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SEXUALIDADE E INFÂNCIA: CONTRIBUIÇÕES DA EDUCAÇÃO SEXUAL EM FACE DA EROTIZAÇÃO DA CRIANÇA EM VEÍCULOS MIDIÁTICOS

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Reflexões AcAdêmicAs

Sexualidade

e infância:

contribuiçõeS

da educação

Sexual em face

da erotização

da criança

em veículoS

midiáticoS

Sexuality and childhood: contributionS of Sex education in face of the erotization of children in the media

Sexualidad e infancia: contribucioneS de la educaciÓn Sexual ante la erotizaciÓn del niÑo en vehículoS mediáticoS

fernanda Reis

Mestranda em Educação Escolar pela UNESP/Araraquara.

luci Regina muzzeti

Doutora em Educação pela UFSCar. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar da UNESP/Araraquara.

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Andreza marques de castro leão

Doutora Educação Escolar pela UNESP/Araraquara. Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Sexual da UNESP/Araraquara.

Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP)

Araraquara – SP – Brasil

endereço:

Rodovia. Araraquara-Jaú, Km 1, Bairro: Machados, 14800-901 - Araraquara, SP

E-mails: nandapoa83@hotmail.com lucirm@fclar.unesp.br andreza_leao@yahoo.com.br

Resumo: O presente artigo propõe mostrar as contribuições

da educação sexual, em âmbito escolar, como forma de mitigar os efeitos da mídia, que acarreta por vezes a erotização precoce da criança. Para tanto, possuindo um caráter bibliográfico, ele aponta alguns aspectos da sexualidade na infância, revelando, juntamente, as problemáticas trazidas pelos artefatos midiáticos, sobretudo para a formação da criança, quando abordam assuntos sexuais, enfatizando o papel da educação sexual para um pensar mais reflexivo acerca dessa temática.

Palavras- chave: Erotização Infantil. Mídia. Educação

sexual.

Abstract: This article proposes to show the contributions

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the effects of the media, which sometimes leads to early sexualisation of children. Bibliographical in nature, it points out some aspects of sexuality in childhood, and reveals the issues brought by the media, particularly for the formation of the child, when addressing sexual issues, highlighting the role of sex education for a more reflective thinking about this theme.

Keywords: Infancy. Infant Erotization. Media. Sex

education.

Resumen: El presente artículo se propone mostrar las

contribuciones de la educación sexual en el ámbito escolar como forma de mitigar los efectos de los medios, que a veces acarrean la erotización precoz del niño. Para ello, y con un carácter bibliográfico, apunta algunos aspectos de la sexualidad en la infancia, revelando al mismo tiempo las problemáticas traídas por los artefactos mediáticos, sobre todo para la formación del niño, cuando abordan asuntos sexuales, enfatizando el papel de la educación sexual para un pensar más reflexivo acerca de este tema.

Palabras clave: Erotización Infantil. Media. Educación sexual.

Introdução

R

efletir acerca da condição infantil sempre remete a ideias e

representações muito singulares quanto ao entendimento do que seja ser criança. No âmbito do senso comum, substantivos como inocência, ingenuidade, angelical, entre outros, frequentemente surgem atrelados ao conceito de criança, fazendo parte do imaginário dos indivíduos no interior de diferentes sociedades. Nesse contexto, Müller (2006) salienta que as concepções de infância têm se transformado no transcorrer dos

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processos históricos, sendo a vida familiar e escolar as principais instâncias responsáveis pelo assentamento da sua compreensão após o advento da Idade Moderna.

Com efeito, no percurso do tempo e do espaço, o gradativo acesso informacional, bem como as constantes modificações políticas e econômicas, têm alterado de forma especial as noções de infância no período contemporâneo. Dessa maneira, a partir da disseminação dos meios de comunicação, o público infantil tem se tornado alvo dos veículos midiáticos, seja por meio do consumo requerido pelo mercado empresarial, seja por meio da exposição imagética da criança em campanhas publicitárias e em programas televisivos (FIGUEIREDO et al., 2009; MÜLLER, 2006).

Ao mesmo tempo, tanto esta exposição quanto os conteúdos propagados na mídia têm preocupado estudiosos provenientes de campos distintos do conhecimento (CANELA, 2009; FIGUEIREDO et al., FLORES et al., 2011), colocando em pauta a problemática da erotização precoce de crianças no interior desta esfera. Nesse sentido, como declaram Figueiredo et al. (2009, p. 66) “[...] a mídia, [...], se constitui como um dos principais estimulantes no processo de erotização na infância. Tal fato, pode ocorrer por influência dos estímulos eróticos que produz, ou [...] pela permissividade com que tais estímulos chegam até as crianças [...]”.

Tendo em vista os fatos destacados, o presente artigo busca refletir a respeito das contribuições que a educação sexual da criança, no espaço escolar, pode proporcionar ao desenvolvimento infantil, como possibilidade de mitigar os efeitos nestes indivíduos da erotização precoce decorrente da ação midiática. Para isso, fundamentado na pesquisa bibliográfica, o estudo em questão organiza-se da seguinte maneira: em um primeiro instante, apontaram-se aspectos importantes para se entender a sexualidade na infância, relacionando este conceito ao contexto social de cada momento histórico. Posteriormente, discorreu-se sobre a sexualidade propagada pela mídia, descortinando os problemas acarretados quando a criança se torna o objeto desses meios de comunicação de uma forma nefasta, incorrendo na erotização infantil. Por fim, destacou-se o papel relevante da educação sexual escolar, direcionada às crianças, diante das influências negativas da instância midiática, salientando as contribuições de tal prática de ensino para a construção de um pensar mais reflexivo deste a infância.

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InfâncIa e SexualIdade: notaS prelImInareS

Para compreender os ditos sobre a sexualidade da criança na sociedade contemporânea, é preciso antes de tudo atentar para a história da infância no mundo ocidental. De tal modo, os estudos de Philippe Ariés (1981) revelam uma marcante transformação no sentimento1 de infância e da família ao longo dos séculos. Na Idade Média, por exemplo, a criança não existia como um ser social, pois durante muito tempo foi considerada um adulto em miniatura, valorizada, assim, de acordo com a classe social pertencente. Dentro desta perspectiva, no século XII as crianças que provinham de classes sociais mais altas usavam perucas e sapatos de salto, ao passo que as meninas se adornavam quase sempre como uma mulher adulta. Logo, a inexistência da particularidade infantil acabava afetando as relações interpessoais, haja vista que durante a época medieval eram frequentes os matrimônios aos doze e treze anos de idade, não havendo limites, também, entre a infância e a adolescência (NUNES; SILVA, 2000). Ao acrescentar aos fatos explicitados, Nunes e Silva (2000, p. 36) revelam que:

Até o século XIV, [...], as crianças andavam misturadas com os adultos e com eles participavam de festas bailes, trabalhos e reuniões, sempre correndo e dando saltos no ambiente supostamente reservado aos negócios do adulto. As crianças participavam das festas comunitárias, junto aos adultos, até ao amanhecer.

Vale lembrar que durante os séculos XV e XVI, como ainda não existia um controle total da sexualidade, o modo de vida da população europeia enveredava para uma maior liberdade sexual. Por isso, abraços, carícias e beijos eram muito comuns entre as classes populares, assim como a masturbação infantil, a qual era realizada pelos pais e pelas amas com o intuito de acalmar as crianças (NUNES, 1987; USSEL, 1980).

Dessa forma, nesse período, as brincadeiras sexuais entre adultos e crianças ocorriam com certa frequência. Para tanto, aceitas com muita naturalidade em algumas regiões da Europa, elas faziam parte tanto do cotidiano de famílias pertencentes à nobreza quanto de famílias oriundas do povo. Não raro, os pais expunham os órgãos genitais dos seus filhos de maneira engraçada e divertida para qualquer pessoa que os visitasse, sem qualquer tipo de pudor ou censura (ARIÉS, 1981; NUNES; SILVA, 2000).

Todavia, cabe destacar que, no século XV, ao mesmo tempo concomitante e contrária à permissividade descrita, as ideias moralizantes de muitos estudiosos

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começaram a ganhar notoriedade, influenciando, portanto, a forma de ser e de pensar dos indivíduos. Seguindo um viés disciplinador, tais ideias tinham no escritor Gerson seu principal representante, sendo ele um dos precursores da normatização do comportamento infantil nesse momento histórico (NUNES; SILVA, 2000).

Conforme destaca Ariés (1981), procurando preservar a criança dos proferidos pecados da época, precauções como o uso de palavras castas no tratamento do infante; a proibição do olhar e do toque entre as crianças durante as brincadeiras; o controle da promiscuidade entre adultos e crianças, deixando claro que ambos não podiam mais dormir juntos na mesma cama; dentre outras coisas faziam parte das orientações de Gerson quanto à educação infantil.

Com o passar do tempo, os adultos foram modificando sua compreensão de infância rumo ao entendimento de sua particularidade, constatando-se que, no século XVI, essa concepção já começava a ganhar significado com a ideia de que a criança era um ser puro, fraco, inocente e fadado a paparicações. Assim, o sentimento moderno de infância surge com o advento da sociedade capitalista urbano-industrial, pois nesta nova forma de organização social, sobre a égide burguesa, a criança passa a ser alguém que necessita de cuidados e de escolarização (NUNES; SILVA, 2000; KRAMER, 1995). Conforme esclarecem Felipe e Guizzo (2003, p. 123):

[...] o conhecimento produzido sobre a infância a partir do século XVIII, suas características e necessidades, foi consolidando aos poucos a ideia da criança como sujeito de direitos, merecedora de dignidade e respeito, devendo ser preservada a sua integridade física e emocional.

Como não poderia deixar de ser, nesse momento, os pressupostos da sociedade burguesa vão influenciar a educação e o juízo valorativo no que concerne a temática da sexualidade. Conforme relata Nunes (1987), com as relações de produção pautadas no espírito capitalista, também apregoado pela ética protestante galgada pela moral luterana, as energias gastas durante as atividades sexuais precisavam ser reprimidas em nome do trabalho fabril.

Ao mesmo tempo, a sexualidade vinculada à vergonha e ao pudor começa a se instaurar nas concepções dos sujeitos, sendo que as intimidades passam a ser aceitas somente dentro do seio conjugal, limitando-se à família nuclear (CAMARGO; RIBEIRO 1999; FOUCAULT, 1988). Além disso, com a laicização gradual da vida e a separação entre a Igreja e o Estado, o sexo começa a se

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tornar assunto preocupante quanto ao controle demográfico e as implicações econômicas. Assim, ele acaba se transformando em tema pedagógico com vistas, entretanto, à manutenção da normalidade, trazendo à cena a abordagem de questões sobre o corpo, a mente, as doenças e a saúde humana.

Nesse bojo, no limiar do século XX, Sigmund Freud publica sua obra magistral três ensaios sobre a teoria da sexualidade, a qual contribuiu significamente para a construção de uma nova visão dentro das pesquisas que contemplam a sexualidade, pois como assinala Werebe (1998), algumas de suas teorias colocaram em cheque o que até então se acreditava sobre a sexualidade infantil, apresentando uma nova visão acerca desta questão. Segundo Freud (1996, p. 53):

A criança possui, desde o princípio, o instinto e as atividades sexuais. Ela os traz consigo para o mundo, e deles provém, através de uma evolução rica de etapas, a chamada sexualidade normal do adulto. Não são difíceis de observar as manifestações da atividade sexual infantil; ao contrário, deixá-las passar desapercebidas ou incompreendidas é que é preciso certa arte.

Porquanto, as elaborações teóricas freudianas propuseram reflexões fundamentais no sentido de mostrar que a sexualidade perpassa o aspecto genital, estando presente na vida de todo ser humano desde o seu nascimento (SENATORE; RIBEIRO, 2001). Camargo e Ribeiro (1999) clarificam que a partir das ideias de Freud outras áreas do conhecimento como a psicologia, a biologia, a psicanálise e a pedagogia deram início a uma série de estudos, tendo na infância e na sexualidade da criança seu enfoque principal.

De fato, hoje se compreende que a infância se trata de uma construção histórica, sendo determinada pelo tipo de sociedade na qual a criança está inserida, se se pensar em culturas, tradições e realidades socioeconômicas nas quais este conceito sequer existe. Contudo, um olhar mais atento diante da realidade atual permite perceber que ao mesmo tempo em que há uma “pluralização dos modos de ser criança, a heterogeineização da infância enquanto categoria social geracional” (SARMENTO, 2003, p. 1) devido a vários fatores muitas crianças, por sua vez, são estimuladas a tornarem-se adultos precocemente. Sendo assim, neste processo a erotização infantil, incitada por instâncias como a mídia, é algo cada vez mais constante, o que tem preocupado pais e educadores.

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a SexualIdade preSente em veículoS mIdIátIcoS: a

erotIzação doS corpoS InfantIS

Em um mundo em que mudanças vêm ocorrendo a passos largos, é notório o grande desenvolvimento dos meios de comunicação nos últimos tempos. Destarte, dispositivos como a mídia2, em todas as suas vertentes, têm se feito presentes na vida cotidiana das populações, atingindo as mais diversas instituições e os meios sociais, haja vista seu caráter socializante. Leão (2009) adverte que a mídia assinala as bases tecnológicas de transmissão de informações e apresenta grande influência na sociedade.

Neste celeiro, a mídia também se coloca a serviço da informação e do entretenimento acerca de questões sexuais. Ao endossar tal afirmação, averigua-se que os veículos midiáticos que contemplam a averigua-sexualidade, e averigua-seus conteúdos, têm conquistado amplo espaço nas últimas décadas, o que contribui de certa forma para que escolhas e atitudes dos indivíduos no que se refere ao sexo sejam influenciadas por tais artefatos da comunicação. Leão (2009) problematiza que, no campo da sexualidade, a mídia está mais para a desinformação do que para a informação propriamente dita.

Dessa forma, no embalo da globalização vivenciada, a mídia tem se tornado orientadora pedagógica de muitos públicos pelo mundo, construindo, assim, a identidade dos sujeitos por via do consumo desenfreando (LEÃO et al., 2007). Em relação mais precisamente à sexualidade, Fischer (2002, p. 160) argumenta que:

Os imperativos da beleza, da juventude e da longevidade, sobretudo, nos espaços dos diferentes meios de comunicação, perseguem- nos quase como instrumento de tortura: corpos de tantos outros e outras nos são oferecidos como modelo para que atinjamos (ou que pelo menos desejemos muito) um modo determinado de sermos belos e belas, magros, atletas, saudáveis, eternos. Da mesma forma, somos chamados compulsivamente a ouvir e falar de sexo e sexualidade, como se ali estivesse toda nossa verdade como sujeitos.

Frente a este quadro em discussão, no século XXI, trabalhos que abordam a relação mídia e sexualidade (BORGES, 2004; MAKSUD, 2008; SANTOS; SILVA, 2008) têm adentrado progressivamente na área acadêmica, tendo como corpus de análise distintos artefatos como a televisão, os jornais e as revistas. Logo, guardadas as devidas proporções de cada estudo em particular, fica nítida em tais pesquisas o quão poderosa se transformou a mídia nos últimos tempos, que ideias de sexualidade transmitidas por seus conteúdos são capazes de trazer

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consequências desastrosas como a disseminação das sexualidades socialmente aceitas e, sobretudo, a erotização infantil. Nas palavras de Leão (2009, p. 307), a mídia “na realidade erotiza precocemente as crianças e banaliza o sexo”.

Dentro dessa lógica, nos dias atuais, é notório que as crianças se encontram muito vulneráveis aos conteúdos e às mensagens oriundas de diversos veículos midiáticos. Tais elementos instigam um exagero de erotização que os pequenos, devido a pouca idade, ainda não possuem discernimento para compreender de uma forma adequada, desprovida de malícia, o que pode ocasionar muitos prejuízos de comportamento (FIGUEIREDO et al., 2009). Nesse sentido, há que se entender que nesta fase da vida a criança volta-se para a descoberta de seu corpo, possuindo curiosidades, sendo que todo este processo deve ocorrer de forma natural e gradual, na contramão de acontecimentos que, por sua vez, forcem a chegada precoce à sexualidade voltada para a genitalidade.

Dando prosseguimento, tem se visto o corpo infantil receber intensos investimentos à medida que as crianças são entendidas como consumidoras em potenciais. Concomitante a isso, “[...] é cada vez mais presente a ideia da infância como objeto a ser apreciado, desejado, exaltado, numa espécie de ‘pedofilização’ generalizada da sociedade” (FELIPE; GUIZZO, 2003, p. 124). Nisso, o mundo infantil vai sendo invadido por inúmeras mídias, encontrando, principalmente, na televisão, com os seus desenhos, filmes, programas e comerciais, grande alcance a aceitação pelas crianças e seus familiares, devido seu caráter sedutório e de fácil acesso na atualidade (FELIPE; GUIZZO, 2003; PATERNO, 2011).

Pesquisas recentes mostram que a televisão exerce grande fascínio tanto no meio infantil quanto no juvenil. Assim, crianças e adolescentes estão despendendo boa parte do tempo em frente a este aparelho assistindo, muitas vezes, a programas adultos não recomendados para a idade em que se encontram, cujo conteúdo corrobora para uma imagem distorcida da realidade, a exemplo das questões sexuais (BORGES, 2004; MAIA et al., 2006).

Figueiredo et al. (2009) também acrescentam que muitos desses programas televisivos trazem mulheres desnudas, em poses e danças sexuais que, aos olhos infantis, estão possivelmente sujeitos de serem imitados. Isso pode acarretar mudanças que influenciam o modo da criança se vestir e a maneira dela falar, o que passa, muitas vezes, despercebido, ou não, pelos pais e responsáveis. Borges (2004, p. 65) ainda destaca que:

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[...] em situações de pesquisa com crianças e adolescentes, fica clara a presença dos personagens de televisão no imaginário dos jovens, servindo eles como pretexto para a discussão de temas importantes, ligados ao mundo adulto (inclusive a sexualidade), embora outros agentes do universo de socialização (escolas, famílias, igrejas) também estejam presentes e funcionem como instâncias mediadoras.

Somado a isso, ainda existem as mídias impressas e digitais que, por meio de propagandas em revistas, jornais, outdoors e na internet, utilizam-se do erotismo infantil para a venda de produtos, como roupas e brinquedos para crianças, em um apelo extremo a sexualidade. Nessa mesma ótica, muitas revistas destinadas ao público adolescente têm adentrado nesse mercado infantil, lançando edições especiais voltadas às leitoras mirins. Vendendo a imagem de que a criança do sexo feminino é a mulher de amanhã, estas revistas acabam sexualizando as leitoras em meio a matérias sobre moda e beleza, por exemplo, em que se enfatiza a preocupação com o corpo infantil (FLORES et al., 2007).

Com efeito, diante da realidade apresentada, o contexto escolar seria o ambiente em que a criticidade deveria ser estimulada mediante as influências negativas dos meios midiáticos, haja vista que tal instituição se volta para a educação dos indivíduos. Pensando acerca deste contexto, Leão (2009) pontua que cabe aos professores contribuir para formar cidadãos críticos e reflexivos, aguçando nos alunos a criticidade do que leem e veem, ou seja, que instiguem um olhar contestador e mais apurado dos alunos para a mídia televisa e impressa de maneira a aplacar sua influência. Dentro desta ótica, mais do que nunca a educação sexual tem um papel fundamental como uma importante atenuante dos impactos ocasionados pelos fortes apelos eróticos da mídia na formação da criança, encontrando nos questionamentos e debates sobre a sexualidade caminhos passíveis de serem utilizados e trabalhados nos espaços escolares.

a educação Sexual da crIança como fonte de reflexão

Ao situar o lugar da educação sexual na contemporaneidade, nota-se que, especialmente ao final do século XX, ela tem sido foco de longos e intensos debates entre professores, médicos, pesquisadores, psicólogos e órgãos governamentais. No Brasil, a sexualidade ganhou notoriedade no espaço escolar em meados dos anos 1990 com a oficialização dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), documento que propunha a inclusão desse tema como conteúdo transversal (LEÃO, 2009; RIBEIRO, 2004).

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No entanto, é preciso lembrar que a vertente informal da educação sexual, aquela realizada pela família, pela cultura e pela sociedade, tem feito parte da realidade brasileira desde os tempos da colônia (RIBEIRO, 2004). Sendo assim, Maia e Ribeiro (2011) explicam que esta educação sexual, que possui uma natureza não intencional, se institui de diferentes discursos, a exemplo do midiático (jornais, revistas, televisão, etc.) e do religioso, e determina a forma pela qual os sujeitos constroem seus valores morais e sexuais durante a vida.

Por outro lado, a partir do momento em que esta educação sexual ultrapassa o domínio sociocultural mais amplo, que faz parte da história pessoal dos indivíduos e se converte em objeto de ensino e aprendizagem, com planejamento, organização, objetivos, métodos e didáticas próprias, ela baliza sua ação ao recinto da escola. Dessa maneira, ela se transforma no que na atualidade é chamado de educação sexual escolar (MAIA; RIBEIRO, 2011).

Como bem sublinha Nunes (1987), a discussão da educação sexual na escola é sempre bastante polêmica, uma vez que existem opiniões divergentes sobre a real função desta instituição nesta intervenção:

Quando se lançou recentemente a questão da necessidade da educação sexual na escola, isto é, de maneira pedagógica institucional, as reações imediatas logo definiram dois grupos: um mais conservador, lembrando a “responsabilidade” sobre a questão, e outro mais liberalizante demonstrando, mais que a necessidade, a urgência da questão. (NUNES, 1987, p. 14).

Cabe aqui enfatizar que a escola educa sexualmente não só por meio de programas sistematizados e formalizados, mas, sobretudo esta educação transparece na forma pela qual ela se estrutura e como se organiza em suas atividades diárias. Nesse sentido, a negação da fala sobre o sexo, tanto em casa como na escola, pode levar o educando a entendê-lo como algo não natural e negativo. Porém, quando a escola decide abordar questões atreladas à sexualidade de seus alunos, tais assuntos são tratados, quase sempre, de forma tímida e limitada. Assim, a educação sexual nas escolas brasileiras tem se caracterizado ora pela omissão, ora pelo caráter biologizante e psicológico, ficando restrita somente a algumas horas de aulas distribuídas em disciplinas isoladas, sendo que aspectos sociológicos, econômicos, políticos, históricos, religiosos e culturais não são considerados (FIGUEIRÓ, 2009; LEÃO, 2009; RIBEIRO, 1990).

Em meio a esta problemática, abordar os assuntos que envolvem a sexualidade com as crianças ainda é considerado um grande tabu entre os educadores. Muitos

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se dizem despreparados para tal prática ou mesmo acreditam que a educação sexual é algo que só deve começar a fazer parte da vida do indivíduo com o início da puberdade. Ao endossar esse pensamento, em uma pesquisa realizada com professoras da educação infantil, Senatore e Ribeiro (2001) observam que muitas destas profissionais estão muito sujeitas ao senso comum ao que pese à sexualidade infantil, deixando transparecer claros preconceitos e estereótipos no tratamento dessa temática em âmbito escolar.

No entanto, devido ao crescente processo de erotização da criança pelos diversos veículos midiáticos, conforme já se discutiu, ao contrário de ideias negativas sobre a sexualidade infantil, acredita-se que um trabalho bem elaborado de educação sexual na escola, comprometido sempre com o desenvolvimento da criança, traz contribuições importantes para a infância, principalmente, considerando que a sexualidade é algo inerente ao ser humano desde o seu nascimento.

De acordo com Suplicy (1999), a criança que recebe esclarecimentos acerca de questões relacionadas à sexualidade futuramente tem maiores possibilidades de entender e adquirir responsabilidades com o próprio corpo, com a sua saúde e higiene. Logo, tal temática precisa ser trabalhada sempre que vierem à tona situações de cunho sexual que condicionem um espaço para esclarecimentos, cabendo ao professor muita atenção e iniciativa quando uma oportunidade emergir em meio à prática educativa.

Dentro desta mesma perspectiva, uma experiência positiva de educação sexual ocorrida em uma instituição de educação infantil no estado do Rio Grande do Sul desvelou que as noções referentes ao sexo que a criança já possui da esfera familiar, em vista dos conteúdos televisivos dos filmes, das novelas e das propagandas, são possíveis de serem trabalhadas em rodas de conversa que buscam o ajuste de limites entre o mundo adulto e o mundo infantil (DELL’AGLIO; GARCIA, 1997). Como destacam Dell’aglio e Garcia (1997, p. 101),

[...] estas questões, não conversadas, eram trazidas pelas crianças para a creche, através de perguntas e jogos simbólicos com imitação dos personagens e suas atitudes, demonstrando em suas brincadeiras diárias uma grande dificuldade de perceber o que seria adequado numa relação entre crianças e entre adultos. [...] Com a verbalização destas questões, além das demais atividades desenvolvidas, pode ser percebida uma redução na ansiedade manifestada pelas crianças em relação às questões sexuais, que passaram a ser tratadas com mais espontaneidade.

Agregando a tal fato, Nunes e Silva (2000) reiteram que os pseudonamoros de criança como brincadeiras de imitação são geralmente acompanhados

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por sentimentos estereotipados, já construídos, de representações sociais de muitos aspectos, a exemplo da beleza e da força. Os autores ainda endossam que esses jogos infantis precisam ser aproveitados pelos educadores como fontes de pensamento crítico dos papéis sexuais na atualidade, o que parece fundamental para o desenvolvimento pedagógico e humano do indivíduo em processo de aprendizado.

Portanto, a partir das manifestações da criança na escola ligadas à sexualidade, juntamente com a possibilidade de erotização infantil, desencadeada, sobretudo, pelos artefatos da mídia, defende-se uma abordagem de educação sexual escolar que seja emancipatória, pois como elucida Garcia (2005, p. 37) ela:

[...] pressupõe um trabalho educativo comprometido em promover a autonomia do educando, buscando superar padrões de comportamentos hierarquizados e estereotipados, superando preconceitos e tabus através da compreensão dos aspectos sócio-históricos-políticos que influenciaram na construção dos mesmos.

Por conseguinte, falar de sexualidade na escola demanda um arcabouço teórico e humanista no tocante à temática, o que segue em direção à superação do senso comum como forma de conhecimento. Por isso, somente por meio de uma abordagem histórica e cultural acerca da construção da sexualidade do homem, pautada em um entendimento científico do desenvolvimento psicossexual da criança, que se pode desenvolver um trabalho reflexivo de educação sexual na escola, que por seu turno também se proponha a analisar as manifestações da sexualidade infantil (NUNES; SILVA, 2000).

É válido endossar que tanto a falta de informação quanto a incitação de práticas precoces concernentes ao sexo são opostas a um desenvolvimento infantil proveitoso. Por fim, é extremamente importante que as crianças durante a escolarização desfrutem de um ambiente acolhedor no qual possam aprender sobre diferentes assuntos relacionados à sexualidade, os quais precisam ser informados de acordo com o nível de entendimento das mesmas (LEÃO, 2009).

conSIderaçõeS fInaIS

Com base no exposto, infere-se que a mídia contempla e divulga a sexualidade de maneira intensa. Contudo, a grande questão a ser investigada e debatida é como estas informações chegam às crianças na contemporaneidade. Como se pode notar, a literatura científica aponta que grande parte dessas informações não

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contribui para o desenvolvimento infantil. Ao contrário, instiga uma erotização precoce, que só denuncia a importância de se problematizar nos programas de educação sexual na escola é que é veiculado na mídia corrente. Não obstante, não se pode perder de vista que um projeto dessa envergadura precisa ter no aluno sua mola propulsora.

Sendo assim, a intervenção em educação sexual escolar precisa levar e conta o contexto das crianças envolvidas, ao passo que os assuntos relacionados à sexualidade devem ser discutidos de uma forma muito natural, de acordo com as necessidades encontradas em cada turma em particular, visando, assim, uma compreensão infantil gratificante dessas questões. Portanto, para que iniciativas de educação sexual para crianças se concretizem de maneira eficaz é preciso que os profissionais de educação envolvidos estejam completamente abertos a desafios, deixando de lado possíveis preconceitos e visões de mundo distorcidas no tocante a sexualidade. Ademais, que eles percebam que a mídia traz de forma superficial e repetitiva este assunto, deixando as crianças à mercê do que visualizam e escutam, sendo de fato imprescindível que elas possam refletir sobre estas informações.

Em suma, é pertinente que os professores estejam preparados para o trabalho com sexualidade, ficando clara a necessidade de um espaço profícuo para tal formação, que se paute, de forma primordial, na criticidade e na transformação social. Para tanto, entende-se que um dos caminhos para que a temática da sexualidade seja abordada em sala de aula está na reformulação dos cursos de licenciatura, que uma vez oferecendo instrumentos teóricos e metodológicos ao profissional da educação, estariam, assim, contribuindo para a uma formação integral e significativa dos educandos.

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notaS

1 Os resultados deste trabalho integram a Pesquisa “Programa Mais Educação: impactos e

perspectivas nas escolas do campo”, financiada pelo CNPq e pela Pró-Reitoria de Pesquisa da UNESP/FUNDUNESP (Edital Primeiros Projetos).

2 Do ponto de vista etiológico, trata-se de uma expressão latina [...]. No singular significa

‘meio’, ‘veículo’, ‘canal’ [...]. A mídia tem a ver com a indústria dos bens simbólicos. Cor-responde a um sistema complexo de produção, circulação e consumo de bens culturais” (MELO; TOSTA, 2008, p. 30).

Referências

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