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SEGURANÇA E POLÍTICA DE PROTEÇÃO SOCIAL À FAMILIA: DIREITO SOCIAL E IGUALDADE MATERIAL

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Academic year: 2020

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Edição 22, volume 1, artigo nº 8, Julho/Setembro 2012

D.O.I: http://dx.doi.org/10.6020/1679-9844/2208

www.interscienceplace.org - Páginas 140 de 193

SEGURANÇA E POLÍTICA DE PROTEÇÃO SOCIAL À

FAMILIA: DIREITO SOCIAL E IGUALDADE MATERIAL

Eliane Romeiro Costa1 1

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, FAPEG/Goiânia, Goiás, Brasil.

Resumo – A política social para a família no Estado Social de Direito

reconhece o dever de proteção estatal contra os riscos oriundos do trabalho, das situações de dependência econômica decorrentes da incapacidade para o trabalho, da idade e da doença. Este estudo compreende que a atuação do Estado no campo da proteção social depende de uma efetiva integração das normas de direitos sociais. A redefinição das novas configurações familiares representam uma complexidade adicional para as ações públicas e privadas para a proteção social à família .

Palavras-chave: Família; Proteção Estatal; Direitos Sociais Fundamentais.

Abstract – Social policy for the family in the social state of law recognizes a

duty to state protection against risks arising out of work, the situation of economic dependence arising from incapacity for work, age and disease. This study includes the State's action in the field of social protection depends on an effective integration of social rights standards. The redefinition of new family configurations represent an additional complexity to the public and private actions for social protection to the family.

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1. Introdução

A proteção social à família e seus integrantes exaradas nas normas sociais da Constituição Federal de 1988 representam o conjunto de ações protetivas destinadas a dignidade existencial. O avanço jurídico brasileiro compreendeu a extensão dos direitos a todos os integrantes da família matrimonial, extramatrimonial, além de reconhecer a cobertura securitária aos companheiros dos segurados.

Da análise constitucional, depreende-se o eixo das situações que envolve a sociedade previdenciária no Brasil. Registra-se dois níveis de proteção social: a primeira, constituída pelos trabalhadores oriundos da inciativa privada, os celetistas(CLT) ,e a segunda, formada pelas regras dos servidores públicos civis e militares. Logo, a rede de seguro social no Brasil tem como foco o trabalho, a renda, a proteção previdenciária e assistencial, o nível de cobertura e a dignidade humana existencial.

A investigação da família brasileira em termos de seguridade social articula-se, necessariamente, com as determinações das normas do ordenamento jurídico pátrio, com os estudos atuariais, geográficos, demográficos, econômicos e sociais. O esforço empreendido não pretende sanar as enormes contradições inerentes ao conjunto das políticas sociais protetivas, mas cotejá-las tendo como referência o igualitarismo e o solidarismo social.

Atingindo a maioridade constitucional, a seguridade social brasileira e seus princípios fundamentais expressam a dignidade da pessoa humana, a cidadania, a erradicação da pobreza e das desigualdades regionais, a proteção ao trabalhador, à maternidade, à infância, ao idoso, além dos direitos trabalhistas e previdenciários do menor de idade. Do conjunto de direitos sociais, vislumbramos a desigualdade como inerente ao Sistema de Seguro Social. Partimos dessa compreensão para registrar os direitos historicamente constituídos e a distinção de cobertura entre os regimes previdenciários dos civis e do militar no Brasil.

A família brasileira como as demais famílias estão obrigatoriamente inseridas no processo de globalização ou mundialização. Este fato não é novo, a novidade

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www.interscienceplace.org - Páginas 142 de 193 consiste em novos ambientes “familiares“, obrigações e direitos protetivos. Em outras palavras, na medida que as composições familiares são transformadas, alteradas sociologicamente, o Direito como sistema de normas e a interpretação jurídica também devem apreender novas concepções.

2. Direito Fundamental à Proteção Social

O Estado Providência desenvolvido a partir dos anos 1940, no pós-guerra, fundou-se na solidariedade social, na justiça distributiva e na ideia de direito social. Consagrado a estender os direitos relativos à dignidade humana e existencial, os modelos de seguros social e de seguridade.

2.1. O direito fundamental: por que fundamental?

O eminente jurista Gomes Canotilho compreende o Estado Social de Direito esculpido pelos princípios da juridicidade, da democracia e da socialidade. O designado Estado de direitos fundamentais assegura os direitos essenciais como fundamentais, como fim e medida da estruturação, organização e atuação do Estado e do seu relacionamento com a sociedade e com os indivíduos.

Os direitos sociais como sistema aberto, leciona Vidal Serrano em A cidadania social na Constituição de 1988, articula-se, vincula-se, integra e reflete outros direitos. Esse entendimento é a base para a conceituação dos direitos fundamentais. Direitos de proteção da vida em todas as dimensões: social, econômica, cultural e em sua relação com a solidariedade conjugando-se, integrando-se como direitos à igualdade e à liberdade. Direitos sem os quais o homem mutila-se, não se integra à sociedade, se exclui e se desqualifica como cidadão.

Vidal Serrano alumia que não se pode dissociar a proteção constitucional à vida e à saúde, do acesso à educação. Compreende os direitos fundamentais como unidade indivisível, complementar e integrados face os direitos de liberdade, os direitos sociais, econômicos e culturais. O conceito de direitos fundamentais, nesse sentido, expressam um conjunto de princípios e regras conferidores de direitos

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www.interscienceplace.org - Páginas 143 de 193 subjetivos a seus destinatários face suas necessidades, cuja preservação depende das políticas de promoção da solidariedade.

A Constituição Federal de 1988 elegeu-se como último marco relevante para a delimitação de um conceito ético-social de solidariedade e de justiça sociais. Os direitos sociais foram registrados como direitos de terceira geração, proteção ao fraco economicamente, ao hipossuficiente. As normas de direito coletivo e individual preceituam um dever-ser promotor de proteção da pessoa física, dependente ou independentemente de contribuição. Isso posto, consideramos que a última Constituição Republicana grafou um Estado Social de direitos voltada para a materialização da igualdade e da democracia. Como questão de materialização das conquistas dos direitos, impende que as normas adquiram eficácia gerando o aprendizado e a reprodução da cidadania social, ou do bem-estar na cultura constitucional.

2.2. Construindo o solidarismo no Brasil após a Constituição Federal de 1988

No Brasil, a seguridade social é constitucional, dividindo-se em Sistema Previdenciário, Sistema Assistencial e Sistema de Saúde. Esses sistemas são independentes financeiramente, não solidários e conjuntamente integram a Segurança Social no Brasil.

O Sistema Previdenciário, o seguro social brasileiro, possui três regimes: o Regime Geral, o Regime dos Servidores Públicos estatutários e dos Militares, e o Regime Complementar, capitalizado. A solidariedade esculpida na Constituição Federal existe entre mutuários iguais. Logo, os regimes previdenciários não são solidários entre si, nem em relação aos fundos ou contas previdenciárias de caráter profissional. A União e os entes federativos são responsáveis pelas coberturas dos déficits do sistema protetivo e dos benefícios previdenciários dos trabalhadores.

No Brasil, somente se vincula à previdência o trabalhador assalariado. Como facultativo, somente quem não tem trabalho assalariado. O sistema veda a filiação facultativa de segurado obrigatório.

Com base na distribuição dos regimes próprios, estes se dividem em servidores públicos estatutários e os militares dos Estados e das Forças Armadas.

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www.interscienceplace.org - Páginas 144 de 193 Partindo da análise da Constituição Federal de 1988, o artigo 40 fundamenta os direitos dos servidores estatutários, o artigo 42 dos militares dos Estados, e o artigo 142 das Forças Armadas.

O Regime Geral, por seu turno, cujas regras estão contidas nas Leis 8.213/91 e Lei 8.212/91 e o Decreto n.3.048/99, recepcionam os trabalhadores privados, os celetistas. Já o Regime complementar privado é facultativo, baseado nas contribuições adicionais, não garantido pelo poder público, é de risco unicamente do poupador previdenciário e de capitalização. Portanto, são três regimes constitucionais previdenciários: o Geral e o Próprio baseado na repartição, cadeia de gerações, e o complementar de capitalização individual.

Passados 22 anos da última constituição, o cenário constitucional previdenciário brasileiro se alterou. Foram três reformas produzidas pelas Emendas Constitucionais n. 20 /98, 41/03 e 47/05 que grafaram novo direito previdencial. São novos direitos, outros benefícios, outras regras e diferentes relações jurídicas. Estas reformas cunharam um sistema baseado na desigualdade previdenciária.

No âmbito dos Estados e seus regimes próprios também ocorreram modificações. Em nome do principio do equilíbrio financeiro e atuarial reduziram-se benefícios com base em outras bases de cálculo, aumentaram a contribuição e dificultaram o acesso ao benefício para pessoas com menos de 50 anos. Em outras palavras, a tendência é postergar o direito à aposentadoria pelo aumento dos anos de trabalho.

Um dos aspectos importantes da reforma é a compensação financeira entre institutos públicos: Regime Geral para Regime Próprio e vice–versa. Ainda não há compensação financeira entre regimes próprios. Os regimes geral e próprio devem ter os mesmos benefícios previdenciários.

Todo o sistema está votado para a percepção de maior volume de contribuição e arrecadação, ou seja, tornou-se mais seguro que social.

Em termos de proteção social à família, mas fundado nos ditames das normas constitucionais, cada regime previdenciário esculpiu os direitos dos protegidos, nominando o rol de beneficiários: segurados– titulares do seguro e seus dependentes econômicos. Contudo, os dependentes econômicos dos regimes podem ser distintos.

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www.interscienceplace.org - Páginas 145 de 193 Consideramos de extrema relevância introduzir o estudo do regime militar e da cobertura da proteção social à família. Sabe-se que a atividade do militar é distinta e em relação a do civil, e, como este, contribui para seu respectivo regime. Dada a característica da atividade de risco constante, seus direitos e deveres estão dispostos em legislação específica, por isso alguns estudos acerca do Seguro Social do militar, sugerem, inclusive, que eles mantenham tratamento diferenciado em relação ao civil em relação a contribuição, tempo de serviço e benefícios.

2.3. Solidariedade, risco social e politica social à família

No universo de concepção dos sistemas de proteção, estruturou-se conjunto de técnicas de proteção partindo do modelo de Seguro Social bismarkiano (sistema laboral profissional) e o modelo universalista, beveridiano, não contributivo. O

primeiro financiado por cotizações e o segundo via impostos gerais. Em regra, o fato gerador e a vinculação ao seguro social impositivo pelo

Estado Social de Direito não é fator suficiente para provocar direito à prestação, embora configure-se em situação necessária. Convém salientar que o segurado é um expectante de direito, não é titular de um direito, mesmo que seja contribuinte, é necessario a materialização do sinistro para gerar a substituição de renda.

Yolanda Sanchez Uran Azaña, entende a obrigação estatal com a seguridade social como indiscutível. A professora da Universidade Complutense de Madri, na obra Seguridad Social y Constitucion, trata o sistema predominante de seguridade social como questão relevante devendo ser verificado se o texto constitucional se configura em um modelo acabado, certo de segurança social, ou se pressupõe mecanismos de alteração que caminham para um sistema misto: público–privado. Essa prática provoca a desconfiguração do modelo pré-concebido alterando substancialmente a fruição dos direitos sociais.

As normas de seguro e de seguridade prescrevem situação de status do segurado conferidas pela presença de situações de riscos sociais. No caso dos hipossuficientes, a incapacidade para o trabalho em virtude da deficiência gera direito, ou melhor, prestação assistencial. Neste sentido, a denominada questão social fornece elementos para a relação de proteção dos riscos sociais. O Estado interventor, reconhece a necessidade de segurança do cidadão e elabora critérios

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www.interscienceplace.org - Páginas 146 de 193 para seu amparo elencando situações em que a norma deve ser aplicada para conferir ao segurado, o cidadão, titular de direito, uma prestação .

2.3.1. Direito social e igualdade material – a necessidade protegida

O conceito de necessidade delineado por Almansa Pastor, refere-se a ausência das coisas que são fundamentais para a conservação da vida. Significa a vontade de superação de carências por meio da provisão de bens. O termo subsistência, enfatiza a satisfação de certo aspecto fisiológico. Há, todavia, necessidades que incidem sobre o indivíduo e as que afetam a coletividade.

Enquadra na visão de necessidade social, a necessidade econômica, a falta dos meios vitais de subsistência. Este foi o sentido esboçado por Beveridge, a libertação das necessidades individuais. As necessidades sociais indicam a ausência ou a escassez de bens disponíveis. Assevera Pastor que a Seguridade Social é instrumento em que o Estado atende as demandas individuais e coletivas, libertando todos do desamparo, da indigência.

Há indigência e pobreza, quando o indivíduo encontra-se em um estado de privação e/ou falta total ou parcial dos meios indispensáveis e suficientes para a satisfação dos níveis vitais e essenciais de subsistência, ou seja, para cobrir as condições físicas.

2.3.1.1. Princípio e direito à segurança social

A redução das desigualdades está inserida numa ação conjunta e descentralizada de políticas públicas. As ações do poder público na área de proteção social conta com as diretrizes da “descentralização político-administrativa” nas três esferas de governo e, da “participação da população” (art. 204, CF).

Dos ramos da seguridade social, deve-se destacar a assistência social e a previdência social, os quais apresentam políticas públicas e benefícios direcionados a família. O art.203 da Constituição Federal de 1988 cuida da Assistência Social. Essa será prestada a quem dela necessitar, tendo como objetivo: “a proteção à família, a maternidade, a infância a adolescência e a velhice, a promoção da

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www.interscienceplace.org - Páginas 147 de 193 integração no mercado de trabalho, o amparo às crianças e adolescentes carentes, a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária e a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprove não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família”.

As políticas de assistência social têm como núcleo a ser atingido a família e seu desenvolvimento em sociedade. A atual Constituição pretende construir uma sociedade livre, justa e solidária, que erradique a pobreza e a marginalização e que reduza as desigualdades sociais e regionais. Para alcançar esses objetivos a Carta Constitucional de 1988 as políticas sociais e econômicas orientam-se aos desassisticos sociais. O foco da Assistência Social é a família as etapas biológicas ou fases: maternidade, infância, maternidade e a velhice.

A doutrina compreende a relação de seguridade como relação genérica entre o Estado e o cidadão. Esta relação jurídica pode distribuir-se nos elementos de vinculação - cotização - prestação, na medida em que a constituição da vinculação e da cotização são condicionantes do direito a prestações. Todavia, em regra geral, a relação jurídica de assistência social tem como fim retirar o cidadão da situação de penúria social instituindo uma prestação assistencial. A seguridade social é relação jurídica entre o Estado de Proteção Social e o beneficiário, o necessitado. Esta relação complexa tem como objeto a proteção de certas situações de necessidade

do indivíduo, da família e da coletividade. A natureza jurídica de seguridade social é relação jurídica obrigacional de

natureza pública. Para Almansa Pastor esta relação abarca a situação de necessidade tornando irrelevante a noção de risco e de evento. Ela (a relação jurídica de seguridade) é relação de proteção, uma vez que as instituições de proteção pública reconhecem as prestações aos beneficiários que na proporção em que solicitam cobertura, já cumpriram os requisitos legais. Nos termos da assistência social, a contribuição não gera direito subjetivo à prestação. O direito aos serviços, benefícios ou prestações de Seguridade Social derivam de um status concedido por lei.

O cidadão segurado para ter acesso a prestação não basta ser contribuinte do sistema de seguridade ou de proteção social. A relação de filiação pode jamais se extinguir, uma vez que a regra jurídica formadora pressupõe situação fática ligada

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www.interscienceplace.org - Páginas 148 de 193 ao exercício laboral, por exemplo, sem que tenha direito aos serviços previdenciários. Em outras palavras, o direito à prestação somente nasce, se verificado o fato gerador que o ocasionou. Neste sentido, a relação de vinculação, coloca o cidadão entre certo regime de proteção, estabelece regras para sua vinculação e sua denominação de segurado (filiado). No caso do sistema assistencial não se admite a vinculação como condição prévia, mas adquire-se o status de “beneficiário” quando materializa-se o risco previsto no ordenamento jurídico .

O conjunto sistemático de normas de Seguridade Social dispõe que determinados sujeitos são titulares de direitos sociais mínimos ou prestações com base em mínimos sociais, também denominados mínimos vitais ou essenciais. O fato gerador do direito e que se constitui em uma reparação econômica funda-se na ausência de trabalho e rendimentos decorrentes das contingências ou riscos (sociais, econômicas, biológicas ou fisiológicas incertos, aleatórios e causadores de dano econômico) que produziram brutal estado de miséria e desproteção do indivíduo e de sua família.

A seguridade confere o direito do cidadão à proteção como direito universal, direito humano aos serviços básicos e mínimos de segurança social. O amparo dos serviços estatais são postos à disposição do indivíduo, de sua família ou da coletividade, independente de sua profissão ou condição social, bastando para

alcançar a justiça social, a presença de situação do risco de necessidade. A universalização da proteção assistencial não atinge a todos. Nos termos da

Constituição Federal, os sujeitos, os beneficiários são os portadores de deficiência e o idoso sem renda “que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei, nos termos do artigo 203, V, da Constituição Federal. A proteção social depende do critério discricionário das políticas sociais à família, maternidade, infância, adolescência e velhice. A garantia gravada na Carta Republicana é a subsistência mínima.

Os direitos fundamentais brasileiros baseiam-se nos mínimos. Radica-se, estabelece-se a desigualdade socioeconômica brasileira na proteção mínima e a máxima permitida constitucionalmente. Em outras palavras, o direito à dignidade humana existencial, na prática, enquadra-se no benefício de salário mínimo aos etos previdenciários exarados no artigo 37,XI e XVI, da atual Constituição

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www.interscienceplace.org - Páginas 149 de 193 Republicana. Por seu turno, a previdência social, é um dos pilares da Seguridade Social, sendo de contribuição direta do trabalhador-segurado obrigatório.

Os princípios esculpidos na Lei Básica de Assistência Social-Loas, Lei n. 8.742/93, consolidaram a universalização dos direitos sociais; o atendimento das necessidades sociais; o respeito à dignidade do cidadão; a igualdade de direitos no acesso ao atendimento das populações urbanas e rurais, art. 4 cujos benefícios e serviços estão dispostos “a quem dela necessitar”. Declaramos que a atual Loas não foi reformada e ainda restam benefícios a serem efetivados como o auxílio funeral e o auxílio natalidade denominados eventuais.

Como mencionado, a finalidade da Lei de Assistência Social reside na redução da exclusão social, no atendimento à infância, à velhice, à maternidade; a promoção de políticas de enfrentamento da pobreza; a integração ao mercado de trabalho; e a reabilitação e habilitação profissional (art. 2, Lei n.8.742/93).

Os benefícios continuados estão dispostos nos artigos 20 e 21 da Loas, como prestações de valor de 1 (um) salário mínimo mensal aos maiores de 70 (setenta) anos e ao portador de deficiência sem meios de subsistência. A nova redação do art. 38 dada pela Lei n. 9.720/98, reduziu para 67 (sessenta e sete) anos a partir de 01.01.98. Os estrangeiros naturalizados e domiciliados no Brasil, se não protegidos pelo Sistema previdenciário de origem, terão direito ao benefício de prestação continuada (art.4, Decreto n. 1.744/95).

Disciplina a Loas, a condição para o benefício continuado-BPC, a aplicação do conceito jurídico de pessoa portadora de deficiência como “aquela incapacitada para a vida independente e para o trabalho”. Para a comprovação da necessidade, reza a norma jurídica, considera-se carente, o incapaz de prover sua manutenção ou de sua família, ou seja, “a família cuja renda mensal per capita seja inferior a ¼ do salário mínimo”. A comprovação de deficiência requer laudo pericial médico do Instituto Nacional de Seguro Social- INSS. O benefício não poderá ser acumulado com outro da Seguridade Social, com exceção da assistência médica.

3. A família no seguro social brasileiro

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www.interscienceplace.org - Páginas 150 de 193 extramatrimonial (informal, parentais, substitutas) e assegurou direitos fundamentais à igualdade de direitos e obrigações entre cônjuges, companheiros, filhos e equiparados a filhos, os adotivos.

A Constituição Federal de 1988 representou um marco na definição da política de seguridade social e prioridade no atendimento à infância, aos idosos, aos hipossuficientes.

O novo Código Civil, Lei 10.406/02, determinou a redução da maioridade civil de 21 para 18 anos. Contudo, no âmbito do direito previdenciário, o Regime Geral e a maior parte dos Regimes do Servidor Público civil e militar mantiveram a idade de 21 anos para a maioridade previdenciária.

O Direito Constitucional pátrio, o Direito de Família, o Direito Administrativo foram reformados cunhando e definindo real alcance das políticas públicas na proteção dos segurados, dos assistidos e de seus dependentes.

A família como estruturação psíquica, possui ainda, conceito diversificado no âmbito da seguridade social. Indica relação afetiva, composição de renda além de vínculo biológico. Sua relevância está acima das normas que determinam sobre as formalidades de um casamento. Em todas as partes, o modelo tradicional de família vem perdendo força e no lugar aparecendo outras manifestações de família, incluindo relações homoafetivas como entidade familiar cabendo pensões civis de alimentos e pensões previdenciárias no Brasil.

A família matrimonial fundada no artigo 226, da Carta Constitucional reconhece a família como base da sociedade formada pelo casamento, nos termos do Capítulo VII do Título VIII : “Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso” . O texto constitucional trata a “separação de fato” e a união estável. Fenômenos norteadores de novas acepções de direitos entre reorganizações familiares.

Outra questão merece destaque o fato dos arts. 5º., I , e 226 , §5º., ambos do texto constitucional, cuidarem do princípio da igualdade em direitos e obrigações entre homens e mulheres, introduzindo, por conseguinte, os direitos fundamentais nas relações familiares, devendo o Direito da Seguridade, sobretudo, a Previdência e seus regimes , e Assistência, reverem os direitos securitários dos integrantes da família como dependentes do segurado e do assistido, evitando, por conseguinte, a violação da norma constitucional ou retrocesso social.

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www.interscienceplace.org - Páginas 151 de 193 3.1. Política social para a inclusão da família

A família no sistema social brasileiro tem sido registrada pelo IBGE e pelas PNADs de 2006 a 2010. Esses mapas de registros da sociedade brasileira têm apontado que: a natividade e a mortalidade reduziram no Brasil; as mulheres em todas as camadas sociais têm tido menos filhos e estão mais sós, arcando com o trabalho e a renda doméstica, além de manutenção de dupla e tripla jornada de trabalho. Previdenciariamente, as mulheres ingressam tardiamente no regime previdenciário, uma vez que também integram mais tarde o mercado de trabalho, contribuem menos pelos baixos salários e pelo difícil acesso aos postos de trabalho, bem como os benefícios de seguro social também são menores que o dos homens.

Registra-se que o acesso a maior proteção social brasileira discrimina nível de educação e formação profissional. Portanto, as mulheres que mais participam do trabalho,de salários mais elevados e de maior proteção previdenciária são aquelas em que galgaram mais anos de estudo. As estimativas das políticas sociais oficiais demonstram que há correlação entre gênero (masculino/feminino), natureza de trabalho (rural/urbano/privado-celetista/público-estatutário),formação educacional, além da idade para se estabelecer níveis de benefícios sociais e proteção previdenciária.

Da Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise da condição de vida da população brasileira, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2009, depreende-se que:

O Terceiro Milênio se inicia no Brasil com grandes mudanças na vida familiar ocasionadas pela queda da fecundidade que, nos últimos 40 anos, reduziu significativamente o tamanho das famílias, gerando famílias mais verticalizadas, com poucos parentes de primeiro e segundo graus. Aspectos como a postergação da nupcialidade, o aumento das famílias monoparentais, a diminuição da disponibilidade de tempo e o excesso de individualismo, geram mudanças nas relações no interior das famílias, resultando em laços cada vez mais frágeis e menos solidários. (IBGE, 2009, p. 91)

3.2. Benefícios familiares

A doutrina do Estado Providência e a política pública para proteção social dos trabalhadores considerou que o bem-estar e seus marcos-institutos elaborados por

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www.interscienceplace.org - Páginas 152 de 193 Bismarck, Beveridge e Roosevelt- para sua efetivação, deveriam estender a cobertura aos membros da família como “subsídios, abonos ou encargos familiares“. Algumas concepções compreendem que tratar-se-ía de salário social do trabalhador. Doutrinadores pátrios defensores do Direito ao Seguro Social digno (Wagner Balera, Ingo wolfang Sarlet, Luis Roberto Barroso), consideraram que a partir da Constituição Federal de 1988, a interpretação voltada para o igualitarismo e a dignidade social protegeram o direito social à família considerando-a avanço para o Estado Social e Democrático de Direito. Neste sentido, interpretação contrária violaria o conjunto de normas protetivas e cláusulas pétreas expressas no ordenamento jurídico. Do conjunto de normas, o salário-família devido ao trabalhador-segurado, sofreu um retrocesso social, ao ser grafado pela E.C. 20/98, como critério quantitativo da baixa renda para a aferição do benefício pelo segurado. Constituem prestações previdenciárias destinadas aos segurado e seus dependentes, os eventos de doença, invalidez, morte, velhice, maternidade, desemprego, salário família e auxilio reclusão, resultando nos benefícios: auxílio doença, pensão, aposentadoria, salário maternidade, seguro desemprego, salário família, auxílio reclusão.

A proteção previdenciária como foco na família é a disposta no art. 16 da Lei 8.213/1991, em classes preferenciais: o cônjuge, a companheira, o companheiro, o filho não emancipado menos de vinte e um anos ou inválido, o adotado, o enteado; os pais; o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos.

Nestes termos, há benefícios que serão devidos a esses dependentes, como a pensão por morte e o auxílio reclusão, que se destinam a proteção da família, bem como há benefícios recebidos pelos segurados que também se destinarão a proteção da família, como o salário família e o salário maternidade.

O salário-família, instituído com fundamento no art. 7°, XII, da Constituição, está disciplinado pela Lei n° 8.212, de 1991, em seus artigos 65 e seguintes. Trata-se de importância mensal, devida pelo INSS ao segurado cujos filhos sejam menores de 14 anos ou inválidos e que vivem sob sua dependência econômica, ainda que não exclusiva. (BALERA, 2002, p.28)

O salário-família é direito do segurados de baixa renda, sendo condicionada a apresentação da certidão de nascimento, apresentação anual do cartão de vacinação da criança até os sete anos e a frequência escolar a partir dos sete anos. Logo, é um benefício previdenciário atrelado a um desenvolvimento a longo prazo da

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www.interscienceplace.org - Páginas 153 de 193 população, já que relaciona com a saúde, através da vacinação e com a educação, por meio da frequência escolar. Já o salário maternidade - decorre do parto ou adoção - trata-se de benefício concedido a segurada 120 dias obrigatórios, podendo ser estendido no poder público par 180 dias.

O risco decorrente de morte do segurado, protegido pela previdência, destina-se amparar a família instituindo renda previdenciária. O direito ao benefício consiste no recebimento de 100% do salário-de-benefício para seus dependentes. Destaca-se também, o auxílio-reclusão como prestação mensal garantida aos dependentes de segurado preso. Em suma, a família é o foco da proteção do Estado Social de Direito por meio das ações integradas do poder público e da sociedade, nos termos do caput do art.194, da Constituição Federal.

4. Seguridade e previdência na Constituição Federal de 1988 – inclusão pela necessidade

A Seguridade Social se apresenta como sistema que garante por meio de políticas sociais a “libertação da necessidade”. A proteção social por se configurar como direito público subjetivo, o Estado obriga-se ao atendimento das necessidades mínimas dos cidadãos independentemente da contribuição do beneficiário. As prestações tem como fulcro um nível de prestações mínimas denominadas mínimos vitais e existenciais financiadas direita ou indiretamente por toda a sociedade cujas receitas sairão do orçamento geral do Estado.

O direito à Seguridade Social é público subjetivo, irrenunciável, inalienável e intransmissível, conforme grafa o princípio da dignidade da pessoa humana, princípio fundamental do Estado Democrático de Direito brasileiro.

Os princípios gerais da previdência social consistem na manutenção de um ingresso por motivo de perda da capacidade laborativa, seja real (via um acidente, doença ou morte), ou presumida (através do envelhecimento, desgaste por tempo de serviço ou desemprego). No entanto, a especificidade feminina em termos de sobrevivência não tem sido objeto de um tratamento diferenciado verificando uma melhora na renda previdenciária da mulher.

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www.interscienceplace.org - Páginas 154 de 193 Sistema de Seguridade Social em conjunto com as ações promotoras de saúde e de assistência social. Neste sentido, os trabalhadores são assistidos pelo sistema de seguridade social, mas enquanto segurados, contribuem de forma obrigatória e previdentemente. Os segurados se diferenciam pelo status econômico e pela natureza do trabalho, regras contidas nas Leis ns. 8.212/199, 8.213/91 e pelo Decreto 3.048/99.

A Constituição vigente no Brasil, no artigo 195, par. 8o, reconheceu e distinguiu o segurado especial dos demais segurados. O segurado especial é o trabalhador rural e o pescador artesanal que vivem em economia - de subsistência - familiar e contribuem para a Seguridade Social mediante a comercialização da produção rural, agricultura ou pecuária, e pesqueira.

Como finalidade precípua, o Sistema Previdenciário disposto no artigo 201 da Constituição vigente selecionou a cobertura dos riscos sociais e, especificamente, a proteção à velhice ou idade avançada. O legislador constituinte originário distinguiu a idade para a velhice por gênero e natureza de trabalho - aposentadoria aos 65 anos homem e 60 mulher no trabalho urbano, e aos 60 anos homem e 55 anos mulher no trabalho rural. Assim sendo, a ênfase na idade avançada foi se transformando em critério fundamental para posteriores alterações quando o sistema apresentava déficits orçamentários.

No que concerne às políticas de Assistência Social, art. 203 da Carta Constitucional, há programas não contributivos que se destinam ao atendimento da pobreza extrema, uma vez que o benefício pago em espécie equivale ao salário mínimo nacional. Na previdência social por sua vez, o benefício de menor valor também é o salário mínimo nacional.

O valor sistêmico da Seguridade Social e das garantias Previdenciárias, sugere que todos devam ser igualmente atendidos, pois trata-se de isonomia de mínimos legais, contudo os comandos legais vigentes formam direitos previdenciários e assistenciais muito distantes em padrões econômicos e sociais nacionais e globais .

A política previdenciária é questão dos pais, dos filhos, e do país. O sistema protetivo enfrenta desafios como a necessidade de inclusão dos trabalhadores informais urbanos, o reconhecimento do trabalho doméstico na respectiva moradia,

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www.interscienceplace.org - Páginas 155 de 193 não se confundindo com o trabalho doméstico remunerado realizado em residência alheia, como também com o cuidado com os doentes, os idosos e/ou as crianças da família , enfim cabe proteger e reconhecer como trabalho o denominado trabalho fantasma como direito ao Seguro Social. Estar incluído na previdência social brasileira requer ter renda, estar trabalhando e contribuindo para os Regimes Geral ou dos Servidores Públicos. Encontram-se excluídos da cobertura mínima previdenciária todos que não possuem salário, os trabalhadores informais, as donas de casa que não contribuem, os que realizam os serviços chamados fantasmas, assim como os avós que educam a terceira ou quarta geração e os cuidadores dos idosos como novo fenômeno social, o do longo envelhecimento. Os novos incluídos no seguro social após a Constituição de 1988 são aqueles que sem serem casados contraem uma relação estável, bem como os filhos adotivos e aqueles havidos ou não do casamento ou da união estável e os homoafetivos. Registramos que há outros integrantes da família a serem protegidos e que não se encontram incluídos no rol dos dependentes econômicos -presumíveis ou comprovados- do segurado. Trata-se dos membros ou familiares tais como: parentes, irmãos, pais, filhos solteiros maiores e/ou idosos que dependem-se mutuamente. Esses estão excluídos da proteção da pensão por morte.

A Constituição Brasileira, como medida de justiça, distinguiu e concedeu direitos às pensões especiais sem contribuição aos pracinhas - sobreviventes da segunda guerra mundial, aos seringueiros que trabalharam na extração da borracha na década de 1940, como também, estendeu a proteção às vítimas da talidomida, de Caruaru, do césio 137 e aos anistiados políticos.

5. Conclusão: Proteção Social – Igualitarismo

No sistema de Assistência Social o acesso aos direitos individuais depende da não cobertura previdenciária e de dois outros critérios: o da comprovação da pobreza familiar, e da deficiência ou da idade avançada comprovada. Essas políticas sociais destinam-se ao atendimento do idoso sem renda e aos inválidos desassistidos do seguro social, bem como dirigem-se às famílias comprovadamente pobres e seus dependentes menores de 14 anos a fim de que permaneçam nas escolas e fora das “ ruas” .

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www.interscienceplace.org - Páginas 156 de 193 A pobreza extrema pode ser fator de inclusão social, contudo não há exigência de que as famílias beneficiárias de políticas assistenciais façam parte de programas de formação profissional e deixem de pertencerem ao rol de famílias assistidas ingressando na previdência social como contribuintes.

Para a política social brasileira, a exclusão é a privação das necessidades físicas e/ou mentais do indivíduo, é “estar fora”, à margem, sem possibilidade de participação, seja na vida social como um todo, seja em algum de seus aspectos, é desfiliar-se, não pertencer, são os sobrantes, os sem direitos. A inclusão torna-se viável, quando os excluídos são capazes de recuperar sua dignidade e conseguem – além de emprego e renda – acesso à moradia decente, e às atividades culturais e serviços sociais, como educação, saúde e previdência social.

O sistema social concebeu a família como núcleo da proteção social. A seguridade social tem como desafio provocar o surgimento de políticas sociais mais eficazes que atinjam os distintos processos de envelhecimento expressando, por conseguinte, o conteúdo das regras contidas na Constituição Social Democrática de Direitos. É fundamental traçar políticas efetivas de inclusão social para sanar os problemas do desequilíbrio na cobertura entre gerações e gêneros.

Consideramos que o debate acerca das novas manifestações para o igualitarismo social no Sistema de Seguridade requer considerar os seguintes elementos: o fenômeno da globalização e seus impactos no trabalho; a reorganização da renda familiar; as políticas sociais e previdenciárias que incluam e valorizem o cidadão; o reconhecimento dos novos integrantes da relação econômica de mútua dependência do segurado como sujeitos de direitos previdenciários, ou seja, todos aqueles membros da família formados por laços de parentesco e afetividade que partilham da renda familiar; a revisão dos benefícios assistenciais acima do salário mínimo e pautado na necessidade individual e familiar; a cobertura previdenciária do menor sob guarda excluído do regime geral de previdência social, bem como reflexão crítica dos preceitos, valores expressos na Constituição e que (in)formam os objetivos da previdência, da assistência social, arts. 201 e 203 da CRFB, aliado aos arts.1º. e 3º., dos objetivos da República : dignidade da pessoa humana ,erradicação da pobreza , da marginalização e das desigualdades .

Preocupa os estudiosos as novas configurações familiares: parentais, monoparentais, recompostas, ou mesmo as procriações artificiais fundadas em

(18)

www.interscienceplace.org - Páginas 157 de 193 novas políticas de composição familiar. Em a Família em Desordem, a psicanalista e historiadora francesa Elisabeth Roudinesco, nos remete a um denso ambiente de formações familiares produtoras, na atualidade, de novas formas de individualização e de conflitos, que o Direito, mas especificamente, o Direito Securitário, deverá elaborar programas e políticas sociais de proteção familiar antes não previstos. Trata-se de novo desafio, a (re)composição de benefícios familiares visando a (re)definição de classes de dependentes econômicos presumidos e comprovados fundados nas famílias homoafetivas e nas famílias formadas pelos bancos de reprodução assistida.

Concluindo, a omissão do Estado Social Democrático de Direito, gerará incerteza quanto ao futuro, consolidando, por conseguinte, o retrocesso social e anticivilizatório. Por outro lado, o reconhecimento das novas organizações familiares e as redefinições das populações-alvo, objeto das políticas de proteção familiar, influenciarão as novas gerações de trabalho redefinindo, por conseguinte a família do futuro, assim como a sociedade previdenciária a ser protegida.

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