• Nenhum resultado encontrado

“EU NEM SEI O QUE É UM BADEJO EM PORTUGUÊS!”

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "“EU NEM SEI O QUE É UM BADEJO EM PORTUGUÊS!”"

Copied!
2
0
0

Texto

(1)

“EU NEM SEI O QUE É UM BADEJO EM PORTUGUÊS!”

Gisela Soares Teresa Pataco

Instituto Politécnico do Porto - Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão – CIGLA Portugal

giselasoares@eu.ipp.pt tpataco@eu.ipp.pt

Olhar crítico sobre a aquisição de vocabulário para a indústria hoteleira no âmbito do primeiro ano da licenciatura em Gestão e Administração Hoteleira, esta comunicação discute a metodologia utilizada numa disciplina de língua inglesa para fins específicos, onde se abordam, em articulação com uma das disciplinas nucleares, conteúdos relacionados com as atividades operacionais da indústria da restauração e catering. Considerado o volume de léxico especializado que se espera que os aprendentes venham a dominar e ainda que pareçam considerar o seu domínio o melhor indicador de proficiência linguística, os primeiranistas revelam não ter ainda desenvolvido estratégias que lhes permitam adquirir de forma auto- regulada e autónoma o léxico da indústria em que pretendem inserir-se, confiando no docente para selecionar, explicar, traduzir ou definir “todas as palavras importantes” que pensam virão a ser-lhes úteis. Partindo da premissa que importa contrariar esta tendência, tem vindo a ser adotada uma estratégia com resultados satisfatórios, manifestos nas taxas de aprovação rondando os 80%, ao longo dos últimos cinco anos, assente, paralelamente, no desenvolvimento de atividades de cunho mais tradicional, desenhadas para suportar a evolução da aprendizagem (scaffolding), por exemplo, com trabalho sobre variados inputs linguísticos que permita o desenvolvimento das quatro macro-competências, associado à atenção à forma (focus on form) e ao desenvolvimento do léxico, associado a uma orientação task-based, atualizada na realização de um projeto interdisciplinar, intitulado TV cooking show.

Da análise qualitativa da metodologia, dos seus resultados, e da revisão da literatura disponível, podemos concluir que, sendo simultaneamente um desafio para docentes e discentes, esta orientação parece potenciar a autonomia dos estudantes, no que respeita à identificação, organização e apropriação do léxico, bem como no desenvolvimento de competências de pesquisa, organização e auto-avaliação, ainda que seja possível identificar nos estudantes posteriores dificuldades na transferência destas competências para outras unidades curriculares de língua inglesa.

Palavras-chave: LSP, CLIL, Metodologia, Desenvolvimento Vocabular, Hotelaria e Restauração

(2)

Notas biográficas

Gisela Soares é docente de Inglês e de Francês para fins específicos na Escola Superior de Estudos Industriais e de Gestão, Instituto Politécnico do Porto, desde 1996. Foi docente de Interpretação e de Tradução Consecutiva no Instituto Superior de Assistentes e Intérpretes, hoje Instituto Superior de Administração e Gestão, no Porto, de 1993 a 1999 e Intérprete de Conferência e Tradutora de 1992 a 2001. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, Estudos Franceses e Ingleses e Mestre em Estudos de Tradução pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Obteve o Diploma de Estudos Superiores Especializados em Interpretação e Tradução Simultânea pelo Instituto Superior de Assistentes e Intérprete e concluiu o ano curricular do programa Doutoral em Didática e Formação, ramo de Avaliação e Qualidade em Educação da Universidade de Aveiro, encontrando-se presentemente a desenvolver investigação na área da auto-regulação da aprendizagem dos estudantes no Ensino Superior.

Teresa Pataco concluiu o Curso de Doutoramento em Linguística, na especialidade de Lexicologia, Lexicografia e Terminologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da UNL, estando neste momento a desenvolver a tese na área da terminologia e harmonização linguística para o Enoturismo. Fez uma pós-graduação em Tradução para Legendagem no Instituto Superior de Assistentes e Intérpretes do Porto (2003), o Mestrado em Tradução na Faculdade de Letras da UP (1999) e licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Ingleses e Alemães, ramo de Tradução (1995). Para além de vários trabalhos de tradução enquanto freelance (desde 1995) e ao serviço da empresa Star Lusitana, lecciona Inglês para Fins Específicos desde 1997, no Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG) e no Instituto Politécnico do Porto (ESEIG e ISCAP), nas licenciaturas de Turismo, Gestão, Gestão e Administração Hoteleira, Gestão de Atividades Turísticas, entre outros.

Referências

Documentos relacionados

Diversos autores defendem que a utilização da história e filosofia da ciência (HFC) no ensino de ciências possibilite inúmeros benefícios pedagógicos, co mo favorecer para

17 CORTE IDH. Caso Castañeda Gutman vs.. restrição ao lançamento de uma candidatura a cargo político pode demandar o enfrentamento de temas de ordem histórica, social e política

Ventilador centrífugo de rotor com pás curvadas para trás... 1.3 VENTILADOR COM ALETAS CURVADAS

Tradutora freelance de inglês, francês e espanhol para o português na área de Medicina.

Promptly, at ( τ − 2 ) , there is a reduction of 4.65 thousand hectares in soybean harvested area (statistically significant at the 1% level), an increase of 6.82 thousand hectares

Para identificar quais treinamentos serão necessários para cada trabalhador ou equipe dentro de uma organização desenvolver um programa eficaz de T&D, pode-se buscar

Apesar dos exemplos positivos trazidos pelos programas de CSS, como é o caso do Programa Recicla CT, observa-se, ainda, de forma geral no país, a necessidade