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Foi identificado no decorrer do trabalho o conceito de sofrimento no trabalho, todos os fatores causadores deste mal e maneiras de eliminá-los ou minimizá-los. É considerado sofrimento no trabalho tudo aquilo que prejudica o sujeito em seu ambiente de trabalho, como: Acidentes de trabalho, “injustiça social, assédio moral, assédio sexual e outros.

A Revolução industrial foi a fase onde surgiu as maquinas modernas para substituir o trabalho manual, foi imposto ao trabalhador operar essas máquinas de forma mecanizada fazendo com que a subjetividade do sujeito no trabalho fosse colocada de lado.

O homem é tido como um ser humano que usando sua capacidade intelectual pode ir além de sua capacidade física. Atualmente, o trabalho é para o homem muito mais do que seu sustendo financeiro do dia a dia. O trabalho, é para o homem condição para seu bem estar, ele é condição para sua dignidade e cidadania. Com a falta do trabalho, o sujeito pode se sentir diminuído diante dos outros de sua espécie. É possível falar mais radicalmente que o trabalho é um fator que contribui em grandes proporções para a constituição do homem como sujeito que ele é dentro da sociedade em que ele vive. Por isso que o homem deve ser respeitado dentro do seu ambiente de trabalho, lugar onde normalmente ele permanece mais horas do que sua própria residência.

É possível falar de sofrimento psíquico usando o termo psicopatologia do trabalho. Há inúmeros fatores que contribuem para o sofrimento psicológico do trabalhador. Esse sofrimento mental é, na maioria das vezes, conseqüência de como o trabalho é organizado, pois para que o funcionário produza bem, é necessário que ele esteja motivado e para que a motivação predomine como estado diário do trabalhador é

importante dar a ele boas condições de trabalho, tanto na estrutura física da empresa, como nos aspectos psicológicos que habitam a mesma. Por estrutura física deve-se cuidar da iluminação do local de trabalho, assim como da temperatura, do barulho e outros fatores. Por aspectos psicológicos é válido falar do sistema hierárquico que existe em qualquer empresa que é um fator, muitas vezes, causador de sofrimento. A forma como o poder é usado pode trazer danos psicológicos ao trabalhador, como também as modalidades de comando. A questão da responsabilidade também deve ser levada em consideração quando se fala de sofrimento psíquico, quando é atribuída grande responsabilidade sobre um só indivíduo, ele pode se tornar um trabalhador mais angustiado e estressado. Tal responsabilidade pode até prejudicar sua vida fora da organização, pois o homem tem dificuldades para dividir sua vida em duas: uma dentro do trabalho e outra fora, por isso acontece o adoecimento.

Quando há alguma falha no trabalho sem a clareza do motivo que levou a aquele erro, o trabalhador pode se sentir fracassado com sentimento de incompetência, o que é um fato causador de sofrimento, da mesma forma que funcionários que vivem na eterna angustia com medo de não estar a altura do seu cargo, medo de não satisfazer, por talvez terem um nível de diploma inferior a de outros funcionários ou até mesmo por terem menos experiência profissional.

A falta de reconhecimento na instituição é um fator que além do sofrimento causa a total desmotivação. Dejours (2006) já dizia que quando a qualidade do trabalho humano não é reconhecida então o sofrimento daquele homem foi todo em vão. O trabalhador pode ser dividido em duas fases: uma antes do reconhecimento e outra depois do reconhecimento. Ele é um aspecto que pode fazer toda a diferença na realização da tarefa.

Pessoas que trabalham sem registro algum na carteira profissional e trabalhadores que sobrevivem de trabalhos temporários são funcionários que vivem em eterno conflito na sua relação com o trabalho, pois sabem que ganham aquele dinheiro correspondente ao seu salário, mas ao mesmo tempo estão cientes que a qualquer momento podem estarem desamparados, sem nenhum auxílio, sem algum direito trabalhista.

Uma das maiores reclamações dos trabalhadores é o estresse, que é uma composição de reações fisiológicas que em excesso ou com intensidade levam a um desequilíbrio no organismo. O estresse pode ser dividido em estresse crônico e agudo. O crônico é aquele que afeta a maioria dos trabalhadores sendo constante no dia a dia porém mais suave. O estresse agudo é mais intenso, porém de menor duração, sendo causado por situações traumáticas.

A síndrome de Burnout é também uma queixa dos trabalhadores, ela costuma ser confundida com o estresse. A Burnout é gerada após um período de trabalho excessivo, seu nome vem da combinação em inglês burn (queimar) e out (fora), que diz respeito a queima de energia. Ela mais especificamente falando se refere a um estado de exaustão, onde as pessoas que a adquirem passam a apresentar um comportamento agressivo, pois essas pessoas consomem-se físicamente e emocionalmente.

Foi se conscientizando da importância do trabalho para o homem e pensando na saúde do trabalhador que foi criada a Segurança e higiene do trabalho. Essas são duas técnicas que visam cuidar da integridade física e psicológica do homem na sua relação com o trabalho procurando identificar todas as causas de sofrimento e remove-las.

A segurança no trabalho trata-se de medidas de todas as espécies usadas para prevenir acidentes. Muitas empresas da atualidade já adotam as medidas de segurança no trabalho. Existem os profissionais dessa área que tem como compromisso promover a saúde

na organização. A CIPA (comissão interna de prevenção de acidentes) é um órgão que tem como função identificar todos os riscos a saúde do trabalhador na instituição e criar estratégias para que acidentes sejam evitados. Ela tem como tarefa a verificação do ambiente de trabalho, das condições nas quais os trabalhadores exercem suas tarefas e também promoção de medidas educacionais que conscientizam os funcionários sobre a segurança no trabalho. Este órgão funciona como propagador da higiene do trabalho através da prevenção de acidentes em defesa dos trabalhadores. O esforço desta comissão tende a gerar ótimos resultados, aumentando consideravelmente a qualidade das condições de trabalho. A CIPA então, tem função de excluir da instituição todos os focos de acidentes e todos os aspectos causadores de sofrimento.

Contudo, a empresa deve zelar por seus funcionários acima de tudo, pelo bem estar do colaborador visto como sujeito e também pelo bom funcionamento das normas da organização.

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