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RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA

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Março/10 Escritório: Urb. Quinta do Aparício / Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar - Sala nº 4, 4750 – 309 Barcelos E-mail: geral@evangelinabarbosa.pt ; evangelinabarbosa@sapo.pt Telefone: 96 56 18 528 Fax: 253/100590

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RELATÓRIO DA ADMINISTRADORA DE INSOLVÊNCIA

(elaborado nos termos do art.155º do C.I.R.E.)

Notas prévias:

Publicação do extracto do anúncio na Imprensa Nacional Casa da Moeda em 26/01/2010 Reuniões realizadas com o administrador da insolvente em 24-02-2010 e 11-03-2010

1. BORISTEL – INFORMÁTICA E TELECOMUNICAÇÕES, LDA.

NIPC: 503 282 693

NATUREZA JURÍDICA: Sociedade por Quotas

SEDE: Rua dos Desportos, Edifício Central, Loja 13, Castelões de Cepeda, 4580-007 Paredes

OBJECTO: Comércio e reparação de equipamentos de telecomunicações, nomeadamente e acessórios, comércio e reparação de equipamentos informáticos e exploração de cafetaria, snack-bar e restaurante.

CAE Principal: 47420-R3

GERÊNCIA: José Furtado Ferreira

Insc.4 AP.8 / 20090805 – ALTERAÇÕES AO CONTRATO DE SOCIEDADE (ONLINE) SEDE: Rua dos Desportos, Edifício Central, Loja 13

Distrito: Porto; Concelho: Paredes; Freguesia: Castelões de Cepeda

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Março/10 Escritório: Urb. Quinta do Aparício / Rua Dr. José António P.P. Machado, nº 213, 1º Andar - Sala nº 4, 4750 – 309 Barcelos E-mail: geral@evangelinabarbosa.pt ; evangelinabarbosa@sapo.pt Telefone: 96 56 18 528 Fax: 253/100590

2/6 2. ACTIVIDADE A QUE SE DEDICOU NOS ÚLTIMOS 3 ANOS E PRINCIPAIS CAUSAS DA SITUAÇÃO ACTUAL

- Artigo 155ª, nº 1, alínea a) do CIRE –

- Análise dos elementos incluídos no documento referido no artigo 24ª, nº 1, alínea c) do CIRE-

A – Actividade

A insolvente é uma sociedade comercial com a natureza jurídica de sociedade por quotas, constituída em 23 de Agosto de 1994.

A sua actividade consiste no comércio e reparação de equipamentos de telecomunicações, nomeadamente telemóveis e acessórios; comércio e reparação de equipamento informático e exploração de cafetaria, snack-bar e restaurante.

No âmbito da sua actividade e para o desenvolvimento desta, a insolvente foi proprietária de cerca de 20 estabelecimentos comerciais destinados à venda de telemóveis, conforme consta da petição inicial.

Todavia, e dada a crise que se estendeu sobre o sector, a insolvente foi sentindo dificuldades financeiras, encerrando, em consequência dessas dificuldades, os seus estabelecimentos, tendo terminado a sua actividade em Janeiro de 2009 sem qualquer loja aberta ao público e sem qualquer colaborador ao seu serviço.

B – Causas da Situação actual

As dificuldades económicas com que a insolvente se deparou nestes últimos três anos, devem-se essencialmente às sucessivas diminuições das comissões e prémios de venda efectuadas pelas operadoras de telecomunicações com quem trabalhou, Vodafone, TMN e Optimus, ao que acresceu a alteração da forma como as comissões das operadoras de telecomunicações eram calculadas e pagas à insolvente, bem como os constantes atrasos nos pagamentos dessas comissões e prémios de vendas por parte das operadoras.

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3/6 Verifica-se, por outro lado, o aparecimento das multinacionais, causando uma diminuição nas vendas de equipamentos de telecomunicações.

Neste cenário económico e financeiro adverso, as dificuldades da insolvente cresceram exponencialmente, o que a colocou numa situação de incumprimento generalizada, perante os seus Fornecedores, Banca e Estado.

O seu passivo cifra-se em aproximadamente meio milhão de euros, montante substancial para a sua capacidade de endividamento, pois não possui meios líquidos financeiros, nem nenhum banco lhe fornece crédito, passível de regularizar a curto ou a médio prazo aquele passivo.

Nota conclusiva: Ora, da análise dos elementos constantes da petição inicial, bem como das diligências efectuadas, conclui-se que a situação de insolvência começou devido às diminuições das comissões e prémios de venda efectuadas pelas operadoras de telecomunicações, tendo-se agravado drasticamente com a conjuntura económica de forte descida dos preços, provocada pela elevada concorrência do sector, nomeadamente com o aparecimento das Multinacionais “Phone House”, o que levou os centros comerciais a terminar os seus contratos com a insolvente, e consequentemente o encerramento da maioria das lojas que esta possuía.

Do que foi possível apurar, 80% das receitas da insolvente eram provenientes dos estabelecimentos que esta detinha nos centros comerciais, 8 lojas nos hipermercados “Feira Nova” que, dado o contrato que havia, estes podiam rescindir unilateralmente o contrato de cedência de exploração com aviso prévio de 30 dias, o que veio a acontecer.

Tal desfecho obrigou a insolvente a despedir os seus funcionários, e assim, pagar as indemnizações a que estes tinham direito, o que determinou a descapitalização da insolvente.

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4/6 3. ANÁLISE DA CONTABILIDADE:

- Artigo 155ª, nº 1, alínea b) do CIRE –

Segundo as informações recolhidas e da análise efectuada aos documentos de prestação de contas, nomeadamente através da consulta efectuada no site do Ministério das Finanças, têm sido cumpridas as disposições legais, em termos de obrigações contabilísticas e fiscais, nomeadamente a elaboração e o depósito das contas anuais, legalmente obrigatórias, dentro dos prazos legais.

4. PERSPECTIVAS DE MANUTENÇÃO DA EMPRESA

- Artigo 155ª, nº 1, alínea c) do CIRE –

Pelo que foi dado a conhecer à administradora de insolvência, decorrente das diligências efectuadas (inclusive pesquisa de informação no site do Ministério das Finanças), verifica-se o seguinte:

1º. A insolvente é executada no processo de execução fiscal da IFGSS – Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social, I.P., a correr termos na Secção de Processo de SP Porto I-1301;

e no Processo de Execução nº 274/09.1 TBPVZ a correr termos no Tribunal Judicial da Póvoa de Varzim;

2º. A insolvente apenas é detentora de uma loja - espaço físico – em Vila do Conde em regime de Locação Financeira, que se encontra inactiva;

3º. Embora no Portal das Finanças conste como propriedade da insolvente o veículo Fiat 188 VAN TDS (188CXE1A) de matrícula 80-75-QV (ano 2000), foi dada a informação de que o mesmo já foi vendido;

4º. Os equipamentos de escritório encontram-se em estado de sucata, inutilizáveis e sem valor comercial;

5º. Embora nos registos contabilísticos da insolvente constem créditos respeitantes a clientes, pelo que foi dado a saber à administradora de insolvência, são, na sua grande maioria incobráveis.

6º. Não dispõe de nenhum colaborador ao seu serviço.

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5/6 Consequentemente:

I. A insolvente não é detentora de nenhum bem próprio ou direito susceptível de ser apreendido e integrado na massa insolvente, com benefício para os credores;

II. Actualmente encontra-se inactiva e encerrada, desde Janeiro de 2009, sem qualquer actividade e sem colaboradores;

III. Sem qualquer património e sem qualquer actividade comercial, a insolvente não dispõe de qualquer meio para fazer face ao seu passivo exigível;

IV. O administrador da devedora não demonstrou à administradora de insolvência qualquer vontade de propor a recuperação da empresa, e também não há conhecimento de movimentação de grupos de senhores credores que, nos termos do art. 193º do C.I.R.E. façam tenções de apresentar plano de insolvência.

Pelo que se conclui, ser o património da insolvente manifestamente insuficiente para fazer face ao seu passivo exigível.

CONCLUSÕES

Nestes termos, e sem qualquer base de apoio, a administradora de insolvência também não apresenta à Assembleia plano de insolvência, nem vislumbra quaisquer perspectivas de manutenção da empresa em actividade.

Por outro lado, perante a inexistência de qualquer património ou direito susceptível de perspectivar qualquer valor para a massa insolvente - dado o único imóvel cujo cumprimento antecipado do contrato de locação financeira implicaria o pagamento integral e antecipado do capital em dívida no montante de

€78.864,20, que em venda forçada dificilmente se alcançaria aquele valor – a administradora de insolvência propõe o encerramento do processo por insuficiência da massa insolvente.

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6/6 Assim, a administradora de insolvência, vem muito respeitosamente, nos termos e para os efeitos do previsto no art.º 232º do CIRE,

Requerer a V. Exa.

O encerramento do processo por insuficiência da massa insolvente.

5. OUTROS ELEMENTOS IMPORTANTES PARA A TRAMITAÇÃO ULTERIOR DO PROCESSO - Artigo 155ª, nº 1, alínea e) do CIRE –

No caso de ser proferido Despacho Judicial de encerramento do processo de insolvência por insuficiência da massa, conforme requerido, a administradora de insolvência vem, muito respeitosamente, requerer, nos termos e para os efeitos do preceituado no art.º 234º nº 4 do CIRE, que a liquidação da sociedade prossiga nos termos do regime jurídico dos procedimentos administrativos de dissolução e de liquidação de entidades comerciais (criado pelo Decreto Lei nº 76-A/2006, de 29 de Março), sob a responsabilidade do seu actual gerente.

Mais requer a comunicação do encerramento e da ausência de património da sociedade ao serviço de registo competente.

A administradora de insolvência,

Anexos: Lista provisória de credores Inventário

Referências

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