A carteira total de crédito no sistema financeiro nacional (SFN), avançou 0,4% em fevereiro ultrapassando os R$ 2,03 trilhões e equivalendo a 48,8% do PIB. No paralelo com igual mês de 2011, a taxa de crescimento desacelerou para 17,3%, sendo esse movimento, comum a ambos os segmentos (livre e direcionado).
No direcionado as taxas (12 meses) desaceleram desde meados de 2010, enquanto no crédito livre o movimento foi evidenciado somente a partir da última parte de 2011. Entretanto, mesmo iniciando o processo primeiro, a fração direcionada prosseguiu demonstrando um crescimento mais intenso que o calculado para o crédito livre (21,4% e 15,0%, respectivamente), resultando, portanto, na ampliação da respectiva participação para 36% do crédito total. Dentro do direcionamento, o crédito habitacional novamente se destacou. Considerando o aumento de 2,3% em fevereiro, a modalidade ultrapassou os R$ 195 bilhões e mesmo em trajetória de desaceleração (no horizonte de 12 meses), o crescimento ante os mesmos meses de 2011 manteve-se, pela terceira vez consecutiva, próximo de 42%.
Em contraste, no lado dos recursos livres os movimentos verificados foram discretos. O crescimento mensal de apenas 0,1% (ante a alta de 0,8% nos direcionados) refletiu a interação entre, o desempenho positivo do crédito às pessoas físicas (0,3%) e a baixa constatada no conjunto de modalidades destinadas às pessoas jurídicas (-0,1%).
Mesmo com a discreta evolução do saldo livre, as concessões referenciais acumularam mais de R$ 170 bilhões em fevereiro, ultrapassando, desta forma, os R$ 351 bilhões em 2012. Considerando apenas os dias úteis, o mês de fevereiro contabilizou um fluxo diário (ao redor de R$ 9 bilhões) 9% maior que o de janeiro. Embora esse percentual tenha refletido, em boa parte, a sazonalidade de alta no início de ano, tanto nas pessoas físicas (R$ 3,85 bilhões/dia) como nas jurídicas (R$5,13 bilhões/dia) as médias foram as mais elevadas para meses de fevereiro.*
Dentre as principais modalidades, a alta no CDC veículos (R$ 361,8 milhões/dia) foi insuficiente para evitar o recuo de dois dígitos ante Fev./11 (-13,1%). Todavia, este foi um movimento que destoou das demais linhas aos consumidores, as quais (exceto pelas outras operações) apresentaram as melhores médias diárias para o mês.*
Nas linhas relacionadas ao crédito empresarial, quatro compostas de funding doméstico (o desconto de duplicatas, os financiamentos imobiliário e para capital de giro, além da conta garantida) apresentaram as melhores médias históricas para fevereiro*, enquanto no âmbito dos recursos externos, a mais representativa modalidade, o ACC (R$ 292 milhões/dia), registrou apenas o 6º melhor resultado para meses de fevereiro (mesmo depois de contabilizada a alta de 15,1% ante o mês anterior).
(série iniciada em 2000)*
Mesmo com a discreta evolução do saldo livre, as concessões referenciais acumularam mais de R$ 170 bilhões em fevereiro, ultrapassando, desta forma, os R$ 351 bilhões em 2012. Considerando apenas os dias úteis, o mês de fevereiro contabilizou um fluxo diário (ao redor de R$ 9 bilhões) 9% maior que o de janeiro. Embora esse percentual tenha refletido, em boa parte, a sazonalidade de alta no início de ano, tanto nas pessoas físicas (R$ 3,85 bilhões/dia) como nas jurídicas (R$5,13 bilhões/dia) as médias foram as mais elevadas para meses de fevereiro.*
Dentre as principais modalidades, a alta no CDC veículos (R$ 361,8 milhões/dia) foi insuficiente para evitar o recuo de dois dígitos ante Fev./11 (-13,1%). Todavia, este foi um movimento que destoou das demais linhas aos consumidores, as quais (exceto pelas outras operações) apresentaram as melhores médias diárias para o mês.*
Nas linhas relacionadas ao crédito empresarial, quatro compostas de funding doméstico (o desconto de duplicatas, os financiamentos imobiliário e para capital de giro, além da conta garantida) apresentaram as melhores médias históricas para fevereiro*, enquanto no âmbito dos recursos externos, a mais representativa modalidade, o ACC (R$ 292 milhões/dia), registrou apenas o 6º melhor resultado para meses de fevereiro (mesmo depois de contabilizada a alta de 15,1% ante o mês anterior).
Em fevereiro, a taxa (média) de juros relacionada às operações de crédito apresentou ligeiro aumento (0,1 p.p.), finalizando na casa dos 38,1% a.a.. O movimento espelhou a elevação nas operações com pessoas físicas, em contraste com o declínio nos juros relacionados às pessoas jurídicas (0,3 e -0,1 p.p., respectivamente). Se por um lado, ambos os segmentos evidenciaram expansões em 2012 (PF: 1,6 p.p. e PJ: 0,4 p.p.), por outro, a taxa média permaneceu no mesmo patamar que a observada em fevereiro de 2011.
Como no mês a taxa (média) de captação recuou para abaixo dos 10% a.a., o spread (médio bruto) avançou para 28,4 p.p.. Esse diferencial representou uma alta de 2,3 p.p. na comparação com o mesmo mês de 2011, sendo esta impulsionada apenas pelo segmento dos consumidores (4,6 p.p.), em contraste com a queda (-0,4 p.p.) observada no empresarial. O prazo médio das operações referenciais encerrou o mês totalizando 498 dias (corridos). Depois de diminuir -1 dia na comparação mensal, o resultado repetiu os 25 dias de alta sobre Fev./11.
Mesmo com desempenhos mensais discretos (PF: -2 dias e PJ: est.), no confronto com igual mês de 2011 foram registradas ampliações (de 15 e 34 dias nas empresas e nas famílias, respectivamente). Dentre as linhas, cabe salientar a redução mensal de -7 dias no CDC veículos (523 dias) e de -4 dias no desconto de duplicatas (42 dias). Em 12 meses as modalidades recuaram -45 e -7 dias, respectivamente.
Por fim, a inadimplência (conceituada como o percentual de atrasos superiores a 90 dias), permaneceu nos mesmos 5,8% da carteira referencial. Ambos os segmentos apresentaram estabilidade ante janeiro, embora em 2012 os resultados superem aqueles calculados para os mesmos meses do ano anterior. Neste último horizonte de comparação o diferencial permaneceu na casa dos 0,5 p.p. nas operações com pessoas jurídicas (4,1% da carteira), ao passo que nas pessoas físicas (7,6% da carteira), pela primeira vez desde o final de 2010, o crescimento do percentual desacelerou (1,8 p.p.).
Dentre as modalidades destinadas aos consumidores, o CDC veículos voltou a apresentar alta, acumulando no ano um incremento de 0,3 p.p.. Considerando o resultado, o percentual inadimplente encerrou fevereiro em 5,5% da carteira referencial, configurando-se como o mais elevado de toda a série*.
Pelo lado das empresas, mesmo com a redução de -0,1 p.p. no mês, a conta garantida registrou o segundo mais elevado percentual observado na série* (5,6% da carteira), sendo este 0,8 p.p. acima daquele contabilizado no mesmo mês de 2011. Já a principal modalidade do segmento (referencial), o financiamento para capital de giro, evidenciou outro aumento de 0,1 p.p., gerando um percentual inadimplente de 4,0% da carteira, ou 0,7 p.p. acima daquele em fevereiro do ano anterior.
(série iniciada em 2000)*
Por fim, a inadimplência (conceituada como o percentual de atrasos superiores a 90 dias), permaneceu nos mesmos 5,8% da carteira referencial. Ambos os segmentos apresentaram estabilidade ante janeiro, embora em 2012 os resultados superem aqueles calculados para os mesmos meses do ano anterior. Neste último horizonte de comparação o diferencial permaneceu na casa dos 0,5 p.p. nas operações com pessoas jurídicas (4,1% da carteira), ao passo que nas pessoas físicas (7,6% da carteira), pela primeira vez desde o final de 2010, o crescimento do percentual desacelerou (1,8 p.p.).
Dentre as modalidades destinadas aos consumidores, o CDC veículos voltou a apresentar alta, acumulando no ano um incremento de 0,3 p.p.. Considerando o resultado, o percentual inadimplente encerrou fevereiro em 5,5% da carteira referencial, configurando-se como o mais elevado de toda a série*.
Pelo lado das empresas, mesmo com a redução de -0,1 p.p. no mês, a conta garantida registrou o segundo mais elevado percentual observado na série* (5,6% da carteira), sendo este 0,8 p.p. acima daquele contabilizado no mesmo mês de 2011. Já a principal modalidade do segmento (referencial), o financiamento para capital de giro, evidenciou outro aumento de 0,1 p.p., gerando um percentual inadimplente de 4,0% da carteira, ou 0,7 p.p. acima daquele em fevereiro do ano anterior.