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Living the Lotus Vol. 103 (abril 2014) No tulo Living the Lotus – Buddhism in
Everyday Life (Vivendo o Sutra de Lótus – O
Budismo dentro da vida diária) está condo o desejo de enriquecer e fazer ser mais valiosa a vida a parr da vivência do Sutra de Lótus no codiano, assim como a bela flor de lótus, a qual floresce de dentro da lama. Através da internet, temos nos dedicado em entregar, ao público leitor do mundo todo, o ensinamento do budismo que pode ser vivenciado dentro da vida diária.
O informavo Living the Lotus é publicado em quatorze línguas, com a cooperação das filiais do exterior. Entretanto, em algumas línguas a publicação é irregular e contém apenas a orientação do Mestre Presidente Niwano. Connuaremos tentando aperfeiçoar o informavo e, para tanto, contamos com o precioso apoio e comentários dos leitores.
Publicação:
Rissho Kosei-kai Internacional
Fumonkan, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, 166-8537 Japan
TEL: 03-5341-1124 FAX: 03-5341-1224 E-mail:
living.the.lotus.rk-international@kosei-kai.or.jp Editor Responsável: Shoko Mizutani Editora: Etsuko Nakamura
Tradutora: Nicia Lemi Kishi Revisora: Angela Sivalli Ignatti Equipe de Edição: Shiho Matsuoka,
Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao, Shizuyo Miura, Sachi Mikawa, Yurie Nogawa, Yoshihiro Nakayama, Bold Munkhtsetseg
Kaiso Zuikan, vol.7, p.258-259
O Sentimento de
Preocupação com o Próximo
Founder’s Essay
Será que tem aumentado o número de pessoas que não tem conseguido distinguir o que é mais importante e o que vem em segundo ou terceiro planos na vida?
Creio que podemos dizer que o mais importante para o ser humano é compreender o sentimento do próximo, isto é, compreender bem as alegrias e as tristezas das pessoas, preocupando-se positivamente, com calor humano e com docilidade. O ideograma que representa a palavra “ser humano”, em japonês, nin-guen, significa viver a relação entre as pessoas; portanto, se além da preocupação com o próximo o ser humano puder se utilizar do seu conhecimento e da sua técnica, ele estará pronto para qualquer coisa, é como diz o ditado no Japão: “entregar o bastão de ouro ao diabo”, ou seja, enfrentar qualquer situação sem temor.
Será um problema se houver o aumento de pais que, ao invés de criarem seus filhos dando-lhes uma educação direcionada ao que é mais importante ter como ser humano, ficam forçando aos exames de seleção e ao estudo. Tenho a impressão que um dos motivos de estarem acontecendo homicídios por pessoas que se formaram em universidades de primeira linha, pessoas consideradas da elite, brilhantes, está nesse ponto.
Os filhos crescem sendo decisivamente influenciados por palavras e ações no dia-a-dia com os pais. Se os pais não despertarem, acontecerá aquilo que não terá mais retorno.
1
O ensinamento básico de Buda
(O Selo das Três Leis)
Nada tem um ego
Universo do sistema solar Essa Lua danada Fica me incomo dando aqui por perto Esse cara é um estorvo!
Basic Buddhism Through Comics
“
” 2
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Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores.
Que vá para longe daqui! Opa! Sol Por causa da reação em cadeia, o sistema solar está sendo destruído paulatinamen te... O Sol também se despedaçou. Mas a Terra irá ser salva de alguma forma Ué!?
Cadê o Sol?! Onde eu
vou parar?! Ufa,
Que perigo... Mas ainda bem que pelo menos
eu fui salvo. Vênus Terra Mês Mês Júpiter Saturno Terra Vênus Marte
Viver em Função de um Grande Desejo
ORIENTAÇÃO DO
MESTRE PRESIDENTE
Nichiko Niwano
Mestre Presidente da Risho Kossei-kai
Há pessoas que invejam as outras dizendo:
“Como é bom ser rico como ele!”. Há pessoas
que se rebaixam e se deprimem dizendo: “Eu não
consigo trabalhar direito”. Ou então pessoas
arrogantes que dizem: “não há gente mais capaz
do que eu”. São cenas do cotidiano muito
comuns entre nós. Quando esses fatos chegam ao
extremo, os relacionamentos podem ser feridos,
evoluindo para as disputas.
Por que as pessoas sentem inveja, rebaixam-se
ou se tornam arrogantes? Será que elas têm noção
do que é importante na vida? Se houver essa
compreensão, não haverá comparação com as
pessoas, portanto não sentirão que lhes falta algo
ou pontas de arrogância; poderão ter o
sentimento “arredondado”, sem cantos
pontiagudos.
Dia 8 de abril é a Cerimônia do Nascimento de
Buda. As palavras de Shakyamuni Buda ao
nascer: “Só eu sou venerado no céu e na terra”
nos ensinam que “cada ser humano é uma
existência digna neste grande universo”.
As pessoas que descobrem a própria
dignidade conseguem ver igualmente a
dignidade do próximo. Portanto, quando houver
essa consciência de dignidade, não haverá mais
necessidade de fazer comparações.
Certa vez, li as palavras: “A fonte da
infelicidade está na comparação com as
pessoas”; “O sentimento de ira vai sendo
incutido pelos pais e pela sociedade no decorrer
do crescimento das pessoas”. Pensando nessas
palavras, parece ser possível nos livrarmos da
infelicidade e do sentimento de ira.
Sabemos disso, mas acabamos nos
comparando ou comparando os outros. Então,
como vamos fazer para que isso se torne positivo
para o crescimento do ser humano e para o
progresso da sociedade? É possível transformar
essa força positivamente sem ferir a si próprio e
aos outros?
O budismo ensina a maneira de controlar os
sentimentos e encontraremos a felicidade dentro
dessa vida de fé.
Falei anteriormente que, quando não há
comparação, há tranquilidade (sentimento de
forma arredondada, sem cantos pontiagudos) e
isso significa que quando há comparação muitas
vezes surge o sentimento de ciúmes, de negação
ou de arrogância. Porém, tanto nos esportes, nos
estudos, no gosto por uma habilidade, no
trabalho ou no mundo de fé, é verdade que somos
estimulados pela imagem daqueles que estão se
elevando e tentamos nos aperfeiçoar ainda mais.
Nesse sentido, podemos até dizer que há um
significado na comparação, como diz o mestre
Tendai, da China, “Não volte os olhos apenas
para o exterior; não esqueça de concentrar sua
atenção ao seu interior pensando no que é
verdadeiramente importante para si”.
O mestre e educador Yoshio Tooi disse: “O
caminho para criar um verdadeiro “eu” está em
viver por um grande desejo”. Creio que um dos
itens do que é importante está exatamente
indicado nessa frase.
Pode ser difícil entender o que é “viver por um grande desejo”. Por exemplo, podemos dizer que através da oração diária e do hooza também podemos ter a oportunidade de reverenciar a nossa natureza búdica e a do próximo; isto tem relação com o viver por um grande desejo. Quando respeitamos profundamente o próximo com esse sentimento, o ambiente ao nosso redor se torna harmonioso.
Esse é o mundo do eu e do próximo – um só corpo – que é o desejo de Buda. Quando desejamos viver de certa forma com humildade, estamos revelando a própria natureza búdica. Quando vivemos por esse grande desejo, Buda será uma existência próxima a nós, isto é, estaremos descobrindo a própria dignidade original.
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Revista Koosei, abril de 2014
ORIENTAÇÃO DO
MESTRE PRESIDENTE
Reverenda Kosho Niwano
O SORRISO É A FLOR DOS CÉUS
Próxima Presidente designada da Risho Kossei-kai
Cursos à Parte
Meu filho, ao entrar no primeiro ano da escola, começou a frequentar aulas
de natação e futebol.
Eu o estimulei dizendo: “Acho que vai ser divertido” e ele disse: “Quero
fazer!”. Como meu filho não tinha mais oportunidade de brincar no parque
como na época em que ele estava no pré, eu queria criar oportunidades para
ele exercitar-se e divertir-se com os amigos.
Porém, havia mais um motivo. Tanto a natação como o futebol são
realiza-dos dentro das instalações da escola e, para mim, era muito tranquilo pois ele
já ficava direto depois das aulas normais. O fato de meu filho, cheio de
ener-gia, voltar cansado para casa seria bom, mas isso era uma total conveniência
de minha parte. Entretanto, meu filho tem frequentado feliz os cursos, todas
as semanas, independente do que eu penso.
Além dos dois cursos, ele também tem frequentado o curso de ábaco, cuja
escola fica perto de casa. Ele começou no verão do ano passado, mas não vai
feliz à escola. Se a frequência do curso for superior a três vezes, o aluno pode
ir quantas vezes quiser por semana e cada aula pode ter duração de até três
horas. A frequência do meu filho é o mínimo, que é de três vezes, uma hora
ao dia, e também pelo fato de a professora ser rigorosa, tenho dificuldade em
levá-lo às aulas. Sempre tenho de acalmá-lo ou deixar um intervalo de tempo
entre as aulas. Quando não posso levá-lo, ele acaba faltando a aula, dando
trabalho a quem tem que cuidar dele nesse dia.
Quando vejo que ele está cansado ou querendo brincar com os amigos eu
mesma digo: “Você quer faltar hoje?” mas dou-lhe um incentivo dizendo:
“Na aula seguinte você terá que se esforçar o tanto quanto descansou ficando
em casa, está bem?”. Porém, quando estou em casa, mesmo que teime, não
me deixo vencer com os caprichos dele e não permito que ele falte.
Certo dia de chuva, eu disse ao meu filho com expressão de brava: “Como
ontem você faltou, hoje terá que estudar duas horas”. Ele havia faltado no dia
anterior porque eu havia voltado tarde para casa. Ele respondeu: “Não quero
ir!”. Como seria difícil ir de bicicleta na chuva, resolvi levá-lo de carro. Ele
entrou no carro porque não tinha outro jeito, mas ainda reclamando: “uma
hora eu fico mas duas horas não quero de jeito nenhum”. Eu disse: “Não, você
vai estudar duas horas”. Ao mesmo tempo, o meu dilema era: “Será que há
necessidade de forçá-lo a ir? Será que é melhor dizer que uma hora de estudo
é suficiente? Será que não estou sendo uma mãe perversa?”.
Reverenda Kosho Niwano
Nasceu em Tóquio, como primogênita do Mestre Presidente Nichiko Niwano. Formada em Direito pela Universidade Gakushuin, estudou o curso regular no Seminário Gakurin, sistema de treinamento de líderes da Risho Kossei-kai. Atualmente, enquanto trabalha na investigação do Sutra do Lótus, empenha-se às palestras em eventos principais da entidade e a atividades de cooperação religiosa dentro e fora do Japão; continua sua prática como próxima presidente designada. Casada com o Rev. Munehiro, eles têm um filho e três filhas.
Revista Yakushin, dezembro de 2012.
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Quando chegamos em frente à escola, meu filho nem procurava descer do
carro e dizia: “Não quero ir!”, tentando mostrar sua última resistência. Eu
também me segurei para não voltar atrás: “Você quer entrar chorando, sendo
arrastado pela mamãe? Você não vai ficar com vergonha?”. Pensei mesmo
que eu teria de fazer isso, quando de repente vi que meu filho havia descido
do carro e havia começado a andar em direção ao portão.
Ele estava choramingando e de vez em quando olhava para trás em minha
direção. Eu também estava com vontade de chorar. Respirei fundo e voltei a
dirigir.
Depois de duas horas fui buscá-lo. Meu filho saiu correndo, com o rosto
corado, e todo animado me disse: “Sabe, como hoje eu estudei duas horas,
adiantei muito e aprendi até a conta de subtração!”. Ele ficou o tempo todo
dentro do carro, feliz, tentando me explicar como era a conta de subtração. Na
verdade eu não estava entendo a explicação dele mas fiquei feliz e respondi:
“É mesmo? Que bom!”. Isso não significa que seja correto não permitir que a
criança falte a aula. Mesmo em situações de conflito, tanto a criança como os
pais vão aprendendo e crescendo juntos.
Hoje também, quando meu filho voltou da escola, olhou o meu rosto e
disse: “Cheguei, mamãe! Hoje também posso faltar a aula de ábaco, não
posso?”. Eu também, de imediato fiz uma expressão de brava e disse: “Não
senhor!”. O desafio da tolerância parece que ainda irá continuar.
Obs.: A coluna “O sorriso é a flor dos céus” está terminando com a edição
deste mês.
Spiritual Journey
Relato publicado na revista Koosei em agosto de 2012
O exercício da vida em observar de frente o
espírito faminto e conseguir enfrentá-lo
Koichi Matsumoto
Igreja da Província de Chiba
Mr. Matsumoto feels peaceful as he happily plays with his dog. His wife, Misako joins him.
O fim da ambição
O Sr. Matsumoto, depois de um dia de trabalho, ao entrar no trem que ia da estação Shinjuku até a província de Chiba, suspirou desanimado. Na janela do vagão refletia-se seu rosto cansado e a cidade de Shinjuku. Enquanto o trem andava, as luzes de neon e a claridade da cidade iam ficando para trás. O Sr. Matsumoto observava vagamente essa paisagem enquanto, ao mesmo tempo, sentia que a realização de sua ambição estava se distanciando.
Era verão de 1997. Nessa época o Sr. Matsumoto trabalhava como cobrador de dívidas numa financiadora não credenciada, que fazia a propaganda “empréstimo imediato sem burocracias”.
Essa financiadora juntava-se a uma imobiliária e alugava, a altos juros, imóveis a pessoas que queriam começar o negócio de restaurante. Iniciado o negócio, antes mesmo que as coisas tomassem um rumo, a financiadora pressionava o inquilino para o pagamento da dívida. O trabalho do Sr. Matsumoto era exatamente pressionar emocionalmente esses inquilinos; se houvesse alarde por parte deles, imediatamente a imobiliária tomava o imóvel de volta, sem nenhuma tolerância. O sistema funcionava de maneira que, no final, só restava a dívida de quem fazia o empréstimo.
O Sr. Matsumoto, junto com colegas, fazia a cobrança de quatro restaurantes, mas tinha, em especial, uma segunda intenção com relação a uma das cafeterias. Essa cafeteria tinha um ambiente claro e uma clientela de trinta pessoas. O Sr. Matsumoto já havia trabalhado como gerente de restaurante nos bairros Shibuya e Shinjuku. Ele almejava tomar o lugar do dono e queria abrir uma cafeteria junto com uma pub house.
O Sr. Matsumoto já sabia que a cafeteria estava para abrir falência. Os donos eram um casal jovem e quando eles viam o Sr. Matsumoto, os dois ficavam muito apreensivos.
Ele pensou: “Falta mais um pouco!”. Porém, a partir do momento que começou a pensar assim, a
imagem do casal jovem da cafeteria vinha à mente durante a viagem de volta para casa. Não era por consciência pesada.
“Vou tirar deles a cafeteria e vou me tornar dono, mas será que não vou passar por situação semelhante?”.
Foi essa a percepção. O Sr. Matsumoto, que não tinha dinheiro para abrir negócio, quando a financiadora oferecesse empréstimo ele não teria como negar.
“Mas se tudo der certo, posso ser dono de um negócio!”.
Na verdade, o Sr. Matsumoto estava há pouco tempo no trabalho de cobrança. Cerca de um mês antes, sem refletir, havia aceitado esse trabalho, caindo na conversa de um conhecido. Mas agora estava arrependido, pois não era um serviço compensador. Se não conseguisse cobrar nada só ganhava o dinheiro da condução.
Enquanto o trem se aproximava de Chiba, onde morava, o Sr. Matsumoto foi tomado por um pensamento inexpressável. Voltando para casa, sua esposa Missako, sem perguntar no que trabalhava, o esperava com um sakê. Isso instigava seu sentimento desconsolado. Ele se sentia desprezível, pois mal arcava com as despesas de casa além de estar fazendo um trabalho que não podia contar às pessoas.
Ele pensou:“Vou sair desta vida. Eu tenho capacidade de possuir pelo menos um negócio. Se até
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agora vivi apenas com a minha sagacidade...”. Ele levantou o rosto e tentou sorrir forçosamente diante do vidro da janela do trem. Porém, o Sr. Matsumoto enxergou apenas um rosto com sorriso deformado e cansado.
Men’s Group members gather, the discussion soon turns to the Dharma.
No final do boom da economia
Antes de o Sr. Matsumoto começar a trabalhar como cobrador de dívidas, ele trabalhou como gerente de restaurante em um bairro de diversões. Entretanto, não foi seu primeiro trabalho.
O Sr. Matsumoto, após se formar numa faculdade, voltou à sua cidade natal, Koyama, na província de Totigui e trabalhou como professor de Ciências em uma escola pública. Porém, em um ano, voltou para Tóquio. Ele ficou sabendo que havia sido aprovado no concurso para professores porque seu pai, Sr. Shuichi, que tinha influência na cidade, havia feito uma intervenção para sua aprovação. O Sr. Matsumoto não conseguia perdoar esse fato. Não falando nada ao pai, voltou para Tóquio, como se estivesse fugindo de casa.
Como na época de faculdade ele havia adquirido a qualificação de cozinheiro, o Sr. Matsumoto começou a trabalhar em casas noturnas. Trabalhou em bares, casas noturnas e foi gerente de restaurante italiano. Na época do boom econômico, o que lucrava era pura diversão. Quando trabalhou como gerente em um bar administrado por um fabricante de sakê, dentre cem bares, chegou a ser o melhor em vendas.
Não se sabe quando essa segurança o fez se transformar em uma pessoa presunçosa. Quando ia beber em outro bar e percebia que o atendimento não era bom, reclamava. Quando encontrava com alguém que não gostava começava a discutir, chegando até a brigar corpo a corpo. Para poder sobreviver no mundo concorrido dos bares, não importava em que situação poderia ficar o bar alheio.
Nessa época, o Sr. Matsumoto casou-se com uma cliente assídua do bar onde trabalhava. Teve dois filhos com ela mas o casamento não durou dez anos. O motivo era a traição do Sr. Matsumoto. Na época ele se relacionava com quatro mulheres.
A venda começou a ficar fraca quando ele se separou da esposa. O boom econômico já estava esfriando e a clientela pouco a pouco deixou de frequentar bares.
Depois disso, o Sr. Matsumoto, tentando se recobrar, afastou-se da vida noturna e começou a trabalhar num supermercado da cidade. Foi nesse local que encontrou aquela que iria se tornar segunda
esposa, a Sra. Missako. Ela também já tinha um histórico de separação e tinha duas filhas que já eram independentes e trabalhavam. Logo que se conheceram, os dois começaram uma vida em comum, preenchendo mutuamente a tristeza da solidão.
Porém, nesse ano, o supermercado em que trabalhavam acabou encerrando as atividades e o Sr. Matsumoto, através de apresentação de um conhecido, começou a trabalhar como cobrador de dívidas. Ele começou esse trabalho pensando em conseguir ter um negócio que, com o tempo, poderia dar uma vida digna à esposa. Porém, como o risco e a intranquilidade do futuro eram grandes, o Sr. Matsumoto decidiu não trabalhar mais como cobrador de dívidas.
Nessa época, a Sra. Missako havia entregado um livro nas mãos do Sr. Matsumoto. Era o livro do Mestre Fundador, “A nova interpretação do Sutra de Lótus”. A Sra. Missako era membro da Risho Kossei-kai. Mais tarde, o Sr. Matsumoto disse o seguinte: “Quando peguei o livro do Mestre Fundador, não entendi o significado das palavras difíceis do sutra, mas, não sei por que, consegui docilmente pensar que não queria mais trabalhar em serviço que fazia as pessoas chorarem”.
Entretanto, após o fechamento do supermercado, a Sra. Missako também havia perdido o emprego e as finanças de casa estavam no vermelho. O Sr. Matsumoto, que havia deixado de trabalhar como cobrador, não encontrava outro serviço. Enquanto isso, a Sra. Missako ia todos os dias à igreja levando os membros do bairro em seu carro. Ela vivia recebendo de todos um pouco do valor da gasolina. A líder da época, Yoshiko Sakamoto, transmitia ao sangha a situação complicada da Sra. Missako. O máximo que os dois tinham eram as refeições diárias. A vida deles chegou ao ponto de terem o gás cortado por falta de pagamento.
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A job selling learning materials was a turning point of his life.
Encarando a Vida
A mudança na vida dos dois aconteceu pouco tempo depois. O Sr. Matsumoto começou a beber sakê desde o final da tarde, sem mesmo procurar emprego, e, certa vez, a líder Sakamoto o levou à força ao Hooza noturno na igreja de Chiba.
Nessa época o Sr. Matsumoto, tomado pelo álcool, falava, durante o Hooza, da sua vida passada e contava que não estava trabalhando. Foi quando o Reverendo da época, Ikuo Furuyama, disse o seguinte:
“Qualquer pessoa pode vir aqui. No Hooza nós colocamos para fora o nosso pensamento e prestamos atenção ao que os outros falam. Dessa forma as pessoas têm a oportunidade de polir reciprocamente os seus sentimentos e o importante é que aprendem a maneira de viver”.
O Sr. Matsumoto sentiu nas palavras do Reverendo a não censura por estar bebendo e não estar trabalhando; pelo contrário, ele o estava animando. Estranhamente naquela noite ele pensou não mais perseguir o sonho de trabalhar na vida noturna e ter uma vida com os pés no chão.
Depois disso o Sr. Matsumoto foi contratado para trabalhar numa empresa que vendia livros didáticos. O trabalho era passar pelas escolas de carro e vender coletâneas e livros de exercícios. Era um trabalho muito apropriado ao Sr. Matsumoto, que já tinha experiência como professor e atendente em restaurantes e bares.
Entretanto, ao receber um salário estável e a vida ter se tornado tranquila, o Sr. Matsumoto começou a sentir insatisfação pelo pouco salário. O salário que ele recebia não chegava nem à metade do que recebia quando trabalhava nos bares.
Todas as vezes o Sr. Matsumoto ouvia da esposa: “Finalmente conseguimos sair dquela vida de sufoco. O que vai ser se você não tiver gratidão ao trabalho de agora?”.
A Sra. Missako assim dizia e o levava à força ao estudo do ensinamento na igreja.
Entretanto, para o Sr. Matsumoto, que lutou pela vida no mundo alucinante dos bares noturnos, não conseguia “engolir” o conteúdo dos estudos. “Por que em primeiro lugar o próximo?” “Por que é preciso ser humilde com o próximo?”. Era impensável para ele que se pudesse sobreviver com esses pensamentos e, durante os estudos, muitas vezes contrariava o professor. Porém, o sangha à sua volta o incentivava dizendo: “Não precisa compreender agora; vamos estudar juntos”. O Sr. Matsumoto não esperava por essa reação e a vida dura que levou sozinho o fez sentir o calor humano de todos.
Nessa época, convidado pelo sangha da igreja, participou do festival da cidade na função de levar o mantoo (lanterna portátil de papel) e essa foi a chance que fez mover o seu sentimento. O Sr. Matsumoto gostava de festivais e, por iniciativa própria, começou a participar do ensaio do mantoo, aprofundando o intercâmbio com o grupo de senhores. Depois disso também teve a oportunidade de fazer malabarismos com o matoi (estandarte) junto o grupo de jovens. Dessa forma, o Sr. Matsumoto naturalmente foi se unindo a todos e participando das atividades da igreja.
Há quatro anos, o Sr. Matsumoto foi selecionado para a equipe do grupo dos senhores da igreja. Foi escolha do diretor dos senhores, Sr. Akio Nakane. O diretor veio observando como o Sr. Matsumoto havia mudado o seu sentimento e se dedicado no trabalho e no estudo do ensinamento.
Sendo nomeado para a função, o Sr. Matsumoto objetivou adquirir a qualificação de orientador da Risho Kossei-kai e começou a dedicar-se seriamente nos estudos, no hooza, no tedori e michibiki para poder transmitir o ensinamento de Buda. Especialmente na prática do tedori e do michibiki ele conseguiu obter uma grande percepção.
Para poder compreender o pensamento do próximo, não podemos impor o nosso pensamento; é necessário aprender do próximo. É para isso que era importante tornar-se humilde em relação ao
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Living the Lotus welcomes your religious experience. Why don’t you share your religious experience through Living the Lotus with members all over the
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importante tornar-se humilde em relação ao próximo. Para poder tornar-se uma pessoa que possa sentir a alegria do próximo como sendo a própria, era importante o espírito do “Em primeiro lugar o próximo”.
O Sr. Matsumoto não conseguia deixar de lembrar do seu passado. “Quantas pessoas fiz chorar? Não quero saber do sentimento do próximo. Nem que eu tenha que pisar nos outros, eu tenho que sobreviver”. Nesse modo de viver tão perverso, não havia a verdadeira felicidade. Nessa hora, o Sr. Matsumoto pôde fazer a confissão de arrependimento em relação ao modo de viver anterior.
Porém, havia ainda uma grande tarefa da vida para se resolver. Era a reconciliação com o seu pai. Depois que jogou para os ares a sua profissão de professor e saiu de casa, poucas vezes ele havia reencontrado o pai. Quando seu primeiro casamento não havia dado certo, seu pai lhe havia dito: “Nunca mais adentre a porta da família Matsumoto”. Desde então, havia passado treze anos sem nenhuma notícia.
A pessoa que deu um empurrão em suas costas foi a diretora de disseminação, Mieko Haga. Ela disse: “Você conseguiu rever a sua vida, portanto vá relatar seu atual e verdadeiro sentimento”.
Com essas palavras, o Sr. Matsumoto foi, com certo peso nos pés, junto com a Sra. Missako para a casa da sua família.
Fazia tempo que não via a mãe, Sra. Matsu, a quem enxergou fisicamente menor, com o corpo já envergado. Porém, a Sra. Matsu não reconheceu o filho de imediato. Era porque sua aparência havia se transformado em serenidade.
O Sr. Matsumoto, ao apresentar a Sra. Missako, viu que a mãe segurou firme na mão da esposa e disse chorando: “Muito obrigada por ter transformado meu filho em uma pessoa séria”. Todos os dias a mãe via o jornal e a televisão, preocupada se o filho não havia criado um problema ou se não havia sido envolvido em algum incidente. Essas palavras machucaram internamente o Sr. Matsumoto.
Depois disso veio o encontro com o pai. No exato momento em que o Sr. Matsumoto abriu o quarto do pai, sentiu seu corpo sem forças. Há um ano o pai teve derrame e estava completamente imobilizado sobre a cama. Mesmo assim, imediatamente compreendeu que o filho havia voltado. O pai também estava o tempo todo preocupado com o filho.
O pai perguntou: “O que está fazendo agora?”. O Sr. Matsumoto só conseguiu responder: “Agora levo
uma vida honesta”, mostrando ao pai o ojuzu (rosário). Ele não conseguia falar mais nada vendo o pai na cama, lembrando arrependido dos anos de revolta e preocupação que deu. Porém o pai, só de ver a aparência serena do filho mostrou uma expressão de alívio e apenas murmurava.
Em fevereiro deste ano o pai partiu tranquilamente para a outra vida. O Sr. Matsumoto se dirigiu de imediato para o funeral do pai e leu o Sutra na cabeceira do pai, com sentimento de desculpas pelo que fez e com sentimento de gratidão por ter sido salvo pela fé. A Sra. Missako, vendo esse marido, sentiu profundamente a preciosidade do ensinamento.
Por muitos anos, o Sr. Matsumoto esteve engajado nas atividades da associação autônoma de estudantes e hoje, ele tem dado sua contribuição ajudando as crianças da região, como membro líder de crianças. De vez em quando vem à memória a imagem do pai que foi oficial de amparo e proteção.
“Fui muito rebelde com o meu pai e hoje estou fazendo algo parecido com o que ele fazia. Está comprovado que sou mesmo filho do meu pai”.
O Sr. Matsumoto disse isso meio envergonhado, mostrando um sorriso de adolescente.
Ms. Mieko Haga, then head of the Educational Affairs Group, showed him the way of loyalty to his parents.
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Uau! O que foi? Por que está gritando? Vô... Tive um sonho terrível É mesmo? Que sonho você teve, ein? Já me cansei de sonhar que sou a Terra Esse sonho tem a ver com o que vamos estudar hoje que é “Nada “Nada tem um ego”? O que é isso?Significa que todas as coisas deste mundo estão interligadas e nada existe por si só.
Ah, é? Por exemplo o que? Vamos lá. Vamos observar as pessoas e estudar o que é O jantar está pronto! Eu vou comer fora com uma amiga Até mais! Eu vou comer depois que terminar de escrever isto. tem um ego” “Nada tem um ego”.
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Meu Mas tudo
bem. Eu também tenho que sair... Vou deixar a janta pronta para que ele possa comer Ultimamente a família está dispersa. A vizinha que me fez esse comentário. Você tem ultimamente jantado É mesmo, mas parece que cada um está se divertindo à sua moda. Você O que é isso? Significa que todas as coisas deste mundo estão interligadas e nada existe por si só. É mesmo? Então...
As pessoas não vivem apenas com a própria força e elas estão sendo motivadas a viver graças a todas as marido tem ultimament e voltado tarde. assim que voltar. junto com toda sua família? sabe o que é “Nada tem um ego”? coisas do mundo.
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E isso tem relação com o que aconteceu? Lógico! A base do relacionamento humano começa no ... Nós estamos sendo motivados a viver graças a todas as coisas do mundo, inclusive graças à família.
Na verdade nunca pensei nisto.
É bom concentrar-se em alguma coisa...
Mas não dá para viver sem a ajuda dos outros.
Então o que é melhor fazer?
Sabendo que o seu trabalho irá influenciar todas as pessoas, em vez de viver egocêntricamente, é bom dar importância ao
Vou pensar sobre isso mais calmamente... Bem-vindo de volta. Parece feliz... aconteceu alguma coisa boa?
Outro dia você não me disse que eu não precisava subir de cargo?
Acho que sim.
Pensando nisso me
desapeguei de galgar posição e pedi ao presidente para que me permitisse desenvolver uma nova área na empresa.
É mesmo? É por isso que você parece estar mais atarefado. lar. relacionamento com as pessoas. Che guei!
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Procurei algumas empresas e uma delas demonstrou interesse.
E eu fui indicado para ser responsável
Como?! Então significa que agora você é presidente?
Todos estão dizendo que eu fui o culpado de termos perdido no jogo de futebol interclasses.
A propósito, você não tem treinado ultimamente, não é?
Antes dessa palavra há outra que é “assessor” Mas isso é maravilhoso! O mundo está realmente interligado.
Isso que é “Nada tem Todas as coisas do mundo
estão com certeza interligadas.
Por coincidência, o presidente dessa empresa Que bom!
O nosso presidente ficou feliz quando ouviu essa conversa, e agora vai ser criado um novo setor na empresa, específico para
Ué?! O que aconteceu? Alguns dias de pois ... Che guei! era conhecido do nosso presidente. esse trabalho. um ego”. desse setor.
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Só porque um faltou no treino, isso não quer dizer nada! Demorou, mas o papai também mudou. Vamos comemorar a promoção do papai. Fazia tempo
que não nos reuníamos. Não devia ter pensado só em mim. Não só no futebol; não podemos esquecer que a indolência de um, pode influenciar muitas A propósito, é isso mesmo!
Tem a ver que, mesmo que você ache que não joga bem, o problema não é só seu e vai acabar trazendo transtornos a outros. E o que
isso tem a ver? Eu ouvi dizer, mas
parece que todas as coisas estão ligadas entre si. O resultado do esforço dele levou à transformaçã o, conforme o ensinamento. pessoas.
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To be continued
LIVINGTHE LOTUS abril 2014 17
Eu também estou com o tempo tomado com futebol e escola.
Se ficar falando isso, você vai sonhar outra vez que é a Terra sendo levada para longe! Será que eu tenho condições? É lógico! O espírito verdadeiro do budismo é conhecido como Vai ser preciso um esforço e tanto! Ultimamente a mamãe parece uma santa.
É por isso que dizemos que a felicidade virá quando houver gratidão por estarmos sendo motivados a viver graças a todas as coisas e por vivermos retribuindo as graças recebidas. Mas não esqueça que domingo iremos jantar todos juntos. Não! Isso não! Tudo é graças ao ensinamento.
Está bem! Não vou esquecer.
sendo o resultado do esforço.
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Risho Kossei-kai
A Risho Kossei-kai é uma organização de budistas leigos, fundada em 05 de março de 1938 pelo Fundador Nikkyo Niwano e pela co-fundadora Myoko Naganuma. O Tríplice Sutra de Lótus é a base deste ensinamento. Trata-se da reunião de pessoas que deseja a paz mundial através do ensinamento de Buda, partindo da convivência diária em seus lares, locais de trabalho e dentro da sociedade. Atualmente, junto com o Mestre Presidente Nichiko Niwano, os membros trabalham ativamente para a difusão do ensinamento, de mãos dadas com outras religiões e organizações,
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A incompreensão sobre as causas da desilusão e do sofrimento é um tema sério. Sobre essa questão, pude refletir que as palavras de orientação do Mestre Presidente deste mês eram as palavras de sabedoria de Buda, dirigidas a mim. No capítulo Dos Hábeis Meios Salvíficos do Sutra de Lótus temos: “Em vez de retirar o sofrimento acabamos acumulando sofrimento”. Se não conseguimos obter a felicidade é porque não sabemos que o tema é sério ou, então, mesmo que saibamos, vivemos não dando importância a esse fato.O “sério tema” é viver conforme a Verdade, estudando a Verdade, a Lei do universo pela qual Buda obteve a iluminação. O conselheiro Kinjiro Niwano, segundo filho do Mestre Fundador, falecido no mês passado, exerceu uma grande função entre nós e sempre nos ensinou com clareza a Lei da Causa e Condição, dizendo em vida: “Este é o mundo do dar e do receber. Não podemos apenas receber. Ao vivermos a vida de ‘dar’ do bodhisattva, pela primeira vez obteremos a verdadeira felicidade”. Quero também transmitir ao maior número de pessoas este sério tema da vida.
Um sério tema da vida
REV. SHOKO MIZUTANI
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