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RELATÓRIO DE PESQUISA

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PSICOLOGIA

DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM POLÍTICA SOCIAL E SERVIÇO SOCIAL

Processo 309017/2017-3

Chamada/Edital: PQ - 2017-Chamada CNPq N º 12/2017 - Bolsas de Produtividade em Pesquisa - PQ

RELATÓRIO DE PESQUISA

A FORMAÇÃO NAS SITUAÇÕES DE TRABALHO NAS

POLÍTICAS SOCIAIS NO RS:

um estudo sobre as experiências de educação permanente

dos/as trabalhadores/as

(2)

COLETIVO DE PESQUISADORAS

Coordenadora

Prof.ª Dr.ª Rosa Maria Castilhos Fernandes

Departamento de Serviço Social e PPG Política Social e Serviço Social/UFRGS.

Pesquisadoras

Ana Gabriela Brock – Graduanda do Curso de Serviço Social da UFRGS e Bolsista de Iniciação Científica (FAPERGS 2017 a 2019; CNPq 2019 a 06/2020)

Luíza Garcia – Graduada do Curso de Serviço Social da UFRGS e Bolsista de Iniciação Científica (CNPq – 2018);

Mariana Martins Maciel – Geógrafa e Mestranda em Política Social e Serviço Social/UFRGS (2019 - atual).

Moara Laís Palmeira Johann – Graduanda do Curso de Serviço Social da UFRGS e Bolsista de Iniciação Científica (CNPq - 2019 a 2020; FAPERGS - 2020 a 2021);

Patrícia Pereira Lopes – Graduada do Curso de Serviço Social da UFRGS e Bolsista de Iniciação Científica (FAPERGS - 2015 a 2017; CNPq - 2018 a 2019);

Tassiane Lemos Pacheco - Assistente Social e Mestranda em Política Social e Serviço Social/UFRGS (2019-atual).

Pesquisadora Colaboradora

Loiva Mara de Oliveira Machado – Prof.ª Dr.ª do Departamento de Serviço Social/UFRGS

(3)

S

UMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO 4

2. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ADOTADOS 6

3. RESULTADOS 6

3.1 SOBRE A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 7

3.1.1 TESES E DISSERTAÇÕES NA ÁREA DO SERVIÇO SOCIAL 7

3.1.2 TRABALHOS EM EVENTOS NO ÂMBITO DO SERVIÇO SOCIAL SOBRE EDUCAÇÃO PERMANENTE: CONGRESSO BRASILEIRO DE ASSISTENTES SOCIAIS E ENCONTRO

NACIONAL DE PESQUISADORES (AS) EM SERVIÇO SOCIAL 15

3.1.3 SOBRE ARTIGOS PUBLICADOS EM PERIÓDICOS DA ÁREA DE SERVIÇO SOCIAL 37

3.1.4 GRUPO FOCAL: PREVIDÊNCIA SOCIAL E EDUCAÇÃO PERMANENTE 45

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 58

5. REFERÊNCIAS RESULTADOS DA PESQUISA BIBLIOGRÁFICA 60

6. REFERÊNCIAS DO PROJETO DE PESQUISA 65

(4)

1.

A

PRESENTAÇÃO

Este relatório apresenta os resultados da pesquisa intitulada “​A formação nas

situações de trabalho nas políticas sociais no RS: um estudo sobre as experiências”

desenvolvida no período de 2017 a dezembro de 2020 com a participação de um coletivo de pesquisadoras (de iniciação científica e mestrandas do PPG Política Social e Serviço Social da UFRGS) que integram o Grupo de Pesquisa Educação, Trabalho e Políticas.

Entre tantos desafios que fazem parte da agenda das políticas sociais no Brasil, a educação permanente é um ponto de pauta instigante, uma vez que vem nos convocando a refletir sobre a formação dos trabalhadores (as) para a complexa tarefa de efetivação e ampliação dos direitos da população brasileira. Políticas sociais que possuem dinâmicas e estruturas organizacionais específicas, que produzem experiências e saberes, que podem garantir ou não o atendimento das necessidades sociais dos sujeitos que delas devem se utilizar por direito e que, cada vez mais, exigem competências para o desenvolvimento do trabalho em diferentes campos, tais como: saúde, assistência social, previdência social, educação, sociojurídico, entre outros.

Além disso, é crescente a necessidade da construção de estratégias para a defesa das políticas sociais públicas em tempos de disputa de projetos societários distintos e de um Estado Social Capitalista. Parafraseando Boschetti (2016), este mesmo Estado manifesta a todo vapor a defesa do capital através do adensamento da privatização na condução das políticas sociais, desconsiderando a universalização dos direitos dos cidadãos, violando direitos dos trabalhadores ao reformar – entenda-se como contrarreformas - as legislações trabalhistas, intensificando a flexibilização das relações de trabalho, assim como, a terceirização dos serviços públicos, os drásticos cortes orçamentários atingindo o sistema de proteção social brasileiro e outras áreas de materialização dos direitos sociais. Enfim, são exemplos esses que expressam o afrontamento às conquistas dos direitos da classe trabalhadora e que possuem fortes raízes históricas herdadas do passado escravocrata e do conservadorismo brasileiro capturado pelo poder econômico.

Sem dúvida, este é um cenário que nos mobiliza para darmos continuidade aos nossos estudos, pois, ao nos debruçarmos sobre o campo da saúde e da assistência social, constatamos o quanto a interlocução entre as políticas sociais - resguardando todas as suas particularidades e contradições – é importante para os atendimentos das necessidades sociais dos sujeitos de direitos. Também as políticas da saúde, da assistência social, da educação,

(5)

previdência social e o campo sociojurídico requerem o diálogo com os direitos das crianças, dos adolescentes, das juventudes, das pessoas com deficiência, dos trabalhadores e trabalhadoras, dos idosos, das comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, entre outros), o que pressupõe também a apreensão de saberes e habilidades para incidir junto às complexas situações vivenciadas por esses cidadãos/ãs.

O que queremos dizer é que assim como na saúde e na assistência social outras situações de trabalho requerem a construção de uma cultura de educação permanente como sendo um princípio reorganizador de todo o processo educativo dos trabalhadores e trabalhadoras de diferentes políticas sociais. Esta orientação propõe-se a superar as concepções dominantes e as práticas escolarizadas, disseminando novas práticas de formação, como por exemplo, no âmbito do trabalho, valorizando as aprendizagens advindas das situações de trabalho, das reflexões dos coletivos que discutem os programas e ações da arquitetura organizacional das políticas sociais como: saúde, assistência social, previdência, educação com ênfase no ensino superior, entre outros aspectos.

Para o desenvolvimento da investigação tivemos como questão central: ​de que maneira vem se desenvolvendo as experiências de formação dos trabalhadores nas situações de trabalho no âmbito das políticas sociais no Rio Grande do Sul, considerando os campos da saúde, da assistência social, da previdência social e o sociojurídico. E como ​objetivo geral: conhecer as experiências de formação dos trabalhadores nas situações de trabalho no âmbito das políticas sociais no Rio Grande do Sul, considerando os campos da saúde, da assistência social, da previdência social e o sociojurídico para contribuir com as agendas de políticas de educação permanente. E como ​objetivos específicos​: i​dentificar as produções bibliográficas sobre processos de educação permanente nas situações de trabalho nas políticas sociais - saúde, assistência social, previdência e campo sociojurídico - para conhecimento e articulação dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do Serviço Social; desvendar as experiências de educação permanente nas situações de trabalho e as aprendizagens vivenciadas pelos trabalhadores das políticas sociais de saúde, assistência social, previdência social e o campo sociojurídico; e ​contribuir com a socialização das experiências analisadas para identificação das particularidades e daquilo que é comum nas situações de trabalho nas políticas sociais em estudo.Assim nosso compromisso ético e político está na socialização dos resultados desta pesquisa, por meio da promoção de um conjunto de iniciativas dialógicas que vão desde a produção de conhecimentos e socialização até as rodas de conversas com os segmentos envolvidos e interessados na discussão, assim como, a própria área do Serviço Social.

(6)

2.

P

ROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

ADOTADOS

A presente pesquisa tem natureza quantitativa e qualitativa. Alinhados com o tipo de pesquisa, os instrumentos para coleta dos dados e informações contemplaram: pesquisa bibliográfica e a realização de grupos focais com trabalhadoras da previdência social. Além disso, foram considerados os resultados das pesquisas realizadas pelo GPETPS no período de 2017-2020 no âmbito da assistência social. No que diz respeito ao campo sociojurídico, o mesmo foi incluído na pesquisa bibliográfica em função de no período da investigação, uma mestranda do PPGPSSS e sob orientação da coordenadora deste projeto, ter desenvolvido sua pesquisa com assistentes sociais do poder judiciário, ampliando assim a abrangência dos estudos. O processo de tratamento estatístico dos resultados quantitativos ocorreu por meio do processamento dos dados mensurados, a partir das frequências de ocorrências (como no caso dos trabalhos identificados na realização da pesquisa bibliográfica), e por meio da análise de conteúdo (BARDIN, 1994),tanto na discussão e interpretação dos achados da pesquisa bibliográfica, quanto com relação às narrativas que emergiram das conversações entre os sujeitos da pesquisa que participaram do grupo focal.

3.

R

ESULTADOS

Apresentamos nesta parte do relatório de pesquisa os resultados e as discussões provenientes do tratamento estatístico das análises, interpretações e inferências desse processo de investigação. Para isto, nos utilizamos tanto dos dados quantitativos, quanto dos conteúdos bibliográficos e das narrativas provenientes da entrevista coletiva. Os achados quantitativos e qualitativos de uma pesquisa se complementam, pois, tal como ressalta Minayo “a realidade abrangida por eles interage dinamicamente, excluindo qualquer dicotomia” (2002, p. 22).

3.1 SOBRE A PESQUISA BIBLIOGRÁFICA

Para realização da pesquisa bibliográfica tivemos como referência as produções publicizadas em bancos de teses e dissertações da CAPES referentes às políticas sociais de abrangência do estudo e a área de conhecimento do Serviço Social; da mesma forma foram

(7)

identificadas bibliografias como artigos, resumos e trabalhos em eventos no âmbito do Serviço Social sobre a temática, no período de 2008 a 2018. A pesquisa bibliográfica é aquela que se utiliza de produções que tenham uma análise realizada, como artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, teses dentre outros trabalhos com o objetivo de saber o que está sendo produzido, quanto isso está sendo estudado e quais as perspectivas que estão sendo utilizadas. A pesquisa bibliográfica quando utilizada como metodologia, nos possibilita a aproximação com as ideias e estudos de outras/os autoras/es e, igualmente, trata-se de uma infinidade de possibilidades de construções, entre concordâncias e discordâncias epistemológicas e de fundamentos daquilo que já foi escrito, das leituras da realidade social. (MINAYO, 2002). A fim de contribuir com esse debate, socializamos os dados e as análises sobre as produções de educação permanente na área do Serviço Social e respectivas políticas sociais e o campo sociojurídico, no período de 2008 a 2018.

3.1.1 TESES E DISSERTAÇÕES NA ÁREA DO SERVIÇO SOCIAL

Vinculado ao Ministério da Educação - MEC a ​Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES, ​é o órgão responsável por realizar o controle de qualidade dos serviços e programas de pós graduação no país e que tem o objetivo de "assegurar a existência de pessoal especializado em quantidade e qualidade suficientes para atender às necessidades dos empreendimentos públicos e privados que visam ao desenvolvimento do país" (BRASIL, Decreto nº 29.741 de 11 de julho de 1951). Os programas de Pós Graduação visam capacitar os profissionais para aperfeiçoamento acadêmico e/ ou para a área profissional.

A CAPES hospeda publicações de pesquisas brasileiras, gratuitamente. São elas: instituições federais de ensino superior, de pesquisa com pós-graduação avaliadas pela mesma, instituições públicas de ensino superior estaduais e municipais com pós-graduação com avaliação superior à nota quatro e as instituições privadas de ensino superior com doutorado que obtenha nota superior a cinco. Segundo a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS, atualmente existem no país 15 unidades de formação acadêmicas com PPG filiadas. Sendo elas:

Quadro 1: Unidades de Formação Acadêmicas Filiadas à ABEPSS

6 Programas de Pós Graduação - Unidades de Formação Acadêmicas ​Filiadas​ à ABEPSS

Universidade Federal do Pará (UFPA) Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

(8)

Fonte: ABEPSS, sistematizado pelas autoras, 2019.

De acordo com a ABEPSS há um total de 90 instituições de graduação em serviço social filiadas e com base no ​Quadro 1 ​é possível observar que desses, 15 tem programas de mestrado e/ou doutorado (ABEPSS, 2019).​Os trabalhos resultantes dos Programas de Pós Graduação expressam-se por meio da ​dissertação que é um trabalho acadêmico ​Stricto sensu que aborda uma especificidade de um campo do conhecimento que confere a titulação de mestre. E a tese, geralmente propõe um tema novo, um estudo de algo inusitado e mais ampliado que intitula doutor, normalmente realizado por quem quer seguir carreira acadêmica. 

Com o objetivo de ​identificar as produções bibliográficas sobre processos de educação permanente nas situações de trabalho nas políticas sociais - saúde, assistência social, previdência e sociojurídico - para conhecimento e articulação dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do Serviço Social; ​a pesquisa desenvolvida (considerando o período de 2008 a 2018), tem como referência as produções publicizadas em bancos de teses e dissertações da CAPES referentes às políticas sociais de abrangência do estudo a área de ciências sociais e aplicadas, especificamente, na área de conhecimento em serviço social. Os descritores considerados foram: educação permanente + os campos que aqui nos interessam, sendo eles: Assistência Social, Saúde, Previdência Social e Sociojurídico.

7 Universidade Federal do Piauí (UFPI)

Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) Universidade Federal do Pernambuco (UFPE) Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO)

Universidade de Brasília (UnB)

Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP)

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

(9)

O Quadro 2 demonstra achados da pesquisa relacionados à quantidade de universidades que têm programas de pós graduação em serviço social e política social e o número de produções em educação permanente resultantes dessas especializações:

Quadro 02: Instituições de Pós Graduação em Serviço Social e Política Social avaliados pela CAPES - Mestrado

Fonte: Relação CAPES, sistematizado pelas autoras, 2019.

O quadro refere que das 38 instituições que têm PPG de mestrado na Área de Serviço Social e Políticas Sociais, apenas oito abordaram em suas dissertações a temática de educação permanente relacionada com as políticas sociais. Da mesma forma, dos dezoito programas de Doutorado em Serviço Social e Políticas Sociais, cinco instituições apresentam resultados com a mesma relação, conforme pode ser visualizado no Quadro 3:

Quadro 3: Instituições de Pós Graduação em Serviço Social e Política Social avaliados pela CAPES - Doutorado

8

MESTRADO NA ÁREA DE SERVIÇO SOCIAL E POLÍTICAS SOCIAIS

Instituiçõ es país

38

Produção de Educação Permanente nas políticas Sociais Total de produções EP

UNB 2

UERJ 1

PUC - Salvador 1

UEL - Londrina 1

UFMG - Mato Grosso 1

UFA - Amazonas 2

UFP - Paraíba 1

PUC - São Paulo 1

Total 10

Publicações na CAPES

Doutorado em Serviço Social e Políticas Sociais

Instituições país 18

Produção de Educação Permanente nas políticas sociais Total de produções EP

PUC-RS 1

(10)

Fonte: Relação TESES/CAPES, sistematizado pelas autoras, 2019.

As teses que resultam dessa temática serão apresentadas conforme as políticas sociais e a área sociojurídica na discussão para ampliar os apontamentos que permeiam a presente investigação.

Quadro 4: Relação de teses em Educação Permanente, autor/a, área, instituição e programa de pós-graduação vinculado:

9

UFF - Fluminense 1

UFP - Piauí 1

PUC - São Paulo 2

Total 6

E P Doutorado - Teses CAPES Autor/Ano Universidade PPG

S A Ú D E

Educação Permanente: Uma Dimensão Formativa no Serviço Social

FERNANDES , Rosa Maria Castilhos. 2008

PUC/RS Serviço Social

Educação permanente em saúde para os trabalhadores do SUS

SARRETA, Fernanda de Oliveira. 2009

UEP Serviço Social

A participação social na condução da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde no estado de Minas Gerais

ARANTES, Rosana Freitas. 2013

UFF Política Social

O Envelhecimento Ativo E As Universidades Abertas Da Terceira Idade Em Teresina: Desafios Contemporâneos

FRANCO, Cassandra Maria Bastos. 2017. UFP Políticas Públicas S U A S

Educação permanente nas políticas de saúde e assistência social no contexto da precarização do trabalho de assistentes sociais

COSTA, Márcia De

Assis. 2016. PUC/SP Serviço Social

Educação Permanente no Sistema Único de Assistência Social: gestão democrática para uma ética pública

FERREIRA, Stela Da Silva. 2015

PUC/SP Serviço Social

Previdência Social não

(11)

Fonte: Relação Teses CAPES, sistematizado pelas autoras, 2019.

Visualiza-se maior adensamento na área da saúde (n4) e, após, na assistência social (n2). Entretanto, não foram identificadas teses na política da Previdência Social e nem no campo sociojurídico. Isso posto, nos faz aferir que, do tripé da Seguridade Social, a saúde e a assistência social possuem uma política de EP vinculada à gestão do trabalho dos profissionais que atuam nesses espaços sócio-ocupacionais, diferentemente da previdência social e do campo sociojurídico, que não possuem uma política específica e/ou um projeto político pedagógico para formaç​ão no espaço do trabalho.

Destaca-se que na saúde, desde antes da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde, há discussões sobre a importância da educação permanente como um princípio pedagógico de formação dos trabalhadores da saúde e que seguem tendo expressão no período desta pesquisa. A PNEP em Saúde 1​, instituída no ano de 2004, através da Portaria nº 198/GM,

tem como objetivo identificar as necessidades de desenvolvimento das/dos trabalhadoras da saúde para, assim, construir estratégias de espaços educativos a fim de qualificar as/os trabalhadoras/es, tendo em vista também, segundo a Portaria, a saúde individual e coletiva no ambiente de trabalho (BRASIL, 2004).

Observa-se que na saúde foram identificadas quatro teses, das quais conseguimos acessar três, cujos temas perpassam a Educação Permanente no cotidiano profissional, na dimensão formativa no Serviço Social, a participação social na construção da PNEP-SUS e também a questão do envelhecimento. A primeira tese relacionando a Educação Permanente e o Serviço Social no Brasil foi produzida pela Profª Drª Rosa Maria Castilhos Fernandes, em 2008, primeiro ano que abrange esta pesquisa bibliográfica. Dentre as metodologias utilizadas nas teses temos revisão bibliográfica e realização de grupo focal (FERNANDES, 2008), pesquisa documental (ARANTES, 2013) e utilização de experiências de três Universidades Abertas da Terceira Idade (UNATI) com o objetivo de identificar até que ponto a Educação Permanente direcionada ao público idoso fortalece o envelhecimento ativo dessas pessoas. (FRANCO, 2017).

Dentre os resultados das respectivas teses, podemos destacar a construção de conhecimentos, habilidades e estratégias durante o cotidiano profissional e a importância deste ser feito de forma interprofissional. Tais teses apontam também o papel da gestão em se comprometer com uma agenda de Educação Permanente. Sabemos que esta se faz no

1Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/documents/33856/396770/Pol%C3%ADtica+Nacional+de+Educa%C3%A7%C3%A3 o+Permanente+em+Sa%C3%BAde/c92db117-e170-45e7-9984-8a7cdb111faa

(12)

cotidiano, nos atendimentos, mas dar condições para que reuniões aconteçam, discussões de caso, condições para que haja trocas de conhecimentos entre profissionais de diferentes áreas e políticas sociais.

Já na Assistência Social, a PNEP SUAS 2​foi instituída em 2013, cujo objetivo é

institucionalizar “[...] a perspectiva político-pedagógica e a cultura da Educação Permanente, estabelecendo suas diretrizes e princípios e definindo os meios, mecanismos, instrumentos e arranjos institucionais necessários à sua operacionalização e efetivação” (BRASIL, 2013). Dito isso, as teses que tratam sobre a educação permanente e SUAS perpassam pela discussão tanto sobre o contexto da precarização do trabalho de assistentes sociais (COSTA, 2016), quanto da educação permanente relacionada a gestão democrática no SUAS para uma ética pública (FERREIRA, 2015), conforme o Quadro 2. Ainda é possível observar que três dessas teses são de PPGs de universidades privadas e as outras três de instituições públicas. Constatamos, conforme o Quadro 4, a existência de 2 teses sobre EP referente à Política de Assistência Social.

No que se refere às dissertações de mestrado, observa-se um aumento expressivo de estudos em comparação às teses de doutorado, pois foram identificadas seis dissertações na política de saúde, quatro na política de assistência social e nenhuma na política de previdência social, assim como, no campo sociojurídico3​, conforme relacionados no Quadro 5.

Quadro 5: Relação de dissertações em Educação Permanente, área de abrangência, instituição e programa de pós graduação vinculado:

2 Disponível em:

https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/Politica-nacional-de-Educacao-permanente.pdf

3 Ressaltamos que em 2019 houve a dissertação da Mestra Mariana P. Borba, UFRGS, sobre a Educação

Permanente no campo Sociojurídico, dissertação intitulada “​A construção de uma agenda de educação

permanente no trabalho dos assistentes sociais do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul”​.

11 E

P Mestrado - dissertações - CAPES Autor/Ano Universidade PPG

S A Ú D E

Política e Ação Pública: análise da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde

BRAVIN, Fabio Pereira. 2008

UNB Política Social

O Controle Social na Política de Educação Permanente em Saúde

PEREIRA, Débora de Sales 2009

UERJ Serviço Social

Envelhecimento, Velhice E Educação Permanente: Uma Geração Na Busca Do Empoderamento (Empowerment)

MARINHO, Silene Chacra

PUC/ BA Políticas Sociais e Cidadania

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Fonte: Relação Dissertações CAPES, sistematizado pelas autoras, 2019.

Ainda sobre as dissertações e as teses produzidas na área e relacionadas às políticas de saúde e assistência social foi possível proceder com as análises a partir dos conteúdos identificados e em consonância com os objetivos do presente estudo. Com relação às dissertações de mestrado vimos que do total de 4 produções, 3 delas foram realizadas em Programas de Pós Graduação vinculados à universidades federais, são elas: Universidade da Federal da Paraíba, Universidade de Brasília e Universidade Federal do Amazonas, enquanto apenas uma delas foi realizada na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Desta

12

Carvalho E. 2009.

Educação Permanente em Saúde: caminho em construção na 20ª Regional de Saúde-Paraná

SMAHA, India Nara. 2011

UEL Serviço Social e Política Social

O Desenvolvimento Da Política De Educação Permanente Em Saúde No Estado De Mato Grosso

CUNHA, Josied Marprates. 2014

UFMG Política Social

Educação Permanente Em Saúde: O Programa De Residência Multiprofissional Em Saúde Do Hospital Universitário Getúlio Vargas De Manaus-am'

MAIA, Danielle Bezerra. 2015

UFA Serviço Social

A S S I S T Ê N C I A S O C I A L

O Serviço Social e as Configuração Da Política Nacional De Capacitação (Pnc/Suas): O Desafio Da Educação Permanente

MACEDO, Elisangela Vieira. 2012

UFPB Serviço Social

Educação permanente: um desafio para os programas de capacitação da assistência social nos municípios do Alto Tietê/SP

BATISTA, Roberta de Paulo. 2017

PUC/SP Serviço Social

A Política Nacional de Educação Permanente para Trabalhadores do SUAS: limites, possibilidades e perspectivas

FREITAS, Renata Maria da Conceição de. 2017

UNB Política Social

Educação Permanente e Gestão do Trabalho no Âmbito da Assistência Social: estudo das demandas de capacitação profissional em Manaus

BARBOSA, Danielle da Silva. 2018.

UFA Serviço Social

Previdência Social não

(14)

forma, podemos afirmar que as dissertações abordam a realidade das regiões nordeste, centro oeste e norte do Brasil. Das 4 dissertações publicadas, 3 foram realizadas após a consolidação da PNEP/SUAS e apenas uma delas trata da Política Nacional de Capacitação do SUAS, sendo esta política um dos primeiros passos ao encontro da política de educação permanente para o SUAS que temos atualmente.

Após a análise das dissertações é possível dizer que um dos assuntos abordados se refere à precarização do trabalho no SUAS. É um aspecto ainda muito presente em todas as regiões em que se desenvolveram as pesquisas das produções aqui analisadas, aspecto este que incide na materialização da PNEP e na realidade de trabalho destes trabalhadores.

No que tange aos caminhos metodológicos escolhidos pelas produções e respectivas autoras, a pesquisa bibliográfica e documental foi a metodologia mais utilizada, seguindo ainda pela análise de diário de campo. Embora explore a análise de documentos, apenas uma delas traz relato de experiência dos gestores, considerando ainda que 2 das dissertações têm como sujeitos de pesquisa os gestores da política de assistência social.

As dissertações produzidas não trazem relatos de experiências narradas pelos próprios trabalhadores do SUAS e, sim, envolvem gestores e análises de documentos e produções de conhecimento sobre EP e a Assistência Social. Apresentam uma importante reflexão sobre a contribuição dos gestores no âmbito do SUAS e sua compreensão da educação permanente, mas que ainda carece de comprometimento político para que a cultura de EP possa ser parte do modelo de gestão local.

Embora nas dissertações o controle social receba destaque pela sua atuação frente à implementação da PNEP/SUAS, é inegável que esta instância precisa cada vez mais estar inserida na agenda da educação permanente. Afinal, a materialização da voz dos usuários se dá por este canal e uma vez que não avançamos na qualificação dos conhecimentos principalmente dos conselheiros representantes da sociedade civil, colocamos de lado o que preconiza a PNEP/SUAS e, principalmente, deixamos de fomentar uma frente importante para que a cultura da educação permanente possa ser construída em conjunto com trabalhadores e a sociedade civil. Sendo assim, o papel do controle social não deve restringir-se unicamente à luta para a efetivação da educação permanente, os conselheiros devem ser também incluídos nas discussões sobre educação permanente, buscando criar estratégias que além de mediar o acesso de direitos, unifique pautas e avance na garantia de uma política pública de qualidade.

(15)

3.1.2 TRABALHOS EM EVENTOS NO ÂMBITO DO SERVIÇO SOCIAL SOBRE EDUCAÇÃO PERMANENTE: CONGRESSO BRASILEIRO DE ASSISTENTES

SOCIAIS E ENCONTRO NACIONAL DE ​PESQUISADORES (AS) EM SERVIÇO

SOCIAL

O desenvolvimento da pesquisa bibliográfica oportunizou a apreensão das produções socializadas nos dois maiores eventos científicos vinculados à categoria profissional: o Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), promovido pelo Conselho Federal de Serviço Social - CFESS, Conselho Regional de Serviço Social CRESS da regional que irá sediar o evento, Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social - ABEPSS e Executiva Nacional de Estudantes de Serviço Social – ENESSO; e o Encontro Nacional de Pesquisadores/as em Serviço Social (ENPESS), promovido pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS).

Para tanto foram utilizados os seguintes descritores: educação permanente, na falta deste - formação no trabalho ou educação no trabalho - na correlação com educação permanente presentes nos títulos e/ou resumos e/ou palavras-chave. Após identificação dos materiais, foi observado e catalogado a qual política pertencia o estudo, sendo elas: saúde, assistência social, previdência social e no campo sociojurídico.

Inicialmente foi realizado um levantamento das produções bibliográficas dos Encontros Nacional de Pesquisadoras/es em Serviço Social (ENPESS) e dos Congressos Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS) que compilam em seus anais, uma síntese sobre a produção científica de profissionais da área do Serviço Social e áreas afins, como ocorre no ENPESS. Importante destacar que se tinha como pretensão analisar os trabalhos completos desde o ano de 2008, considerando a organização de cada um, porém, por dificuldade em acessar os cds dos eventos, tendo em vista que as publicações dos anais não estão disponíveis atualmente de forma on-line, optou-se por acessar e realizar investigação nos documentos, como os Cds dos eventos em que foi possível ter acesso (ou porque a pesquisadora responsável possuía, ou por contato com outras pesquisadoras que possuíam o material).

Essa dificuldade de acessar os materiais com a publicação dos eventos prejudica a disseminação de conhecimentos, pois cerceia o acesso às/aos participantes dos eventos. Também se identifica que com o passar do tempo pode ocorrer o extravio dos materiais (cds) com os anais dos eventos, os quais teriam a função de contribuir com o coletivo e, por vezes, acabam não sendo utilizados, perdendo o propósito político e educativo que o acesso ampliado poderia incidir.

(16)

Assim sendo, com relação ao Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais, foram considerados o 13°, 14° e o 15°, que correspondem respectivamente aos anos: 2010, 2013 e 2015, de acordo como demonstrado no Quadro 6:

Quadro 6: Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS)

Fonte: Elaborado pelas pesquisadoras, 2019.

A cada três anos ocorre o Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais (CBAS), considerado o maior evento do Serviço Social brasileiro, que objetiva a socialização de produções no âmbito da formação e trabalho profissional, contribuindo para o fortalecimento da organização política da categoria. A programação proposta dialoga com o contexto da conjuntura inerente ao momento histórico em que o mesmo ocorre, tratando a respeito das mudanças no governo, desmonte das políticas sociais, ataques à classe trabalhadora, organização das entidades político-organizativas da categoria, indicando caminhos para construção de estratégias para a categoria profissional no âmbito da formação e das lutas e resistências nos diferentes campos de trabalho em que se inserem os/as assistentes sociais.

Seu público abrange profissionais e estudantes da área, contando com cerca de de 3000 participantes em cada edição, sendo um espaço de divulgação da produção científica e técnica do Serviço Social, através da apresentação de trabalhos e comunicações pelos/as profissionais e estudantes, lançamento de livros e palestras ministradas por profissionais e estudiosos que acompanham e debatem as questões de relevância à profissão, provocando e instigando novas formas de pensar o trabalho e a formação profissional, frente a conjuntura social, política, econômica, as transformações societárias, configurações do trabalho, as expressões da questão social, as atribuições privativas e competências profissionais do/a assistente social considerando os diferentes espaços de inserção profissional.

Com relação aos Encontros Nacionais de Pesquisadores de Serviço Social – ENPESS, tratam-se de eventos realizados em âmbito nacional, a cada dois anos, objetivando a

15

CBAS Tema Ano Local

13º crise do capital: mediações e a consolidação do projeto“Lutas sociais e exercício profissional no contexto da ético-político do Serviço Social”

2010 Brasília/DF

14° “Impactos da crise do capital nas políticas sociais e no

trabalho do/a assistente social” 2013 São Paulo/SP

(17)

socialização de produções científicas desenvolvidas por pesquisadores/as assistentes sociais e de áreas afins. O evento prioriza a vinculação de profissionais inseridos/as em atividades de pesquisa e docência, mas aberto a estudantes de graduação e pós-graduação e assistentes sociais engajados em pesquisas, tendo em vista o desafio da ABEPSS em acompanhar e implementar processos de formação continuada, para atingir que docentes de todas as universidades e/ou faculdades que tenham em seu quadro o curso de graduação em Serviço Social, objetivando a afirmação dos princípios e objetivos inscritos nas Diretrizes Curriculares da ABEPSS (1996).

Após consolidação desse evento na década de 1990, este passa a ocorrer bienalmente e coloca-se como um espaço de compartilhamento da produção científica e técnica, de socialização das pesquisas, das experiências/trocas profissionais, e assim promove o fortalecimento da categoria e o adensamento da produção do conhecimento na área do Serviço Social e posicionamentos políticos enquanto categoria profissional. O Quadro 7 possibilita identificar os eventos realizados a partir do ano de 2010.

Quadro 7: Encontros Nacionais de Pesquisadores de Serviço Social (ENPESS)

Fonte: elaborado pelas autoras com base nos artigos do evento, 2019.

Entretanto, para fins de análise consideramos os resultados de trabalhos e produções bibliográficas referentes à dois ENPESS (2016 e 2018) e três CBAS (2010, 2013 e 2016), sistematizados no Quadro 8, com o intuito de identificar as produções bibliográficas sobre processos de educação permanente nas situações de trabalho nas políticas sociais - saúde,

16

ENPESS Tema Ano Local

XII “Crise do Capital e Produção do Conhecimento na

Realidade Brasileira.” 2010 Rio de Janeiro/RJ

XIII “Serviço Social, acumulação capitalista e lutas sociais: o

desenvolvimento em questão” 2012 Juiz de Fora/MG

XIV “Lutas sociais e produção de conhecimento: desafios para o Serviço Social no contexto de crise do capital” 2014 Natal/RN XV “Ousadia e Sonhos em Tempos de Resistência” 2016 Ribeirão Preto/ SP

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assistência social, previdência e campo sociojurídico - para conhecimento e articulação dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do Serviço Social.

Quadro 8: ENPESS e CBAS entre 2010 e 2018.

Fonte: Quadro elaborado pelas autoras com base nos artigos dos eventos, 2019.

Os eventos CBAS 2010, 2013, 2016 e ENPESS 2018 foram visualizados um a um a partir dos comandos de atalhos do computador (CTRL + f) para busca dos descritores nas palavras chaves, resumo e título. Já o evento ENPESS 2016 está disponível no site da ABEPSS e abre um glossário por linha de discussão que permite filtrar os assuntos com mais facilidade. Dispondo assim, 55 trabalhos que discutem educação permanente conforme as linhas indicadas no Quadro acima, 8.

Em cada evento percebe-se um perfil de destaque que corresponde a uma compreensão conforme o momento sócio-histórico, político e econômico, face às transformações societárias, os interesses latentes e necessidades das classes sociais. Conformando assim, as transformações que influenciam e demandam do trabalho novas necessidades nos processos de Educação Permanente nas diferentes políticas sociais e também no espaço jurídico. Com isso, buscou-se apresentar separadamente para dar o devido olhar a cada universo em cada uma das fontes estudadas.

Quadro 9: Resultados de análise In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM SERVIÇO SOCIAL (ENPESS), XV , Anais, Ribeirão Preto - SP, 2016.

17

Evento Total Pré selecionados N

Artigos finais com discussões de EP

Saúde Assistência Social Previdência Social Socio jurídico ENPESS 2016 1031 18 9 3 4 0 2 ENPESS 2018 1156 14 3 1 2 0 0 CBAS 2010 963 9 5 3 2 0 0 CBAS 2013 1120 39 5 3 2 0 0 CBAS 2016 1428 42 9 2 7 0 1 Total 5698 122 31 12 17 0 3

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18 P S A Ú D E

Este estudo discute a Educação Permanente em Saúde (EPS) no município de São Carlos/SP, objetivando identificar e problematizar as fortalezas e fragilidades descritas por trabalhadores das Unidades de Saúde da Família e gestores locais. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semiestruturadas realizadas com oito trabalhadores. Os resultados mostram que os trabalhadores participam de modo passivo no processo de EPS, a EPS não é acessível a toda equipe por diversos motivos, e que existe uma confusão acerca da definição entre EPS e Educação Continuada. Conclui-se que a EPS Saúde se encontra com dificuldades de se efetivar na sua plenitude. PERES, Cristiane. Educação Permanente Em Saúde: A Perspectiva De Trabalhadores Em Um Programa De Saúde Da Família No Município De São Carlos-SP.

Esse trabalho propõe analisar o processo de implementação da Política Nacional de Educação Permanente em Saúde nos estados que compõem a região Sudeste. Por meio de estudo de casos múltiplos e levantamento documental e entrevistas, buscou-se examinar a condução dessa política nos estados, considerando tanto o processo de gestão da política, com ênfase na ampliação do processo decisório a partir da incorporação de diferentes arenas e atores sociais, quanto sua interferência na reorganização das práticas em saúde. SENNA, Mônica de Castro. A Política Nacional De Educação Permanente Em Saúde Na Região Sudeste.

Residência Multiprofissional em Saúde constitui-se em uma nova modalidade de formação profissional em serviço direcionada também ao assistente social. O intuito desse estudo é refletir a respeito dessa formação na Remu Saúde do Adulto e do Idoso do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe (Remu/HU/UFS). Tendo o materialismo histórico dialético como método norteador, com caráter qualitativo e de natureza exploratória, o estudo utilizou-se da pesquisa bibliográfica, documental e de campo. As reflexões identificam que apesar de alguns desafios, a Remu/HU/UFS tem contribuído para a formação do assistente social, em um espaço profissional que envolve diferentes áreas do saber.

ANDRADE, Kércia Rocha; Et al. A Formação Profissional Do Assistente Social Na Residência Multiprofissional Em Saúde Do HU/UF.

O presente ensaio tem como objetivo refletir acerca da precarização do trabalho na Residência Multiprofissional em Saúde. Em que pese a Residência Multiprofissional em Saúde fazer parte de um conjunto de políticas de fortalecimento da formação para o SUS, procuramos evidenciar que ela também é resultado de um crescente desmonte do Projeto de Reforma Sanitária e do Sistema Único de Saúde (SUS), resultado da ofensiva neoliberal e contribui para o aprofundamento da precarização do trabalho na área da saúde. Consideramos que o estudo aqui elucidado irá contribuir no pensar reflexivo sobre o processo de formação dos residentes multiprofissionais, além de instigar novas pesquisas sobre esse tema.

SILVA, Aline Lima. Residência Multiprofissional em Saúde: Formação ou Precarização Do Trabalho? A S S I S T Ê N C I A S O C

Esta pesquisa em exercício profissional tem por objetivo socializar o processo deflagrado para a implantação do Núcleo de Educação Permanente dos Trabalhadores do SUAS, nos anos de 2015 e 2016, no município de Caucaia-CE, vislumbrando a gestão do trabalho. A metodologia desenvolvida se baseia nos pressupostos crítico-dialéticos e adota como procedimentos a pesquisa documental, bibliográfica e pesquisa participante. Os resultados observados viabilizam processos de capacitação e aperfeiçoamento profissional de forma a afiançar a qualificação técnico operativa, teórico-metodológica e ético-política da gestão, controle social e oferta dos serviços socioassistenciais no âmbito do SUAS.

LIMA,Rochelly Euzébio; et al. O Processo De Implementação Do Núcleo De Educação Permanente Dos Trabalhadores Do Suas: Pesquisa Em Exercício Profissional Em Caucaia–CE.

O presente artigo foi elaborado através de vivências profissionais compartilhadas pelos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social na implementação do Núcleo de Educação Permanente no município de

RIBEIRO, Eveline Alves; et al. A Valorização Do

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19 I

A L

Caucaia-Ce. A partir das atividades desenvolvidas em 2015 e 2016, verificou-se elementos reais de mudança em determinadas práticas profissionais. Fica, portanto, evidente que a educação permanente é uma estratégia fundamental no aprimoramento do SUAS, contudo, a valorização do trabalhador e a qualificação dos serviços se relacionam com uma gestão do trabalho efetiva e estruturada, traduzida desde incentivos salariais a condições físicas, materiais de consumo e permanente adequadas à prestação dos serviços socioassistenciais.

Trabalhador E A Qualificação Dos Serviços Socioassistenciais A Partir Da Educação Permanente No Sistema Único De Assistência Social Em Caucaia-CE.

Neste artigo, apresenta-se a discussão sobre os rumos da educação permanente no Brasil e a sua trajetória na Política Nacional de Assistência Social – PNAS, diante dos desafios da sociedade contemporânea na relação de educação, aprimoramento profissional e trabalho na atuação dos Assistentes Sociais. Apresenta a influência do sistema único de Saúde – SUS na implementação do Sistema Único de Assistência Social –SUAS. Destaca a educação permanente como um espaço privilegiado de aprendizado e discussão para dar conta das exigências postas para a consolidação do projeto ético-político da profissão. Suscita a necessidade do profissional em participar de espaços compartilhados para reflexão sobre os processos de trabalho dos Assistentes Sociais.

CRUZ, Roberta De Paulo Batista. A Educação Permanente No Brasil E Sua Trajetória Na Política Nacional De Assistência Social- PNAS.

Este artigo socializa parte dos resultados da pesquisa intitulada: Educação Permanente no SUAS: uma análise a partir das reflexões dos sujeitos sociais da política de proteção social não contributiva no RS, que teve como objetivo geral: analisar as experiências de educação permanente vivenciadas pelos gestores, trabalhadores e conselheiros da Política de Assistência Social da região metropolitana do RS. As reflexões teóricas que subsidiaram esse processo investigatório, destaca a concepção de educação permanente, assim como, a importância das experiências vivenciadas nas situações de trabalho no SUAS. Socializamos parte dos resultados obtidos por meio dos grupos focais, em que os participantes puderam refletir sobre os processos de Educação Permanente no SUAS e trazer a compreensão que possuem sobre a temática.

FERNANDES, Rosa Maria Castilhos Fernandes; Et. All. A Construção Coletiva de Uma Concepção De Educação Permanente No SUAS: contribuições de uma pesquisa.

O trabalho propõe apresentar o desenho construído e implantado em Limeira-SP em relação à Educação Permanente no Sistema Único de Assistência Social. Em 2014 o Centro de Promoção Social Municipal – CEPROSOM, autarquia responsável pela gestão do SUAS, realizou a reforma administrativa criando através de Lei municipal complementar a Diretoria de Vigilância Socioassistencial. Em 2015 foi criado o Núcleo Municipal de Educação Permanente por meio do Decreto No 44/2016. Identifica-se avanços e desafios na gestão da Educação Permanente pela Vigilância, os quais se pretende discutir neste trabalho.

ALVES,Virgilio Paulo Da Silva. A Implantação do NMEP - Núcleo Municipal De Educação Permanente Do Suas Em Limeira-SP. S O C I O J U R Í D I C O

O presente artigo versa sobre o modo de produção capitalista e os impactos deste no processo de criminalização da pobreza, resultando, portanto, no sistema prisional que encarcera prioritariamente a classe trabalhadora – com um maior índice de indivíduos pobres e negros - sobretudo em um contexto contemporâneo marcado pela precarização e desregulamentação dos direitos sociais, bem como analisa de que modo o Serviço Social se insere nesse espaço sócio jurídico, previsto pela Lei de Execução Penal – Lei n° 7.210/1984, e como esta profissão se posiciona através do seu referencial teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo.

NETO, Jorge

Fernando De Souza; et al. Crise Estrutural Do Capital E Sistema Prisional: O Serviço Social No

Sócio-jurídico.

Esse artigo foi escrito com base na experiência de trabalho da assistente social perita, contratada como prestadora de serviço na área sociojurídica. A coleta de dados se deu em uma amostra que reuniu 88 processos que geraram visitas domiciliares no período de junho a dezembro de 2015.

RAMOS, Glaucia De Almeida. Metodologias De Intervenção Do Serviço Social: Área

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Fonte: elaborado pelas autoras com base nos artigos do evento, 2019.

Considerando os quatro trabalhos publicados no ENPESS de 2016 vinculados a política pública de saúde, dois tratam da educação permanente no âmbito da Residência Multiprofissional em Saúde, que se constitui como uma modalidade de formação em serviço. Por meio do desenvolvimento de pesquisa bibliográfica, documental e de campo, os trabalhos evidenciam duas pautas importantes. Uma delas trata da Residência Multiprofissional em Saúde, enquanto integrante de um conjunto de políticas que visam o fortalecimento da formação para o SUS. Todavia, em meio a ofensiva neoliberal esta forma de intervenção está imersa no processo de desmonte do Projeto de Reforma Sanitária e do Sistema Único de Saúde (SUS) e, entre os impactos verifica-se a intensificação dos processos de precarização do trabalho na área da saúde. Outra trata da Residência Multiprofissional como uma nova modalidade de formação profissional em serviço. “Sua potencialidade reside em estar orientada para a apreensão e o atendimento ampliado às necessidades de saúde da população, para qualificação do cuidado em saúde frente ao processo de saúde-doença em suas dimensões individuais e coletivas” (CLOSS, 2013, p. 58). Assim, se constitui como lugar importante de inserção dos/as assistentes sociais, uma vez que contribui para a formação profissional em espaço que possibilita um trabalho integrado com diferentes áreas do saber.

No âmbito da implantação da Educação Permanente na área da saúde (EPS), em âmbito municipal, por meio de entrevistas realizadas com trabalhadores foi possível identificar que estes não participam efetivamente da EPS e que há dificuldades quanto a compreensão do que seja a EPS e Educação Continuada e o que dificulta a implantação da EPS em âmbito municipal. Em âmbito estadual, na região sudeste, a partir de resultados de pesquisa documental e entrevistas, socializados no evento, foi enfatizado o processo de gestão da política de saúde e a necessária ampliação de espaços que possibilitem a efetivação de processos decisórios, com a participação de diferentes atores. Observando-se essas duas experiências, uma em âmbito local e outra estadual, verifica-se como prioridade o aprofundamento sobre o significado da política de educação permanente, considerando as práticas e vivências a partir do trabalho profissional, nos diferentes espaços

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Os dados foram coletados do formulário de perícia social da instituição e referem-se ao tipo de benefício, estado civil, faixa etária, escolaridade, renda, e motivo de recusa de acesso pelo INSS. A intervenção estudada na vivência da profissional, é um processo em construção e pode se desdobrar em conhecimento instrumental para qualificar o atendimento quanto aos direitos do cidadão, embora esteja ocorrendo num contexto de precarização do trabalho do assistente social terceirizado. Esse artigo pretende ser a base de futuras abordagens das questões que foram suscitadas na investigação.

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sócio-ocupacionais. Também a reflexão e construção de propostas coletivas quanto a ampliação dos espaços decisórios, com participação democrática, no que se refere a gestão da política de saúde, o que poderá ser priorizado com a implantação da política de educação permanente no local de trabalho.

Há que se reconhecer os desafios presentes na constituição de uma cultura política e participação popular uma vez que incide sobre essa pauta os legados da “[...] formação sócio-histórica do Brasil, marcada por relações de dominação, exclusão, alienação e conservadorismo, que levam à subalternidade e dependência da classe trabalhadora [...] (MACHADO; FERNANDES, 2018, p. 255)”, o que incide nas condições de efetivação de uma cultura política de participação, por meio de processos constantes de exploração/opressão. Assim, o espaço profissional não pode ser tratado exclusivamente na ótica das demandas já consolidadas socialmente, sendo necessário, a partir de um distanciamento crítico do panorama ocupacional, apropriar-se das demandas potenciais que se abrem historicamente à profissão no curso da realidade (IAMAMOTO, 2009, p. 344)

As produções sobre educação permanente na Política de Assistência Social, tratam de experiências desenvolvidas no âmbito municipal, estadual e nacional. As produções resultam de pesquisa documental, bibliográfica e participante, grupos focais, reflexões teóricas e vivências profissionais compartilhadas entre trabalhadores/as do SUAS. Quanto à implantação da Política de Educação Permanente no SUAS, em âmbito municipal, os resultados indicam que a educação permanente se constitui como estratégia fundamental para o aprimoramento do SUAS e do controle social da política de assistência social e que sua implantação vem incidindo em mudanças no trabalho profissional. Em meio às construções em andamento quanto a implantação da política de educação permanente, destaca-se o necessário aprimoramento da gestão do trabalho, considerando a valorização do/a trabalhador/a e prioridade quanto aos processos de capacitação e aperfeiçoamento profissional, com vistas a qualificar a oferta dos serviços socioassistenciais previstos no SUAS.

A trajetória de implantação da educação permanente no SUAS, em âmbito estadual, tem ênfase no aprofundamento sobre a concepção de educação permanente considerando as experiências vivenciadas nos espaços de trabalho no SUAS. Em âmbito nacional, as publicações apontam a necessária consonância entre educação permanente e o disposto na Política Nacional de Assistência Social – PNAS; que há influência sobre o modelo do SUS na implementação do SUAS; que a educação permanente se constitui como espaço privilegiado

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de discussão e aprendizado; que no âmbito Serviço Social a educação permanente contribui para avançar na direção da materialização do projeto ético-político profissional.

No âmbito sociojurídico, as produções contribuem para elucidar os impactos da ofensiva do modo de produção capitalista, na precarização e desregulamentação de direitos sociais e criminalização da pobreza, e as configurações do sistema prisional. Também possibilitam analisar a inserção do Serviço Social no espaço sociojurídico, conforme Lei nº 7.210/1994 e o referencial teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo que fundamentam essa inserção, com vistas a contribuir para o acesso dos/as usuários/as aos direitos de cidadania.

No que se refere aos trabalhos socializados no ENPESS de 2018 verifica-se uma redução significativa (66%), em comparação ao evento de 2016, quanto às produções voltadas à educação permanente nas políticas de saúde, assistência social, previdência social e campo sociojurídico, conforme pode ser observado no Quadro 10.

Quadro 10: Resultados de análise - In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISADORES EM SERVIÇO SOCIAL (ENPESS), XVI, Anais, Vitória -ES, 2018.

22

E P

Resumos - ENPESS 2018 Referência

S A Ú D E

Este texto aborda conceitos e concepções de Estado, Política Social e Política de Saúde na conjuntura atual do Brasil, considerado como capitalismo dependente, imerso em crises da organização política econômica e social. Procura-se delinear as implicações que remetem ao novo desenho econômico-político em curso, com repercussões nas políticas sociais, especificamente no setor de saúde, que se expressam na precarização/extinção dos serviços, penalizando cada vez mais a classe trabalhadora. As recentes alterações no SUS parecem demonstrarem que essa Política tem sido minada com serviços de péssima qualidade, com falta de recursos, insuficientes investimentos na força de trabalho e ampliação dos esquemas privados que sugam os recursos públicos. Vive-se tempos de exigência imperativa para fazer resistência ao processo de desmantelamento das políticas sociais e dos direitos sociais historicamente conquistados

ANJOS, Vera Lúcia Honório.

POLÍTICA DE SAÚDE E

EDUCAÇÃO PERMANENTE

NO CONTEXTO

DAS POLÍTICAS SOCIAIS DO

BRASIL: BREVES

REFLEXÕES​.

A S S

Trata-se de um artigo que emerge das reflexões de um processo de pesquisa que teve como objetivo analisar a trajetória percorrida pelos (as) trabalhadores (as) do SUAS (2005) no desenvolvimento da Política Nacional de Educação Permanente (2013) deste sistema. Considera-se que as vivências de

FERNANDES, Rosa Maria Castilhos; SILVA, Poliana Einsfeld; BROCK, Ana Gabriela. A

EDUCAÇÃO PERMANENTE

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Fonte: elaborada pelas autoras com base nos artigos do evento, 2019.

No âmbito da Política de Saúde, as produções abordaram o adensamento teórico sobre conceitos e concepções de Estado, Política Social e Política de Saúde. Também as condições de oferta dos serviços no âmbito do SUS, como sistema público, o qual tem sido marcado por processos de precarização e incidência quanto a sua privatiz que põe em risco os direitos e políticas sociais arduamente conquistados. Já no campo da Política de Assistência Social, por meio de pesquisa sobre a Política Nacional de Educação Permanente e CapacitaSUAS identifica-se que a Educação Permanente, possibilita apreender, a partir das vivências nas situações de trabalho e das experiências sociais, a constituição dos/as trabalhadores/as enquanto classe e sua contribuição na defesa dos direitos socioassistenciais. Nessa direção no âmbito do SUAS: Educação Permanente não se refere apenas a processos de educação formal. Em um sentido mais amplo, ela diz respeito à formação de pessoas visando a dotá-las das ferramentas cognitivas e operativas que as tornem capazes de construir suas próprias identidades, suas compreensões quanto aos contextos nos quais estão inseridas e seus julgamentos quanto a condutas, procedimentos e meios de ação apropriados aos diferentes contextos de vida e de trabalho e à resolução de problemas.

De acordo com as produções analisadas, a Educação Permanente no SUAS contribui para o processo de institucionalização e consolidação do Sistema Único de Assistência Social, considerando o aprimoramento dos processos de gestão e a qualidade na oferta de serviços e benefícios socioassistenciais. No que se refere ao CBAS este apresenta-se com o evento mais ampliado, que reúne profissionais vinculados/as aos diferentes espaços sócio-ocupacionais. Dentre os estudos realizados, verifica-se um número maior de trabalhos e uma amplitude quanto a abrangência das áreas de pesquisa, que inserem com frequência a formação no trabalho e educação e trabalho, conforme pode ser identificado nos Quadros 11 e 12.

23 I S T Ê N C I A S O C I A L

educação permanente nas situações de trabalho se constituem em experiências sociais, que permitem o ​fazer-se ​classe trabalhadora em defesa dos seus direitos, assim como dos direitos socioassistenciais.

SOCIAL: RELATOS DE UMA PESQUISA NO SUAS​.

Análise sobre a Educação Permanente do SUAS como elemento fundamental para seu processo de institucionalização e consolidação, tendo em vista as determinações da NOB-RH/SUAS na perspectiva do aprimoramento da gestão, dos serviços e benefícios socioassistenciais. O artigo objetiva socializar os resultados da experiência do CapacitaSUAS no estado do Maranhão, destacando as tendências ético-políticas que o presidem e as diversas ordens de desafios daí decorrentes.

MIRANDA, Aurora Amélia Brito; SILVA, Penha Viana; MIRANDA, Mª Leidinalva Batista.

EDUCAÇÃO PERMANENTE E CONTINUADA NO SUAS: PROCESSOS E DESAFIOS NO MARANHÃO.

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Quadro 11: Resumos dos Trabalhos dos CBAS 2010, 2013 e 2016.

24 E

P

CBAS 2010 Palavras chave Autoras/es Resumo

S A Ú D E O MONITORAMEN TO E AVALIAÇÃO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO Monitoramento, Avaliação, Gestão, Programa de Capacitação Gerencial Angela Maria de Lourdes Dayrell de Lima,Jaquelin e Medeiros Farah,Marcia Hiromi Sakai.

No processo de implementação da política de saúde observa-se a falta de ações efetivas e sistemáticas que possam ser caracterizadas como monitoramento e avaliação. Este estudo situa-se como uma referência teórica para o desenho de uma proposta de implementação do monitoramento e avaliação de um programa da área de saúde e conta com duas dimensões de análise, uma conceitual e outra operacional. CONCEPÇÕES DE SAÚDE DAS/DOS ASSISTENTES SOCIAIS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE CUIABÁ/ MT Saúde, Serviço Social, Trabalho dos Assistentes Sociais Sara Cintia Ferreira da Silva

O objetivo foi investigar as concepções e práticas de saúde dos assistentes sociais do HUJM. Observou-se a ausência de reflexão nos discursos das/dos profissionais, há que se avançar nas discussões sobre saúde. É preciso organizar grupos de estudos e levantar as demandas para estruturar no hospital um processo de educação permanente, em vista de um trabalho mais sintonizado com o SUS

EDUCAÇÃO PERMANENTE: na perspectiva da Política de Saúde Formação; Educação Permanente; Saúde; Ensino/Serviço India Nara Smaha,Cássia Maria Carloto

A Educação Permanente depois de marcar época na Pedagogia, chegou na área da saúde para proporcionar melhor condição aos trabalhadores e aos usuários. Esta Ação se tornou Política Nacional e tem um rico percurso, contado através das Conferências Nacionais e Legislações que procuraram garantir a formação para o SUS. A Lei está posta e os trabalhadores têm acesso a seus benefícios através dos PREPS.

A S S I S T Ê N C I A S O O PROCESSO DE FORMAÇÃO/CAP ACITAÇÃO PROFISSIONAL DOS ASSISTENTES SOCIAIS DA PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO: ​um desafio de atuação a partir do novo desenho da Política Nacional de Capacitação Profissional, Serviço Social, Projeto Ético-político, Assistência Social, Sistema Único de Assistência Social. Paula da Silva Caldas

Este texto retrata a experiência de trabalho na formação/capacitação profissional sob a nova ótica da Política Nacional de Assistência Social – SUAS. Tem como centralidade de suas ações o aprimoramento, formação e capacitação de profissionais que atuam na Secretaria Municipal de Assistência Social do Rio de Janeiro, como princípio ético fundamental da atuação do Assistente Social.

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Fonte: elaborado pelas autoras, 2019.

Seguindo a análise sobre as produções vinculadas às políticas de saúde, assistência social, previdência e campo sociojurídico, no âmbito da Política de Saúde, no ano de 2010, os trabalhos publicados contribuem para: (a) elucidar a necessária implantação de processos de monitoramento e avaliação de programas vinculados a Política de Saúde; (b) refletir sobre a constituição de um processo de educação permanente em consonância com os princípios do SUS; (c) problematizar as condições dos/as trabalhadores/as da saúde e o atendimento aos usuários/as. A análise permite compreender que as produções sistematizadas estão alinhadas a compreensão sobre o significado da Educação Permanente na Saúde (EPS):

A EPS é uma estratégia político-pedagógica que toma como objeto os problemas e necessidades emanadas do processo de trabalho em saúde e incorpora o ensino, a atenção à saúde, a gestão do sistema e a participação e controle social no cotidiano do trabalho com vistas à produção de mudanças neste contexto. Objetiva, assim, a qualificação e aperfeiçoamento do processo de trabalho em vários níveis do sistema, orientando-se para a melhoria do acesso, qualidade e humanização na prestação de serviços e para o fortalecimento dos processos de gestão político-institucional do SUS, no âmbito federal, estadual e municipal (BRASIL, 2018, p. 13).

Na área da assistência social houve destaque para experiência de trabalho na formação/capacitação profissional no SUAS, com vistas ao aprimoramento, formação e capacitação de profissionais. Também tem visibilidade a análise sobre o Plano Nacional de Qualificação, com ações desenvolvidas nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS) e estão voltados à inserção produtiva dos/as trabalhadores/as usuários/as dessa política. 25 C I A L Assistência Social/Sistema Único de Assistência Social. POLÍTICAS DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL PARA O TRABALHADOR POBRE: o PNQ e a inserção educação, trabalho, qualificação de trabalhadores, assistência social Simone Eliza do Carmo Lessa

O presente artigo apresenta reflexões sobre a formação inicial e continuada de trabalhadores que ocupam os postos simples de trabalho. Aqui analisamos a execução de propostas de qualificação profissional no Brasil contemporâneo, com enfoque no Plano Nacional de Qualificação (PNQ) do governo Lula da Silva. Nas margens desta experiência, apresentamos, ainda, a aprendizagem que objetiva a geração de renda, denominada de

inserção produtiva​, viabilizada nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS)​[i] , em especial aqueles localizados na Baixada Fluminense.

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Quadro 12: Resumos dos trabalhos do CBAS de 2013

26 E

P

CBAS 2013 Palavras chave Autoras/es Resumo

S A Ú D E O PROCESSO DE IMPLAMENTAÇÃ O DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE NO ESTADO DE MATO GROSSO: UM OLHAR NA REGIONALIZAÇÃ O DA SAÚDE Saúde. SUS. Regionalização . Educação Permanente. Ivone Maria Ferreira DA Silva, Josiéd Marprates Cunha

Neste artigo vamos analisar a implantação da política de educação permanente em saúde no Estado de MT, na perspectiva da regionalização do SUS. Nosso olhar vai permear a Escola de Saúde Pública do Estado de Mato Grosso, como instituição formadora do SUS e também o papel do Conselho dos Secretários Municipais de Saúde de Mato Grosso (COSEMS), no processo de regionalização de saúde no nosso Estado.

RESIDÊNCIA MULTIPROFISSI ONAL EM SAÚDE E SERVIÇO SOCIAL NO CONTEXTO DA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE Serviço Social, Residência Multiprofission al, Educação Permanente em Saúde Eulange de Sousa, Heloisa Helena Rodrigues Dias, Margareth Novaes de Andrade

Este trabalho objetiva analisar a participação e desempenho de candidatos do serviço social aos programas de residência multiprofissional em saúde de um hospital de ensino. Foram observados os resultados dos concursos para ingresso nos programas nos anos de 2011, 2012 e 2013. Verificou-se que os candidatos do serviço social obtiveram notas inferiores a 8 categorias profissionais nos anos de 2011 e 2012 e que no ano de 2013 superou 5 categorias. Conclui-se que é necessário um acompanhamento e monitoramento dos cursos de residência para a consolidação de processos formativos em saúde na perspectiva da educação permanente em saúde no SUS.

A FORMAÇÃO

EM SAÚDE:

saberes e práticas coletivas para o SUS

Serviço Social, política de saúde, formação, educação permanente, problematizaçã o. Fernanda de Oliveira Sarreta, Fumiê Eto

O Grupo QUAVISSS da UNESP/Franca vem construindo espaços de aprendizagem que aproximem alunos de Serviço Social ao trabalho na saúde, para refletir a política de saúde na sociedade contemporânea e a atuação do assistente social nos cenários do SUS local/regional, problematizando situações vivenciadas no cotidiano - do trabalho e formação profissional - a partir de saberes e experiências dos sujeitos.

A S S I S T Ê N C I A METAMORFOSES DO MUNDO DO TRABALHO: ​A Política Nacional de Assistência Social e os desafios para consolidação da Política Nacional de Educação Permanente do SUAS. Assistência Social, Educação Permanente, Trabalho. Miriam de Souza Leão Albuquerque, Francisca Alves de Carvalho

As modificações ocorridas no mundo do trabalho em decorrência do neoliberalismo e seus reflexos na Assistência Social no Brasil, com enfoque na Gestão do Trabalho e na Educação Permanente. A EFETIVIDADE DA POLÍTICA DE CAPACITAÇÃO gestão do trabalho no SUAS, Fabiana Cristina Ferreira,

O presente trabalho intitulado: “A efetividade da política de capacitação em municípios de gestão plena no âmbito do Sistema Único de

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