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Eixo Temático: Estratégia e Internacionalização de Empresas ACIDENTES DO TRABALHO NA REGIÃO SUL DO BRASIL DE 2008 A 2012

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Eixo Temático: Estratégia e Internacionalização de Empresas

ACIDENTES DO TRABALHO NA REGIÃO SUL DO BRASIL DE 2008 A 2012

THE LABOUR ACCIDENTS IN THE SOUTH REGION OF BRAZIL FROM 2008 TO

2012

Angelica Peripolli e Roselaine Ruviaro Zanini

RESUMO

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), anualmente, cerca de 330 milhões de trabalhadores são vítimas de acidentes do trabalho em todo o mundo, além de 160 milhões de novos casos de doenças ocupacionais, sendo registradas mais de 2 milhões de mortes relacionadas ao trabalho: 1.574.000 por doenças, 355.000 por acidentes típicos e 158.000 por acidentes de trajeto. Assim, para ampliar o conhecimento sobre as características dos acidentes, este estudo tem por objetivo analisar os acidentes do trabalho no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, nos anos de 2008 a 2012. Foram utilizados os dados disponibilizados pelo DATAPREV, registrados na Base de Dados Históricos do Anuário Estatístico da Previdência Social. Para a realização das análises dos acidentes do trabalho, foram considerados o motivo do acidente, o sexo e a faixa etária. Ao final do estudo observou-se que os acidentes do trabalho tem diminuído com o decorrer dos anos na região Sul; o estado do Rio Grande do Sul apresentou, em termos absolutos, os maiores registros de acidentes do trabalho, seguido por Paraná; os acidentes típicos foram os mais frequentes, indicando que a grande maioria ocorre dentro do ambiente de trabalho. Além disso, observou-se que o maior número de acidentes aconteceu com os homens na faixa dos 20 a 24 anos e com mulheres com idade variando entre 25 e 29 anos. As análises dos registros de acidentes do trabalho podem elucidar características importantes para embasar ações de prevenção.

Palavras-chave: Acidentes do trabalho, acidente típico, acidente de trajeto, doença do trabalho,

Anuário Estatístico da Previdência Social.

ABSTRACT

According to the International Labour Organization (ILO), annually about 330 million workers are victims of labour accidents all around the world, besides 160 million new cases of occupational diseases, being registered over 2 million work-related deaths: 1.574 million by disease, 355,000 by typical accidents and 158,000 for path accidents. Thus, to enlarge the knowledge on the characteristics of accidents, this study aims to analyze labour accidents in Rio Grande do Sul, Santa Catarina and Paraná, in the years 2008 to 2012. The data were used provided by DATAPREV, recorded in Historical Data of Base the Statistical Yearbook of Social Security. To carry out the analysis of labour accidents were considered the cause of the accident, gender and age group. At the end of the study it was observed that labor accidents has decreased with the years in the South; the state of Rio Grande do Sul presented in absolute terms, the greatest records of labour accidents, followed by Paraná; the typical accidents were the most frequent, indicating that the vast majority occurs within the work environment. Also, if observed that the largest number of accidents happened to the men in their 20-24 years and with women aged ranging between 25 and 29 years. Analyses of labour accidents records can elucidate important features to support actions to prevent.

Keywords: Labour acidentes, typical accidents, path accidents, occupational diseases,

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1 INTRODUÇÃO

O acelerado processo de inovação tecnológica tem criado máquinas e equipamentos que aumentam a produtividade e eliminam postos de trabalho, e com isso gerando desemprego. A busca por novos mercados e por redução de custos tem levado as empresas a mudanças gerenciais que intensificam o trabalho com longas jornadas, ritmos acelerados e acúmulo de funções, com número reduzido de trabalhadores (SILVEIRA, 2009). Ao se observar estas mudanças na organização laboral, nota-se uma ampliação na sobrecarga de trabalho, acarretando um número elevado de acidentes do trabalho.

De acordo com o Anuário Estatístico da Previdência Social (2012), acidente do trabalho é aquele que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, permanente ou temporária, que cause a morte, a perda ou a redução da capacidade para o trabalho, considerando como acidente do trabalho, a doença profissional e a doença do trabalho.

O acidente relacionado ao trabalho que, mesmo não sendo a causa única, contribuiu diretamente para a ocorrência da lesão; certos acidentes sofridos pelo segurado no local e no horário de trabalho; a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade; e aquele acidente sofrido quando o segurado estava a serviço da empresa ou no trajeto entre a residência e o local de trabalho e vice-versa, também podem ser considerados acidentes do trabalho.

O Ministério da Previdência Social apresenta os seguintes conceitos referentes ao tema acidentes do trabalho:

 Acidentes com CAT Registrada – correspondem ao número de acidentes cuja Comunicação de Acidentes do Trabalho – CAT foi cadastrada no Instituto Nacional de Seguro Social – INSS. Não são contabilizados os reinícios de tratamento ou afastamentos por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou doença do trabalho, já comunicados anteriormente ao INSS;

 Acidentes Típicos – são os acidentes decorrentes da característica da atividade profissional desempenhada pelo acidentado;

 Acidentes de Trajeto – são os acidentes ocorridos no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado e vice-versa;

 Acidentes Devidos à Doença do Trabalho – são os acidentes ocasionados por qualquer tipo de doença profissional peculiar a determinado ramo de atividade constante na tabela da Previdência Social;

Segundo o Anuário Estatístico da Previdência Social - AEPS, o Instituto Nacional de Seguro Social – INSS, a partir de abril de 2007, estabeleceu uma nova sistemática para conceder os benefícios acidentários que teve impacto sobre a forma como são levantadas as estatísticas de acidentes do trabalho. Anteriormente, em 2004, o Conselho Nacional de Previdência Social – CNPS aprovou a Resolução no 1.236/2004 com uma metodologia para flexibilizar as alíquotas de contribuição destinadas ao financiamento do benefício aposentadoria especial e daqueles concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa, decorrente dos riscos ambientais do trabalho. Esta fundamentação buscava fortalecer a questão “prevenção e proteção contra os riscos derivados dos ambientes do trabalho e aspectos relacionados à saúde do trabalhador”.

Assim, a CAT é preenchida na empresa e encaminhada, junto com o acidentado, ao serviço médico, onde este recebe atendimento. Neste local, a CAT é complementada, no seu verso, pelo médico, com dados do paciente, referentes ao evento pelo qual foi atendido, sendo que uma das cópias servirá para processamento de benefícios do segurado. Por meio desse processo de comunicação pelas empresas, anualmente, é divulgado o Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho (AEAT). Essa produção é construída conjuntamente pelo Ministério da

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3 Previdência Social e o Ministério do Trabalho e Emprego e apresenta as consequências dos acidentes do trabalho, os setores de atividades econômicas e a localização geográfica da ocorrência dos eventos dentre outros (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2012).

Além das consequências altamente negativas no que se referem ao aspecto humano, a ocorrência de acidentes do trabalho pode causar prejuízos econômicos acentuados para a empresa e sociedade, podendo constituir uma barreira ao pleno desenvolvimento da economia da nação (BARBOSA; RAMOS, 2012). Assim, é importante a coleta e a análise das informações relacionadas às circunstâncias de um acidente, permitindo assim a elaboração e priorização de metas para áreas de maior risco. A identificação das causas, também, embasa a necessidade de aperfeiçoamentos, aquisição de dispositivos mais seguros, mudança de comportamento dos funcionários, ou sinaliza se há falhas no suprimento de equipamentos de proteção individual e coletiva (MURPHY, 1995).

Para contribuir com o tema abordado, este trabalho tem como objetivo analisar os acidentes do trabalho, em suas tipificações, nos estados da região Sul do Brasil, nos anos de 2008 a 2012.

2 REVISÃO DE LITERATURA

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), anualmente, cerca de 330 milhões de trabalhadores são vítimas de acidentes do trabalho em todo o mundo, além de 160 milhões de novos casos de doenças ocupacionais. Com relação às mortes, a OIT aponta mais de dois milhões relacionadas ao trabalho: 1.574.000 por doenças, 355.000 por acidentes típicos e 158.000 por acidentes de trajeto (SEGURANÇA NO TRABALHO, 2010).

Embora os acidentes do trabalho representem um importante problema social, econômico e de saúde pública, tem-se afirmado, que há a subnotificação desses eventos, subdimensionando o problema e impedindo a informação de sua real dimensão (ROSENMAN et al., 2006). A Organização Internacional do Trabalho (OIT) estima que apenas 3,9% dos acidentes do trabalho são notificados no mundo. Em países desenvolvidos como Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália, a notificação dos acidentes é de 62%. Enquanto que na América Latina e do Caribe, essa porcentagem declina acentuadamente para 7,6%; já para a Índia e China, a notificação está abaixo de 1% (HÄMÄLÄINEN; TAKALA; SAARELA, 2006). Com o estudo da literatura, notou-se que a incidência de acidentes do trabalho no Brasil vem sofrendo um acentuado declínio. A principal justificativa desta ocorrência seria a sonegação da notificação por parte das empresas. Entretanto, estudos demonstram que este declínio também está associado a outros fatores distintos, porém complementares, tais como a reestruturação produtiva, modificações setoriais, desregulamentação dos direitos trabalhistas e flexibilização das relações de trabalho (WÜNSCH FILHO, 1999).

As principais consequências dos acidentes do trabalho são as incapacidades temporárias, caracterizadas pela limitação funcional para realização das atividades laborativas, por um período de 15 (quinze) dias consecutivos após afastamento da atividade; em incapacidades permanentes, relativas àquelas em que os segurados ficam permanentemente incapacitados para o exercício da sua atividade laboral; ou mesmo provocar a ocorrência de óbitos (BRASIL, 1976).

A Comunicação de Acidentes do Trabalho - CAT é o documento de notificação de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais. Este deve ser preenchido para garantir os direitos dos trabalhadores, pois permite reconhecer legalmente, tanto a ocorrência do acidente, como a doença profissional adquirida. A CAT foi prevista oficialmente pela Lei 5.316/67 e deve ser emitida pelo setor de pessoal da empresa ou empregador e entregue ao posto do seguro social até o primeiro dia útil, após a ocorrência do acidente. (MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO, 2011)

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4 Com base no Anuário Estatístico da Previdência Social, no Brasil, em 2009, foram registrados no INSS cerca de 723,5 mil acidentes do trabalho. Comparando com 2008, o número de acidentes do trabalho teve queda de 4,3%. O total de acidentes registrados com CAT diminuiu em 4,1% de 2008 para 2009. Do total de acidentes registrados com CAT, os acidentes típicos representaram 79,7%; os de trajeto 16,9% e as doenças do trabalho 3,3%. As pessoas do sexo masculino representam 77,1% e as pessoas do sexo feminino 22,9% nos acidentes típicos; 65,3% e 34,7% nos de trajeto; e 58,4% e 41,6% nas doenças do trabalho, respectivamente. Ao se analisar a faixa etária, notou-se que nos acidentes típicos e nos de trajeto, a faixa com maior incidência de acidentes corresponde às pessoas de 20 a 29 anos com, respectivamente, 34,7% e 37,8% do total de acidentes registrados. E, para as doenças de trabalho, a faixa foi de 30 a 39 anos, com 33,9% do total de acidentes registrados.

Em 2010, foram registrados no INSS cerca de 701,5 mil acidentes do trabalho, em 2011 foram 711,2 mil e em 2012 este valor diminuiu para 705,2 mil acidentes. Os acidentes típicos representaram 79,0%; os de trajeto 18,0% e as doenças do trabalho 3,0% no ano de 2010. As pessoas do sexo masculino participaram com 76,5% e as pessoas do sexo feminino 23,5% nos acidentes típicos; 65,0% e 35,0% nos de trajeto; e 57,8% e 42,2% nas doenças do trabalho, respectivamente. As pessoas com idade entre 20 e 29 anos representam a maior incidência de acidentes típicos e nos de trajeto. No entanto, para as doenças de trabalho, a faixa de maior incidência foi a de 30 a 39 anos, com 32,3% do total de acidentes registrados.

O total de acidentes registrados com CAT aumentou em 1,6% de 2010 para 2011. Destes, os acidentes típicos representaram 78,6%; os de trajeto 18,6% e as doenças do trabalho 2,8%. Os homens representam 75,3% e as mulheres 24,7% nos acidentes típicos; 63,9% e 36,1% nos de trajeto; e 61,0% e 39,0% nas doenças do trabalho. A faixa etária decenal com maior incidência de acidentes foi a constituída por pessoas de 20 a 29 anos com 36,5% e 39,9% do total de acidentes registrados nos acidentes típicos e nos de trajeto, respectivamente. Nas doenças de trabalho a faixa de maior incidência foi a de 30 a 39 anos, com 32,8% do total de acidentes registrados.

Para o ano de 2012 houve 78,32% acidentes típicos, 18,92% de trajeto e 2,76% de doenças do trabalho Os homens representaram 74,25% e, as mulheres, 25,74% nos acidentes típicos; 62,82% e 37,18% nos acidentes de trajeto; e 60,36% e 39,64% nas doenças do trabalho, respectivamente. As maiores incidências de acidentes típicos e de trajeto ocorreram com as pessoas com idade entre 20 e 29 anos, 35,1% e 38,2%, respectivamente. Essa faixa etária se altera para 40 a 49 anos para as doenças de trabalho, no qual a maior porcentagem é de 32,5 do total de acidentes registrados.

3 METODOLOGIA

3.1 Caracterização da pesquisa

A pesquisa classifica-se como descritiva e aplicada, pois tem como proposta analisar as características das variáveis em estudo, formando uma solução de uma problemática atual. Trata-se também de uma pesquisa quantitativa, pois há a explanação em números das informações obtidas. Em adição, condiz com uma pesquisa documental, pois se baseia na consulta de fontes de pesquisa, como livros, revistas e jornais científicos, sites de pesquisa, anais, leis e decretos. Isto possibilita um maior suporte na revisão de literatura e na forma de mensuração dos dados, permitindo um acréscimo de conhecimento, elucidação e facilidade na análise e interpretação dos resultados obtidos no presente estudo, além de favorecer a observação do processo de maturação ou de evolução de indivíduos, grupos, conceitos, conhecimentos, e comportamentos.

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5 Este estudo abrange pesquisa bibliográfica e informações originárias de bancos de dados de uso e acesso público, disponíveis em documentos para livre consulta na internet, eximindo-se da avaliação do Comitê de Ética.

3.2 População do estudo e procedimentos metodológicos

A população deste estudo abrange o número de trabalhadores contribuintes como pessoa física com a previdência social nos anos de 2008 a 2012, nos três estados da região Sul do Brasil que sofreram acidentes do trabalho. Estes contribuintes são amparados pelos benefícios no caso de acidentes do trabalho e contribuem para o Regime Geral da Previdência Social – RGPS. Os dados referentes a trabalhadores são oriundos da Seção IV do Anuário Estatístico da Previdência Social – AEPS. Sendo assim, o presente estudo compreende o número de contribuintes empregados contratado sob o regime da Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), constituídos principalmente pelo empregado que presta serviço de natureza urbana ou rural a empresa, em caráter não eventual, sob sua subordinação e mediante remuneração.

Não há a necessidade de incluir ou excluir participantes na pesquisa, por se tratar de dados oficiais brasileiros que não contem informações de identificação dos componentes da amostra.

Foram utilizados os dados disponibilizados pelo DATAPREV, registrados na Base de Dados Históricos do Anuário Estatístico da Previdência Social, disponível no site http://www3.dataprev.gov.br/infologo/. Para a realização das análises dos acidentes do trabalho, foram considerados o motivo do acidente, o sexo e a faixa etária. A tabulação e a análise dos dados ocorreram no programa Microsoft Office Excel 2010, pois a base de dados pesquisados permite este formato de arquivo.

Na Figura 1 está representado o mapa da região Sul, que abrange os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

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6 Figura 1 - Mapa da região Sul do Brasil

Fonte: IBGE

4 RESULTADOS

Nesse capítulo são apresentados os resultados do estudo, visando explanar a prevalência de acidentes do trabalho na região Sul.

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7 Na Tabela 1 são apresentadas as quantidades de acidentes do trabalho por motivo (típico, trajeto e doença do trabalho), segundo as Unidades da Federação da região Sul, no período de 2008 a 2012, além da média e do desvio padrão da quantidade de acidentes do trabalho por situação e por ano.

Tabela 1 - Quantidade de acidentes do trabalho por motivo, segundo as Unidades da Federação da região Sul, de 2008 a 2012.

Rio Grande do Sul

Ano Situação/motivo Total Média Desvio padrão

Típico Trajeto Doença do trabalho

2008 36.892 6.058 1.776 44.726 14.909 19.158 2009 33.493 6.059 1.711 41.263 13.754 17.232 2010 33.140 6.180 1.359 40.679 13.560 17.128 2011 33.138 6.440 1.383 40.961 13.654 17.062 2012 32.280 6.277 1.261 39.818 13.273 16.651 Total 168.943 31.014 7.490 207.447 69.149 87.221 Média 33.789 6.203 1.498 41.489 Desvio padrão 1.792 161 230 1.888 Santa Catarina

Ano Situação/motivo Total Média Desvio padrão

Típico Trajeto Doença do trabalho

2008 22.826 5.177 1.037 29.040 9.680 11.571 2009 22.049 5.286 1.035 28.370 9.457 11.110 2010 22.630 5.720 804 29.154 9.718 11.449 2011 21.513 5.499 600 27.612 9.204 10.938 2012 20.718 5.060 546 26.324 8.775 10.587 Total 109.736 26.742 4.022 140.500 46.833 55.647 Média 21.947 5.348 804 28.100 Desvio padrão 859 263 232 1.168 Paraná

Ano Situação/motivo Total Média Desvio padrão

Típico Trajeto Doença do trabalho

2008 33.839 6.083 1.018 40.940 13.647 17.670 2009 33.608 6.274 894 40.776 13.592 17.542 2010 33.207 6.330 876 40.413 13.471 17.308 2011 33.032 7.008 556 40.596 13.532 17.193 2012 32.232 6.958 552 39.742 13.247 16.750 Total 165.918 32.653 3.896 202.467 67.489 86.446 Média 33.184 6.531 779 40.493 Desvio padrão 620 423 213 464 Fonte: AEPS

Os resultados permitem identificar que o Rio Grande do Sul apresentou o maior número de acidentes do trabalho, dentre os três estados da região Sul, sendo que o maior contingente destes acidentes ocorreu em 2008. No decorrer dos anos, as quantidades decresceram, resultando em 39.818 acidentes em 2012. Os acidentes típicos e por doença de trabalho diminuíram entre 2008 e 2012, sendo o primeiro apresentando as maiores prevalências. No entanto, os acidentes por trajeto aumentaram entre 2008 e 2011, tendo uma queda em 2012 para 6.277 ocorrências. Para o estado de Santa Catarina, a maior parcela de acidentes ocorreu em

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8 2010 (29.154). Os acidentes por doença de trabalho diminuíram entre 2008 e 2012, já os acidentes por trajeto aumentaram entre 2008 e 2010, declinando novamente após 2011. Os acidentes típicos são os mais frequentes, somando um total de 109.736 nos anos em estudo. O estado do Paraná apresenta a segunda maior frequência de acidentes na região Sul. A quantidade de acidentes oscilou pouco, neste estado, no decorrer dos anos.

Numa perspectiva geral, em cada estado, RS, SC e PR, mais de cem mil dos acidentes com CAT registrada correspondem a acidentes típicos, ou seja, se referem a eventos ocorridos durante o exercício da atividade profissional. A quantidade restante é dividida entre acidentes de trajeto (+ 25.000) – ocorridos durante o deslocamento do trabalhador de sua residência para seu local de trabalho – e doenças do trabalho (+3.500), decorrentes da atividade exercida. Estes dados mostram que a maior parte dos acidentes do trabalho aconteceu dentro do ambiente de trabalho.

Na Figura 2 são representadas as quantidades de acidentes do trabalho, por motivo, segundo os grupos de idades e sexo no estado do Rio Grande do Sul.

Figura 2 - Quantidade de acidentes do trabalho, por motivo, segundo os grupos de idades e sexo no RS

Fonte: AEPS

Na Figura 3 são representadas as quantidades de acidentes do trabalho, por motivo, segundo os grupos de idades e sexo no estado de Santa Catarina.

Típico Masculino; Até 19 anos; 5.886

Típico Masculino;

20 a 24 anos; 22.80925 a 29 anos; 22.441Típico Masculino; Típico Masculino; 30 a 34 anos; 18.406

Típico Masculino; 35 a 39 anos; 14.242

Típico Masculino;

40 a 44 anos; 11.968Típico Masculino; 45 a 49 anos; 10.455 Típico Masculino; 50 a 54 anos; 7.320 Típico Masculino; 55 a 59 anos; 3.935 Típico Masculino; 60 a 64 anos; 1.579Típico Masculino;

65 a 69 anos; 359 Típico Masculino; 70 anos e mais; 102 Típico Feminino; Até 19 anos; 1.582 Típico Feminino; 20 a 24 anos; 7.056 Típico Feminino; 25

a 29 anos; 9.618Típico Feminino; 30

a 34 anos; 8.613Típico Feminino; 35

a 39 anos; 6.672Típico Feminino; 40

a 44 anos; 5.601Típico Feminino; 45

a 49 anos; 4.871Típico Feminino; 50

a 54 anos; 3.203Típico Feminino; 55 a 59 anos; 1.611Típico Feminino; 60

a 64 anos; 444 Típico Feminino; 65 a 69 anos; 112 Típico Feminino; 70 anos e mais; 23 Trajeto Masculino; Até 19 anos; 921 Trajeto Masculino; 20 a 24 anos; 3.927 Trajeto Masculino;

25 a 29 anos; 3.906Trajeto Masculino;

30 a 34 anos; 2.973Trajeto Masculino;

35 a 39 anos; 2.24440 a 44 anos; 1.791Trajeto Masculino; Trajeto Masculino;

45 a 49 anos; 1.339Trajeto Masculino; 50 a 54 anos; 942Trajeto Masculino; 55 a 59 anos; 496 Trajeto Masculino; 60 a 64 anos; 194 Trajeto Masculino; 65 a 69 anos; 41 Trajeto Masculino; 70 anos e mais; 13 Trajeto Feminino; Até 19 anos; 350 Trajeto Feminino; 20 a 24 anos; 1.787 Trajeto Feminino;

25 a 29 anos; 2.35530 a 34 anos; 1.997Trajeto Feminino; Trajeto Feminino; 35 a 39 anos; 1.486 Trajeto Feminino; 40 a 44 anos; 1.264 Trajeto Feminino; 45 a 49 anos; 1.262 Trajeto Feminino;

50 a 54 anos; 941Trajeto Feminino; 55 a 59 anos; 536Trajeto Feminino; 60 a 64 anos; 187 Trajeto Feminino; 65 a 69 anos; 47 Trajeto Feminino; 70 anos e mais; 12 Doença do trabalho Masculino; Até 19 anos; 19 Doença do trabalho Masculino; 20 a 24 anos; 240 Doença do trabalho Masculino; 25 a 29 anos; 482 Doença do trabalho Masculino; 30 a 34 anos; 601 Doença do trabalho Masculino; 35 a 39 anos; 598 Doença do trabalho Masculino; 40 a 44 anos; 611 Doença do trabalho Masculino; 45 a 49 anos; 695 Doença do trabalho Masculino; 50 a 54 anos; 452 Doença do trabalho Masculino; 55 a 59 anos; 236 Doença do trabalho Masculino; 60 a 64 anos; 48 Doença do trabalho Masculino; 65 a 69 anos; 8 Doença do trabalho Masculino; 70 anos e mais; 2 Doença do trabalho Feminino; Até 19 anos; 20 Doença do trabalho Feminino; 20 a 24 anos; 207 Doença do trabalho Feminino; 25 a 29 anos; 411 Doença do trabalho Feminino; 30 a 34 anos; 583 Doença do trabalho Feminino; 35 a 39 anos; 555 Doença do trabalho Feminino; 40 a 44 anos; 611 Doença do trabalho Feminino; 45 a 49 anos; 584 Doença do trabalho Feminino; 50 a 54 anos; 378 Doença do trabalho Feminino; 55 a 59 anos; 127 Doença do trabalho Feminino; 60 a 64 anos; 20 Doença do trabalho Feminino; 65 a 69 anos; 2 Doença do trabalho Feminino; 70 anos e mais; 0 Qu an tid ad e d e ac id en tes d o tr ab alh o

Típico Masculino Típico Feminino

Trajeto Masculino Trajeto Feminino

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9 Figura 3 - Quantidade de acidentes do trabalho, por motivo, segundo os grupos de idades e sexo em SC

Fonte: AEPS

Na Figura 4 são representadas as quantidades de acidentes do trabalho, por motivo, segundo os grupos de idades e sexo no estado do Paraná.

Figura 4 - Quantidade de acidentes do trabalho, por motivo, segundo os grupos de idades e sexo no PR

Típico Masculino; Até 19 anos; 5.600

Típico Masculino;

20 a 24 anos; 16.745Típico Masculino; 25 a 29 anos; 15.043

Típico Masculino; 30 a 34 anos; 12.491

Típico Masculino;

35 a 39 anos; 10.102Típico Masculino;

40 a 44 anos; 8.678Típico Masculino; 45 a 49 anos; 7.000

Típico Masculino; 50 a 54 anos; 4.231

Típico Masculino; 55 a 59 anos; 2.118Típico Masculino;

60 a 64 anos; 784 Típico Masculino; 65 a 69 anos; 170 Típico Masculino; 70 anos e mais; 38 Típico Feminino; Até 19 anos; 1.528 Típico Feminino; 20 a 24 anos; 4.708 Típico Feminino; 25

a 29 anos; 5.282Típico Feminino; 30

a 34 anos; 4.292Típico Feminino; 35

a 39 anos; 3.542Típico Feminino; 40 a 44 anos; 2.972Típico Feminino; 45

a 49 anos; 2.306Típico Feminino; 50

a 54 anos; 1.342Típico Feminino; 55 a 59 anos; 558Típico Feminino; 60 Típico Feminino; 65 Típico Feminino; 70 a 64 anos; 143anos e mais; 9a 69 anos; 20 Trajeto Masculino;

Até 19 anos; 1.470

Trajeto Masculino;

20 a 24 anos; 4.332Trajeto Masculino;

25 a 29 anos; 3.373Trajeto Masculino;

30 a 34 anos; 2.499Trajeto Masculino; 35 a 39 anos; 1.876

Trajeto Masculino;

40 a 44 anos; 1.61245 a 49 anos; 1.143Trajeto Masculino; Trajeto Masculino;

50 a 54 anos; 705Trajeto Masculino; 55 a 59 anos; 318Trajeto Masculino; Trajeto Masculino; Trajeto Masculino; 60 a 64 anos; 14370 anos e mais; 965 a 69 anos; 26 Trajeto Feminino;

Até 19 anos; 551

Trajeto Feminino; 20 a 24 anos; 2.063

Trajeto Feminino;

25 a 29 anos; 1.91530 a 34 anos; 1.459Trajeto Feminino; Trajeto Feminino; 35 a 39 anos; 1.034 Trajeto Feminino; 40 a 44 anos; 858 Trajeto Feminino; 45 a 49 anos; 648 Trajeto Feminino; 50 a 54 anos; 447 Trajeto Feminino; 55 a 59 anos; 196 Trajeto Feminino; 60 a 64 anos; 42 Trajeto Feminino; 65 a 69 anos; 14 Trajeto Feminino; 70 anos e mais; 5 Doença do trabalho Masculino; Até 19 anos; 28 Doença do trabalho Masculino; 20 a 24 anos; 137 Doença do trabalho Masculino; 25 a 29 anos; 226 Doença do trabalho Masculino; 30 a 34 anos; 269 Doença do trabalho Masculino; 35 a 39 anos; 290 Doença do trabalho Masculino; 40 a 44 anos; 345 Doença do trabalho Masculino; 45 a 49 anos; 285 Doença do trabalho Masculino; 50 a 54 anos; 157 Doença do trabalho Masculino; 55 a 59 anos; 62 Doença do trabalho Masculino; 60 a 64 anos; 23 Doença do trabalho Masculino; 65 a 69 anos; 5 Doença do trabalho Masculino; 70 anos e mais; 0 Doença do trabalho Feminino; Até 19 anos; 16 Doença do trabalho Feminino; 20 a 24 anos; 201 Doença do trabalho Feminino; 25 a 29 anos; 349 Doença do trabalho Feminino; 30 a 34 anos; 395 Doença do trabalho Feminino; 35 a 39 anos; 426 Doença do trabalho Feminino; 40 a 44 anos; 397 Doença do trabalho Feminino; 45 a 49 anos; 247 Doença do trabalho Feminino; 50 a 54 anos; 109 Doença do trabalho Feminino; 55 a 59 anos; 40 Doença do trabalho Feminino; 60 a 64 anos; 12 Doença do trabalho Feminino; 65 a 69 anos; 2 Doença do trabalho Feminino; 70 anos e mais; 0 Qu an tid ad e d e ac id en tes d o tr ab alh o

Típico Masculino Típico Feminino

Trajeto Masculino Trajeto Feminino

Doença do trabalho Masculino Doença do trabalho Feminino

Típico Masculino; Até 19 anos; 6.921

Típico Masculino;

20 a 24 anos; 25.394Típico Masculino; 25 a 29 anos; 23.330 Típico Masculino; 30 a 34 anos; 19.034 Típico Masculino; 35 a 39 anos; 14.997 Típico Masculino; 40 a 44 anos; 12.370 Típico Masculino; 45 a 49 anos; 9.527 Típico Masculino; 50 a 54 anos; 6.422 Típico Masculino; 55 a 59 anos; 3.575Típico Masculino;

60 a 64 anos; 1.419Típico Masculino; 65 a 69 anos; 340 Típico Masculino; 70 anos e mais; 119 Típico Feminino; Até 19 anos; 1.437 Típico Feminino; 20 a 24 anos; 6.621 Típico Feminino; 25

a 29 anos; 7.894Típico Feminino; 30 a 34 anos; 7.394Típico Feminino; 35

a 39 anos; 6.272Típico Feminino; 40

a 44 anos; 5.235Típico Feminino; 45

a 49 anos; 3.808Típico Feminino; 50

a 54 anos; 2.308Típico Feminino; 55 a 59 anos; 1.089Típico Feminino; 60

a 64 anos; 269 Típico Feminino; 65 a 69 anos; 60 Típico Feminino; 70 anos e mais; 17 Trajeto Masculino; Até 19 anos; 1.413 Trajeto Masculino;

20 a 24 anos; 5.161Trajeto Masculino;

25 a 29 anos; 4.255Trajeto Masculino;

30 a 34 anos; 3.301Trajeto Masculino;

35 a 39 anos; 2.44440 a 44 anos; 1.951Trajeto Masculino; Trajeto Masculino;

45 a 49 anos; 1.481Trajeto Masculino; 50 a 54 anos; 972Trajeto Masculino; 55 a 59 anos; 566 Trajeto Masculino; 60 a 64 anos; 256 Trajeto Masculino; 65 a 69 anos; 65 Trajeto Masculino; 70 anos e mais; 20 Trajeto Feminino; Até 19 anos; 454 Trajeto Feminino; 20 a 24 anos; 1.995 Trajeto Feminino;

25 a 29 anos; 2.17230 a 34 anos; 1.701Trajeto Feminino; Trajeto Feminino; 35 a 39 anos; 1.322 Trajeto Feminino; 40 a 44 anos; 1.075 Trajeto Feminino; 45 a 49 anos; 888 Trajeto Feminino; 50 a 54 anos; 647 Trajeto Feminino; 55 a 59 anos; 355 Trajeto Feminino; 60 a 64 anos; 112 Trajeto Feminino; 65 a 69 anos; 25 Trajeto Feminino; 70 anos e mais; 6 Doença do trabalho Masculino; Até 19 anos; 41 Doença do trabalho Masculino; 20 a 24 anos; 170 Doença do trabalho Masculino; 25 a 29 anos; 311 Doença do trabalho Masculino; 30 a 34 anos; 305 Doença do trabalho Masculino; 35 a 39 anos; 349 Doença do trabalho Masculino; 40 a 44 anos; 302 Doença do trabalho Masculino; 45 a 49 anos; 300 Doença do trabalho Masculino; 50 a 54 anos; 185 Doença do trabalho Masculino; 55 a 59 anos; 70 Doença do trabalho Masculino; 60 a 64 anos; 24 Doença do trabalho Masculino; 65 a 69 anos; 3 Doença do trabalho Masculino; 70 anos e mais; 1 Doença do trabalho Feminino; Até 19 anos; 20 Doença do trabalho Feminino; 20 a 24 anos; 132 Doença do trabalho Feminino; 25 a 29 anos; 316 Doença do trabalho Feminino; 30 a 34 anos; 338 Doença do trabalho Feminino; 35 a 39 anos; 307 Doença do trabalho Feminino; 40 a 44 anos; 332 Doença do trabalho Feminino; 45 a 49 anos; 234 Doença do trabalho Feminino; 50 a 54 anos; 122 Doença do trabalho Feminino; 55 a 59 anos; 24 Doença do trabalho Feminino; 60 a 64 anos; 7 Doença do trabalho Feminino; 65 a 69 anos; 0 Doença do trabalho Feminino; 70 anos e mais; 0 Qu an tid ad e d e ac id en tes d o tr ab alh o

Típico Masculino Típico Feminino

Trajeto Masculino Trajeto Feminino

(10)

10 Fonte: AEPS

Analisando os dados dos três estados, em função dos motivos do acidente, entre homens e mulheres e das diferentes faixas etárias, observou-se que os indivíduos do sexo masculino, na faixa de 20 a 24 anos, são mais vitimados por acidentes de trajeto e, principalmente, por acidentes típicos, o que sugere alguma relação entre número de acidentes e formação profissional – podendo ser entendida como experiência profissional e/ou capacitação específica. Esta faixa de idade se altera para 25 a 29 anos para as mulheres, mas mantendo-se os acidentes típicos com as maiores presenças, seguidos pelos de trajeto.

Observando-se os gráficos, nota-se uma tendência de queda com o aumento da idade, tanto para os homens quanto para as mulheres, tanto para os acidentes típicos como para os de trajeto. Para os acidentes decorrentes de doença de trabalho, não se observa uma oscilação nas quantidades de ocorrências, mantendo-se uma constância mesmo com a elevação da idade.

Na Tabela 2 são apresentadas as porcentagens de acidentes do trabalho, por motivo (típico, trajeto e doença do trabalho) e por sexo, segundo as Unidades da Federação da região Sul, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, no período de 2008 a 2012.

Tabela 2 – Porcentagem de acidentes do trabalho por motivo e por sexo, segundo as Unidades da Federação da região Sul, de 2008 a 2012.

Rio Grande do Sul Situação/motivo

Total Total Ano Típico Trajeto Doença do trabalho

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

2008 73% 27% 62% 38% 53% 47% 71% 29% 2009 72% 28% 62% 38% 53% 47% 70% 30% 2010 71% 29% 60% 40% 51% 49% 68% 32% 2011 69% 31% 59% 41% 57% 43% 67% 33% 2012 68% 32% 60% 40% 52% 48% 66% 34% Total 71% 29% 61% 39% 53% 47% 69% 31% Santa Catarina Situação/motivo Total Total Ano Típico Trajeto Doença do trabalho

Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

2008 77% 23% 68% 32% 46% 54% 75% 25% 2009 76% 24% 67% 33% 45% 55% 74% 26% 2010 75% 25% 66% 34% 44% 56% 72% 28% 2011 75% 25% 63% 37% 44% 56% 72% 28% 2012 75% 25% 64% 36% 49% 51% 72% 28% Total 76% 24% 65% 35% 45% 55% 73% 27% Paraná Situação/motivo Total Total Ano Típico Trajeto Doença do trabalho

(11)

11 2008 78% 22% 71% 29% 50% 50% 76% 24% 2009 75% 25% 68% 32% 55% 45% 74% 26% 2010 74% 26% 66% 34% 49% 51% 72% 28% 2011 73% 27% 66% 34% 57% 43% 71% 29% 2012 71% 29% 65% 35% 56% 44% 70% 30% Total 74% 26% 67% 33% 53% 47% 73% 27%

Do total de acidentes registrados em 2008, a exemplo do que ocorreu em todos os demais anos da série histórica analisada, a maior parte – valores acima de 65% – corresponde a pessoas do sexo masculino em todos os estados do Sul do Brasil. Além de possuírem a maior participação no total de casos registrados, quando se tem em conta o contingente de segurados por gênero, os homens encontram-se substancialmente mais representados dentre os trabalhadores acidentados. Este fenômeno pode estar relacionado ao padrão diferenciado de inserção de homens e mulheres no mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito à distribuição dos segurados empregados por setor de atividade econômica. As porcentagens mais equivalentes, de acidentes do trabalho, entre homens e mulheres, ocorrem nas doenças do trabalho.

5 CONCLUSÕES

Ao longo deste estudo foi possível evidenciar algumas características dos acidentes do trabalho na região Sul do Brasil e, mediante isto, atender aos objetivos propostos inicialmente, por meio da análise das variáveis selecionadas. A caracterização dos acidentes do trabalho permitiu identificar o seguinte cenário: o estado do Rio Grande do Sul apresentou em termos absolutos, as maiores quantidades de acidentes do trabalho, seguido por Paraná. Os acidentes típicos foram os mais frequentes, indicando que a grande maioria dos acidentes do trabalho ocorre dentro do ambiente de trabalho. Em adição, estes acidentes ocorrem com os homens na faixa dos 20 a 24 anos e com mulheres com idade variando entre 25 e 29 anos.

Nas análises quantitativas foram consideradas as informações oficiais disponíveis no Anuário Estatístico da Previdência Social que se referem aos acidentes com os trabalhadores com CAT registrada. Assim, os dados obtidos nesta análise preliminar apontam para a necessidade de um estudo mais aprofundado, que envolva os seguintes aspectos: análise da evolução dos acidentes do trabalho por meio das técnicas de Séries Temporais, como os modelos de Box-Jenkins ARIMA, SARIMA, ARMAX entre outros.

Embora os bancos possam apresentar deficiências de preenchimento, é importante que haja a divulgação permanente dessas informações, a fim de sensibilizar as instituições envolvidas para tão somente alcançar a qualificação contínua dessa fonte de conhecimento sobre o perfil de acidentes do trabalho.

(12)

12 Anuário Brasileiro de Proteção. Seção Estatísticas. 2010. Disponível em:

<http://www.segurancanotrabalho.eng.br/estatisticas/estacidmundo.pdf>. Acesso em 04 mar. 2015

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Referências

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