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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

SOFRIMENTO NO TRABALHO

Por: Paula Fernandes Pereira Branco

Orientador Prof. Ana Cristina

Rio de Janeiro 2010

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PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

SOFRIMENTO NO TRABALHO

Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gesntão de Recursos Humanos. Por: Paula Fernandes Pereira Branco.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus que me permitiu chegar aqui com saúde para concluir mais um sonho. Agradeço a minha família: minha mãe, minha irmã e meus avós que sempre me incentivaram nesta caminhada; aos meus amigos e colegas de curso que sempre estiveram ao meu lado. E por fim ao meu namorado e aos meus colegas de trabalho que sempre torceram por mim.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a minha família: Minha mãe, minha irmã, meu avô e minha avó, em memória, pela confiança que depositaram em mim. Aos meus amigos, colegas de curso, de trabalho e namorado, que me deram força para concluir mais uma etapa. Aos meus professores pela paciência demonstrada ao logo do curso. Enfim a todos que acreditaram no meu potencial e tornaram esta caminhada mais fácil.

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RESUMO

A relação do homem com o seu trabalho é pensada desde a Revolução Industrial, onde o trabalho manual e artesanal era o foco, assim abusando da capacidade física dos trabalhadores. Estes por sua vez, trabalhavam em péssimas condições, com abuso de horas extras, ambientes sujos, mal remunerado e etc. A origem da palavra trabalho vem do latim tripallium que é um objeto de tortura. O trabalho nesta época era tido como uma tortura.

As maiores causas de sofrimento no trabalho na organização são as doenças e os acidentes de trabalho. As doenças consistem em qualquer patologia desenvolvida em função do exercício do trabalho. Qualquer acidente ocorrido durante o trabalho ou no caminho da casa para o trabalho ou do trabalho para casa são considerados acidentes de trabalho. As organizações precisam estar cientes de todos os riscos que o local físico oferece e fazer a prevenção de seus colaboradores.

Quando falamos de doença e acidente de trabalho, logo pensamos em caráter físico. É importante lembrar que danos psicológicos muitas das vezes são consideradas mais graves do que danos físicos. O Sofrimento no trabalho pode ser gerado por diversos fatores, estes que colocam em risco a saúde física e psicológica do sujeito. Quando nos referimos a danos psicológicos decorridos do trabalho usamos o termo psicopatologia do trabalho.

A Higiene do trabalho surgiu para acabar ou minimizar as causas de sofrimento na organização. As empresas da atualidade têm mais preocupação com a saúde física e psicológica do sujeito. Para isso são incluídos profissionais da área de Segurança e meio ambiente nas empresas.

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SUMÁRIO

I. Introdução...9

II. A Revolução Industrial...13

2.1. A origem do Trabalho...14

2.2. Doenças e acidentes de trabalho...15

2.3. Psicopatologia do trabalho...17

2.3.1. Ambiente e organização do trabalho...18

2.3.2. Paradigma da administração científica...20

2.4. Sofrimento Psicológico...24

2.4.1. Estresse...27

2.4.2. Síndrome de Burnout...29

2.5. Higiene e Segurança do Trabalho...31

2.5.1. Técnicas para prevenção de acidentes... 32

2.6. Conseqüência dos Trabalhadores acidentados...33

2.7. Modernização na Organização...34

III. Conclusão...36

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I. Indrodução

Sofrimento no trabalho consiste em tudo aquilo que atinge o sujeito de forma negativa, psicologicamente ou fisicamente em seu local de trabalho, ou seja, tudo aquilo que trará danos a saúde do trabalhador. O exercício do trabalho tem diversos fatores que podem contribuir para o sofrimento ocupacional. As empresas que não zelam por seus funcionários, que não cuidam dos mesmos no sentido de dar-lhes boas condições de trabalho, tendem a gerar um funcionário desmotivado podendo este mesmo adoecer.

O seguinte trabalho irá abordar as causas de sofrimento na organização e maneiras para elimina-lo ou pelo menos diminuir-lo. Será discutido o exercício do trabalho desde de sua origem, os danos que ele mal empregado pode causar ao sujeito, a sua importância na vida humana e maneiras de evitar o sofrimento ocupacional.

No séc VXIII, durante a revolução industrial o trabalhador era visto como uma máquina, agindo de acordo com aquilo que estava pré-escrito. As fábricas da época visavam apenas os lucros, os trabalhadores tinham péssimas condições de trabalho como: ambientes sujos, abafados e com iluminação ruim; salários baixos; exploração do trabalho feminino e infantil; carga horária excessiva, castigos físicos e morais e outros. A Revolução industrial foi a fase onde surgiu as maquinas modernas para substituir o trabalho manual, foi imposto ao trabalhador operar essas máquinas de forma mecanizada fazendo com que a subjetividade do sujeito no trabalho fosse colocada de lado.

O trabalho desde a Revolução industrial era causador de sofrimento, até a origem da palavra trabalho o condena. A palavra trabalho vem do latim tripalium que era um objeto feito para os agricultores esfiaparem o trigo e as espigas de milho, essa mesma palavra vinda do latim se relaciona com o verbo tripaliare que significa torturar.

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O homem é tido como um ser humano que usando sua capacidade intelectual pode ir além de sua capacidade física. Atualmente, o trabalho é para o homem muito mais do que seu sustendo financeiro do dia a dia. O trabalho, hoje, é para o homem condição para seu bem estar, ele é condição para sua dignidade e cidadania. Com a falta do trabalho, o sujeito pode se sentir diminuído diante dos outros de sua espécie. É possível falar mais radicalmente que o trabalho é um fator que contribui em grandes proporções para a constituição do homem como sujeito que ele é dentro da sociedade em que ele vive. Por isso que o homem deve ser respeitado dentro do seu ambiente de trabalho, lugar onde normalmente ele permanece mais horas do que sua própria residência.

Dentre os fatores causadores de sofrimento físico aparece em maior dimensão os acidentes de trabalho, que são aqueles que acontecem no exercício do mesmo gerando lesões corporais ou funcionais. As doenças causadas pelo ambiente de trabalho, os acidentes causados na realização da tarefa e os acidentes ocorridos no caminho entre a casa e o trabalho do funcionário são considerados acidentes de trabalho. Eles são classificados em: Acidentes com afastamento e acidentes sem afastamento. Esses acidentes são fatores prejudiciais a empresa, pois com a ausência do funcionário acidentado a produção pode diminuir consideravelmente, tendo assim uma diminuição nos lucros, e além disso a empresa pode vir a pagar altos valores de indenizações, sem falar do sofrimento que causa ao funcionário.

É possível falar de sofrimento psíquico usando o termo psicopatologia do trabalho. Há inúmeros fatores que contribuem para o sofrimento psicológico do trabalhador. Esse sofrimento mental é, na maioria das vezes, conseqüência de como o trabalho é organizado, pois para que o funcionário produza bem, é necessário que ele esteja motivado e para que a motivação predomine como estado diário do trabalhador é

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importante dar a ele boas condições de trabalho, tanto na estrutura física da empresa, como nos aspectos psicológicos que habitam a mesma. Por estrutura física deve-se cuidar da iluminação do local de trabalho, assim como da temperatura, do barulho e outros fatores. Por aspectos psicológicos é válido falar do sistema hierárquico que existe em qualquer empresa que é um fator, muitas vezes, causador de sofrimento. A forma como o poder é usado pode trazer danos psicológicos ao trabalhador, como também as modalidades de comando. A questão da responsabilidade também deve ser levada em consideração quando se fala de sofrimento psíquico, quando é atribuída grande responsabilidade sobre um só indivíduo, ele pode se tornar um trabalhador mais angustiado e estressado. Tal responsabilidade pode até prejudicar sua vida fora da organização, pois o homem tem dificuldades para dividir sua vida em duas: uma dentro do trabalho e outra fora, por isso acontece o adoecimento.

Quando há alguma falha no trabalho sem a clareza do motivo que levou a aquele erro, o trabalhador pode se sentir fracassado com sentimento de incompetência, o que é um fato causador de sofrimento, da mesma forma que funcionários que vivem na eterna angustia com medo de não estar a altura do seu cargo, medo de não satisfazer, por talvez terem um nível de diploma inferior a de outros funcionários ou até mesmo por terem menos experiência profissional.

A falta de reconhecimento na instituição é um fator que além do sofrimento causa a total desmotivação. Dejours (2006) já dizia que quando a qualidade do trabalho humano não é reconhecida então o sofrimento daquele homem foi todo em vão. O trabalhador pode ser dividido em duas fases: uma antes do reconhecimento e outra depois do reconhecimento. Ele é um aspecto que pode fazer toda a diferença na realização da tarefa.

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Pessoas que trabalham sem registro algum na carteira profissional e trabalhadores que sobrevivem de trabalhos temporários são funcionários que vivem em eterno conflito na sua relação com o trabalho, pois sabem que ganham aquele dinheiro correspondente ao seu salário, mas ao mesmo tempo estão cientes que a qualquer momento podem estarem desamparados, sem nenhum auxílio, sem algum direito trabalhista.

Uma das maiores reclamações dos trabalhadores é o estresse, que é uma composição de reações fisiológicas que em excesso ou com intensidade levam a um desequilíbrio no organismo. O estresse pode ser dividido em estresse crônico e agudo. O crônico é aquele que afeta a maioria dos trabalhadores sendo constante no dia a dia porém mais suave. O estresse agudo é mais intenso, porém de menor duração, sendo causado por situações traumáticas.

A síndrome de Burnout é também uma queixa dos trabalhadores, ela costuma ser confundida com o estresse. A Burnout é gerada após um período de trabalho excessivo, seu nome vem da combinação em inglês burn (queimar) e out (fora), que diz respeito a queima de energia. Ela mais especificamente falando se refere a um estado de exaustão, onde as pessoas que a adquirem passam a apresentar um comportamento agressivo, pois essas pessoas consomem-se físicamente e emocionalmente.

Foi se conscientizando da importância do trabalho para o homem e pensando na saúde do trabalhador que foi criada a Segurança e higiene do trabalho. Essas são duas técnicas que visam cuidar da integridade física e psicológica do homem na sua relação com o trabalho procurando identificar todas as causas de sofrimento e remove-las.

A segurança no trabalho trata-se de medidas de todas as espécies usadas para prevenir acidentes. Muitas empresas da atualidade já adotam as medidas de segurança no trabalho. Existem os profissionais dessa área que tem como compromisso promover a saúde

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na organização. A CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes) é um órgão que tem como função identificar todos os riscos a saúde do trabalhador na instituição e criar estratégias para que acidentes sejam evitados. Ela tem como tarefa a verificação do ambiente de trabalho, das condições nas quais os trabalhadores exercem suas tarefas e também promoção de medidas educacionais que conscientizam os funcionários sobre a segurança no trabalho. Este órgão funciona como propagador da higiene do trabalho através da prevenção de acidentes em defesa dos trabalhadores. O esforço desta comissão tende a gerar ótimos resultados, aumentando consideravelmente a qualidade das condições de trabalho. A CIPA então, tem função de excluir da instituição todos os focos de acidentes e todos os aspectos causadores de sofrimento.

Contudo, é papel da empresa cuidar de seus funcionários, proporcionar boas condições físicas e psíquicas para que o homem exerça a sua tarefa com dignidade, Mesmo o homem podendo ultrapassar a sua capacidade física, trabalhando mais que o indicado, não se deve explorar essa capacidade humana, pois o resultado desse excesso pode vir mais tarde e de forma cruel.

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II. A Revolução industrial

A Revolução Industrial aconteceu na Inglaterra na segunda metade do século VVIII, ela encerrou a transição entre capitalismo e feudalismo, a fase de acumulação primitiva de capitais e de preponderância do capital mercantil sobre a produção. Ela foi mais especificamente falando o conjunto de transformações econômicas, tecnológicas e sociais. O contexto da revolução Industrial era a necessidade de produzir sempre mais e cada vez mais rápido, para preencher a crescente demanda das áreas urbanas, ultrapassando os limites do sujeito, a Revolução Industrial foi, sobretudo a passagem de um sistema de produção agrário e artesanal para outro de cunho industrial, dominado pelas fábricas e pela maquinaria.

De acordo com Pazzinato e Valente (1997) a Revolução Industrial foi caracterizada pelas seguintes inovações tecnológicas: Aparecimento de máquina modernas, que substituíram o trabalho de homem; Utilização do vapor para acionar a máquina, em substituição da energia muscular; Obtenção e trabalho de novas matérias primas, em particular os minerais, que deram impulso à metalurgia e a industria química.

As condições das fábricas na Revolução Industrial eram precárias, eram ambientes sujos, com péssima iluminação e abafados. Os salários dos trabalhadores eram baixos, chegava-se a aproveitar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos e moral pelos patrões. Não havia direitos trabalhistas, como por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxilio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício. Quando

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desempregados não tinham direito a nenhum tipo de auxílio e acabavam passando por situações de precariedade.

Em diversas regiões da Europa, houve um movimento dos trabalhadores, os mesmos se uniram para batalhar por melhores condições de trabalho, formaram uma espécie de sindicato com a finalidade de melhorar tais condições. Houve também movimentos mais violentos, como por exemplo, o ludismo. Conhecidos como “quebradores de máquinas”, os ludistas invadiam as fábricas e destruíam seus equipamentos como forma de protesto e indignação com relação à vida dos empregados. O castismo foi a forma mais branda na forma de atuação, pois optou pela via política, conquistando diversos direitos políticos para os trabalhadores.

A fúria não é de modo algum uma reação automática diante da miséria e do sofrimento, pois ninguém se enfurece com condições sociais que sejam impossíveis de se modificar. A fúria só acontece quando há razões para crer que algumas situações podem ser mudadas e não são. O homem só manifesta uma reação de fúria quando seu próprio senso de justiça é injuriado, tal reação em absoluto não se produz pelo fato do sujeito se sentir vítima da injustiça, como prova toda história das revoluções, nas quais o movimento começou por iniciativa de membros das classes superiores, conduzindo a revolta dos oprimidos e miseráveis. (ARENDT, 1996:25.)

2.1. A origem do Trabalho

Arendt (1987) fala da palavra trabalho que vem do latim tripalium, que é um instrumento feito para os agricultores baterem, rasgarem e esfiaparem o trigo e as espigas de milho. A maioria dos dicionários registra tripalium como objeto de tortura. A palavra tripalium se liga ao verbo do latim vulgar tripaliare, que significa torturar.

Esse, então, é um enfoque da realidade evocado do termo trabalho, que traduz dureza, dificuldade, fadiga, irreversivelmente constitutivas da vida humana. O único ser

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vivo que é capaz de agir além daquilo que sua capacidade física permite é o homem. Ele não possui asas, mas consegue voar inventando um avião, a ele não é permitido tirar oxigênio diretamente da água, porém lhe é possível inventar um submarino para descer ao fundo do mar.

O trabalho é um fazer exclusivamente do homem, a vida humana ultrapassa a sua dimensão, ele é considerado um valor. É algo que o dignifica, colaborando principalmente para sua cidadania. É através do trabalho que o indivíduo se forma como sujeito, afirmando sua identidade e seu desejo de ser reconhecido socialmente.

Foucault (2001) fala sobre o que mudou da idade média para a idade moderna, assim afirma que, o trabalho como atividade de produção, se tornou a origem de todo valor, ou seja, se as coisas valem tanto quanto o trabalho que a elas se dedicam, ou se seu valor está em harmonia com esse trabalho, não é porque o trabalho passou a ser um valor fixo, mas sim porque todo seu valor extrai sua origem de trabalho.

2.2. Doenças e acidentes de trabalho

Se tratando de trabalho, foi procurado identificar tudo aquilo que, na relação do homem com sua tarefa, põe em perigo sua saúde. A relação entre trabalho, adoecimento e saúde em diferentes divisões profissionais e realidades organizacionais, articulando as demandas de saúde com a cultura e conforto nas organizações, privilegiando como categoria central de análise o sofrimento no trabalho e as táticas para o seu enfrentamento.

Ao se iniciar as buscas daquilo que põe a saúde do homem em risco, quando relacionado com sua tarefa, é conveniente falar de acidentes de trabalho, que são aqueles que ocorrem na realização do trabalho prestado à organização e que resultam em lesões

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corporais, anomalias funcionais, que podem gerar morte, perda, redução permanente das capacidades físicas ou mentais do trabalhador.

O surgimento das doenças dos trabalhadores está ligado ao modo como o trabalho é distribuído e organizado, as empresas normalmente visando os lucros, dão preferência a profissionais multifuncionais, com isto reduzem o custo sobre salário, benefício e permanecem com o quadro de funcionários enxuto.

Chiavenato (1985) classifica os acidentes de trabalho em:

• Acidente sem afastamento: Após o acidente o empregado continua trabalhando. Este tipo de acidente não é considerado grave, embora deva ser investigado.

• Acidentes com afastamento: É aquele que pode resultar em: Incapacidade temporária, incapacidade permanente parcial, incapacidade total permanente e morte.

São considerados acidentes de trabalho: Doenças físicas causadas pelo trabalho, como: Problemas de coluna, audição, visão e etc; Doenças provocadas pelas condições de trabalho, como: problemas de respiração, causada pela inalação de cal, cimento ou poeira, acidentes que acontecem na prestação de serviço por ordem da empresa, fora do local de trabalho, acidentes que acontecem em viagens a ofício da empresa ou acidentes que acontecem no caminho entre a casa e a empresa ou da empresa para a casa.

De acordo com Sebby e Wilson (2001), para que os empregados estejam sempre produzindo, pelo menos ao nível recomendado por seu potencial, é necessário evitar que algo lhes aconteça, o que poderia resultar em redução temporária ou permanente da produtividade. As maiores causas de tais reduções são os acidentes e as doenças. Por isso é

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imprescindível que as empresas eliminem tudo aquilo que coloque a saúde do trabalhador em perigo.

O trabalho é tido como uma categoria social, está sujeito a múltiplos condicionantes. As condições de trabalho e suas patologias estão relacionadas a outras variáveis tais como, a organização do trabalho e refletem valores da sociedade. Fica, portanto, difícil falar de um mundo do trabalho e um mundo fora do trabalho. O mundo é um só, os trabalhadores existem no mundo, transformando-o e sendo transformado, com um modo de viver determinado, definido socialmente e diferenciado em classes sociais. (LAURELL, 1989:96)

Os acidentes de trabalho e as doenças profissionais compõem um problema de saúde pública em todo mundo. O problema dos acidentes de trabalho toma maiores proporções do que as estatísticas permitem. O principal fornecedor de dados estatísticos relativos a acidentes de trabalho no Brasil é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), onde os dados oficiais mencionam somente os acidentes acontecidos e registrados entre os trabalhadores segurados, não incluindo aqueles acontecidos com trabalhadores dos setores informal, que representa uma grande parcela da população ativa.

A organização internacional do trabalho (OIT) informou que acidentes e doenças ocupacionais matam mais de does milhões de pessoas por ano. Esse número foi obtido em 2005, e vem aumentando significamente no Brasil e na China.

2.3. Psicopatologia do trabalho

Quando é falado em segurança do trabalho, logo é pensado na integridade física do sujeito. Quando o interesse é falar de danos psicológicos no trabalho, é usado o termo

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psicopatologia do trabalho que mais especificamente é o diagnóstico dos processos psíquicos movidos pela luta do indivíduo com a realidade do trabalho, o uso do termo psicopatologia é dado para interações ordinárias cujos resultados são sempre patológicos.

A psicopatologia está relacionada ao modelo clássico da fisiopatologia das doenças que atingem o corpo. Dedica-se, exclusivamente, ao diagnóstico das doenças mentais, dos transtornos mentais orgânicos, da esquizofrenia, dos transtornos do humor e dos inúmeros transtornos de personalidade. (DEJOURS, 1994: 83)

Dejours (1980) afirma que o sofrimento mental, ele resulta da organização do trabalho. Por condição de trabalho é essencial; ambiente físico (temperatura, pressão, barulho e etc), ambiente químico (produtos manipulados, vapores, gases tóxicos e etc) e o ambiente biológico (vírus, bactérias, fungos e etc).

2.3.1 Ambiente e organização do trabalho

Quanto ao ambiente físico, o ruído, além de fator causador de surdez ocupacional, pode também agir contra a saúde mental do profissional, pois quando alcança 85 decibéis ou mais pode ocasionar surdez e quando esse nível é menor, determina fadiga e desconforto.

O calor e ventilação são fatores capazes de alterar a estabilidade emocional do trabalhador, podem provocar também alterações no humor. Mesmo que não se manifeste estado patológico de imediato nos trabalhadores, a carga térmica excessiva, pode a longo

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prazo prejudicar a saúde e causar alguns danos como: prostração térmica; distúrbio circulatório; internação ou insolação; câimbras de calor; desidratação e erupção na pele.

Por organização do trabalho é designado a divisão do trabalho, o conteúdo da tarefa, o sistema hierárquico, as modalidades de comando, as relações de poder, as questões de responsabilidade e etc. Ela então é vista como uma relação socialmente construída e não somente em sua dimensão tecnológica.

A psicopatologia do trabalho indica um método de investigação clínico e teórico que tenta unir as duas aberturas epistemológicas. A relação específica entre o sujeito e a organização do trabalho constitui o centro de gravidade da análise.

O sujeito é aqui visto dentro destas relações com o coletivo, sob duplo enfoque: dos procedimentos defensivos contra o sofrimento do trabalho, que justamente articulam as produções deste indivíduo aquela do coletivo; da ressonância

simbólica que articula o teatro privado da história A psicopatologia do trabalho

propõe um método de investigação clínico e teórico que tenta integrar singular do sujeito ao teatro atual e público do trabalho, abrindo assim uma problemática socialmente referenciada da sublimação e do prazer no trabalho. (DEJOURS, 1994:48)

A jornada de trabalho em conjunto com os demais fatores pode potencializar danos à saúde do trabalhador. Pois, nem sempre as jornadas de trabalho são respeitadas por parte da empresa.

Inúmeros estudos investigam relações entre as condições de trabalho e a encontro de doenças crônicas. A maior parte dos riscos advém do ambiente de trabalho.

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• O organismo do trabalhador não é um “motor humano”, na medida que é permanentemente objeto de excitações, não somente exógenas, mas também endógenas.

• O trabalhador não chega a seu local de trabalho como uma máquina nova. Ele possui uma história pessoal que se concretiza por uma certa qualidade de suas aspirações, de seus desejos, de suas motivações, de suas necessidades psicológicas, que integram sua história passada. Isso confere a cada indivíduo características únicas e pessoais.

• O trabalhador, enfim, em razão de sua história, dispõe de vias de descarga preferenciais que não são as mesmas para todos e que participam na formação aquilo que denominamos estrutura da personalidade.

2.3.2 Paradigma da Administração científica

Na história do desenvolvimento de recursos humanos, levando em conta a destaque da psicopatologia do trabalho, Taylor, Fayol e Ford (1978) desenvolveram o paradigma da administração científica, no qual administrar é um processo regulatório, com a função da modelagem do processo de produção em vista da realização de metas dentro de parâmetros de tempo e custo. A posse do Know-how é o meio que garante a competência requerida para o exercício da tarefa. Know-how é a capacidade de realizar a tarefa de acordo com o padrão de resultado e tempo definido pelo planejamento, ou seja, saber fazer aquilo que está prescrito.

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Contudo o trabalhador foi tomado como um ser divido em habilidades e traços de personalidade, o que possibilitou o aparecimento dos perfis profissiográficos que se tornaram o padrão de condições pessoais para o trabalho. Deu-se o nome de perfil para o conjunto de requisitos exigidos de um indivíduo para a realização de uma tarefa. Como as tarefas eram planejadas previamente, o perfil era definido pelos especialistas de Recursos Humanos e se formava no alvo dos programas de treinamento, que era um conjunto de atividades que propiciaria a pessoa à aquisição do Know-how para a realização da tarefa.

No paradigma da administração científica, o trabalhador é incluído em um circuito científico de produção, o que ele produz é cientificamente manipulado e controlado. A única preocupação desse paradigma de gestão é a produção. Assim, no taylorismo o trabalhador é excluído da sua condição de sujeito, a cientificação cala o trabalhador, vendo o homem apenas como um mero empregado, como se não existisse ninguém por trás daquela matéria, como se fosse uma máquina trabalhando exatamente como aquilo que foi prescrito, assim propiciando uma lesão por esforços repetitivos. O homem foi reduzido a gestos mecânicos.

De acordo com Almeida(1995), A Lesão por Esforço Repetitivo (LER), também conhecido como Distúrbio Osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT), é um conjunto de doenças que atingem músculos, tendões e membros superiores (dedos, mãos, punhos, antebraço, braços e pescoço) e tem relação direta com as condições de trabalho. São inflamações provocadas por atividades do trabalho que exigem do trabalhador movimentos manuais repetitivos, continuados, rápidos e ou vigorosos, durante um longo período de tempo. Alguns fatores podem prevenir essa lesão como, organização do trabalho, reduzindo a fragmentação e a repetição das tarefas permitindo maior controle do

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trabalhador sobre a sua atividade, estabelecendo pausas, quando e onde cabíveis, durante a jornada de trabalho para relaxar, distencionar, e permitir a livre movimentação, sem aumento do ritmo ou da carga de trabalho. Levando em conta que a capacidade produtiva de uma pessoa pode variar, e que essa capacidade varia de pessoa para pessoa.

No filme Tempos Modernos(1936), dirigido e interpretado por Charles Chaplin, é feita uma crítica aos métodos pensados por Taylor e Ford, é feita uma crítica a modernidade. No filme, Chaplin trabalha em uma fábrica, onde seu trabalho é mecanizado por completo, apenas visando o lucro, e deixando a subjetividade do trabalhador de lado. Dia após dia realizando a mesma tarefa, Chaplin após uma lesão por esforços repetitivos, surta e passa a viver “loucamente”. Dejours (1980) considerava o trabalho como um fator fundamentalmente enlouquecedor.

A relação do homem com a organização do trabalho é proveniente da energia psíquica do trabalho. Segundo Dejours (1994), Uma organização do trabalho autoritária, que não oferece uma saída apropriada à energia pulsional, conduz a um aumento da carga psíquica. Quando a relação do trabalhador com a organização do trabalho é bloqueada o sofrimento começa, a energia pulsional que não acha descarga no exercício do trabalho se acumula no aparelho psíquico, ocasionando um sentimento de desprazer e tensão. A Clínica mostra que tal energia não pode permanecer nele por muito tempo, e quando as capacidades de concentração são transbordadas, a energia recua para todo o corpo, nele desencadeando certas perturbações.

Em conseqüência disso as empresas foram reorientadas por uma política de modernização que poderia ser resumida em quatro elementos: competência, a tecnologia, a parceria e a flexibilidade. O parâmetro da capacitação não poderia mais ser o perfil, a

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capacitação deixava de ser o investimento no Know-how para o Know-why, pois sua realização exige que o trabalhador, antecipe os resultados para criar uma solução, ou seja, ele terá que pensar, se inserir como sujeito na tarefa. Assim não deixando o trabalho monótono, dificultando a possibilidade de surtos e ainda trazendo benefícios para empresa, pois todos os empregados pensando e trabalhando juntos, acabam criando melhores formas de desenvolver sua tarefa e conseqüentemente aumentando os lucros, pois como se diz na linguagem popular: “Várias cabeças pensam melhor que uma.”

A ausência de tarefas previamente programadas faz com que a capacitação tenha que assumir quase sozinha essa responsabilidade. Com a evolução de gestão, o trabalhador está próximo de ser reconhecido como sujeito que ele é dentro da empresa, pela sua condição ontológica. Assim ficando mais distante as chances do sofrimento no trabalho.

Diferenças entre a abordagem Clássica e a Teoria das Relações Humanas:

Teoria Clássica Teoria das Relações Humanas

-Trata a organização como máquina. -Enfatiza as tarefas ou a tecnologia. -Inspirada em sistemas de engenharia. -Autoridade centralizada.

-Linhas claras de autoridade.

-Especialização e competência técnica -Acentua a divisão do trabalho.

-Confiança nas regras e nos regulamentos.

-Trata a organização como grupo de pessoas.

-Enfatiza a pessoa.

-Inspirada em sistemas de psicologia. -Delegação de autoridade

-Autonomia do empregado. -Confiança e abertura.

-Ênfase nas relações entre as pessoas. -Confiança nas pessoas.

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2.4 Sofrimento Psicológico

Em situações normais de trabalho, é necessário examinar incidentes e acidentes cuja origem não se consegue jamais entender e que desestabilizam os trabalhadores mais experientes, isso vale para todas as situações de trabalho tecnicamente complexas que geram riscos para a segurança da pessoa ou do local. Nessas situações muitas vezes não há como o trabalhador saber se as falhas se dão por sua incompetência ou por irregularidades do sistema técnico. Essa dúvida é também a causa da angústia e de sofrimento, que tomam a forma de receio de ser incompetente, de não estar a altura ou de se mostrar incapaz de enfrentar algumas situações.

O trabalhador está sujeito a inúmeros sofrimentos psicológicos no trabalho, dentre eles existem trabalhadores que temem não satisfazer, não estar à altura das prescrições da organização do trabalho: imposições de horário, de ritmo, de formação, de informação, de aprendizagem, de nível de instrução e de diploma, de experiência, da rapidez de aquisição de conhecimentos teóricos e práticos e de adaptação à cultura ou à ideologia da empresa, as exigências do mercado, às relações com os clientes, os particulares ou o público etc.

O assédio moral segundo Hirigoyen é uma das grandes queixas na instituição, trata-se da exposição dos trabalhadores a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. É mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que prevalecem condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinados, desestabilizando a relação da

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vítima com o ambiente de trabalho e a organização, fazendo, muitas vezes, com que ele até desista do emprego.

Essa humilhação interfere na vida do trabalhador de modo direto, afetando sua identidade, dignidade e relações afetivas e sociais, causando danos à saúde física e mental, que podem evoluir para uma incapacidade laborativa, desemprego ou mesmo a morte, constituindo um risco invisível, porém concreto, nas relações e condições de trabalho.

Podemos falar também sobre assédio sexual, que é um tipo de coerção de caráter sexual praticada na maioria das vezes por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado, geralmente em local de trabalho. O assédio sexual caracteriza-se por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o trabalhador, com fundamento em sexo. Exemplos clássicos são as condições impostas para uma promoção que envolva favores sexuais, ou a ameaça de demissão caso o empregado recuse o flerte do superior.Geralmente a vítima do assédio sexual é a mulher, embora nada garanta que ele também não possa ser praticado contra homens.

Existem profissionais que trabalham durante todo o tempo sobre pressão, um exemplo são os controladores de vôo, eles trabalham em uma escala muito apertada, controlando uma grande quantidade de vôos, mas do que as normas internacionais de segurança permite. Os controladores tem uma enorme responsabilidade, é possível dizer que todos os dias, durante 24 horas tem em suas mãos centenas de vidas. No dia 17 de julho de 2007, houve um acidente com um avião da Tam que chocou todo o país. Nele o airbus A320 da Tam, com dezenas de passageiros, derrapou sobre a pista do aeroporto de Congonhas (São Paulo) e atingiu o prédio da própria empresa, provocando um incêndio de

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grande proporção. Houve diversas especulações sobre as causas do acidente, e foi diagnosticada a falta dos freios da aeronave. Os controladores alegavam que os pilotos não relataram nenhum tipo de problema com o vôo, mesmo assim grande carga de culpa foi jogada para eles, até porque 10 meses antes havia ocorrido um outro acidente aéreo também de grande proporção, onde um Boeing da Gol e um Legacy se chocaram a 37 mil pés de altitude sobre uma região de floresta entre Pará e Mato Grosso, matando 154 pessoas. Na ocasião os motivos do acidente eram desconhecidos, eles foram acusados e logo tal profissão que era um pouco conhecida, ficou em evidência. Foram feitas inúmeras investigações na torre de controle e com a equipe responsável por aquele vôo. Os controladores se justificavam afirmando que há uma zona cega, onde as aeronaves somem do radar e não há nenhuma maneira de controla-las.

A partir desse acidente os controladores não tiveram mais paz. Aproveitaram do destaque dado pela mídia para protestar contra as condições de trabalho. Eles decidiram controlar, no máximo, até 14 vôos por vez, criando nos aeroportos um caos, com inúmeros atrasos e cancelamentos de vôos.

Um outro exemplo de sofrimento na relação homem com seu trabalho, são as pessoas que por falta de opção trabalham sem nenhum registro na carteira de trabalho, geralmente são pessoas vivem de trabalhos temporários e trabalhos informais. Uma pesquisa feita no Data Folha (2005) relatou que essas pessoas tem grande dificuldade de conseguir algum trabalho fixo, pela grande quantidade de desemprego no Brasil ou até mesmo por falta de qualificação, e por isso vai vivendo com um trabalho aqui outro ali.

Esses trabalhadores, além de não terem direitos trabalhistas, ainda tem remuneração abaixo da média. Quando desempregados, tais trabalhadores não terão nenhum tipo de auxílio, e durante sua vida profissional ativa não tem nenhum tipo de

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benefício, somente aquilo que extrai como seu salário. Algumas dessas pessoas afirmam o medo que sente de no futuro estarem desamparadas, mas que também não há o que fazer, já estão de certa forma acostumadas com suas situações e que o maior temor mesmo, é que não consigam mais trabalhar pelas condições de saúde.

Outro fator que pode causar sofrimento na instituição é a falta de reconhecimento. Esse reconhecimento não é uma reivindicação secundária dos que trabalham, ele mostra-se decisivo na dinâmica da mobilização subjetiva da inteligência e da personalidade no trabalho, o que na psicologia conhecemos como “motivação no trabalho”, uma espécie de reforço positivo.

Quando a qualidade do meu trabalho é reconhecida, também meus esforços, minhas angústias, minhas dúvidas, minhas decepções, meus desânimos, adquirem sentido. Todo esse sofrimento, portanto, não foi em vão; não somente prestou uma contribuição à organização do trabalho, mas também fez de mim, em compensação um sujeito diferente daquele que eu era antes do reconhecimento. ( DEJOURS, 2006:34)

O trabalho se inscreve na dinâmica da realização do ego. A identidade constitui uma armadura da saúde mental. Não podendo gozar dos benefícios do reconhecimento do seu trabalho, o sujeito se vê condenado ao sofrimento.

2.4.1 Estresse

Qualquer situação incômoda no trabalho tende a gerar estresse. O estresse é a maior queixa dos trabalhadores de todos os ramos. Ele é uma condição dinâmica na qual o sujeito, confrontado com uma oportunidade, limitação ou demanda em relação a algo que

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deseja ao mesmo tempo percebe o resultado como importante e incerto, ele não é necessariamente ruim, tem um lado positivo, sobretudo quando oferece potencial de ganho. O estresse é associado a limites e demandas. Os limites impedem que se faça o que se deseja e as demandas implicam em perder aquilo que se almejava. Os sintomas físicos do estresse mais comuns são: fadiga, dores de cabeça, dores no corpo, palpitações, alterações intestinais, náusea, tremores e resfriados constantes. Os sintomas psicológicos são considerado os mais importantes. O estresse pode causar insatisfação, e quando relacionado com o trabalho, leva a insatisfação no trabalho. A insatisfação no trabalho é o efeito psicológico mais simples e óbvio do estresse, que se manifesta também por meio de outros estados psicológicos, como; tensão, ansiedade, irritabilidade, tédio e protelação.

Estima-se que o estresse no trabalho acabe custando caro para as empresas, pois facilitam a redução de produtividade, rotatividade, acidentes de trabalho, indenizações, além de despesas diretas com assistência médica, jurídica e com seguros. Pode causar mudanças de hábitos também na própria pessoas, como: mudança na alimentação, aumento do consumo de álcool ou tabaco, fala mais rápida, inquietação e distúrbios de sono.

Não há como eliminar o estresse da vida das pessoas, quer no trabalho, quer fora dele, porém existem técnicas para evita-lo ou até mesmo diminuí-lo na relação homem-trabalho. Qualquer tentativa de reduzir o estresse deve começar pela seleção dos funcionários, a fim de assegurar-se de que as habilidades do contratado são adequadas às demandas do trabalho. Quando as exigências são superiores à capacidade geram altos níveis de estresse; Deve-se haver também dentro da organização uma boa comunicação entre os funcionários, até mesmo uma boa relação com os funcionários que ocupam cargos superiores; Um programa de fixação de objetivos estabelece responsabilidades e oferece metas de desempenho claras. Caso se identifique o tédio ou a sobrecarga como fonte do

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problema, as tarefas podem ser revistas com o propósito de aliviar o excesso de trabalho. O replanejamento que oferece mais oportunidades de o trabalhador participar do processo decisório e maior apoio social parece reduzir os níveis de estresse.

O estresse associado a vida pessoal pode trazer dois problemas. Primeiro, é difícil de ser controlado pelo administrador. Segundo, envolve considerações éticas, mais especificamente é questionado pelos trabalhadores se o administrador tem o direito se influenciar ou interferir na vida pessoal do funcionário mesmo que de maneira sutil. Marques (2006) afirma que os programas de aconselhamento pode ajudar a reduzir as tensões individuais. O trabalhador pode sentir a necessidade de conversar com alguém sobre seus problemas e organização; Programas de atividades físicas é aconselhável para diminuição do estresse, ou seja, algumas empresas contratam profissionais para oferecer aconselhamento sobre exercícios físicos, técnicas de relaxamento e outras atividades cuja a prática permitirá ao funcionário controlar seu nível de estresse; E o programa de administração de tempo é um dos pontos mais importantes e que deve ser revisto pela empresa em caso de aparecimento de estresse em seus funcionários.

2.4.2 Síndrome de Burnout

Existe também uma síndrome relacionada ao trabalho, a síndrome de Burnout, que costuma ser confundida com o estresse. Esse termo é uma composição de burn (queimar) e out (fora), ou seja, traduzindo para o português significa “perda de energia” ou “queimar” para fora. Pessoas que adquirem essa síndrome têm reações físicas e emocionais, passando a apresentar um tipo de comportamento agressivo. Apesar de ser bastante semelhante ao estresse, o Burnout não deve ser confundido com o mesmo. O Burnout é

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muito mais perigoso para a saúde. No estresse existem maneiras de controlá-lo. Como exemplo, um trabalhador estressado quando tira férias volta bem melhor para o trabalho, mas isso não acontece com um trabalhador que esteja sofrendo a Síndrome de Burnout, assim que ele retorna ao trabalho os problemas voltam a surgir novamente.

De acordo com Farber(1991), O burnout é uma síndrome do trabalho, que se origina da discrepância da percepção individual entre esforço e conseqüência, percepção esta influenciada por fatores individuais, organizacionais e sociais.

Essa síndrome, mais especificamente falando é uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto e excessivo com as longas jornadas de trabalho, faz o indivíduo perder a sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixem de ter importância. O conceito de Burnout pode ser dividido em três dimensões: Exaustão, despersonalização e falta de envolvimento pessoal no trabalho. Ele está relacionado entre o que o trabalhador dá, ou seja, tudo aquilo que investe no trabalho, e o que ele recebe, isto é, reconhecimento de seus supervisores, de sua equipe de trabalho. Muitas vezes, o profissional dá tudo de si e não é valorizado, fazendo com que fique frustrado, tendo a sensação de inutilidade para com o trabalho. Um profissional que entra em Burnout, assume um comportamento de frieza com quem trabalha. As relações pessoais são cortadas, passam a agir como se estivessem em contato com objetos, também ocorre a perda da sensibilidade afetiva, deixando de se responsabilizar pelos problemas e dificuldades das pessoas que cuidam.

Qualquer trabalhador pode apresentar o Burnout, porém tal síndrome é mais comum em profissionais que trabalham em atividades onde se tenha responsabilidade pelo outro, seja por sua vida ou por seu desenvolvimento. Tal patologia aparece em profissionais que tenham contato interpessoal mais exigente, como é o caso dos profissionais que estão

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ligados na área da educação e saúde, carcereiros, atendentes públicos, funcionários que dentro da Organização exercem cargos de gerente, diretores e chefias.

2.5 Higiene e segurança do trabalho

Em conseqüência desses acidentes, é que se deve falar em Higiene do trabalho, que se refere a um conjunto de normas e procedimentos que visa a proteção da integridade física e mental do trabalhador, ela está relacionada com o diagnóstico e com a prevenção de doenças ocupacionais, pois objetiva a saúde e o conforto do trabalhador, evitando que o mesmo adoeça e se ausente provisoriamente ou definitivamente do trabalho.

A maior parte dos acidentes de trabalho é provocada por causas que podem ser identificadas e removidas, para que não continuem provocando novos acidentes.

Segurança e Higiene do trabalho são atividades interligadas que repercutem na produção e na moral dos empregados. Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas empregadas para prevenir acidentes, sua utilização é importante para o desenvolvimento satisfatório do trabalho, a maioria das empresas já estão criando seus próprios serviços de segurança.

Um profissional da área de segurança do trabalho tem que ter conhecimento nas seguintes disciplinas: Introdução à Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho, Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, Psicologia na Engenharia de Segurança, Comunicação e Treinamento, Administração aplicada à Engenharia de Segurança, O Ambiente e as Doenças do Trabalho, Higiene do Trabalho, Metodologia de Pesquisa, Legislação, Normas Técnicas, Responsabilidade Civil e Criminal, Perícias,

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Proteção do Meio Ambiente, Ergonomia e Iluminação, Proteção contra Incêndios e Explosões e Gerência de Riscos. A Segurança do trabalho é definida por normas e leis.

Os profissionais que trabalham com segurança no trabalho tem em suas mãos uma ferramenta importante que pode e deve ser utilizada, para prevenção de acidentes e doenças ocupacionais: A CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes), criada em 1944 no governo Getúlio Vargas, recebeu algumas modificações em 1999, ganhando seu espaço nas empresas brasileiras. A CIPA funciona como a higiene do trabalho, ou seja, trabalha com a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, promovendo a saúde do trabalhador, sua função é identificar riscos do processo de trabalho, elaborar planos de trabalho que evite acidentes, verificar periodicamente o ambiente de trabalho, as condições que os empregados estão trabalhando, alertar os trabalhadores quanto aos riscos e propor soluções quando for diagnosticado um risco.

Cabe ao empregador proporcionar aos membros da CIPA os meios necessários ao desempenho de suas atribuições, garantindo tempo para as suas tarefas constantes do plano de trabalho. A CIPA junto com a empresa cumprindo seus papeis, tende a apresentar ótimos resultados, minimizando os acidentes e doenças ocupacionais.

2.5.1 Técnicas para prevenção de acidentes

Existem algumas técnicas de prevenção de acidentes, por exemplo, em caso de trabalho operário, a empresa é obrigada a ceder todo equipamento de segurança gratuitamente em perfeito estado; é proibido um telefonista, um tele-operador, ou qualquer empregado que trabalhe fazendo ligações durante o expediente, trabalhar mais de 6 horas diárias; É prejudicial a saúde também um digitador com a carga horária extensa, mais de 6

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horas diárias também. Para cada profissão há um certo cuidado. O próprio trabalhador tem que ter certos cuidados em seu local de trabalho, não cometendo atos inseguros, como: Subir no telhado sem cinto de segurança contra queda, ligar tomadas de aparelhos elétricos com as mãos molhadas, dirigir em alta velocidade.

Existem também algumas condições inseguras, ou seja, descuidos no ambiente de trabalho, como fios desencapados, máquinas com estado precário de manutenção e andaime de obras feito com materiais inadequados. Estas situações devem ser revistas pela CIPA e pela empresa, a fim de tomar providências para tornar o ambiente seguro para o trabalhador.

Para a empresa é muito mais vantajoso investir em prevenção, pois além dos danos causados ao trabalhador, o custo de um acidente pode trazer inúmeros prejuízos.O acidente pode levar encargos com advogados, perda de tempo e diminuição na produção. Há casos de empresas que tiveram que fechar suas portas devido à indenização por acidentes de trabalho. Por isso é muito mais simples investir em prevenção e em regularização da segurança evitando futuras complicações.

2.6 Conseqüências dos trabalhadores acidentados

Quando o trabalhador passa por uma experiência de acidente de trabalho em que sua capacidade física ou mental foi afetada, sua reinserção no mercado fica dificultada por diversos aspectos. Em um livro de João Ferreira, houve um caso de uma operária que sofreu um acidente no trabalho e foi submetida a uma cirurgia, da qual resultou uma enorme cicatriz em sua face. Isto foi o motivo de rejeição nos setores de recrutamento e seleção.

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Hoje, o mercado de trabalho é muito restrito, há distinções por idade, aparência, escolaridade, experiências profissionais, local da residência, e algumas características pessoais. Para pessoas com alguma deficiência, tanto física como mental, o mercado é mais restrito ainda. Angerami (1984) relata em uma de suas bibliografias, um resultado que alcançou através de pesquisas no qual percebeu que o desgaste da saúde é um critério demissional oculto, o que na ,maioria das vezes o próprio trabalho é a principal causa desse desgaste.

Trabalhadores que foram ativos durante muitos anos, ao se depararem com uma invalidez decorrente de um acidente de trabalho contribuindo, conseqüentemente, para seu desemprego, passam por um imenso sofrimento psicológico, em muitos casos levando até a depressão e a uma tentativa de suicídio.

2.7 Modernização na organização

Com o passar dos anos e com a intenção de promover o bem estar dos trabalhadores, as organizações vem se modificando, acompanhando o avanço da tecnologia. Jayme Teixeira (2000) fala sobre desenvolvimento organizacional, que é um termo utilizado para englobar uma série de intervenções concernentes à mudança planejada, com base em valores humanísticos e democráticos que buscam melhorar a eficácia organizacional e o bem estar dos funcionários.

Esse paradigma aprecia o desenvolvimento humano e organizacional, os processos colaboradores e o espírito investigativo. O agente de mudança pode guiar o

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desenvolvimento, contudo, há forte ênfase na colaboração. Conceitos como autoridade,

controle, poder, conflito e coerção são poucos estimados por esses agentes. Os valores que dão base aos esforços relativos ao desenvolvimento

organizacional, segundo Tamayo (2002) são: Respeito pelas pessoas, pois elas são vistas como responsáveis e conscientes. É justo que as tratem com respeito; Confiança e apoio, a organização eficaz se mostra por um ambiente de confiança, autenticidade, abertura e apoio; Equalização do poder, pois a organização eficaz não destaca a autoridade e controle hierárquico; Confrontação, os problemas não precisam ser escondidos, mas sim abertamente confrontados; e Participação, pois quanto mais as pessoas afetadas por uma mudança participarem das decisões com elas relacionadas, mais vão se comprometer com sua implementação.

Contudo, hoje, a organização não deixou de visar os lucros, mas estão olhando com um olhar diferente para seus funcionários. A organização precisa de todos trabalhando e pensando juntos, para isso é necessário dar voz aos trabalhadores e investir nas estruturas física da organização.

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III- Conclusão

Foi identificado no decorrer do trabalho o conceito de sofrimento no trabalho, todos os fatores causadores deste mal e maneiras de eliminá-los ou minimizá-los. É considerado sofrimento no trabalho tudo aquilo que prejudica o sujeito em seu ambiente de trabalho, como: Acidentes de trabalho, “injustiça social, assédio moral, assédio sexual e outros.

A Revolução industrial foi a fase onde surgiu as maquinas modernas para substituir o trabalho manual, foi imposto ao trabalhador operar essas máquinas de forma mecanizada fazendo com que a subjetividade do sujeito no trabalho fosse colocada de lado.

O homem é tido como um ser humano que usando sua capacidade intelectual pode ir além de sua capacidade física. Atualmente, o trabalho é para o homem muito mais do que seu sustendo financeiro do dia a dia. O trabalho, é para o homem condição para seu bem estar, ele é condição para sua dignidade e cidadania. Com a falta do trabalho, o sujeito pode se sentir diminuído diante dos outros de sua espécie. É possível falar mais radicalmente que o trabalho é um fator que contribui em grandes proporções para a constituição do homem como sujeito que ele é dentro da sociedade em que ele vive. Por isso que o homem deve ser respeitado dentro do seu ambiente de trabalho, lugar onde normalmente ele permanece mais horas do que sua própria residência.

É possível falar de sofrimento psíquico usando o termo psicopatologia do trabalho. Há inúmeros fatores que contribuem para o sofrimento psicológico do trabalhador. Esse sofrimento mental é, na maioria das vezes, conseqüência de como o trabalho é organizado, pois para que o funcionário produza bem, é necessário que ele esteja motivado e para que a motivação predomine como estado diário do trabalhador é

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importante dar a ele boas condições de trabalho, tanto na estrutura física da empresa, como nos aspectos psicológicos que habitam a mesma. Por estrutura física deve-se cuidar da iluminação do local de trabalho, assim como da temperatura, do barulho e outros fatores. Por aspectos psicológicos é válido falar do sistema hierárquico que existe em qualquer empresa que é um fator, muitas vezes, causador de sofrimento. A forma como o poder é usado pode trazer danos psicológicos ao trabalhador, como também as modalidades de comando. A questão da responsabilidade também deve ser levada em consideração quando se fala de sofrimento psíquico, quando é atribuída grande responsabilidade sobre um só indivíduo, ele pode se tornar um trabalhador mais angustiado e estressado. Tal responsabilidade pode até prejudicar sua vida fora da organização, pois o homem tem dificuldades para dividir sua vida em duas: uma dentro do trabalho e outra fora, por isso acontece o adoecimento.

Quando há alguma falha no trabalho sem a clareza do motivo que levou a aquele erro, o trabalhador pode se sentir fracassado com sentimento de incompetência, o que é um fato causador de sofrimento, da mesma forma que funcionários que vivem na eterna angustia com medo de não estar a altura do seu cargo, medo de não satisfazer, por talvez terem um nível de diploma inferior a de outros funcionários ou até mesmo por terem menos experiência profissional.

A falta de reconhecimento na instituição é um fator que além do sofrimento causa a total desmotivação. Dejours (2006) já dizia que quando a qualidade do trabalho humano não é reconhecida então o sofrimento daquele homem foi todo em vão. O trabalhador pode ser dividido em duas fases: uma antes do reconhecimento e outra depois do reconhecimento. Ele é um aspecto que pode fazer toda a diferença na realização da tarefa.

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Pessoas que trabalham sem registro algum na carteira profissional e trabalhadores que sobrevivem de trabalhos temporários são funcionários que vivem em eterno conflito na sua relação com o trabalho, pois sabem que ganham aquele dinheiro correspondente ao seu salário, mas ao mesmo tempo estão cientes que a qualquer momento podem estarem desamparados, sem nenhum auxílio, sem algum direito trabalhista.

Uma das maiores reclamações dos trabalhadores é o estresse, que é uma composição de reações fisiológicas que em excesso ou com intensidade levam a um desequilíbrio no organismo. O estresse pode ser dividido em estresse crônico e agudo. O crônico é aquele que afeta a maioria dos trabalhadores sendo constante no dia a dia porém mais suave. O estresse agudo é mais intenso, porém de menor duração, sendo causado por situações traumáticas.

A síndrome de Burnout é também uma queixa dos trabalhadores, ela costuma ser confundida com o estresse. A Burnout é gerada após um período de trabalho excessivo, seu nome vem da combinação em inglês burn (queimar) e out (fora), que diz respeito a queima de energia. Ela mais especificamente falando se refere a um estado de exaustão, onde as pessoas que a adquirem passam a apresentar um comportamento agressivo, pois essas pessoas consomem-se físicamente e emocionalmente.

Foi se conscientizando da importância do trabalho para o homem e pensando na saúde do trabalhador que foi criada a Segurança e higiene do trabalho. Essas são duas técnicas que visam cuidar da integridade física e psicológica do homem na sua relação com o trabalho procurando identificar todas as causas de sofrimento e remove-las.

A segurança no trabalho trata-se de medidas de todas as espécies usadas para prevenir acidentes. Muitas empresas da atualidade já adotam as medidas de segurança no trabalho. Existem os profissionais dessa área que tem como compromisso promover a saúde

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na organização. A CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes) é um órgão que tem como função identificar todos os riscos a saúde do trabalhador na instituição e criar estratégias para que acidentes sejam evitados. Ela tem como tarefa a verificação do ambiente de trabalho, das condições nas quais os trabalhadores exercem suas tarefas e também promoção de medidas educacionais que conscientizam os funcionários sobre a segurança no trabalho. Este órgão funciona como propagador da higiene do trabalho através da prevenção de acidentes em defesa dos trabalhadores. O esforço desta comissão tende a gerar ótimos resultados, aumentando consideravelmente a qualidade das condições de trabalho. A CIPA então, tem função de excluir da instituição todos os focos de acidentes e todos os aspectos causadores de sofrimento.

Contudo, a empresa deve zelar por seus funcionários acima de tudo, pelo bem estar do colaborador visto como sujeito e também pelo bom funcionamento das normas da organização.

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IV - Referências Bibliográficas:

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Referências

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