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2.CONTEXTULIZAÇÃO ÁREA DE ESTUDO

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Academic year: 2021

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A CONSTITUIÇÃO DA FORMA URBANA NO EIXO ESTRATÉGICO ANHANGUERA:

OS SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES E A TRANSIÇÃO DA URBANIZAÇÃO

TRADICIONAL PARA URBANIZAÇÃO DISPERSA E FRAGMENTADA

Giovanna Fiorante Pizzol Prof. Dr. Wilson R. dos Santos Júnior

Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Grupo de pesquisa: Requalificação Urbana

CEATEC CEATE

giovanna.fp1@puccampinas.edu.br wilson@puc-campinas.edu.br

Resumo: Este plano de trabalho de Iniciação

Cientí-fica teve como fundamento a análise das relações entre os sistemas de espaços livres e a forma urbana na Região Metropolitana de Campinas. Pretende-se estudar a transição da urbanização tradicional para a urbanização dispersa e fragmentada no Eixo Estraté-gico Anhanguera (Eixo de desenvolvimento e requali-ficação proposta pela prefeitura municipal de Campi-nas), entre os entroncamentos da via Anhanguera com a rodovia Santos Dumont e o da via Anhanguera com o anel viário Magalhães Teixeira, destacando o papel das rodovias enquanto estruturadoras do terri-tório e seus impactos quanto acessibilidade, mobili-dade e aproveitamento de espaços livres. Além dis-so, pretende-se estudar a tendência de urbanização dos espaços livres presentes na área. Na margem direita deste Eixo no sentido Capital –Interior obser-va-se, a transição da urbanização tradicional encon-trada nos tecidos mais adensados das cidades brasi-leiras para a urbanização dispersa e fragmentada que caracteriza a urbanização atual no território me-tropolitano campineiro. Encontram-se, permeados no território entre os bairros consolidados e os pontos de conurbação com a área urbanizada do município de Valinhos, espaços livres de grandes proporções que são delimitados pelo Anel Viário Magalhães Teixeira que se constitui simultaneamente numa barreira para a conexão entre as áreas urbanizadas e num eixo linear de indução para a implantação de condomínios fechados dos lados da via. Pretendeu-se analisar a configuração da forma urbana neste território delimi-tado enfocando a transição rural urbano, o papel da rodovias enquanto estruturadoras do território tanto na escala metropolitana como na escala local, pois o sistema rodoviário impulsiona o espalhamento da urbanização, atraindo equipamentos de grande e pe-queno porte que induzem à formação de condomí-nios.

Palavras-chave: Sistemas de espaços livres, forma

urbana, dinâmicas sociais metropolitanas.

Área do Conhecimento: Ciências Sociais Aplicadas – Arquitetura e Urbanismo – CNPq.

1.INTRODUÇÃO

O objetivo deste Plano de Trabalho de Iniciação Ci-entífica foi analisar a configuração da forma urbana no Eixo Anhanguera, através de estudos comparati-vos dos diferentes tipos de urbanização estudados, observando os padrões de densidades de ocupação, tipologias, implantação nos lotes, usos previstos e mobilidade na área.

A metodologia adotada para a realização do presente trabalho consistiu em diferentes abordagens de estu-do, tanto na escala metropolitana quanto na escala local, as quais se dividiram em pesquisa histórica, a fim de contextualizar a região em estudo aos fatores da urbanização e análises críticas e comparativas, a fim de entender o processo de crescimento da Regi-ão Metropolitana de Campinas (RMC).

Foi estudado o processo de urbanização de Campi-nas, analisando em seguida uma das regiões que mais possui áreas livres e com grande potencial de transformação, com enfoque na urbanização con-temporânea, dispersa e fragmentada. Esse estudo se deu através de revisões bibliográficas, análises car-tográficas e levantamentos de dados sobre a área sobretudo junto à Prefeitura Municipal de Campinas, EMPLASA SA e AGENCAMP.

2.CONTEXTULIZAÇÃO ÁREA DE ESTUDO

O fato do objeto de estudo localizar-se no Eixo Estra-tégico Anhanguera, estar inserido em um sistema de espaços livres, estar diretamente em contato com o Aeroporto Internacional de Viracopos , alvo de inves-timentos do Governo Federal, e abrigar diferentes tipos de paisagens urbanas, fazem dele um cenário de reflexão, onde podem ser discutidas as diretrizes de utilização dos espaços livres e as políticas de ur-banização, diante do desenvolvimento de Campinas e sua configuração sócio espacial.

A área em estudo localiza-se na macrozona 4, zona de urbanização onde estão os bairros com maior in-tensidade de ocupação e verticalização, apresentan-do diferentes graus de adensamentos e diversifica-ção de usos. É dividida em 16 áreas de planejamen-tos, sendo as estudadas: AP 23, 24 e 31.

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As APs citadas acima estão localizadas na antiga Fazenda Jambeiro (séc. XIX), uma sesmaria da Fa-zenda Sete Quedas. Inicialmente ocupada por lavou-ras de cana e engenhos de produção de açúcar, a Fazenda Jambeiro teve destaque entre os latifúndios campineiros por sua vasta produção cafeeira. Ao longo do século XX foi adquirida por outros proprietá-rios que a tornaram uma fazenda de produção mais diversificada. As transformações ocorridas com seu loteamento em 1976 por pouco não levaram a sede da fazenda, uma importante edificação, à ruína, bem como a área ao seu redor. Somente mais recente-mente, sobretudo com a abertura de estudo de tom-bamento do local pelo Condepacc (Conselho de De-fesa do Patrimônio Cultural de Campinas) em 1989 e sua efetivação em 1993, é que a Prefeitura Munici-pal, atual proprietária da sede da fazenda, vem bus-cando soluções para sua preservação.

Desde que foi tombada e passou a ser propriedade da Prefeitura, a casa projetada por Ramos de Azeve-do vem senAzeve-do dilapidada. O Condepacc decidiu que as ruínas deveriam ser mantidas como um sítio ar-queológico que propiciasse visitações e pesquisas. Segundo a historiadora Daisy Ribeiro, da Coordena-doria Setorial do Patrimônio Cultural (CSPC), a pro-posta do conselho é que a área remanescente da fazenda seja transformada em um espaço de estudo, buscando-se conhecer através de sua trajetória um pouco mais das relações sociais e culturais construí-das nos limites de Campinas. (CSPC 2009).

Os processos de segregação sócio espacial na Re-gião Metropolitana de Campinas são mais complexos que na metrópole industrial tendo em vista sua inser-ção como um dos pólos da Megalópole do Sudeste (nova estrutura territorial policêntrica, onde se con-centram os maiores investimentos de capitais). Ob-serva-se a ineficácia da legislação no controle da expansão urbana. O sistema de espaços livres públi-cos apresenta distribuição desigual no espaço me-tropolitano e no município sede, com problemas de carência e de ociosidade. Na metrópole campineira existem apenas fragmentos dispersos de matas nati-vas, mas as Áreas de Preservação Permanente ru-rais tendem a estabelecer um sistema mais conecta-do. A urbanização contemporânea, fragmentada e de baixa densidade, onde predominam loteamentos fe-chados implicam em altos custos econômicos, soci-ais e ambientsoci-ais, com fortes conseqüências na esfe-ra pública, geesfe-rando novas formas de sociabilidade com diferentes graus de restrição. [1}

A AP23, é caracterizada por uma ocupação consoli-dada e glebas não ocupadas, além disso conta com um sistema viário descontínuo, através de barreiras

físicas, como a rodovia e a ferrovia desativada. A AP24, é caracterizada pela urbanização de bairros com rendas variadas e um sistema viário descontí-nuo também. Já a AP 25 conta com uma urbaniza-ção de baixa renda. A AP31 é formada por lotes e glebas vazios, sendo a junção de ‘pedaços’ de fa-zendas. Faz divisa com Valinhos, e por enquanto seu uso é destinado à chácaras com produção agrícola.

3. ESTUDO DE CASO: A URBANIZAÇÃO TRADICIONAL E OS ESPAÇOS LIVRES ‘PRESSIONADOS’ PELA URBANIZAÇÃO CON-TEMPORÂNEA

Assim como toda a RMC, a macrozona 4 possui suas diretrizes específicas para o projeto de melhoramen-tos, destacadas no Plano Diretor de 2006 (art. 28 da Lei Complementar n°15/2006) [2], sendo estudadas nesse artigo somente as que se aproximam da área em estudo, entre elas:

– orientar a ocupação urbana levando em conta a infra–estrutura e o adensamento, através de eixos estruturadores;

– consolidar sub–centros;

– revitalizar o centro, estabelecendo regras para a mescla de usos com incentivo especial para habita-ção, hotéis e atividades culturais noturnas;

– priorizar investimentos públicos para as áreas com carência de infra–estrutura;

– controle do parcelamento e do adensamento na AP 31;

– permitir o adensamento nas UTBs 20, 55, 56, 57,58, 60 e 61, ou seja, MZ4;

– restringir o adensamento e a instalação de ativida-des poluidoras na Bacia do Córrego Samambaia (AP 25);

– implantação de parques temáticos nas APS 23, 24 e 25.

Pode-se perceber através de imagens do Google Earth que a urbanização contemporânea não segue as mesmas diretrizes seguidas pelos bairros de ur-banização tradicional, pois o Jardim Nova Europa e os bairros a norte possuem um traçado regular, retilí-neo e organizado, seguindo um contínuo sistema viário local. Já os bairros de urbanização contempo-rânea são implantados de acordo com os interesses do mercado imobiliário, visando a ampliação dos lu-cros, gerando assim, espaços confinados, com sis-tema viário problemático e descontínuo, além de ge-rar uma desconfiguração no traçado urbano, tanto na questão de gabaritos quanto na questão de desenho da forma urbana.

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Figura 1:Área de estudo em 2005- Google Earth. Sistema de

espaços livres: Giovanna Pizzol.

Figura2 : Área de estudo em 2012- Google Earth. Sistema de espaços livres: Giovanna Pizzol.

Na primeira imagem pode-se verificar uma maior quantidade de lotes vazios, enquanto na segunda imagem é possível identificar esses mesmo lotes, já ocupados, como por exemplo os condomínios de edifícios ao longo da rodovia Anhanguera, próximos ao Parque Jambeiro, empreendimentos imobiliários (Minha Casa Minha Vida, iniciados em 2010) com aproximadamente 500 unidades habitacionais cada. Para o ano de 2012 estavam previstas aproximada-mente 8000 unidades soaproximada-mente nessa área entre o Jardim Nova Europa e o anel viário Magalhães Tei-xeira, são condomínios das empresas MRV, ROSSI, PDG, entre outras. De acordo com o Plano de Estru-turação Urbana para a região Centro-sul de Campi-nas proposto pela Prefeitura Municipal, ficava sob a responsabilidade das empresas imobiliárias o cum-primento de algumas diretrizes, como por exemplo não prejudicar o transito nas rodovias próximas aos empreendimentos, levando os fluxos às vias arteriais já existentes e à criação de novas vias, além disso, deveriam ser criadas ligações sobre as rodovias, que levassem pedestres ao outro lado da cidade com segurança.

Já no entroncamento da Rodovia Anhanguera com a Rodovia Santos Dumont, percebe-se uma área de serviços e comércios, enquanto no deslocamento desse entroncamento até o entroncamento da rodo-via Anhanguera com o Anel Viário Magalhães Teixei-ra, percebe-se predominantemente usos residenci-ais, horizontresidenci-ais, resultantes da urbanização tradicio-nal, e verticais ou horizontais murados e desconexos, resultantes da urbanização contemporânea. Em meio a esses usos residenciais, encontram-se alguns pó-los de logística, localizados à beira da Anhanguera, além de lotes vazios, que possivelmente serão ‘do-minados’ por essa urbanização descontínua.

Como metodologia de estudo essa área foi caracteri-zada como um Compartimento de Paisagem. Procu-rando comparações e diferentes características divi-dimos esse compartimento em unidades de paisa-gens, utilizando como critérios o desenho urbano, tipologias, usos e espaços livres. Surgiram outros critérios que levaram às subunidades como: as análi-ses da quadra, lote/edifício/recuos, sistema viário, arborização, espaços públicos, produção de habita-ção e tipo de urbanizahabita-ção, proporcionando um deta-lhamento em outra escala [3}

“Define-se aqui uma ‘macrounidade’ denomi-nada Compartimento de Paisagem, que con-tém as Unidades de Paisagem específicas. Nosso objetivo na criação do termo é apenas deixar clara a necessidade de relacionar as escalas trabalhadas, uma vez que o trabalho apresenta uma dimensão metropolitana. Po-de-se afirmar que ao menos quatro escalas foram trabalhadas para a compreensão do recorte estudado: a) Escala Metropolitana; b) Escala dos Compartimentos de Paisagem; c) Escala das Unidades de Paisagem e d) Es-cala de Intervenção Local. No presente artigo apresentamos detalhadamente as duas esca-las intermediárias.”[4]

Figura3:Compartimentos de Paisagem- Google Earth: Gio-vanna Pizzol.

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A partir de cada compartimento, estabeleceram-se recortes denominados Unidades de Paisagem, que se caracterizam por semelhantes tipologias diante dos diferentes tipos de urbanização.

A Unidade 01 é caracterizada como uma forma tradi-cional, bairro com traçado retilíneo e ortogonal, onde as quadras são predominantemente de uso residen-cial. Os lotes são grandes, em média 10x30m; as edificações são térreas com recuos laterais e fron-tais; as ruas são pavimentadas e arborizadas, sendo 7m de leito carroçável e 3m de cada lado da calçada e o comércio é localizado nas principais avenidas. Essa unidade é uma das únicas que apresenta espa-ços de uso público, sendo assim pouco adensado, é o Jardim Nova Europa, que pode ser considerado como uma paisagem homogênea.

Figura 4: Unidade 01- Google Earth: Giovanna Pizzol. A Unidade 02 é caracterizada como pólo industrial e logístico, às margens da rodovia Anhanguera, em conurbação com o Jardim Nova Europa e o Parque da Figueira. Já a Unidade 03 é dividida em 3A e 3B, sendo ambos caracterizados como a transição da urbanização tradicional para a urbanização contemporânea. A Unidade 3A, refere-se ao Parque da Figueira, enquanto a 3B refere-se ao Parque Jambeiro e Chácaras San Martinho. Ambos possuem quadras predominantemente residenciais e edificações com recuos somente frontais. A 3A, possui lotes grandes 10x30m; ruas pavimentadas, sendo 7m de leito carroçável e 3m de cada lado da calçada, assim como na Unidade 01. Apresenta es-paços públicos, porém são residuais, os quais vêm sendo ocupados por condomínios, indústrias e logís-ticas. Setor pouco adensado com perceptível conti-nuidade do bairro tradicional, porém com fortes influ-ências da urbanização contemporânea, podendo ser caracterizado como bairro tradicional contemporâ-neo. A Unidade 3B, possui lotes grandes 10x25m; ruas pavimentadas, sendo 7m de leito carroçável e

2,5m de cada lado da calçada. Apresenta lotes vazi-os, quadras circundadas por espaços públicos resi-duais, descontinuidade do sistema viário. Setor pou-co adensado, pou-com áreas de vacância, podendo ser caracterizado como bairro contemporâneo fragmen-tado.

Figura 5:Unidade 03- Google Earth: Giovanna Pizzol. A Unidade 04 é caracterizada pela forma urbana re-sultante da urbanização contemporânea dispersa, refere-se ao Parque Prado, possuindo quadras pre-dominantemente residenciais com avenidas de 15m de largura e calçadas de 2m de cada lado, deixando nítida a diferença de urbanização. Aqui o carro é prio-rizado, e as calçadas quase desaparecem. Apresen-ta apropriação de espaços públicos por condomínios e quadras circundadas por espaços públicos residu-ais. Nesse caso, o tipo de urbanização deixa de ser o de bairro, e passa a ser o de condomínios murados. A Unidade 4A é mais adensada por se tratar de domínios verticais, enquanto a 4B se trata de con-domínios horizontais, sendo então adensado quando comparado às Unidades 01 e 03 e menos adensado quando comparado à 4A.

: Azul claro- Unidade 4A/ Azul escuro- Unidade 4B. Unidade 04- Google Earth: Giovanna Pizzol.

A Unidade 05 é caracterizada como urbanização con-temporânea dispersa e fragmentada,apresentando forma urbana híbrida que serefere ao Jardim Santa Judith, possuindo desenho urbano totalmente

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irregu-lar, uso predominantemente residencial, com alguns comércios e serviços locais, a tipologia muda, em sua maioria são chácaras implantadas em lotes bem maiores, gabaritos de um a três pavimentos, sistema viário totalmente descontínuo, contando com presen-ça de estradas de terra. As edificações ficam em meio aos espaços livres, os quais têm tendência em seguir essa urbanização dispersa. Essa área pouco adensada pode ser caracterizada como parcelamen-to rural.

Figura 9: Unidade 05- Google Earth 2005: Giovanna Pizzol.

Figura 10:Unidade 05- Google Earth 2012: Giovanna Pizzol. Do outro lado da Rodovia Anhanguera, encontra-se o Parque Oziel e uma área livre que seria destinada à arena multiuso (projeto), a qual causaria significativo impacto ao sistema viário e impulsionaria a ocupação das áreas livres do outro lado da Anhanguera (área de estudo), que já vem sendo impulsionada pelas ocupações ao seu redor, como os condomínios e loteamentos presentes entre Valinhos, Parque Prado e Parque Jambeiro. Porém com a implantação dessa arena multiuso, a ocupação seria destinada à áreas comerciais, gerando maiores conflitos.

As rodovias podem ser consideradas como barreiras, quando é analisado o desenho da malha urbana, porém quando se analisa o processo de ex-pansão urbana, é nítido que essa exex-pansão se deu através das rodovias e ao papel fundamental dado à elas. A ocupação lindeira à Anhanguera é mais dis-putada devido ao caráter da via, sendo uma via aber-ta com diferentes acessos à bairros e municípios. Enquanto as rodovias dos Bandeirantes e Magalhães Teixeira possuem caráter de via fechada, sem aces-sos a bairros. Já a Rodovia Santos Dumont, apresen-ta um caráter diferenciado, não é fechada nem aber-ta quanto a Anhanguera, apresenaber-tando alguns pon-tos de acesso, além da ligação com o aeroporto de Viracopos, o qual impulsiona uma tendência de ocu-pações ao longo da rodovia, ocuocu-pações essas desti-nadas à serviços relacionados ao aeroporto e à seus clientes.

Percebe-se duas tendências de urbanização nessa área, uma delas são os condomínios murados, que vem crescendo expressivamente, ‘dominando’ a pai-sagem urbana e os espaços públicos existentes. Ou-tra tendência, são as indústrias, hoje logísticas, à beira da rodovia Anhanguera. Não é uma tendência ou outra, são ambas acontecendo simultaneamente. Além disso, nessa análise é possível identificar a transição das urbanizações, tradicional para a con-temporânea, assim como a contemporânea para a dispersa e fragmentada.

Essa expansão sem diretrizes urbanísticas causa impactos na mobilidade local e regional, na organiza-ção da malha urbana, ‘pressionando’ os espaços li-vres existentes nessa região. Ao mesmo tempo em que as rodovias estruturam o território regional e me-tropolitano, impulsionam o espalhamento da urbani-zação, que ocorre de maneira dispersa e fragmenta-da [5]). Um dos resultados deste modelo de urbani-zação é um extenso sistema de espaços livres em meio à área urbana - de toda a mancha urbana de Campinas, 20% são espaços livres.

AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer ao orientador Prof. Dr. Wilson R. dos Santos Junior, pela oportunidade e pela con-fiança ao longo do trabalho, além do aprendizado nesse ano de trabalho. Agradeço também à colega de pesquisa Fernanda Fidelis Steinberg, ao CNPq pelo apoio da Bolsa IC PIBIC; à FAPESP pelo apoio ao Projeto temático OS SISTEMAS DE ESPAÇOS LIVRES NA CONSTITUIÇÃO DA FORMA URBANA CONTEMPORÂNEA NO BRASIL: PRODUÇÃO E APROPRIAÇÃO – QUAPÁ-SEL II, ao qual a pesqui-sa em andamento é contributiva.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] Santos Junior, W. R.; Merlin, José R. ; Queiroga, Eugenio. F. (2009). Estatuto da Cidade e Planos Di-retores: limites dos instrumentos de planejamento frente à urbanização dispersa e fragmentada. In: XIII ENANPUR Encontro Nacional da ANPUR, 2009, Flo-rianópolis SC. Anais XIII ENANPUR Planejamento e Gestão do Território: escalas, conflitos e incertezas. Florianópolis SC : UFSC, 2009. v. único. p. GT14857222008.

[2] PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS (2006). Plano Diretor Participativo de Campi-nas.SEPLAMA.

[3] Macedo,Silvio S. (2012) (org) Projeto Temático FAPESP “ Os Sistemas de Espaços Livres na Consti-tuição da Forma Urbana Contemporânea no Brasil: Produção e Apropriação QUAPÁ-SEL II. FAPESP. [4] Tangari,Vera; Manetti, Claudio; Magalhães, Jona-thas (2011). Compartimentos e Unidades de Paisa-gem: método de leitura da paisagem aplicado à linha férrea.São Paulo.

[5] Santos Junior, W. R. (2009). A configuração atual, os conflitos e as potencialidades das transformações sócio - espaciais na Região Metropolitana de Campi-nas.. In: 53 º ICA Congresso Internacional de Ameri-canistas, 2009, Ciudad de México. 53 º ICA Congres-so Internacional de Americanistas. Ciudad de México México : Universidad Iberoamericana, 2009. v. CD.

Referências

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