Caso prático 1
Em 11 de Dezembro em 2007 A comprou a B uma caixa externa dijitos 2.5 pelo preço 30.4€.
Em 14 de Dezembro de 2007 A recebeu via postal e à cobrança o bem adquirido, tendo o porte a quantia total 38.54€, correspondente ao preço acordado, acrescido dos portes de envio no dia seguinte. A instalou a referida caixa no seu computador e colocou o mesmo em funcionamento, imediatamente após efectuar a ligação a caixa queimou-se tendo consequentemente danificado o disco rígido do seu computador, de imediato A comunicou a B o ocorrido e por carta, a 17 de Dezembro de 2007 devolveu a B a referida caixa externa solicitando a sua troca e pagou 3.60€de custos de petição da devolução.
B aceitou devolver o preço a A da referida caixa externa, tendo remetido uma nota de credito em 05 de Janeiro de 2008.A não aceitou por pretender também ter repartido dos portes de envio e cobrança por ele pago e da destruição do disco rígido.
Disco rígido da marca Toshiba excedeu ao valor de 65€
QUID JURI: Fundamente as suas respostas na Lei.
Resposta:
Entre A e B foi celebrado o contrato compra e venda que está regulado no Artº 874C.C., este regime jurídico impõe que a coisa alienada e adquirida deva cumprir a função a que se destina.
Por força do artigo 921 se o vendedor estiver obrigado por convenção entre as partes ou por força do uso a garantir o bom funcionamento da coisa vendida, cabe-lhe garantir o bom funcionamento dessa coisa reparada ou substituída se a coisa tiver natureza fungível (coisa de igual género, qualidade e quantidade) Independentemente da culpa ou do erro.
Nos termos do Artº 921 n2 o prazo de garantia espira ao fim de 6 meses após entregas da coisa, se os usos não estabelecerem um prazo maior. O defeito de funcionamento por força do n3 do mesmo Artº deve ser denunciado dentro do prazo de garantia e salvo disposição em contrario, até 30dias depois de conhecido por outro lado a Lei de defesa do consumidor Lei n24/96 31 julho, com alterações produzidas pelo decreto Lei 67/2003 de 8 de Abril de 2003 que transpõem a directiva comunitária 1999/44/CE 25 Maio, que o seu Artº 4 estabeleceu os bens e serviços destinados ao consumo, devem estas optar a produzirem os efeitos que se atribuem, e de acordo com o Artº 9n5 da citada Lei de forma adequada, ás expectativas dos consumidores.
Nos termos do Artº 12n1 da mesma Lei, ( Lei de defesa do consumidor) esta tem direito a assistência por venda pelo período duração média normal dos produtos, e tem ainda direito a
indemnização dos danos patrimoniais e não patrimoniais resultante do fornecimento de bens ou serviços defeituosos.
A mesma Lei estabelece que devem aqui incluir-se todas as depesas necessárias para repor o bem em conformidade com o contrato incluindo designadamente despesas de mão de obra, transportes e material.
O consumidor pode exercer estes direitos a menos que constitua abuso de direito nos termos gerais, deste modo parte a legislação aplicável, o consumidor tem a resolução do contracto com a devolução de tudo o que foi pago, nomeadamente o preço do produto e das despesas acessórias e ainda à quantia acrescida da indemnização por danos, por se encontrarem preenchidos os requisitos cumulativos que são pressupostos do instituto da responsabilidade civil, o montante deve ser acrescido em indemnização por dano uma vez em que estão reunidas os pressupostos cumulativos da responsabilidade civil, conforme vem definido no Artº 483C.C. e que são facto ilícito, imputado do facto ao agente dano nex-causalidade entre o facto e o dano.