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movimento & saúde REVISTAINSPIRAR Volume 3 Número 6 novembro/dezembro de 2011

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Volume 3 • Número 6 • novembro/dezembro de 2011

movimento & saúde • REVISTA

INSPIRAR

Revista Eletrônica Inspirar [recurso eletrônico] - Curitiba: R454 Faculdade Inspirar,

Bimestral, v. 3, n. 6, nov/dez 2011-ISSN 2175-537X

Modo de acesso: www.inspirar.com.br 1. Saúde - Periódicos.

CDD 610 CDU 614

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REVISTA

INSPIRAR • movimento & saúde

Volume 3 • Número 6 • novembro/dezembro de 2011

A REVISTA

A Revista Eletrônica da Inspirar é um periódico de acesso aberto, gratuito e bimestral, destinado à divulgação arbitrada da produção científi ca na área de Ciências da Saúde, de autores brasileiros e de outros, contribuindo, desta forma, para o crescimento e desenvolvimento da produção científi ca.

MISSÃO

Publicação de artigos científi cos que contribuam para a expansão do conhecimento da área da saúde, baseados em princípios éticos.

OBJETIVO

Propiciar meios de socialização do conhecimento construído, tendo em vista o estimulo à investigação científi ca e ao debate acadêmico.

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Volume 3 • Número 6 • novembro/dezembro de 2011

movimento & saúde • REVISTA

INSPIRAR

CONSELHO EDITORIAL

Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin – SP Alonso Romero Fuentes Filho – SC

Álvaro Luiz Perseke Wolf – PR Ana Francisca Kleiner-SP Ana Maria Cardoso Cepeda - PR

Ana Paula Rodrigues - PR Andrea Cristiane Janz Moreira - RS

César Antonio Luchesa – PR Dulce Satori-SP Eduardo Ferro - SP Eliana Portella Carzino – PR Evelise Guimarães da Silva – SP

Fabiana Carvalho-PR Fernando Henrique de Sousa - SP Gilian Fernanda Dias Erzinger - PR

Janaina Medeiros de Souza – SC Janaina Vall - PR Juliana Viana Paris -S P

Karina Brongholi – SC Lidiane Isabel Filippin – RS

Marcelo Zager – SC

Maria Aparecida Rapozo Araldi – PR Maria de Fátima Fernandes Sípoli – PR

Marcos Claudio Signorelli- PR Nelson Francisco Serrão Junior – SP

Patricia Hommerding-RS Paulo José Oliveira Cortez - SP

Rafael Vercelino - SP Renata Campos - SC Sheila Schneiberg - CE

Sibele Melo – PR

Silvio Assis de Oliveira Junior – MS Telma Cerqueira - SE

Vanessa Fogaça -PR

EDITORES

Prof. Dr. Esperidião Elias Aquim - PR Prof. MSc. Marcelo Márcio Xavier - PR

COORDENAÇÃO EDITORIAL

Prof. Dra. Angélica Lodovico - revistacientifi ca@inspirar.com.br

EDITORAÇÃO ELETRÔNICA

Camila Piaskowski Jacomel - marketing@inspirar.com.br

INFORMAÇÕES PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS

Todo o material a ser publicado deve ser submetido online através do site: www.inspirar.com.br/revista

I.P. (Informação Publicitária): As informações são de responsabilidade dos anunciantes.

© Faculdade Inspirar - Nenhuma parte dessa publicação pode ser reproduzida, arquivada ou distribuída por qualquer

meio, eletrônico, mecânico, fotocópia ou outro, sem a permissão escrita do proprietário do copyright Inspirar. O editor não assume qualquer responsabilidade por eventual prejuízo a pessoas ou propriedades ligado à confi abilidade dos produtos, métodos, instruções ou idéias expostas no material publicado. Apesar de todo o material publicitário estar em conformidade com os padrões de ética da saúde, sua inserção na revista não é uma garantia ou endosso da qualidade ou valor do produto ou das asserções de seu fabricante.

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INSPIRAR • movimento & saúde

Volume 3 • Número 6 • novembro/dezembro de 2011

SUMÁRIO

EDITORIAL ...5

Análise da Efi ciência do Ultrassom Terapêutico Contínuo Utilizando Gel Comum e

Gel com Princípio Ativo no Tratamento do Fibro Edema Geloide Grau II ...6

Effi ciency Analysis of Therapeutic Ultrasound Continuous Joint Using Gel with Active Principle in the Treat-ment of Fibro Edema Geloid Grade II

Tarso Waltrick,Elisangela Schüler, Patrícia Santos, Josiane Beppler Waltrick, Daniela dos Santos

Circulação Extracorpórea como Fator Predisponente para Atraso no Desmame da

Prótese Ventilatória Após Cirurgia Cardíaca ... 11

Cardiopulmonary Bypass as Predisposing Factor for Delay from Weaning of the Ventilatory Prosthesis After Cardiac Surgery

Eustáquio Luiz Paiva-Oliveira, Natalia Cardoso Lima, Claudia Mara Cruz Moreira

Estudo Comparativo no Tratamento de Estrias Atrófi cas: Galvanopuntura X

Micro-dermoabrasão ...17

Comparative Study on the Treatment of Stretch Marks: Galvanopuncture x Microdermabrasion

Priscila Dantas Leite e Sousa, Adilvania Ferreira da Costa

Uso da Corrente Russa Associada ao Exercício Ativo em Pacientes com Fratura de

Diáfase do Fêmur Tratada Cirurgicamente ...23

The Russian Stimulation Associated with Active Exercise in Postsurgical Femoral Diaphyseal Fractures

Alana Bárbara de Souza, Anderson Roberto Fachin, Marcos Marcelo de Azevedo Moreira, João Afonso Ruaro, Andersom Ricardo Fréz

Os Efeitos da Fisioterapia Aquática no Tratamento da Fibromialgia: Uma Revisão de

Literatura ...28

The Effects of Aquatic Physical Therapy in the Treatment of Fibromyalgia: A Review of Literature

Rafaella Lopes De Siqueira Soares, Rebeca De Oliveira Silva, Valéria Conceição Passos De Carvalho

Efeito da Técnica Neuromuscular Aplicada no Músculo Masseter para Liberação da

Cadeia Posterior ...34

Effect of Neuromuscular Technique Applied in the Masseter Muscle to Liberation of Posterior Chain

Camila Freitas Tomaz, Walkyria Vilas Boas Fernandes

Efeitos da Reeducação Postural Global na Hipercifose e nas Variáveis Respiratórias

de Idosos - Relato de Dois Casos ...38

Effects of Global Postural Reeducation in the Hyperkyphosis and in the Respiratory Variables of Elderly Woman - Report of Two Cases

Caroline Ataíde Itokazu, Fabiana Sabino Sotolani, Alexandre Ricardo Pepe Ambrozin, Marcelo Tavella Navega

A Promoção do Relaxamento de Grupos Musculares Cervicais em Colaboradores de

um Escritório Contábil, Através da Técnica de Jones e a Ergonomia de

Conscientiza-ção, com Ênfase na Qualidade de Vida ...43

The Promotion of Relaxation of Muscle Groups Cervical in Employess of an Accounting Offi ce, by the Techni-que of Jones and Ergonomics Awareness, with Emphasis on Life Quality

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INSPIRAR

EDITORIAL

O manuscrito e o processo de Revisão.

Na Revista Inspirar Movimento & Saúde, assim como na maioria das revistas arbitradas, todas as

sub-missões passam por um cuidadoso processo de avaliação que vai desde a simples observação da adequação

do manuscrito às normas da revista, até a avaliação da consistência do conteúdo.

Quando um artigo é submetido à revista, o Editor avalia a relevância do conteúdo e se está de acordo

com as normas e o escopo da Revista. O Editor pode recusar o artigo antes mesmo de ser enviado para um

revisor. Se o artigo é considerado relevante e está de acordo com as normas da revista, o manuscrito passa

para uma segunda etapa de avaliação, a revisão cega por pares. Nesta etapa, o Editor elege um membro do

corpo de revisores para avaliar o manuscrito e emitir um parecer consubstanciado. Em seu parecer o

revi-sor pode recomendar o aceite incondicional de artigo, o aceite com pequenas ou substanciais alterações,

e a recusa à publicação. No caso do aceite com pequenas ou substanciais alterações, o parecer é enviado

para os autores fazerem as adequações no manuscrito. O artigo corrigido pelos autores passa por uma nova

rodada de avaliação. Se as alterações realizadas no artigo estiverem de acordo com o parecer, só então o

artigo é liberado para a publicação. No caso de recusa do artigo, o parecer do revisor também é enviado

para os autores.

Todas as etapas do processo de revisão dos manuscritos são feitas por pesquisadores experientes em

suas áreas de atuação. Fato que demanda tempo, recursos humanos especializados e garante a imparcialidade

e a qualidade das nossas publicações.

Boa leitura!

Profa. Dra. Angélica Lodovico

Coordenação Editorial

revistacientifi ca@inspirar.com.br

1. http://www.latindex.unam.mx/

2. Página da indexação: http://www.latindex.unam.mx/buscador/fi cRev. html?folio=20468&opcion=1.

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Volume 3 • Número 6 • novembro/dezembro de 2011

Análise da Efi ciência do Ultrassom Terapêutico Contínuo

Utilizando Gel Comum e Gel com Princípio Ativo no Tratamento

do Fibro Edema Geloide Grau II

Effi ciency Analysis of Therapeutic Ultrasound Continuous Joint Using Gel

with Active Principle in the Treatment of Fibro Edema Geloid Grade II

RESUMO

O Fibro Edema Gelóide (FEG), não se restringe apenas a uma alteração estética, mas deve ser considerada uma patologia. Esta pesquisa teve como objetivo demonstrar o tratamento do fi bro edema geloide utilizando ultrassom (US) associado ao gel comum e US associado ao gel contendo princípio ativo. Foram selecionadas dez voluntárias (mulheres de 20 – 35 anos), ava-liadas inicialmente com a placa de termografi a, teste da casca de laranja e grau de satisfação pessoal. As participantes foram divididas aleatoriamente em dois grupos, grupo A, voluntárias que fi zeram o tratamento com US 3MHz de pulso contínuo utilizando gel comum e grupo B, voluntárias que fi zeram o tratamento com US 3MHz de pulso contínuo utilizando gel com princípios ativos. Este estudo foi realizado nas dependências da clínica escola de Fisioterapia da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – Caçador/SC no período de 22 agosto a 22 setembro de 2010. Os resultados demonstraram que após o tratamento, o grupo B apresentou melhora estatisticamente signifi cativa em relação ao grupo A com redução do grau de FEG evidenciado através da placa de termografi a em 100% das participantes, e no teste da casca de laranja 80% apresentaram resultado negativo. Em relação ao grau de satisfação pessoal houve aumento estatis-ticamente signifi cativo deste parâmetro (Md=8). Os resultados deste estudo permitem concluir que o US terapêutico associado ao gel com princípios ativos anticelulíticos mostrou-se superior em efi cácia ao US associado ao gel comum, estimulando e ace-lerando signifi cativamente a permeação de fármacos, levando assim à diminuição mais efetiva do FEG.

Palavras-chave: fi sioterapia, ultrassom, fi bro edema

gelóide.

ABSTRACT

The Fibro edema geloid (EGF), is not restricted to only a cosmetic change, but should be considered a pathology. This study had to demonstrate the treatment of fi bro edema geloid using ultrasound (U.S.) associated with the gel associated with the common U.S. and gel containing the active ingredient. We selected ten volunteers (women 20 to 35 years), initially evaluated with the plate thermography test of orange zest and satisfaction with life. The participants were divided randomly into two groups, group A, the volunteers who made the U.S. treatment of 3MHz continuous pulse gel using common and group B, the volunteers who made the U.S. treatment of 3MHz continuous pulse using gel with active ingredients. This study was conducted on the premises of the clinic school of Physio-therapy at the University Alto Vale do Rio do Peixe - Caçador / SC in the period from August 22 to September 11, 2010. The results showed that after treatment, group B showed statistically signifi cant improvement compared to group A with a reduced level of EGF evidenced by plate thermography in 100% of participants, and to test the orange peel 80% were negative . Concerning the degree of personal satisfaction was statistically signifi cant increase of this parameter (Md = 8). The results of this study showed that the U.S. treatment associated with active anti-cellulite gel was superior in effi cacy to the U.S. associated with the common gel, stimulating and accelerating signifi cantly the permeation of drugs, thus leading to more effective reduction of EGF.

Keywords: physical therapy, ultrasound, fi ber edema

geloid.

1. Coordenador do curso de Fisioterapia da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe - Especialista em Fisioterapia Cardiorrespiratória - Mestrando em Ciência do Movimento; 2. Fisioterapeuta, Especialista em Fisioterapia Dermato Funcional;

3. Farmacêutica, Mestrado em Farmacologia UFSC; 4. Administradora, Especialista em Gestão de Pessoas; 5. Fisioterapeuta Especialista em Acupuntura.

Tarso Waltrick

1

,Elisangela Schüler

2

,Patrícia Santos

3

, Josiane Beppler Waltrick

4

,

Daniela dos Santos

5

Recebido: 04/2011 Aceito: 12/2011

Autor para correspondência: Tarso Waltrick

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INSPIRAR

INTRODUÇAO

Mulheres com excesso de peso e nítida presença de celulite era o ideal da beleza feminina no século XV, que só o Realismo, característica do período Barroco nas artes, permitiu mostrar. O ideal de beleza no início do terceiro milênio, no entanto, mudou. A presença de tecido adiposo é pouco aceita e as irregularidades deste tecido, o fi bro edema gelóide, são temidas entre as mulheres modernas. O FEG, no entanto, esta presente em 80% das mulheres ocidentais. A disfunção aparece cada vez mais cedo, atingindo mesmo jovens e adolescentes, podendo aparecer até mesmo as mulheres magras (DRAELOS, 1997). O Fibro Edema Geloide (FEG), ao contrário da opinião de leigos, não se restringe apenas a uma alteração estética, mas deve ser considerada uma patologia, pois podendo gerar problemas álgicos nas zonas acometidas, diminuição das ati-vidades funcionais e problemas emocionais. São alterações micro circulatório fi siopatológica, identifi cadas como edema não-infl amatório do tecido conjuntivo subcutâneo, localizada na hipoderme e defi nida como patologia multifatorial (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Manifesta-se em forma de nódulos ou placas de variadas extensões. Por essa razão denomina-se processo de fi bro edema geloide. Estas alterações podem afetar a tempera-tura do tecido acometido. A placa de termografi a é um exame não-invasivo, realizado com um sistema criado na Itália, onde folhas fl exíveis composta de Cristais Líquidos Termossensíveis de Colesterol, têm a capacidade de mudar a emissão de cores em bases consistentes e previsíveis. Desta forma é possível determinar mudanças de temperatura na superfície da pele, e observar, o estágio do FEG. Cada estágio tem características próprias que podem ser observadas na placa termografi ca de contato. Conhecer o estágio do FEG é importante para o prog-nóstico, que varia de 1° a 4° grau (DRAELOS, 1997). O FEG constitui, portanto, a maior queixa dos pacientes que buscam os serviços de Fisioterapia Dermato-funcional. A fi sioterapia Dermato-Funcional dispõe de recursos que trabalham no intuito de restaurar a aparência, sem comprometer a saúde das mulheres. O ultrassom, por exemplo, é um recurso amplamente utilizado no tratamento do FEG. Este vem se destacando em virtude dos seus efeitos fi siológicos associados à sua capacidade de veiculação de substâncias através da pele (fonoforese), além de promover neovascularização com consequente aumento da circulação, rearranjo e aumento da extensibilidade das fi bras de colágenos, e melhora da propriedade mecânica do tecido. Segundo Borges (2006), a fonoforese compreende a técnica mais usada na terapia dermato-funcional no tratamento do FEG, empregando produtos cosméticos principalmente com ação lipolítica e estimulante da circulação.

METODOLOGIA

Este estudo foi realizado nas dependências da clínica escola da Universidade Alto Vale do Rio do Peixe – Caçador - SC no período de 22 agosto a 22 setembro de 2010. Trata--se de uma pesquisa qualitativa, que segundo Minayo (1984) o pesquisador procura reduzir a distância entre a teoria e os dados, entre o contexto e a ação, usando a lógica da análise fenomenológica, isto é, da compreensão dos fenômenos pela sua descrição e interpretação. E para análise do grau de satisfação foi utilizada a pesquisa de variável quantitativa que é segundo

que pode possuir diferentes valores numéricos”. Na pesquisa do tipo quantitativa, os resultados são analisados e classifi cados em estatística pelo método de porcentagem e gráfi cos. A população estudada foi composta de dez voluntárias, selecionadas com a queixa principal de fi bro edema geloide localizada na região glútea bilateral. Os critérios de inclusão para pesquisa foram:

A) Sexo Feminino;

B) Ter idade entre 20 a 35 anos;

C) Apresentar fi bro edema geloide grau II na região glútea bilateral;

D) Praticantes de exercícios físicos pelo menos por duas vezes semanais;

E) Assinar o termo de consentimento livre e esclarecido; F) Foi explicado a cada participante o direito de anonimato e sigilo dos resultados individuais de cada indivíduo;

G) Foi explicado a cada participante que poderia em qualquer momento do estudo recusar a participar ou se excluir do mesmo, quando assim julgar necessário.

Os critérios de exclusão da pesquisa foram:

A) Voluntárias que não puderam, por algum motivo, fazer as sessões semanais;

B) Voluntárias que apresentaram algum quadro febril durante o tratamento;

C) Voluntárias com ciclo menstrual irregular durante o tratamento ou estivessem apresentando o fl uxo menstrual durante os períodos de avaliação inicial e fi nal;

D) Voluntárias que não se encaixaram nos critérios de inclusão.

Após a assinatura do termo de consentimento pelas pacientes em estudo, as dez voluntárias selecionadas foram divididas aleatoriamente em dois grupos, sendo que no grupo A foram incluídas as voluntárias que fi zeram o tratamento com US 3MHz de pulso contínuo com gel comum; e no grupo B, voluntárias que fi zeram o tratamento com US 3MHz de pulso contínuo com gel com princípios ativos (extrato de laranja amarga “citrus aurantium” e “L-carnitina”, padronizado com 3 a 6 % de sinefrina da marca Valmari com propriedade estimu-lante, ativador da lipólise e aumento da termogênese). Na sala de procedimentos os dois grupos foram submetidos à avaliação termográfi ca. Para esta avaliação cada voluntária permaneceu em repouso somente com sua roupa íntima no corpo durante 5 minutos em decúbito dorsal com os membros inferiores elevados sobre coxins a 30 graus. Cada voluntária deitou-se em decú-bito ventral, onde foi aplicada a placa termográfi ca da marca Celluvision Pesonal sobre a pele, para determinar o estágio da celulite. A sala de procedimento permaneceu a uma temperatura ambiente em torno de 25˚C, ajustado através do climatizador, da marca Migraeff (disponível na Clinica Escola da Universi-dade), para não apresentarem variação da temperatura corporal e assim não apresentarem resultados falso-positivo para fi bro edema geloide (ULRICH, 1982). Para avaliação do teste casca de laranja cada voluntária permaneceu em decúbito ventral e na posição ortostática onde se realizou compressão do tecido adiposo entre os dedos polegar e indicador ou através das palmas das mãos (GUIRRO; GUIRRO, 2004). Foi preenchida fi cha de Anamnese com cada voluntária e o grau de satisfação variando de 0 a 10, onde 0 signifi ca plena insatisfação e 10 plena satis-fação, analisada pela escala visual analógica. Após a avaliação feita individualmente com cada voluntária dos dois grupos, foi aplicado o tratamento da seguinte forma: para o grupo A, cada voluntária deitou-se na maca em decúbito ventral com as pernas

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afastadas e com um travesseiro pequeno sobre o abdômen, com o corpo todo coberto, deixando somente o glúteo descoberto. Nesta posição, foi realizada a higienização da pele com sabonete líquido neutro da marca Dermacyd, posteriormente foi aplicado o gel hidrofi lico comum da marca “contato” e o aparelho de US 3.0 MHz da marca KLD Avatar V de pulso contínuo com intensidade de 1,3 W/cm². O tempo de aplicação foi de dois minutos por área próxima de 10 cm². (BORGES, 2006) . E para o grupo B, cada voluntária deitou-se maca em decúbito ventral com as pernas afastadas e com um traves-seiro pequeno sobre o abdômen, com o corpo todo coberto, deixando somente o glúteo descoberto. Nesta posição, foi realizada a higienização da pele com sabonete líquido neutro da marca Dermacyd, posteriormente foi aplicado o gel com extrato de laranja amarga e L-Carnitina da marca Valmari e o aparelho de US 3.0 MHz da marca kLD Avatar V de pulso contínuo com intensidade de 1,3 W/cm². O tempo de aplica-ção foi de dois minutos por área próxima de 10 cm². Foram realizadas 10 sessões com cada voluntária, aplicando duas sessões semanais, com sessões de 15 minutos de duração, em média. A análise termográfica e o grau de satisfação foram realizados na primeira e décima sessão. Conforme Guirro e Guirro (2004), embora o exame de termografi a seja inócuo, por se tratar de uma avaliação não-invasiva, como método de avaliação único não é seguro, pois fatores externos e internos podem alterar signifi cativamente o resultado do exame. Devido a estes fatores foi realizado o teste casca de laranja antes e após os tratamentos, para uma avaliação mais efetiva. A análise de dados foi realizada através de:

Ficha de avaliação inicial para fibro edema geloide. Avaliação da placa de termografia realizada na primeira e décima sessão. Ficha de avaliação de grau satisfação pessoal antes e após tratamento. Teste da casca de laranja antes e após tratamento.

Os programas utilizados para fazer a estatística descri-tiva e testes de comparação entre os grupos foram o Instat® e o Statistica®, e os programas utilizados para confeccionar os gráficos e tabelas de contingência foram o Graph Pad Ins-tat® e o InsIns-tat®. A análise do grau de satisfação foi descrita através da mediana dos valores das participantes de cada grupo, e os resultados antes e depois do tratamento foram comparados através do teste estatístico de Kruskal- Wallis. Para comparar o efeito dos diferentes tratamentos e verificar se havia associação estatisticamente significativa entre os tratamentos e a melhora do grau de FEG, foram utilizadas tabelas de contingência e o teste de Fischer. O teste de Wilcoxon para medidas repetidas foi utilizado para verificar se havia diferença entre o grau de satisfação pessoal das par-ticipantes dos grupos A e B, antes e depois do tratamento. O nível de significância adotado foi para valores de p < 0,05; sendo considerada tendência à diferença significativa entre os grupos, valores de p entre 0,05 e 0,1.

ANÁLISE DOS RESULTADOS

Atualmente o público feminino, na busca pelo belo, tem recorrido a métodos e técnicas com uma expectativa cada vez maior de ótimos resultados. Isto motivou uma verdadeira revolução na indústria de cosmético e aparelhos de estética. O FEG constitui-se dá maior queixa dos pacientes que buscam os serviços de Fisioterapia na parte de Dermato-funcional.

Efeitos do US Associado ao Gel Comum e US

Associado ao Gel com Princípios Ativos

Anticelu-líticos sobre o Grau de FEG

Para a análise estatística dos resultados relativos à ava-liação com placa termográfi ca e teste “casca de laranja” foi utilizado um teste estatístico para dados qualitativos (nominais). Utilizamos o Teste de Fisher, o qual é usado para amostras pequenas e produz menos erros. Ele é utilizado para verifi car se existe uma diferença signifi cativa entre os tratamentos com relação aos parâmetros avaliados (grau de fi bro edema geloide), calculando a probabilidade de que a tabela de contingência usada tenha sido obtida por acaso. Neste trabalho as variáveis qualitativas consideradas foram o grau de fi bro edema geloide (grau I, grau II, grau III ou grau IV) avaliado através da análise termográfi ca (tabela 1); e no teste “casca de laranja” - resultado positivo ou negativo (tabela 2), na primeira avaliação e após as dez sessões dos tratamentos (grupos A e B). Utilizou-se uma tabela de contingência (ver a seguir) para verifi car a existência de uma associação entre os diferentes tratamentos e a melhora do grau do FEG.

Tabela 01 – Efeito do US associado ao gel comum e US associado ao gel com princípios ativos anticelulíticos na redução do grau de FEG através da analise termográfi cag

Observa-se na tabela 1, que as participantes tratadas com gel com princípios ativos (fonoforese) apresentaram maior redução do grau do fi bro edema geloide (representado pelo grupo B) em relação às participantes tratadas com gel comum (representado pelo grupo A). O teste de Fisher para dados qua-litativos detectou diferença signifi cativa entre os tratamentos na redução do grau de FEG (p = 0,008 diferença muito signifi -cativa). Utilizou-se uma tabela de contingência (ver a seguir) para verifi car a existência de uma diferença signifi cativa entre os tratamentos e ao parâmetro avaliado entre o tratamento com utilização do gel comum e o tratamento com utilização do gel com princípios ativos (Citrus aurantium e L-Carnitina), através do teste “casca de laranja” dos (grupos A e B). Observa-se na tabela 2, que as pacientes do (grupo B), tratadas com gel com princípios ativos citrus aurantium, apresentaram redução do grau do fi bro edema geloide em relação às pacientes do (grupo A), tratadas com gel comum, para o teste “casca de laranja”, sendo que na avaliação antes do tratamento todas apresentaram sinal positivo para este teste. O teste de Fischer para dados qualita-tivos detectou diferença signifi cativa entre os tratamentos na redução do FEG (p = 0,048 – diferença signifi cativa).

Tabela 02 – Efeito do US associado ao gel comum ou US associado ao gel com princípios ativos anticelulítico no teste da Casca de Laranja.p p j

De acordo com Byl (1995), em 75% dos estudos restritos sobre a fonoforese ocorre efetividade do US como acentuador da permeação de substâncias. Segundo Zimmermann (2004), em

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estudo utilizando a fonoforese nas mais diversas patologias, com uma técnica placebo e a outra utilizando hidrocortisona, em 68% dos casos tratados com hidrocortisona houve marca-do decréscimo da marca-dor e aumento da amplitude de movimento do segmento em questão, sendo que nos casos tratados com placebo apenas 28% mostraram quadro semelhante. Campos (2004), em seu estudo in vitro sobre a influência do ultra-som na permeação cutânea, utilizando cafeína aplicada em suínos, a qual possui alguns efeitos semelhantes aos do extrato de Citrus aurantium, alcançou resultados de que o ultrassom acentua e acelera significativamente a permeação de fár-macos. A camada córnea dos suínos apresenta semelhanças com a do homem, sendo considerada a principal barreira à permeação de fármacos. Já para Oenning e Braz (2008), em seu estudo sobre os efeitos obtidos com a aplicação do ultrassom no tratamento do fi bro edema geloide, a paciente estudada após 20 sessões de aplicação do ultrassom 0,6 w/cm², 3MHZ, modo contínuo, na região glútea e porção superior da coxa, observou uma redução signifi cativa, tanto do FEG grau I quanto o de grau II, com melhora no aspecto da pele casca de laranja, tendo resultado positivo apenas utilizando US terapêutico. Segundo Agne (2005), observa-se na área tratada com US uma série de efeitos biológicos, como vasodilatação da área com hiperemia, aumento do fluxo sanguíneo, o aumento da permeabilidade celular, micromassagem produzida pelo ultrassom, reabsorção de edemas, regeneração celular, auxílio no retorno venoso e linfático, incremento do metabolismo local, estimulação das funções celulares, incremento da flexibilidade dos tecidos ricos em colágenos, diminuição da rigidez articular e da contratura, analgesia e espasmolítico. Já Low e Reed (2001), afirmam em seus estudos que as profundidades nas quais se pode fazer com que as drogas penetrem é uma questão in-certa. Assim que a droga passa pela epiderme é provável que seja dispersa na circulação em uma extensão que depende da vascularidade dos tecidos em questão e da facilidade com que as moléculas da droga podem entrar nos vasos sanguíneos. A penetração mais profunda não infere necessariamente em maior efetividade. Em relação à atividade farmacológica dos princípios ativos presentes no gel associado ao Ultrassom utilizado no grupo B, vários estudos demonstram que, a su-perfície de várias células, especialmente células musculares e de gordura, contém receptores específicos conhecidos como beta-receptores. A Sinefrina provoca a ativação dos sítios de receptores beta-específicos, quando age indiretamente como um beta-agonista, como consequência desta ativação, uma se-quência de processos são iniciados, induzindo a quebra e uso da gordura armazenada para produção de energia e aumento do metabolismo muscular. Muitos estudos confirmaram a habilidade da Sinefrina em iniciar o processo de termogênese. A produção de calor é um processo metabólico natural do nosso organismo. Porém, este processo torna-se prejudicado para muitas pessoas, quando envelhecem e acumulam grande quantidade de gordura armazenada (HEDREI; GOUGEON, 1997). A Sinefrina é uma substância muito importante para o tratamento da obesidade devido a sua habilidade em se ligar não somente a receptores alfa-1, mas também por ativar um específico e recentemente conhecido subgrupo de beta--receptores denominados beta-3 receptores. Os receptores beta-3 aceleram a lipólise e aumentam o metabolismo basal através da termogênese. Poucas são as substâncias capazes de ativar diretamente os receptores alfa-1 e ativar

indireta-mente os receptores beta-3 (FUGH-BERGMAN, 2004). A L-Carnitina é imprescindível no metabolismo da queima de gordura com consequente produção de energia. Sem ela os ácidos graxos não poderiam ser transportados para o interior da mitocôndria. Uma vez que a gordura é transportada para a mitocôndria, ela é convertida em energia para o corpo e sua suplementação melhora o rendimento aeróbico (EA-DES, 1994). Estes efeitos certamente contribuíram para uma melhor eficácia do gel.

Efeitos do US Associado ao Gel Comum e US

Associado ao Gel com Princípios Ativos

Anti-celulíticos Sobre o Grau de Satisfação Pessoal

das Participantes Voluntárias

No início e na avaliação do resultado final do tra-tamento, as participantes dos grupos A e B (utilizando gel comum ou gel com princípios ativos) receberam um questionário para avaliação do grau de satisfação pessoal antes e após o tratamento proposto, como pode ser visto no gráfico a seguir, que demonstra os resultados da avaliação realizada pelas participantes, representados através das medianas dos valores de cada grupo, antes e pós-tratamento.

Tabela 03 – Medianas do grau de satisfação da participantes dos grupos A e B.

Obs: Grau de satisfação antes do experimento sem # entre os grupos A e B. Teste Kruskal Wallis p=0,35

O teste de Wilcoxon para medidas pareadas (repeti-das) demonstrou que o grau de satisfação pessoal antes e depois do tratamento no grupo A (US associado ao gel co-mum) apresentou tendência a diferença estatística (p=0.1). Já o grupo B (US associado ao gel com princípios ativos) apresentou grau de satisfação pessoal significativamente maior depois do tratamento em relação ao valor inicial (p = 0,04).

Gráfico 1 – Grau de satisfação pessoal (GSP) das participantes antes e depois dos tratamentos para a redução do grau de Fibro edema geloide

Observa-se através do gráfico acima que o grau de satisfação das participantes que utilizaram ultrassom com gel com princípios ativos foi superior ao das participantes que só utilizaram ultrassom com gel comum. A satisfação do corpo representa um papel importante na parte psico-emocional de uma pessoa, principalmente em mulheres.

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CONCLUSÃO

O ultrassom terapêutico 3.0 MHz pode ser associado ao gel com princípios ativos Citrus aurantium e L-Carnitina, pa-dronizado com 3 a 6 % de sinefrina que é uma substância muito importante para o tratamento da obesidade devido a sua habili-dade em se ligar não somente a receptores alfa-1, mas também por ativar um específi co e recentemente conhecido subgrupo de beta-receptores, denominados beta-3 receptores, que aceleram a lipólise através do aumento do metabolismo basal e oxidação de gordura pelo aumento da termogênese e, consequentemente, gera perda de peso. Poucas são as substâncias ativas capazes de ativar diretamente os receptores alfa-1 e ativar indiretamente os receptores beta-3, resultando em termogênese e aumento da recaptação de oxigênio. O estudo, portanto, foi uma efi ciente combinação, tendo em vista o grau de satisfação obtidos a partir de seu emprego. A L-Carnitina, outro principio ativo, faz parte do mecanismo que facilita o transporte da gordura corporal para as mitocôndrias (órgãos celulares responsáveis por queimar a gordura corporal e convertê-la em energia para o corpo). O gel utilizado para o acoplamento age de forma específi ca juntamente com o ultrassom. Este gel com princípios ativos anticelulíticos utilizado neste estudo contribuiu de forma signifi cativa para redução dos graus da celulite, tendo melhores resultados quan-do comparaquan-dos ao gel comum. Conclui-se, portanto, que o ultrassom terapêutico associado ao gel com princípios ativos acelera signifi cativamente a redução do FEG, e espera-se que os resultados deste trabalho possa contribuir para novas pesquisas e na aplicação para melhoria da qualidade de vida de pessoas que busquem tratamento para o problema estético em questão – o Fibro Edema Gelóide.

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1. Fisioterapeuta, Especialista em Ciências da Reabilitação com ênfase em Fisioterapia Cardiorrespiratória pela Faculdade de Minas/FAMINAS, Muriaé – MG, Brasil. 2. Mestre e Doutorando em Neurociências pela Universidade Federal Fluminense/UFF, Niterói – RJ, Brasil.

3. Fisioterapeuta, Especialista em Reabilitação Cardiorrespiratória, Fisioterapeuta do Hospital Prontocor e da Prefeitura Municipal de Muriaé – MG, Brasil.

Circulação Extracorpórea como Fator Predisponente para Atraso

no Desmame da Prótese Ventilatória Após Cirurgia Cardíaca

Cardiopulmonary Bypass as Predisposing Factor for Delay from Weaning of

the Ventilatory Prosthesis After Cardiac Surgery

RESUMO

Este estudo se propôs a avaliar a infl uência do tempo de circulação extracorpórea (CEC) como fator predisponente para o atraso no desmame da prótese ventilatória após cirurgia cardíaca. Pacientes submetidos à cirurgia cardíaca eletiva foram alocados em dois grupos de acordo com o tempo de circulação extracorpórea (G1: ≤ 70 minutos e G2: ≥ 90 minutos) e anali-sados quanto ao tempo de permanência em prótese ventilatória. Os resultados não mostraram diferença signifi cativa no tempo de permanência em prótese ventilatória entre os grupos (p>0,05). Estratifi cando por gênero, faixa etária e tipo de cirurgia, também não encontramos diferenças estatísticas signifi cativas (p>0,05). Este estudo mostrou que não houve correlação entre tempo de CEC com permanência prolongada à prótese ventilatória.

Palavras Chaves: Cirurgia cardíaca, Circulação

extra-corpórea, Ventilação mecânica.

ABSTRACT

This study was proposed to evaluate the infl uence of time of cardiopulmonary bypass (CEC) as predisposing factor to the delay in weans of ventilatory prosthesis after cardiac surgery. Patients submitted elective cardiac surgery were allocated in two groups in agreement with the time of cardiopulmonary bypass (G1: ≤ 70 minute and G2: ≥ 90 minute) and analyzed the time of permanence in ventilatory prosthesis. The groups showed no signifi cant difference in permanence time in ventilatory pros-thesis (p>0,05). Stratifying for gender, age group and surgery type, also no found statistically signifi cant differences (p>0,05). This study showed no correlation between time of CEC with prolonged permanence at ventilatory prosthesis.

Key words: Cardiac surgery, cardiopulmonary bypass,

Ventilation mechanics.

Eustáquio Luiz Paiva-Oliveira

1,2

, Natalia Cardoso Lima

1

,

Claudia Mara Cruz Moreira

3

Recebido: 03/2011 Aceito: 08/2011

Autor para correspondência: Eustáquio Luiz Paiva de Oliveira Rua Barão do Amazonas, 410, apto. 101 Centro – Niterói, RJ – Brasil – CEP: 24030-111 Telefone: (21) 8144-2344

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INTRODUÇÃO

A cirurgia cardíaca é a terapêutica eletiva na busca por retardar e/ou prevenir as complicações advindas das doenças cardiovasculares, promovendo a sobrevida, diminuindo a morbidade e aliviando os sintomas em pacientes corona-riopatas1. Após o surgimento da circulação extracorpórea

(CEC), na década de 50, grandes benefícios foram alcan-çados permitindo procedimentos adequados para correções cirúrgicas nas diversas cardiopatias. Entretanto, as condi-ções não fisiológicas desse circuito produzem uma série de efeitos adversos, ativando reações inflamatórias alem de promover complicações neurológicas, renais, pulmonares e cardiovasculares2-4.

Evidência recente mostrou que cirurgia de revascula-rização do miocárdio com CEC provoca aumento nos níveis de citocinas pró-inflamatórias tais como fator de necrose tumoral alfa (TNFα) e interleucina 1 beta (IL1 β), e sua correlação com a diminuição da complacência pulmonar o que pode comprometer a evolução pós operatória5. Além

disso, fatores adicionais e comorbidades podem gerar com-plicações no pós cirúrgico e prolongar a permanência em ventilação mecânica invasiva6.

Associado a CEC e aos fatores adicionais o tubo oro-traqueal também provoca malefícios ao paciente. O efeito deletério do tubo orotraqueal nas alterações hemodinâmicas causadas pela agitação psicomotora após o efeito anesté-sico torna a extubação precoce da prótese ventilatória um objetivo importante no pós-operatório de cirurgia cardíaca1.

Além disso, o uso prolongado do suporte ventilatório pode gerar hipotrofia da musculatura respiratória comprometendo o desempenho do diafragma contribuindo para o insuces-so no desmame7. Entretanto, há relatos que a modalidade

ventilatória tem pouco impacto na decisão da extubação após a cirurgia cardíaca, pois geralmente tão logo cesse o efeito anestésico os pacientes são extubados e consideram o tempo de CEC como um dos principais fatores que retarda o desmame da VMI no pós-cirúrgico, devido ao importante distúrbio fisiológico causado pelo circuito extracorpóreo6.

Com os avanços nos procedimentos cirúrgicos e a redução na administração de doses sedativas, associados à interação da equipe multidisciplinar, o tempo médio de suporte ventilatório invasivo tem sido reduzido, tornan-do a estabilidade clínica mais precoce e minimizantornan-do as complicações decorrentes da ventilação mecânica invasiva (VMI)1. Porém, autores2,8 mostraram que o tempo de VMI

é diretamente influenciado pelo tempo de CEC e o atraso no processo de desmame da VMI após cirurgia cardíaca com CEC é responsável pelo prolongamento do tempo de internação com aumento dos custos hospitalares, além de ser importante causa de morbidade e mortalidade.

Dados da literatura relatam que pacientes submetidos à cirúrgica cardíaca com tempo de CEC superior a 150 minu-tos apresentam alterações pulmonares graves9,10. Entretanto,

tem sido descrito que estas alterações podem ocorrer em pacientes submetidos a períodos de CEC superior a 120 minutos, influenciando no desmame da VMI e aumentando o risco cirúrgico6,11. Em cirurgia de troca de válvula, o tempo

de CEC superior a 120 minutos esta associado à mortalidade hospitalar12. Autores13 mostraram um aumento significativo

no desenvolvimento de insuficiência renal aguda (IRA) em pacientes submetido à cirurgia cardíaca com CEC superior a 90 minutos, porém não investigaram sua correlação com au-mento na permanência em VMI como proposto neste estudo. Adicionalmente, os fatores de risco pré-operatórios associados à agressão cirúrgica e ao uso de CEC também estão relacionados a complicações no pós-operatório e consequentemente com insucesso e atraso no processo de desmame da VMI. Os principais fatores de risco pré--operatórios descritos na literatura são a idade avançada, doenças pulmonares prévias, tabagismo e as comorbidades, incluindo hipertensão arterial sistêmica e diabetes mellitus14.

Este trabalho investigou a hipótese do tempo prolon-gado de circulação extracorpórea como fator predisponente para atraso no desmame da prótese ventilatória em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Além disso, analisamos a influência da associação entre tempo prolongado de CEC e fatores de risco pré-operatórios no atraso no desmame da ventilação mecânica invasiva.

METODOLOGIA

Tipo de estudo e amostra

Trata-se de um estudo de coorte histórico realizado a partir da revisão de prontuários de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca de revascularização do miocárdio (CRVM) e troca de válvula (TV), no Hospital Prontocor, Muriaé – MG. Os prontuários foram estratificados em dois grupos designados: Grupo 1 (CEC ≤ 70 minutos), com tempo de CEC menor ou igual a 70 minutos, e Grupo 2 (CEC ≥ 90 minutos), com tempo de CEC maior ou igual a 90 minutos, de acordo com o descrito por Taniguchi13, e analisados quanto

ao tempo de permanência em ventilação mecânica.

Critérios de exclusão

Foram considerados critérios de exclusão: tempo de cir-culação extracorpórea entre 70 e 90 minutos, óbito durante o ato cirúrgico, admissão na Unidade de Terapia Intensiva extubado e prontuário com dados incompletos.

Variáveis analisadas

As variáveis analisadas foram:

• Variáveis demográfi cas: relacionadas ao paciente, mas independente da doença, tais como: sexo, idade, etnia, peso, estatura e índice de massa corporal (IMC).

• Co-morbidades: patologias preexistentes relacionadas ou não diretamente com a patologia, que podem estar associadas ao prolongado tempo de VMI no pós-operatório, como tabagis-mo, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM).

• Variáveis intra-operatórias: Tempo de circulação extra-corpórea (CEC), tempo clampeamento aórtico (CA), tempo de cirurgia (TC), tipo de cirurgia e ventilação mecânica invasiva (VMI).

• Variáveis pós-operatórias: número de sessões fi siote-rapêuticas na fase I de reabilitação; tempo de permanência em UTI, enfermaria e hospitalar.

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Considerações éticas

O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em pesquisa da instituição, respeitando a resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, do Ministério da Saúde (CNS/MS). Por se tratar de um estudo coorte histórico, não ofereceu riscos aos pacientes. Consideramos o sigilo no manuseio das informações médicas bem como o anonimato dos pacientes.

Análise estatística

Os dados categóricos são apresentados em números abso-lutos e percentuais, e as variáveis contínuas em média ± desvio padrão (DP). As variáveis contínuas foram comparadas pelo teste t-student não pareado admitindo como signifi cante p≤0,05. Para análise estatística utilizamos o software GraphPad Prism™ (GraphPad Software Inc. San Diego, CA).

RESULTADOS

Da amostra total (n=37) 40,54% (n=15) pertenciam ao sexo feminino. Os pacientes do sexo masculino apresentaram valores superiores em todas as variáveis demográfi cas em relação ao sexo feminino, entretanto, somente as variáveis peso e altura apresentaram diferenças estatisticamente signifi cativas (Tabela I).

Tabela I: Características demográfi cas da amostra

IMC = índice de massa corporal, m = metros, Kg/m² = quilograma por metro quadrado, 1p-valor = relativo aos gêneros; A análise estatística foi baseada no teste t-student sendo ***p<0,001, **p<0,01, *p≤0,05, ns = não signifi cativo.

A amostra foi dividida em dois grupos, sendo o grupo 1 (G1) constituído de pacientes com tempo de CEC ≤ 70 minutos e o grupo 2 (G2) de pacientes com tempo de CEC ≥ 90 minutos. O G1 corresponde a 62,16% da amostra com média de idade (51,22 ± 3,2 anos) inferior ao G2 (57,29 ± 2,4 anos). O G2 apresentou aumento signifi cativo em relação ao grupo G1 em todas as variáveis intra-operatórias, conforme demonstrado na Tabela II. Entretanto, nas variáveis pós-operatórias somente o tempo de internação em enfermaria apresentou diferenças signifi cativas, apesar do G2 apresentar uma tendência a valores superiores nas demais variáveis analisadas (Tabela II).

Tabela II: Variáveis intra-operatórias e pós-operatórias

CEC = circulação extracorpórea; VMI = ventilação mecânica invasiva; CA = tempo de campleamento aórtico; TC = tempo de cirurgia; SF = sessões de fi sioterapia; UTI = tempo em Unidade de terapia intensiva; Enf = tempo de internação em enfermaria; HT = tempo total de hospitalização. 1p-valor

= relativo aos gêneros. A análise estatística foi baseada no teste t-student sendo ***p<0,001, **p<0,01, *p≤0,05, ns = não signifi cativo.

Apesar do aumento signifi cativo encontrado nas variáveis intra-operatórias (Tabela II) não houve diferença estatisticamen-te signifi cativa no estatisticamen-tempo de VMI entre os grupos G1 e G2 (275,2 ± 71,8 vs 364,6 ± 104,4; p = 0,47, respectivamente) (Figura 1A). Estratifi cando por gênero, também não encontramos diferença signifi cativa entre os grupos sendo p=0,66 e p=0,62 no sexo feminino e masculino, respectivamente (Figura 1B). Quanto à faixa etária, não houve signifi cância estatística entre os grupos (G1 e G2): indivíduos abaixo de 50 anos (p=0,69); entre 50 e 59 anos (p=0,68) e no grupo com idade igual ou superior a 60 anos (p=0,79) (Figura 1C). Assim como as demais variáveis, a fi gura 1D mostrou que também não houve diferença signifi cativa entre os grupos G1 e G2 tanto nos indivíduos submetidos a cirurgia de troca de válvula quanto nos submetidos a revascularização do miocárdio (p=0,08 para ambos os grupos). Curiosamente, apesar de não signifi cativo, os indivíduos do G1 submetido à troca de válvula apresentaram uma tendência a maior tempo de ventilação mecânica em relação ao grupo G2. Porem, este aumento foi signifi cativo (p<0,0001) em relação aos pacientes do grupo G1 submetido a CRVM (Figura 1D).

Figura 1: Tempo de permanência em ventilação mecânica invasiva nos grupos G1 e G2 (A) estratifi cado por gênero (B), faixa etária (C) e tipo de cirurgia (D). Barra branca = G1 (≤ 70 minutos); Barra preta = G2 (≥ 90

minu-tos); CRVM = cirurgia de revascularização do miocárdio. As barras representam à média e seu respectivo desvio padrão (DP). A análise estatística foi baseada no teste t-student sendo ***p<0,0001 e ns = não signifi cativo.

Co-morbidades foram consideradas como fatores pré--operatórios que podem prolongar o tempo de permanência em VMI no pós-operatório de cirurgia cardíaca. A tabela III mostrou uma elevada prevalência de indivíduos hipertensos (86,5%), porém baixos índices de tabagistas e diabéticos. Ao estratifi car por gênero, também encontramos níveis elevados de HAS em ambos os sexos (Tabela III).

Tabela III: Distribuição absoluta e percentual dos fatores de risco pré-operatório

#Valores expressos em número absoluto e percentual (n (%)) em relação à

amostra total (n=37); *Valores expressos em número absoluto e percentual (n (%)) em relação ao total de cada gênero. HAS = Hipertensão arterial sistêmica; DM = Diabetes Mellitus.

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Dos 32 indivíduos hipertensos, 15 (46,9%) não apresenta-ram associação com as demais co-morbidades, 7 (21,9%) eapresenta-ram tabagistas, e 10 (31,2%) apresentaram HAS associado a Diabe-tes Mellitus. Não houve associação entre pacienDiabe-tes tabagistas e diabéticos. Dos 15 indivíduos hipertensos, 7 (46,6%) foram submetidos a tempo de CEC igual ou superior a 90 minutos (G2), entretanto, não houve diferença signifi cativa no tempo de permanência em VMI em relação ao G1 (p=0,71). Também não encontramos diferenças signifi cativas entre os grupos nos pacientes hipertenso-tabagistas e hipertenso-diabéticos com p=0,33 e p=0,73, respectivamente (Figura 2).

Figura 2: Tempo de permanência em ventilação mecânica invasiva es-tratifi cado por HAS, HAS+TAB e HAS+DM. HAS = Hipertensão arterial

sistêmica; TAB = tabagismo; DM = Diabetes Mellitus; HAS+TAB = indivíduos hipertenso-tabagistas; HAS+DM = indivíduos hipertenso-diabéticos. As barras representam à média e seu respectivo desvio padrão (DP). A análise estatística foi baseada no teste t-student sendo ns = não signifi cativo.

DISCUSSÃO

As alterações fi siológicas no pós-operatório de cirurgia cardíaca com CEC são notórias e o tempo de exposição ao circuito é um fator determinante na rapidez na recuperação da função respiratória11,15. O distúrbio fi siológico causado

pelo sistema extracorpóreo é um dos principais fatores que retardam o desmame da prótese ventilatória na cirurgia cardí-aca6. Alterações pulmonares graves em pacientes submetidos

a tempo de CEC superior a 150 minutos foram descritas10.

Entretanto, segundo Nozawa et. al.6, estas alterações podem

ocorrer com tempo de CEC superior a 120 minutos e desta forma infl uenciariam no maior tempo de assistência ventila-tória mecânica invasiva.

Embora nossos resultados tenham apresentado diferen-ças signifi cativas no tempo de CEC, campleamento aórtico e cirurgia nos pacientes do grupo G2 em relação ao G1 (Tabela II), o tempo de CEC maior ou igual a 90 minutos não foi determinante para permanência prolongada em VMI. Dados da literatura mostraram aumento signifi cativo no desenvolvi-mento de insufi ciência renal crônica em pacientes submetidos a CEC superior a 90 minutos, porem os autores não mostraram sua correlação com tempo de VMI13. Brum et. al.1, analisaram

pacientes submetidos a tempo de CEC superior a 120 minu-tos e também não encontraram correlação com permanência prolongada na prótese ventilatória, corroborando nossos resultados. Vale ressaltar que em nossa amostra, 36 (97,3%) permaneceram em CEC por menos de 120 minutos e apenas um paciente foi submetido a CEC por período superior a 150

minutos, permanecendo em VMI por cerca de 14 horas, suge-rindo uma possível alteração pulmonar grave como descrito na literatura10. Segundo Figueiredo et. al.16, o desmame da VMI

no pós operatório sem complicações é fi nalizado após cerca de sete horas da admissão na UTI. O grupo G2 permaneceu em média por cerca de 6 horas em VMI mostrando que o tempo de CEC superior a 90 minutos não foi sufi ciente para gerar maiores complicações no pós-operatório.

Lima et. al.17, analisaram a infl uência da cirurgia de

revascularização do miocárdio com e sem CEC em indiví-duos octogenários e observaram que o tempo de ventilação mecânica prolongada aumentou signifi cativamente no grupo submetido à CEC. Milani et. al.18, mostrou em sua amostra,

que apenas 5,6% dos indivíduos acima de 75 anos submetidos à revascularização do miocárdio sem utilização de CEC apre-sentaram tempo de ventilação mecânica prolongada. Além da idade o gênero também foi considerado fator de risco porque pacientes do sexo feminino são operados com idade mais avançada, podendo apresentar comorbidades relacionadas à idade19. Nossa amostra apresentou média de idade igual a 53

anos, sem diferenças signifi cativas entre gêneros (Tabela I). Quando estratifi camos por faixa etária e gênero, não encon-tramos diferenças signifi cativas no tempo de VMI em ambos os grupos analisados, sugerindo que estes fatores não foram determinantes para permanência prolongada em VMI.

Barbosa e Carmona9 observaram diferenças nas

altera-ções pulmonares de pacientes submetidos à cirurgia cardíaca com a utilização da CEC, comparando os revascularizados com o grupo submetido à troca de válvula. Nossos resultados apresentaram tempo de VMI similar entre os indivíduos do grupo G2 submetidos a revascularização e troca de válvula, sugerindo neste grupo que o tipo de cirurgia não altera o tempo de permanência em VMI. Curiosamente, os indivíduos do grupo G1 submetidos a troca de válvula apresentaram permanência elevada em VMI com diferença signifi cativa em relação aos revascularizados. 75% dos indivíduos pertencentes a esse grupo apresentaram HAS, o que poderia indicar uma possível infl uên-cia desta comorbidade no tempo de VMI, entretanto, dentre os pacientes revascularizados 94,4% também apresentaram HAS descartando a participação desta patologia como um fator para atraso no desmame dos indivíduos do grupo G1 submetidos a troca de válvula. Consideramos que a diferença no procedimento cirúrgico possa justifi car tal achado, hipótese que precisa ser analisada em estudos futuros.

Fatores de risco pré-operatório como tabagismo e comorbidades, incluindo HAS e diabetes mellitus, são impor-tantes fatores que associados ou não podem levar a alterações na integridade do sistema respiratório e consequentemente a complicações pulmonares no pós-operatório14. O tabagismo

traz efeitos nocivos ao sistema respiratório e a lesão pulmonar esta diretamente associada ao tempo de exposição ao tabaco, sendo necessário no pré-operatório um período de abstinência para diminuir as complicações20. Disfunção da complacência

pulmonar estática pode ser ocasionada pela HAS alterando as trocas gasosas, aumentando o trabalho respiratório e difi cultando o desmame da VMI. A diabetes mellitus leva a alterações das respostas do centro respiratório ocasionando disfunções nas concentrações dos gases levando para um aumento no tempo de ventilação mecânica21. Nossos resultados não apresentaram

diferenças no tempo de VMI entre os grupos G1 e G2 para os indivíduos hipertensos, hipertenso-tabagistas e

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hipertenso-diabé-Volume 3 • Número 6 • novembro/dezembro de 2011

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ticos, sugerindo que o tempo de CEC associado às comorbidades não infl uenciam na permanência prolongada em VMI.

Otimização da ventilação mecânica, na cirurgia cardíaca esta diretamente relacionada a complicações pós-operatórias e ao tempo de VMI que podem levar a um impacto na economia dos custos e tempo de hospitalização1. Pinheiro et. al.22, relatam

a diminuição dos custos fi nanceiros como uma das vantagens da utilização da cirurgia cardíaca sem CEC em relação ao procedi-mento com CEC. Um estudo prévio mostrou uma redução nos custos operacionais e no tempo de permanência em cada setor relacionado ao tratamento cirúrgico nos indivíduos submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio sem utilização de CEC comparado aos submetidos ao circuito extracorpóreo2.

Nossos resultados revelaram um aumento signifi cativo no tem-po de permanência em enfermaria nos pacientes do grutem-po G2 em relação ao grupo G1, indicando que o tempo de CEC pode aumentar o tempo de internação e consequentemente os custos hospitalares. Além disso, o número de sessões fi sioterapêuticas, o tempo de internação em UTI e o tempo total de hospitalização também foram maiores no grupo G2, entretanto, sem diferenças signifi cativas.

Estudos prévios23,24 abordaram o papel da fi sioterapia

res-piratória no pré e pós-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio. Para Cavenaghi et. al.25, a fi sioterapia respiratória

tem um papel crucial, tanto no pré quanto no pós-operatório, pois contribui efetiva e signifi cativamente para um melhor prognóstico desses pacientes atuando por meio de técnicas específi cas. Neste estudo focamos exclusivamente na circulação extracorpórea e não abordamos a atuação da fi sioterapia no pré-operatório. Assim como Cavenaghi et. al.25, consideramos que novos estudos com

estratégias metodológicas específi cas sobre essa temática sejam conduzidos para estabelecer a padronização de procedimentos.

Este trabalho apresentou limitações por trata-se de estudo observacional em um único centro com amostra limitada e he-terogênea que poderiam infl uenciar nos resultados. Portanto são necessários estudos adicionais multicêntricos com amostragem maior e mais homogênea para determinar com maior clareza a hipótese do tempo prolongado em circulação extracorpórea infl uenciando no tempo de permanência em prótese ventilatória após cirurgias cardíacas.

CONCLUSÃO

No grupo analisado, nosso estudo mostrou que o tempo de circulação extracorpórea não infl uenciou na permanência prolongada na prótese ventilatória. Os resultados também mos-traram que o tempo de CEC associado às comorbidades não foi determinante para prolongar o suporte ventilatório invasivo no pós-cirúrgico.

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RESUMO

Estrias são cicatrizes lineares formadas após uma ten-são tecidual danifi cando o conectivo dérmico. Inicialmente são rubras, posteriormente albas. Incidem mais em mulheres, originando-se de fatores endócrinos, mecânicos e infecciosos. Muitos são os tratamentos, priorizando a técnica de galvanopun-tura realizada pelo Striat, agregando microcorrente galvânica ao trauma da agulha e a técnica de microdermoabrasão pelo Dermotonus Esthetic onde uma pressão negativa e uma ponteira diamantada causam esfoliação cutânea superfi cial. Ambas as técnicas estimulam a produção de colágeno, elastina, aumentam a microcirculação e melhoram o aspecto da pele. OBJETIVO: Analisar comparativamente os efeitos da Galvanopuntura e do microdermoabrasão no tratamento de estrias atrófi cas. Tal estudo experimental quantitativo foi realizado na Clínica Escola da Faculdade Santa Maria em Cajazeiras – PB. MÉTODOS: A vo-luntária de 21 anos, branca, foi avaliada pela fi cha de avaliação Dermato-funcional e registros fotográfi cos sendo submetida a dois protocolos de tratamento. O protocolo A, na região ante-rior da coxa direita utilizou Microdermoabrasão/Dermotonus Esthetic com ponteira diamantada de 150 microns, intensidade de -100mmHg durante 10 minutos. O protocolo B na coxa es-querda, utilizando Galvanopuntura/Striat, intensidade de 70 μA com corrente microgalvânica. Os resultados mostram melhora da sensibilidade dolorosa, coloração, aspecto da pele do lado tratado com Galvanopuntura. RESULTADOS: A planimetria através do Corel Draw X5 e os registros fotográfi cos descrevem a redução da área estriada (no PTA de 85 células/21,5% pas-sando a 69/17,45%, já no PTB, inicialmente 168 células/42% posteriormente a 50 células/12,5%). CONCLUSÃO: a paciente obteve melhor resposta ao tratamento com Galvanopuntura.

Palavras-Chave: Fisioterapia, Microdermoabrasão,

Estrias, Corrente Galvânica.

ABSTRACT

Striae are linear scars formed after a tissue tension damaging the dermal connective. Initially they are ruby-red, afterward, white. They occur mostly in women, being originated from endocrine, mechanical and infectious factors. Many are the treatments, priorizing the technique of galvanopuncture carried out by Striat, aggregating galvanic microcurrent to the needle trauma and the technique of microdermabrasion by Dermotonus Esthetic where a negative pressure and a diamond tip cause superfi cial cutaneous exfoliation. Both techniques stimulate the production of collagen, elastin, increase the microcirculation, improving the aspect of the skin. The aim of this study was to analyze comparatively the effects of galvanopuncture and microdermabrasion on the treatment of atrophic striae. Such experimental quantitative study was accomplished in the Cli-nic School of the College Santa Maria in Cajazeiras – PB. The volunteer, 21, white, was evaluated by the Dermato-funcional evaluative form and photographic records being submitted two to treatment protocols. The protocol A, in the back part of the right thigh utilized Microdermabrasion/Dermotonus Esthetic with diamond tip of 150 microns, intensity of -100mmHg during 10 minutes. The protocol B, in the left thigh, utilizing Galvanopuncture/Striat, intensity of 70 μA with microgalvanic current. The results show an improvement in the pain sensibility, coloring, skin aspect in the side treated with Galvanopuncture. The planimetry through Corel Draw X5 and the photographic records describe the reduction in the lined area (in the P.T.a. of 85 cells/21,5% passing the 69/ 17,45%, in the P.T.b., inicially 168 cells/42% afterward the 50 cells/12,5%). It is concluded that the patient obtained a better response to the treatment with Galvanopuncture.

Keywords: Physiotherapy, Microdermabrasion, Striae,

Galvanic Current.

1. Farmacêutica Homeopata e Mestranda em Farmácia; Professora da Universidade Nove de Julho.

2. Mestrando em Gestão Integrada de Saúde do Trabalho e Meio Ambiente, Professor da Universidade UniRadial Estácio.

3. Professor Doutor de Farmácia da Universidade Bandeirantes. 4. Professora Doutora de Farmácia da Universidade Bandeirantes.

Recebido: maio de 2009

Aceito: setembro de 2009

Autor para correspondência: Patricia Nancy Iser Bem E-mail: sepia.sepia@hotmail.com

Priscila Dantas Leite e Sousa

1

, Adilvania Ferreira da Costa

2

Estudo Comparativo no Tratamento de Estrias Atrófi cas:

Galvanopuntura X Microdermoabrasão

Comparative Study on the Treatment of Stretch Marks:

Galvanopuncture x Microdermabrasion

1. Acadêmica do Curso Bacharelado em Fisioterapia pela Faculdade Santa Maria, Cajazeiras-PB.

2. Fisioterapeuta, Docente da Disciplina Fisioterapia Dermato-Funcional da Faculdade Santa Maria-FSM/PB.

Recebido: 07/2011 Aceito: 12/2011

Autor para correspondência: Priscila Dantas Leite e Sousa

Rua Isaura Dantas Pinheiro, nº69, Jardim Adalgisa II. Cajazeiras – PB CEP: 58900-000

Referências

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