• Nenhum resultado encontrado

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL COMISSÕES REGIONAIS PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES PARA AS ATIVIDADES ESPÍRITAS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL COMISSÕES REGIONAIS PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES PARA AS ATIVIDADES ESPÍRITAS"

Copied!
108
0
0

Texto

(1)

FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL COMISSÕES REGIONAIS

PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES PARA AS ATIVIDADES ESPÍRITAS

T E X T O S D E A P O I O

“Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?”

Paulo - (I Co - 14:8)

CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO

(VERSÃO AGOSTO/98)

(2)

TEXTOS DE APOIO DESTINADOS À

PREPARAÇÃO DE TRABALHADORES:

•••• PARA AS ATIVIDADES DA

CAMPANHA DE DIVULGAÇÃO DO ESPIRITISMO

e

•••• PARA AS ATIVIDADES ESPÍRITAS EM GERAL.

(3)

SUMÁRIO

Apresentação ... 3

1.

Antecedentes Históricos e Fatos Significativos do Movimento Espírita no Brasil e do seu Trabalho de Unificação ... 4

2.

Observações de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores sobre a Doutrina Espírita e o Movimento Espírita ...13

3.

O Centro Espírita: Seus Objetivos, Sua Organização e os Documentos Norteadores das suas Atividades ... 22

4.

As Entidades Federativas: Seus Objetivos, Sua Organização e os Documentos Norteadores das suas Atividades ... 28

5.

Organização e Ação do Movimento Espírita ... 36

O Conselho Federativo Nacional ...37

Estrutura do Trabalho de Unificação do Movimento Espírita do Brasil ... 40

Comissões Regionais ... 41

Organograma das Comissões Regionais ...43

6.

Publicações relacionadas com as Atividades Federativas e de Unificação do Movimento Espírita ... 44

Pacto Áureo ... 45

O Trabalho de Unificação do Movimento Espírita no Brasil ... 49

Esclarecimento da Federação Espírita Brasileira ao Movimento Espírita ...55

O Conselho Federativo Nacional e a Unificação do Movimento Espírita ... 59

União e Solidariedade ... 64

7.

Campanha de Divulgação do Espiritismo ... 67

7.1. Plano de Ação da Campanha ...68

7.2. Doutrina Espírita (Conheça o Espiritismo) ... 72

7.3. Movimento Espírita (Divulgue o Espiritismo) ... 77

8.

Os Trabalhadores Espíritas ... 84

9.

Movimento Espírita Internacional ...88

10.

Páginas de Leitura, Estudo e Consulta ...92

Advento do Espírito de Verdade ...93

Missão dos Espíritas ... 95

Influência do Espiritismo no Progresso... 96

Unificação ... 97

Unificação Paulatina, União Imediata, Trabalho Incessante... 98

Doutrina Espírita ... 99

Problemas do Mundo ... 100

Kardec e Napoleão ...101

Consciência Espírita ...104

(4)

APRESENTAÇÃO

A Campanha de Divulgação do Espiritismo, aprovada e lançada pelo Conselho Federativo Nacional em novembro de 1996, tem por objetivo tornar a Doutrina Espírita cada vez mais conhecida e cada vez melhor praticada.

Para tanto o Conselho Federativo Nacional elaborou dois textos que foram colocados à disposição do Movimento Espírita, sendo um sobre Doutrina Espírita, destinado a todas as pessoas interessadas em conhecer o Espiritismo, e outro sobre o próprio Movimento Espírita, destinado a todas as pessoas e instituições que participam do trabalho que tem por objetivo promover o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita.

O Plano de Ação que estabelece as diretrizes da Campanha propõe a realização de treinamentos (item 4.3) destinados à preparação de trabalhadores que estarão voltados mais objetivamente para as atividades da Campanha e para as atividades espíritas em geral.

Tendo em vista este objetivo, foram reunidos os textos a seguir transcritos, dentre os inúmeros que estão à disposição dos tarefeiros espíritas, visando facilitar o trabalho dos encarregados pela realização dos referidos treinamentos, e que estão sendo apresentados de tal forma que permitam a elaboração de transparências.

Com estes textos, pretendemos colaborar com o esforço de todos os companheiros, especialmente os integrados nas tarefas de unificação do Movimento Espírita, em seu trabalho de preparar e integrar novos colaboradores no nobre serviço de colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviço de todos.

E colaborar, também, no seu serviço de tornar o Movimento Espírita melhor conhecido, com seus objetivos, estrutura e métodos mais esclarecidos, facilitando o processo de integração e de união dos trabalhadores espíritas nas suas tarefas de promover o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita.

Com o conhecimento das diretrizes gerais que norteiam o trabalho do Movimento Espírita, com uma visão mais clara das tarefas realizadas pelos espíritas e pelas instituições espíritas, serão facilitados e estimulados, por certo, os serviços de apoio às atividades mais específicas dos núcleos espíritas, tais como as de estudo da Doutrina, as de assistência espiritual, as de estudo e prática da Mediunidade, as de evangelização espírita da criança e do jovem, as de assistência e promoção social e as de divulgação da Doutrina Espírita.

Desta forma, estaremos alcançando os objetivos do trabalho de Unificação do Movimento Espírita, que são de reunir e unir os trabalhadores espíritas para, mais fortalecidos e organizados, promoverem e realizarem o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita, em toda a sua abrangência e para todos os interessados.

Brasília, out/97

Coordenador das Comissões Regionais

(5)

1

ANTECEDENTES HISTÓRICOS E

FATOS SIGNIFICATIVOS DO

MOVIMENTO ESPÍRITA NO BRASIL

E DO SEU TRABALHO DE UNIFICAÇÃO

(6)

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO MOVIMENTO ESPÍRITA NO BRASIL

(REGISTROS ESPIRITUAIS)

(Dados extraídos do livro “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, de Humberto de Campos – Espírito, psicografado por F.C.Xavier – Ed. FEB)

1 - Do Prefácio

(Palavras de Emmanuel)

“Os dados que ele (o autor) fornece nestas páginas foram recolhidos nas tradições do mundo espiritual, onde falanges desveladas e amigas se reúnem constantemente para os grandes sacrifícios em prol da humanidade sofredora. Este trabalho se destina a explicar a missão da terra brasileira no mundo moderno.”

••••

2 - Do Capítulo I – O CORAÇÃO DO MUNDO

(Palavras de Jesus no último quartel do século XIV, no local onde seria mais tarde o Brasil)

“– Para esta terra maravilhosa e bendita será transplantada a árvore do meu Evangelho de piedade e de amor. No seu solo dadivoso e fertilíssimo, todos os povos da Terra aprenderão a lei da fraternidade universal. Sob estes céus serão entoados os hosanas mais ternos à misericórdia do Pai Celestial. Tu, Helil, te corporificarás na Terra, no seio do povo mais pobre e mais trabalhador do Ocidente; instituirás um roteiro de coragem, para que sejam transpostas as imensidades desses oceanos perigosos e solitários, que separam o velho do novo mundo. Instalaremos aqui uma tenda de trabalho para a nação mais humilde da Europa, glorificando os seus esforços na oficina de Deus. Aproveitaremos o elemento simples de bondade, o coração fraternal dos habitantes destas terras novas, e, mais tarde, ordenarei a reencarnação de muitos Espíritos já purificados no sentimento da humildade e da mansidão, entre as raças oprimidas e sofredoras das regiões africanas, para formarmos o pedestal de solidariedade do povo fraterno que aqui florescerá, no futuro, a fim de exaltar o meu Evangelho, nos séculos gloriosos do porvir. Aqui, Helil, sob a luz misericordiosa das estrelas da cruz, ficará localizado o coração do mundo!”

“Foi por isso que o Brasil, onde confraternizam hoje todos os povos da Terra e onde será modelada a obra imortal do Evangelho do Cristo, muito antes do Tratado de Tordesilhas, que fincou as balizas das possessões espanholas, trazia já, em seus contornos, a forma geográfica do coração do mundo.”

••••

3 - Do Capítulo III – OS DEGREDADOS

(Palavras de Jesus quando do descobrimento do Brasil, no ano de 1500)

“Dirigindo-se a um dos seus elevados mensageiros na face do orbe terrestre, em meio do divino silêncio da multidão espiritual, sua voz ressoou com doçura:

– Ismael, manda o meu coração que doravante sejas o zelador dos patrimônios imortais que constituem a Terra do Cruzeiro. Recebe-a nos teus braços do trabalhador devotado da minha seara, como a recebi no coração, obedecendo a sagradas inspirações do Nosso Pai.

Reúne as incansáveis falanges do Infinito, que cooperam nos ideais sacrossantos de minha doutrina, e inicia, desde já, a construção da pátria do meu ensinamento. Para aí transplantei a

(7)

árvore da minha misericórdia e espero que a cultives com a tua abnegação e com o teu sublimado heroísmo. Ela será a doce paisagem dilatada do Tiberíades, que os homens aniquilaram na sua voracidade de carnificina. Guarda este símbolo da paz e inscreve na sua imaculada pureza o lema da tua coragem e do teu propósito de bem servir à causa de Deus e, sobretudo, lembra-te sempre de que estarei contigo no cumprimento dos teus deveres, com os quais abrirás para a humanidade dos séculos futuros um caminho novo, mediante a sagrada revivescência do Cristianismo.

Ismael recebe o lábaro bendito das mãos compassivas do Senhor, banhado em lágrimas de reconhecimento, e, como se entrara em ação o impulso secreto da sua vontade, eis que a nívea bandeira tem agora uma insígnia. Na sua branca substância, uma tinta celeste inscrevera o lema imortal: “Deus, Cristo e Caridade”.

“Ismael havia realizado o seu primeiro feito nas Terras de Vera Cruz. Trazendo um náufrago e inocente para a base da sociedade fraterna do porvir, ele obedecia a sagradas determinações do Divino Mestre. Primeiramente, surgiram os índios, que eram os simples de coração; em segundo lugar, chegavam os sedentos da justiça divina e, mais tarde, viriam os escravos, como a expressão dos humildes e dos aflitos, para a formação da alma coletiva de um povo bem-aventurado por sua mansidão e fraternidade. Naqueles dias longínquos de 1500, já se ouviam no Brasil os ecos acariciadores do Sermão da Montanha.”

••••

4 - Do Capítulo IV – OS MISSIONÁRIOS

(Palavras de Ismael no início do século XVI – 1500)

“Foi, aproximadamente, por essa época (início do Séc. XVI), que Ismael reuniu em grande assembléia os seus colaboradores mais devotados, com o objetivo de instituir um programa para as suas atividades espirituais na Terra de Santa Cruz:

– Irmãos – exclamou ele no seio da multidão de companheiros abnegados – plantamos aqui, sob o olhar misericordioso de Jesus, a sua bandeira de paz e de perdão. Todo um campo de trabalhos se desdobra às nossas vistas. Precisamos de colaboradores devotados que não temam a luta e o sacrifício. Voltemo-nos para os centros culturais de Coimbra e de Lisboa, a regenerar as fontes do pensamento, no elevado sentido de ampliarmos a nossa ação espiritual. Alguns de vós ficareis de Portugal, mantendo de pé os elementos protetores dos nossos trabalhos, e a maioria terá de envergar o sambenito humilde dos missionários penitentes, para levar o amor de Deus aos sertões ínvios e carecidos de todo o conforto. (...) O característico de vossa ação, como missionários do Pai Celestial, será um testemunho legítimo de renúncia a todos os bens materiais e uma consoladora pobreza.

Quase todos os Espíritos santificados, ali presentes, se oferecem como voluntários da grande causa. Entre muitos, descobriremos José de Anchieta e Bartolomeu dos Mártires, Manuel da Nóbrega, Diogo Jácome, Leonardo Nunes e muitos outros, que também foram dos chamados para esse conclave no mundo invisível.”

••••

5 - Do Capítulo XXII – BEZERRA DE MENEZES (A vinda de Bezerra de Menezes)

“O século XIX, que surgira com as últimas agitações provocadas no mundo pela Revolução Francesa, estava destinado a presenciar extraordinários acontecimentos.

No seu transcurso, cumprir-se-ia a promessa de Jesus, que, segundo os ensinamentos do seu Evangelho, derramaria as claridades divinas do seu coração sobre toda a carne, para que o Consolador reorganizasse as energias das criaturas, a caminho das profundas

(8)

“Ia resplandecer a suave luz do Espiritismo, depois de certificado o Senhor da defecção espiritual das igrejas mercenárias, que falavam no globo em seu nome.

Todas as falanges do Infinito se preparam para a jornada gloriosa.”

“As primeiras experiências espiritistas, na Pátria do Evangelho, começaram pelo problema das curas. Em 1818, já o Brasil possuía uma grande círculo homeopático, sob a direção do mundo invisível.”

“(...) quando prestes a findar o primeiro reinado, Ismael reúne no espaço os seus dedicados companheiros de luta e, organizada a venerável assembléia, o grande mensageiro do Senhor esclarece a todos sobre os seus elevados objetivos.

– Irmãos, expôs ele, o século atual, como sabeis, vai ser assinalado pelo advento do Consolador à face da Terra. Nestes cem anos se efetuarão os grandes movimentos preparatórios dos outros cem anos que hão de vir. As rajadas de morticínio e de dor avassalarão a alma da humanidade, no século próximo, dentro dos imperativos das transições necessárias, que serão o sinal do fim da civilização precária do Ocidente. Faz-se mister amparemos o coração atormentado dos homens nessas grandes amarguras, preparando-lhes o caminho da purificação espiritual, através das sendas penosas. É preciso, pois, preparemos o terreno para a sua estabilidade moral nesses instantes decisivos dos seus destinos.”

“Houve na alocução de Ismael uma breve pausa.

Depois, encaminhando-se para um dos dedicados e fiéis discípulos, falou-lhe assim:

– Descerás às lutas terrestres com o objetivo de concentrar as nossas energias no país do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração. Não precisamos encarecer aos teus olhos a delicadeza dessa missão; mas, com a plena observância do código de Jesus e com a nossa assistência espiritual, pulverizarás todos os obstáculos, à força de perseverança e de humildade, consolidando os primórdios de nossa obra, que é a de Jesus, no seio da pátria do seu Evangelho. Se a luta vai ser grande, considera que não será menor a compensação do Senhor, que é o caminho, a verdade e a vida.

Havia em toda a assembléia espiritual um divino silêncio. O discípulo escolhido nada pudera responder, com o coração palpitante de doces e esperançosas emoções, mas as lágrimas de reconhecimento lhe caíam copiosamente dos olhos.

Ismael desfraldara a sua bandeira à luz gloriosa do Infinito, salientando-se a sua inscrição divina, que parecia constituir-se de sóis infinitésimos. Uma vibração de esperança e de fé fazia pulsar todos os corações, quando uma voz, terna e compassiva, exclamou das cúpulas radiosas do Ilimitado:

– Glória a Deus nas Alturas e paz na terra aos trabalhadores de boa-vontade!

Relâmpagos de luminosidade estranha e misericordiosa clareavam o pensamento de quantos assistiam ao maravilhoso espetáculo, enquanto uma chuva de aromas inundava a atmosfera de perfumes balsâmicos e suavíssimos.

Sob aquela bênção maravilhosa, a grande assembléia dos operários do Bem se dissolveu.

Daí a algum tempo, no dia 29 de agosto de 1831, em Riacho do Sangue, no Estado do Ceará, nascia Adolfo Bezerra de Menezes, o grande discípulo de Ismael, que vinha cumprir no Brasil uma elevada missão.”

••••

(9)

6 - Do Capítulo XXVIII – A FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA (O trabalho da Federação Espírita Brasileira)

“Logo após a proclamação da República, Ismael volta a concentrar seu esforço na consolidação da sua obra terrestre. Seu primeiro cuidado foi examinar todos os elementos, procurando reafirmar, no seio dos ambientes espiritistas, a necessidade da obra evangélica, no sentido de que ressurgisse a doutrina de tolerância e de amor, de piedade e perdão, do Crucificado. Todo um campo de trabalho se desdobrava aos olhos de suas abnegadas falanges, aguardando o esforço dos arroteadores para a esperançosa semeadura. Seu coração angélico e misericordioso, sob a égide do Divino Mestre, já havia distribuído as noções evangélicas a todos os espíritos sedentos das claridades do Consolador e a Doutrina dos Espíritos, no Brasil, sob a sua influência, se tocava da luz divina da caridade e da crença, pressagiando as mais sublimes edificações morais.

O abnegado mensageiro do Mestre, começando o movimento de organização nos primeiros dias de 1889, preparara o ambiente necessário para que todos os companheiros do Rio ouvissem a palavra póstuma de Allan Kardec, que, através do médium Frederico Júnior, forneceu as suas instruções aos espiritistas da capital brasileira, exortando-os ao estudo, à caridade e à unificação.”

“Atendendo aos seus (de Ismael) rogos reiterados, a palavra do Mestre se faz ouvir, esclarecendo o seu emissário dileto:

– Ismael – disse-lhe o Senhor – concentraremos agora todos os nossos esforços a fim de que se unifiquem os meus discípulos encarnados, para a organização da obra impessoal e comum que iniciaste na Terra. Na pátria dos meus ensinamentos, o Espiritismo será o Cristianismo revivido na sua primitiva pureza, e faz-se mister coordenar todos os elementos da causa generosa da Verdade e da Luz, para os triunfos do Evangelho. Procurarás, entre todas as agremiações da doutrina, aquela que possa reunir no seu seio todos os agrupamentos; colocarás aí a tua célula, a fim de que todas as mentalidades postas na direção dos trabalhos evangélicos estejam afinadas pelo diapasão da tua serenidade e do teu devotamento à minha seara. E como as atividades humanas constituem, em todos os tempos, um oceano de inquietudes, a caridade pura deverá ser a âncora da tua obra, ligada para sempre ao fundo dos corações, no mar imenso das instabilidades humanas. A caridade valerá mais que todas as ciências e filosofias, no transcurso das eras, e será com ela que conseguirás consolidar a tua Casa e a tua obra.”

“As ordens e observações de Jesus foram por ele (Ismael) integralmente cumpridas.

Escolheu as reservas preciosas da Federação e assentou, dentro dela, a sua tenda de trabalho espiritual. Consolidou a Assistência aos Necessitados, fundada em 1890, que radicou a sua obra no coração da coletividade carioca, e a caridade foi e será sempre o inabalável esteio da venerável instituição que hoje se ergue na Avenida Passos. Com essas providências, levadas a efeito numa das noites memoráveis de julho de 1895, Bezerra de Menezes assumia a sua posição de diretor de todos os trabalhos de Ismael no Brasil, coordenando os elementos para a evangelização e deixando a Federação como o porto luminoso de todas as esperanças, entre o Grupo Ismael, que constitui o seu santuário de ligação com os trabalhadores do Infinito, e a Assistência aos Necessitados, que a vincula, na Terra, a todos os corações infortunados e sofredores e representa, de fato, até hoje, a sua âncora de conservação no mesmo programa evangélico, no seio das ideologias novas e das perigosas ilusões do campo social e político.

Bezerra desprendeu-se do orbe, tendo consolidado a sua missão para que a obra de Ismael pudesse ser livremente cultivada no século XX.”

(10)

7 - Do Capítulo XXIX – O ESPIRITISMO NO BRASIL

“Consolidadas as primeiras construções basilares de Ismael na Pátria do Cruzeiro, o Espiritismo derramou seus frutos sazonados e doces no coração da coletividade brasileira.”

“Jesus, com as suas mãos meigas e misericordiosas, fez reviver no país abençoado dos seus ensinamentos as curas maravilhosas dos tempos apostólicos.”

“Todas as possibilidades e energias são por Ismael aproveitadas para o bem comum e para a tarefa de todos os trabalhadores, e é por isso que todos os grupos sinceros do Espiritismo, no país, têm as suas águas fluidificadas, a terapêutica do magnetismo espiritual, os elementos da homeopatia, a cura das obsessões, os auxílios gratuitos no serviço de assistência aos necessitados, dentro do mais alto espírito evangélico, dando-se de graça aquilo que se recebeu como esmola do céu.”

“A obra de Ismael prossegue em sua marcha através de todos os centros de estudo e de cultura do país. Todavia, temos de considerar que um trabalho dessa natureza, pelo seu caráter grandioso e sublime, não poderia desenvolver-se sem os ataques inconscientes das forças reacionárias do próprio mundo invisível, e, como a Terra não é um paraíso e nem os homens são anjos, as entidades perturbadoras se aproveitam dos elementos mais acessíveis da natureza humana, para fomentar a discórdia, o demasiado individualismo, a vaidade e a ambição, desunindo as fileiras que, acima de tudo, deveriam manter-se coesas para a grande tarefa da educação dos espíritos, dentro do amor e da humildade.”

“A essas forças, que tentam a dissolução dos melhores esforços de Ismael e de suas valorosas falanges do Infinito, deve-se o fenômeno das excessivas edificações particularistas do Espiritismo no Brasil, particularismos que descentralizam o grande labor da evangelização. Mas, examinando semelhante anomalia, somos forçados a reconhecer que Ismael vence sempre. Construídas essas obras, que se levantam com pronunciado sabor pessoal, o grande mensageiro do Divino Mestre as assinala imediatamente com o selo divino da caridade, que, de fato, é o estandarte maravilhoso a reunir todos os ambientes do Espiritismo no país, até que todas as forças da doutrina, pela experiência própria e pela educação, possam constituir uma frente única de espiritualidade, acima de todas as controvérsias.”

“É para essa grande obra de unificação que todos os emissários cooperam no plano espiritual, objetivando a vitória de Ismael nos corações. E os discípulos encarnados bem poderiam atenuar o vigor das dissensões esterilizadoras, para se unirem na tarefa impessoal e comum, apressando a marcha redentora. Nas suas fileiras respeitáveis, só a desunião é o grande inimigo, (...).”

“Está claro que a doutrina não poderá imitar as disciplinas e os compromissos rijos da instituição romana, porque, nas suas características liberais, o pensamento livre, para o estudo e para o exame, deve realizar uma das suas melhores conquistas e nem é possível dispensar, totalmente, a discussão no labor de aclaramento geral. A liberdade não exclui a fraternidade e a fraternidade sincera é o primeiro passo para a edificação comum.”

_____ o _____

(11)

FATOS SIGNIFICATIVOS DO MOVIMENTO ESPÍRITA NO BRASIL E DO SEU TRABALHO DE UNIFICAÇÃO

1865 - Fundação do "Grupo Familiar do Espiritismo", Primeiro Grupo Espírita do Brasil, por Luís Olímpio Teles de Menezes. - Salvador - Bahia - (17/set)

••••

1869 - Lançamento de "O Eco d'Além Túmulo", Primeiro Periódico Espírita do Brasil, por Luís Olímpio Teles de Menezes. - Salvador - Bahia - (Jul)

••••

1873 - Fundação do Grupo Confúcio. - Rio de Janeiro - (02/ago)

Este Grupo foi responsável pelas primeiras traduções para a língua portuguesa das obras básicas da Codificação Kardequiana.

Em seu lugar surgiram a “Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade”, em 26/abr/1876, e a Sociedade Espírita Fraternidade”, em 2/mar/1880.

••••

1880 - Fundação do Grupo Ismael, que posteriormente integrou-se à FEB. - Rio de Janeiro - (15/jul)

••••

1883 - Lançamento da Revista "Reformador", que posteriormente passou a ser o periódico doutrinário da FEB. - Rio de Janeiro - (21/jan)

••••

1884 - Fundação da Federação Espírita Brasileira. - Rio de Janeiro - (02/jan)

••••

1886 - Bezerra de Menezes faz uma pública manifestação de fé espírita. - Rio de Janeiro - (16/ago)

No ano seguinte, set/1887, iniciou a publicação de uma série de artigos divulgando o Espiritismo no jornal “O País”, que foi até fins de 1894.

••••

1889 - Bezerra de Menezes assume, pela primeira vez, a Presidência da Federação Espírita Brasileira. - Rio de Janeiro - (jan)

••••

1889 - Allan Kardec transmite mensagens pelo médium Frederico Júnior, exortando os espíritas brasileiros ao Estudo, à Caridade e à União. - Rio de Janeiro - (12/fev)

••••

1889 - Realização de um Congresso Espírita, por iniciativa de Bezerra de Menezes, Presidente da FEB - Rio de Janeiro - (14/abr)

Embora com participação reduzida, este encontro teve o mérito de identificar o Sistema Federativo, que preserva a autonomia das instituições que o integram, como o mais adequado à estruturação do Movimento Espírita do Brasil.

••••

1890 - Organização da Assistência aos Necessitados, mais tarde incorporada à FEB, sendo hoje seu Depto. de Assistência Social - Rio de Janeiro - (jan)

••••

1895 - Bezerra de Menezes assume, pela segunda vez, a Presidência da

Federação Espírita Brasileira, onde permaneceu até 11/abr/1900, quando

desencarnou, assentando, nesse período, as bases para a união dos

(12)

1904 - Comemoração do Primeiro Centenário de Nascimento de Allan Kardec promovida pela Federação Espírita Brasileira, com a participação de representantes de vários Estados do Brasil. - Rio de Janeiro - (3 a 5/out)

Neste encontro foram aprovadas as "Bases de Organização Espírita"

estimulando a formação de associações espíritas nas capitais de todos os Estados, para o estudo e a propagação da Doutrina e para a união de todos os núcleos, unicamente com o intuito de confraternização e unidade de vistas.

(Reformador - jan/1979)

••••

1926 - Primeira reunião do Primeiro Conselho Federativo da Federação Espírita Brasileira. - Rio de Janeiro - (03 a 08/out)

O primeiro Conselho Federativo da FEB era composto por Centros Espíritas de todo o Brasil e reuniu-se duas vezes: em set/1926 e out/1933.

••••

1939 - Instalação da Gráfica da FEB na Av. Passos 30, transferida em 9/set/1948 para a R. Souza Valente, 17. - Rio de Janeiro - (04/nov)

••••

1948 - Realização do Congresso Brasileiro de Unificação Espírita. - São Paulo - (31/out a 03/nov)

••••

1949 - Assinatura do "Pacto Áureo". - Rio de Janeiro - (05/out)

Com base nesse documento, firmado com Entidades Federativas Estaduais, a FEB reestruturou o seu órgão federativo, que passou a ser integrado por Entidades representativas dos Movimentos Espíritas dos Estados do Brasil, adotando o nome de Conselho Federativo Nacional.

O Conselho Federativo Nacional da FEB, criado na forma prevista no Pacto Áureo, foi instalado em 1/jan/1950.

Inspirada nas recomendações e nos princípios do Pacto Áureo, foi realizada a Caravana da Fraternidade em visita aos Estados do Norte e Nordeste do Brasil (out a dez/1950).

••••

1962 - Realização do Simpósio Espírita Centro-Sulino. - Curitiba - (20 a 22/abr)

Este foi o primeiro encontro regional de caráter federativo e foi seguido pelos Simpósios Espíritas do Nordeste (Salvador – 1963), dos Estados do Norte (Belém – jul/1964), Centro-Oeste e Territórios (Goiânia – jul-ago/1965) e Nacional (CFN/FEB – Rio – out/1966).

••••

1963 - Bezerra de Menezes transmite a mensagem “Unificação” pelo médium F. C.

Xavier, destacando as diretrizes básicas do movimento espírita e do seu trabalho de unificação. - Uberaba - MG - (20/abr) - (Reformador - dez/75)

••••

1970 - Instalação oficial da Seção-Brasília da Federação Espírita Brasileira, por ocasião da inauguração do Prédio do Cenáculo. - Brasília - (03/out)

••••

1970 - Criação dos Conselhos Zonais pelo Conselho Federativo Nacional. - Brasília - (03/out)

Foram criados quatro Conselhos Zonais do CFN (Norte, Nordeste, Centro e Sul), que reuniam-se um a cada semestre para tratar de um único tema previamente estabelecido, e que era concluído, em nível nacional, em uma Reunião Plenária do CFN.

••••

(13)

1975 - O Conselho Federativo Nacional volta a sua atenção ao trabalho de orientação e apoio aos Centros Espíritas. - Brasília - (19 a 21/abr)

Através dos Conselhos Zonais, estuda, no período de abr/1975 a out/1977, quando é aprovado, o documento “A adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades”, que destaca como entender e o que, basicamente, cabe ao Centro Espírita realizar.

Estuda, no período de out/1977 a jul/1980, quando é aprovado, o documento

“Orientação ao Centro Espírita”, que oferece sugestões de como realizar suas atividades básicas.

••••

1977 - Lançamento da Campanha de Evangelização Espírita da Infância e da Juventude. - Rio de Janeiro - (01 a 03/out)

••••

1978 - Transferência do Conselho Federativo Nacional da FEB para sua sede em Brasília. - (01/jul)

••••

1983 - O Conselho Federativo Nacional aprova o documento "Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas". - Brasília - (25 a 27/nov)

Através deste documento, o CFN destaca a importância e a oportunidade do trabalho de união dos espíritas, oferece sugestões para as atividades das Entidades Federativas Estaduais e estabelece as diretrizes básicas que norteiam o trabalho federativo de unificação do Movimento Espírita.

••••

1983 - Lançamento da Campanha do Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita. - Brasília - (25 a 27/nov)

••••

1984 - No seu Primeiro Centenário, a Federação Espírita Brasileira, transfere sua sede para Brasília. - (02/jan)

••••

1985 - O Conselho Federativo Nacional transforma os Conselhos Zonais em Comissões Regionais, instaladas a partir de 1986. - Brasília - (01 a 03/nov)

Os Conselhos Zonais deliberavam sobe temas que lhe eram propostos e que permitiram a aprovação dos documentos “A adequação do Centro Espírita para o melhor atendimento de suas finalidades”, ”Orientação ao Centro Espírita” e

“Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas”.

As Comissões Regionais trabalham com o objetivo de colaborar com as Entidades Federativas Estaduais nas suas atividades de apoio aos Centros Espíritas.

••••

1989 - Realiza-se o Congresso Espírita Internacional/89, promovido e realizado pela Federação Espírita Brasileira. - Brasília - (1 a 5/out)

••••

1993 - O CFN lança as Campanhas “Em Defesa da Vida” e “Viver em Família”. - Brasília - (5 a 7/out)

••••

1995 - Realiza-se o 1º Congresso Espírita Mundial promovido pelo Conselho Espírita Internacional e realizado pela Federação Espírita Brasileira. - Brasília - (1 a 5/out)

••••

1996 - O Conselho Federativo Nacional aprova e lança a Campanha de Divulgação

do Espiritismo. - Brasília - (8 a 10/nov)

(14)

2

OBSERVAÇÕES DE ALLAN KARDEC e DOS ESPÍRITOS SUPERIORES

SOBRE

A DOUTRINA ESPÍRITA e

O MOVIMENTO ESPÍRITA.

(15)

Observações de Allan Kardec e dos Espíritos Superiores sobre

a Origem e o Objetivo da Doutrina Espírita

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, tem por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.

Este livro (O Livro dos Espíritos) é o repositório de seus ensinos. Foi escrito por ordem e mediante ditado de Espíritos superiores, para estabelecer os fundamentos de uma filosofia racional, isenta dos preconceitos do espírito de sistema. Nada contém que não seja a expressão de pensamento deles e que não tenha sido por eles examinado. Só a ordem e a distribuição metódica das matérias, assim como as notas e a forma de algumas partes da redação constituem obra daquele que recebeu a missão de os publicar.”

Allan Kardec (O Livro dos Espíritos - Prolegômenos)

••••

“Ocupa-te, cheio de zelo e perseverança, do trabalho que empreendeste com o nosso concurso, pois esse trabalho é nosso. Nele pusemos as bases de um novo edifício que se eleva e que um dia há de reunir todos os homens num mesmo sentimento de amor e caridade.”

Os Espíritos Superiores (O Livro dos Espíritos - Prolegômenos)

••••

“Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução (...) Vem cumprir, nos tempos preditos, o que o Cristo anunciou e preparar a realização das coisas futuras. Ele é, pois, obra do Cristo, que (ele mesmo) preside, conforme igualmente o anunciou, à regeneração que se opera e prepara o reino de Deus na Terra.”

Allan Kardec - E.S.E. - I -7

••••

“Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem

e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do

homem.”

(16)

Observações do Espírito de Verdade:

“Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado.”

“Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: ‘Trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, a fim de que o Senhor, ao chegar, encontre acabada a obra’, porquanto o Senhor lhes dirá: ‘Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio às vossas rivalidades e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!’ ”

“Mas, ai daqueles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão!”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo”

- Cap. XX - 5 - Os obreiros do Senhor.)

••••

“Venho, como outrora aos transviados filhos de Israel, trazer-vos a verdade e dissipar as trevas. Escutai-me. O Espiritismo, como o fez antigamente a minha palavra, tem de lembrar aos incrédulos que acima deles reina a imutável verdade:

o Deus bom, o Deus grande, que faz germinem as plantas e se levantem as ondas.

Revelei a doutrina divinal. Como um ceifeiro, reuni em feixes o bem esparso no seio da Humanidade e disse: «Vinde a mim, todos vós que sofreis.»”

“Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo.

No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: «Irmãos! nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade.» - O Espírito de Verdade. (Paris, 1860).”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. VI - 5.)

••••

(17)

“Venho instruir e consolar os pobres deserdados. Venho dizer-lhes que elevem a sua resignação ao nível de suas provas, que chorem, porquanto a dor foi sagrada no Jardim das Oliveiras; mas, que esperem, pois que também a eles os anjos consoladores lhes virão enxugar as lágrimas.”

“Em verdade vos digo: os que carregam seus fardos e assistem os seus irmãos são bem-amados meus. Instruí-vos na preciosa doutrina que dissipa o erro das revoltas e vos mostra o sublime objetivo da provação humana.”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. VI - 6.)

••••

“Sou o grande médico das almas e venho trazer-vos o remédio que vos há de curar. Os fracos, os sofredores e os enfermos sãos os meus filhos prediletos.

Venho salvá-los. Vinde, pois, a mim, vós que sofreis e vos achais oprimidos, e sereis aliviados e consolados. Não busqueis alhures a força e a consolação, pois que o mundo é impotente para dá-las. Deus dirige um supremo apelo aos vossos corações, por meio do Espiritismo. Escutai-o.”

“Que, no futuro, humildes e submissos ao Criador, pratiqueis a sua lei divina.

Amai e orai; sede dóceis aos Espíritos do Senhor; invocai-o do fundo de vossos corações. Ele, então, vos enviará o seu Filho bem-amado, para vos instruir e dizer estas boas palavras: Eis-me aqui; venho até vós, porque me chamastes.”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. VI - 7.)

••••

“Deus consola os humildes e dá força aos aflitos que lha pedem. Seu poder cobre a Terra e, por toda a parte, junto de cada lágrima colocou ele um bálsamo que consola. A abnegação e o devotamento são uma prece contínua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras.”

“Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem.”

(“O Evangelho Segundo o Espiritismo” - Cap. VI - 8.)

(18)

Observações de Allan Kardec:

“Um dos maiores obstáculos capazes de retardar a propagação da Doutrina seria a falta de unidade.”

“Somente o Espiritismo, bem entendido e bem compreendido, pode (...) tornar-se, conforme disseram os Espíritos, a grande alavanca da transformação da Humanidade.”

“Um curso regular de Espiritismo seria professado com o fim de desenvolver os princípios da Ciência e de difundir o gosto pelos estudos sérios. Esse curso teria a vantagem de fundar a unidade de princípios, de fazer adeptos esclarecidos, capazes de espalhar as idéias espíritas e de desenvolver grande número de médiuns. Considero esse curso como de natureza a exercer capital influência sobre o futuro do Espiritismo e sobre suas conseqüências.”

“Uma publicidade em larga escala, feita nos jornais de maior circulação, levaria ao mundo inteiro, até às localidades mais distantes, o conhecimento das idéias espíritas, despertaria o desejo de aprofundá-las e, multiplicando-lhes os adeptos, imporia silêncio aos detratores, que logo teriam de ceder, diante do ascendente da opinião geral.”

“Dois ou três meses do ano seriam consagrados a viagens, em visitas aos diferentes centros e a lhes imprimir boa direção.”

(“Obras Póstumas” - Projeto - 1868)

••••

“Outro tanto se dará com o Espiritismo organizado. Os espíritas do mundo todo terão princípios comuns, que os ligarão à grande família pelo sagrado laço da fraternidade, mas cujas aplicações variarão segundo as regiões, sem que, por isso, a unidade fundamental se rompa; sem que se formem seitas dissidentes a atirar pedras e lançar anátemas umas às outras, o que seria absolutamente anti- espírita.”

“Assim acontecerá com os centros gerais do Espiritismo; serão os observatórios do mundo invisível, que permutarão entre si o que obtiverem de bom e de aplicável aos costumes dos países onde funcionarem, uma vez que o objetivo que eles colimam é o bem da Humanidade e não a satisfação de ambições pessoais.”

“O Espiritismo é uma questão de fundo; prender-se à forma seria puerilidade indigna da grandeza do assunto. Daí vem que os centros que se acharem penetrados do verdadeiro espírito do Espiritismo deverão estender as mãos uns aos outros, fraternalmente, e unir-se para combater os inimigos comuns: a incredulidade e o fanatismo.”

“Dez homens unidos por um pensamento comum são mais fortes do que cem que não se entendam.”

(“Obras Póstumas” - Constituição do Espiritismo)

(19)

Observações de Bezerra de Menezes:

“O serviço da unificação em nossas fileiras é urgente, mas não apressado. Uma afirmativa parece destruir a outra. Mas não é assim. É urgente porque define objetivo a que devemos todos visar; mas não apressado, porquanto não nos compete violentar consciência alguma.”

••••

“Mantenhamos o propósito de irmanar, aproximar, confraternizar e compreender, e, se possível, estabeleçamos em cada lugar, onde o nome do Espiritismo apareça por legenda de luz, um grupo de estudo, ainda que reduzido, da Obra Kardequiana, à luz do Cristo de Deus.”

••••

“A Doutrina Espírita possui os seus aspectos essenciais em configuração tríplice.

Que ninguém seja cerceado em seus anseios de construção e produção. Quem se afeiçoe à ciência que a cultive em sua dignidade, quem se devote à filosofia que lhe engrandeça os postulados e quem se consagre à religião que lhe divinize as aspirações, mas que a base Kardequiana permaneça em tudo e todos, para que não venhamos a perder o equilíbrio sobre os alicerces em que se nos levanta a organização.”

••••

“Nenhuma hostilidade recíproca, nenhum desapreço a quem quer que seja.

Acontece, porém, que temos necessidade de preservar os fundamentos espíritas, honrá-los e sublimá-los, senão acabaremos estranhos uns aos outros, ou então cadaverizados em arregimentações que nos mutilarão os melhores anseios, convertendo-nos o movimento de libertação numa seita estanque, encarcerada em novas interpretações e teologias, que nos acomodariam nas conveniências do plano inferior e nos afastariam da verdade.”

••••

“Allan Kardec, nos estudos, nas cogitações, nas atividades, nas obras, a fim de que nossa fé não se faça hipnóse, pela qual o domínio da sombra se estabelece sobre as mentes mais fracas, acorrentando-as a séculos de ilusão e sofrimento.”

••••

“Libertação da palavra divina é desentranhar o ensinamento do Cristo de todos os

cárceres a que foi algemado e, na atualidade, sem querer qualquer privilégio para

nós, apenas o Espiritismo retém bastante força moral para se não prender a

interesses subalternos e efetuar a recuperação da luz que se derrama do verbo

cristalino do Mestre, dessedentando e orientando as almas.”

(20)

“Seja Allan Kardec, não apenas crido ou sentido, apregoado ou manifestado, a nossa bandeira, mas suficientemente vivido, sofrido, chorado e realizado em nossas próprias vidas. Sem essa base é difícil forjar o caráter espírita-cristão que o mundo conturbado espera de nós pela unificação.”

••••

“Ensinar, mas fazer; crer, mas estudar; aconselhar, mas exemplificar; reunir, mas alimentar.”

••••

“Falamos em provações e sofrimentos, mas não dispomos de outros veículos para assegurar a vitória da verdade e do amor sobre a Terra. Ninguém edifica sem amor, ninguém ama sem lágrimas.”

••••

“É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos, sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios.”

••••

“Respeito a todas as criaturas, apreço a todas as autoridades, devotamento ao bem comum e instrução do povo, em todas as direções, sobre as Verdades do espírito, imutáveis, eternas.”

••••

“Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais injustificáveis, privilégios, imunidades, prioridades.”

••••

“Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos.”

••••

“Em cada templo, o mais forte deve ser escudo para o mais fraco, o mais esclarecido, a luz para o menos esclarecido, e sempre e sempre seja o sofredor o mais protegido e o mais auxiliado, como entre os que menos sofram seja o maior aquele que se fizer o servidor de todos, conforme a observação do Mentor Divino.”

(“Unificação” - Psic. F. C. Xavier - Reformador - dez/1975.)

_____

o _____

(21)

“Recordemos, na palavra de Jesus, que “a casa dividida rui”; todavia ninguém pode arrebentar um feixe de varas que se agregam numa união de forças”.

••••

“Jesus, meus amigos, é (...) o exemplo, cuja vida se transformou num Evangelho de feitos, chamando por nós. Necessário, em razão disso, aprofundar o pensamento na Obra de Allan Kardec para poder viver Jesus em toda a plenitude.”

••••

“Unificação, sim. União, também. Imprescindível que nos unifiquemos no ideal espírita, mas que, acima de tudo, nos unamos como irmãos”.

••••

“A tarefa da unificação é paulatina; a tarefa da união é imediata, enquanto a tarefa do trabalho é incessante, porque jamais terminaremos o serviço, desde que somos servos imperfeitos, e fazemos apenas a parte que nos está confiada.”

••••

“Unamo-nos, amemo-nos, realmente, e dirimamos as nossas dúvidas, retificando as nossas opiniões, as nossas dificuldades e os nossos pontos de vista, diante da mensagem clara e sublime da Doutrina com que Allan Kardec enriquece a nova era, compreendendo que lhe somos simples discípulos. Como discípulos não podemos ultrapassar o mestre.”

••••

“Demo-nos as mãos e ajudemo-nos; esqueçamos as opiniões contraditórias para nos recordarmos dos conceitos de identificação, confiando no tempo, o grande enxugador de lágrimas, que a tudo corrige.”

••••

“Não vos conclamamos à inércia, ao parasitismo, à aceitação tácita, sem a discussão ou o exame das informações. Convidamo-vos à verdadeira dinâmica do amor.”

(“Unificação paulatina, união imediata, trabalho constante...” - Psicofonia de Divaldo P. Franco - Reformador - Fev./1976)

_____

o

_____

“Solidários, seremos união. Separados uns dos outros, seremos pontos de vista.

Juntos, alcançaremos a realização de nossos propósitos. Distanciados entre nós, continuaremos à procura do trabalho com que já nos encontramos honrados pela Divina Providência.”

(Bezerra de Menezes - Psicografia de F. C. Xavier Mensagem de União - “Unificação” nov.-dez./1980.)

(22)

Observações de Paulo de Tarso:

“Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha?”

Paulo - (I Co - 14:8)

••••

“Onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade”.

Paulo - (II Co, 3:17)

••••

Observações de Emmanuel:

“Um Centro Espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.”

Emmanuel - (Psicografia de F. C. Xavier - O Centro Espírita - “Reformador” jan./1951)

••••

“Senhor Jesus! (...) Faze-nos observar, por misericórdia, que Deus não nos cria pelo sistema de produção em massa e que por isto mesmo cada qual de nós enxerga a vida e os processos de evolução de maneira diferente.”

Emmanuel - (Psicografia de F. C. Xavier - CFN - “Reformador” fev./1973)

••••

“Trabalhar pela unificação dos órgãos doutrinários do Espiritismo (...) é prestar relevante serviço à causa do Evangelho Redentor junto à Humanidade. Reunir elementos dispersos, concatená-los e estruturar-lhes o plano de ação, na ordem superior que nos orienta o idealismo, é serviço de indiscutível benemerência porque demanda sacrifício pessoal, oração e vigilância na fé renovadora e, sobretudo, elevada capacidade de renunciação”.

Emmanuel - (Psicografia de F. C. Xavier - Unificação - “Reformador” out./1977)

(23)

3

O CENTRO ESPÍRITA:

SEUS OBJETIVOS, SUA ORGANIZAÇÃO e

OS DOCUMENTOS NORTEADORES

DAS SUAS ATIVIDADES

(24)

A ADEQUAÇÃO DO CENTRO ESPÍRITA

PARA O MELHOR ATENDIMENTO DE SUAS FINALIDADES

“O Conselho Federativo Nacional, reunido na sede seccional da Federação Espírita Brasileira, em Brasília (DF), nos dias 1º a 3 de outubro de 1977, com o objetivo de conjugar as Conclusões das reuniões dos Conselhos Zonais da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Zonas, levadas a efeito em Fortaleza (CE), Natal (RN), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ), de outubro de 1975 a abril de 1977, quando estudaram o tema “A Adequação do Centro

Espírita para o melhor Atendimento de suas Finalidades”,

CONSIDERANDO:

1. que o Espiritismo é o Consolador prometido, que veio, no devido tempo, recordar e complementar o que Jesus ensinou, “restabelecendo todas as coisas no seu verdadeiro sentido”, trazendo, assim, à Humanidade as bases reais de sua espiritualização;

2. que é cada vez maior o número de pessoas que buscam no Espiritismo a orientação de que necessitam e a solução para os múltiplos problemas que as afligem;

3. que os Centros e demais entidades espíritas – neste Documento denominados

“Centro Espírita” –, como escolas de formação espiritual e moral que devem ser, desempenham papel relevante na divulgação do Espiritismo e no atendimento a todos os que nele buscam orientação e amparo;

4. que, para bem atender às suas finalidades, o Centro Espírita deve ser um núcleo de estudo, de fraternidade, de oração e de trabalho, com base no Evangelho de Jesus, à luz da Doutrina Espírita;

5. que o Centro Espírita deve ser compreendido como a casa de uma grande família, onde as crianças, os jovens, os adultos e os idosos tenham oportunidade de conviver, estudar e trabalhar;

6. que o Centro Espírita deve proporcionar aos seus freqüentadores oportunidade de exercitar o seu aprimoramento íntimo pela vivência do Evangelho em seus trabalhos, tais como os de estudo, de orientação, de assistência espiritual e de assistência social;

7. que o Centro Espírita deve criar condições para um eficiente atendimento a todos os que o procuram com o propósito de obter orientação, esclarecimento, ajuda ou consolação;

8. que o Centro Espírita, como recanto de paz construtiva que deve ser, precisa manter-se em um clima de ordem, de respeito mútuo, de harmonia, de fraternidade e de trabalho, minimizando divergências e procurando superar o personalismo individual ou de grupo, a bem do trabalho doutrinário, propiciando a união de seus freqüentadores na vivência da recomendação de Jesus: “Amai- vos uns aos outros”;

9. que o Centro Espírita deve caracterizar-se pela simplicidade própria das

primeiras Casas do Cristianismo nascente, com a total ausência de imagens,

paramentos, símbolos, rituais, sacramentos ou outras quaisquer manifestações

exteriores, tais como batizados e casamentos;

(25)

10. que o Centro Espírita, na condição de uma sociedade civil, deve organizar-se não apenas para desenvolver com eficiência as suas atividades básicas, mas também para cumprir as suas obrigações legais;

11. considerando, finalmente, que o Centro Espírita, como unidade fundamental do Movimento Espírita que é, deve manter um clima de entendimento, de harmonia e de fraternidade com relação aos demais Centros Espíritas, procurando unir-se a todos com o propósito de confraternizar, de permutar experiências para o aprimoramento das próprias atividades e de promover realizações em comum;

RESOLVE, por unanimidade, RECOMENDAR que os Centros Espíritas observem no seu funcionamento as seguintes diretrizes:

I - ORIENTAÇÃO:

Reconhecer que a vivência do Evangelho de Jesus-Cristo é o objetivo a ser atingido pela Humanidade.

II - ATIVIDADES BÁSICAS:

a) - Promover, com vistas ao aprimoramento íntimo de seus freqüentadores, o estudo metódico e sistemático e a explanação:

1 - da Doutrina Espírita no seu tríplice aspecto - científico, filosófico e religioso -, consubstanciada na Codificação Kardequiana;

2 - do Evangelho, segundo a Doutrina Espírita;

b) - promover a evangelização da criança, à luz da Doutrina Espírita;

c) - incentivar e orientar o jovem para o estudo e a prática da Doutrina Espírita e favorecer-lhe a integração nas tarefas do Centro Espírita;

d) - promover a divulgação da Doutrina Espírita, também através do livro;

e) - promover o estudo da mediunidade, visando oferecer orientação segura para as atividades mediúnicas;

f) - realizar atividades de assistência espiritual, mediante a utilização dos recursos oferecidos pela Doutrina Espírita, inclusive através de reuniões mediúnicas privativas de desobsessão;

g) - manter um trabalho de atendimento fraterno, através do diálogo, com orientação e esclarecimento às pessoas que buscam o Centro Espírita;

h) - promover o serviço de assistência social espírita, assegurando suas

características beneficentes, preventivas e promocionais, conjugando a ajuda

material e espiritual, fazendo com que este serviço se desenvolva

concomitantemente com o atendimento às necessidades de evangelização;

(26)

III - ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS:

a) - Manter organização própria, segundo as normas legais vigentes, compatível com a maior ou menor complexidade de cada Centro e estruturada de modo a atender às finalidades do Movimento Espírita;

b) - estabelecer metas para o Centro Espírita em suas diversas áreas de atividade, planejando periodicamente suas tarefas e avaliando seus resultados;

c) - facilitar a efetiva participação dos freqüentadores nas atividades do Centro Espírita;

d) - estimular o processo de trabalho em equipe;

e) - dotar o Centro Espírita de locais e ambientes adequados, de modo a atender, em primeiro lugar, às atividades prioritárias;

f) - zelar para que as atividades exercidas em função do Movimento Espírita sejam gratuitas, vedada qualquer espécie de remuneração;

g) - não envolver o Centro Espírita em quaisquer atividades incompatíveis com a Doutrina Espírita;

h) - aceitar somente os auxílios, doações, contribuições e subvenções, bem como firmar convênios, de qualquer natureza e procedência, desvinculados de quaisquer compromissos que desfigurem o caráter espírita da Instituição ou que impeçam o normal desenvolvimento de suas atividades, em prejuízo das finalidades doutrinárias, preservando, assim, a total independência administrativa da Entidade.

IV - ATIVIDADES DE COMUNICAÇÃO:

a) - Promover a difusão do livro espírita;

b) - utilizar os meios de comunicação - inclusive jornais, revistas, boletins informativos e volantes de mensagens, rádio e televisão -, na difusão da Doutrina Espírita e do Evangelho, de maneira condizente com os seus princípios;

c) - incentivar o estudo e a divulgação do Esperanto como instrumento neutro de fraternidade entre os homens e povos do mundo.

V - ATIVIDADES DE UNIFICAÇÃO:

a) - Participar efetivamente das atividades do movimento de unificação;

b) - conjugar esforços e somar experiências com as demais Instituições Espíritas de uma mesma localidade ou região de modo a evitar paralelismo ou duplicidade de realizações.

Brasília (DF), Sala das Sessões, 1º a 3 de outubro de 1977.

_____

o

_____

(Do opúsculo “Orientação ao Centro Espírita” – FEB – 4ª edição – 1996)

(27)

“ORIENTAÇÃO AO CENTRO ESPÍRITA”

(Estudo Indicado)

Dentro do propósito de melhor conhecer “O Centro Espírita: seus objetivos, sua organização e os documentos norteadores de suas atividades”, indicamos o estudo do documento “Orientação ao Centro Espírita”, aprovado pelo CFN da FEB em julho de 1980, onde uma série de “orientações são oferecidas a título de sugestão e subsídio às atividades dos Centros Espíritas, que, em função de suas realidades próprias, poderão adotá-las, parcial ou totalmente, bem como adaptá-las às suas necessidades”.

Referido documento trata das seguintes atividades dos Centros Espíritas:

I – Reunião de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita;

II – Reunião de Estudo Doutrinário;

III – Reunião de Divulgação Doutrinária;

IV – Reunião de Assistência Espiritual;

V – Reunião de Estudo e Educação da Mediunidade;

VI – Reunião de Desobsessão;

VII – Evangelização da Infância;

VIII – Reunião de Estudos Doutrinários e Atividades da Mocidade ou Juventude Espírita;

IX – Serviço Assistencial Espírita;

X – Divulgação e Comunicação;

XI – Culto do Evangelho no Lar;

XII – Atividades de Unificação do Movimento Espírita:

XIII – Reunião de Trabalhadores do Centro Espírita;

XIV – Reunião Comemorativa;

XV – Recomendações Gerais.

_____

o

_____

(Do opúsculo “Orientação ao Centro Espírita” – FEB – 4ª edição – 1996)

(28)

“MANUAL DE ADMINISTRAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES ESPÍRITAS”

(Estudo Indicado)

“Manual de Administração das Instituições Espíritas” é obra destinada a facilitar o trabalho das nossas Casas, por reunir tudo quanto de útil e prático necessitam os seus dirigentes, nesse campo.

Nenhum Centro pode legalmente funcionar sem um estrutura mínima, a partir do seu estatuto devidamente registrado, da sua inscrição nas repartições governamentais, da satisfação periódica de certas obrigações que decorrem do seu regular funcionamento, etc.

Como e quando atender a determinadas exigências legais ou estatutárias? Há, de parte dos dirigentes da Instituição, suficiente familiaridade com os livros de escrituração de Receitas e Despesas, do Patrimônio? Em que termos convém redigir-se uma ata de Diretoria ou de Assembléia Geral?

Enfim, praticamente todos os casos que surgem encontram aconselhamento, orientação de solução neste manual, elaborado com o escopo de dirimir dúvidas e facilitar as coisas para o dirigente espírita, sempre com tantas tarefas doutrinárias a seu cargo e com exígua disponibilidade de tempo.”

(Francisco Thiesen, na Apresentação do “Manual de Administração das Instituições Espíritas”, aprovado pelo Conselho Federativo Nacional da Federação Espírita Brasileira, na reunião de novembro de 1984, em Brasília, DF.)

Assim, indicamos para estudo o “Manual de Administração das Instituições

Espíritas”, que, com seus respectivos modelos e legislação específica, trata dos

seguintes assuntos:

I – Providências para a fundação de uma Instituição Espírita.

II – Providências para o funcionamento de uma Instituição Espírita:

1. Secretaria das Instituições Espíritas;

2. Tesouraria das Instituições Espíritas;

3. Leis fiscais e normas legislativas aplicáveis às Instituições Espíritas;

4. Legislação trabalhista aplicável às Instituições Espíritas.

III – Providências para a filiação ou adesão da Instituição Espírita ao Órgão Federativo (Federação, União ou Órgão local ou regional de Unificação).

IV – Assuntos Diversos:

1. Outros registros a cargo das Entidades Filantrópicas;

2. Licença para construção;

3. Sugestão para instalação da sede do Centro Espírita;

4. Contrato de comodato;

5. Recomendações relativas aos recursos financeiros.

_____

o

_____

(29)

4

AS ENTIDADES FEDERATIVAS:

SEUS OBJETIVOS, SUA ORGANIZAÇÃO e

OS DOCUMENTOS NORTEADORES

DAS SUAS ATIVIDADES

(30)

DIRETRIZES

DA DINAMIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ESPÍRITAS

“O Conselho Federativo Nacional, reunido na Sede Central Federação Espírita Brasileira, em Brasília (DF), nos dias 25 a 27 de novembro de 1983, com o objetivo de apreciar as Conclusões das reuniões dos Conselhos Zonais da 1ª, 2ª, 3ª e 4ª Zonas, levadas a efeito em Rio Branco (AC), Maceió (AL), Cuiabá (MT) e São Paulo (SP), de abril de 1982 a outubro de 1983, quando estudaram o tema “Diretrizes da Dinamização das Atividades Espíritas”,

I - CONSIDERANDO:

a) que, na fase de transição por que passa a Humanidade, a Doutrina Espírita desempenha um importante papel, oferecendo, com lógica e segurança, a consolação, o esclarecimento e a orientação de que os homens hoje necessitam;

“Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado.”

(O Espírito de Verdade - Os Obreiros do Senhor - “O Evangelho segundo o Espiritismo” - Allan Kardec.)

b) que se faz necessário colocar ao alcance e a serviço de todos a mensagem consoladora e esclarecedora que a Doutrina Espírita oferece;

“Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram.”

(O Espírito de Verdade - O advento do Espírito de Verdade - “O Evangelho segundo o Espiritismo” - Allan Kardec.)

“Libertação da palavra divina é desentranhar o ensinamento do Cristo de todos os cárceres a que foi algemado e, na atualidade, sem querer qualquer privilégio para nós, apenas o Espiritismo retém bastante força moral para se não prender a interesses subalternos e efetuar a recuperação da luz que se derrama do verbo cristalino do Mestre, dessedentando e orientando as almas.”

(Bezerra de Menezes - Psicografia de F. C. Xavier - Unificação - “Reformador” dez./1975.)

c) que é de vital importância para o estudo, a difusão e a prática da Doutrina Espírita, que os Centros Espíritas, unidades fundamentais do Movimento Espírita, desenvolvam suas tarefas de maneira a mais ampla possível, procurando atender plenamente às suas finalidades;

“Um Centro Espírita é uma escola onde podemos aprender e ensinar, plantar o bem e recolher-lhe as graças, aprimorar-nos e aperfeiçoar os outros, na senda eterna.”

(Emmanuel - Psicografia de F. C. Xavier - O Centro Espírita - “Reformador” jan./1951.)

Referências

Documentos relacionados

Tratando-se de texto elaborado com o objetivo de orientar e colaborar com os Centros e demais instituições espíritas na realização aos seus nobres propósitos de promover o estudo,

A Federação Espírita Brasileira, fundada desde o ano-bom de 1884, por Elias da Silva, Manoel Fernandes Figueira, 174 Pinheiro Guedes 175 e outros companheiros do

1 - Estudo etnobotânico de plantas medicinais nativas de Ipameri - A partir de agosto de 2004 até abril de 2005, foram realizadas entrevistas com pessoas da região de

O Caderno de Atividades será o seu guia diário que vai orientar, passo a passo, o que fazer no trabalho de campo e como você pode realizar o diagnóstico das condições de vida e

A Sociedade União e Instrução Espírita, surgida em 1901 como resultado de uma unificação entre espíritas pertencentes a outras seis sociedades dedicadas ao estudo do espiritismo,

O teor de C orgânico do solo mostrou-se um parâmetro eficiente quando correlacionado com o teor de N absorvido por plantas de arroz irrigado no primeiro cultivo, superando os

Pela reencarnação, todos os homens são solidários no passado e no futuro e, como as suas relações se perpetuam, tanto no mundo espiritual como no. corporal, a fraternidade tem

O documento de Filosofia de Alarmes novamente foi essencial para orientar a equipe na correta aplicação dos conceitos e definições associados ao sistema