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TÍTULO: A FORMAÇÃO DO LICENCIADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM AUTISMO NO ENSINO REGULAR

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Academic year: 2021

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: A FORMAÇÃO DO LICENCIADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA PARA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM AUTISMO NO ENSINO REGULAR

CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Educação Física

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU AUTOR(ES): ANA CAROLINA TERCIANI

ORIENTADOR(ES): MARCIA FERREIRA MATOS

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1. RESUMO

O presente estudo explora o tema da Educação Física no ensino regular inclusivo considerando o amparo da legislação para que todos tenham acesso à educação. Nesse contexto, pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possuem o direito de se matricularem em uma escola de ensino regular e, portanto, espera-se que recebam os estímulos adequados em prol do desenvolvimento de diferentes habilidades. Assim se objetiva analisar a formação dos profissionais de Educação Física e a sua relação ao incluir uma criança com Transtorno do Espectro Autista nas aulas por meio de uma pesquisa de caráter exploratório de documentos e de revisões sistemáticas bibliográficas que envolvem as áreas da educação física, da educação inclusiva e do Transtorno do Espectro Autista. Os resultados iniciais apontam para a necessidade de formação contínua e que estejam em concordância às proposições pedagógicas que contemplem as especificidades do educando com TEA nas aulas de Educação Física. Além disso, promover uma formação durante a graduação que contemplem a temática da inclusão em todas as disciplinas.

Palavras-chave: Educação Física. Inclusão. Transtorno do Espectro Autista.

2. INTRODUÇÃO

O ser humano é considerado um ser social e está em constante desenvolvimento. Para isso, o indivíduo necessita de um convívio comunitário para que componha o seu processo de crescimento e de aprendizagem. Na estruturação da espécie humana, a família é o primeiro convívio para estabelecer uma socialização individual e em segundo, a escola.

É no ambiente escolar que uma pessoa aprenderá a construir sua autonomia e seus conceitos morais, éticos e cognitivos. Nesse ambiente, a disciplina de educação física é um componente curricular obrigatório de acordo com o Art. 26 inciso 3° da Lei N° 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (BRASIL, 1996). Para uma prática que cumpra a proposta pedagógica da educação básica (educação infantil, ensino fundamental e ensino médio), essa disciplina se faz obrigatória e assim há uma oportunidade de o aluno poder adquirir um desenvolvimento integral: por meio do aprendizado motor, da socialização e da formação de cidadão.

O processo de inclusão do estudante com Transtorno do Espectro Autista -

TEA nas aulas de educação física escolar é um desafio, visto que em muitas escolas

há um número elevado de alunos. Essa disciplina contribui com para um trabalho

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com atividades de: equilíbrio, coordenação, flexibilidade e planejamento motor.

Esses aprendizados são importantes, pois proporcionam uma autonomia na rotina com TEA, desenvolvendo essas habilidades. Porém, para que esses benefícios individuais tenham resultado há a necessidade de planejar a aula com relação ao número de alunos e à escolha das atividades que desenvolvam habilidades, como aptidões sociais e motoras.

3. OBJETIVOS

O objetivo dessa pesquisa é analisar a formação dos profissionais de Educação Física e a sua relação ao incluir uma criança com Transtorno do Espectro Autista nas aulas de ensino regular.

4. METODOLOGIA

A pesquisa possui uma metodologia de caráter exploratório e com um delineamento documental e bibliográfico tendo como base as legislações brasileiras e os autores das áreas da Educação Física Escolar; do Transtorno do Espectro Autista e da Educação Inclusiva.

5. DESENVOLVIMENTO

A formação individual humana se deve a um processo de interação social e de fatores biológicos e/ou históricos. Essa perspectiva é defendida por Vygotsky conforme aponta Oliveira (1993) que incluiu em seus estudos o conceito de que os processos dessa interação social contribuem para o desenvolvimento do ser humano.

Oliveira (1993) a partir da perspectiva de Vygostsky demonstra que a exploração externa proporciona um aprendizado, cujo estímulo de conhecimento poderá ser direto como ao tocar um brinquedo ou indireto como ao receber um alerta da mãe em situação de perigo. Essa maturação humana proporcionará uma oportunidade de sobreviver e de conhecer. Na interação há a descrição de um importante processo de internalização e o processo de aprendizagem é visto como uma atividade colaborativa entre alunos, professores e familiares.

Na escola os professores são responsáveis por planejar e por promover as

atividades, bem como organizar todo o processo escolar por ser um mediador. No

ambiente familiar, o indivíduo está inserido no primeiro grupo em que ele terá a

oportunidade de socializar e de buscar objetivos que favoreçam a sua sobrevivência.

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De acordo com o Art. 1° da Lei N° 13.146, de 6 de Julho de 2015 (BRASIL, 2015), a pessoa com deficiência possui o direito de exercer em condições de igualdade seu direito e sua liberdade de maneira a proporcionar sua inclusão social e seu direito de cidadania. O Art. 9° prioriza o atendimento à pessoas com deficiência. Nesse contexto, o Art. 27° assegura um sistema educacional inclusivo em todos os níveis, promovendo um máximo desenvolvimento individual. De acordo com o Art. 3° inciso IV da Lei N° 12.764, de 27 de Dezembro de 2012 (BRASIL, 2012), a pessoa com TEA possui o direito à educação e ao ensino profissionalizante.

Apesar de existir um amparo legal para o acesso ao ensino regular, as pessoas com transtorno global do desenvolvimento necessitam de mudanças estruturais e pedagógicas no ensino. Afinal, em um contexto inclusivo cabe à escola se adaptar ao aluno e não o inverso.

No caso de pessoas com TEA, o ensino regular deve receber uma modificação estrutural para auxiliar no desenvolvimento de diferentes habilidades.

Afinal, o TEA é caracterizado por um comprometimento cognitivo global, sendo, portanto, considerado uma desordem do neurodesenvolvimento como citado por Bollani e Nunes (2017, p.219). Essas alterações neurológicas podem ser perceptíveis desde o início do nascimento e, também, no decorrer da infância. As manifestações são detectadas por meio de comportamentos, os quais podem revelar dificuldades na interação social e na comunicação do indivíduo e na presença de estereotipias.

Visto essa dificuldade, o acesso ao ensino deve ter o enfoque desde a chegada do aluno ao ambiente escolar até o dever de garantir a sua permanência e a sua aprendizagem de modo que todos recebam as mesmas oportunidades.

Um dos aspectos importantes a ser analisado para que essa permanência e esse aprendizado existam, deve estar concentrado em reestruturar o ensino em que a comunidade escolar tenha uma participação efetiva. Nesse contexto, a pessoa com autismo deve ser analisada como única, pois cada uma possui as suas particularidades e é indicado um trabalho conjunto entre familiares, profissionais da saúde e da educação para contribuir no desenvolvimento integral dessa pessoa.

Segundo o DSM – 5 (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos

Mentais), os níveis de gravidade do autismo influenciam na comunicação social e no

comportamento – restrito e repetitivo.

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Segundo Farrell (2008, p.9):

Comunicar-se e interagir é de importância tão central, não apenas na educação como na vida cotidiana, que fica muito claro que, quando uma criança ou um jovem apresenta dificuldades significativas nestas áreas, é essencial uma provisão educacional adequada para ajudar a assegurar que o aluno faça o maior progresso possível.

Nesse trecho de Farrell (2008), pode-se associar que elaborar um plano pedagógico bem estruturado com atividades pertinentes a todos os alunos é um aspecto benéfico ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor e sócio afetivo dos estudantes.

A presença da dificuldade motora em pessoas com TEA é relatada em estudos clínicos e acadêmicos e a disciplina escolar de educação física poderá contribuir na melhora do equilíbrio, do controle postural e da interação interpessoal.

Assim, essa disciplina contribui em ações motoras e, também, na formação do cidadão por conter conceitos importantes como o convívio com o diferente.

A responsabilidade do professor de educação física é promover a todos os alunos um desenvolvimento motor, cognitivo e social respeitando as características individuais. Porém, a formação da graduação geralmente não incluía aspectos de inclusão nas aulas por valorizarem um treino de auto rendimento. Com as contribuições das legislações com uma educação para todos, o processo de ensino e de aprendizagem na graduação proporcionou a vivência de possibilidades mais inclusivas. Assim, o profissional terá uma qualificação melhor e terá segurança na sua atuação.

Pesquisas apontam fragilidades na formação do professor de Educação Física no processo de inclusão, por exemplo, como é discorrido por Medeiros e Falkenbach (2008) no estudo sobre as experiências da relação professor/aluno na escola comum. Além disso, nesse artigo há uma referência à importância de planejar uma aula para uma classe inclusiva e cita que os professores terão possibilidades de vivenciar distintos métodos de aprendizados. Consequentemente, a área de Educação Física necessita estimular e reforçar a importância de conhecimentos para que haja inclusão nas escolas.

6. RESULTADOS PRELIMINARES

A partir da pesquisa exploratória realizada, os resultados iniciais apontam que

o envolvimento da comunidade escolar no processo de inclusão contribui para a

interação entre os alunos. Com isso, eles poderão ter estímulos com vivências

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interativas. Consequentemente, existir aulas de educação física que contemplem situações inclusivas poderão proporcionar estímulos diferenciados e, assim, contribuir em uma aquisição de conhecimento cognitivo, motor e social.

Os desafios de uma formação inclusiva estão na graduação dos professores que muitas vezes ainda se encontra dentro de uma perspectiva tradicional e da oferta de capacitação continua para atualização no processo de inclusão de todos os alunos proporcionando segurança nas escolhas de espaços adequados e no planejamento e realização de atividades que promovam o desenvolvimento integral dos estudantes.

7. FONTES CONSULTADAS

AMERICAN PYCHIATRIC ASSOCIATION. DSM-5 -Manual Diagnóstico e

Estatístico de Transtornos Mentais. 5ªed.; M.I.C. Nascimento, Trad. Porto Alegre, RS: Artmed.

BOLLANI, Bruna; NUNES Carlos P.. Transtorno do espectro autista: um olhar clínico, v. 1, n. 1, Teresópolis, p 219 – 245, 2017.

BRASIL, Casa Civil. Lei N°9.394, de 20 de Dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Disponível em:<

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. Acesso em: 4 de julho de 2020.

BRASIL, Casa Civil. Lei N°12.746, de 27 de Dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista.

Disponível em:< http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2012/lei/l12764.htm>. Acesso em: 10 de setembro de 2020.

BRASIL, Casa Civil. Lei N°13.146, de 6 de Julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da pessoa com deficiência. Disponível em:<

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 6 de setembro de 2020.

FALKENBACH, Atos Prinz et. al. Experiências de inclusão de professores da Educação Física na escola comum: a relação professor/aluno com

necessidades especiais. Revista Digital, Buenos Aires, Ano 13, N°126, Novembro de 2008. Disponível em:< https://www.efdeportes.com/efd126/experiencias-de- inclusao-de-professores-da-educacao-fisica-na-escola-comum.htm>. Acesso em: 31 de agosto de 2020.

FARRELL, Michael. Dificuldades de comunicação e autismo. Artmed Editora, n.1, p. 9 – 2, Porto Alegre, 2008.

OLIVEIRA, Marta Kohl. Vygotsky: Aprendizado e desenvolvimento um processo

sócio-histórico. São Paulo: Editora Scipione, 1993.

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