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Orquestra Gulbenkian. Solistas do Festival Cantabile 20 SETEMBRO 2016 TERÇA. 19:00h Grande Auditório

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19:00h — Grande Auditório

20 SETEMBRO 2016

TERÇA

Orquestra

Gulbenkian

Solistas

do Festival

Cantabile

(2)

Duração total prevista: c. 1h 50 min. Intervalo de 20 min.

20 DE SETEMBRO TERÇA

19.00h — Grande Auditório

A Arte da Música

de Câmara

Franz Schubert

Quinteto para Cordas em Dó maior, D. 956

Allegro ma non troppo Adagio

Scherzo: Presto – Trio: Andante sostenuto Allegretto – Più allegro

intervalo

Solistas do Festival Cantabile

Diemut Poppen

Viola e Direção Artística

Christel Lee

Violino

Ivan Monighetti

Violoncelo

Paulo Gaio Lima

Violoncelo

Solistas da Orquestra Gulbenkian

Maria Balbi

Violino

Maria José Laginha

Violino

Varoujan Bartikian

Violoncelo

DaKapp Academy

Francisco Lima Santos

Violino

Anna Paliwoda

Viola

Felix Mendelssohn-Bartholdy

Octeto para Cordas em Mi bemol maior, op. 20

Allegro moderato con fuoco Andante

Scherzo: Allegro leggierissimo Presto

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Datado dos últimos meses de vida de Franz Schubert (1797-1828), o Quinteto para Cordas

em Dó maior, D. 956, é portanto contemporâneo dessoutras obras-primas de Schubert que são a Missa em Mi bemol maior, D. 950, as três últimas sonatas para piano (D. 958-60) e os seis Lieder sobre textos de Heinrich Heine que seriam integrados na coleção póstuma O Canto

do Cisne, D. 957. Deste Quinteto, e antes de

mais, três marcas distintivas: a preferência de Schubert por um segundo violoncelo, em vez da mais costumeira segunda viola (como Mozart sempre fizera); a conceção claramente orquestral que subjaz à obra (não por acaso, o violinista Gidon Kremer transcreveu-a para orquestra de cordas); e a duração sinfónica – a rondar os 50 minutos – semelhante à da Sinfonia n.º 9, D. 944, aliás na mesma tonalidade de Dó maior. Dito isto, deixemo-nos maravilhar perante uma das grandes obras-primas do Romantismo. Cabe ainda dizer que a obra não seria ouvida senão em 1850, em Viena, só sendo editada três anos depois. O primeiro andamento, após uma introdução lenta, apresenta-se como uma forma-sonata (com repetição obrigatória da exposição) de grande riqueza temático-motívica, com a originalidade de o segundo tema estar em Mi bemol maior e de a

reexposição começar em fá maior. O Adagio é uma forma ABA, com a parte A em Mi maior e a B num dramático Fá menor, estabelecendo um cavado contraste com a calma elegíaca e noturna que reina suprema na secção inicial. Esta regressa por inteiro, mas no final, há nova alusão ao Fá menor central.

O terceiro andamento é um verdadeiro

Scherzo, robusto e fogoso (em Dó maior, na

forma ternária), que leva as possibilidades dos cinco instrumentos aos limites. Na secção central (o Trio, em Ré bemol maior), regressam as sombras: um Andante sostenuto (como o segundo andamento da Sonata para Piano, D. 960) que mistura a atmosfera do início da obra com um ritmo que lembra o de uma marcha fúnebre. Tudo é manuseado com extremo requinte harmónico e, por fim, a música desvanece-se, enigmática. O Finale é uma forma rondó-sonata de tom popular, com três temas principais, que enfim confere uma atmosfera mais descontraída a esta obra, não sem estabelecer “ligações” com o primeiro e o terceiro andamentos. Mesmo no final, Schubert relembra o drama com um penúltimo acorde-apogiatura no ”grau napolitano” (2.º grau bemolizado), fazendo com que a obra termine sem nos deixar pacificados. Um toque genial!

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Lado a lado com a Abertura para o Sonho de uma

noite de verão, o Octeto para cordas, op. 20, é uma

das demonstrações da genial precocidade de

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847),

que o escreveu com apenas 16 anos: uma obra-prima onde tudo é consumado, levando Robert Schumann a falar de uma inédita “perfeição tão grande num mestre tão jovem”. Neste octeto, não estamos perante dois quartetos de cordas, mas sim diante de uma obra escrita para quatro violinos, duas violas e dois violoncelos, numa conceção absolutamente inovadora na época. Só Louis Spohr havia composto, dois anos antes, para esta combinação instrumental, mas segundo um pensamento, bem diverso: de Quarteto I e Quarteto II. Em Mendelssohn, a escrita é a oito vozes e o propósito é o de emular o estilo orquestral sinfónico.

Terminado em outubro de 1825, o Octeto op. 20 terá sido estreado pouco depois, ainda nesse mês, certamente num dos regulares concertos que se faziam na residência dos Mendelssohn, em Berlim, que era um dos mais distintos salões da capital prussiana. A estreia pública deu-se em janeiro de 1836, no Gewandhaus de Leipzig. Em ambas as ocasiões, o compositor participou, tomando para si uma das partes de viola. A obra foi dedicada a violinista Eduard Rietz,

seu professor e grande amigo e que tocou a parte de violino I na estreia absoluta. Em quatro andamentos, o Octeto op. 20 abre com um tema de uma nobreza luminosa que imediatamente identifica o seu autor. Esta forma-sonata inicial tem dois temas principais e um motivo melódico-rítmico, também ele com consequências formais. O desenvolvimento é breve e todo baseado no primeiro tema, e a coda apresenta um desenvolvimento terminal. O belíssimo Andante é outra forma-sonata de inesgotável invenção melódica e admirável trabalho temático-motívico. No Scherzo (ainda uma forma-sonata), inspirado por versos do episódio da Noite de Walpurgis do Fausto de Goethe, temos o primeiro exemplo da “música élfica” de Mendelssohn, representação sonora dos seres fantásticos que habitam as florestas germânicas à noite. O Finale é outra maravilha de construção, numa forma bastante livre em que o denominador comum é o contraponto, em certos momentos deveras elaborado. Refira-se o segundo tema principal, muito aparentado ao tema do fugado do “Hallelujah” do Messias de Händel, bem como a reaparição do motivo inicial do Scherzo.

notas de bernardo mariano

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Diemut Poppen é reconhecida como uma das maiores violetistas do nosso tempo. Estudou com Y. Bashmet, K. Kashkashian, B. Giuranna, H. Schlichtig, e P. Schidlof (Quarteto Amadeus). Como solista e violetista de câmara, toca nas mais prestigiadas salas de concerto – Barbican Centre, Queen Elisabeth Hall, Wigmore Hall – e tem sido convidada para participar nos festivais de C. Abbado, A. Schiff, G. Kremer, T. Mork, L. Kavakos e N. Gutman. Como solista, colaborou com H. Holliger, F. Brüggen e C. Abbado. Foi viola solo e membro fundador da Chamber Orchestra of Europe. Galardoada com o European Music

Prize, é atualmente professora em Lausanne, na Academia

de Música de Detmold e na Escola de Música Rainha Sofía, em Madrid. Diemut Poppen é Diretora Artística do Festival Cantabile desde o seu início, em 2010, e dos Rigi Musiktage. O seu repertório inclui concertos clássicos para viola, obras de música de câmara e de música contemporânea, incluindo obras escritas para ela como o Concerto para Viola de A. Pinho Vargas (2016). Christel Lee venceu o Concurso Internacional Jean Sibelius em 2015 e foi 2.º prémio e prémio do público no Concurso Internacional da ARD (Munique). Estudou na Juilliard School (Nova Iorque) e tem tocado como solista com prestigiadas orquestras como a Orquestra da Rádio Finlandesa, a Orquestra da Rádio da Baviera, a Orquestra Sinfónica Coreana, ou a Sinfónica da Rádio de Estugarda SWR. É regularmente convidada a atuar em festivais, incluindo Mecklenburg-Vorpommern, Mozartfest Wuerzburg, Verbier e Kronberg Academy Festival. Na próxima temporada apresenta-se no Festival Menuhin de Gstaad e em Tanglewood. Trabalhou com András Schiff, Gidon Kremer, Gary Hoffman e Kyung Wha Chung. Aluna de Ana Chumachenco, toca num violino Lorenzo Storioni de 1781, amavelmente cedido pela Deutsche Stiftung Musikleben.

Violoncelista, maestro e professor, Ivan Monighetti é uma das personalidades mais versáteis e interessantes do mundo musical atual. Foi o último aluno de Mstislav Rostropovich no Conservatório de Moscovo e ganhou primeiros prémios em vários concursos internacionais, incluindo o Concurso Tchaikovsky de Moscovo. Desde então, desenvolveu uma carreira que o levou a apresentar-se por toda a Europa, nos Estados Unidos da América, no Japão e na Coreia. É professor na Academia de Música de Basileia e na Escola Superior de Música Rainha Sofía, em Madrid. Gravou mais de 30 CDs para as editoras discográficas Harmonia Mundi, ECM, Wergo, Orfeo e DUX.

Christel Lee

Diemut Poppen

Ivan Monighetti

di em ut p op pe n © v . m ar di ro ss ia n fe li x m en de ls so hn b ar th ol dy , p or t he od or h il de br an d © d r ch ri st el l ee © d or ot he e-fal ke iv an m on ig he tt i © r os a-fr an k

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Natural do Porto, Paulo Gaio Lima estudou com Maurice Gendron no Conservatório de Paris como bolseiro da Fundação Gulbenkian e do Ministério da Cultura. É regularmente convidado a apresentar-se em festivais em Portugal e no estrangeiro. Colabora com vários grupos de música contemporânea, tendo estreado obras de Dusapin, Koo, Hersant e Marecos. Entusiasta da música de câmara, foi membro do Quarteto Verdi de Paris, do Artis Trio e do Trio.pt (desde 2006). Para as editoras EMI e RCA, gravou concertos de Boccherini, Schumann, Beethoven e Brahms, assim como obras do reportório de câmara português. Como professor, divide a sua atividade pedagógica entre o ensino superior (Academia Nacional Superior de Orquestra e Universidades de Évora e do Minho) e os cursos de aperfeiçoamento em Portugal e no estrangeiro.

Maria Balbi nasceu em Lima, no Perú. Começou a estudar piano aos três anos de idade e violino aos cinco. Frequentou o Conservatório Nacional de Lyon, em França, onde se diplomou com a Medalha de Ouro em Violino. Estudou posteriormente no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris com Jacques Ghestem, Alain Meunier e Christian Ivaldi, tendo recebido primeiros prémios em violino e música de câmara. Estudou também com Phillip Hirshorn e Viktor Liberman na Hochschule von dem Kunsten, em Utrecht, na Holanda, e com Tibor Varga na École des Archets, em Sion, na Suíça. Como solista, atuou com a Orchestre d’Aubagne, em França, e com a Orquestra Gulbenkian, em Lisboa. Colaborou com o Amsterdam Chamber Music Ensemble e com o Moscow Piano Quartet. É membro da Orquestra Gulbenkian desde 1999.

Maria José Laginha estudou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças e na Escola Profissional Artística do Vale do Ave. Como bolseira da Fundação Gulbenkian, foi aluna de Aníbal Lima na Academia Nacional Superior de Orquestra. Em 2005 foi primeira classificada no Prémio Jovens Músicos.Durante os anos de formação, colaborou com a Orquestra Juvenil da União Europeia, a Orquestra Aproarte e The World Orchestra. Apresentou-se a solo com a Orquestra Artave, a Filarmonia da Beiras e a Orquestra Gulbenkian. Participou em vários festivais de música, incluindo Interlaken Classics, Stift International, Rencontres Musicales en Lorraine, Budapest Spring e Kissinger Sommer. É membro da Orquestra Gulbenkian desde de 2007 e da Camerata Atlântica desde a sua formação, em 2013.

Maria Balbi

Paulo Gaio Lima

Maria José Laginha

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Varoujan Bartikian nasceu na Arménia. Estudou na Escola Especializada de Música Tchaikovsky e no Conservatório Superior de Música Komitas, em Yerevan. Em 1977 venceu o Concurso Transcaucasiano de Violoncelo, em Tbilissi. Posteriormente, obteve o grau de Mestre em Violoncelo e em Ciências Musicais. Foi professor de violoncelo no Conservatório Komitas até 1989. Nesse ano ingressou na Orquestra Gulbenkian, desempenhando atualmente as funções de 1.º Violoncelo Solista. É também violoncelista do Quarteto Capela desde 2001. Em 2013 fundou o Trio Aeternus com o violinista Alexander Stewart e o pianista Lucjan Luc. É professor de violoncelo e de música de câmara no Instituto Piaget.

Francisco Lima Santos nasceu em Lisboa em 1991. Estudou na Fundação Musical dos Amigos das Crianças. Foi premiado no Concurso Internacional Cidade do Fundão e no Concurso para Jovens Intérpretes, em Évora. Durante um ano, foi concertino e bolseiro da Orquestra Sinfónica Juvenil. Tocou a solo no Museu da Eletricidade e nas Ruínas do Convento do Carmo. Frequentou os cursos de aperfeiçoamento de Aníbal Lima, Francesca Vicari e Pavel Gomziakov. Licenciou-se na Escola Superior de Música de Lisboa, na classe de Khatchatour Amirkhanian. Foi membro e concertino da Camerata Musart (2011). Integra a Orquestra de Jovens da União Europeia desde 2012, tendo tocado no Konzerthaus de Berlim e no Concertgebouw de Amesterdão. É aluno de Yuzuko Horigome no Conservatório Real de Bruxelas. Anna Paliwoda nasceu em Katowice, na Polónia, em 1992. Estudou na Academia de Música Paderewski, em Poznan. Bolseira do Banco Zachodni e da Fundação Albéniz, estuda na Escola Superior de Música Rainha Sofía, em Madrid, desde 2013, com Marco Rizzi. Frequentou os cursos de aperfeiçoamento de Bartosz Bryła e Vadim Gluzman. Foi premiada em vários concursos internacionais, incluindo o Concurso para Jovens Violinistas de Sosnowiec, o Concurso de Sochaczew e o Concurso Tadeusz Wronski. Como aluna da Escola Superior de Música Rainha Sofía, tocou na Orquestra Sinfónica e na Orquestra de Câmara Freixenet, sob a direção de András Schiff e Eldar Nebolsin. É membro do Quarteto Mendelssohn, no seio do qual trabalha com Heime Müller.

Francisco Lima Santos

Varoujan Bartikian

Anna Paliwoda

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Produção

Colaboração Apoio Patrocínio

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