• Nenhum resultado encontrado

Percepção de consumidores de Viçosa (MG) sobre alimentos probióticos

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Percepção de consumidores de Viçosa (MG) sobre alimentos probióticos"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

Percepção de consumidores de Viçosa (MG)

sobre alimentos probióticos

Nathiely das Graças Lima1; Cristiane Gonçalves de Oliveira2; Maria Sônia Lopes Duarte3

1. Nutricionista;

2. Nutricionista; mestre em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG; professora no departamento de Nutrição da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG;

3. Nutricionista; doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG; professora adjunta na UFV.

Artigo protocolado em 23 set. 2010 e aprovado em 25 fev. 2011

RESUMO: O objetivo deste estudo foi avaliar o co-nhecimento dos consumidores a respeito dos ali-mentos probióticos. Foram entrevistadas 103 pes-soas por meio de abordagem direta em quatro su-permercados na cidade de Viçosa (MG). Dos entre-vistados, 24% relataram consumir probióticos e já conheciam ou obtiveram informações sobre probióticos, enquanto 76% não sabiam do que se tratava. Em relação aos que utilizam alimentos probióticos e o meio de obtenção de informações sobre o produto, a opção mais citada pelos entre-vistados foi o nutricionista (41,7%). Os benefícios à saúde dos alimentos probióticos citados pelos con-sumidores desses alimentos foram melhora intesti-nal (71,4%), prevenção de doenças cardiovasculares (33,3%), proteção contra câncer (28,5%), redução de colesterol sanguíneo (23,8%), controle de

(2)

hiper-tensão (23,8%), aumento da imunidade (19%) e prevenção do diabetes (19%). Os resultados deste estudo indicam a necessidade de um programa de educação nutricional relacionado a esses produtos para um maior conhecimento dos alimentos probióticos e de seus benefícios.

Palavras-chave: nutrição, consumidor, alimentos probióticos.

RESUMEN: Las percepciones de los

consumidores de Viçosa (MG) en los alimentos probióticos. El objetivo de este estudio fue evaluar el conocimiento de los consumidores sobre los alimentos probióticos. Se entrevistaron a 103 personas a través de enfoque directo en cuatro supermercados de Viçosa (MG) . De los encuestados, 24% informó consumir probióticos y ya se sabía o tenía información acerca de los probióticos, mientras que el 76% no sabía lo que era. En relación a los que usan los alimentos probióticos y los medios para obtener información sobre el producto, la opción más mencionada por los encuestados fue la nutricionista (41,7%). Los beneficios para la salud de los alimentos probióticos citado por los consumidores de estos alimentos se han mejorado intestinales (71,4%), prevención de enfermedades cardiovasculares (33,3%), protección contra el cáncer (28,5%), la reducción del colesterol en la sangre (23, 8%), el control de la hipertensión (23,8%), aumento en la inmunidad (19%) y la prevención de la diabetes (19%). Los resultados de este estudio indican la necesidad de un programa de educación nutricional en relación con estos productos para una mejor comprensión de los alimentos probióticos y sus beneficios.

Palabras llaves: nutrición, consumo, los alimentos probioticos.

RESUMO: Perceptions fromconsumers of Viçosa

(3)

95

REVISTA CIENTÍFICA DA FAMINAS – V. 6, N. 2, MAIO-AGO. de 2010

was to evaluate the knowledge of consumers about probiotics food. We interviewed 103 people through direct approach in four supermarkets in Viçosa (MG). From the respondents, 24% reported consuming probiotics and already knew or had information about probiotics, while 76% did not know what it was. In relation to the ones who use probiotic foods and the means of obtaining information about the product, the option most often mentioned by respondents was the nutritionist (41.7%). The health benefits of probiotic foods cited by consumers of these foods have been improved bowel (71.4%), prevention of cardiovascular disease (33.3%), protection against cancer (28.5%), reduction of blood cholesterol (23, 8%), control of hypertension (23.8%), increased immunity (19%) and prevention of diabetes (19%). The results of this study indicate the need for a nutrition education program related to these products for a better understanding of probiotic foods and their benefits.

Keywords: nutrition, consumer, probiotic foods.

Introdução

O uso de alimentos como veículo promotor de bem estar à saúde e, ao mesmo tempo, redutor dos riscos de algumas doenças tem incentivado as pes-quisas de novos componentes naturais e o desenvolvimento de novos ingre-dientes, possibilitando a inovação de produtos alimentícios e a criação de novos nichos no mercado. Os alimentos funcionais vêm conquistando esse espaço para desenvolvimento de novos produtos (HOLANDA et al., 2008).

Os alimentos podem receber a denominação de alegação de proprieda-des funcionais ou alegação de propriedade de saúde, sendo que “alegação de Propriedade Funcional é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manuten-ção e outras funções normais do organismo humano” e a alegamanuten-ção de proprie-dade de saúde “é aquela que afirma, sugere ou implica a existência da relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde” (ANVISA, Resolução n. 19, de 30 de abril de 1999).

(4)

Nesse contexto de alimentos com alegação de propriedades funcionais, estão inseridos os alimentos com culturas probióticos. Os probióticos são mi-crorganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, confe-rem benefícios à saúde do hospedeiro (FAO/WHO, 2002). Os leites fermenta-dos e iogurtes são os principais produtos comercializafermenta-dos contendo culturas probióticas. Somente alguns desses produtos podem ser considerados alimen-tos com alegação de propriedades funcionais, sendo assim há grande dificulda-de dos consumidores em distinguir quais produtos lácteos possuem culturas probióticas (HOLANDA et al., 2008).

Os probióticos possuem diversos efeitos positivos como regular o trânsi-to intestinal e a absorção de nutrientes, pois as bactérias benéficas atuam pro-tegendo a mucosa intestinal evitando o crescimento de microorganismos patogênicos. Estas bactérias probióticas apresentam função metabólica, ao fer-mentarem, produzem ácidos graxos de cadeia curta que são usados por células do cólon como fonte energética. Os probióticos apresentam função imunomoduladora, sendo essenciais ao desenvolvimento e maturação dos sis-temas imune entérico e sistêmico, aumentando a produção de anticorpos, ati-vando macrófagos, estimulando a proliferação de células T e a produção de interferon. Além disso, contribuem para prevenção de doenças cardiovasculares inibindo a HMGCoA – redutase, enzima responsável pela síntese do colesterol (SILVA et al., 2006).

Outro benefício importante dos probióticos é a melhora da alergia alimentar e da intolerância a lactose, uma vez que estas bactérias hidrolisam a lactose, reduzindo o seu teor, e promove a quebra de proteínas, processo que pode contribuir para a redução da alergenicidade de proteínas (STRINGHETA et al., 2008).

Os probióticos podem agir na prevenção do câncer protegendo o DNA e inibindo o crescimento de células carcinogênicas e a produção de compostos mutagênicos, sendo, entretanto, necessários maiores estudos (BADARÓ et al., 2009). Previnem o aparecimento da osteoporose, aumentando a absorção de cálcio e reduzem infecções urogenitais, já que reduzem a ocorrência de bactérias patogênicas (SAAD et al., 2006).

Apesar de seus efeitos comprovados, poucos conhecem sua importân-cia, não sabendo distinguir os alimentos funcionais, sendo a própria legislação brasileira para alimentos funcionais incipiente, pois esta proíbe referência à prevenção, tratamento e cura de doenças alegadas nos rótulos dos alimentos visto que muitos fatores estão envolvidos nestes processos. É permitida apenas a alegação de que o alimento promove saúde sendo um fator que dificulta a divulgação de alimentos funcionais, tais como probióticos (HOLANDA, 2008).

(5)

97

REVISTA CIENTÍFICA DA FAMINAS – V. 6, N. 2, MAIO-AGO. de 2010

De acordo com o exposto, este trabalho objetivou avaliar o conhecimen-to e a percepção dos consumidores, no município de Viçosa (MG), acerca dos alimentos probióticos.

I –

Metodologia

O estudo transversal foi desenvolvido em quatro supermercados da cida-de cida-de Viçosa (MG) em usuários abordados no momento em que faziam com-pras. A população de estudo foi constituída de 103 indivíduos. Foi utilizado o método de abordagem direta sendo a participação espontânea e voluntária. A coleta de dados foi realizada no período de um mês.

Utilizou-se um questionário estruturado o qual continha questões sobre conhecimento acerca dos probióticos, motivo de uso, dentre outros. As carac-terísticas socioeconômicas como: sexo e idade, renda e escolaridade também foram avaliadas.

Para análise dos dados, foi utilizada estatística descritiva (média ± desvio padrão e freqüência).

II – Resultados e discussão

A amostra da população utilizada neste estudo foi de 103 pessoas, sendo a maioria da população (63%) do sexo feminino e a média de idade dos indiví-duos entrevistados foi de 33 + 14 anos variando de 19 a 47 anos. Com relação ao nível educacional, 67% possuíam ensino médio completo, 23% possuíam ensino básico completo e 10% possuíam ensino superior completo. No que se refere à renda mensal, a grande maioria (38%) recebe de 1 a 3 salários míni-mos, 20% recebem menos de 1 salário mínimo e 21% dos entrevistados estão desempregados.

Do total avaliado, 76% não fazem nenhum tipo de controle/redução na alimentação ou acompanhamento dietético e somente 24% fazem algum con-trole ou acompanhamento nutricional. Segundo Halpern, Rodrigues e Costa (2004), hoje em dia a falta de uma alimentação adequada e acompanhamento dietético e a busca por alimentos práticos tipo fast food tem proporcionado grandes problemas como as doenças crônicas degenerativas.

Dos entrevistados, 24% relataram consumir probióticos e já conheciam ou obtiveram informações sobre probióticos, enquanto 76% não sabiam do que se tratava. Viana et al. (2008), em um estudo conduzido no Brasil, encontraram que 29% dos entrevistados sabiam definir alimentos probióticos corretamente, mas 21,6% não foram capazes de dar exemplos concretos. Como conclusão geral, os autores assinalaram a necessidade de uma maior quantidade de

(6)

con-teúdo informativo na comunicação destes produtos. Outro estudo conduzido por Holanda et al. (2008) com estudantes de uma universidade mostrou que apenas 8% definiram probióticos corretamente, 24% definiram de forma parci-almente correta e 68% não souberam definir. Armstrong et al. (2005), num estudo realizado na Irlanda do Norte, concluíram que a falta de conhecimento sobre este tipo de produtos é uma das principais barreiras à sua adoção. Porém, nos indivíduos que demonstravam conhecimento sobre estes produtos identifi-caram uma atitude positiva indiciando um mercado potencial.

Em relação aos que utilizam alimentos probióticos e o meio de obtenção de informações sobre o produto, a opção mais citada pelos entrevistados foi o nutricionista (41,7%) (Tabela 1). Saad et al. (2006) corroboram com este resul-tado uma vez que dentre a população participante, 48% dos indivíduos entre-vistados também obtiveram a informação por meio do nutricionista, enquanto 32% pela televisão e 20% através de jornal e revista. Também Holanda et al. (2008) encontraram resultado similar, 8% dos estudantes informaram consumir alimentos que contêm probióticos por indicação de um profissional da saúde; desses, 50% foram orientados por nutricionista. A orientação de uso dos probióticos pelo nutricionista é de extrema importância já que este é o profissi-onal habilitado na orientação sobre o uso correto dos alimentos.

A Tabela 2 mostra o conhecimento dos consumidores acerca dos bene-fícios à saúde dos alimentos probióticos. O principal item citado (71,4%) foi melhora intestinal. Em um estudo feito por Viana et al. (2008), os itens mais citados foram redução de colesterol (29,52%) e diarréia (28,33%). O benefício no funcionamento intestinal citado pelos entrevistados é confirmado na litera-tura, pois, de acordo com Kopp-hoolihan (2001), Calder e Kew (2002), Guarner e Malagelada (2003), os probióticos auxiliam a recompor a microbiota intesti-nal, através da adesão e colonização da mucosa intestiintesti-nal, ação esta que impe-de a aimpe-desão e subseqüente produção impe-de toxinas ou invasão das células epiteliais (dependendo do mecanismo de patogenicidade) por bactérias patogênicas. Adicionalmente, os probióticos competem com as bactérias indesejáveis pelos nutrientes disponíveis no nicho ecológico. O hospedeiro fornece as quantida-des de nutrientes que as bactérias intestinais necessitam e estas indicam ativa-mente as suas necessidades. Essa relação simbiótica impede uma produção excessiva de nutrientes, a qual favoreceria o estabelecimento de competidores microbianos com potencial patogênico ao hospedeiro. Além disso, os probióticos podem impedir a multiplicação de seus competidores, através de compostos antimicrobianos, principalmente bacteriocinas, ácidos orgânicos voláteis e peróxido de hidrogênio.

Outros dois benefícios citados com maior percentual foram em doenças cardiovasculares (33,3%) e proteção contra o câncer (28,5%). Segundo Kaur et

(7)

Informação Indivíduos Porcentagem Nutricionista 10 41,8% Jornal/revista 5 20,8% TV 5 20,8% Médico 2 8,3% Outro 2 8,3% Benefícios Porcentagem Melhora do intestino 71,4% Doenças cardiovasculares 33,3% Protege contra o câncer 28,5%

Reduz o Colesterol 23,8%

Controle da pressão alta 23,8%

Melhora da imunidade 19%

Protege contra diabetes 19%

Combate os sintomas da menopausa 9,5% Protege contra osteoporose 4,76%

TABELA 1 Meio de informação sobre probióticos adquiridos pelos indivíduos entrevistados em supermercados

TABELA 2 Porcentagem de benefícios devido o consumo alimentos com propriedade probiótica citados pelos entrevistados

(8)

al. (2002) e Tuohy et al. (2003), embora ainda não comprovados, alguns dos efeitos atribuídos aos probióticos são diminuição do risco de certos tipos câncer (como o de cólon) e de doenças cardiovasculares. Os efeitos anticarcinogênicos podem ser atribuídos à inibição de enzimas pró-carcinogênicas ou à estimulação do sistema imune do hospedeiro (ISOLAURI et al., 2004).

O benefício na redução de colesterol e na pressão sanguínea foi citado por 23,8% dos entrevistados. Quanto ao benefício sobre a concentração san-guínea de lipídios, apesar de poucos estudos clínicos de curta duração terem sido realizados, todos mostraram que a ingestão de probióticos exerceu influên-cia sobre os lipídios de uma maneira similar, reduzindo os níveis de colesterol total, de colesterol LDL e de triglicerideos (KOPP-HOOLIHAN, 2001). As bac-térias probióticas fermentam os carboidratos não-digeríveis provenientes dos alimentos no intestino. Os ácidos graxos de cadeia curta resultantes dessa fer-mentação possivelmente causam diminuição das concentrações sistêmicas dos lipídeos sanguíneos, através da inibição da síntese de colesterol hepático e/ou da redistribuição do colesterol do plasma para o fígado (PEREIRA; GIBSON, 2002). Entretanto, é importante salientar que diversas outras hipóteses têm sido levantadas e que o efeito real dos probióticos no controle de colesterol ainda é questionável (LOURENS-HATTINGH; VILJOEN, 2001).

Ainda, 19% dos entrevistados citaram como benefício do uso de alimen-tos probióticos a melhora da imunidade e melhora do diabetes. De acordo com Saad (2006), algumas bactérias lácticas são capazes de aumentar a atividade fagocítica de leucócitos, estimular a resposta não-específica (IgA) e específica (anticorpos) e aumentar a produção de citocinas in vivo.

De acordo com a freqüência do consumo de alimentos probióticos, 50% dos indivíduos ingerem de 1 a 3 vezes na semana, 25% quinzenalmente e 20% mensalmente (Tabela 3). De acordo com Antunes et al. (2007), uma questão ainda não conclusiva pela literatura é a quantidade e freqüência de consumo de probióticos necessários para assegurar os benefícios funcionais a eles atribuídos. Preconiza-se ingestão semanal mínima de 300 a 500g de produtos lácteos fer-mentados contendo entre 106 a 107 UFC ml-1. A ingestão diária de leites

fer-mentados embalados em garrafas pequenas de 80 mL totaliza consumo sema-nal de 560 mL. É preciso, no entanto, a ingestão desses produtos todos os dias de preferência nos lanches da manhã, da tarde ou ceia.

Outro resultado encontrado nesse estudo são os locais onde são prados os alimentos com propriedade probiótica. 90,5 % dos entrevistados com-pram em supermercados e 9,5% em lojas de produtos naturais (Tabela 4). O processo de decisão de compra é um assunto muito complexo, que envolve o estudo de diversos fatores. Fatores esses que podem ser de caráter econômico, social, cultural e psicológico. Na verdade, o comportamento do consumidor é

(9)

Freqüência do consumo de probióticos Porcentagem 1 a 3 vezes na semana 50% Quinzenalmente 25% Mensalmente 20% Quase nunca 5% Todos os dias 5%

TABELA 3 Freqüência percentual do consumo de probióticos pelos indivíduos questionados nos supermercados

Local onde é comprado alimentos com probióticos Porcentagem

Supermercado 90,5%

Lojas de produtos naturais 9,5%

Lojas de conveniências e farmácias 0%

TABELA 4 Local onde são comprados alimentos probióticos pelos indivíduos entrevistados nos supermercados

(10)

um tema que permite compreender a vida diária das pessoas, seu cotidiano e a maneira como se relacionam com os produtos (MORETTI; SILVA, 2009).

O motivo do consumo dos alimentos com alegação de propriedade probiótica também foi questionado neste estudo e 66,6% dos indivíduos indica-ram que o motivo era saúde. Segundo Silva (2007), o interesse por produtos alimentícios funcionais tem aumentado mundialmente, pois a preocupação com a alimentação adequada e prevenção de doenças tem aumentado o consumo deste devido suas propriedades de promoção à saúde e bem estar do ser humano.

O horário do consumo dos alimentos com probióticos são apresentados na Tabela 5, nota-se que a ingestão destes é condizente com o horário habitual de consumo de produtos lácteos.

III – Conclusão

No presente estudo pode ser notado que os consumidores de probióticos foi uma pequena parcela dos entrevistados e que eles possuem controle ou acompanhamento da ingestão alimentar, sendo que uma parcela relevante ob-teve informação destes produtos por profissional de nutrição. Entretanto, mui-tos se confundiram ao apontar quais seriam as marcar veiculantes de probióticos. É importante ressaltar que o principal motivo para consumo dos probioticos foi a saúde. Diante dos resultados, torna-se necessária a criação e implementação de programas de educação nutricional relacionado a esses produtos para um maior conhecimento dos alimentos probióticos e seus benefícios.

Referências bibliográficas

ANTUNES, A. E. C. et al. Desenvolvimento de buttermilk probiótico. Ciência e

Tecnologia de Alimentos, Campinas, v. 27, n. 1, p. 83-90, jan.-mar. 2007. ANVISA (Agência Nacional e Vigilância Sanitária). Alimentos com alegações

de propriedades funcionais e ou saúde, novos alimentos e ingredientes, substancias bioativas e probioticos. 2008. Disponível em: <http:// www.seufuturonapratica/inte.br>. Acesso em: 7 out. 2009.

ARMSTRONG, G. et al. Marketing healthenhancing foods: implications from the dairy sector. Marketing Intelligence & Planning, v. 23, n. 7, p. 705-719, 2005.

BADARÓ, A. C. L. et al. Alimentos probióticos: aplicações como promotores de saúde humana. Revista Digital de Nutrição, v. 2, n. 3, ago.-dez. 2008.

(11)

Horário Porcentagem

Café da manhã 42,9%

Lanche da tarde 23,8%

Lanche da manhã 19%

Lanche da noite 14,3%

TABELA 5 Freqüência do horário do consumo de alimentos com propriedade probiótica dos indivíduos questionados nos supermercados

(12)

BRASIL. Resolução n. 17, de 30 de abril de 1999. Aprova o regulamento Técni-co que estabelece as Diretrizes Básicas para Analise e Comprovação de propri-edades Funcionais e ou de Saúde Alegadas em Rotulagem de Alimentos.

Diá-rio Oficial da Republica Federativa do Brasil, Brasília, DF, 3 nov. 1999. CALDER, P. C.; KEW, S. The immune system: a target for functional foods?

Brazilian American Dietetic Association, Chicago, v. 101, p. 229-241, 2001. CALDER, Philip C.; KEW, Samantha. The immune system: a target for functional foods? British Journal of Nutrition, Cambridge, v. 88, suppl. 2, p. 165-176, 2002.

FAO/WHO (Working Group Report on Drafting Guidelines for the Evolution of Probiotcs in Food). Guidelines for the Evolution of Probiotcs in Food. London, Ontario, Canada: FAO/WHO, 2002. Disponível em: <http://www.who.int/ foodsafety/fs_management/en/probiotic_guidelines.pdf>.

GUARNER, F.; MALAGELADA, J. R. Gut flora in health and disease. The Lancet, v. 361, n. 9356, p. 512-519, fev. 2003.

HALPERN, Z. S. C.; RODRIGUES, M. D. B.; COSTA, R. F. Determinantes do controle do peso e apetite. Revista de Psiquiatria Clínica, São Paulo, v. 31, n. 4, p. 150-153, 2004.

HOLANDA, L. B. et al. Knowledge of probiotics among students of a university.

Intellectus, Jaguariúna, v. 4, n. 5, jul.-dez. 2008.

______. Conhecimento sobre probióticos entre estudantes de uma instituição de ensino superior. Intellectus, Jaguariúna, v. 4, n. 5, jul.-dez. 2008.

ISOLAURI, E. Quelles raisons pour un traitement probiotique chez les nourrissons allergiques? The rationale of probiotic therapy in allergic infants. Revue Française

d’Allergologie et d’Immunologie Clinique, v. 41, n. 7, p. 624-627, nov. 2001. KOPP-HOOLIHAN, L. Prophylactic and therapeutic uses of probiotics: a review.

Journal of Nutrition, v. 88, suppl. 1, p. 165-176, 2002.

KAUR, I. P.; CHOPRA, K.; SAINI, A. Probiotics: potential pharmaceutical applications. European Journal of Pharmacy Science, Amsterdam, v. 15, n. 1, p. 1-9, fev. 2002.

LOURENS-HATTINGH, A.; VILJOEN, B. C. Yogurt as probiotic carrier food. International Dairy Journal, v. 11, n. 1-2, p. 1-17, 2001.

MOREIRA, S. G. et al. Análise microbiológica e química de iogurtes comercializados em Lavras, MG. Ciência e Tecnologia de Alimentos, Campi-nas, v. 19, n.1, jan.-abr. 1999.

(13)

105

REVISTA CIENTÍFICA DA FAMINAS – V. 6, N. 2, MAIO-AGO. de 2010

MORETTI , Talita S.; SILVA, Vivian L. S. Oportunidades e desafios do novo

consumidor de alimentos: o caso dos alimentos funcionais-probióticos. São Paulo: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA/USP), s.d. Disponível em: <http://sistemas.usp.br/siicusp/cdOnlineTrabalhoVisualizar Resumo?numeroInscricaoTrabalho=2185&numeroEdicao=14>.

SAAD, Susana Marta Isay. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista

Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 42, n.1, p. 1-16, São Paulo, jan.-mar. 2006.

SILVA, S. V. Desenvolvimento de iogurte probiótico com prebiótico. 2007. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Maria, RS, 2007. STRINGHETA, P. C. et al. Políticas de saúde e alegações de propriedades funci-onais e de saúde para alimentos no Brasil. Revista Brasileira de Ciências

Farmacêuticas, São Paulo, v. 43, n. 2, p.181-194, abr.-jun. 2007. TUOHY, K. M.; PROBERT, H. M.; SMEJKAL, C. W.; GIBSON, G. R. Using probiotics and prebiotics to improve gut health. Drug Discovery Today, v. 8, n. 15, p. 692-700, ago. 2003.

VIANA, J. et al. Probiotic foods: consumer perception and attitudes. International

Imagem

TABELA 2 Porcentagem de benefícios devido o consumo alimentos com propriedade probiótica citados pelos entrevistados
TABELA 3 Freqüência  percentual  do  consumo  de  probióticos  pelos indivíduos questionados nos supermercados
TABELA 5 Freqüência  do  horário  do  consumo  de  alimentos  com propriedade  probiótica  dos  indivíduos  questionados  nos supermercados

Referências

Documentos relacionados

Este trabalho é resultado de uma pesquisa quantitativa sobre a audiência realizada em 1999 envolvendo professores e alunos do Núcleo de Pesquisa de Comunicação da Universidade

Perceptível a importância do jornal laboratório Foca Livre tanto para o curso de Jornalismo quanto para a cidade de Ponta Grossa, considerando os 25 anos de circula- ção

Esta UC pretende dotar os alunos de informação e conhecimentos sobre técnicas e procedimentos que lhes permitam desenvolver uma atitude critica e assertiva na identificação,

It is noteworthy that patients in the tumor stage and with clinical remission following treatment may relapse under the form of patches and plaques or even tumors.. The development

AÇÕES ESTRATÉGICAS DE ENSINO ORIENTADAS PARA O PERFIL DOS ALUNOS/ ABORDAGEM.. INTERDISCIPLINAR DESCRITORES DO PERFIL DOS ALUNOS Sexualidade Temas: Conhecimento e valorização

Considerando-se a metodologia utilizada pode-se concluir que a hipertensão arterial é um dos grandes problemas de saúde pública no Brasil e no mundo, tendo uma elevada

primeira consulta, maior idade ao diagnóstico, menores níveis de colesterol LDL, não estar em uso de insulina, ausência de tratamento medicamentoso para o diabetes na primeira

Este trabalho tem como objetivo detetar e identificar defeitos que possam surgir durante o fabrico e utilização das células solares (elemento principal dos sistemas fotovoltaicos)