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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA GABRIEL BORDIGNON

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CURSO DE ZOOTECNIA

GABRIEL BORDIGNON

VIABILIDADE DO USO DE GLICERINA NA DIETA DE SUÍNOS NAS FASES DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

CUIABÁ - MT 2014

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GABRIEL BORDIGNON

VIABILIDADE DO USO DE GLICERINA NA DIETA DE SUÍNOS NAS FASES DE CRESCIMENTO E TERMINAÇÃO

Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Zootecnia da Universidade Federal de Mato Grosso, apresentado como requisito parcial à obtenção do título de Bacharel em Zootecnia.

Orientador: Prof. Dr. Heder J. D. Lima

Orientador do Estágio Supervisionado: Medico Veterinário Luciano Flores

CUIABÁ - MT 2014

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Dedico a meus pais e irmão, que

sempre me apoiaram em todas minhas

decisões e lutas, as quais resultaram

neste momento tão especial que estou

vivenciando.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, por ter me dado esta família maravilhosa que possuo, por sempre ter me abençoado com muita paz, saúde e felicidades, as quais me proporcionaram lutar por este sonho o qual compartilhei com meus familiares e hoje deixa de ser um sonho para se tornar realidade.

Agradeço a minha família por ter sempre me apoiado e auxiliado em todos os momentos de minha vida.

A todos meus professores, ao meu orientador, a UFMT e a todos os que fora da instituição, contribuíram para com minha aprendizagem.

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“Somos Seres Imperfeitos em Busca da Perfeição que Jamais Alcançaremos”

Gabriel Bordignon

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. Animais brincados e pesados individualmente...05 Figura 2. Rações utilizadas no experimento com diferentes níveis de glicerina...05 Figura 3. Modelo de identificação dos animais. Primeiro Dígito: Identificação do animal em seu grupo; segundo dígito: nível de Inclusão de glicerina na dieta do animal...07

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Formulação das rações de crescimento nos níveis de 0, 5, 10 e 15% de inclusão de glicerina em 100 kg de ração...06 Tabela 2. Ganho em peso, consumo total de ração por fase, Conversão Alimentar

(CA), Consumo diário de ração e Ganho em Peso Diário (GPD), de suínos em Crescimento (CR) e terminação (TR), submetidos à 0, 5, 10 e 15% de inclusão de glicerina nas rações...08 Tabela 3. Custo por kg das matérias primas, na Granja, utilizadas nas dietas das

fases de crescimento e terminação...09 Tabela 4. Composição química e valor energético da Glicerina e Milho...10 Tabela 5. Custo em reais, por kg de ração produzida, com a inclusão de diferentes níveis de glicerina, consumo total de ração por animal, em kg, custo da ração por animal produzido e economia por animal produzido, quando comparado peso ganho com conversão alimentar e custo por Kg de ração...11

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LISTA DE ABREVIATURAS

CR - Crescimento TR - Terminação

CA - Conversão Alimentar GPD - Ganho de Peso Diário Met. - Metabolizável

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SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ...1 2. OBJETIVO(S) ...2 3. REVISÃO...3 4. METODOLOGIA...5 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...8

5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO ...12

6. CONCLUSÕES...13

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...14

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RESUMO

Para avaliar qual a porcentagem ideal de substituição do milho, por glicerina, nas fases de crescimento e terminação, foi desenvolvido um experimento no município de Campo Verde – MT, com 48 animais na fase de crescimento (63 á 120 dias) e em sequencia com os mesmos animais, consumindo os mesmos níveis de glicerol, na fase de terminação (121 á 150 dias). Sendo testados nas duas fases os níveis de inclusão de 0, 5, 10 e 15% de glicerina na dieta dos suínos. Objetivou-se assim avaliar o desempenho zootécnico e a viabilidade econômica. Não houve diferença para nenhuma das variáveis. Quanto maior a inclusão de glicerina menor o custo de produção por quilograma de ração produzida, uma vez que o custo por kg da glicerina é bem inferior ao do milho. Mas o custo beneficio neste trabalho nestas condições que se encontrava a granja, com estes animais, foi economicamente mais viável a utilização de 15% de inclusão de glicerina na fase de crescimento e 5% de inclusão na fase de terminação, ocorrendo assim o maior lucro para o produtor nestas porcentagens de inclusão.

Palavras-chaves: coproduto, desempenho produtivo, energia metabolizável,

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1. INTRODUÇÃO

A busca pela diminuição do custo de produção de suínos fez com que ocorresse um aumento dos estudos sobre fontes alternativas na alimentação, uma vez que o custo de produção dos suínos tem como principal constituinte a nutrição. As principais matérias primas da ração são o milho e a soja, os mesmos alimentos que são incluídos na alimentação dos demais animais de produção e também na nutrição humana. Por estes motivos houve o interesse em se buscar uma fonte alternativa para a alimentação dos suínos, a glicerina. A glicerina é uma fonte energética, podendo substituir o milho, pois sua energia metabolizável é muito próxima á deste ingrediente energético das rações.

A Glicerina é um coproduto da produção de biodiesel, cuja produção vem crescendo muito no Brasil devido aos incentivos federais por biocombustíveis, resultando em uma crescente produção com preço muito inferior ao preço do milho, por se tratar de um coproduto e ainda não possuir uma destinação muito expressiva. Em Mato Grosso a glicerina tem sido utilizada para a queima em caldeiras e fornalhas de agroindústrias e olarias.

Este coproduto da produção do biodiesel apresenta níveis energéticos muito semelhantes aos do milho, principal matéria prima na alimentação dos suínos, chegando até á 70% de inclusão, faz com que surjam novos estudos sobre a glicerina, tentando definir qual o melhor nível de inclusão e custo beneficio da utilização do produto na dieta de suínos.

Dessa forma, objetivou-se comparar diferentes níveis de glicerina na dieta de suínos nas fases de crescimento e terminação, para verificar se a utilização de glicerina pode ser viável economicamente e os seus possíveis efeitos no desempenho zootécnico.

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2. OBJETIVO

Geral:

Mensurar a viabilidade econômica de diferentes níveis de glicerina, fonte energética alternativa para alimentação de suínos, uma vez que segundo o Manual Brasileiro De Boas Praticas Agropecuárias Na Produção de suínos (2011), a alimentação representa aproximadamente 70% do custo total da produção de um sistema de ciclo completo, ressaltando a importância do impacto do valor de mercado desses insumos.

Específicos:

1- Verificar a viabilidade econômica do Coproduto.

2- Verificar possíveis efeitos no desempenho (ganho em peso, consumo de ração,

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3. REVISÃO

A glicerina é obtida através de um processo de transesterificação de óleos vegetais ou gordura animal com álcoois (metanol ou etanol) através de catalizadores que podem ser básicos, ácidos ou enzimáticos. Os catalizadores básicos, geralmente, hidróxido de sódio ou de potássio, são mais comuns, pois proporcionam uma reação mais rápida. Os três componentes (óleo, álcool e catalizador) são agitados a uma temperatura em torno de 50ºC, na qual ocorre a transformação de triglicerídeos em moléculas menores de ésteres de ácidos graxos BIODIESEL BR (2010), e tendo como coproduto a glicerina, com teores de glicerol que variam de acordo com a matéria-prima utilizada e o tipo de processo de produção BIODIESEL BR (2010).

No final da etapa de transesterificação, glicerol e ésteres formam uma massa líquida de duas fases e são separados por decantação ou centrifugação. A fase superior contém ésteres etílicos ou metílicos do biodiesel. A fase inferior contém a glicerina bruta BIODIESEL BR (2010), a qual foi utilizada no experimento.

A glicerina foi definida por Bonnardeaux (2006) como uma das substancias químicas mais versáteis e valiosas para o homem, pois possui uma combinação única de propriedades físicas e químicas que são utilizadas em muitos produtos. A glicerina tem mais de 1500 usos conhecidos, como os cosméticos, produtos alimentícios, remédios e cuidados pessoais, além da alimentação animal. Apresenta-se altamente estável em condições típicas de armazenamento, é compatível com diversos outros materiais químicos, não é toxica, não é irritante nos vários usos, e não causa efeitos negativos conhecidos na natureza.

De acordo com Jagger (2008) a glicerina é um liquido doce, altamente energético e pode ser utilizada pelos suínos como qualquer nutriente glicogênio ou lipogênico. Groesbeck et al. (2008) destacam que os valores energéticos do milho, trigo e da glicerina são semelhantes.

A busca por biocombustíveis a partir de fontes renováveis de energia vem crescendo nos últimos anos, para tentar reduzir a dependência dos produtos combustíveis derivados do petróleo e melhorar as condições ambientais de nosso planeta. O Brasil está entre os maiores produtores e consumidores de biodiesel do mundo, com uma produção anual registrada em 2013 de 2.917.488 metros cúbicos

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segundo a agencia nacional do petróleo, ANP. A glicerina é o principal coproduto (10% do volume total) resultante da produção de biodiesel. A glicerina pode ser comercializada sem purificação (glicerina natural), na forma bruta (alto conteúdo de ácidos graxos) ou semipurificada, mais conhecida como “Loira” (baixo conteúdo de ácidos graxos). Este coproduto da produção do biodiesel pode ser utilizado como fonte de alto potencial energético para alimentação animal, uma vez que, absorvida no organismo, participará da formação de lipídios, convertida em glicose através da gliconeogênese ou oxidada para a produção de energia através da glicólise e do ciclo do ácido cítrico. Podendo a glicerina ser considerada um ingrediente alternativo na substituição de alimentos energéticos tradicionais nas rações dos suínos.

O glicerol absorvido no intestino delgado pode ser proveniente da glicerina ou ser componente de triglicerídeos da dieta. Quando oriundos das dietas, os triglicerídeos são hidrolisados pela lípase pancreática para formar ácidos graxos livres e glicerol, sendo este solúvel em água e facilmente absorvido no intestino delgado, ou podem ser absorvidos após uma hidrólise parcial dos triglicerídeos formando os monoglicerídeos. O glicerol é também absorvido pelo estômago, no entanto, em uma taxa mais lenta que a absorção intestinal TAO et al, (1983).

Em estudos recentes Berenchtein et al. (2010), recomendam que até o nível de 90g/kg de glicerina bruta na ração não prejudica o desempenho de suínos na fase crescimento e terminação. Assim como Mendoza et al.(2010), que indicaram o nível de até 15g/kg de glicerina na dieta de suínos em terminação como não tendo efeito prejudicial no desempenho dos animais. Hansen et al. (2009), em estudo com suínos em crescimento e terminação, utilizando níveis de glicerina bruta (0, 4,8,12 e 16%) relataram que na primeira semana experimental o consumo de ração e ganho de peso diário dos animais diminuiu linearmente com o aumento dos níveis de glicerina bruta na dieta. Entretanto, quando o período de estudo, níveis crescentes de glicerina bruta não afetaram negativamente o desempenho dos animais. Este fato indica que suínos se adaptam á crescente inclusão desse ingrediente energético na dieta. Carvalho (2011), também não observou efeito da glicerina mista (gordura animal e vegetal) ou da glicerina proveniente do óleo de soja, até o nível de 12% de inclusão quando utilizada nas dietas de leitões.

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4. METODOLOGIA

Para a elaboração deste experimento foram utilizados 48 animais, de uma granja comercial do município de Campo Verde – MT, distribuídos em um delineamento inteiramente casualizado, todos da linhagem comercial obtida do cruzamento de fêmeas naimas e machos 337, submetidos à mesma ambiência, com baias de mesmo dimensionamento, com modelos de comedouro tubular e bebedouros tipo chupeta, todos com idade de 63 dias de vida, brincados, pesados e identificados individualmente, tendo peso inicial médio de 18,45 kg (Figura 1), sendo destes animais 50% fêmeas e 50% machos divididos em 8 grupos de 6 animais cada, sendo 2 grupos controle (0%) , dois grupos 5%, dois grupos 10% e dois grupos15% de inclusão de glicerina (Figura 2). Sendo dividido o mesmo numero de machos e fêmeas entre os grupos. Estes animais permaneceram dos 63 dias aos 120 dias no experimento consumindo a ração de crescimento e posteriormente até os 150 dias consumindo a ração de terminação.

Figura 1. Animais brincados e pesados Figura 2. Rações utilizadas no experimento Individualmente com diferentes níveis de glicerina

Fonte: Arquivo pessoal Fonte: Arquivo pessoal

Foram avaliados o ganho em peso, consumo de ração, Conversão Alimentar, Consumo diário, e Ganho de Peso Diário, dos animais submetidos aos quatro tratamentos nas fases de Crescimento e terminação.

As rações à base de milho e farelo de soja, ( Tabela1), foram formuladas para atenderem ao recomendado por Rostagno et al. (2011), para suínos nas fases de crescimento e terminação, com a inclusão de 0, 5, 10 e 15% de glicerina em

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Tabela 1. Formulação das rações de crescimento nos níveis de 0, 5, 10 e 15% de inclusão de glicerina em 100 kg de ração pronta

Ração de Crescimento Ração de Terminação

Ingredientes 0% 5% 10% 15% 0% 5% 10% 15% Milho 72,00 65,85 50,77 53,69 81,95 75,8 69,88 63,79 Farelo Soja 24,83 26,00 27,10 28,20 15,3 16,47 17,4 18,51 Glicerina 0,00 5,00 10,00 15,00 0,00 5,00 10,00 15,00 L-Lisina 0,17 0,15 0,13 0,11 0,25 0,23 0,22 0,2 Núcleo1e 2 3,00 3,00 3,00 3,00 2,5 2,5 2,5 2,5 Total 100 100 100 100 100 100 100 100 Composição Nutricional Energia Met.(Kcal/Kg) 3230 3230 3230 3230 3230 3230 3230 3230 Proteína (%) 15,50 15,50 15,50 15,50 14 14 14 14 Cálcio (%) 0,512 0,512 0,512 0,512 0,474 0,474 0,474 0,474 Fosforo (%) 0,250 0,250 0,250 0,250 0,230 0,230 0,230 0,230 Lisina (%) 0,935 0,935 0,935 0,935 0,867 0,867 0,867 0,867 Metionina (%) 0,271 0,271 0,271 0,271 0,260 0,260 0,260 0,260 Sódio (%) 0,170 0,170 0,170 0,170 0,160 0,160 0,160 0,160 1

Composição do núcleo de crescimento em kg: Ácido Fólico 10mg, Ácido Pantatênico 373,34mg, Cálcio 255g, Cobre 5.000mg, Enramicina 120mg,Etoxiquin 150mg, Ferro 2.154,69mg, Fitase 20.000UI, Fósforo 2.000mg, Glucanase 6.080UI, Iodo 12mg, Manganês 597,35mg, Niacina 640mg, Selênio 12mg, Sódio 70g, Vitamina A 128.000 UI, Vitamina B1 20mg, Vitamina B12 420mcg, Vitamina B2 112mg, Vitamina B6 24mg, Vitamina D3 26.000UI, Vitamina E 340UI, Vitamina K3 40mg, Xilanase 48.4800 UI, Zinco 3.200mg.

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Composição do núcleo de terminação em kg: Ácido Fólico 10mg, Ácido Pantatênico 373,34mg, Cálcio 235g, Cobre 4.167mg, Enramicina 133,33mg,Etoxiquin 150mg, Ferro 1.795,94mg, Fitase 16.700UI, Fósforo 4.790mg, Glucanase 5.061UI, Iodo 10mg, Manganês 497,89mg, Niacina 640mg, Selênio 12mg, Sódio 64g, Vitamina A 128.000 UI, Vitamina B1 20mg, Vitamina B12 420mcg, Vitamina B2 112mg, Vitamina B6 24mg, Vitamina D3 26.000UI, Vitamina E 340UI, Vitamina K3 40mg, Xilanase 40.626UI, Zinco 2.667,20mg.

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Os animais foram pesados individualmente na entrada da fase de crescimento, na saída da fase de crescimento, posteriormente foram pesados na entrada e depois na saída da fase de terminação. Todos os animais com identificação individual, o qual foi utilizado um brinco com duas numerações, a primeira para saber qual seu numero dentro do lote e a segunda para saber qual o seu lotem em % de inclusão de glicerina em sua dieta (Figura 3). O consumo de ração foi avaliado por baias, sendo pesada toda a ração fornecida para cada uma das 8 baias, nos 4 tratamentos, e ao final de cada fase sendo pesadas as sobras e descontadas.

Figura 3. Modelo de identificação dos animais. Primeiro Digito Identificação do animal em seu grupo, segundo digito, qual a Inclusão de glicerina na dieta do animal

Fonte: Arquivo pessoal

Após o experimento foram recolhidos os dados e analisados pelo programa estatístico assistat, pelo delineamento inteiramente casualizado – DIC, pela analise de regressão, ao nível de 5% de significância.

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5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os níveis de glicerina não influenciaram (p>0,05) o desempenho produtivo dos suínos nas fases de crescimento e terminação.

Tabela 2. Ganho em peso, consumo de ração, Conversão Alimentar (CA), Consumo diário, e Ganho em Peso Diário (GPD), dos animais submetido aos tratamentos de 0, 5, 10 e 15% de inclusão de glicerina nas fases de Crescimento CR, e terminação TR

Crescimento Terminação Dados Analisados 0% 5% 10% 15% CV% 0% 5% 10% 15% CV% Peso de Entrada 20,33 18,67 17,50 17,33 17,49 60,75 55,00 54,00 54,79 13,43 Ganho de Peso ns 39,95 36,08 35,29 37,22 07,62 21,14 20,06 17,62 21,62 10,10 Consumo ns 98,97 96,9 101.80 88,5 11,15 58,47 53,91 56,82 62,14 06,60 C.A. ns 2,54 2,73 2,96 2,49 15,74 2,96 2,87 3,59 3,07 14,32 Consumo Diário ns 1,7 1,67 1,75 1,53 11,34 2,31 2,07 2,18 2,39 05,21 GPD ns 0,69 0,62 0,61 0,64 07,08 0,81 0,77 0,68 0,83 10,02 Peso de Saída QR5-Tr 60,75 55,00 54,00 54,79 13,43 82,00 75,29 70,05 76,75 15,05

NS - Não significativo pelo teste de regressão (p>_0,05) RL5 - significativo pelo teste de regressão Linear (p>_0,05) RQ5 - significativo pelo teste de regressão Linear (p>_0,05) Cr - em crescimento

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Lammers et al. (2008), utilizando glicerina semi-purificada, verificaram que a inclusão de até 10% não prejudica o consumo diário, ganho de peso diário e conversão alimentar de suínos em fase de crescimento (7,9 a 133kg). Da mesma forma, pesquisas anteriores, que avaliaram a adição da glicerina em rações à base de milho e farelo de soja (Kijora & Kupsch, 1996) e farelo de trigo e soja (Mourot et al., 1994) não observaram efeito no desempenho de suínos em crescimento. Mendoza et al. (2010), utilizando glicerina purificada, recomendam a inclusão em até 15% na alimentação de suínos em crescimento, sem prejuízos no desempenho. Resultado similar foi verificado no presente experimento, assim confirmando que a inclusão de glicerina não ocasiona prejuízos no desempenho produtivo dos suínos.

Através dos custos das matérias primas no estado do Mato Grosso, especialmente no município de Campo Verde, onde foi realizado o experimento, a utilização da glicerina, possui um custo bem inferior por kg, quando comparado com o milho e demais matérias primas (Tabela 3). Este menor custo da Glicerina, possibilita a viabilidade de sua utilização na ração, pois o desempenho dos suínos não foi estatisticamente diferente em função dos níveis, quando comparado ganho de peso, consumo, conversão alimentar consumo diário e ganho de peso diário.

Tabela 3. Custo por kg das matérias primas, na Granja Bordignon, utilizadas nas dietas das fases de crescimento e terminação

Matéria Prima Custo R$

Milho 0,35

Glicerina 0,15

Farelo de Soja 1,00

Lisina 7,00

A substituição do milho pela glicerina se torna possível pela semelhança na energia entre os dois ingredientes, e sua diferença proteica (Tabela 4), são ajustados na formulação pela inclusão maior de farelo de soja, o qual mesmo sendo mais caro que os dois ingredientes proteicos, torna a ração final mais barata, devido a grande diferença de preço entre os energéticos.

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Tabela 4. Composição química e valor energético da Glicerina e Milho

Informações Medida Glicerina Milho

Matéria Seca % 90 78,48

Proteína Bruta % 0,23 7,88

Energia Bruta Kcal/kg 3696 3940

Energia Digestível Kcal/kg 3652 3460

Energia Metabolizável Kcal/kg 3579 3340

Energia liquida Kcal/kg 2611 2648

Fonte: (ROSTANGO et al. 2011)

O custo por quilo de ração produzida com maior inclusão de glicerina é menor. Esta resposta é reflexo da relação de preços existentes entre os ingredientes (milho, farelo de soja, lisina e a glicerina bruta), uma vez que à medida que se adiciona a glicerina, há uma redução do milho, que apresenta maior valor agregado. Assim, estes resultados sugerem que pode haver redução no custo da ração com a inclusão de até 15% de glicerina (Tabela 5). Quando calculado o custo por quilo de ração produzida, pelo consumo por animal em cada uma das duas fases (Tabela 5), obtivemos o custo por animal produzido em cada fase em relação á nutrição (Tabela 5), a qual evidenciou que os níveis mais rentáveis de inclusão de glicerina, para o produtor foram com 15% de inclusão no crescimento e 5% na terminação (Tabela 5).

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Tabela 5. Custo em reais, por kg de ração produzida, com a inclusão de diferentes níveis de glicerina, consumo total de ração por animal, em kg, custo da ração por animal produzido e economia por animal produzido, quando comparado peso ganho com conversão alimentar e custo por Kg de ração

Crescimento Terminação

Unidade 0% 5% 10% 15% 0% 5% 10% 15%

Valor da ração por kgRQ1 R$ 0,63 0,62 0,62 0,61 0,56 0,55 0,55 0,54

Consumo total animalRL1 RQ1 RC1 kg 98,97 96,90 101.80 88,50 58,47 53,91 56,82 62,14 Valor da ração por animal RL1 RQ1 RC1 R$ 62,35 60,00 63,10 53,95 32,75 29,65 31,25 33,55

Economia por animal R$ - -2,35 -0,75 -8,40 - -3,10 -1,50 +0,80

RL1 - significativo pela quadrática (p>_0,01) teste de regressão RQ1 - significativo pela quadrática (p>_0,01) teste de regressão RC1 - significativo pelo quadrático (p>_0,01) teste de regressão (-) economia em reais por animal produzido

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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E DISCUSSÃO

Através dos resultados obtidos, juntamente com os conhecimentos adquiridos na universidade, utilizando de uniformidade para os critérios de avaliação e classificação, a formulação das rações, os níveis atendidos pelas rações de acordo com os requerimentos dos animais, mostram o quão importante é inserção do zootecnista na área de produção animal.

A experiência teórica e prática obtida dentro da instituição de ensino será de fundamental importância para a formação acadêmica que serão aplicados profissionalmente. A importância de um zootecnista em uma propriedade se consolida para com vários pontos estratégicos, dentre eles, na redução dos custos de produção, implicando em maiores lucros de uma propriedade ou empresa.

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6. CONCLUSÕES

Todos os critérios avaliados foram satisfatórios, pois não houve diferença significativa no ganho em peso, consumo alimentar, conversão alimentar, consumo diário e ganho em peso diário dos animais submetidos aos diversos tratamentos nas fases de crescimento e terminação. Entretanto, foi economicamente mais viável devido a redução no custo de produção na inclusão de 15% de glicerina na fase de crescimento, economizando 8,4 reais e 5% na fase de terminação, economizando 3,1, ampliando sua margem de lucro em 11,5 reais por animal terminado.

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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com esta oportunidade que nos é dada pela universidade, professores e colaboradores por fornecerem suas empresas para estagiarmos é de extrema importância para a formação acadêmica e profissional do aluno, pois é o momento de se colocar em pratica para testar tudo, ou uma grande parte de seus recentes conhecimentos técnicos, os quais serão testados e necessitados incansáveis vezes no decorrer de sua vida profissional a qual esta prestes a ocorrer.

Ficam evidenciados nos estágios a grande necessidade de constante aprimoramento dos conhecimentos técnicos adquiridos em formação mas que com o mundo competitivo que as empresas vivem, ocorre constantes mudanças e aperfeiçoamentos, sendo uma busca incansável e infinita por conhecimento, os quais nada adiantam o profissional os deter se não os executa em favor de sua empresa.

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REFERÊNCIAS

BERENCHTEIN, B. et al. Utilização de glicerol na dieta de suínos em crescimento e terminação. Revista Brasileira de Zootecnia, Viçosa, MG, v.39, n.7, p.1491-1496, 2010.

BIODIESEL BR. BASF; anuncia a construção da fábrica de metilato de sódio no Brasil. Revista Biodiesel, Curitiba, v.3, n.16, p.33-38, abril/maio 2010.

BONNARDEAUX, J. Glycerin Overview. Report for the department of Agriculture and Food. Government o Western Australia, 2006.

CARVALHO, P. L. O. Glicerina bruta na alimentação de suínos. Tese (doutorado em Zootecnia), Universidade Estadual de Maringá, Maringá, 138p., 2011.

DIAS, A.C.; et al. Manual brasileiro de boas práticas agropecuárias na

produção de suínos. 1ªed., Brasília, DF, 140p., 2011.

GROESBECK, C. N.; MCKINNEY, L. J.; DEROUCHEY, J. M. et al. Effect of crude glycerol on pellet mill production and nursery pig growth performance. Journal of

Animal Science, v.86, p.2228-2236, 2008.

HANSEN, C. F. A. et al. A chemical analysis of samples of crude glycerol from the production of biodiesel in Australia and the effects of feeding crude glycerol from to growing-finishing pigs on performance, plasma metabolites and meat quality at slaughter. Animal Productions Science, Gatton, v.49, p.154-161, 2009.

JAGGER, S. Proceedings of the British Society of Animal Science. In: The

implications of biofuel production on intensive livestock production in the United States, Comer ford, p.286-287, 2008.

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Referências

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