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Evolução da prevenção e combate à obesidade de crianças e jovens em Portugal ao nível do planeamento estratégico

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w w w . e l s e v i e r . p t / r p s p

Original

Evoluc¸ão

da

prevenc¸ão

e

combate

à

obesidade

de

crianc¸as

e

jovens

em

Portugal

ao

nível

do

planeamento

estratégico

André

Beja

,

Paulo

Ferrinho

e

Isabel

Craveiro

UnidadedeSaúdePúblicaInternacionaleBioestatística,CentrocolaboradordaOMSparaPolíticasePlaneamentodaForc¸adeTrabalho emSaúde,CMDT,InstitutodeHigieneeMedicinaTropical,UniversidadeNovadeLisboa,Lisboa,Portugal

informação

sobre

o

artigo

Historialdoartigo: Recebidoa20dejunhode2012 Aceitea5defevereirode2014 On-linea29demarçode2014 Palavras-chave: Obesidade Estratégiasdesaúde PlanoNacionaldeSaúde Planeamentoemsaúde Planeamentoestratégico CartaEuropeiadeLutacontraa Obesidade

Portugal

r

e

s

u

m

o

Introduc¸ão:ConsideradapelaOMScomo epidemiaglobale umdos maiores desafiosda saúdepúblicadoséculoXXI,a obesidadeéumadoenc¸acrónica commúltiplas causas, comdestaqueparaascomportamentais,nomeadamentealterac¸õesaopadrãoalimentare sedentarismo.Constituifatorderiscodeváriaspatologias,comodiabetestipo2ou cardio-vascular,contribuindoparadiminuic¸ãodaqualidadedevidadosindivíduoseaumentodos custoscomasaúde.

Oexcessodepesotemefeitosnegativosimediatosnasaúdeindividualdecrianc¸ase jovens,aumentandooriscodeapresentaremobesidadeesuascomorbilidadesnaidade adulta. Ocrescimento doproblema em idades infantojuvenise a maiorfacilidade na introduc¸ãodemudanc¸anosseuscomportamentossustentamrecomendac¸õesparauma intervenc¸ãoprioritáriajuntodestasfaixasetárias.

Diversosestudosevidenciamagravamentodoproblemanapopulac¸ãoportuguesa,sendo aprevalênciaentrecrianc¸asejovensdasmaiselevadasnaEuropa.Estefacto,associadoaos custosindividuais,sociaiseeconómicosdadoenc¸a,constituifocodeinteresseparaquem estudaossistemasdesaúde,tendo-seprocurado,comestainvestigac¸ão,compreendera evoluc¸ãodaspolíticaseestratégiasdeprevenc¸ãoecombateàobesidadeinfantiledosjovens aoníveldoplaneamentoestratégicoemPortugal.

Método:Recorrendoaumametodologiaqualitativa,fez-seaanálisedosconteúdose estru-turadeumCorpusDocumental,queincluiu,entreoutros,aEstratégiadeSaúdeparaoVirar doSéculo(1998-2002),PlanoNacionalde Saúde2004-2010 ea versãopreliminardoPNS 2012-2016,complementando-acomconsultapontualainformadores-chave.

Resultadosediscussão:Osresultadospermitemumavisãosequencialdoplaneamento estra-tégicoem Portugal emostram queao aumentode prevalênciade excessode pesona populac¸ãocorrespondeuumganhodeimportânciadoproblemanaspreocupac¸õesdas auto-ridadesdesaúde.Verifica-seaindaqueapreocupac¸ãocomoaumentodaprevalênciaem crianc¸asejovensserefletiumaistardiamentenosdocumentosestratégicos.

Autorparacorrespondência.

Correioeletrónico:andre.beja@gmail.com(A.Beja).

0870-9025/$–seefrontmatter©2012EscolaNacionaldeSaúdePública.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todososdireitosreservados. http://dx.doi.org/10.1016/j.rpsp.2014.02.003

(2)

Conclui-setambémqueoassumirdoproblemaenquantoprioridadepolíticasurgeapós aaprovac¸ãodaCartaEuropeiadeLutaContraaObesidade,dequePortugalésignatário,sendo possívelestabelecercorrespondênciaentreosprincípiosdestedocumentoeasorientac¸ões estratégicasdoPNS2012-2016.

©2012EscolaNacionaldeSaúdePública.PublicadoporElsevierEspaña,S.L.Todosos direitosreservados.

Prevention

and

battle

against

obesity

in

children

and

youngsters

at

a

strategic

planning

level

and

their

evolution

in

Portugal

Keywords:

Obesity

Healthstrategies NationalHealthPlan Healthplanning Strategicplanning EuropeanCharteron CounteractingObesity Portugal

a

b

s

t

r

a

c

t

Introduction: ConsideredbyWHOasaglobalepidemicandoneofthegreatestpublichealth challengesofthetwenty-firstcentury,Obesityisachronicdiseasewithmultiplecauses, especiallybehaviouralchangeslikedietarychangesandsedentarylifestyle.Itisarisk fac-torforotherconditions,suchasdiabetesorcardiovasculardiseases,associatedwiththe decreaseoflifequalityofindividualandtheincreaseofhealthcosts.

Overweighthasimmediatenegativeeffectsonindividualhealthofyoungpeople, incre-asingtheriskofObesityanditsco-morbiditiesintheiradultage.Thefactofbeingagrowing problemamongchildrenandyouth,coupledwitharelativelyhighpermeabilityofmembers oftheseagegroupstobehavioralchangesisatthebasisofrecommendationstoapriority interventionwiththesegroups.

SeveralstudiesshowthattheproblemisgrowingamongthePortuguesepopulation, beingtheprevalenceamongchildrenandyouthoneofthehighestinEurope.Thisfact, togetherwiththeindividual,socialandeconomicburdenofthedisease,isofinterestto thosewhostudytheevolutionofhealthsystems.Withthisinvestigation,wetriedto unders-tandtheevolutionofpoliciesandstrategiesforpreventingandcombatingObesityamong childrenandyoungpeopleatstrategicmanagementlevelinPortugal.

Method: Withaqualitativemethodology,weanalyzedthesemanticandcontentofasetof documents,includingtheHealthStrategy(1998-2002),theNationalHealthPlan2004-2010and thedraftoftheNationalHealthPlan2012-2016,complementingitwithadhocquerywithkey informants.

Resultsanddiscussion:OurresultspermitoneoverviewofstrategicplanninginPortugaland showthattheincreasingconcernofPortuguesehealthauthoritieswiththegrowingimpact ofObesityinthepopulation.Howevertheconcernwithitsincreaseamongchildrenand youngpeoplerisenlaterinthestrategicdocuments.

Weestablishedthattheproblembecameapoliticalpriorityaftertheapprovalofthe

EuropeanCharteronCounteractingObesity,ofwhichPortugalisasignatorymember,andit’s possibletofindacorrespondencebetweentheprinciplesoftheEuropeanCharterandthe strategicguidelinesoftheNationalHealthPlan2012-2016.

©2012EscolaNacionaldeSaúdePública.PublishedbyElsevierEspaña,S.L.Allrights reserved.

Introduc¸ão

A obesidade é um grave problema de saúde nos paí-sesdesenvolvidoseemdesenvolvimento,consideradopela Organizac¸ãoMundialde Saúde (OMS), em1997, como epi-demiadeescalaglobaleumdosmaioresdesafiosdasaúde públicadoiníciodoséculoXXI1.Desdeentãoqueseassiste

àmobilizac¸ãocrescentederecursoseesforc¸osde responsá-veispolíticos,autoridadeseprofissionaisdesaúdeeeducac¸ão, sociedade civil e comunidade científica, para conhecê-lo e enfrentá-lomelhor.

EmPortugal,estudosdediversosespecialistaseos resulta-dosdo4.◦InquéritoNacionaldeSaúde(2005/2006)2confirmam

ocrescimentodaobesidadeentreadultos3,enquantooutros

indicadores apontamparaumadasmaiselevadastaxas de prevalênciaentrecrianc¸asejovensaoníveldaEuropa4.

Élargamenteaceitequeaobesidadeéoriginadapelo dese-quilíbrioenergéticoresultantedeumaportemuitosuperioràs necessidadesorgânicas,numperíododetempoprolongado5.

Este balanc¸o energético positivo tem múltiplas causasque interagemesepotenciam:osfatoresinternos,comogenética oufisiologia,eosexternos,ligadosàinter-relac¸ãodoindivíduo comasociedade.

Os fatores externos sãoconsiderados determinantes no aumento da incidência eprevalência da obesidade6. Entre

estes,destacam-seasmudanc¸asdosestilosdevida,taiscomo alterac¸õesdopadrãoalimentar–maiorconsumodehidratos decarbonoelípidos,reduc¸ãodoconsumodecálciooumenor qualidadedosnutrientes–eaumentodosedentarismo5.

(3)

Além de doenc¸a crónica,a obesidade constituifator de risco para outraspatologias, tais como hipertensão, diabe-testipo2,litíasevesicular,doenc¸ascardiovasculares,certos tiposdecancroeproblemaspsicossociais,aumentando tam-bémoriscodedislipidemia,insulinorresistência,problemas respiratórios,osteoarticulares,hormonais,entreoutros, con-tribuindoemlargaescalaparaadiminuic¸ãodaqualidadede vidadeadultos,crianc¸asejovens7.Estesfactosoriginam

ele-vadoscustosdiretoseindiretoscomasaúdeeconsideráveis perdaseconómicas8,9.

Paracrianc¸asejovensemparticular,aobesidadenãosó representaumriscoacrescidonodesenvolvimentocadavez maisprecocededoenc¸asnãotransmissíveis,comoseafigura precursoradeobesidadenaidadeadulta,calculando-seque cercade60%dascrianc¸asqueapresentamexcessodepeso antesdapuberdadepoderãoapresentarexcessodepesonuma idadeadultajovem7.

A origem multifatorial da obesidade sugere que a prevenc¸ão se deve centrar nas escolhas e comportamen-tosindividuais e também nos fatoressociaise ambientais que os influenciam, incidindo emvários níveis, do indivi-dualaoglobal,pelaconjugac¸ãodeestratégiasprovenientesde organizac¸õesinternacionaiscominiciativaslocaisou comuni-táriasenacionais10.

Defendida por vários especialistas e organizac¸ões, a prevenc¸ão centrada nas crianc¸as e jovens justifica-se pela maiorfacilidadedeintervenc¸ãojuntodestasfaixasetárias, tanto em ambientefamiliar como na escola e servic¸osde saúde,de modoainfluenciara suaalimentac¸ãoepadrões deatividadee,porconsequência,oseudesenvolvimento.Por outrolado,verifica-seumamaiordificuldadedosadultosem perderpeso5.

Em2002,aInternationalObesityTaskForcealertavapara ofactodaobesidadeseestaratornarnumaameac¸adiretaàs crianc¸asdaEuropa6.Noanoseguinte,aFAO/OMSenfatizava

aprevenc¸ãoprioritáriajuntodecrianc¸asejovens,apontando umconjuntodeestratégiasnessesentido11.

Em2006tevelugaraconferênciadaOMS-Europasobrea lutacontraaobesidade,daqualresultouumcompromisso políticoeumapropostaestratégicaparaprevenc¸ão,combate etratamento da obesidade,com especial destaquepara as crianc¸as,vertidosnaCartaEuropeiadeLutaContraaObesidade12. Agéneseeconteúdodestedocumento,quePortugal subscre-veu,tornam-nonumquadrodereferênciaparaossistemasde saúde,orientadordapolíticaeintervenc¸ãosobreoproblema. EmPortugal,aLeideBasesdaSaúde13determinaqueéao

Governoquecompeteformularapolíticadesaúde(BaseVI, Art.◦ 1.),cabendoaoMinistérioda Saúde,emcoordenac¸ão

comosministériosquetutelamáreasconexas,proporasua definic¸ão, promover e vigiar a respetiva implementac¸ão e execuc¸ão(BaseVI,Art.◦2.).

Apolíticade saúde,enquanto conjuntodevalores, fina-lidadesepreferências,numdomíniode maiorabrangência e de menor especificidade14, é clarificada no Programa de

Governo15,sendodesdobradas,atravésdoplaneamentoem

saúde,emestratégiasdesaúde,aslinhasde«atuac¸ãoseletiva

paraalcanc¸ar,atingirasmetaseosobjetivos»16.

Com a elaborac¸ão da Estratégia de Saúde Para o Virar do Século(1998-2002)16,quedenominaremoscomoEstratégia,o planeamentoemsaúdeemPortugalassumiuumcaráterde

planeamentoestratégico17,quesepodedefinircomoo

pro-cessoatravésdoqualseestabelecemprioridadesacordadas e uma orientac¸ão para o sector, dando-lhe uma direc¸ão e continuidade,equetememcontaoslimitesdefinidospelos recursos existenteseos contextos político, social,cultural, institucional, financeiro,económicoeinternacionalemque ocorre18.Estescontextosestãointerligados,influenciando-se

mutuamenteereagindoàsalterac¸õesquenelespossam ocor-rer.

Pelasimplicac¸õesparaindivíduosecomunidade,aelevada incidênciaeprevalênciadaobesidadeemPortugalconstitui umfocodeinteresseparaquemestudaaevoluc¸ãodos sis-temasdesaúdeeasrespostasqueasautoridadestêmvindo apreconizar.Assim,esteartigotemporobjetivofazeruma retrospetivadaspolíticaseprincipaisestratégiasdeprevenc¸ão ecombateàpré-obesidadeeobesidadeinfantiledosjovens implementadasaoabrigodaEstratégiaedoPlanoNacional de Saúde 2004-201019,20, procurando compreender em que

medidaéqueestasinfluenciamasopc¸õesinscritasnaversão preliminardoPNS2012-2016.

Material

e

métodos

Ainvestigac¸ãoassentounumametodologiaqualitativa,coma realizac¸ãodeumestudodecaso,procurandoacompreensão deumfenómenoatualnoseucontextoreal21.

Focando-nos num fenómeno particular – a resposta preconizadapelasautoridadesdesaúdeportuguesasà pro-blemáticadaobesidadeinfantiledosjovens–procurámos, pela descric¸ão da suaevoluc¸ão num determinado período detempo,asuacompreensãoglobal,recorrendoapesquisa documentaldefontesescritasoficiais,complementadacom consultaaumconjuntode10informadores-chave.

O contributo destes informadores foi o de facilitar documentac¸ão, esclarecer dúvidas sobre os documentos estratégicosesugeriroutrosinformadoresacontactar.Asua selec¸ão foiorientada portécnicasde amostragemnão pro-babilística: partindo de um grupoinicial de especialistase responsáveisenvolvidosnoprocessodeplaneamento, cons-tituído de forma criteriosa e de conveniência, o conjunto de informadoresfoiexpandidoporboladeneve22.

Aconstituic¸ãodoCorpusDocumentalparaanálisepartiuda leitura geraldosdocumentosestratégicos edaconsulta de

sitesemicrositesoficiais–Governo,ACS,DGS,PNS2011-2016 ePlataformaContraaObesidade–abarcandotextos mencio-nadosnestasfontesesugestõesdosinformadores.Aselec¸ão finalatendeuacritériosdeexaustividade,homogeneidadee per-tinência,sendo compostapormeiacentenadedocumentos, posteriormenteanalisadosquantoàestrutura,semânticae conteúdos,demodoaobterumavisãoamplaesistematizada decadaum23.

Paraanálisesemântica,foiconstruídaumagrelhade aná-lise com3categorias,definidasnoprocesso depré-análise, correspondentesaoproblemaea2dassuasprincipaiscausas –obesidade,alimentac¸ãoeatividadefísica–,sendo-lhes agre-gadoumconjuntodesubcategoriascomelasrelacionadas.

Agrelhadeanálisedeestrutura,aplicadaaos documen-tosmaisrelevanteseadaptadaàssuascaracterísticas,incidiu naorganizac¸ãoeconteúdos,emparticularnaidentificac¸ãoe

(4)

caracterizac¸ãodaobesidadeeobesidadeinfantil,propostasde estratégias,recomendac¸õesouac¸õesparalheresponder.

Aaplicac¸ãodestasgrelhasteveaindaumafunc¸ão explo-ratória, permitindo eliminar alguns textos inicialmente considerados.

Alémdedocumentosemsuportepapeledigital,omaterial utilizadonainvestigac¸ãocompreendeusoftwareparaedic¸ão detextoepesquisaeedic¸ãoemficheirosPDF(MSWord2003e

AdobeAcrobat7.0Professional).

Resultados

SaúdeumCompromisso:AEstratégiadeSaúdeparao

VirardoSéculo(1998-2002)

AEstratégiadeSaúdeparaoVirardoSéculo(1998-2002)éumdos resultadosvisíveisdoconjuntodereformasquemarcaramo ciclopolíticoiniciadonaseleic¸õeslegislativasde1995. Esta-belecendocomomissãodosistemadesaúdeaobtenc¸ãode ganhosemsaúde,aEstratégiapropõeumanovapolíticapara osectorevisaser«umquadrodereferêncianacionalapartirdo

qualénecessárioestabelecerprioridadesregionaiselocais,deacordo comcadasituac¸ãoespecífica»16.Focadanosprincipaisproblemas

desaúdedapopulac¸ão,apresentaobjetivosgerais,metasa5 anos,horizontesqualitativosa10anoseorientac¸õesdeac¸ão paralhesresponder.

Peseasuaabordageminovadora,aEstratégianãorecolheu consensopolíticonecessárioàsuaprossecuc¸ão24,tendosido

abandonadapoucotempodepoisdaapresentac¸ãopúblicado documentofinal.Noentanto,continuouaservircomoguiade atuac¸ãodasautoridadesregionaiseservic¸osdesaúde25.

QuandoaEstratégiafoielaborada,amudanc¸anospadrões nutricionais e de atividade física da populac¸ão era já preocupac¸ãodasautoridadesdesaúde26.Noentanto,a

obe-sidadenãoestáquantificadanemconsideradanosproblemas prioritáriosda populac¸ão:da análiseàsemânticae conteú-dosdodocumento,conclui-sequeexisteapenasumamenc¸ão aoproblema,relativaaosobesosenquantogrupoderiscoda diabetesmellitus.

Considerando a perspetiva intersectorial da Estratégia, umaanáliseàssuas27áreasdeintervenc¸ãoprioritária per-miteidentificar,em11delas,horizontes,metas,objetivose orientac¸õesdeac¸ãoquepodemcontribuirparacombatere preveniroproblemajunto decrianc¸asejovens, poisvisam algumascausasdaobesidade,comoalimentac¸ãoeatividade física,propondomelhorianavigilânciadesaúde,reforc¸ode conhecimentosdosindivíduosoucapacitac¸ãodeprofessores, profissionaisdesaúdeerespetivasequipas.

NorelatórioGanhosdeSaúdeemPortugal,querefletesobre algunsdosdomínios abordadosnaEstratégia,o excessode pesoéapontadocomoumproblemadosadolescentesque,a pardasmorbilidadesassociadas,carecedeindicadores atua-lizadosparaavaliac¸ão,recomendando-seoreforc¸o«daagenda

paraasaúdedosportugueses»noquerespeitaadietaeatividade física25.

PlanoNacionaldeSaúde2004-2010

Apresentadocomoalavancacom«orientac¸õesestratégicas

des-tinadasasustentar-política,técnicaefinanceiramente-oSistema

Nacionalde Saúde»19,oPNS 2004-2010assumecontinuidade

com a Estratégia, sendo balizado pelo conhecimento exis-tentesobreasituac¸ãodasaúde,evidênciaeorientac¸õesde organizac¸õescomoaUniãoEuropeia,OMSouOCDE27.

Construído através deumametodologia consultivaede debatepúblico,oPlanofoiimplementado,monitorizadoe sub-metidoaavaliac¸ão,tendotodoesteprocessoservidodebase aociclodeplaneamentoqueseiniciouem200928.

O estadode saúdeda populac¸ãoédescrito apartirdos indicadoresdisponíveis,utilizados,juntamentecomos resul-tadosdaconsultapúblicaedosdebatespreparatórios,para estabelecerprioridadesdeintervenc¸ão.

A obesidade é considerada um «enorme problema de

saúde pública»20, sendo apresentados indicadores de preva-lência nasfases do ciclo de vida correspondentes à idade adulta, bem como metas de reduc¸ão dos mesmos até 2010.Prevê-seaindamonitorizac¸ãodoshábitosdeatividade física/sedentarismo.

As alterac¸õesdopadrão nutricionale adiminuic¸ão dos índicesdeatividadefísicasãoidentificadascomofatoresde riscodepatologiacrónicaeépropostaumaintervenc¸ão trans-versalpreventiva,centradanapromoc¸ãodasaúde,curativa e degestão da doenc¸a,abrangendovários sectores(saúde, social, alimentar, educac¸ão ecultural), através de um pro-gramanacionalespecífico.

Estastemáticassãoaindaapontadascomoimportantesno quadrodacooperac¸ãotécnicanodomíniodasaúdecomvários organismosinternacionais,recomendando-seoseureforc¸o.

Não existem,noentanto,referências aobesidade infan-tiledosjovens,nemquantificac¸ãodoproblema.Constata-se aumentodosedentarismoedesequilíbriosnutricionaisnos jovens, admitindo-selimitac¸ão dosindicadores disponíveis paraaavaliac¸ãodamorbilidadeassociadaaobesidade, buli-mia,anorexia.

Arespostaaosprincipaisproblemasdesaúde identifica-dosnoPlanopassoupelaelaborac¸ãodeprogramasnacionais (ourevisãodosexistentes),tendosidoconcretizados22dos 40previstos29.Entreestes,analisámosoProgramaNacional

deLutaContraaObesidade(PNLCO),osdeSaúdedosJovense SaúdeEscolar,e,entreosrestantes,os7ondeseidentificaram referênciasàproblemática:PlanoNacionaldeAc¸ãoAmbiente eSaúdeeProgramasNacionaisdePromoc¸ãodaSaúdeOral; Prevenc¸ãoeControlodasDoenc¸asOncológicas;Prevenc¸ãoe ControlodasDoenc¸asCardiovasculares;Prevenc¸ãoeControlo daDiabetes;ContraasDoenc¸asReumáticas;Intervenc¸ão Inte-grada sobreDeterminantes da Saúde Relacionadoscom os EstilosdeVida.

OsobjetivosespecíficosdoPNLCOapontamparaareduc¸ão da proporc¸ãode indivíduoscom excessode pesoemtodos osgruposetários.Emborasereconhec¸aaelevadaprevalência entrecrianc¸asejovens,comdisparidadesregionais,étnicase decondic¸ãosocialnasuadistribuic¸ão,estesnãofiguramentre gruposde riscoidentificados.As23 Estratégiasinscritasno documentoservemaprevenc¸ãoecombateàobesidadeentre crianc¸asejovens,sendo3delasparticularmentedirigidasa estesgrupos30.

O PNLCOfoi extintoem2008, comintegrac¸ão das com-petências de prevenc¸ão secundária/terciáriana Plataforma ContraaObesidadeeenquadramentodotratamentocirúrgico numacomissãocriadaparaoefeito.

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APlataformasurgeparaconcretizarosobjetivosdaCarta EuropeiadeLutaContraaObesidadeeéapresentadacomo «medidaestratégica,assumidapoliticamenteanívelnacional, quevisacriarsinergiasintersectoriais,anívelgovernamental edasociedadecivil»31.Assumeexplicitamenteaprevenc¸ãoe

combateàobesidadecomoprioridadepolíticae,atravésdos objetivoseestratégiaspropostos,valorizaumaintervenc¸ão direcionadaaosmaisjovens.

Nosrestantes 7programas, obesidade, comportamentos alimentares ou sedentarismo são apontados como fatores derisco, não seidentificandoumarelac¸ãoentre os propó-sitos de cada um destes documentos com a necessidade deprevenc¸ão ecombateà obesidadeinfantil edosjovens. Apenaso programa de combateàsdoenc¸as cardiovascula-rescontemplaintervenc¸õespreventivasjuntodestesgrupos, nomeadamentealterac¸ãodehábitosalimentaresecombate aosedentarismo32.

Todos estes programas apresentam medidas que, não sendodirigidasaoproblemaouaestesgrupos,podem con-tribuir para este desígnio, tais como alterac¸ão da oferta alimentar,intervenc¸ões nomeio, melhorianavigilânciade saúdeerespostadosservic¸os,capacitac¸ãodeindivíduos, pro-fissionaisdesaúde ouprofessoresoupromoc¸ãode melhor conhecimentoepidemiológico.

PlanoNacionaldeSaúde2012-2016

Dando seguimento à orientac¸ão governamental para elaborac¸ão de um novo Plano «orientado no sentido de uma

priorizac¸ãoclara dasintervenc¸ões, combase naevidênciaacerca do que gera mais ganhos em saúde»33, o Alto Comissariado daSaúdedeuinícioàconstruc¸ãodoPNS2011-201634,mais

tardedesignadocomoPNS2012-2016emvirtudedeatrasos ocorridosnasuaelaborac¸ão.

Em junho de 2011, um ano após a data prevista, foi anunciada a discussão pública deste Plano35, estando

dis-poníveisparaconsultavárioscapítulosdoprimeirovolume,

Estratégias para a Saúde, eapenas umcapítulo dosegundo volume,Operacionalizac¸ãodoPlanoNacionaldeSaúde.Quando estainvestigac¸ãofoirealizada,aversãodefinitivaaindanão eraconhecida,peloquenoscentrámosnaversãopreliminar enoseuprocessopreparatório.

NonovoPlano,aobesidadeéconsideradariscodesaúde públicaefatorderiscoparaumconjuntodepatologiasem adultosecrianc¸as.Constata-seaumentodaprevalênciaentre adultos,comassimetriasnadistribuic¸ãoregional36,não

exis-tindodadosdeprevalênciaparamenoresde18anos. Oproblemanãofiguraentreasprioridadesdeintervenc¸ão nacional.Noentanto,poderáviraserconsideradocomotal nosPlanosRegionaisdeSaúde,previstosnoPNSequedeverão estabelecerumquadroregionaldeprioridades37.

Emboraaobesidadesejavalorizadanasdiversasfasesdo ciclodevidadosindivíduos,sónafaseCrescercomSeguranc¸a

(períodoentreos 29 dias e9anos de idade) seexplicita a necessidadede umaintervenc¸ão direcionada aoproblema. Nasrestantesfasessãodefinidasáreasdeintervenc¸ãoque, nãovisandodiretamenteoproblema,interferemcomassuas causas.

Paramonitorizaraevoluc¸ãodaprevalênciadoexcessode peso,propõe-seamanutenc¸ãodoquadrodeindicadoresdo

PNS2004/2010,alargando-oàscrianc¸asde6e13anos.Nãofoi divulgadaprevisãodasmetasaalcanc¸arem2016.

O quadro de ac¸ões e recomendac¸ões para

operacionalizac¸ão do Plano não foi disponibilizado. No entanto,face àvalorizac¸ãodoproblemaaolongodo docu-mento, comreferências àPlataforma ContraaObesidade– emboraaCartaEuropeianãofigurenoquadrolegal,normativo, regulamentar e estratégico apresentado –, aos programas deSaúdeEscolar,aosprojetosdeCidadesSaudáveise Esco-las Promotoras de Saúde, como exemplode intervenc¸ãoa desenvolver,eperanteaorientac¸ãoeevidênciaformuladas paraosEixosEstratégicoseObjetivosparaoSistemadeSaúdedo documento,abrem-seperspetivasparaumquadrodeac¸ões querespondadiretaouindiretamenteaoproblema.

Estaperspetivaéreforc¸adaporumconjuntodereflexões e propostasfeitas durante o processo de planeamento, no âmbitodasAnálisesEspecializadasedosContributosenviados porentidades,organizac¸ões,especialistasecidadãos,que,a seremacolhidas,poderãoviraterimpactopositivosobreo problemaesuascausas.

Entre estas propostas, destacamos a adoc¸ão de boas práticasimplementadasnoutrospaíses,atribuic¸ãode respon-sabilidadeemeiosparaumaintervenc¸ãodirigidaaoproblema esuascausasaoníveldoscuidadosprimários, reforc¸odas estratégias locaisde saúdee de iniciativasque promovam saúdeemtodasaspolíticas,cidadaniaemsaúdeouequidade noacessoeapromoc¸ãodasaúdeeatividadefísicaemmeio urbanopelaalterac¸ãodosinstrumentosdeordenamentodo território.

Discussão

Estainvestigac¸ãopermitiu-nosumaperspetivasequencialdo processo de planeamentoestratégicoemPortugal edasua evoluc¸ãonumcontextodemudanc¸aeinfluenciadoporvários fatores18,bemcomoumavisãocontextualizadadas

princi-paisestratégiasdeprevenc¸ãoecombateàobesidadeinfantil edosjovenspensadasaesteníveldeplaneamento.A discus-sãofar-se-áemtornodestesaspetos,focandoaindaalgumas dificuldadeseaspetoscríticosidentificadosduranteoestudo. Apesar das diferenc¸asde concec¸ão, aconcretizac¸ão das orientac¸õespolítico-ideológicasqueenquadramapolíticade saúde que está por detrás dos 3 documentos estratégicos traduz-senuma perspetiva comumde obtenc¸ãodeganhos emsaúde,espelhandoaevoluc¸ãoematurac¸ãodasociedade portuguesaedopróprioSNS.

Os3documentospropõemumavisãoedirec¸ãoparao sis-temadesaúde38,identificando-seumalinhadecontinuidade

indiciadoradeconsistênciaassociadaaoplaneamento39.

Par-temdoconhecimentoexistentesobreasaúdedapopulac¸ão para consensualizar prioridades, procuram ter em conta as características, necessidades e recursos do sistema de saúdeesãoalinhadoscom aevidência,orientac¸õeseboas práticas internacionais. Estas características, bem como a integrac¸ãodemúltiplosatoresnoplaneamento,refletemuma preocupac¸ãodeancorarestesprocessosnarealidadee con-textosemquedecorram18,38.

Embora sem estatuto de prioridade em nenhum dos 3 documentosestratégicos,aobesidadefoisendogradualmente

(6)

reconhecidacomoproblemadesaúdeemPortugal.Aatenc¸ão crescentedadaaoproblemanosdocumentoseapreocupac¸ão cadavezmaisexplícitacomanecessidadederespostas espe-lhamesteganhodeimportância.

Contemporâneada classificac¸ão da obesidade enquanto epidemiaglobal,aEstratégianãoreferenciaoproblema.No entanto,existemnodocumentometas,objetivoseorientac¸ões deac¸ãoquepodemcontribuirparacombatereprevenira obe-sidadejuntodecrianc¸asejovens,bemcomodeadultos,pois visamumaintervenc¸ãosobrealgumasdassuascausas.

NoPNS2004-2010,aobesidadeéjáconsideradacomo pro-blema de saúdepública, não estando incluídanas 5áreas prioritáriasdeintervenc¸ãopropostas,sendovalorizadamais comofatorriscoeatécomodeterminantedasaúde,doque enquantodoenc¸aemsi40.

À datada elaborac¸ão deste plano, existiamorientac¸ões internacionaispara umaintervenc¸ão de prevenc¸ão e com-bateaoexcessodepesocentradanasidadesinfantojuvenis. No entanto, e embora estivesse descrito um aumento da prevalênciana populac¸ão portuguesa adulta, poucos eram os dados de prevalência em crianc¸as e jovens3, facto que

podeexplicarumamenoratenc¸ãodadaàquestãoea ine-xistênciadeumquadrode indicadoresparaacompanhar a evoluc¸ãonestesgruposetários.Aindaassim,épossível iden-tificarintervenc¸õesvisandoumaac¸ãopositivasobrealgumas dascausasdoproblemaem10dos22programasnacionais entãoelaborados.

OPNS 2012-2016surgenumcontextodeumaprioridade política de prevenc¸ão e combate ao problema, assumida em2007com acriac¸ão da Plataforma ContraaObesidade, existindoumconhecimentomaisalargadosobrea prevalên-cianapopulac¸ãoportuguesa, fruto dodesenvolvimentoda investigac¸ão.

Emboraa obesidade não seja apontada como problema prioritário na versão preliminar do Plano, verifica-se um alinhamento com os princípios da Carta Europeia, nome-adamente uma maior preocupac¸ão com o aumento da prevalência, emparticular nas idades infantojuvenis, refe-rênciasànecessidade deumaintervenc¸ão direcionadae a adoc¸ãodeindicadoresparaavaliaremonitorizaraevoluc¸ão do problema entre os mais jovens. Quando realizámos a investigac¸ão,estaintervenc¸ãodirecionadaaindanãoestava definida, existindo um acervo de propostas para a sua concretizac¸ão.

Osprincipais resultados deste estudo, bemcomo a dis-cussãoquedeleséfeitanesteartigo,validam apertinência da abordagem à problemática escolhida e da metodologia utilizada, permitindo-nos alcanc¸ar o objetivo proposto na investigac¸ão.

A aplicac¸ão de metodologias qualitativas no campo da ciência tem sidoalvo de reflexão de váriosautores, pois a inexistênciademensurac¸ãoquantitativadosfenómenos difi-cultaaavaliac¸ãodosresultadosquantoàsuavalidade,ouseja, àcorrespondênciacom arealidade,e àsuafiabilidade,que serátantomaiorquantomaiorforapossibilidadedeserem idênticossehouverumarepetic¸ãodoestudo21.

Tratando-se de uma investigac¸ão baseada na análise documental, confrontámo-nos permanentemente com a necessidadedefazer prevalecerorigorda técnicaea obje-tividadeaosjuízos,valoreseideiaspré-concebidasdequem

investiga. Esta dificuldade constitui-se como um desafio que consideramos bem-sucedido, estando a validade e a fiabilidadedoestudoasseguradaspelaclarificac¸ão dos pro-cedimentosdeselec¸ãodoCorpusdocumentaledoprocesso deanáliserealizado.

Duranteotrabalhodeanálisefoipossívelidentificarum conjuntoassinaláveldeintervenc¸õesnaáreadaprevenc¸ãoe combateàobesidade,promovidaspororganizac¸õesda soci-edadecivil,especialistas,escolas,universidades,servic¸osde saúdeouentidadeslocaiseregionais,numclarosinaldeque, apesardoproblemanãoter estatutodeprioridade,existem respostasorganizadaseexperiências detrabalhoconcretas sobreasquaisvaleráapenarefletir.Estasrealidadesnãotêm expressãosignificativanosresultadosapresentados,umavez queainvestigac¸ãosecentrounasrespostasaoníveldo pla-neamentoestratégicoemsaúde,econstituem-secomouma hipótesedetrabalhocientíficofuturo.

ÉaindadereferirqueaanálisedoPNS2012-2016ficou limi-tadapelofactode,àdatadetermodainvestigac¸ão(novembro de2011),aversãopostaàdiscussãopúblicaestarincompleta. Aindaassim,tendoaversãofinaldoPNSsidopublicadaapós submissãodesteartigo,masantesdasuarevisãofinal,foi pos-sívelumabreveabordagemaodocumento,confirmando-sea generalidadedosresultadosaquienunciados.

Conclusão

A análise à abordagem da obesidade feita na Estratégia, PNS 2004-2010 e na versão preliminar do PNS 2012-2016, permiteconcluirque,emborasemganhar estatutode prio-ridade,oproblematemvindoaganharimportânciaentreas preocupac¸õesdasautoridadesdesaúdeemPortugal, expres-sasaoníveldoplaneamentoestratégico.Omesmoseconclui sobreaimportânciadadaaoaumentoda prevalênciaentre crianc¸asejovenseànecessidadedeintervenc¸ãoespecífica junto destas faixasetárias, verificando-se, noentanto, que estepercursotemsidomaislento.

Pode ainda concluir-se que a inexistência de uma preocupac¸ãoformalcomaobesidadeinfantiledosjovens,no sentidodasuapriorizac¸ãoenquantoproblema,nãolimitouas respostasaomesmo,poisexistiamconhecimentoerecursos paraimpulsioná-las.

Noentanto,asubscric¸ãodaCartaEuropeiadeLutaContra aObesidadepelogovernoportuguêsdeterminouoassumirde umaprioridadepolítica,verificando-sequeaexistênciadeum referencialdelideranc¸aeac¸ão41deuumanovadimensãoao

problema,sendopossívelestabelecercorrespondênciaentre osseusprincípioseasorientac¸õesestratégicasdoPNS 2012-2016.

Conflito

de

interesses

Osautoresdeclaramnãohaverconflitodeinteresses.

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