a1b + a0 = (bq2+ a2)b2+ a1b + a0 = b3q 2+ a2b2+ a1b + a0 .. . = (bqk+ ak)bk+ ak¡1bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2b2+ a1b + a0 = akbk+ ak¡1bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2b2+ a1b + a0

Para demonstrarmos a unicidade da expans~ao de n na base b, vamos supor que existem duas expans~oes distintas,

n = akbk+ ak¡1bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2b2+ a1b + a0

n = Akbk+ Ak¡1bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + A2b2+ A1b + A0

com os coe¯cientes aj e Aj, para j = 0; 1; : : : ; k, tomados no conjunto de d¶³gitos f0; 1; : : : ; b ¡ 1g.

(3)

Note que, em princ¶³pio, as duas expans~oes n~ao precisam conter o mesmo numero k + 1 de termos. Isto ¶e facilmente contornado somando parcelas com coe¯cientes nulos para for»car a igualdade no n¶umero de coe¯cientes dos dois somat¶orios. Subtraindo o segundo somat¶orio do primeiro, termo a termo, obtemos

(ak¡ Ak)bk+ ¢ ¢ ¢ + (a2 ¡ A2)b2+ (a1¡ A1)b + (a0¡ A0) = 0

Seja j 2 f0; 1; 2; : : : ; kg o primeiro inteiro tal que aj 6= Aj. Note que tal j existe quando as duas representa»c~oes s~ao realmente distintas.

A igualdade anterior tem ent~ao a forma

(ak¡ Ak)bk+ (ak¡1¡ Ak¡1)bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + (aj+1¡ Aj+1)bj+1+ (aj¡ Aj)bj = 0

e podemos ent~ao escrever bj£(a

k¡ Ak)bk¡j + ¢ ¢ ¢ + (aj+1¡ Aj+1)b + (aj¡ Aj)¤= 0

ou, equivalentemente,

Aj ¡ aj = b£(ak¡ Ak)bk¡j¡1+ ¢ ¢ ¢ + (aj+1¡ Aj+1)¤:

Nestas condi»c~oes b j (Aj¡ aj).

Por outro lado, como 0 · aj < b e 0 · Aj < b, segue que ¡b < Aj¡ aj < b. Assim Aj ¡ aj ¶e o ¶unico m¶ultiplo de b no intervalo ¡b < Aj ¡ aj < b, isto ¶e, Aj ¡ aj = 0.

Chegamos ent~ao a uma contradi»c~ao, j¶a que estamos sob a hip¶otese de queaj 6= Aj.

Alternativamente, podemos demonstrar a exist^encia da expans~ao de n, na base b, por indu»c~ao sobre n, usando o segundo princ¶³pio de indu»c~ao ¯nita, analogamente ao procedimento usado na demonstra»c~ao do teorema 2.6, cap¶³tulo 1.

Um caso particularmente interessante do teorema 4.1 ocorre quando b = 2, con-forme enunciado a seguir.

Corol¶ario 4.1 Qualquer inteiro positivo pode ser representado, de maneira ¶unica, como

uma soma de pot^encias de dois, distintas entre si.

Demonstra»c~ao. Seja n um inteiro positivo. Segue do teorema 4.1, quando b = 2, que n tem a forma

n = ak¢ 2k+ ak¡1¢ 2k¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2¢ 22+ a1¢ 21+ a0¢ 20

com cada d¶³gito aj igual a 0 ou 1, sendo os d¶³gitos aj determinados de maneira ¶unica. Logo n pode ser representado, de maneira ¶unica, como uma soma de pot^encias de dois, distintas entre si.

(4)

Na representa»c~ao descrita no teorema 4.1, b ¶e chamado de base da representa»c~ao. Expans~oes decimais (b = 10), bin¶arias (b = 2), hexadecimais (b = 16) ou octais (b = 8) s~ao as mais usadas. Os coe¯cientesaj s~ao chamados de d¶³gitos da representa»c~ao. D¶³gitos bin¶arios tamb¶em s~ao chamados de bits (binary digits).

Para distinguir representa»c~oes de inteiros em diferentes bases, ¶e h¶abito usar a nota»c~ao

(akak¡1: : : a2a1a0)b

para representar

akbk+ ak¡1bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2b2+ a1b + a0

Tamb¶em escrevemos abc : : : rsb em lugar de (abc : : : rs)b.

Assim, por exemplo, (2102)3 ou 21023 signi¯ca2 ¢ 33+ 1 ¢ 32+ 0 ¢ 31+ 2 ¢ 30, que ¶

e, no nosso sistema decimal, 2 ¢ 27 + 1 ¢ 9 + 2 = 65.

Como de h¶abito, ¯ca subententida a base dez quando n~ao ¯zermos men»c~ao µa base na qual o inteiro est¶a representado. Assim, 2307 ¶e o mesmo que 230710 ou (2307)10, sendo o inteiro 2 ¢ 103+ 3 ¢ 102+ 7.

Observa»c~ao 4.1 Se n = ak¢ bk+ ak¡1¢ bk¡1+ ¢ ¢ ¢ + a2¢ b2+ a1¢ b + a0 =Pkn=0anbn,

tal como no enunciado do teorema 4.1, este somat¶orio ¶e a sua expans~ao na base b, enquanto que a nota»c~ao simb¶olica (akak¡1: : : a2a1a0)b ¶e a sua representa»c~ao na base b. No entanto, os termos expans~ao e representa»c~ao, neste contexto, podem ser usados como sin^onimos.

Note que a demonstra»c~ao do teorema 4.1 fornece um m¶etodo para encontrar a represen-ta»c~ao na baseb de um inteiro qualquer n. N¶os simplesmente aplicamos o algoritmo da divis~ao sucessivamente sempre com o mesmo divisor b, come»cando com o dividendo n, tomando sempre, como novo dividendo, o ¶ultimo quociente obtido, e parando quando o quociente se anular. A leitura dos restos, do ¶ultimo para o primeiro, fornece os d¶³gitos da representa»c~ao procurada.

Exemplo 4.1 Para encontrar a representa»c~ao na base 2 do inteiro 2006 basta fazer

sucessivas divis~oes euclidianas por 2, tal como abaixo:

2006 2 0 1003 1003 2 1 501 501 2 1 250 250 2 0 125 125 2 1 62 62 2 0 31 31 2 1 15 15 2 1 7 7 2 1 3 3 2 1 1 1 2 1 0

(5)

Das divis~oes acima, temos: 2006 = 2 ¢ 1003 + 0 1003 = 2 ¢ 501 + 1 501 = 2 ¢ 250 + 1 250 = 2 ¢ 125 + 0 125 = 2 ¢ 62 + 1 62 = 2 ¢ 31 + 0 31 = 2 ¢ 15 + 1 15 = 2 ¢ 7 + 1 7 = 2 ¢ 3 + 1 3 = 2 ¢ 1 + 1 1 = 2 ¢ 0 + 1

Para obter a representa»c~ao de 200610na base2, anotamos ordenadamente os restos das divis~oes euclidianas efetuadas, iniciando no ¶ultimo e terminando no primeiro, isto ¶e,

(2006)10 = (11111010110)2

Internamente, computadores representam n¶umeros em circuitos el¶etricos usando uma s¶erie de chaves que possuem dois estados: \ligada" (passando corrente el¶etrica) e \desligada" (n~ao passando corrente el¶etrica). Chaves ligadas representam o d¶³gito bin¶ario 1 e chaves desligadas representam o d¶³gito bin¶ario 0. J¶a em seus dispositivos visuais, os computadores representam n¶umeros usando a base hexadecimal, atrav¶es dos d¶³gitos hexadecimais0, 1, 2, 3, 4, 5 ,6 ,7, 8, 9, A, B, C, D, E e F . As letras A, B, C, D, E e F representam os d¶³gitos correspondentes a 10 ,11, 12, 13, 14 e 15 no sistema decimal.

Por exemplo, para converter(B013CE)16 para a base decimal escrevemos (B013CE)16= B ¢ 165 + 0 ¢ 164+ 1 ¢ 163+ 3 ¢ 162+ C ¢ 16 + E

= 11 ¢ 165+ 0 ¢ 164+ 1 ¢ 163+ 3 ¢ 162+ 12 ¢ 16 + 14

= (11539406)10

A convers~ao hexadecimal-bin¶ario ¶e feita atrav¶es da convers~ao dos d¶³gitos hexade-cimais em blocos de 4 d¶³gitos bin¶arios, conforme mostra a tabela 4.1.

Exemplo 4.2 Para converter (B6AF )16 em bin¶ario basta colocar, em seqÄu^encia, os

respectivos blocos de d¶³gitos bin¶arios de cada um dos d¶³gitos hexadecimais 2, F , B e 3. Assim (46AF )16 = (0100|{z} B 0110 |{z} 6 1010 |{z} A 1111 |{z} F )2 = (0100011010101111)2 = (100011010101111)2

(6)

Tabela 4.1. Convers~ao de d¶³gitos hexadecimais para o sistema bin¶ario.

d¶³gito d¶³gitos hexadecimal bin¶arios

0 0000 1 0001 2 0010 3 0011 4 0100 5 0101 6 0110 7 0111 8 1000 9 1001 A 1010 B 1011 C 1100 D 1101 E 1110 F 1111

N~ao justi¯caremos este procedimento no seu caso geral. Mostraremos por¶em, passo a passo, a convers~ao de (46AF )16 para a forma (0100011010101111)2.

(46AF )16= 4 ¢ 163+ 6 ¢ 162+ A ¢ 16 + F = (0100)2¢ 163+ (0110)2¢ 162+ (1010)2¢ 16 + (1111)2 = (0100)2¢ 212+ (0110)2¢ 28+ (1010)2¢ 24+ (1111)2 = (0100)2¢ (1 0000 0000 0000)2+ (0110)2¢ (1 0000 0000)2+ (1010)2¢ (1 0000)2+ (1111)2 = (0100 0000 0000 0000)2+ (0110 0000 0000)2+ (1010 0000)2+ (1111)2 = (0100 0110 1010 1111)2= (100011010101111)2

Exemplo 4.3 Para converter (10110011111000)2 em hexadecimal basta converter, da

direita para a esquerda, os blocos de digitos bin¶arios em hexadecimal. Assim (10110011111000)2 = (0010 1100 1111 1000)2 = (2CF 8)16

Esquema an¶alogo ao da convers~ao bin¶ario-hexadecimal tamb¶em se aplica quando uma das bases ¶e uma pot^encia da outra.

(7)

4.1

Exerc¶³cios

1. Seja n um inteiro positivo, e seja n = (asas¡1: : : a1a0)10 sua representa»c~ao deci-mal posicional, isto ¶e,

n = as10s+ as¡110s¡1+ ¢ ¢ ¢ + a110 + a0

sendo as; as¡1; : : : ; a0 \algarismos" tomados no conjuntof0; 1; : : : ; 8; 9g. Demonstre os seguintes resultados:

(a) n ¶e divis¶³vel por 2 se e somente se a0, o d¶³gito das unidades, ¶e par.

(b) n ¶e divis¶³vel por 3 se e somente se a soma dos d¶³gitos de n, as+ as¡1+ ¢ ¢ ¢ + a1+ a0 ¶e divis¶³vel por 3.

Sugest~ao. Repare primeiramente que10¡1 = 9, 102¡1 = 99, 103¡1 = 999, etc. Escreva

n = as10s+ as¡110s¡1+ ¢ ¢ ¢ + a110 + a0

= as(10s¡ 1) + as+ as¡1(10s¡1¡ 1) + as¡1+ ¢ ¢ ¢ + a1(10 ¡ 1) + a1+ a0

= 9m + (as+ as¡1+ ¢ ¢ ¢ + a1 + a0)

(c) n ¶e divis¶³vel por 5 se e somente se a0, o d¶³gito das unidades, ¶e 0 ou 5. (d) n ¶e divis¶³vel por 9 se e somente se a soma dos d¶³gitos de n, as+ as¡1+ ¢ ¢ ¢ +

a1+ a0, ¶e divis¶³vel por 9. Sugest~ao. A mesma sugest~ao dada para o item b.

(e) n ¶e divis¶³vel por 11 se e somente se a soma alternada de seus d¶³gitos, a0¡ a1+ a2¡ ¢ ¢ ¢ + (¡1)sas, ¶e divis¶³vel por 11.

Sugest~ao. Mostre primeiramente que, se m ¶e par ent~ao 10m ¡ 1 ¶e multiplo de 11, e se m ¶e ¶³mpar 10m+ 1 ¶e m¶ultiplo de 11.

2. Determinar todos os inteiros positivos, m¶ultiplos de 5 que, escritos em base 10, s~ao de 3 algarismos cuja soma ¶e 19. Resposta. 595, 685, 775, 865, e 955.

3. Demonstre que o quadrado de um inteiro positivo ¶e da forma 4k ou 4k + 1, sendo k inteiro. Usando este fato, demonstre que nenhum inteiro da seqÄu^encia 11; 111; 1111; 11111; : : : ¶e um quadrado perfeito.

4. Determine um inteiro de quatro algarismos, que somado µa soma de seus algarismos resulta 2603. Resposta. 2584.

5. Demonstre que o quadrado de um inteiro ¶e da forma 5k ou 5k § 1. Com quais algarismos pode terminar um quadrado perfeito?

6. (a) Converta1995 da nota»c~ao decimal µa nota»c~ao em base 7. Resposta. 55507. (b) Converta 61047 µa nota»c~ao decimal. Resposta. 2111.

(8)

(d) Converta 5666578 µa nota»c~ao decimal. Resposta. 191919.

(e) Converta 101010102 e 111111112 µa nota»c~ao decimal. Resposta. 170 e 255, respectivamente.

(f) Converta1500 e 819 ao sistema bin¶ario.

Resposta. 101110111002 e11001100112, respectivamente.

(g) Converta10110110111101112 e11000101111001112ao sistema hexadecimal (base 16). Resposta. B6F 716 eC5E716, respectivamente.

(h) Converta 5BABA16, 45F E16 e9A0B16 ao sistema bin¶ario. Resposta. 10110111010101110102, 1000101111111102, e 10011010000010112, respectivamente.

7. Imagine que voc^e viajou para um planeta, onde os habitantes usam o sistema de numera»c~ao posicional de base 5. Construa tabuadas nesse sistema, para a adi»c~ao e para a multiplica»c~ao.

Realize as seguintes contas, sem converter os n¶umeros para o sistema decimal, como se voc^e estivesse que explic¶a-las a seus alunos nesse planeta.

(a) 12343215+ 20301045. Resposta. 33144305. (b) 44342015¡ 4344215. Resposta. 3442305.

(c) 12345¢ 30025. Resposta. 43200235.

(d) 143215¥ 3345 (divis~ao euclidiana). Resposta. quociente225 e resto 3135. 8. Nos itens abaixo, imite o procedimento usado no exerc¶³cio anterior, isto ¶e, fa»ca os c¶alculos aritm¶eticos imitando os algoritmos que voc^e aprendeu na escola b¶asica, da aritm¶etica do sistema decimal. Realize as opera»c~oes sem converter os n¶umeros dados para o sistema decimal.

(a) Calcule, dando solu»c~oes no sistema em que os inteiros est~ao representados: i. 1010110112 + 11001010112. Resposta. 100100001102. ii. 101010101111012 + 111011010110112. Resposta. 1100110000110002. iii. 11110010112 ¡ 1001011112 Resposta. 10100111002. iv. 11011011002 ¡ 1011101012 v. 101112¢ 110012. Resposta. 10001111112. vi. 1101112¢ 10110112. Resposta. 10011100011012. (b) Encontre o quociente e o resto

i. quando 1100101112 ¶e dividido por11012. Resposta.q = 111112, r = 1002.

ii. quando 1101001112 ¶e dividido por111012. Resposta.q = 1110, r = 10001.

(c) Calcule

(9)

ii. F ADA16¡ CAF E16. Resposta. 2F DC16. iii. CACA16¢ B0A16. Resposta. 8BE99E416.

Sugest~ao. Fa»ca primeiramente uma tabuada de todas as multiplica»c~oes b¶asicas envolvidas: C £ B = 84, A £ B = 6E, etc.

9. (a) Demonstre que todo inteiro ¶e de uma das formas: 3k ou 3k ¡ 1 ou 3k + 1, com k inteiro.

(b) Demonstre ent~ao que cada inteiro positivon pode ser representado na forma tern¶aria balanceada, ou seja, pode ser representado na forma

n = an¢ 3n+ an¡1¢ 3n¡1+ ¢ ¢ ¢ + a1¢ 3 + a0

com ai = 0 ou §1, para cada ¶³ndice i.

(c) Um farmac^eutico tem apenas pesos de 1g, 3g, 9g, 27g, 81g, e uma balan»ca de dois pratos (os pesos podem ser colocados em ambos os pratos). Mostre que ele pode pesar qualquer objeto com at¶e 121g.

10. Mostre que qualquer peso n~ao excedendo2k¡ 1 gramas pode ser medido usando pesos de 1, 2, 22, : : : , 2k¡1 gramas, em uma balan»ca de dois pratos, os pesos sendo colocados num ¶unico prato da balan»ca.

11. Decifre a seguinte brincadeira de adivinha»c~ao.

O m¶agico (adivinho) pede a uma pessoa que pense em um n¶umero de 10 a 100. O m¶agico executa ent~ao os seguintes passos:

1. Pergunta µa pessoa se o n¶umero pensado ¶e par ou ¶³mpar. Ouvida a resposta, se for par, pede µa pessoa que divida o n¶umero por 2. Se for ¶³mpar, pede µa pessoa que subtraia 1 e que ent~ao divida o resultado por 2.

2. Pergunta ent~ao se o novo resultado, assim obtido, ¶e par ou ¶³mpar.

3. O procedimento continua com cada novo resultado. Isto ¶e, o m¶agico pergunta se o n¶umero resultante ¶e par ou ¶³mpar e, ouvida a resposta, pede µa pessoa para repetir o procedimento descrito no item 1. O m¶agico pede µa pessoa para avis¶ a-lo quando o resultado tornar-se igual a 1, quando ent~ao os c¶alculos da pessoa terminam.

O m¶agico vai fazendo anota»c~oes enquanto a pessoa lhe passa as informa»c~oes solicitadas e, quando ¶e informado de que o resultado ¶e igual a 1, ele revela imedi-atamente µa pessoa o n¶umero pensado por ela.

Qual ¶e o procedimento adotado pelo m¶agico em suas anota»c~oes ?

12. Explique como converter representa»c~oes de inteiros na base 3 para a base 9 e vice-versa.

13. Mostre que se n = (akak¡1: : : a1a0)b ent~ao o quociente e o resto, da divis~ao de n por bj s~ao, respectivamente, q = (a

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14. Se n = (akak¡1: : : a1a0)b ent~ao qual ¶e a representa»c~ao de bmn na base b ? 15. Uma expans~ao de Cantor para um inteiro positivo n ¶e uma soma da forma

n = amm! + am¡1(m ¡ 1)! + ¢ ¢ ¢ + a2¢ 2! + a1¢ 1!

sendo cada aj um inteiro, com0 · aj · j.

(a) Encontre a expans~ao de Cantor para 14, 56 e 384. Sugest~ao. Se encontrar di¯culdade, veja o algoritmo apresentado no item abaixo.

(b) Mostre que qualquer inteiro positivo tem uma expans~ao de Cantor.

Sugest~ao. Seja n um inteiro positivo. Inicialmente, divida n por 2, obtendo quociente q1 e resto r1. Divida ent~ao q1 por 3, obtendo quociente q2 e resto r2. Divida ent~ao q2 por 4, obtendo quociente q3 e resto r3. Prossiga iterativamente. Para cadaj, j ¸ 2, ao dividir qj¡2 porj, obtemos quociente qj¡1 e resto rj¡1. Como q1 > q2 > q3 > ¢ ¢ ¢ ¶e uma seqÄu^encia decrescente

de inteiros n~ao negativos, se n ¸ 3, existir¶a um inteiro m tal que qm 6= 0 e qm+1 = 0 (se n · 2, teremos simplesmente n = 1! ou n = 2!). Coletando

as divis~oes euclidianas realizadas, mostre ent~ao que n = r1+ r2¢ 2! + r3¢ 3! + ¢ ¢ ¢ + rm¢ m!

(c) Mostre que a escolha dos coe¯cientesa0; : : : ; am, na expans~ao de Cantor de um inteiro positivo, ¶e ¶unica.

Sugest~ao. Suponha que um inteiro positivoa tenha duas expans~oes de Cantor distintas, digamos a = n X k=1 ak ¢ k! = m X k=1 bk ¢ k!. Podemos escrever a = s X k=1 ak¢ k! = s X k=1

bk¢ k!, completando com coe¯cientes nulos o somat¶orio que

tiver menos termos.

Sendo diferentes as duas expans~oes, existir¶a um ¶³ndice `, o maior poss¶³vel, tal que a` 6= b`. Teremos ent~ao

s X k=1 ak¢ k! ¡ s X k=1 bk¢ k! = ` X k=1 ak¢ k! ¡ ` X k=1 bk¢ k! = 0. Da¶³, (a`¡ b`)`! = (b`¡1¡ a`¡1)(` ¡ 1)! + ¢ ¢ ¢ + (b2¡ a2)2! + (b1¡ a1). Explique ent~ao porqu^e

ja` ¡ b`j`! · (` ¡ 1)(` ¡ 1)! + ¢ ¢ ¢ + 2 ¢ 2! + 1! e, fazendo uso da f¶ormula

apresentada no exerc¶³cio 2f, p¶agina 16, cap¶³tulo 1, mostre quea` = b`. 16. O Jogo chin^es NIM ¶e jogado em duplas como segue. Inicialmente v¶arios palitos

est~ao dispostos em v¶arias ¯leiras. Cada movimento consiste em retirar um ou mais palitos de apenas uma das ¯leiras. Vence o jogo aquele que retirar o ¶ultimo palito em sua jogada. Uma posi»c~ao ganhadora ¶e uma con¯gura»c~ao de palitos tal que, se voc^e deix¶a-la para seu oponente, voc^e poder¶a continuar jogando de

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modo a ganhar, n~ao importa quais sejam as futuras jogadas de seu oponente. Por exemplo, se voc^e deixar somente dois palitos, cada um em uma ¯leira, voc^e est¶a em uma posi»c~ao ganhadora, pois seu oponente ir¶a tirar um dos palitos e voc^e ir¶a tirar o ¶ultimo palito.

(a) Mostre que a con¯gura»c~ao de duas ¯leiras, com dois palitos cada, ¶e uma posi»c~ao ganhadora.

(b) Para cada arranjo de palitos em ¯leiras, podemos escrever o n¶umero de palitos em cada ¯leira no sistema bin¶ario, e dispor esses n¶umeros em uma coluna, alinhando seus d¶³gitos em colunas, acrescentando zeros quando necess¶ario. Por exemplo, se a con¯gura»c~ao de palitos ¶e de tr^es ¯leiras, sendo elas de 10, 8 e 3 palitos, escrevemos

10 = 1 0 1 0 8 = 1 0 0 0 7 = 0 1 1 1

Mostre que uma posi»c~ao ¶e ganhadora se o n¶umero de 1's em cada coluna ¶e par, e ¶e perdedora se o n¶umero de 1's em alguma das colunas ¶e impar. Por exemplo, se tivermos tr^es ¯leiras com 10, 8 e 7 palitos, como acima, temos uma posi»c~ao perdedora.

Sugest~ao. Mostre que

(a) a retirada de palitos, de qualquer ¯leira, a partir de uma posi»c~ao ganha-dora, produz uma posi»c~ao perdedora;

(b) a partir de uma posi»c~ao perdedora, existe uma retirada de palitos, de uma das ¯leiras, que produz uma posi»cao ganhadora. Considere a ¯leira com maior n¶umero de palitos. Mostre que ¶e poss¶³vel subtrair um n¶umero de palitos dessa ¯leira de modo a alterar d¶³gitos previamente escolhidos (transformando os 0's escolhidos em 1's e vice-versa).

Referências

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