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Compreensão popular dos problemas de saúde de duas comunidades adscritas às unidades básicas de saúde do município de Olinda / Popular understanding of the health problems of two communities ascribed to the primary healthcare units of the municipality of

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58412-58427 aug. 2020. ISSN 2525-8761

Compreensão popular dos problemas de saúde de duas comunidades adscritas

às unidades básicas de saúde do município de Olinda

Popular understanding of the health problems of two communities ascribed to

the primary healthcare units of the municipality of Olinda

DOI:10.34117/bjdv6n8-305

Recebimento dos originais: 18/07/2020 Aceitação para publicação: 18/08/2020

Rafaella Siqueira de Lemos

Graduanda em Medicina pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil E-mail: rafaellaslemos@gmail.com

Moab Duarte Acioli

Doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil E-mail: mbacioli@uol.com.br

Alexandre Barbosa Beltrão

Mestre em Saúde Coletiva pelo Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA)

Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil

E-mail: beltrao@ig.com.br

João Olímpio do Amaral Siqueira

Graduando em Medicina pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil E-mail: jolimpio_custodia@hotmail.com

Manoela Rodrigues de Santana

Graduada em Enfermagem pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil E-mail: manurodrigues.santana@gmail.com

Paula Catarina Soares de Brito

Graduanda em Medicina pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil E-mail: paaulacsbrito@gmail.com

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Lara Cruz Cantarelli

Graduanda em Medicina pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP) Instituição: Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP)

Endereço: Rua do Príncipe, 526 - Boa Vista, Recife - PE, Brasil E-mail: laracruz1995@gmail.com

RESUMO

A reestruturação da Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS) é proposta por meio da ação Estratégia de Saúde da Família (ESF), em que há o rompimento do saber clínico convencional, valorizando a análise personalizada dos indivíduos. Com o intuito de corroborar a idealização da ESF, é essencial a valorização da visão popular sobre os problemas de saúde. Isso é possível a partir da análise qualitativa, pois esta estuda os acontecimentos que não permitem a realização de uma quantificação. O estudo qualitativo é importante para que se compreenda a visão da população sobre as significações do adoecer, gerando um grande impacto na melhoria da saúde da comunidade, visto que será possível criar estratégias com foco nas “lacunas” de conhecimento que interferem no bem-estar social. O objetivo geral deste trabalho foi elaborar um diagnóstico da compreensão popular dos problemas de saúde de duas comunidades do município de Olinda-PE, além de traçar um perfil das famílias e listar os principais problemas de saúde relatados. Foi utilizado como método de estudo a pesquisa qualitativa. Um roteiro de entrevista foi elaborado e aplicado a 80 famílias, utilizando-se a técnica de análise de discurso de Bardin (2004) para a construção de categorias de análise. A partir dos dados coletados, verificou-se que a Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes mellitus foram os principais agravos relatados nas duas comunidades. Também se observou que muitos entrevistados não sabiam informações relevantes sobre as doenças que eram relatadas como principais, impedindo a realização de um controle adequado de sua condição de saúde. Foi possível constatar que embora as Unidades Básicas de Saúde tenham desempenhado um papel importante no bem-estar social de várias comunidades, a visão positivista na área tem funcionado como entrave para a eficácia dos serviços, reforçando a necessidade de repensar as práticas em saúde.

Palavras-chave: epidemiologia, pesquisa qualitativa, educação em saúde.

ABSTRACT

The restructuring of primary healthcare in the Unified Health System (UHS) is proposed through the Family Health Strategy (FHS) plan, in which there is a breakdown of traditional clinical knowledge, valuing the personalized analysis of individuals. In order to corroborate the idealization of the FHS, it is essential to value the popular view of health problems. This is possible through the use of the qualitative analysis, as it studies the events that do not allow a quantification to be carried out. The qualitative study is important to understand the population's view of the meanings of falling ill, thus generating a great impact on improving the health of the community, since it will be possible to create strategies focusing on the knowledge “gaps” that interfere on social welfare. The general objective of this work was to elaborate a diagnosis of the popular understanding of the health problems of two communities in the municipality of Olinda-PE, in addition to drawing a profile of the families and listing the main reported health problems. Qualitative research was used as the study method. An interview script was developed and applied to 80 families, using Bardin's discourse analysis technique for the construction of analysis categories. From the data collected, it was found that Systemic Arterial Hypertension and Diabetes mellitus were the main diseases reported in both communities. It was also noted that many respondents did not know relevant information about the diseases that were reported as major, preventing adequate control of their

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health condition from occurring. It was also possible to verify that although the Primary Healthcare Units have played an important role in the social well-being of several communities, the positivist view of many professionals in the area has worked as an obstacle to the effectiveness of services, reinforcing the need to rethink practices in health.

Keywords: epidemiology, qualitative research, healthcare education.

1 INTRODUÇÃO

Com a reestruturação da Atenção Primária à Saúde no Sistema Único de Saúde (SUS), as comunidades e suas famílias são assistidas de forma contínua e integral, com o propósito de valorizar a prevenção e a promoção da saúde. Essa é uma proposta da Estratégia de Saúde da Família (ESF) para tornar possível a análise personalizada dos indivíduos em seu contexto de vida (AQUINO et al, 2014). A Atenção Básica objetiva romper com o saber clínico convencional, pois o trabalho multiprofissional supera a prática médica mecanicista direcionada para a doença (STEWART et al, 2010).

Com o intuito de corroborar a idealização da ESF, torna-se fundamental a valorização da visão popular sobre o processo saúde-doença. A partir da análise qualitativa do discurso popular, é possível estudar os acontecimentos que não permitem a realização de uma quantificação — por isso, cabe ao pesquisador a interpretação das informações fornecidas pelo sujeito da pesquisa, buscando entender e solucionar a situação que está sob análise. Nessa perspectiva, o pesquisador participa de forma ativa no campo da investigação, contando com a participação de pessoas, grupos e comunidades, sendo estes dotados de subjetividades, ou seja, de opiniões, crenças e valores singulares (SCHMIDT apud ROCHA e BARRETO, 2008). A avaliação diagnóstica das comunidades em foco contempla outras dimensões de análise, particularmente as ciências sociais, que contribui em superar as práticas de saúde atuais vigentes no modelo assistencial hegemônico pautado no enfoque biologicista e curativo. Barros (2002) teoriza de maneira crítica sobre a influência do modelo biomédico nas práticas de saúde fundamentadas em abordagens biológicas, fragmentadas, descontextualizadas e mecanicistas; além disso, o autor aponta para a necessidade de abordagens teóricas e metodológicas no campo da saúde.

Para melhor compreensão do presente estudo, o conceito de família é essencial para a análise da saúde da comunidade e dos saberes populares. A família e seus diferentes arranjos representam uma organização social importante no cuidado da saúde da população; e, no âmbito comportamental, trazem mudanças na forma de organizar e compreender o fenômeno saúde-doença no nível individual e coletivo. Nessa perspectiva, sendo o homem um ser social que não se constitui de elementos isolados, verifica-se, ao observar seu contexto de vida, a interação de indivíduos e seu

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território — onde há costumes, culturas, crenças, valores e hábitos que se transmitem às pessoas e as permitem se desenvolverem como sujeitos da sociedade (STEWART et al, 2010).

Com a finalidade de direcionar as estratégias de Educação em Saúde, comportamentos nessa área são estudados, para que, assim, haja mudança de atividades consideradas nocivas à saúde e que são praticadas pelas famílias dentro da comunidade. Nessa linha, pesquisadores elaboraram trabalhos para averiguar as atitudes e os conhecimentos sobre diversos agravos. Exemplificando esta premissa, Lima et al (2005), por intermédio de um estudo exploratório sobre a Hipertensão Arterial, utilizando o método qualitativo e quantitativo, evidenciaram que características socioeconômicas de um grupo seleto determinam os seus estilos de vida e podem ser um dos obstáculos para a mudança de comportamentos. Esse resultado faz concordância com as análises das abordagens teóricas e metodológicas direcionadas à área de medicina e saúde propostas por Minayo (1992) — a qual enfatiza que o campo da saúde deve ser observado em seu contexto econômico, político e social mais amplo, do qual faz parte (devendo ser trabalhadas as noções de significado) aspirações, motivos e atitudes, visando uma aproximação com o objeto de estudo.

Barbosa et al (2004) estudaram a “influência das crenças populares” nos problemas de saúde das comunidades, na percepção e nas condutas dos profissionais de saúde de um centro de saúde do Programa Saúde da Família na cidade de Goianas (GO) a respeito da cultura popular e da adoção de práticas alternativas. Ademais, Martins et al (2012) discutem a importância da representação social para o “empoderamento” popular; ao analisarem a representação social dos usuários do Sistema Único de Saúde na Atenção Básica do município de Teixeira, Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, constataram a não mudança de paradigma nas práticas da saúde nas comunidades, permanecendo “focalizadas e assistencialistas”.

Segundo o PNAB — Política Nacional de Atenção Básica (2012) —, a Atenção Básica deve “considerar o sujeito em sua singularidade e inserção sociocultural, buscando produzir a atenção integral”. Com isso, nota-se a importância das Unidades Básicas de Saúde e seus territórios de abrangência no trabalho pela melhoria das condições de saúde das comunidades por meio da valorização da visão popular do processo de adoecimento.

A partir desses pressupostos introdutórios, evidencia-se a relevância do estudo qualitativo para se compreender a visão da população sobre as significações do adoecer e dos problemas de saúde, mediante uma relação dialética entre o saber popular e o cientifico. O estudo visa subsídios para ações que produzam impacto na melhoria da saúde da população das áreas estudadas, uma vez que será possível criar estratégias e práticas de saúde com foco nas “lacunas” de conhecimento que interferem no bem-estar social. Frente ao exposto, o objetivo do estudo é elaborar um diagnóstico

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da compreensão popular dos problemas de saúde de duas comunidades do município de Olinda, Estado de Pernambuco, Brasil, no cenário da Atenção Básica à Saúde.

2 MATERIAL E MÉTODOS

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O município de Olinda, localizado no Estado de Pernambuco, Brasil, tem uma extensão territorial de 41, 681, seu território é subdividido em 32 bairros. Sua população, de acordo com o último censo demográfico de 2010, é de 377.779 indivíduos — a estimativa para o ano de 2019 é de 392.482 habitantes. A maior parte dos habitantes de Olinda, cerca de 98%, reside na região urbana, enquanto 2% da população localiza-se na zona rural. O Ìndice de Desenvolvimento Humano (IDH) é o terceiro do estado, 0,792. Para o desenvolvimento do estudo foram selecionadas duas Unidades Básicas de Saúde da Família (UBS) localizadas em dois bairros distintos na periferia de Olinda. Estas Unidades de Saúde foram escolhidas por pertencerem à cooperação técnica entre a Prefeitura Municipal de Olinda e a Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), constituindo a Rede Ensino-Serviço. As unidades selecionadas em função do território contemplam a diversidade socioambiental existente no município. Este possui dois distritos sanitários, e as famílias residentes no território de abrangência pertencentes às Unidades de Saúde da Família serão denominadas Famílias UBS A, com uma população total, calculada pelo último censo, de 9.217 habitantes; e Famílias UBS B (DS 2), com uma população estimada de 17.721 habitantes (PLANO MUNICIPAL DE SAÚDE DE OLINDA, 2014).

2.2 SUJEITOS DA PESQUISA

Para aplicação das entrevistas abertas de um universo de 2.400 famílias cadastradas nas duas Unidades Básicas de Saúde (UBS), foram entrevistadas 80 famílias selecionadas por conveniência, sendo 40 de cada unidade. O número de famílias foi indicado por intencionalidade, e não por um cálculo amostral estatístico. As famílias entrevistadas foram previamente selecionadas pelas equipes de saúde das duas UBS durante visita domiciliar dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) ou dos Agentes de Controle de Endemias (ACE). Quando não foi possível realizar a entrevista no domicílio, por motivos relacionados à organização e à dinâmica dos serviços, as entrevistas foram aplicadas nas salas de espera das duas unidades ou em um ambiente reservado. Quando se atingiu a meta, foi notada a repetição nas respostas e consideramos o número de entrevistados adequado. Adotou-se como critério de inclusão ser maior de 18 anos de idade e ser cadastrado nas Unidades de Saúde da Família do estudo. Como critério de exclusão considerou-se a recusa na participação do estudo e o

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fato de não residir na área de cobertura das unidades. Quando havia recusa em participar da investigação, outro representante da família era selecionado.

2.3 COLETA DE DADOS

As entrevistas foram realizadas com o consentimento do representante da família por meio da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) apresentado pelo entrevistador. Os responsáveis pela aplicação das entrevistas foram três alunos participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), com a ajuda de pesquisadores externos (cinco residentes de Saúde Coletiva da Universidade de Pernambuco — UPE). Os entrevistadores foram previamente treinados pelo pesquisador coordenador do projeto. A coleta foi realizada entre novembro e janeiro de 2017.

Os dados primários foram coletados pelos participantes do projeto através da aplicação de um Roteiro de Entrevista semiestruturado, com perguntas direcionadas aos representantes das 80 famílias selecionadas, abordando o processo saúde-doença, tais como “qual o principal problema de saúde da família?”, “o que a família sabe sobre esse problema?”, “o que a família faz para evitar esse problema?”. Também foi analisado por meio do roteiro, a visão do entrevistado em relação à doença com base nos seguintes aspectos: biológicos, ambientais, políticos, sociais, econômicos e culturais — tais fatores permeiam os problemas de saúde. As entrevistas foram realizadas face a face e eram registradas por escrito no instrumento de coleta; não houve gravação. As entrevistas foram aplicadas após autorização prévia das instituições locais e aprovação em Comitê de Ética em Pesquisa envolvendo seres humanos da UNICAP, observando os aspectos ético-legais da Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde/CONEP.

2.4 CONSTRUÇÃO DO BANCO DE DADOS

O banco de dados qualitativo com as 80 entrevistas realizadas foi construído simultâneo a coleta. As entrevistas foram digitadas em documento Word Office e posteriormente foram examinadas para construção de categorias de análise.

2.5 ANÁLISE DOS DADOS E DAS CATEGORIAS

Foi utilizada a técnica de análise de discurso para a construção de categorias de análise, contemplando os principais problemas de saúde destacados pelos sujeitos. A amostra compõe-se de todas as entrevistas realizadas, sendo tabuladas e analisadas por meio da técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (2004), pois mediante a análise é possível codificar as informações,

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transformando-as em um estado bruto de representação do conteúdo (TURATO, 2003). Deste modo, a amostra compreenderá as falas que abordaram três eixos temáticos: território como um eixo estruturante do cuidado em saúde, considerações sobre o acesso aos serviços de saúde e significações do adoecimento dos grupos familiares entrevistados.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na caracterização da população do estudo, foi possível descrever o perfil das famílias entrevistadas, por intermédio das seguintes variáveis: sexo, cor, faixa etária, escolaridade e número de integrantes da família dos entrevistados. Com essa avaliação foi constatado que para as duas comunidades a maioria era de cor parda e negra, com predominância da população feminina. As famílias da UBS A se destacaram na escolaridade dos entrevistados e dos seus familiares, revelando um índice de 39% de pessoas com 2° grau completo, enquanto as famílias da UBS B apresentaram 30,8%. Outro dado relevante foi o índice de pessoas com fundamental incompleto; nas famílias UBS B o percentual foi de 39,2%, e em famílias da UBS A foi 21,8%. Sobre a faixa etária, as duas comunidades apresentaram taxas semelhantes quanto aos maiores de 60 anos, 27,1 % nas famílias UBS B e 30,7% nas famílias UBS A, porém observou-se nas famílias UBS B uma população relativamente mais jovem, com 46,7% de pessoas com 0 a 40 anos, enquanto nas famílias UBS A a percentagem foi de 41,3%. Os resultados das faixas etárias apresentaram divergências quando comparados à estimativa da população de Olinda em 2016 (Quadro 1). No entanto, tal divergência é esperada, visto que as pessoas que participaram da entrevista foram escolhidas por conveniência.

Quadro 1 – Porcentagens das faixas etárias de 0 a 40 anos e maiores de 60 anos para os bairros de Jardim Brasil e Salgadinho.

Resultado da coleta (Famílias UBS A) Estimativa pelo Censo (Famílias UBS Al)

0-40 anos: 41,3% 0-40 anos: 71,8%

>60 anos: 30,7% >60 anos: 13,3%

Resultado da coleta (Salgadinho) Estimativa pelo Censo (Salgadinho)

0-40 anos: 46,7% 0-40 anos: 63,9%

>60 anos: 27,1% >60 anos: 12,68%

A partir dos dados coletados foram listados os principais problemas de saúde que acometeram/acometem os entrevistados e seus familiares (Quadros 2 e 3). Nota-se que a hipertensão arterial sistêmica e a diabetes foram as mais citadas nas duas comunidades, corroborando a importância de haver mais ações educativas que abordem esses agravos. Estima-se que 30% da população geral brasileira com mais de 40 anos tenha pressão arterial elevada (BRASIL, 2012). O Ministério da Saúde elaborou o perfil da população brasileira destacando as doenças crônicas mais

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prevalentes nesta: 7,4% possui diabetes e 24,5% possui Hipertensão Arterial Sistêmica. É o que aponta a pesquisa Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico).

Embora a maioria dos entrevistados tenha referido doenças como principais problemas de saúde, alguns deles destacaram o lixo, os ratos e a falta de acesso aos serviços de saúde, que, embora não sejam doenças, possuem importância nas repercussões clínicas das comunidades. Dentre os agravos mencionados, predominam a hipertensão arterial e a diabetes mellitus nas duas comunidades. Foram mencionadas também agravos relacionados às condições de infraestrutura precária, como dengue, hanseníase, meningite, chikungunya, entre outras.

Quadro 2 – Principais problemas de saúde que acometem/acometeram os entrevistados e/ou seus familiares (Famílias UBS A).

Hipertensão Arterial Sistêmica - 16% Depressão – 4%

Diabetes mellitus – 16% Osteoporose – 4%

Cardiopatias – 5,5% Envelhecimento – 4%

Alergias – 5,5% Hanseníase – 4%

Alzheimer – 5,5% Outras: 31,5% (obesidade, úlcera varicosa,

tuberculose, cálculo renal, acidente vascular cerebral, asma, artrite, artrose, tabagismo, acesso à saúde, nódulo na mama, labirintite, problema vascular, anemia falciforme)

Câncer – 4%

Quadro 3 – Principais problemas de saúde que acometem/acometeram os entrevistados e/ou seus familiares (Famílias UBS B).

Hipertensão Arterial Sistêmica - 29% Chikungunya – 2%

Diabetes mellitus – 15% Acidente Vascular Cerebral – 2 %

Cardiopatias – 7% HIV – 2%

Dengue – 6% Hanseníase – 2%

Câncer – 4% Outras: 28% (alergias, doença da tireoide, doença

mental, meningite, leucemia, catarata, glaucoma, erisipela, hérnia, osteoporose, depressão, obesidade, gastrite, ratos, dificuldade no acesso aos serviços de saúde e lixo no bairro, acidente no trabalho e outros) Artrite – 3%

3.1 TERRITÓRIO COMO UM EIXO ESTRUTURANTE DO CUIDADO EM SAÚDE

Variações econômicas, sociais e culturais são atribuídas ao conceito de território, o qual é definido pelo SUS como um espaço vivo, ocupado por grupos populacionais singulares, com identidades sociais culturais em comum (SARDE NETO; MALANSKI, 2016). No contexto do território, estão presentes a emancipação, a participação social, as relações de dominação e a sujeição. Por todos esses significados, a relação entre a produção de cuidado e o território no qual o

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cuidado é materializado torna-se o elemento central para as ações da Atenção Primária à Saúde (LIMA; YASUI, 2014). A integração do cuidado à saúde e as redes sociais no território comunitário revelam-se nas falas a seguir:

“A comunidade ajuda prestando socorro.” Usuário 34, 71 anos.

“A comunidade pode trazer apoio, assim como a família traz” Usuário 40, 84 anos. “É bom por causa do diálogo. Tem informação que você pega com os outros.” Usuário 47, 69 anos.

“Não ajuda. Só a família mesmo.” Usuário 50, 42 anos.

Quando os sujeitos da pesquisa foram questionados sobre a influência da comunidade no processo saúde-doença, foi possível verificar, em diversos diálogos, o sentimento de unidade e de participação coletiva. O usuário 34 ressalta a ajuda da comunidade por meio do socorro quando este está doente. No caso do usuário 40, a assistência da comunidade foi comparada ao apoio da família, corroborando que é possível a existência dessa unidade facilitadora. Torna-se evidente que a propagação de informações entre os vizinhos é um instrumento importante para prevenção e para promoção da saúde, como observado na fala do usuário 47. Também revela uma interação da rede social na comunidade e uma autonomia em relação ao acesso das informações. Embora a maioria dos entrevistados tenha ressaltado a importância da comunidade na prevenção e no apoio ao doente, alguns usuários não possuíam essa visão, como pode ser visto na fala do usuário 50.

Os depoimentos da maioria dos entrevistados traduzem o conhecimento sobre a interferência dos fatores ambientais na qualidade de vida e na condição de saúde, como pode ser observado nas falas a seguir:

“Me aperreio com essa poeira dentro de casa, com esse mau cheiro das fossas, muito mosquito, tudo isso traz doenças e aperreio pra mim.” Usuário 29, 65 anos.

“A minha casa é perto de esgotos a céu aberto, me aperreio muito com isso, porque aparece muito mosquito.” Usuário 30, 79 anos.

“Sim, interfere sim o saneamento porque sem esgoto pega doenças que não iriam acontecer com esgoto. A coleta de lixo é regular aqui, mas antes não, tinha ratos e baratas na rua, era um problema.” Usuário 18, 42 anos.

Muitos entrevistados ressaltaram a participação dos serviços de saúde oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde no processo de prevenção e de promoção da saúde:

“A equipe de saúde da unidade ajuda no tratamento, na realização de consultas, entrega de medicações e com as palestras.” Usuário 45, 62 anos.

“Ajuda quando vai nas casas colocar cloro na água, eles também dão informações.” Usuário 76, 58 anos.

“Ajuda quando tem palestras porque a pessoa ganha mais orientações sobre a doença” Usuário 55, 25 anos.

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Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 8, p.58412-58427 aug. 2020. ISSN 2525-8761 3.2 CONSIDERAÇÕES SOBRE O ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE

O uso dos serviços de saúde é fundamentado pelas abordagens da equipe profissional nos serviços de diferentes níveis de Atenção à Saúde no SUS. Em geral, o primeiro contato é traçado pelos comportamentos dos usuários do sistema e os profissionais de saúde dão continuidade para necessidades posteriores, isto é, eles aferem quais serviços precisam ser assegurados. As hospitalizações e os exames diagnósticos podem ser resultados dessa mediação (TRAVASSOS; MARTINS, 2004). No entanto, de acordo com os autores, o conceito de acesso é complexo e contrasta o saber biomédico predominante com a construção social do adoecimento por parte dos sujeitos que buscam cuidado. Para Travassos; Martins (2004) é válido ressaltar que o ingresso nos serviços não necessariamente garante a resolutividade dos problemas vigentes, visto que não se trata apenas da disponibilidade destes.

Nessa perspectiva, o acesso aos serviços de saúde não se limita ao uso, mas abrange o uso em tempo hábil dos seus recursos disponíveis, necessários para a integridade dos usuários envolvidos. O oferecimento desses serviços deve estar de acordo com os princípios propostos pelo SUS, que são integralidade, equidade, universalidade, descentralização e participação popular. Dessa forma, para sua consolidação, é fundamental a coesão na articulação entre os serviços dos diferentes níveis de Atenção à Saúde, configurando uma Rede de Atenção à Saúde (RAS) (MENDES, 2010). Segundo Mendes, a Atenção Primária à Saúde deve funcionar como um eixo estruturante do processo de organização da RAS, pois apresenta o diferencial de desenvolver uma produção de cuidado que remodela o modelo técnico assistencial atual ao possuir capacidade de aferir as singularidades territoriais que contribuem para as mudanças na saúde das famílias atendidas.

Segundo Paim (2003), embora a expansão das Unidades de Saúde da Família tenha colaborado para diversos avanços na área da saúde, a integralidade das ações ainda não é satisfatória. Para que ocorra a concretização desse modelo assistencial, é fundamental a identificação dos principais entraves que reverberam nesses serviços. Alguns entrevistados, ao serem questionados sobre a importância dos serviços oferecidos pelas Unidades Básicas de Saúde em suas comunidades, citaram os principais problemas:

“A demora para marcar consulta prejudica a saúde da gente.” Usuário 22, 71 anos. “No momento que eu soube que tinha essa anemia, quando tive alta, fui na unidade, mas nem a médica e nem a enfermeira me ajudaram. Tive até uma briga com a médica, ela é um horror.” Usuário 20, 67 anos.

“O serviço de saúde em geral não é satisfatório e precisa de uma melhora na infra- estrutura.” Usuário 44, 40 anos.

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Nas falas dos usuários 20, 22 e 44 são mencionadas restrições ao atendimento em relação à acessibilidade na Atenção Básica, ao acolhimento inadequado dos profissionais de saúde e à qualidade do atendimento e da infraestrutura das UBS.

“A falta de medicamentos na unidade, muitas vezes, dificulta o tratamento da doença.” Usuário 4, 70 anos.

“Só vou para consultar e às vezes pegar os remédios. Ajuda na cura, né.” Usuário 14, 48 anos.

A fala do usuário 14 mostra o manejo clínico ofertado no serviço restrito à oferta de tratamentos medicamentosos e a consultas médicas. Porém, sabe-se que a proposta da Atenção Primária envolve uma esfera de intervenção multidisciplinar, incluindo atividades de prevenção e de identificação de problemas que devem ser solucionados em outros níveis de atenção. Sendo assim, os serviços da Atenção Primária têm-se deparado com obstáculos para solucionar problemas da população. Os encaminhamentos julgados necessários para um indivíduo exigem uma RAS que torne possível o fluxo seguro de ida e da volta dos usuários nos serviços de diferentes densidades tecnológicas. É importante que esta ocorra sob uma forma humanizada de atendimento, na qual o profissional deve receber, escutar e tratar de forma humana os usuários da rede (VILLELA et al., 2009).

Segundo os autores Villela et al (2009) é essencial que os encaminhamentos realizados pelos profissionais estejam em consonância com elementos que levem em consideração não apenas a entrada do usuário no serviço, mas valorizem as condições biológicas, sociais e psíquicas vivenciadas pelos indivíduos. A formação de um vínculo profissional-usuário é importante para a resposta terapêutica dos que são atendidos nas unidades. Entretanto, por causa das condições de trabalho, as racionalidades biomédicas hegemônicas e a fragmentação da RAS, este vínculo não têm se estabelecido, havendo um enfoque na doença e no tratamento medicamentoso. É possível observar tal afirmativa mediante a fala do usuário 25 ao ser questionado sobre a importância dos serviços de saúde oferecidos pela Unidade Básica de Saúde de sua região para o seu tratamento.

“Todo remédio que uso é prescrito pelo médico do Hospital dos Servidores. Não procuro o serviço da comunidade”. Usuário 25, 84 anos.

3.3 SIGNIFICAÇÕES DO ADOECIMENTO DOS GRUPOS FAMILIARES ENTREVISTADOS A cultura é considerada um conceito relevante para os comportamentos sociais, pois qualifica os atendimentos das atividades expressadas por diferentes grupos sociais. Pode-se afirmar que as expressões físicas e mentais não são justificadas apenas por meio do determinismo biológico, uma vez que os atores sociais trocam vivências subjetivas mediadas por fenômenos culturais

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variados (LANGDON; WIIK, 2010). A partir dessa premissa, é possível considerar que a cultura guia as práticas e as atitudes da população, uma vez que sua estruturação é ligada ao setor da saúde vinculada à práxis social.

A percepção saúde-doença construída pelo indivíduo não é a mesma decifrada pelos profissionais de saúde. O sistema médico estatal que predomina no Brasil está centrado na lógica biomédica. No entanto, quando a população adoece, busca diversos sistemas e itinerários para solucionar seus problemas. Isso é visto na medicina popular e na crença religiosa, por exemplo. Variados sistemas culturais de saúde colaboram para as diferentes compreensões de adoecimento e de cura (LANGDON; WIIK, 2010):

“A gente descobriu no teste do pezinho. Ela foi encaminhada para policlínica e depois não fui mais. A gente não faz nada, porque ela não toma remédio, só ora mesmo.” Usuário 20, 41 anos.

“A fé em Deus é importante para curar todas as doenças.” Usuário 60, 67 anos. “Ter fé ajuda na estabilização da doença.” Usuário 31, 47 anos.

Em alguns casos, podem utilizar cuidados diferentes, envolvendo a medicina popular e a medicina biomédica:

(Sobre úlcera varicosa) “Não entendo porque tenho esse problema. Tomo remédio de castanha da índia que a vizinha indicou e sempre vou ao vascular.” Usuário 6, 55 anos. A antropologia da saúde defende a complementaridade entre a abordagem médica e as outras práticas de cura, destacando a importância das práticas dos profissionais da área assumirem uma postura menos preconceituosa em relação à diversidade cultural na busca da solução para o adoecimento. Também é essencial que os profissionais de saúde atuantes nos três níveis de atenção concretizem a percepção da saúde como um sistema social complexo (SANTOS et al. 2012).

Um usuário, ao ser questionado sobre a causa da sua doença (neste caso, diabetes mellitus tipo II), expressou:

“Não sei a causa, sei que não pode comer açúcar. Tomo remédio, mas continuo ingerindo açúcar.” Usuário 31, 47 anos.

A partir desse discurso, nota-se que seu trajeto pelos serviços de saúde não trouxe conhecimento sobre a causalidade de sua doença. Os modelos explicativos de adoecimento são os mais variados. Na maioria das vezes, os serviços de saúde não levam em consideração as crenças populares de adoecimento. Diante disso, é observado um distanciamento entre os saberes científicos e os populares. Esse distanciamento de saberes é visualizado em outros diálogos:

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(Sobre cardiopatias coronarianas) “Não sei dizer o que causa. Eu tomo os medicamentos que o médico passa.” Usuário 68, 53 anos.

(Sobre hipertensão arterial) “Muito açúcar no sangue. É preciso evitar açúcar, se alimentar de comidas saudáveis, não comer em excesso.” Usuário 55, 72 anos.

Em outras passagens, as mais variadas fontes de informação oriundas dos serviços de saúde e meios de comunicação ficam em evidência:

(Sobre câncer) “Eu sei o que informa na TV. A gente deve se alimentar bem, evitar beber e fumar. Recebo ajuda no Hospital do câncer e na Unidade Básica de Saúde.” Usuário 11, 38 anos.

Frente ao exposto, constata-se que a percepção dos sujeitos no seu processo saúde-doença pode revelar os limites e a ineficácia da abordagem puramente biomédica. A consideração antropológica permite a reestruturação dos diferentes programas e condutas nos serviços de saúde, formando a relação de complementaridade necessária com a epidemiologia e, dessa forma, revelando a sua importância na melhoria das condições de saúde das comunidades atendidas nas Unidades Básicas de Saúde (MARRONI, 2007).

Nota-se que a interpretação dos sentidos da doença por parte das famílias colabora para a estruturação de cuidados mais efetivos. Com isso, angústias, medos e processos corporais dolorosos podem ser reduzidos (MINAYO,1991).

Os serviços de saúde oferecidos pela Atenção Primária à Saúde são fundamentais para guiar os grupos sociais na compreensão de seus processos de adoecimento. Muitos profissionais de saúde utilizam uma abordagem positivista que distancia os indivíduos do entendimento necessário à sua melhoria de saúde, visto que os sujeitos não são induzidos a serem agentes protagonistas do seu autocuidado (SANTOS et al, 2012). Os autores afirmam que os modelos teóricos que guiam as práticas não devem ser desconsiderados definitivamente. É importante a valorização do próximo, ouvindo suas necessidades e considerando que este deve ser incentivado a orientar sua própria vida, levando em consideração seu cotidiano.

4 CONCLUSÃO

As Unidades Básicas de Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) têm desempenhado um papel importante na melhoria das condições de saúde de várias comunidades. No entanto, a visão positivista de muitos profissionais da área da saúde tem funcionado como entrave para a eficácia dos serviços de saúde. Diante da análise das falas dos entrevistados, — embora sejam respeitadas as visões e as culturas de cada indivíduo sem considerar a abordagem popular na saúde — é perceptível que não será possível prevenir doenças e promover saúde, uma vez que uma

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considerável parte da população não compreende os mecanismos da sua própria enfermidade. A valorização das crenças e dos valores culturais dos usuários das Unidades Básicas de Saúde trará benefícios relevantes à população. Nessa direção, observa-se a necessidade de repensar as práticas em saúde no âmbito da Atenção Básica, considerando a cultura e a subjetividade do outro.

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