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^.v JOÃO RIBEIRO «.A.

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(1)
(2)

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S'

(4)
(5)

JOÃO

RIBEIRO

^.v

'0

(6)
(7)

A

essenciado creditoconsiste nacessão de

um

, >

valor presente mediante aoromessade vâlorfuturo,sob '^ndições quepodein^at^l^\5;J^iito^séin.alterara

| naturezadoacto.E’afaculdademvrementeadquirida de disporde bens quenãonos pertencem, xontra a -siinpiespromessade

um

contra- valor,(i)^

Quantoáspessoas, ocreditoé publicoou pri-vado;

publico seodevedoré a nação, oestado, o municipio,ou odistricto; privado,quandoodevedor

| éo individuo ou pessoa moralsem o caracter po-litico. '

Quanto ás garantias,érealou pessoal.

O

cre-ditoreal.apoia-senacotisadada

em

garantia;o cre-ditope.ssoal,aocontrario,naopiniãofavoravel que

seformadoxkvedor.

(1)Roscher.ílcottowuajjoZíítca.Ediçãoaunotada por Wolowsky.

(8)

Com

relação ao fim das operações o cre-dito é’ de consumo ou de producção. No pri-meiro caso o devedorconsome improductivamente ariquesa recebida, restanJÓ-Ihe aobrigaçãoder%

stituir o equivalente; no segundoo devedor em-prega como capital a riquesa recebida no com-mSrcio(creditocommercia'.),na industria manufactu-rcira(credlToindustria'),ou naindustriaagricola (cre-ditoterritorial eagricola)

Itelativainente á terradistinguero-setresespecies oufórmas-3ecredito;territoric^agricolahjpothecario eagricola fiduciário,lístadistineçãobasea-se iia pró-prianaturezadocreditoesuagarantia.

O

credito ter-ritoriale agricolah3’poth'ecariopertencem á cathegíria decredito realeoagricola fiduciário émeramente cre-ditopessoal.

O

credito territorialserveás necessidadfsda pro-priedadeou melhor,doproprietário;poderás&rvir

tam-bém

á agricultura,''m'ás' no maior numero de casos o dinheiro levantado nosinstitutos de credito territorialconsome-se

em

obivis extranhas á agri-cultura.

O

crê3íto agricora'Tíj’polhecario éreal tam-bém,mas^d^ere do. territorial

em

seressencialmente agricolaetantoéassim que,seo dinheiro fornecido pelocredito territorialfosseempregado

em

obrasque augmentassemacapacidade produetivado ptgdio,o creditoterritorialseriaagricolahvpolhecario.

(9)

capi-taldestinado a augmentar^valor da propried^e, incorporando-lhe obras novascapazes"de augmen-tai'-lhe o rendimento.

Essencialmente diverso das especies precedentes éocreditoagricolafiduciário.

F^esso^e

destinado

exclusiyamenteá cgltura^a pro^ie^aderux;^._

O

creditohypothecariotem por^baseagarantia

dapropriedadeimmovel, porfima“aB'^isiçãodo

ca-p^a^fixo—nec essarjg...ao_seu.incremento e

prosperi-dade e"pormeio ocontracto de mutuo.

O

agricola fiduciáriofunda-sena moralidade pessoal; tem por objectoocapitalcirculante que promptamentese

re-compõeepor^

me

ioos

mesmos

agentes emprega-dos^pelo credito commgr^cial, como:

cambiaes, bilhe tes

^

prdem,etc.

Creditoterritorial,defineDalloz,é oempregode certafórma, para o empréstimo decapitaes,da con-fiança quepódeinspirara garantia dapropriedade immovel.

E'afaculdade, ensinaJ. B.Say,que possue o homem,naçã,oou associação, de encontrar capitaes sob garantias immoveis. Sãp essas as definições acceitaSporYvesGuyotequelhe parecemasmais

positivas.

-O

conjuncto de empréstimos hypothecarios con-stitueocreditoterritorial.

Designa-setambémsobo

nome

decredito terri-torialo instituto financeiro, que, solrcondições

(10)

es-tabelecidas,effectua empréstimos sobre immoveis.

O

creditodirecto

nem

sempreépossível,já por

contractantes, já por faltade confiança dos credores nasolvabilidadedos devedorese,finalmente,porfalto deaccordonas-,condições exigidas reciprocamentecom relação

á quantidade de capitaes offerecidos e procurados,aotempoe

modo

derestituição eá taxa dejuros. D’ahi a necessidade de

um

intermediário idoneo,que actue no sentido da convergênciada

offertaeprocura decapitaes.

O

intermediário omais utilésemduvidaobanqueiro, qnefazocommercio de capitaes sob afórmaabstracta.

O

banqueiro, rece. bendode unse emprestandoa outros,constitue

um

centropara o qual afiluem asoffertase pedidos de capitaes.

Em

espheramais extensa operam os banco.*;,

como emprezascollectivas.Attrahemaconfiança pu-blica

em

grau superidr ao banqueiroparticular, não sópelovolume docapitalentregado, comopelas^ re-lações maisamplase pelapublicidad e eregularidade de suas contas.

Bancossãoinstituiçõesquefacilitamasoperações ) decreditoeacirculaçâo_dQB.instrumentosde credito.

/

Osbancôs

em

geraldedicam-se acertoramode operações.Relativamenteá qualidadedos seus deve-dores,osbancossão:

(11)

Bancosterritoriaes:—decrej ditoagricola.

BancosindustpwtTs:—decredito sobre dorias;dec^dítomoveL

Ban^2^?^cornmérdaes:

de depósitos e descontos oudcdescontossómente;de depositos, de descontos ecirculação,oude circulação somente.

>•

Os

bancosde credito realsão intermediários en-treo ca;íltaTfS&^.o_proprietariõ.'RêcêBemo pedido doempréstimo, examinandoos instrumentoscompro

-batoriosdodominio,avaliam osimmoveisofferecidos

em

garantia,realisamo mutuoe reembolsamo capi-tal mutuadopor annuidades successivas, dentro de

um

praso determinado. Por outro lado osbancosdesta natureza,emprestandocreditoenãodinheiro,emittem obi

^açÕ

£Sou letrashypcthe carias co

m

jui-Õ^]||S4p e^^tetíípo certo^de resgate,offerecendoeste titulo

fiduciaçiOv a garantiahvpothecariaa mais perfeita aífiada_á_mobilidadede

um

valorde bolsa.

Destafórma os bancos decreditorealrecebem fundos para serem applicados aempréstimos garan-tidospor primeiras hypothecas.

(12)

pelocreditoreal

empréstimos a largo praso reem-bolsáveis porannuidades successivas eempréstimos

J

a curtopraso

com

ousemamortisação.

A

quotada amortisação nos empréstimos a longo prasoé calcu-lada de fórma aextinguir-sea dividano periodo fixado.

Estaéaoperação essencial do credito real.

A

conveniência desses empréstimos não carece dedemonstração

é intuitiva.Solvendo-se ocom- * promisso

em

prasolongo, aannuidade torna-se ex-cessivamenteleve.de maneiraque o resgateseopera de

modo

quasiimperceptivel. E eraessa

uma

con-diçãoindispensávelparaa realisaçãodoempréstimo destinadoamelhoramentosagricolas,porque as som-masassimempregadasserefazemmuito lentamente ámedidado progressomoderado dorendimento.

E’

uma

observação importante,formulacfe já por muitoseconomistas,notadamente porAdãoSmithe Sismondi, que a agriculturaintelligente e bem com-prehendida, aquellaque corresponde ás vistasda EconomiaPolitica,á qualsedevemadeantar capitaes j nointeresse publico,estápor sua próprianatureza J impossibilitadadedispensar o concurso delles, po- ,

dendo apenaspagar juro egual ao que supportao^ conjuncto das outrasindustrias existentesno paiz.

Osgeneros demercado de

um

valor prompta-menterealisavelnão figuram

numa

agricultura pro-gressiva,senão por

uma

somma

pouco importante

(13)

como

consequênciado empregodeenormescapitaes.

0

Cumprindofielmenteo compromisso, liberta-se

odevedordo pagamentointegraldadivida,nofim doprasoestipulado,comoclausulacontractual.

Osempréstimos a curto praso effectuam-se

com

^

osfundossociaesdisponiveis.E'

uma

facilidade es-pecialdo creditopara o mutuário quenãoquer sujei-tar-s& ao pagamento das annuidades por longos j annos.

A

nece^idadedoreembolso gradual-alon p -o_pra-jio fórma o

ty^

distinctodocrejitorèàTr^erianm-

\

possivelálavoura saldar os seuscompromissos

em

curto praso, contandosómente

com

o pequenoren- < dimsntoproprio; por outrolado,não encontrariafacil- ^ inente capitalista particularque se animasse a em- ^ prestarcapitalpara rehavel-o por pequenasparcellas,

^

em

longo praso.Asfracçõesniinimas recebidaspelo capitalista não íderiam ser .etap.regadas e

m

novos

emp

festimos pela sua própria insigni^ancia,e por consequênciapermaneceriaminertes einfructiferasou, o què~é peior,’consumir-se-iam.

Ao

contrariodo capitalista,‘~a associação

rece-bendodiversas fracçõesdocapitalmutuado, applica-as ás suas crcações annuaes na proporção dodebito saldado.

(14)

lO

:!

Assim,

^onder

a^iccone, osbancos decredito real põem

em

jogo

uma

novaforça economica

o apro^tamentodaspequenasquantias, que,isoladas, são dispersadas;e reunidas,adquiremvalore impor-tância.

Para occorrer ás necessidades do credito real, emittem as sociedades decredito real

aletra hypo-thecaria.Todoosystema basea-se na procura da

jetra,sem oque ocapitalsocialseexgottaria logo após os primeiros empréstimos a largopraso.

O

capitalsocialdeve servirapenas de garantia para odesempenhodoscompromissosdiversosque assumem as sociedades decredito real.

A

creação desse novo instrumento decredito acabou com o inconvenienteapontcdo nos empréstimosparticulares

a privação docapital durante longo prasoea I difficuldade

em

rehavel-o. r

j

Divididas

em

fracções commodas e facilmente transmissíveis,observa notáveleconomista,offerecem asletrashypothecarias collocaçãofacil para pitai.

Por

um

lado,ocapitalistaempenhandoseus fun-dosnacompradeletrashypothecarias póde desfazer-sedeliasaqualquer momento,passando-as a outro capitalista que deseje empregarocapitaldisponivel, annullando assim adifficuldadedaprivaçãodo

mesmo

^ por

um

praso longo, obstando osempréstimos pelos capitali.stas; por outro lado,ocapitalista quefaz o erecem \

o ca-

i

(15)

empréstimo, quercomprando a letra hypothecaria, quer substituindoo primeiro tomador,nãotemrazões para receiarademora do pagamento eoutros em-baraçoseriscosdas hypothecas directaseencontra a garantiaperfeitanasociedade emissora.

Se o fim das sociedadesdec.^editorealé mobi-lisara propriedade, organisaro credito, esse fimé attingidopela entregaaomutuáriodasletras

hypo-thecarias.Mais do queissoseriapretenderoqueo creditoreal nãopódedar,isto é, pura e simples-menteo absurdo.

A

letra hypothecaria,conforme pensa Dalloz, con-stitue

como

quea duplicatadocredito hypothecario fraccionado.

A

letrahypothecaria põe

em

destaqueagaranti,

docredito,fazdelia

um

valor distinctoemovei.

A

negociação deste valor abre vasto horisonte de operações.

Eisa theoriada letrahypothecaria:

Um

contracto ésubscripto pelo mutuário na fôrmaordinaria

em

favordocredito real. Por este contracto,omutuário obriga-seao pagamento exacto das annuidades, que extinguem a divida

num

praso determinado.

Em

vista desse contracto, associedadesde cre-dito realemittemletrashypothecariasnovalor nomi-nalequivalenteao emprestimo,entrega ostitulos

(16)

emitti-dos ao mutuárioouos negocia por suaconta, dan-do-lheoproductodaoperação.

A

circulaçãodasletrasobriga á sociedadeemis soraao pagamento dos juros semestraes dasletra; eaoreembolsodo capitalpor via de sorteioannual

masde todos os que se achamhypothecadí eiedade.

E'a -garantiacollectiva,substituipdoa garantia indiv idual.

^ Asletrashypotbecariassão nominativas ou í\oJ portador.

As nominativas transferem-se por endosso.Não

sepôde applicar neste caso alei rigorosada ‘'solida-riedadecommercial ao endosso das letras hypothe-carias easrazõessão obvias,observa Chegaray,:

1°os elíeitos commerciaes sendo ordinariamente a curto praso,o endossantepóde ealculara responsa-bilidadeassumida;mas como exigirdo portadorda

letraestecompromisso natransferenciade

um

cre-ditoa longo praso? 2»

Quem

adquire

um

effeitodo commercio temsobretudo

em

vistaa solvabilidade pes-soal dosdifferentesco-obrigadose,mais

particular-mente ainda, adocedenteimmediato, emquantoque Os jurosdasletrase aimportanr.i.aparaosen resg^e~sã^fornecidos pelo mutuário.C

om

,aqu ota da annuidade destinada á an;arüsa£ãoé que -as.so-ciç^dadesoperamo resgate dasletras.

(17)

%

*

*

o

comprador daletrahypothecaria preoccupa-i sencialmenteda solidez materialdotitulo hypothe-carioe docreditodoestabelecimento,que o emitte e garante.

Asletrashypothecariasao portador transmittem-se por simples tradição. E' certaraente

uma

grande vantagem para

quem

compra ou vendetitulosdesta natureza.

Em

algunspaizes,ondeseachaorganizado

em

bases solidas ocreditoreal,toda a emissãodas

letrashypothecariaséao portador.

Na

Polonia ena Pomerania a letra hypothecariapassa de

mão

em

mão,

como

se tôra bilhetedebancosemcessãoe

nem

endosso.Existe na Pomerania

um

meiode obviar o perigode perda queapresentam ostitulosao porta-dor e consiste

em

escrevero portador as seguintes palavrassobre a letra:

Estaletrafoi retiradada circulação

ajuntando a dataeassignatura.

O

CréditFoHcier deFrança adoptou meiomais

A

simplesde evitar o inconveniente apontado, facul- \ tandoodepositodostitulosnacaixa social e sub- f stituindo-osporcertificadode depósitos nominativos,

/

com

cujaapresentaçãodevem serpagosos juroseo7

capital dasletras,quandosorteadas.

/

A

letrahypothecaria vencejuros,cujopagamento

»promptoéa condição essencialde exito para as

'^ciedades decredito real.

'

A

solidezdagarantia,diz

Dumas

nasua

(18)

facilmentenegociável.Para quesejaprocurado, torna-se necessário que ocapitalista confie no serviço exactodosjuros.

O

capitalista,antes de tudo, esfor-ça-sepelapercepção regular desua renda.As obri-gações emittidaspelassociedades serãorecebidas fa-voravelmente,quandoosestabelecimentos tiverem a possibilidade decumprir,

com

exactidãoe pontuali-dade, osseuscompromissospara

com

os portadores.

O

pagamentoexacto dos juros é o escopo para o qualde^emtender todos òs esforços dos bancos decredito real, eparaissonãolhesfaltamelementos. .Alémdo fundo de reservaecapital,possuem meios deacção rápidos e efficazescontraos devedores re-tardatários.

Na

emissãonão haépocafixadeexigibilidadedo

capital.

O

pagamento éfeitoporviadesorteioan nual. Cadasorteiocomprehende onúmerodeletras sufficientepara operar

uma

amortisaçâo detalfórma que a importância deletras

em

circulaçãonão exce-daaocapitaldos empréstimos hypothecarios, pelos quaesfôr-obanco credornaoccasião.

Asquotas de amortisaçâodos empréstimos appli-cam-se aosorteiodasletras

em

circulação.

A

razão éobvia.

O

valordasletrashypothecarias

em

casoalgumdeve exceder á importância dos

em

préstimos; porque o contrario acarretaria acompl^' desvalorisaçâo do titulo, faltando-lhe a gara hypothecaria sobreque repousa.

(19)

15

os bilhetes bancados. tiE'‘^'le!rír^ ConJ[(^ndir-se-iam

com

Parainfundir confiançaé forçoso qi hypothecaria tenha

um

valorcorrespondente no con-tracto^-hypothecarioassignadopiçlomutuário; de ou-tíSTorrnã^eria

um

titulomeramentèlidircíârioenão poderiapretendernacarteiradocapitalista,senão o logarreservadoaos papeis oriundosdocreditopes;> soai.

Delineado

em

traços largososystemadosbancos decreditoreal, cumpredescer ao estudo de sua applicaçãopratica.

Assignadoo tratado depas

em

1763, Frederico

oGrande, voltouaoseu reino,cuja integridade ter-ritorial sahira intacta dahorrorosacarnificinaque enluctaraaEuronaduranteseteannos, roubando-lhe cercade

um

milhão de vidas.

Chegandoácapital,cuja população o recebera

€omo

verdadeirrotriumphador— no meiode enthu-siasticas efestivasacclamações, o reiempenhou-se seriamente

em

sanar os enormes malescausados peia guerra. Effectivamente, o estadodaPrússia era digno delastima:

as cidades saqueadas, oscampos desolados tramcultivados por mulheres; amocidade desapparecera; oexercitocompunha-se de rebeldes, tesertores efacinoras.Medidas energicase adequa-isnãosefizeram esperar para allivio de

uma

si-çâotãopenosa,

(20)

pro-Í6

vincias quemaishaviamsoffrido;reanimou o com-merciointerno e externo, abrindocanaes e portos; reformou radicalmente oexercito; melhorou as con-diçOes de defezado paiz, levantando fortificações nasfronteirase,

em

uma

palavra, transformou

um

paiz assolado por tantas calamidades

em uma

nação prospera e respeitada peloestrangeiro.

O

estado precário dos proprietários ruraes da

Silesiamereceu-lhe attenção esérioscuidados. Pro-mulgou

um

edictodeindulgência, concedendo

mo-ratória detres annosaos proprietários Silesianos,

acabrunhados por dividas excessivase ameaçados deassistir a excussãodos seus immoveis.

A

medida

protectora,lembrada por Frederico,produziaeffeitos desastrosos, introduzindo

um

factorestranho na offer-tae procura de capitaes.

A

consequênciaeconomica produziu-se immediatamente:—a completa ruinado

creditoprivado dosproprietários ruraes.

O

numerárioabandonoua propriedadeterritorial. A’ taxamódicade juros succedeu a mais desen-freada usura. Osagricultores dlfficilmenteobtinham capitaes a 10<>/o, afóra as commissõesexorbiUnies que os sobrecarregavam.

A

gravidade excepcional d momentoimpunha-se á meditação dos pensadore época;entretanto, coube a

um

negociante obsc Berlim a soluçãodoproblema concebendo a=

fundaçãodocredito territoiial.

(21)

propondoa Fredericoa creaçãoda Associação terri-torialdaSilesia,

em

1770.0 planoobteve benevolo acolhimentopor partedoreie foi executado pelo mi-nistroBarãode Cramer.

A

associação recebeu a do-taçãode300 ÒÕOescudos prussianos.

O

resultadofoiadmiravel.

Á

confiança voltou aos capitalistas, descendo immediatamente a taxa dejuros.

As vantagens maisimportantes da associação silesianaconsistiam: (i)

1.

Em

tornara garantia mais solida para os capitalistas;

2. Proporcionar aos lavradores os fundos de quecarecessem, mediante a taxa de juros de.b ij* »/opara as

sommas

mais importantes e 6°/opara aspequenas quantias;

3. Dividirostitulos hypothecarios

em

fracções de2.‘S escudos, tornando-os por conseguinte mais facilmentenegociáveis;

4. Assegurar oserviçode juroseopagamento

capitalpor meiode

um

processo summario e cionalde excussão;

Tornarostitulosnegociáveis,semdespezas, fisardefórmaalgumaa propriedade, pelo (arantindo-lhe a estabilidadeque resulta

ES Barre.Dticrédit etdesbanmtes hy-Jis1849.

(22)

ordinariamente de

uma

exploração intelligente e van-tajosa,

A

penúltima garantia,diz Royer,(i) era mais apparentedoquereal.

A

associaçãotomavao com-promisso de reembolsar o capitalista,mediante aviso préviodeseismezes.

Presumia-sequeobrigações produzindo juros sa-tisfactoriosequese negociavam naBolsa

com

agio de 7o/o,nãoseriam apresentadasao resgate senão

em

proporção muitofraca.

Demais, a associação era dotadade recursos ex-traordináriospela munificênciareal,armadade

facul-dadesde excepção quelhe garantiam o reembolso docapitalmutuado.

Nessas condições,nãoseriacrivei que tal in-stituiçãoencontrasse

em

seu ca<ninho tropeços de ordem financeira.

Um

lactoimprevisto, accrescenta Royer,demons trou oerroeperigos desta enganadora seguranç

A

facilidadedeobter capitaes a iurosbai.v conduzia os proprietáriosruraes ásuafatul

Asdespesas improduetivas multiplicar»-, dentro de curto lapso de tempo ospropri acharam

em

estado deperfeitainsolvabi.í

nãofoisómente o

mau

empregodoca ;

duziu odesastre,

uma

outra causa d

(1) Rover.Obracitada.

(23)

9

portancia determinou esseresultado.Referimo-nos á alteração da moeda

facto tolerado durante a guerra,

mas

quedeviacessar,logo fosse restabele-cidaa paz.

Firmadaaordemnormal,psgeneros alimentícios cahiram de preço portalfórma que os proprietários agrícolas seviramnacontingênciade retardar o pa-; gamentode seus avultados compromissos, nãocon- > seguindoao menos satisfazera diminuta quota dos.) juros semestraes.

Para acudir a estesmales,o governo,

uma

ou-travez^usou do meioempregado

com

péssimos re-sultados

—a

suspensão de pagamentos, promulgando

^

oedictode 19 deMaiode 1807.

Foisómenteno annode 1790 que oreiJorge IIIestabeleceu

em

Zélle(Hanover)

uma

associação de credito,naqualoprincipiodoreembolso por amorti-saçãofoiclaramenteinstituído.

Maistarde,

em

1822, creando-se a associação de redito paraoducado de Posen, aPrússiafez o neiroensaiodo systema adoptado no Hanover e incontestávelsuperioridade decidiu ogoverno

aroprincipioparatodas as associações prus-•iblicartdo

em

27 de Marçode 1838

uma

abinetenestesentido, naqualse provi-ibem sobre a reducção dos Juros das “ricolas a 3 i/2 o^o,cassando-se ao portadores das obrigações odireito

lo.

;

(24)

20

A

grandiosa concepção de Büringnão sómente

sal-vouosproprietários silesianos,como tem contribuido para o desenvolvimentoevalorisaçãodapropriedade territorialno

mundo

inteiro; entretanto,nada mais simplesnasua base fundamental

a substituiçãoda responsabilidade individual pela garantiacollectiva dosproprietáriosligados pelovinculohypothecari(^

A

principiodefeituosa, a associação territorial•

daSilesiafoi-se desenvolvendo paulatinamente, cor-rigidososerroseimperfeições naturaes

em uma

pri- .

meira tentativa, e defínitivamente firmou-se

com

a adopçãodosalutar piãncipio daextincção do debito, hypothecario pela amortisação.

Propagou-se então o credito realpelaEuropa

com

extraordináriarapidez,fundando-se associações

em

Brandeburgo(1777).Pomerania (1781), Hamb-go (1782), Prússia Occidental (1787), Prússiao*" (1788), principado deLuneburgo (1791), Rs* Livonia (1803), SchleswigeHolstein( 1

8

1

' ^

burgo(1818),Grão Ducadode Poser da Poionia (1825),ducadqsde P (1826), Wurtenberg (1827), H<-^ Westphalia (183-5),Gailicia (11

^

^ Saxe(1844).(i)

Maistarde os banco

(1)JOSSEAU. Relato-daAgricultura deFra y jdr ''i ot i.

4

(25)

21

ganhandoter^snoesurgiram

em

todos os paizes. Assim, naÁustriaJundou-se a sociedade geral de credifOreal,calcadasobre'o iy^oáo Crédit

Fon-cierde France.

4

sociedadetemporobjecto: 1. Effectuarempréstimos hypothecarios a longo oucurtopraso, reembolsáveispor annuidades;

2. Adquirircréditosgarantidos por hypothecas jáexistentes;

3. Fazer empréstimos ás províncias, districtos,

communas

ea todas aspessoas jurídicas,

com

ou

semhypotheca;

4. Emittir obrigações hypothecarias reembol-sáveis

em

épocasfixasoupor via desorteio.

A

som-ma

totaldasletras

em

circulação não pódeexceder áimportânciadoscréditos hypochecarios; entretanto esta associaçãofoiauctorisadaaemittir,sem garan-tiahypothecaria,letrashypothecariasno valor total de 2 milhõesdeflorins,

com

acondípío de depositar naprópriacaixasocialovalor representativo dessas letras, seja

em

numerário seja

em

valores

repou-sando egualmente sobre garantia hypothecaria

Na

Prússia fundou-se

uma

sociedade

anonyma

por acções. Creditoterritorial centralda Prússia quese occupadas operações quetenhampor objecto o desenvolvimentodocreditoreal.

O

reembolso dos empréstimos sobre prédios urbanoseruraes effectua-sede

uma

sóvez, por fracçõesou por annuidades.

(26)

liinite máximo vinte vezeso capitalrealisado. E’ prohibida aacquisição deimmoveis, salvo por necessidadedoserviçodaadministração’oupara evitarprejuizonaliquidação de enrprestimos

hypo-thecarios.

A

sociedade empresta sobre primeira hypo-theca atéa concorrência de500/°' valordos

im-'

moveis urbanos, de2/3sobre as propriedades ruraes e t/3sómentesobrevinhedos e florestas.

A

impor-tânciado empréstimoé entregueao mutuário

em

especies011

em

obrigações pelo valor nominal.

No

ultimo caso permitte-se oreembolso

em

obrigações.

A

annuidade é paga por semestres

vencidos-A

faltadepagamento daprestação semestral,nos 15 dias posterioresaovencimentorespectivo,acarreta a penadet/2°/osobre ototaldoempréstimo. Os titula-resdos empréstimos a largo prasopossuem oprivilegio deeleiçãodedomiciliosobretodooterritoriÕdoreino daPrússia.Quantoá administração da sociedade,no casodeimpedimento por ausênciaouenfermidade,o presidentedoconselhodaadministraçãoésubstituido pelomais antigo dos doisdirectores adjuntos.

O

pre-sidente eosdirectoressãoeleitos peloconselhode administração

com

aapprovação do chefedo estado.

A

qualidade de súbdito prussianoécondiçãosíttequa para aeleição.

O

conselhode administração

compõe-sede27membros.

Muitos outrosbancos seestabeleceramna

(27)

23

O

BancoCentralde CreditoTerritorialda Russii (fundado

em

1873

com

aapprovação dogoverno, des-tina-seaunificar ecentralisar asletrashypothecarias <detypos múltiplos, emittidas pornumerosas socieda-desdecredito realestabelecidas no Império.

O

fimunico dessebancoconsistena compra., por contaprópria,dasletras hypothecarias de todos os bancos Russosdecredito Real.

Como

meiopara levar a effeitoa operação,elleemitteletrashypothecarias.Além dessa operação essencial,obanco poderá

também

comprarevender os sobreditostítulos porcontade terceiros,percebendo por esse serviçomódica com-missão.

A

emissão deletraséauctorisadapelo minis-trodas finanças.

Nem

sempretem sido prospera a situação desse banco.Duranteannossucoessivos ellesoffreu perdas importantes de cambio, parafazero serviço pontualde juroseresgatedas letrashypothecarias.

Em

1882 essasdifferençasdecambioelev'aram-se a 300 000rublos.Para cobriressedesfalque,o go-vernofoiobrigado a adeantar fundos ao banco.

0

Banco hypothecario deWilnofoiauctorisado pordecretode deAgostode 1872.

O

Banco Territorial de Kietsi, organisado

em

condições analogasásoutrasinstituiçõescongeneresna Rússia,realisa empréstimos a longoea curto praso sobhypotheca de propriedades ruraeseurbanas.

(28)

24

dogoverno,atitulo de dotação, 8milhões dc coroas

em

titulosde renda publica de 5o/°.Este

ban^

teve oprivilegioexclusivo de emissão de letras hypothe-cariasao portador.

O

banco não tem capital enein. accionistase é administrado por

um

conselho de administração.

A

missão deste banco é fornecerás sociedades provinciaes hypothecarias as

sommas

necessárias paraempréstimos sobre immoveis. Nos adeantamentos ás associações provinciaes, o banco

limitao seulucroá

somma

indispensávelásdespezas de administraçãoe constituiçãode,suareserva.

O

decretorealde 8de Outubrode 1865 conce-deuprivilegioexclusivo ao Banco de Nápoles,ao

Mont

de ?aschi di Siena, á CaixaEconomica deMilão, ás Obras piasdeS. Paulo deTurime áCaixa

eco-nomica de Bolonha, para a creação de sociedades dec.-editoreal.Actualmente,ocreditorealpa Italia éregulado pelaleide23 de Janeiro de 1887 e Decreto Realde 8 de Janeiro de 1888.

O

BancoHypolhecariodeHespanhaobteve pri-vilegio exclusivo dos empréstimos hypothecarios e emissão de obrigações.

Ascondiçõespara a realisaçãodos empréstimos e emissõesdeletrassão calcadas nosmesmos mol-desdoCréditFoncier de France.

O

Credito TerritorialdeLuxembnrgo foi oon-stituidopor

um

decreto grão-ducal de 1879.Este bancoteveporfim:

(29)

25

1. Effectuar empréstimos hypothecarios sobre immojJeis situadosnogrão ducado, assim como em-préstimos aos sjndicatos agricolas paramelhoramento dosolo;

2. Emittirletrashypothecarias;

3. Receber depositosde capitaes

com

ousem

juros;

4. Adquirircréditoshypothecarios que tenham sidofeitosnas condições exigidas pelocredito terri-torial.

A

particularidade que existena administração dessebancoé que o pedido de empréstimoé sub-mettido ao exame de

uma

commissão de 3 juris-consultos,nomeadadirectamente pelaassembléa ge-ral deaccionistas.

Na Roumania,

uma

leiespecialrege as sociedades decreditoreal.

A

primeira sociedade creadafoia Sociedadedecreditoruralde Bucharest.

Maistardeforamconstituidasduasoutras asso-ciações:

o Credito Territorial UrbanodeBucharest e o CreditoReal Urbano deJassy.Conformea dis-posiçãolegal,paraserconstituida

uma

sociedade de credito real,é indispensávelo numero de60 pro-prietáriosruraes cora

um

capitalminimo de tres milhões de francos

em

propriedades.

As

operações

são

communs

decreditoreal.

No

caso depagamento

antecipado, o mutuário éobrigado a indemnisação de 1 o/o.

O

governo concede

uma

subvenção ás

(30)

sociedades decreditoreal. Nassociedades de cre-ditorealda Roumania,offereceespecial inter*y',se a existênciade

uma

commissão de 8 portadores de letrashypothecarias,flscalisandoosorteiodas letra.s-e accumulação dostitulos sorteados.

O

BancoNacional daGreda, fundado por de-creto realde 24de Julho de l'*43,com

um

capital de 18milhões de drachmas,tema sua sede

em

Athenas. ,

Em

l8S0fundou-se o creditorealno Egypto. NosEstados Unidos, a creação das sociedades de credito realcompeteaos Estados.Osestatutosdo

credito realexistente

em

New

Yorksão perfeitamente eguaes aosdoCréditFoncierdeFrance.

A

sociedade nãorecebe depositosajuros.

A

Sociedade decredito real Franco-Canadiano foicreada

em

1880 por

um gwpo

de capitalistas francezese canadenses.

Tem

porobjecto:

Emprésti-mos

hypothecariosa longoea curto praso,na pro-vindadeQuebec;

Acquisiçãopor via decefssãoousubrogaçâo de créditoshypothecarios sobreimmoveis situados na

referidaprovíncia;

Comprare vender apólices e debentures, em-préstimos aogoverno da provinciadeQuebec;

Emittir e negociarletras hypothecariasnunca excedentes á importânciadas

sommas

devidas pelos mutuários.

(31)

27

i

A

sociedade é representada

em

Parispor

uma

commissão que deveser ouvida sobre os empresti*

mos

excedentes aos100mil francos.

A

sociedadepóde

emittir obrigações representativas das operações decredito real eobrigaçõesespeciaes, representando osempréstimos ao governo, ás corporações municipaes eescolares, oueffeitos públicos e debentures

em

carteira.

Eis,

em

traçoslargos,aorigemdocredito terri-torial

os seus primeiros ensaiosvacillantes nos estados europeus, nos quaes seformoue desenvol-veudefórmaa salvardasituaçãocritica daindus. triaagricola

em

uns.desIigal-a,

em

outros,dos

anti-gostraçosfeudaes,attrahindo capitaesentão timidos e receiosos.

Em

Françaa situaçãoda agriculturatornou-se por talfórmacriticae cheiade encargos pelo mei-ado doséculopassado,que ogoverno sentiu neces-sidadedesoccorrel-a.

Em

1852, a propriedade territo-rialpoderia ser avaliada

em

56.000.000.000 de fran-cos,produzindo

uma

rendaliquida de 1.920.000.000 defrancos.

Sobre essa rendapesavam:

Impostoterritorial e addicional240.000.000 f” Jurosdadividahypothecana . 560.000.000

r 800.000.000 Renda disponivel para os proprietários

(32)

28

1.120.000.000,isto é:quasi 2y'5ojodarenda absor-vida pelos impostosejurosdadivida.

Releva notar que a divida hypothecaria

em

Françaseelevava nessa época a 8.000.000.000a jurominimode7 o/o.

O

accrescimo quotidiano da divida hypothecaria, quasiabsorvendo a renda liquidadaterra, encheu, tãojustamente de aprehensões, osespíritosprudentes que,naprópriaassembléaconstituintede 48,se che-gou a annunciar a bancarrotada propriedade terri-torial,casonãolhe fossemimmediatamente faculta-dos meios de obter dinheiro a juro moderadoea praso longo.

Causasdifferentescontribuiram para esse estado decousas.

Em

primeirologar,destaca-se, pela sua importância essencial,adefeituosalegislação hypothe-caria.

A

constituiçãodapropriedade,semq.

-formali-dadedatranscripção,eadahypotheca,sem a in-scripção, expunhamos capitalistasa perigos con-stantes

Troplong(^)indicoucompulsofirme as imper-feições doregimenhypothecario francez. Tratou-se entãosériamenteda reforma hypothecaria. As com-missõesdogovernoe Camara adoptaram

em

princi-pio

apublicidadedos actos translativos da

pro-(t) Introducçãoao Comnientaire de jpreviléges et liyjpetheques

(33)

29

priedade, a publicidade e eSpecialisaçãodetodos os •direitosreaes,gravandoos immoveis.

RepellidopeloConselho de Estado, oprincipio

da

publicidade absolutanãoconseguiu oassentimento daassembléalegislativa.

O

golpede estado de 2de Dezembroelevouáadministraçãosuprema novos ho-mens.Comprehendeu-seentão melhor anecessidade urgentee inadiaveldareforma hypothecaria.

Emfim, a 23 deMarçode foipromulgada.

A

leinãosahiucompleta.

Sem

tocar nas con-dições intimasda alienação,sujeitou-aá formalidade

da

transcripção para valer contra terceiros; sem supprimir aacçãoresolutivado vendedor não pago, corrigiuosinconvenientesdelia e deu a terceiros a possibilidade de conhecer-lhe a existência, inter-dizendoo seu exercicio,depoisda e.xtincçãode privi-legio; respeitouashypothecas legaes occultas,

mas

limitoua

um

anno, depoisda dissoljiçãodo casa-mento ecessação das tutelas, o praso noqual a inscripção édispensada.

Aindaque inçada dedefeitos,a reforma produziu grandesbenefícios.Dando á hypotheca mais segu-rança,e,por consequência,diminuindo o risco do

capitalista, ellacontribuiusemduvida parafazerbaixar ataxados empréstimos

vantagemimportante;o problema,porém,nãose achouresolvido

.

A

divida hypothecaria inscripta elevava-se á

(34)

30

sua natureza onerosoealgumas vezes insufficiente-para opagamentodos jurose,4fortiori,para o res-gatedo capital

em

curtopraso.

Sendoimpossívelo pagamento da divida eni pequenolapsode tempo, a consequência natural era aaggravaçãodas condições estipuladase augmento continuodo debito hypothecario.

Era necessário quese cogitasse do credito a longo praso.

Wolow^cy

expoz,

em

profícientemente, a

t?)eoriadasinstituiçõesqllemãs de creditoreal.

Desdeentão começou apreoccupar sériamente a attenção dospolíticosfrancezesa necessidadede levantarocreditoreal.

Em

1845 osConselhos geraes responderam a consultaarespeitode

magno

problema.

O

governo enviou áAllemanha

um

commigsario, osr. Royer, afim de estudar o mechanismodesta instituição, eno seioda assembléanacional discu-tiu-sepor vezes oassumpto.

Coubea Luiz Napoleão agloriade ligaro seu

nome

á creaçãodo creditoreal

em

França.

A

principionomeou

uma

commissãopara redigi^ oprojecto, e, depois de discussões aprofundadas^ appareceuo decreto de28 de Fevereiro de 18.52.

Asbases desse decreto: fim da instituição de creditoreal

o empréstimo reembolsável por an-nuidades a longo praso;meio

a emissão de letras

(35)

31

iiypothecarias

com

juros e negociavessemdespezas; instrumento

o intermediário entre osproprietários eoscapitalistas.

A

funcçãodesteintermediário con-siste

em

verificaro valordapropriedade territorial, emittirlettrashypothecarias,receber as annuidades epagar aocapitalistao juroquelheê devido.

O

intermediário,conformea economia do de-cretOy éaassociação, permittidosdoistypos de as-sociações

de proprietáriosedecapitalistas.

Publicadoo decreto,fundou-se immediatamente

em

Parisa primeirasociedade decreditoreal,devido aos esforços de Wolowslcy, sob a denominação de BanqueFoncièrede Paris.Esta associaçãorealisou logo

um

progressoimmenso, que na Allemanha cus-tou anfios,emprestando numerárioe negociando por conta própria ostitulosemittidos.

Depois de constituido o primeiro banco*de cre-ditoreal, outrossem demora seformaramnos de-partamentos.

Sociedades constituidas

em

Marselha, Nevers, Leão, Tolosa,Orleans, Poitiers, Limoges, Ruão e

Bordeaux submetteram ao governo o pedido para operar sobrecredito territorial.

Ulteriormenteogovernofrancez,attendendoá con-veniênciadecentralisaras operações decredito real

paraquepudessemadquiriraexpansãoindispensável ásatisfação dosinteresses da propriedadeagricola, decretou a fusãode todas associedadesexistentes.

(36)

32

Effectivamente,com

uma

unicasociedade emissora acirculaçãodasletrasse activaria

em

todo oterritorio’ IVancez.Destafórma ocapitalistanãoteria

ji^çesgi-dadedeinquirirsobre ocreditoesolvabilidade da associaçãoemis^ra.

O

typoegarantiaseriam uni-formes,tendo ainda o portadordo tituloasegurança denegociar aletra,quasi peio

mesmo

preço,

em

qual-quer praça,e,prehenchendoapenas formalidades muito simples,poderia roceber os jurosecapital

em

qual-quer succursalá sua escolhaesegundoasua conve-niência.(í)

Dessa opinião eraWolowsky;

oAdoptandoun> só typo, tudotoma proporções mais largase sim-plifica-se;é amachinaavapor substituindo alavanca.s isoladas edivergentes,ajuntaaeconomiadas niolas*’ á~maíór potênciadã acção.*

A

argumentação

em

favorda unidadeckf emis-são prevaleceu,e,entreastressociedades já aucto-risadas,escolheuo governo oBanco 'territorial de Paris,para ograndeinstrumento de credito

desti-nadoa amparar a propriedaderural.Por decretode 10 deDezembro de 18.Õ2, o Banco Territorial de Paris obteve privilegiopara os departamentos, onde não existiam sociedades de credito rural e auctorisação pararealisara fusãodas sociedades de NeverseMarselha.

(37)

33

Datadahi acreaçãodo Crédit Joncierde France, verdadeiro banco nacionaldapropriedadeterritorial.

0

Crédit foucier deFrancerecebeulogodo go-verno a valiosasubvençãode 10 milhões de francos. Fi.xou-seo capitalde garantia

em

50milhões e deu-se-lhea faculdadede emprestaraté 200 milhões sob h3'pothecas, á razãode

uma

annuidade de 5°/o, comprehendendojuros,amortisação,quota para as des-pezasdeadministraçãoepraso de.50annos.Maistarde,

em

substituiçãoátaxa de 5°/o,adoptou-se

uma

ta-bellamovei, acompanhandoa taxa media dos con-solidados de 3o/o.Por decreto de 24deJunhode 18.54o Crédit foncierde tranceficousob a depen-dencia do ministério dasfinanças, e

em

1854foi completamente reorganisado, á semelhançado Banque de France. a administração foiconfiadaa

um

go-vernadore dois sub-governadores,nomeados pelo Imperador.Supprimiram-se osmáximos impostos ás taxas deannuidades,e osempréstimos a pequeno praso,semamortisação,foram auctorisados.

Em

1860, oprivilegioestendeu-seáAlgeriaefoiauctorisadoa fazerempréstimos alongoecurto prasoaos depar-tamentos,

communas

e associaçõesagricolas.

O

ca-pitalsubiu a90milhõesde francos.

Até31 deDezembro de 1883, osempréstimos realisadospelo CréditFoncier, desde asua fundação, elevaram-seáenorme cifrade3.292.014.475frs.

(38)

34

longo prasotemsidode4.85 °/o,semcommissão,eo encargo annual dernutuarioéde5.13°Jopara60 annos,ede4.98°/opara 75 annos.

A

taxade juros dos empréstimos a curto prasoé tambémde4.85°/o,

semcommissão.

O

totaldos empréstimos commu-naes até 31 de Dezembrode 1888 elevava-se a 1.775.328.878fr®.

'

As 341.000acçõesdocapitaldividiam-seentre

22.249titulares,dosquaes 4012possuiam

uma

úni-ca acção.

Asprincipaesdisposiçõesdos estatutosdo Cré-dit foncier,são:

Objecto

Emprestar, sob hypotheca,aosproprietários de immoveis,

sommas

reembolsáveis a longotermo por annuidadese a curto praso,com ou semamortisação; Emittirenegociarletrashypothecarias,não po-dendoa emissãoexceder á

somma

dos empwestimos; Applicar,precedendo auctorisação dogoverno, qualquer outrosystemaquefacilite osempréstimos sobreimmoveis,melhoramentos do solo, progresso daagriculturaeextincçâoda dividaterritorial;

Tratar

com

ascompanhiasde seguro, francezas ouestrangeiras,nosentidodoresgatedadivida,

em

proveitodomutuário;

Em

casoalgumequaesquer que sejam a natu-rezae proveniênciados fundos disponiveis, a so-ciedadepoderá operar sobre outrostitulos que não sejam as obrigaçõesterritoriaesetitulos admittidos

(39)

peloBancode França,

como

garantia de adeanta-mentos.

A

sociedade póde:

Receber depositos de capitaes

com

ou semjuros,

não excedendoototala100milhões.

Essesdepositos serão representados

em

adean-tamentos ao Thesouro, pelomenos na sua quarta parte,a juros fixados peloministro.

A

applicaçãodas 3/^partes restantesétaxativa

consolidados francezes,bilhetesdoThesouro, adean-tamentos a prasomáximode tres mezes, sob ga-rantia deletrashypothecariasououtrostitulos aceitos peloBanco de França,

em

caução,desconto de cam-biaesoueffeitosdecommercio, a praso máximode 90dias,revestidosdeduasassignaturas, pelomenos,e

passadosáordem dasociedade.

Em

casoalgum os adeantamentos sobretitnlos poderão exceder á me-tade dos depositos.

O

fundosocialé de 155 milhões de francos,

podendoserelevados a200 milhões.Quando o ca-pitalsocial attingira200 milhões, o quartodesse capitalserárepresentado por titulosderenda fran-cezaouvalores doThesouro.

Osempréstimos são deduasespecies: Reembolsáveis a longo praso por annuidades calculadas defórmaa^éxtinguir-se a divida no mi-nimo

em

10e nomáximo

em

75 annos.

(40)

36

Osempréstimos sãofeitos

em

numerário ou

em

letrashypothecarias.

A

sociedade só empresta sob primeirahypo' theca.

Nãoempresta sobretheatros, minas e

proprie-dade

em commum,

se a hypotheca não fôr feita

sobre atotalidadedo immovel como consentimento de todos Ob condominos, sobre immoveis

em

usu-fructo.

A

importânciadoempréstimo nãopóde exceder ámetade do valordo immovel.

A

annuidadeé pagavel

em

especies, comprehen-dendo:

1. Juros.

2. Amortisação determinada pela taxa de juros epeladuraçãodo empréstimo.

Asannuidades sãopagasporsemestrea^'

Ao

realisaro empréstimoasociedaderetem os juroscontadosatéoprimeiropraso semestral.

A

faltadepagamentode

uma

prestação torna exigivelatotalidadeda divida.^_

O

pagamentoantecipadodá logar a

uma

in-demnisação á sociedade, nunca excedente de 3°/u sobreopagamentoantecipado

A

sociedade exige o seguro contra o fogo sobre os prédios hypothecados.

(41)

37

proposta correm por contadoproprietário,quer seja

ou não realisadoo empréstimo.

As letrashypothecariassãonominativas ouao portadorevencemjuros cujataxa,época e

modo

de pagamentosão fixados peloconselho de admi' nistraçâo.

A

letranão tem épocafixa depagamento,o •qual sóefeitoporsorteio annual.

A

sociedade pódeconceder prémios ás primei-rasletrassorteadasannualmente.

De conformidade

com

odecretode 6de Julho de 186-1, adirecçãodos negocios sociaesé exercida pelogovernador.

Dois subgovernadores exercem as funeções delegadas pelo governador,e,na ordem de sua no-meação,asde governador,nocaso de ausênciaou enfermidade.

Antes de entrar

em

Jtjncção, ogovernador deve garantirasua gestão

com

o depositode200acções, e cada

um

dos subgovern adoresuma.

O

governadornomeiaedmitte opessoal,assigna a correspondênciae recibos,endossa e adquire effei-tos, mandatossobreo thesouro,bancosde consigna-<;õeseoutros

em

quese achemdepositados fundos pertencentesá sociedade, pratica actos conservatórios, representa

em

juizoou fóra delle,activa ou

passi-vamente.

(42)

go-vernador,dos dois sub-governadores, dos administra-doresefiscaes. Osadministradoressão eleitospela assembléa geral e são

em

numero de23, reno. vando-se pelo5<>. cadaanno.

O

governador preside ao conselho,e,nocaso deempate, seuvotoé pre-ponderante.

O

conselho delibera sobre os negocios sociaes,

com

excepção apenas dós queseacham reservados exclusivamenteao governador, sobre o regulamento doregimen bancariointerno,sobre ascondições ge-raesdos contractos,admissão de pedidos de em-préstimos, emissão, compraevendadas obrigações dasociedade,empréstimos, despezasde administração, creaçãoesuppressão de succursaeseagencias;

nenhu-ma

deliberação,porém,pódeserexecutadasemo pia-cetdogovernadore sem a formalidade dasua as-signatura.

III

Como

vimosnaslinhasantecedentes,o decretode 28 de Fevereiro de 1852 esboçou o plano scienti-ficodas sociedades decredito real,sendoporém in-completo, pornãotercogitado deinstituir a

obri-gação dainscripçãodashypothecas e sua especia-lisação.

A

nossa reforma hypothecaria de24de

se-tembro de 1864,foirealisadasobo influxo salutar

(43)

credito reale respectivoregulamento de 3 deJunho de 1865dispõeque

osempréstimos hypothecarios serãofeitossobremetadedos bensimmoveisesobre primeira hypotheca.(l)Alémdesseponto fundamental, alegislação brasileira,conformando-se

com

a disposi-çãodalei franceza,determinou

que o resgateda dividaseoperasse lentamente por annpidades calcula-das sobre a totalidadedo prasoecomprehendendo

juros, quota de amortisação e

uma

commissãofixa para despezas de administração. (2) Conferidoás sociedadesdecreditoreal afaculdade deemissãode letrashypothecarias, creou o mechanismo do seu resgate,consistindo nosorteioannual correspondente ásquotas deamortisaçãore^^ebida pela sociedade.(3) Conformando-se

em

tudo

com

aleifranceza, que aseu turno tem sua origemnalegislaçãoallemã,

como

ficou demonstrado, a leibrasileira dispoz egualmente sobrepagamentosantecipados,sobre pri-vilégiosconcedidos ás sociedades de creditoreal, quanto á acção e execução hypothecaria, sobre os direitospreferenciaesdas sociedades decreditoreal.

Do

exameperfunctoriodanossalei de64e regu-lamento de6õ resalta aevidenciade terem sido os mesmoscalcadosnos moldesdodecretode Luiz Na-poleãosobreocreditorealnaFiança.

(1)Art.13. §iS. daleihypothecaria de 1864eart. 18dodecretode3deJnnho de 1865.

(2)Arts.26e29docitadodecretode i865. (3jArts. 49e50 docitado decretode1865.

(44)

A

nossa leihypothecarialançou osfundamentos para a creação dosbancosdecredito real.

A

leibrasileira preencheu as lacunas da lei franceza,estatuindo a inscripçãoobrigatória das hy-pothecas convencionaesedas legaesespecialisadas,

bem comoatranscripção dostitulostranslativosde bens immoveis, sob pena de não valerem contra terceiros

,

Preparado o terreno pelaadopção dalegislação conveniente, nãose manifestou,entretanto, logo,a intençãodeseformarembancos de creditoreal.

E

nem

eradeseesperarresultado mais prompto.

O

morr.entoeraomenospropiciopara oapparecimento de instituiçõesbancarias; pois opaiz seachava a braçoscom

uma

guerraestrangeira,que tantas vidas e sacrifícios custaram. Atéhoje, aindasentimos as consequências dessa lucta sanguinolenta, para ser necessáriorelembrar esse episodiotenebroso«da his-toria patria.Terminadaa guerra,novaérade prospe-ridadeinternaseiniciou coma expansão extraordi-nária do credito,que contribuiu paraseprojectarem emprezas diversase entre ellas'a creação debancos de credito real, cujaestructura fòra delineada na

legislaçãohypothecaria.

A

primeiraconcessão deste genero foifeita ao

Dr.Antonio de CastroLopes.

Em

1872installou-sea Emprezaprediale,por decreto de 1 de Fevereiro de 1873,ellaobteve auctorisação parafazerempréstimos

(45)

41

hypothecarios,deaccordo

com

o plano traçadopela lei de 1864,e para a emissão de letras hypothe-carias. Seguiram-se outras concessões no

mesmo

anno

e entreellasade

um

bancocommerciale hypothe-carionacapital doCeará. Por ultimoo. decreton.

5506de26deDezembrode 1873 approvouo accor-do

com

o Banco doBrasilpara a creação de

uma

carteiraespecialdestinada aauxiliar a lavoura por meiodeempréstimos a longo praso,jurosbaixose reembolsáveis por annuidades, isto é, conforme o tj'po adoptado pelalei dareforma hypothecaria.

Peloaccordo celebrado

com

oBanco doBrasil, ficouprorogado o praso que tinhao bíncopara o resgate de suas notasaté31 deDezembrode 1890, reduzidaa2 1/2°/oa taxa do resgate;mas, por outrolado, assumiu aobrigação de crearcarteira especial,

com

ocapital de 25.000:000$000 para

empréstimos á lavoura, a juro de 6°/oepraso longo, pagaveis porannuidades

com

hypotheca de

immo-veisruraese urbanos eemissãodeletras hypothe-carias,tudona fórma dalei de24deSetembro de 1864erespectiv»regulamento.

Esteaccordonãodeu o resultado que se espe-rava.

Cadavezmaisdecadente o estado dalavoura, ao ponto de impressionarprofundamente os esta-distasdo tempo, acamaraa 16 de Abril de 1875, nomeou

uma

commissãoespecialafimde estudaras

(46)

42

causas que actuavam para oseu estado precario>, indicandoao

mesmo

tempoos meios aptos e effica-zespara protegrf-a.

A

commissão especialreunida á da fazenda apresentounasessãode20de Julhodo

mesmo

anfio,

bem

deduzido parecer, concluindo pelanecessidade daorganisação do creditoterritorial, mediante au-xíliosdirectosdoestado. Suggeriran>-se diversos al-vitres;

1. Contraeíar-se

um

empréstimodaquantiade 50.000:000$000para emprestar,semjuros,aos ban-cosdecredifti real,quesesujeitassem a mutual-os aos lavradoresa juronuncamaior de 6o/oeamortisação' de2 a4»/o.

2. Garantir o juro addieionalde4o/o até o

limitedesses 50.000r000$000aos bancos que pre-ferissemesseanxilio e offerecessemasmesmas van-tagens á lavoura.

Esses dois alvitresforam consignados no pro-jecto.

Se

bem

que ascommissõesseinclinassem ao pri-meiroalvitre,porlhespareceramaneira «maisdirecta,

promptaeefBcaz para o levantamento decapitaes,

noestado actualde contraeção de credito nas di-versaspraçasdoImpério»,apresentavamtambém o segundoqueseria «talvez,

em

alguns casos, pre-ferível,j

(47)

43

Esteprojectosoffreu impugnação séria no Se-nado.

O

viscondeInhomerimassimseexprimiu:

«Em

que consisteo projecto da camara dos deputados?

Em

favorecero estabelecimentode

um

bancode lh3’pothecas

com

oempréstimo de

um

capital d« -"iO.OOO.OOOSOOO,serajuros, ou

com

odonativode

4 o/oda

mesma

quantia,se os accionistas

prefe-rissemesteao outro.presente.

Em

breveseria absor-vido opequenocapitalde 100.000.0C0$000,

inclui-dosos donativosdogoverno,

em

empréstimos con-cedidos á lavoura das diversas provinciasdoImpério Istofeito,eexgottado ocapital, asdirectorias dosbancosteriamdefecíiar asportas,agradecidas

d

liberalidadedo governoimperial, e iriam tomar

ares, paravoltarnofimdos semestres afim detratar

dorecebimentodosjurosepagamento dos dividen-dos.Quanto ás letras hypothecarias, a lei nada

exige.

Nem

os bancos teem interesse algum

em

emittil-as;porque, sendo difficila negociação de taes letras, ellesnãoaspoderiamnegociar, senão acima • de6o/o, queéquantorecebem dos mutuários; e entãoseriaprecisotirara differençadoseu proprio lucro,eo negocionãose tomaria

bom

paraelles. Portanto, reduz-se o projecto a dar o Estado bO.OOO.OOOSOOO, semjuros,parasetornar possivel

(48)

porfaltade emissão. E'

um

banco da classedos hypothecarios,masdeespecie nova.»

As commissões dosenadotambém impugnaram vigorosamente oprojecto,comosevêdo respectivo parecer,cujaconclusão substituiao pensamento es-sencial,assentando oauxilio do Estado na fiança

do Thesouro para.jurose capitaldas letras hypo-thecarias. Assimse exprimiram ascommissões do Senado;—«Insignificante, ou quasi nullo, seria o préstimodo bancohypothecario,que,na impossibi-lidadede negociaros titulos eestenderos recursos docredito, circumscrevessesuasoperaçõesna limi-tada esphera do seu fundosocial

em

numerário, restringindoassim os seus serviços, diminuindo os seuslucros,difficultandoa modicidade de juros e impossibilitandoaamortisação alongosprasos. Esse nãoseriaobanco hypothecario, tal com»'osque florescem

em

algumas regiões da Europa, ecujas vantagens justamentesepreconisam.Esses empres-tamdirectamenteo seu credito sob a fórma de le-tras,ouentãoemprestamo npmerario, que repre-sentaoproductoda vendadessas mesmas letras, porellesnegociadas, servindo a maximaparte do

capitalunicamente de fundo de garantia para as emissões.

Operandounicamentecomo seu propriocapital, osbancos assim delineadospelo projectoda camara dos deputados estariam acaso

em

proporção comas

(49)

45

necessidades docredito, que se fazem sentir na lavoura,

em

todos os pontosdoimpério?

Nãoseria

uma

protecçãoinsufficiente, inefficaz, incompleta, eque provavelmentefaria esse primeiro manancial denossa riqueza permanecer no

mesmo

estado de crise, depoisdeaggravar as nossas finan-ças

com

opezode

um

sacrifíciodesnecessário?Por outrolado,os juros artificiaes,queoprojecto pro-inette

com

violação da lei naturaldos mercados, sómente serviriam

como

paliativos illusorios, sem

attingiros fins,quese teem

em

vista.

Outros são os meios,que conviria applicarpara superar as difSculdades, que rodeiam, na actuali-Jade,estegrave problema,semserpreciso imporão Rstadoenormes vexames, que aliás

nem

a própria lavoura reclama.»

O

substitutivoacceitopelas commissões do

se-nado foio seguinte:

»Art.1. E’ogovernoauctorisado a garantir os jurose aamortisação dasletrashypothecarias

emitti-dasporbancos decredito real, que se fundarem sobre o plano traçadonalein.1237 de24 de Se-tembrode 1864.

§1.

A

disposiçãodesteartigosóé applicavel aosbancos, cujas emissões tiverem logar

principal-mentenas praçasda Europa e que emprestarem sobrea garantia de propriedadesruraes,a juroque nãoexceda de7®/o e

com

a amortisaçãode2 »/®.

(50)

46

§

6.0

totaldo capitalsocialdosbancos por cujasemissões oEstado assumiua responsabilidade, nãoexcederá de 40.000:000$000.

A

camaravitaliciana discussão adoptou a

uni-dadebancaria, circumscreveu osprivilégiosaos esta-belecimentos cujasemissões fossem lançadase co-bertas nas praçaseuropeas esubmettendo a

amor-tisaçãoa

uma

escala variavelconforme a duração dos empréstimos. Depois de longas eluminosas dis-cussõesnas duas casas doparlamento, nasquaes se salientaramhomens da envergaduraintellectual de RioBranco, Zacharias, Cotegipe, Inhomerim, Martinho

Campos

etantos outros,osubstitutivodosenado

con-verteu-senalei de6 de Novembrode 1875.

Como

se vê do texto dalei de7.5,o plano .adoptado, como medidasalvadora,foiagarantiade jurosásletrashypothecarias, para quesecanalizasse

uma

verdadeira corrente de capitaes estraflgeiro.s para fecundar a industria agricola do paiz.

E

o pensamentodas commissõesera explicito:

«não podendopor orao Brasilenoontrar

em

seuseio os elementos precizos para dar iippulso ás emissões dosbancoshypothecarios, asquaes constituem seus instrumentos fecundos depropriedade, torna-se evi-dente que qualquer plano dé organisação sobreesta matériadeve terpor bases aimportação docapital estrangeiro eaemissão das obrigações hypothecarias nas praçasricas e populosas daEuropa.

Mas

para

(51)

47

conseguireste disideratum, inspirando plena con-fiançanessestitulos,nãobasta a garantiados bens immoveis edo capital social das companhias. E’ ainda precizo queellese fortifique anteos olhosdos capitalistas,coraoprestigiodo credito do governo, unindoos seus aosinteresses da companhia.»

Logoquefoipromulgadaaleide75,o governo deu-se pressa

em

communicar o seu conteúdo ás legaçõesbrasileiras

em

Françae Inglaterra, recom-mendando-lhestornassem publicoo desejodo gover-nobrasileirode organisar ocreditorealnopaiz, nos moldes dareferidalei.

O

resultado nãofoi satisfactorio. Sómenteos Srs.Fremye A.La.«ki,tendo obtidoconcessão para fundarem no Brasil

um

banco de credito real,não levaram avante a suatentativa porinpraticabilidade

daleide75.

O

Sr.Fremyapresenta ao nossogoverno

um

re-querimento pedindoainterpretaçãode alguns pontos obscuros daleide 75 e annexandoao

mesmo

um

importante memorial devido ã competência de J.B. Josseau.Naanalj’sedas disposiçõesdareferida hei,encontrou Josseauseis embaraçosá satisfação do pensamento dolegislador brasileiro:

arestricção

dagarantiaás hypothecasruraes;a fixaçãodataxa de juros; a duração dos empréstimos; aobrigação decrear succursaes; a determinação da quota da

(52)

48

reserva,

com

a fixação de

um

dividendo máximo; praso deduraçãodobanco.

Como

jáfoidito,por decreton. 5216de 1 de Fevereirode 1873a

Empresa

Predial,depois Ban-co Predial, obteveauctorisaçãoparafazer

emprésti-mos

á lavoura,conforme osystemadelineadonalei de 1864.

MaistardeoBanco Predial reformouos seus estatutos,queforam approvadospor decretode 7de Dezembrode 1883, referendado pelo conselheiro La-fayette.

A

circumscripçãoterritorialdo banco abrangiao municipio neutro e as provinciasdo RiodeJaneiro, S. PauloeMinas.

Asoperações permittiJas pelos estatutos eram; Empréstimossobre hypotheca de propriedades ruraes,ao juroquefossecombinado ecom amorti-sação calculada sobre o prasoconvencionadoda di-vidaentre 10e 30annos;

Empréstimossobre hypothec^asdeimmoveis ur-banos, reembolsáveis por annuidades;

Empréstimossobrehypotheca a curto praso

com

ou semamortisação.

Recebimentos de depositos

em

conta corrente

com

ou semjuros,empregandoesses capitaespor prasoque nãoexcederá a90dias,

em

empréstimos garantidos

(53)

49

porletrashypothecariase apólicesda dividapublica,

ou na compradebithetesdoThesouro;

Recebimento de depositos detitulosdecredito, pedraspreciosas, joias,moedas, ouro e prata

em

barra,havendodisto

uma

porcentagem naproporção dovalordos objectos depositados.

Entreas operações vedadas:

Nascontas correntesde credito não se daria maior quantiado queo valor garantido;

Não sedescontariamletrasde prasomaior de 9 mezes;

O

banco nãodescontava as suas própriasletras de dinheiro recebido a prêmio,

mas

lhe eralicito admit-til-as por excepção

em

transacções

com

o proprio estabelecimento.

O

banco predialemittia letrashypothecariassob osprincípiosestatuídos pelaleide64.Esses titulos

eramnominativos ouao portador,podendo ser de-positadosnoscofres^dobanco,passando-se aodono

certificadonominativo de deposito. Achava-se con-signada nos estatutos(art. 20) a ideade prêmios de diversos valores para os cincoou seteprimeiros

numerossorteados. ,

Os empréstimos sobre hypotheca faziam-se

em

letrashypothecariasaopar, podendoobanco nego-cial-asde accordo

com

o mutuário, (art.27).

No

casodomutuário preferir receber

em

dinheiro o empréstimo,o banco fal-o-iaa juro nuncasuperior

(54)

50

a8o/o (art.23doreg.)e

em

talcaso asletraspro -venientes desses empréstimos seriam negociadas pelo banco,quandoe comolheconviesse.

Os empréstimos effectuados sobre hypothecas prediaes,a longo praso, seriam reembolsáveis por annuidades, pagos

em

dinheiro,semestralmente (art. 33 doreg.),comprehendendo aannuidade o juro de 8ojo no máximo, commissão

em

beneficiodas des-pezas de administração nuncasuperior a 1 1/2 oj^, eaquota de amortisação variavel conforme o praso. Asannuidadeseramtodas eguaes.

A

vida desse banco tornou-se precaria desde 1882,época de grande abalo para a lavoura, cujo principalproducto de exportaçãodesceu a

um

preço quenãocobriaasdespezas de custeio das propri-edades ruraes.

A

directoria do Banco Predial no

relatoriode 1883estendeu-se

em

considerações va-liosas sobreanecessidadede recusaras noV^s pro-postas paraempréstimos a longopraso.

No

relatariode 188õ, a directoria,pelo aucto-risadoorgam dopresidente,conselheiro CostaPinto, referindo-seaos novos empréstimos, julgcui^^mais acertadoabster-sede effec^al-qs antes,dareforipada

leidas~^éxecuçÒês, que aindapende da deliberação do senado; vistocomoaleique vigora actualmente não dáás sociedades decreditorealgarantia suffici-entepararesolveros seusinteresses.

Alémdisso, o estado actual da lavoura, que

(55)

doseuprincipalproducto,

como

pelaincerteza do

futuronatransformaçãodotrabalho;o receioda eli-minação do valordoelementoservil,que atéhoje constitue parte integranteda garantiahypothecaria, temlevadoodesanimoagrande numero de lavra-dorese por conseguinte originado o atraso demuitos mutuários, que,vexadospor outroscredores epor ellesaccionados,teemforçadoobancoaintervirnas execuções para resalvar os seus direitos.

Dahiograndenumero de sequestros, execuções eadjudicações de immoveis, deque tereis conheci-mento no presente relatorio.

Se,porém,fôrreformada aleide execuções, de accordo

com

ajustiça eaequidade, comoé de es-perar,e resolvidaquesejaa

magna

questãodo

ele-mentoservil,acredita a directoriaque, attenta» as garantiasqueofferecemaspropriedades ruraes, por-que incontestavelmenteé a lavoura a fonte principal

dariqueza publica,poderá obanco entrar

em

novas

emais seguras operações decredito.»

Kraeffectivamentegrande onumerodecausas quemantinhaoBancoPredial

em

andamento nofòro. Pelorelatoriode*<5 existiamasseguintes:

Do

anno de 1883 44causas

Julgadas

em

188+ 20 »

24 Iniciadas

em

1884.... 19 JulgadasatéDez». 1884 5 14

(56)

52

O

bancoeracoagidoainiciar novasacçõese «senãoastemterminado

com

a presteza queerade desejar,éissodevidonãosóásdelongase difficul-dades que se originam do actual processo de ex-ecuções, como também áfaltade confiança, depre-ciamentoda propriedaderural, e,ainda mais, áalta avaliação que ordinariamenteéfeita nos bens ex-ecutados e que afugenta oslicitantes das praças deimmoveis.

Nãohavendo,pois, facilidade

em

liquidar-sepor outra fórma,quenãosejapelãadjudicação forçada, a directoriasente-sereceiosa e procura contemporisar,' afim denão sercompellida aaugmentaronumero de propriedadesque obancojá possue.»

A

situação do banco

em

31 deDezembro de 1884 eraaseguinte;

Empréstimoshypothecarios 6.294:706$261 Propriedadesruraes:

10 fazendasemdiversos

municípios 520:000$000

Propriedades urbanas . 208:786$49.'i 728;786$495

Letras

em

carteira , 330:000$000

Prestação a receberaté2‘semest.de84 717:146$718 Contas correntes 1.029;834|89õ

Caixa '

33:112$793

No

passivofiguravam as seguintes verbas: Emissãodeletrashypothecarias 7.249:900$000

Depositos 61:400$000

Contas correntes saldo credor 424::933$õ85 Até ofimde1884os empréstimos realisados para MinasGeraesmontavam na

somma

de931:000$000 conforme o quadroseguinte:

(57)

HYPOTHÊCAS

RURAES

53

(58)

54

Essebanco fundiu-se

em

18W

como Banco de CreditoRealdo Brasil

O

Banco de Credito Realdo Brasilfoi outra experiencia da acclimação dosbancos de credito realno Brasil.

A

circumscripçâodesse banco abran-giaoantigo municipio neutroeprovínciasdo Rio, EspiritoSanto,S. Paulo, Minas, Santa Catharina, Paraná eRioGrande doSul.

O

capital era de 20.000;000$000

em

100.000acções de20C$000, divi-didas

em

8 seriesde12.500acções.Osempréstimos

^

permittidospelos estatutos eram sobrehypothecas ruraeseurbanas, a prasomáximo de 30annos,e acurto praso,

com

ousemamortisação.Além destas operaçõesessenciaes,podia obancocomprarevender cambiaes para solvereregularisarsuas transacçôes noexterior;receberdepositos

em

conta correntecom ou semjuros,empregando essescapitaesporpraso nãoexcedente a90dias

em

empréstimos garantidos porletrashypothecariase apólicesdadividapublica,

ou na compra debilhetesdo Thbsouro.Osdepositos assim recebidosnãodeveriam exceder á importância do capitalrealisado,

nem

serretiradossemaviso pré-viode 60dias.

Quantoá emissão de letrashypothecarias,havia nosestatutos a disposiçãodoart. 13§6daleide 61^,

com

a particularidadedefazer-senas praçasda

(59)

55

Europa, tendo aletraovalor de Lb. 11,5,0 equi-valentea100$000 ao cambio par.

Podiamserinstituidosprêmios para os primeiros numeros dasletrassorteadas,(art.18dosestatutos).

Osjurosdasletras hypothecarias, ouro,eram pagosaocambio par.

Osempréstimos ruraes a longo praso podiam ser reembolsáveisao cambioparou

em

moeda cor-rente,conformehouvesse ficado estipuladonopacto contractual.

No

caso de pagamentosantecipados,obanco nãotinha direitoácommissãoalguma.

Em

30deJunhode 1887, os empréstimos hypo-thecarios

montavam

á

somma

de 7.802:500$000

classificados;

Ruraes,ouro

....

2,542:bOOSOOO Ruraes,moedacorrente. 4.480;100S00C Urbanos, ouro . . . 6t'5:700$000 Urbanos,moedacorrente 113;800$00O

O

desenvolvimento das operações dobanco re-tardou-se,devido acausasgeraes,queentorpeceram a marchadeinstituições congeneres.«O movimento, ponderaa dignadirectorianorelatoriodeAgostode 1887, que setemoperadonaadministraçãodopaiz, tanto geral

como

provincial,exigindo dos respectivos podereslegislativos meios para activar a corrente immigratoriaeuropéa,é aprovamais evidente de queaextincçãodoelementoservil ématéria apenas.

(60)

dependente de certasfórmulas e que a

transfor-mação dotrabalhoseoperarásem os riscos eas perturbações que faziam suppor os primeirostempos daagitação.

Em

taes condições,é fóra de duvida que o systemaseguidoeadoptado nos empréstimos

soffrerá,comojátemsoffrido, profunda modificação, dandologaraque as operações de creditoreal

te-nham

porbase,especialmente, oimmovel,enãofiquem nadependencia de accessoriose outros valores por sua natureza susceptíveis dedepreciação e

mesmo

de annullação.»

A

situação financeira era

em

30deJunhode 1S87;

Empréstimoshypothecarios 7

.

802:500$000 Contas correntes garantidas 177:037$000

« ,« caucionadas 4:710$098

Penhoragrícola. . . . 61:723$890

Caixa 92:846$618

Passivo

Emissãodeletras5°/o,ouro3.208:600$'X)0

» » 6o/o,papel4.593:900S000 Contacorrente

com

juros. 4:165$024 Devidoa atrasodos mutqarios no pagamento das prestações semestraes, obanco teve de vencer asmaioresdifíiculdadespara fazerface ao coupon de 31 de Outubro, dasletrasdo BancoPredial, eo de 31 deDezembro de 1895,da própria emissão. Nãopareceuádirectoriaconveniente continuar a pa-gar os juros vencidos dasletrashypothecarias, desde

(61)

57

quenãopodiaobancocontar

com

os recursosdas prestaçõessemestraes, cujo pagamento falhava

em

todaalinha. Por essarazão a directoria tomou oalvitre de sobrestaro pagamento dos jurosdas

letras. Pelobalanço de 31de Julho de 1896, os em-préstimos hypothecarioseprestações vencidas ascen-diamá importante

somma

de31,602;125$764eas outrasverbasmaisimportanteseram:

Propriedades ruraese urbanas . 1.602:o00$0(X) Edifíciodo banco 181:762$090

Caixa .63:98r4299

Contascorrentes 296:664$306

No

passivo figuram:

Emissão deletrasde õ °/o . . 12.491:300$000

» » 5o/o . . 7.825:200$000

Contas correntes .')80:442$656

No

activodacarteiraespecial:

Empréstimossobrepropr.ruraes . 3.134:028$046

» » penhor. . . 77:OOOSOOO

» porletras . . . 96:327$120

» porcaução. . . 819:4,60$810

» j>contas.correntes. 52:396$880

Propriedades 196:000$000

Apóliceseoutrostitulos . . . 1.271:875$199

No

passivoda

mesma

carteiraapparecia o The-souro Nacional

como

credor de 10.000:000$000.

Ha

mais

uma

verba de60:965$782 para otitulo de contascorrentes.

Referências

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