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Palavras-chave: formação ética, desenvolvimento ético-moral, ensino básico e secundário

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Estratégias de desenvolvimento ético-moral de alunos via objecto formação ética

no ensino básico e secundário na República Eslovaca

Des stratégies du développement éthique et moral des élèves à travers de

l’éducation éthique dans l’éducation primaire et secondaire en Slovaquie

Anna Sádovská (Universidade de Trnava - Eslováquia)

Resumo

De acordo com o Programa Educativo do Estado aprovado no ano de 2008 nas escolas básicas e secundárias da República Eslovaca, ensinam-se obrigatoriamente matérias orientadas para o desenvolvimento ético-moral dos alunos: formação ética, formação religiosa e formação cívica. Acresce que também se abrangem as determinadas temáticas que se ensinam através dos currículos do ensino e que aparecem em cada disciplina obrigatória – matemática, língua eslovaca, física etc.

Estas temáticas devem apoiar/promover o desenvolvimento ético-moral em cada aluno, que são, por exemplo, o desenvolvimento pessoal, o desenvolvimento social, a educação ambiental e multicultural, a protecção da vida e da saúde, etc.

Este trabalho tem o objectivo de reportar a experiência com o desenvolvimento ético-moral dos alunos no ensino básico e secundário na República Eslovaca via Formação Ética. Esta matéria faz parte do currículo do ano de 1993 e o seu conteúdo parte do modelo da formação pró-social, cujo autor é Roberto Roche Olivar da Universidade Autonóma de Barcelona.

Esta matéria ensina-se a partir do primeiro ano do ensino básico, uma vez por semana (numa aula de 45 minutos). Geralmente é ensinada por professores formados na universidade na área do ensino da formação ética na faculdade educacional ou na faculdade de letras.

Nesta comunicação, serão focadas as diversas maneiras de apresentação do conteúdo da área Formação Ética, assim como a apresentação dos princípios didácticos e os métodos que são aplicados na sua realização e as experiências com a sua implantação. Gostaríamos de mostrar os lados positivos e os lados negativos, as suas vantagens e inconvenientes relacionados com os objectivos actuais e com o conteúdo, e também a sua posição no conjunto do currículo.

Palavras-chave: formação ética, desenvolvimento ético-moral, ensino básico e secundário Résumé

En suivant le programme d’éducation d’Etat de l’année 2008, on enseigne dans les écoles primaires en Slovaquie les matières obligatoires orientées vers le développement éthique et moral des élèves : l’éducation éthique, l’éducation religieuse, l’éducation civique. Il y a aussi des thèmes communs qui traversent les contenus de plusieurs domaines du curriculum (mathématiques, langue slovaque, physique, etc.).

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383 Ceux-ci doivent appuyer le développement éthique et moral des élèves, par exemple, le développement personnel et social, l’éducation environnementale et multiculturelle, la protection de la vie et de la santé.

L’objectif de ce travail est de présenter la pratique concernent le développement éthique et moral des élèves dans l’éducation primaire et secondaire à travers la matière éducation éthique en Slovaquie. Cette matière fait partie du curriculum depuis 1993 et son contenu est basé sur le modèle de l’éducation prosocial dont l’auteur est Roberto Roche Olivar de l’Université Autonome de Barcelone. La matière est enseignée à partir de la première année de l’école primaire une fois par semaine (45 minutes). En général elle est enseignée par un enseignant qui a fini les études supérieures d’enseignement de l’éducation éthique à la faculté de pédagogie ou à la faculté de philosophie. Dans ce travail, on va faire la présentation du contenu de la matière éducation éthique, en abordant aussi les principes et les méthodes éducatives qui sont utilisés pour la mettre en œuvre et les pratiques avec son introduction dans les processus éducatif. On va mentionner des avantages et des inconvénients de cette matière liés à ses objectifs actuels, son contenu et sa position dans le cadre du curriculum.

Mots-clés : éducation éthique, développement éthique et moral, éducation primaire et secondaire

Introdução

No último tercio do séc. 20 começaram a surgir com mais destaque as lutas na prática pedagógica pela implantação do curso, cujo maior objectivo seria a educação dos alunos para os valores, respectivamente para tais mudanças em comportamento quais criaríam a condição da melhor convivência na sociedade. Estes projectos reagem à distintas mudanças na sociedade – o aumento das manifestações da agressividade entre alunos; o rasismo; a discriminação etc. Surgiram várias concepções orientadas para o desenvolvimento do carácter dos alunos; a educação para cidadania, a educação intercultural.

Na Eslováquia depois do ano de 1989 surgiu a necessidade de preencher o currículo. Foi exigido um curso que tenha o papel do curso alternativo com o formação religiosa e, no mesmo tempo, um curso que crie um ambiente acomodado para deliberação sobre os valores morais, os quais, com o passar do tempo, se constituam a parte da estructura dos valores dos alunos.

Implementação do curso Formação Ética no sistema escola

A concepção do curso começou criar-se em 1990. Adoptou como base o modelo da Formação Prosocial do autor R. R. Olivar (1992) de Universidade Autonoma em Barcelona.

«A concepção, apresentada no ano lectivo 1990/1991, foi aceite com Ministério de Educação da República Eslovaca na situação política favorável, aberta para mudanças da educação orientada ideologicamente até lá» (Valica, 2007 : 26). O projecto verificou-se inicialmente em algumas escolas que se inscreveram voluntariamente.

No ano de 1993 Formação Ética foi implantada como o curso opcional obrigatoriamente em 2.º ciclo da escola básica (presentemente ISCED 2) e no 1.o ano das escolas secundárias (ISCED 3). Muito mais tarde – no ano de 2004 – o curso foi implementado também no 1.º ciclo das escolas básicas (ISCED 1).

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384 Os autores da concepção tinham o interesse criar o curso que não surgiria das posições concretas filosóficas ou religiosas, mas que promoveria «o altruismo e comportamento humano e ajudaria a construir as relações harmónicas na família, no lugar do trabalho, entre grupos sociais, entre nações.» (Lencz, 2002 : 22)

Após a implementação do curso nas escolas surgiu a necessidade de professores qualificados. Os centros metódicos (metodické centrá) organizaram o projecto do estudo de dois anos especializado na formação ética para professores. Depois foi criado o curso de mestrado em educação da formação ética (na combinação com o 2.º objecto qualquer da qualificação pedagógica) nas faculdades pedagógicas, respectivamente filosóficas.

Porubský (2007 : 55) constata que a Formação Ética e percebida como o curso «complementário» e esta característica deriva da realidade que se trata do curso que «complementa a estrutura tradicional dos cursos educativos, e isto sem a relevância histórica no sistema institucionalizado da educação e formação na Eslováquia».

No Programa Educativo Estatual, válido desde Setembro de 2008 o curso formação ética é implantado na área «Homen e valores» junto com formação religiosa como o curso opcional obrigatoriamente. Ensina-se de 1.ª clasEnsina-se até 9.ª clasEnsina-se da escola básica (os niveis ISCED 1 e ISCED 2), também é o curso opcional obrigatoriamente nas primeiras duas classes na escola secundária (o nivel ISCED 3).

No Programa Educativo Estatual (2008) descreve-se que formação ética é «o curso educativo obrigatoriamente opcional orientado para formação para prosocialidade, que se repercute nas atitudes morais e na regulação do comportamento dos alunos. Para formação ética é primário o desenvolvimento das atitudes éticas e o comportamento prosocial. A sua parte integrante é também o desenvolvimento das habilidades sociais (a comunicação aberta, empatia, avaliação positiva dos outros), assim como o apoio da higiena mental; participa na prevenção dos perturbações do comportamento e aprendizagem.»

Os componentes básicos

Formação Ética realiza-se através de quatro componentes básicos: A. O objectivo formativo do curso, B. O conteúdo do curso (O programa formativo), C. O estilo formativo, D. Os métodos.

A. O objectivo formativo do curso

O primeiro objectivo da Formação Ética é levar os alunos ao comportamento prosocial, ou seja,, o comportamento que é orientado para a ajuda ou ao benefício de outras pessoas, grupos, objectivos sociais, mas sem o direito de retribuição (Lencz, 1993; Kopinová – Ivanová, 2004).

De acordo com o Programa Educativo Estatual (2008) o objectivo da formação ética é formar a personalidade que:

- tem a identidade própria, e esta identidade abrange também a prosocialidade,

- tem a atitude positiva para com a vida e com outras pessoas, ligado à habilidade de dar um balanço crítico adequado,

- o seu comportamento é determinado no convencimento pessoal e nas normas éticas interiorizadas que decorrem da solidariedade universal e justiça; por esta razão é esta pessoa independente da pressão de sociedade,

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385 - tem o juízo moral que decorre das regras gerais e é capaz de reagir correctamente também nas situações imprevistas e complicadas,

- aceita bem a diversidade de outras pessoas, aceita as opinões deles e é disposta ao compromisso plausível que não é em desacordo com os valores humanas,

- é disposta e capaz de cooperar e iniciar a cooperação.

B. O conteúdo do curso (O programa formativo)

O programa formativo da Formação ética é construido de dez conjuntos básicos, organizados logicamente e ligados mutuamente (Lencz, 1993; Kudláčová, 1997; Ivanová - Kopinová, 2007) e de seis conjuntos aplicados. Os conjuntos básicos tomam como base o modelo de R. R. Olivar. Este modelo foi adaptado por necessidades do objecto a Formação Ética na Eslováquia. A ordem dos temas tem a sua razão – representa a adopção gradual de cada uma das capacidades, onde uma capacidade é a pressuposição da capacidade seguinte.

No grupo dos temas básicos pertencem: 1. Comunicação, 2. Dignidade humana, estimação de si mesmo, 3. Avaliação positiva dos outros, 4. Criatividade e iniciativa, 5. Comunicação e expressão de sentimentos, 6. Empatia, 7. Comportamento asertivo 8. Ídolos reais e representados (em filme, livros etc.), 9. Comportamento prosocial – cooperação, ajuda, doação, repartição, 10. Prosocialidade complexa – solidariedade, responsibilidade, justiça social.

Na modificação eslovaca foram aditados ainda seis temas aplicados: 11. Ética – a busca das raízes do comportamento prosocial, 12. Valores económicos, 13. Religião – tolerança e estimação, relação às pessoas de outras opiniões, 14. Família, em que vivo, 15. Formação para casamento e papel de pais, 16. Questões éticas de ecológia.

Cada conjunto temático tem os seus objectivos didácticos concretos. Para temas particulais foram elaborados guias metódicos com exemplos de actividades as quais é possível realizar durante as aulas. Porém, os autores aludem ao facto que estes guias metódicas devem ser percebidas como um recurso para ensino. Cada aula da Formação Ética é imcomparável e o professor deve reagir às necessidades e à situação da turma (Lencz – Kríţová, 2004).

C. O estilo formativo

O terceiro componente do curso é estilo formativo o que percebemos como «o modo como o professor trata com o aluno, como se empenha por influir as suas opiniões e atitudes, como é sensível ao seu comportamento, como é a relação que tem com o aluno» (Ivanová – Kopinová, 2007 : 26). Do professor da formação ética se supõe que vai respeitar e preencher as seguintes normas formativas (conforme a Lencz, 1993; Ivanová – Kopinová, 2007):

1. Criemos da turma a comunidade formativa: O primeiro objectivo é criar a comunidade, na qual os seus membros ajudam reciprocimente e cooperam. O professor deve envolver os alunos na criação das regras para a turma; ser inclinado para necessidades, sugestões e opiniões dos alunos; delegar aos alunos os papeis que são apropriados à idade deles. 2. Admitamos a criança tal qual é e apresentamos os sentimentos amigáveis: A pressuposição necessária para o sucesso da formação é aceitação do aluno sem

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386 condições. Significa que apresentamos a simpatia de criança e isto é também na altura quando o comportamento previsto ainda falta.

3. Atribuiamos qualidades positivas, sobretudo a prosocialidade: Devemos atribuir às crianças as qualidades, as quais queremos desenvolver nelas. Em cada homen existe a tendência de admitir a opinião que as outras pessoas têm sobre ele, principalmente as autoridades.

4. Formulemos regras claras e possíveis: Os alunos devem aprender a receber as regras dadas pela sociedade, mas também por si próprios. As crianças adoptam as regras principais das relações interpessoais (por exemplo – escutar um ao outro, seguir o tempo de chegadas) dado pela comunidade da turma.

5. Aos fenómenos negativos reajamos de modo que aludamos às suas consequencias (a disciplina de indução): Significa que orientamos a atenção da criançã às consequencias da sua actividade negativa para outras pessoas. Neste caso, o professor promove empatia e a prosocialidade. Com certeza, esta lides é mais exigente em paciência do professor. 6. Exortemos para a prosocialidade: O professor deve exortar as crianças como é que se devem compor e o que é que devem fazer. Sob o ponto de vista do efeito é óptima a incitação da intensão mediana com argumento apropriado (a forma aceitável são por exemplo palavras-chave de semana).

7. Retribuções e penalidades usemos com cuidado: A penalidade, no seu fundamento, não promove o modelo do comportamento exigido para sempre. Quando a retribuição é usada demasiado, perde o seu valor. Isto na prática significa que a retribuição deve seguir o comportamento exigido e a sua forma e intensão devem ser adequadas à criança e ao comportamento retribuido.

8. envolvamos os pais no processo formativo: A cooperação do professor com os pais dos alunos é a pressuposição necessária para o efeito da formação. O professor deve informá-los sobre o esforço formativo em relação à cada uma das crianças particularmente; informar sobre o tema formativo que a escola realiza; como as crianças reagem; dar as tarefas nas quais se exige a cooperação das crianças com os pais.

9. Sejamos portadores de alegria: Trata-se, sobretudo, das qualidades gerais humanas do professor, cujo comportamento é o exemplo da prosocialidade; e lidera a formação no sentido dos princípios mencionados anteriormente. É capaz de respeitar e promover a alegria de crianças no grau razoável.

D. Métodos

Durante a realização das aulas da Formação Ética são usados o diálogo e a discussão; os métodos de experiência (a dramatização, role-playing, o jogo, os projectos etc.); a aprendizagem por meio de fortalecimento do comportamento exigido; a aprendizagem através da disciplinação.

Para necessidades do objecto Formação Ética foi modificado o modelo original do óptimo procedimento metódico usado durante a realização das actividades, escrito por R. R. Olivar. Este acentua o momento da sensibilização emocional, da reflexão dos valores e a sua transferência para o ambiente fora

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387 da escola. Por tanto,, o ensino dos temas particulais corre conforme o seguinte processo metódico (Lencz, 1993):

1. Sensibilização cognitiva e emocional – representa a compreensão e a identificação emocional com o valor apresentado. Realiza-se por meio de clarificação dos objectivos da actividade ou por outras actividades distintas (o seguimento do filme, a discussão, a observação, a leitura colectiva do texto etc.)

2. O ensaio na sala de aula – trata-se do ensaio prático das capabilidades importantes ou do modelo definido do comportamento. (Geralmente por meio de actividades – a expressão escrita, role-playing, a entrevista, a dramatização, a colagem/a pintura, a explicação, etc.)

3. Transferência e generalização – significa transferir os valores adaptados para à vida real. Pode ser realizada através de modos distintos – a observação do comportamento de si próprio, a escrita do diário, a recolha das informações sobre um certo tema, o diálogo com família, os projectos sociais e de meio ambiente, etc.

4. A reflexão dos valores – significa a ponderação no interior do indivíduo sobre o valor oferecido. Através da reflexão dos valores, as demostrações inconscientes devem ser transformadas para a compreensão consciente. O valor compreendido deve, sucessivamente, passar a fazer parte do sistema dos valores. Esta fase tem a posição específica, porque se trata da parte importante e necessária para todas as fases anteriores.

Para a prática é típico que estas fases do ensino não têm de ser realizadas sempre durante precisamente uma aula. A aula de ensino pode ser orientada só à sensibilização ou só ao ensaio na sala de aula.

Situação actual da formação ética e desafios do futuro

Kríţová (2002 : 170) declara que «o lado positivo incontestável é o facto de a formação ética ter sido implementada nas nossas escolas, que tem tido o estatuto do curso opcional obrigatoriamente e sobrevive até já, mesmo que surgissem várias pressões de longa duração». Porém, este curso enfrenta algumas dificuldades, dos quais descrevemos os seguintes:

1. O objecto Formação Ética é ensinado na Eslováquia quase vinte anos. Curtamente após a sua implementação surgiu a discussão sobre o seu nome e o conteúdo. Alguns autores objectaram (Gluchman, 1999; Grác, 2000), que o nome e o conteúdo não são bem escolhidos com vistas para o facto que se trata da formação para prosocialidade onde o melhor objectivo é realizar a formação ética através de conhecimentos psicológicos, por exemplo sobre a comunicação, empatia, comportamento assertivo.

2. Muitas vezes, o objecto foi apresentado equivocadamente como o contraste com formação religiosa. Como o objecto cujo objectivo é a formação para prosocialidade e para os valores éticos, pode ser o objecto apropriado para todos os alunos.

3. Em relação à realização prática dos temas particulais surge a questão de revisão, complementação e renovação dos materiais metódicos que se usam. Os expertos (Kríţová, 2002; Lencz, 2002) apercebem-se de que a socialidade passa pelas mudanças marcantes, o

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388 que não é reflectido nos antigos guias metódicos. (Dedicar-se mais, por exemplo, ao problema dos refugiados, dos conflictos de guerra, das pessoas com deficiências...) No mesmo tempo as actividades devem ser mais aproximadas das necessidades actuais e da vida dos alunos.

4. Desde a implementação do objecto foi realizado o ensino especializado para professores da Formação Ética. Criou-se o curso de mestrado em educação da formação ética (na combinação com o 2.º objecto da qualificação pedagógica) nas faculdades pedagógicas, respectivamente filosóficas. Hoje em dia, após a su a existência de vários anos, seria necessário analizar, comparar e reconsiderar os modelos particulais da preparação pregradual dos professores de Formação Ética na Eslováquia (Kudláčová, 2009).

5. Ainda hoje ocorre que o objecto é ensinado pelos professores sem qualificação apropriada. Como foi referido no texto anterior, a Formação Ética tem a sua própria estructura e os componentes básicos. O professor que não tem estas informações pode ter muitas dificuldades em conseguir ensinar correctamente e cumprir os exigidos objectivos didácticos. Para a existência do ensino não qualificado contribue também o facto que, em muitos casos, até os directores de escolas não reconhecem a base e o papel do objecto. 6. Outro problema reside no facto que nas aulas de Formação Ética são ligados alunos de mais de uma turma e é possível que na aula seja mais de 20 alunos. Este número de alunos não possibilita realizar as actividades na plena qualidade.

7. Até ao presente não foi realizada nenhuma investigação sistemática, que ajudaria a prática pedagógica e a área teorética. (Existem só investigações parciais dedicadas a um certo fenómeno.)

8. Finalmente, com respeito ao facto que o curso foi criado com base nas informações as quais eram actuais antes de vinte anos, apareceu a reivindicação da «a re-avaliação da concepção contemporânea do objecto em escolas básicas e secundárias, e o início da discussão profissional com os garantes dos programas do estudo e outros expertos na área de filosófia, antropológia, ética, psicológia e pedagógica nas universidades eslovacas» (Kudláčová, 2009, s. 138).

Conquanto existem estas dificuldades e as áreas disputáveis, o curso formação ética cria o espaço em que os alunos são levados sistematicamente à compreensão dos valores morais básicos, à interiorização gradual destes valores e à inclusão na sua própria estructura dos valores.

Conclusões

O curso formação ética, implementado nas escolas eslovacas no ano de 1993, representa o sistema completo orientado à formação para prosocialidade e formação para os valores. Este sistema consta de quatro componentes básicos: o objectivo formativo do curso, o conteúdo do curso (o programa formativo), o estilo formativo, os métodos. No ensino nas aulas os professores devem utilizar o modelo do óptimo procedimento metódico (a sensibilização cognitiva e emocional, ensaio na sala de aula, transferência e generalização, reflexão dos valores).

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389 Sem dúvida trata-se do objecto que implantou nas escolas o programa sistemático da formação da personalidade do aluno em direcção para o comportamento prosocial e a interiorização das normas morais. O programa educativo do estado define o conteúdo obrigatório do curso que os professores devem realizar nas escolas. Também existem guias metódicos que contem sugestões das actividades para se realizarem nas aulas. Graças a isto, não surgem nenhumas dúvidas acerca da questão o que é que o professor deve ensinar. Na Eslováquia existe o o curso de mestrado em educação da formação ética (na combinação com o 2.º objecto da qualificação pedagógica) nas faculdades pedagógicas, respectivamente filosóficas, o que deve garantir o ensino especializado deste curso.

Apesar destes lados positivos há algumas dificuldades: os professores não especializados; o grande número dos alunos na sala de aula; a aula para alunos de mais classes; os guias metódicos não actuais, a compreensão incorrecta do curso na sociedade ampla; a ausência da investigação sistemática e do efeito da formação ética para a criança.

Com base do texto referido, podemos constatar que a implantação do curso com o programa sistemático, que reside exclusivamente na formação, é o facto positivo. Por outro lado, é imprescindível resolver as dificuldades que perduram constantemente na área da realização prática nas escolas.

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