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O que um psicólogo pode fazer por mim? Diogo Desiderati (21)

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Academic year: 2021

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Índice Introdução

1- O que é um psicólogo?

2- O que não pode fazer um psicólogo? 3- O que então pode fazer um psicólogo? 3.1- E por mim?

4- Psicoterapia 4.1- Abordagens

4.2- Escolhendo a melhor para você 5- Conclusão

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Introdução

Olá! Meu nome é Diogo Desiderati, psicólogo formado pela Universidade Federal Fluminense, especialista em ansiedade e depressão, formado em teoria cognitivo

comportamental e pau pra toda obra.

Se você baixou esse livro é porque em algum momento da sua vida a ideia de se consultar com um psicólogo passou pela sua cabeça. A grande maioria das pessoas acredita ser capaz de lidar com seus problemas emocionais

sozinhas e acabam se vendo presas em ciclos infindáveis de sofrimento com momentos de melhora.

Essa montanha russa emocional, além de contraproducente pode ser evitada.

Você decidiu, ainda que por curiosidade, dar um passo na direção de conhecer mais sobre o profissional que se aperfeiçoou para lidar com as angústias humanas.

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E por isso você merece parabéns.

Mas a curiosidade clama por respostas e aqui pretendo dar algumas. Caso você deseje saber algo que não está contido neste livro, vai lá no meu Instagram e envie sua dúvida via direct. O Instagram é: @psidiogodesiderati. Afinal de contas, o que faz um psicólogo? O que estudam? Em que se formam? Onde vivem? O que comem? Aqui neste e-book pretendo responder (quase) tudo que você gostaria de saber sobre o que um psicólogo pode fazer por você.

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1- O que é um psicólogo?

Você certamente conhece o trabalho dos psicólogos, pelo menos da forma que a mídia mostra. Eles são famosos por ficarem sentados ouvindo às pessoas e tomando notas. Essa visão, embora se encaixe sim sobre a prática de alguns profissionais, com certeza não mostra a diversidade de atuações do psicólogo.

Se pudéssemos reduzir de forma bem prática o que é um psicólogo, poderíamos dizer que é um profissional que estuda o comportamento humano e tudo que o envolve, como aspectos culturais, fisiológicos, cognitivos e sociais.

Com essa definição podemos imaginar que um psicólogo pode agir em tantas áreas que isso pode trazer certa confusão.

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Então basta estudar o comportamento para ser um psicólogo? Claro que não, né pessoa. Para receber o título de psicólogo e atuar na área, a pessoa precisa se formar em psicologia em uma faculdade e se registrar junto ao Conselho Regional de Psicologia do estado onde pretende atuar.

“Mas Diogo, minha tia atende pessoas e não é formada em psicologia”.

É aí que começa a bagunça. O exercício da atividade psicoterapêutica não é exclusivo dos psicólogos.

O que isso quer dizer é que a terapia, no sentido amplo, se difere da psicoterapia

promovida por psicólogos. É por isso que temos exemplos de profissionais formados em áreas diversas e que, por fazerem cursos específicos acabam por realizar a atividade terapêutica, desde que não se apresentem como

psicólogos. Talvez o caso mais conhecido seja o dos psicanalistas.

Esses profissionais podem vir de vários caminhos de vida, mas que para exercerem a atividade

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psicanalítica passaram por um curso de formação e fizeram terapia, onde tiveram contato e experiência com o inconsciente. O “fim” desse processo de análise é o que permite o nascimento de um psicanalista. Confuso, eu sei, mas esse cenário está

mudando aos poucos, muito embora os cursos de psicanálise estejam

se popularizando, especialmente dentro das comunidades

religiosas, mas isso é algo sobre o que não cabe aqui discutir.

Em resumo, o psicólogo é uma pessoa

formada em psicologia, registrada no conselho regional para exercer a atividade que pode ser a psicoterapia ou não.

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2- O que não pode fazer um psicólogo?

Essa pergunta vem da confusão citada acima, afinal, se são tantos profissionais que podem cuidar da saúde mental das pessoas, então o que as difere?

Além da já citada formação específica e registro de classe, temos a prática em si. Nessa prática os “não fazeres” ajudam muito a diferenciar o psicólogo dos outros profissionais.

As restrições de atuação são tanto teóricas (por exemplo, temos linhas terapêuticas que caíram em desuso) quanto institucionais (o Conselho Federal de Psicologia tem uma lista de proibições que os psicólogos têm de observar).

Então, o que um psicólogo não faz?

O mais comum é as pessoas acharem que psicólogo pode passar remédio. Não, não podemos. Nem florais ou qualquer composto

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não aprovado pelo CFP. Quem prescreve medicamentos são os médicos, e, no caso de sofrimentos emocionais, o médico responsável é o psiquiatra.

O psicólogo deve observar o rigor científico da sua prática, ou seja, aquilo que é considerado terapia alternativa deve ficar fora do dia-a-dia do psicólogo. Exemplos são: Reiki,

aromaterapia, florais de Bach, homeopatia e o que mais o CFP considerar não científico.

Psicólogo faz hipnose? Há controvérsias, alguns praticam, mas a finalidade faz toda a

diferença. Muitas vezes me perguntaram se eu fazia hipnose e logo depois a pessoa

complementava: “Tipo regressão, né?”.

Hipnose de regressão

não é bem vista nem entre os hipnólogos, portanto cai no ramo das pseudociências. A prática do psicólogo envolve contato físico? Como finalidade, não. Isso quer dizer que, ainda que possamos tocar os pacientes como em apertos de mão ou até mesmo um abraço,

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se a finalidade da terapia é o toque, então está fora da nossa prática. São exemplos: massagens, massoterapia, shiatsu, pontos de pressão e auriculoterapia.

Veja que estou me limitando a falar de

atividades que podem ser executadas dentro de um ambiente terapêutico, mas não

psicoterápico. De forma alguma estou tirando o mérito ou questionando a validade dessas práticas, estou apenas citando o que

psicólogos não podem fazer. Eu não faço as regras, combinado?

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3- O que então pode fazer um psicólogo? Vixe, agora o assunto fica grande, então vou tentar ser o mais breve possível.

Basicamente o que um psicólogo faz vai

depender de vários fatores, mas o principal é a sua área de atuação.

E quais são as principais e mais conhecidas áreas?

• Educação • Saúde hospitalar

• Saúde Mental (na rede privada ou pública, como nos CAPs)

• Ensino • Recursos humanos • Assistência social • Tribunais/psicologia jurídica • Marketing • Psicoterapia

Como eu não sou qualificado para falar sobre a prática alheia, vou me limitar à minha praia: a psicoterapia. Mas darei mais detalhes sobre isso em um capítulo mais à frente.

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3.1- E por mim?

Apesar de a atuação do psicólogo determinar as técnicas empregadas e as elaborações variarem de acordo com o paciente, podemos definir um traço em comum: um psicólogo é uma cabeça pensante a mais para te ajudar a processar as coisas que acontecem ou aconteceram na sua vida. São um par de olhos que te ajudam a enxergar o

que você não consegue. São ouvidos que não possuem filtros e captam aquilo que não é dito. É um acolhimento sem julgamento. Acredite, dificilmente o que você nos dirá causará alguma surpresa, pois já ouvimos de tudo e somos treinados para acolher tudo, sem julgamentos, sem moralismos, tendo em vista única e exclusivamente a sua saúde e bem estar.

Além de tudo isso temos uma bagagem teórica que nos ajuda a interpretar o que

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ouvimos e vemos, dando um direcionamento e indicando a melhor forma de se alcançar a plena saúde emocional. Viu a importância de fazer terapia com alguém bem formado? Uma teoria mal compreendida pode direcionar o tratamento para resultados catastróficos. Não vamos tomar você pela mão e dizer o que você deve fazer. Se fosse assim você não teria problemas, pois tenho certeza que você tem à sua volta pessoas que sempre têm uma solução mágica para tudo.

Um bom psicólogo vai te ajudar a enxergar o invisível, ainda que óbvio, e assim você irá trilhar o próprio caminho.

Um bom psicólogo pode mudar sua vida de forma positiva. Um mau psicólogo pode trazer resultados bastante negativos.

Escolha bem o profissional, busque referências, entenda o percurso dele. Não se limite ao preço, pense no valor agregado àquela cifra. Mas como avaliar essas coisas sem saber melhor como funciona a psicoterapia?

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4- Psicoterapia

A psicoterapia se refere à prática

majoritariamente clínica do psicólogo. Nela ele emprega teorias e técnicas para alcançar o objetivo final, que é a melhora da saúde emocional do paciente.

Temos aí duas palavras chave: teorias e técnicas. A segunda está completamente vinculada à primeira, ou seja, dependendo do percurso de formação do psicólogo você pode ter atuações práticas muito distintas. Isso torna uma teoria mais “correta” ou “verdadeira” que outra? Não, afinal os seres humanos são diversos demais para existir uma teoria unificada para explicar todos os

fenômenos da existência humana.

É como bolo de chocolate: existem muitas receitas, mas o objetivo final é o mesmo, fazer um bolo de chocolate. No nosso caso o

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objetivo é a saúde mental do paciente. Mantendo a analogia, as teorias (ou

abordagens) são como as receitas e cada cozinheiro segue uma escola, igualmente comprometida com a ciência e a veracidade do que emprega.

4.1- Abordagens

As abordagens podem ser entendidas como grandes escolas de pensamento com que englobam escolas menores, mas que possuem a mesma base filosófica/científica.

Isso quer dizer que você pode encontrar um psicólogo que atende pela psicanálise Freudiana, Lacaniana ou Junguiana. Assim como você pode encontrar um psicólogo que atenda de acordo com a teoria

comportamental, mas que siga a teoria dos esquemas, a teoria de Beck ou da psicoterapia comportamental breve.

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Não posso fazer uma lista completa das teorias disponíveis para explicar ou entender o

comportamento humanos, pois, assim como a existência humana está em constante

mudança, também estão as teorias.

Algumas entram em desuso, outras surgem para logo serem abandonadas por não

encontrarem confirmação na prática, enfim, é uma lista tão longa, variada e mutável que seria impossível criar um catálogo fiel e atualizado aqui.

Então é uma zona, certo? Claro que não, né. Psicanálise

Freud

Lacan

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Mas ser psicólogo implica tomar decisões que vão afetar toda sua carreira.

Vou usar como exemplo o meu percurso. Meu primeiro contato com a psicologia foi através de um documentário

que falava sobre Freud. Eu era moleque, mas me interessei de cara pelo que aquele barbudo tinha pra dizer. Passados

alguns anos e eu resolvi fazer faculdade de psicologia, pois queria aprender sobre essa tal psicanálise. Porém, meu desencanto foi tanto com a teoria que eu acabei me vendo me aproximar mais e mais de uma visão mais científica e menos filosófica.

Foi como eu descobri a teoria cognitivo comportamental e me encantei com sua forma de pensar resoluções para o sofrimento humano. E dentro dessa grande escola (teoria cognitivo comportamental) eu me aproximei mais da escola de pensamento de Beck,

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sendo hoje essa a teoria que guia meus atendimentos.

4.2- Escolhendo a melhor para você Quando você entra em contato com um psicólogo para saber mais sobre o

atendimento, não está na ponta da língua perguntar qual a abordagem do profissional. Quando me perguntam é por que ou o

psiquiatra indicou uma abordagem específica ou a pessoa trabalha na área.

Mas essa pergunta deveria ser comum. A abordagem determinará vários aspectos da sua terapia, tais como forma de ouvir, tarefas, atividades, técnicas, interpretações e,

principalmente, a eficácia em relação ao objetivo. Por exemplo, a TCC é a queridinha dos psiquiatras, pois é focada em problemas pontuais, como ansiedade ou depressão. Já linhas como a psicanálise e a teoria humanista mostram grandes resultados quando o objetivo é a auto descoberta e resolução de conflitos internos que exigem muita reflexão.

Vale também salientar que nem todo

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com o auxílio de um psicólogo. Tenha em mente que quadros mais severos como a esquizofrenia, alguns quadros depressivos mais profundos, transtornos de espectro autista, e muitos outros exigem o acompanhamento de mais de um profissional, tais como psiquiatras, psicopedagogos ou neurologistas.

Pergunte, entenda, não precisa se aprofundar, mas se você gasta um tempo pesquisando sobre o shampoo que vai usar ou a melhor marca de óleo para colocar no carro, por que não pesquisar sobre a melhor forma de acabar com seu sofrimento emocional, sabendo o que guia o profissional que vai cuidar de você?

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A psicologia é uma ciência incrível e não deixe que te digam o contrário. Ela pode trazer benefícios infinitos para a sua vida, mas para isso é importante que você saiba escolher o profissional que vai cuidar de você.

Busque referências, pergunte quando você estiver buscando informações de atendimento, pergunte a quem você conhece que já faz terapia, siga os profissionais nas redes sociais, se possível, enfim, encare essa escolha com o mesmo compromisso que você tem ao tomar qualquer decisão importante em sua vida.

Referências

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