• Nenhum resultado encontrado

ASPECTOS CLÍNICOS DA CATARATA NO C Ã O *

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ASPECTOS CLÍNICOS DA CATARATA NO C Ã O *"

Copied!
7
0
0

Texto

(1)

ASPECTOS C L ÍN IC O S DA C A TA R A TA N O C Ã O

*

P A U L O S É R G I O DE MOR A ES BARROS Pr o f e s s o r A s s o c i a d o Fac u l d a d e de M e d i c i n a V e t e r i n á r i a e Z o o t e c n i a da USP

SARROS, P.S.M. A s p e c t o s c l í n i c o s da c a t a r a t a no cão. Re\\

Fac. Med. Vet. Zootec. Unnk. S. Paulo, 26(2): 199-206, 1989.

RESUMO: S ão a p r e s e n t a d o s os r e s u l t a d o s o b t i d o s do es t udo de 289 cães, c uj o o b j e t i v o foi a n a l i s a r os d a d o s com respeito à incidê n ci a da c a t a r a t a nas d i f e r e n t e s raças, bem como o g r au de e v o l u ç ã o e idade de seu a p a r e c i m e n t o em n os s o meio.

UNITERMOS: C atarata, cães; G l o b o ocular, c r i s t a l i n o

INTRODUÇÃO

A impo rt â nc i a da c a t a r a t a n o c ã o é no t a d a não só em nosso meio, mas e m vários c e n t ros de es t u d o de of t alm o log i a v e t e r i n á r i a e com p ar a d a . Em al g u n s de s tes centros, v ár i as i nvest i g a ç õ e s c i e n t í f i c a s têm sido elaboradas no s e n t i d o de se e s t a b e l e c e r e m padrões, e se ape rf ei ç o a r e m t ra t a m e n t o s inerent e s a catarata.

Entr e nós, p o u c a s são as infor m açõ e s r e l a t i v a s a esta afecção, p r i n c i p almente, no que tange a incidência, quadro c l í n i c o e evolução.

Este t r a b a l h o t em por o b j e t i v o a p r e s e n t a r d a d os c o m respeito a i n c id ê nc i a da a f e c çã o nas d i f e r e n t e s raças, grau de e vol u ç ã o e idade de s eu a p a r e c i m e n t o n o c ão em nosso meio.

UTERATURA

A c ata r at a é d e f i n i d a co mo toda o p a c i d a d e do cristalino, d e s c r i t 8 no h o m e m pela p r i m e i r a vez por Hipocrates s e n d o q ue nos a n i m a is ela é relatada, ainda que de m a n e i r a su p er fi ci al , no S é c u l o XVII. S o m e n t e a partir da d é c a d a de 60 é que m a i o r c o n c e n t r a ç ã o de dados relativos à c a t a r a t a são fornecidos.

* Trabalho r e a li z ad o na D i s c i p l i n a de P a t o l o g i a e C l í n ica Cirúrgicas d o D e p a r t a m e n t o de C i r u r g i a e Setor de O f tal m olo g ia do Hospital V e t e r i n á r i o da F a cu ldad e de Medicina V e t e r i n á r i a e Z o o t e c n i a da U n i v e r s i d a d e de São Paul o

A c l a s s i f i c a ç ã o da c a t a r a t a t em sido feita de d i f e r e n t e s formas, s e g u n d o o p a r â m e t r o u tilizado, a saber, gra u de d e s e n v o l v i m e n t o , idade de a p a r e c i m e n t o e a s s o c i a ç ã o a ou t r a s p a t ol ogias .

Q u a n t o ao g r a u de d e s e n v o l v i m e n t o a ca ta r a t a é de n o m i n a d a incipiente, imatura, m a t u r a ou h i p e r m a t u r a . A c a ta r a t a i n c i pient e é r e p r e s e n t a d a por p e q u e n a o p a c i d a d e d o c r i stali no, se m a l t e r a ç ã o im por t a n t e da visão, podervdo o fundo d o o lho ser o b s e r v a d o a t r a v é s da o f talmoscopia.

Na c a t a r a t a imatura a o p a c i d a d e a t i n g e q u a s e toda a e s t r u t u r a do c r i sta lin o, s e ndo as a l t e r a ç õ e s de visã o m a is intensas, s o m e n t e se o b s e r v a n d o o r e f l e x o do fundo d o olho sem p o s s i b i l i d a d e de sua vis ua l i z a ç ã o . Na c a t a r a t a m a t u r a a o p a c i d a d e é total leva nd o o animal a cegueira, q u a n d o bila te r a l , com r e f l e x o d o fundo de olho, n ão mai s p e r c e p t í v e l ao exame. No e s t á g i o de h i p e r m a t u r i d a d e o c r i s t a l i n o t o r n a - s e de v o l u m e menor, co m l i q ú e f a ç ã o d o có r t e x e e n r u g a m e n t o da cápsula, a c a r r e t a n d o m a i o r p r o f u n d i d a d e da c â m a r a a nt er io r ( SMYTHE 5 6 , 1956; S T A R T U P 3 7 , 1969; M A G R A N E 2 5 , 1971;

SEVER IN 3 A , 1976; B I STN ER et alii 9 , 1977; SLA T T E R 3 5 , 1981 ; D Z I E Z Y C & 8 RO O K S 1 3 ( 1983; P E I F F E R JUNIOR & BOWMAN 2 8 , 1985).

O u t r o c r i t é r i o b a s t a n t e u t i l i z a d o p a r a a c l a s s i f i c a ç ã o da c a t a r a t a b a s e i a - s e na é p oca do a p a r e c i m e n t o da opac id a d e . A c a t a r a t a é d i t a c o n g ê n i t a q u a n d o sur ge já ao n a s c i m e n t o ; juvenil, q u a n d o ocorre após o n a s c i m e n t o até os 6 anos (GWIN & GELATT 19, 1981 e D Z I E Z Y C & BR O O K S 1 3 , 1983) e senil q u a n d o a p a r e c e em a n i m a is idosos (PEIFFE R J UNIOR & B O W M A N , 1985).

S E VE R IN 34 (1976) c o n s i d e r a jo vens os a n i m a i s c o m até 8 anos de idade e M A G R A N E 24 (1969) a q u el e s com idade inferior a 7 anos.

M A G R A N E 24 (1969), e s t u d a n d o 4 2 9 cães c o m catarata, o b s er v a q u e 362 são p o r t a d o r e s de c a t a r a t a juvenil, e 40 da forma s e n i l .

S e g u n d o M A G RANE 24 (1969) e S E VERI N 54 (1976) a n i ma i s da raça P o o d l e m o s t r a m p r e d i s p o s i ç ã o à c at arata j u v e n i l .

A c a t a r a t a p ode ainda ser c l a s s i f i c a d a e m pr im á r i a e sec undá ria , na d e p e n d ê n c i a o u nã o da e x i s t ê n c i a de af e c ç õ e s o c u l a r e s ou s i s t ê m i c a s (CURTIS 1 1 , 1982 e BARNETT 5 , 1985).

C ata r a t a p r i m á r i a h e r e d itári a, e s t u d a d a por CURTIS (1982), é d e s c r i t a em v ár i a s raças de cães, como o Sc h n a u z e r M i n i a t u r a (RUBIN et alii 3 3 , 1969), B eagle ( A N DERS EN & S C H ULT Z \ 1959 e H1RTH et alii 2 1 , 1974), A f g h a n Hound (RO BER TS & HELPER 3 0 , 1972), S t a n d a r d P o o d l e (RUBIN & FLOWER S 3 2 , 1972 e BARNETT & S T AR T U P 6 , 1985), C ook e r Spaniel (YAXL EY et alii 40' 1971; OL E S E N et alii 2 , 1974; YAKLEY 3 , 1978), G o l d e n Retri v e r (GELATT , 1972; RUBIN , 1974; BARNET T 3 , 1978), B o s t o n Terrier (BARNETT 3 , 1978 e CU R T I S , 1984), West H i g h l a n d Whi t e Ter r ier ( N A R F S T R O M 2 , 1981), S t a f f o r d s h i r e Bull Terrier (BARNETT 3 ' 1978), Fox T e r ri er (BARNETT , 1978),

(2)

200 BARROS, P.S.M.

Aspectos clínicos da catarata no d o

Pastor A l e m ã o (H I PEL 2 0 , 1930 e BARNETT 5 , 1985), Pointer (HOST & SVEI SON 2 2 , 1936), L ab ra do r R e t r ie ve r (BARNETT 3 , 1978), Che sa p ea k Bay R et r i v e r (GELATT et alii 1979) e Uelsh Spr i n g e r Spaniel (BARNETT 1980).

A cat a ra t a c o n g ê n i t a pode ser h e r e d i t á r i a (ANDERSEN

& SCHULTZ 1 , 1959; OL ES EN et alii 2 7 , 1974; GELATT et alii 1983) ou d e c o r r e n t e de ou t ras causas. A s s i m SHYTHE (1956); S T ARTUP 37 (1969); G RIM E S 18 (1973) indicam como causas da c a t a r a t a c o n g ê n i t a a pe rs i s t ê n c i a da art éri a h i a l ó i d e a e da m e m b r a n a pupilar, e n q u a n t o que KOCH i RUBIN 23 (1967) a t r i b u e m fatores tóxicos, m et ab ó l i c o s e inf e cc io so s da mãe, d u r a n t e a gestação, o d e s e n v o l v i m e n t o d e s t e tipo de catarata.

GRIMES 18 (1973) r e lacion a a c at a r a t a c o n g ê n i t a com outras a n o ma l i a s como a micr o fta l mia , a lte r a ç õ e s pupilares, nistagmo, p r e g a s ^ d i s p l a s i a e d e s c o l a m e n t o s de retina e BARR1E et alii (1979) r e f e r e m a c ata r a t a c on gên i ta a s s o ci a da ta mb ém a lenticone.

A a s s o c i a ç ã o da catar a t a co m ou tr as p a t o l o g i a s oculares, como a atrofia p r o g r e s s i v a da retina, é de sc ri t a em P o o d l e M i n i a t u r a e C oc ke r Spaniel Inglês (BARNETT 1985) a l é m de c at a r a t a s ec undária, a u v e í t e e luxação d o c r i s t a l i n o (BARNETT 2, 1972), a p r e s e n ç a de pi g men t o na c á p s ul a anter i o r (BARNETT ^, 1985). Alé m disso, a c a ta r a t a tem sido t a m b é m a s so ci ad a a af e c ç õ e s sistêmic a s como d e f i c i ê n c i a s n u t r i c i o n a i s (BARNETT 2, 1972 e GLAZE 4 B L AN CH AR D 1 7 , 1983), d i a b e t e s m e ll i t u s (BERNIS et alii 8 , 1984 e BARN E TT 5 , 1985) e der m ato p a t i a s ( C H A M BERLAIN & BAKER 1°, 1974 e POMORSKI et alii 2 9 , 1982).

.MATERIAL E MÉTODO

Animais

for a m u t i l i z a d o s 289 a n i m ai s da e s p é cie canina, 143 machos e 146 fêmeas, de raças e idades variadas, se l eci o nad o s d e n t r e os que fo r a m e n c a m m i n h a d o s ao Setor de O f t a l m o l o g i a do Hospital Veteri ná ri o, no â m bit o da di s cip l ina de P a t ol o gia e C l i n i c a C i r ú r g i c a s da facu l dad e de M edi c i n a V e t e r i n á r i a e Z o o t e c n i a da U n i v e r s i d a d e de São Paulo, no p e r i o d o de m a r ç o de 1981 a n o v e m b r o de 1985.

fropedéuúca do Globo (Jíular

0 exa m e de ambos os olh os foi r e a l i z a d o para o di a gn o s t i c o das d i f e r e n t e s afecções. Os animais po rt ador e s de c a ta ra ta foram ex aminados, c o m especial atenção, qu a n t o ao reflexo pup il ar a luz, d i r e t o e consensual, para avaliação, ai nda que precária, da fu nção da retina e de outras a fe c ç õ e s associadas.

A s eguir i n stilo u-s e uma a duas gotas d e colírio** à base de T r o p i c a m i d e 1X, r e p e t i n d o - s e a a p l i c a ç ã o a cada

10 min utos, até o b t e n ç ã o de mid r í a s e . Os o l hos foram e n t ão e x a m i n a d o s sob luz de b a i x a intensidade, com a u x ílio de lupa b i n o c u l a r c o m a u m e n t o de 4 v e z es*** e foco de luz e o f t a l m o s c ó p i o d i r e t o * * * * . Os dados foram a not a d o s em ficha padrão, s e g u n d o m o d e l o da U n i v e r s i d a d e de Illi noi s**** *, para u l t e r i o r análise.

A c a t a r a t a foi ent ã o c l a s s i f i c a d a s e g u n d o o grau de e v o l u ç ã o - incipiente, imatura, m a t u r a e hi pe rmatura (Fig. 1) e a idade de a p a r e c i m e n t o da opacid a d e , ou seja, c ongênita, perce p t í v e l ao n a s c i m e n t o , juvenil, que se m a n i f e s t a até os 8 an os de idade e senil, acima desta

1 d a d e .

RESULTADOS

Os 289 a n i m a i s e x amin ado s, 143 m a c h o s e 146 fêmeas, p o r t a d o r e s de cat ara ta, que c o n s t i t u í r a m a amostragem de s t e trabalho, f o r a m a g r u p a d o s por raça, d e m o n s t r a n d o uma incid ênc ia de 79 cãe s S e m R a ç a De f i n i d a ; 67 da raça Poodle; 51 Co c k e r Spaniel Inglês; 26 Pa s t o r Alemão; 17 Pe quinès; 7 P i n s c h e r Mini at u r a ; 4 A f g h a n Hound; 4 Collie;

3 S c h n a u z e r M i n i at ura; 3 Fila 8 r asil eir o; 2 D a schund; 2 C ock er Spaniel Americ ano ; 2 Dá lmata ; 2 Pointer; 2 Akita;

2 S h e l t i e e em 1 animal d a s raças Oo g Alemão, Boxer, Beagle, Se tter Irlandês, P a s t o r Belga, Doberman, Y o r k s h i r e Terrier, Fox Terrie r P ê l o de Arame, Airedale, Wh ippet, W e i m a r a n e r e O l d E n g l i s h S h e e p Dog.

A l t e r a ç õ e s a s s o c i a d a s à c a t a r a t a fora m observadas:

in t u m e s c è n c i a d o c r i s t a l i n o em 21 animais, atrofia p r o g r e s s i v a da re tina e m 17 animais, u v e í t e em 13 cães, d e s p i g m e n t a ç ã o em 9 animais, a t r o f i a da íris em 6 animais, luxaçã o d o c r i s t a l i n o em 6 animais, e s c l e r o s e em 4 animais, g l a u c o m a e m 3 animais, m i c r o f t a l m i a em 3 animais, p e r s i s t ê n c i a da m e m b r a n a p u p ila r em 3 animais, p i g m e n t o na c á p s u l a a n t e r i o r em 2 animais, asteróide h i a l i t e em 2 cães, hi f e m a em 1 animal, bu f t a l m i a em 1 animal, c e r a t o c o n j u n t i v i te seca em 1 animal e diabetes m e l l i t u s em 1 animal.

R e l a t i v a m e n t e ao sexo, a p o r c e n t a g e m de aparec i m e n t o da c a t a r a t a m o s t r o u - s e igua lme nte d i s t r i b u í d a entre m a c h o s (49,5%) e fêmeas (50,5%). C u a n d o consideradas, isoladamente, as raças co m m a i or amost ragem , a frequência e m mach os e fêmeas a s s u m i u v a l o r e s de 45 ma c h o s (5 7, 0X) e 34 fêmeas (4 3,0X) nos a n i m a i s S e m Raç a Definida, 26

** M Y 0 R I ACYL 1X - A l c o n l a b o r a t ó r i o s do Brasil S.A.

*** KEELER I N S T R U M E N T O S LTDA

**** WE LCH - ALLYN

***** HELPER, L.C. C o l l e g e of V e t e r i n a r y Medicine, U n i v e r s i t y of Illinois. Comunicação Pessoal, 1982.

Rev. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 26(2):199-206, 1989.

(3)

BARROS, P.S.M.

Aspectos clín icos da catarata no cao.

201

machos (38,2%) e 42 fêmeas (61,8%) nos a n i m a i s da raça Poodle, 20 m ac h os (38,5%) e 32 fêmeas (61,5%) nos anim ais da raça C ock e r Spaniel Inglês e 17 m a c h o s (63,0%) e 10 fêmeas (37,0%) nos da raça P a s t o r Alemão.

C a tar a t a i nc i p i e n t e unila t e r a l foi o b s e r v a d a 37 vezes, in c ip i e n te bilateral 31 vezes, imatura unilat era l 65 vezes, imatura bilateral 36 vezes, m a t u r a un il a ter a l 82 vezes, m a t u r a bila te ra l 104 vezes, h i p e r m a t u r a unilateral 12 v e zes e h i p e r m a t u r a bil ate r al 2 vezes.

Ca t arata ma t u r a bilat er al foi o b s e r v a d a em 3 6 , 0 % dos animais.

C o n s i d e r a n d o os a n i mais p o r t a d o r e s de ca t a r a t a matura bilateral, a n a l i s o u - s e a sua d i s t r i b u i ç ã o em animais jovens ( ca t a r a t a juvenil) e idosos ( c a tar a ta senil). A s s i m é que, c a t a r a t a juvenil ( an im ai s de 0 a 8 anos) mat u ra b i l at e r al foi o b s e r v a d a em 7 1 , 9 % d os cães Sem Raça Definida, 8 2 , 4 % dos cães da raça Poodle, 8 7 , 5 % dos da raça C oc k er Spaniel Inglês, 100% dos da raça Pastor A l e m ã o e em a penas 3 3 , 3 % dos da raça Pequ inés . Ao contrário, os a n i m ai s da raça P e q u i n ê s m o s t r a r a m mai or p o r c e n t a g e m de c a t a r a t a senil (a n ima i s c o m mai s d e 8 anos) mat u ra bilateral, a saber 66,7%, s e g u i d o s dos animais S e m Raça D e f i n i d a (28 ,2% ) dos da raça Po o d l e (17,6%), dos da raça C oc ke r Spaniel Inglês (12,5%) e dos da raça Pa s t o r A l e m ã o (0%).

C ata r at a c o n g ê n i t a foi d i a g n o s t i c a d a em 13 anim a is sendo 1 S em Raça Definida, 2 da raça P as t o r A l e m ã o e 8 da raça Cocker Spaniel Inglês. Em todos e s s es a n i m a i s a catarata foi in c i p i e n t e e de o c o r r ê n c i a bilater a l.

COMENTÁRIOS

A ca t a r a t a talvez seja a m ai s im po rt a n t e a f e c ç ã o dos olhos do cão, por levar, na m a i o r i a das vezes, o animal à cegueira e c o n s e q ü e n t e perd a da função, p r i n c i p a l m e n t e d ep en de n do d o t r a b a l h o a q ue ele se de stina, c o m o também por seu t r a t a m e n t o c i r ú r g i c o re p res e nta r , nos ú l t i m o s 20 anos, o gr a n de a v a n ç o da c i r u r g i a int r a o c u l a r nesta espécie.

A incidência da c a t a r a t a na e s p é c i e can i na m o s t r a - s e igualmente d i s t r i b u í d a e nt r e ma c h o s e fêmeas, s e g und o MAGRANE 24 (1969). Esta o b s e r v a ç ã o c o i n c i d e c o m os nos s os resultados onde os m a c h o s r e p r e s e n t a r a m 4 9 , 5 % e as fêmeas 5 0,5% dos animais, q u a n d o c o n s i d e r a d a toda p o p u l a ç ã o estudada.

An a lis a nd o - s e, isoladamente, os a n i m a i s d as raças Pastor Alemão, C o c k e r Spaniel Inglês, P o o d l e e os Sem Raça Definida, os r e sultados obtidos, q u a n t o a f r eq u ênc i a da ca t ara t a em m a c h o s e fêmeas, ind ica m uma d i f e r e n ç a de incidência e n t r e os sexos, d i f e r e n ç a esta pr ov av elmente d e v i d a à p e q u e n a a m o s t r a g e m de cada raça.

De n tre as p a t o l o g i a s o c u l a r e s a s s o c i a d a s à catarata, a atrofia p r o g r e s s i v a da retina d e s c r i t a no P o o d l e e no

Co c ker Spaniel por BARNETT (1985) foi por nós d i a g n o s t i c a d a em 17 a n i m a i s s e ndo 10 da raça Poodle, 3 S e m R aça Def inida , 2 da raça P i n s c h e r M i n i a t u r a e 1 da raça Fox T e r rie r P ê l o de A rame. Ou t r a s p at ol og ia s o c u l a r e s a s s o c i a d a s à c a t a r a t a e por nós o b s e r v a d a s in c l uíra m u v e í t e (13 anim ais), a t r o f i a da íris (6 a n imais), e s c l e r o s e (4 anim ais), g l a u c o m a (3 animais), m i c r o f t a l m i a (3 a nimais), p e r s i s t ê n c i a da m e m b r a n a p u p i l ar (3 ani mai s), p i g m e n t o da c á p s u l a a n t e r i o r (2 a n imais), a s t e r ó i d e h i a l i t e (2 anima is), s í n d r o m e d o olho do Cot lie (2 anima is) , h i f e m a (1 animal), b u f t a l m i a (1 animal) e c e r a t o c o n j u n t i v i te seca (1 animal).

Est as a l t e r a ç õ e s têm si do d e s c r i t a s por d i f e r e n t e s autores, c o m e x c e ç ã o da s í n d r o m e do o l h o do Col lie, por nós o b s e r v a d a em 2 animais.

0 e s t u d o das p a t o l o g i a s a s s o c i a d a s à c a t a r a t a é de r e le v a d a imp o r t â n c i a pois, na d e p e n d ê n c i a de suas p r e s e n ç a s p r o p o r - s e - á a c o n d u t a terap êut ica.

Na p r e s e n ç a de a t r o f i a p r o g r e s s i v a da retina, g l aucoma, m i c r o f t a l m i a , p e r s i s t ê n c i a da m e m b r a n a pupilar, s í n d r o m e do o l h o do Collie, b u f t a l m i a e c e r a t o c o n j u n t i v i t e seca, a s s o c i a d o s a c a t a r a t a não se

indica a facect omi a. Por o u t r o lado, a n imai s c o m atro fi a da íris ou p i g m e n t o na c á p s u l a anter ior, ind i c a t i v o s de uv e í t e pregress a, l u xa ção do c r i s t a l i n o , u v e í t e m an i f e s t a ou d i a b e t e s m e l l itu s, d e v e m ser a v a l i a d o s c r i t e r i o s a m e n t e p a r a p o s t e r i o r ind i c a ç ã o da c i r u r g i a da cata ra ta .

C H A M B E R L A I N & BAKER 10 (1974) e POMOR SK I et alii 29 (1982) d e s c r e v e r a m a o c o r r ê n c i a d e d e r m a t i t e al érgica a s s o c i a d a à c a t a rata. F o r a m o b s er vadas , e m 9 animais, m a n i f e s t a ç õ e s d e r m a t o l ó g i c a s r e p r e s e n t a d a s por d e s p i g m e n t a ç ã o junto ao focinho, lábios, rima pal p e b r a l e bol sa escrot al, a l é m da p e r d a d e b r i l h o d o pelame, a l t e r a ç õ e s estas qu e p o d e m estar r e l a c i o n a d a s à d e r m a t o p a t i a d e s c r i t a por e s ses a u t o r e s ou rep r e s e n t a r uma no va síndrome.

A c a t a r a t a p r i m á r i a h e r e d i t á r i a tem s i d o d e s c r i t 8 e x a u s t i v a m e n t e em d i f e r e n t e s raças de cães. E m nos s o meio, ela é e x t r e m a m e n t e d i fícil d e ser di a g n o s t i c a d a , po i s r equer u m e s t u d o de v á r i a s g e r a ç õ e s p a r a q u e se p o ss a pro v a r a sua h e r e d i t a r i e d a d e e seus mo dos de t r a nsm issão , em b o r a al g u n s a n i m a i s a p r e s e n t e m lesões t í pi c as da raça.

M A GRA NE ^ (1969), e s t u d a n d o 4 2 9 cães de várias raças, o b s e r v o u q u e a penas 1,4% e r a m p o r t a d o r e s de c a t a r a t a cong êni ta. Es te tipo de c a t a r a t a foi por nós d i a g n o s t i c a d a e m 13 a n i m a i s (4,5%), sen d o 7 vezes não a s s o c i a d a a o u tra patolog ia, 3 v e ze s à m i c r o f t a l m i a e 3 v e zes à p e r s i s t ê n c i a da m e m b r a n a pupilar, o que c o incide, em parte, c o m os a c h a d o s d e s c r i t o s por SMYTHE 36 (1956); S T A R T U P 37 (1969); GR 1 M E S 18 (1973). Na c a t a r a t a co ngêni ta, se m p r e nã o pro gre ssiv a , ambos os o l hos são a fetados, mas n ão n e c e s s a r i a m e n t e c o m o m e smo g r a u de evolução. Em no s s a s o b s e r v a ç õ e s elas se mp re se a p r e s e n t a r a m s o b a forma i nci pi e n t e e bilater a l .

Rev. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 26(21:199-206, 1989.

(4)

202 BARROS, P.S.M.

Aspectot clínicos da catarata no cáo

C o n s i d e r a n d o o grau de e v o l u ç ã o da ca t ara t a o b s e r vou - s e q u e 104 a n imais (36%), dos 289 e x aminados, a p r e s e n t a r a m c at a r a t a matura b i lateral com c o n s e q ü e n t e cegueira. A n i m a i s c o m estas c a r a c t e r í s t i c a s são c an di dat o s p o t en c i a i s à facectomia. S e g und o BARNETT 2 (1972), a c i r u r g i a da cata r a t a nas de ma is formas de e vo l u ç ã o e m nada contribui para a m e l h o r a da visão.

Qua n do a c a t a r a t a é h i per m atu r a, bilateral ou unilateral a ss o c i a d a à forma matura, ne m sempre a c i r urgia é indicada, uma vez q ue o c r i s t a l i n o pode se a p r ese n tar c om seu córtex liqüefeito, p o s sib i lit a ndo , e v e ntualmente, ao animal r e t or no da visão.

No at i n e n t e è época dc a p a r e c i m e n t o da catarata, a maior i a dos auto r es foram eva siv o s nc senti do de limitar n u m eri c a m e n t e a idade dos animais. No entanto, GWIN &

GEIATT 19 (1981) e 0 2 1 EZYC & 3ROOICS 13 (1983) c l a s s i f i c a r a m como juvenil a c a t a r a t a que se ma n i f e s t a até os 6 anos de idade, e n q u a n t o q ue para SEVERIN 34 (1976) s o m e n te os a n imais co m mais de 8 anos foram c o n s i d era d os idosos, o que nos pa r ece mais adequado:

U t i l i z a n d o este últ i m o c r i t é r i o e c o n s i d e r a n d o apenas os a n i m a is p o r t a d o r e s da c a t a r a t a mat u ra bilateral, o b s e r v o u - s e que a fr e qüê n c i a de c a ta r a t a juvenil foi v i s i v e l m e n t e m ai o r nos cães S e m R aç a D e fi n i d a (71,9%), nos da raça Po o d l e (82,4%), C o c k e r Spaniel Inglês (87,5%) e P astor A l e m ã o (100%), e x c e ç ã o feita aos da raça P e qu i n é s que a p r e s e n t a r a m ma ior incidênc i a de cat arata senil (66,7%).

MAGR A NE 24 (1969) e S E V E R I N 34 (1976) fizer a m referê n cia a alta incidência da c a t a r a t a juvenil em cães da raça Poodle, c o i n c i d i n d o c o m no ss as o bs er va çõ es.

É importante, ainda, s a l ie nt ar q u e a c l a s s i f i c a ç ã o da c a t ara t a e m juvenil e senil é de e x t r ema impo rtâ n cia para a in dicação da facectomia. V 1 E R H E L I E R 38 (1962) e MAGRANE 24 (1969) r e s s a l t a m que os anima i s p o r t a d o r e s de c a tarata senil são po br es c a n d i d a t o s a c irurgia.

CONCLUSÕES

0 e studo de 289 a n imais da e s p é c i e canina, m a c h o s e fêmeas, de idades e raças v ariadas, p o r t a d o r e s de c ata r a ta c l a s s i f i c a d a s e gu n do o g ra u de e v o l u ç ã o e o tempo de a p a r e c i m e n t o nos lev a ram a c o ncl u ir que:

1 -machos e fêmeas da e s p é c i e c a n i n a a p r e s e n t a m a mesma fr eqüê n c i a de a p a r e c i m e n t o da catarata;

2 - c o n s i d e r a n d o o gra u de e v o l u ç ã o da catarata, a do tipo matu ra b i l a ter al foi a que se a p r e s e n t o u em maior p o r c e n t a g e m (36,0%);

3-os cães das raça Poodle, Co c k e r Spaniel Inglês e Pastor A l e m ã o m o s t r a r a m m ai o r inc idê n c i a de c a t a r a t a juvenil m a t u r a bilat e r a l , e n q u a n t o que os da raça Pequinés a p r e s e n t a r a m m a io r n ú m e r o de a n ima is p o r t a d o r e s de c a t a r a t a senil m a t u r a bilater al.

8ARROS, P.S.M. Clinical a s p e c t s of the c a t a r a c t in the dog. Re\. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. S Paulo, 26(2): 1 9 9 -

206, 1989.

SUMMARY: Aft e r r e v i e w i n g the l i t e r a t u r e the author p r e s e n t s d a t a about the i n c ide nce of c at aract in d i f f e r e n t b r e e d s a n d ages of 289 dogs, a nd c o n c l u d e that m a l e and female h a v e the same incidence, the bilateral and m a t u r e is the m o r e f reque nt type of c at aract (36%):

the P oodles, E n g l i s h Co c k e r Spaniel and G er m a n Shephard we r e the br e e d s m o r e a f f e c t e d by the bila te ra l juvenile cata rac t instea d the P e k i n g e e s e p r e s e n t e d bilateral se n ile m a t u r e cata ract.

UNITERMS: Cataract , dogs; C r y s t a l l i n e lens

Rev. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 26(2);l99-206, 1989.

(5)

FIGURA 1 - FotograFia de olho de animais da espécie canina apresen­

tando: a) catarata incipiente; b) catarata imatura; C)

catarata matura e d) catarata hipermatura.

(6)

BARROS, P.S.M

Aspectuo :lín ic o s da catarata no cao.

205

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

0 1 -ANDERSEN, A.C. & SC HULTZ, F.T. I nh e r i t e d (conge nit a l) c a tar a c t in the dog. Amer. J. Path., J4:9 65- 9 75, 1959.

02 - BARNETT, K.C. Types of catar a ct in the dog. J. Amer Anim. Hosp. Ass., 8 :2-9, 1972.

03-BARNETT, K.C. H e r e d i t a r y c a t a r a c t s in the dog. J. small Anim. Pract., 19:109-120, 1978.

04-BARNETT, K.C. H e r e d i t a r y c a t a r a c t in the We lsh Sp r in g e r Spaniel. J. small Anim. Pract., 27:621-625, 1980.

05-BARNETT, K.C. The d i a g n o s i s and d i f f e r e n t i a l d i a g n o s i s of ca t a ra c t in the dog. J. small Anim. Pract., 26:305- 316, 1985.

0 6 - B A R N E T T , K.C. 8> STARTUP, F.G. H e r e d i t a r y c ata r a c t in the S t a n d a r d Poodle. Vet. Rec., 117:15-16, 1985.

07-BARR1E, K.P.; P E 1FFER JUNIOR, R.L. GELATT, K.N.;

WILLIAMS, L.W. P o s t e r i o r lenticonus, m i c r o p h t h al m ia , c on ge ni ta l c a t a r a c t s and retinal folds in an O l d E n g l a n d Sheepd o g. J. Amer. Anim. Hosp.

Ass., 75:715-717, 1979.

08-BERNIS, U.O.; OLIVEIRA, H.P.; AL M EID A , A.E . R.F . The role of d i a b e t e s m e l l i t u s in the f or m a t i o n of c a t a r a c t s a nd r e t i n o p a t h i e s in the dog. A review.

Arq. bras. Med. vet. Zootec., j<5:157-166, 1984.

09-BISTNER, S.I.; A GUIRRE, G.; BATIK, G. Atlas of veterinary ophthalmic surgery. P h i ladelp h ia, W.B. Saunders, 1977.

p. 180-222.

10-CHAMBERLAIN, K.U. & 8AKER, E. A bri ef d i s c u s s i o n of a llergic d i s e a s e s of o t h er o r g a n s and systems. Vet.

Clin. N. Amer., ■/: 175-186, 1974.

11 -CURTIS, R. P r i m a r y h e r e d i t a r y ca ta ra ct in the dog. Vet.

Ann., 22:311-318, 1982.

12-CURTIS, R. L a t e -o n s e t ca ta ra ct in the Bo s t o n Terrier.

Vet. Rec., 775:577-578, 1984.

13-DZIEZYC, J. & BROOKS, D.E. C a n i n e catarac ts . Compend.

contin. Educ., 5:81 -87, 1983.

14-GELATT, K.N. C a t a r a c t s in the G o l d e n R e t r i v i e r dog.

Vet. Med. small Anim. Clin., 6 7:1 113-1135, 1972.

15-GELATT, K.N.; SAM UEL S O N , D.A.; BAUER, J.E.; DAS, N.D.;

WOLF, E.D.; BARRIE, K.P.; AN DERSEN, T.L.

I n h e r i t a n c e of con gen i t a l c a t a r a c t s and m i c r o p h t h a l m i a in the m i n i a t u r e Schna u z e r . Amer. J.

vet. Res., 4 4 : 1130- 113 2, 1983.

1 6 - G E L A T T , K.N.; U H I THL EY, D.; LAVACH, J.D.; BARRIE, K.P.; W I L L I A M S , L.W. C a t a r a c t s in C h e s a p e a k e b ay retr ivi ers. /. Amer. Vet. Med. Ass., 775:1176-1178, 1979.

17-GLAZE, M.B. & BLANC HAR D, G.L. N utr i t i o n a l ca t a r a c t s in a Sa m o y e d litter. J. Amer. Anim. Hosp. Ass., 79:951-954, 1983.

18-GRIMES, T.D. D i s o r d e r s of the ca n i n e lens. Vet. Ann., 74:160-163, 1973.

19-GUIN, R.M. & GELATT, K.N. The c a n i n e lens. In: GELATT, K . N ., e d . Textbook of veterinary ophthalmology.

Ph i l a d e l p h i a , Lea & Febiger, 1981. p. 435-437.

2 0 -HIPEL, E. E m b r y o Iog isc he U n t e r s u c h u n g e n uber V e r e r b o n g an g e b o r e n e r Kata rak te, ub er S c h i c h t s t a r des Hundes.

Sowie, uber e i n e b e s o n d e r e f r o m v o n K a p s e l k at ar ak t.

Albrecht

v.

Graefes Arch. Ophihal., 724:300, 1930 a pud GELATT et alii 17 p. 1176.

2 1 -HIRTH, R.S.; G R E ENSTE IN, E.T.; PEER, R.L. A n t e r i o r c a p s u l a r o p a c i t i e s (sp u r i o u s cat ar a c t s ) in the Be a g l e dogs. Vet. Path., I I : 181 -194, 1974.

22 - HOST, P. & SVE ISON, S. A r v e l i n g Kat a r a k t h os Hunder.

Norsk. Vet. Tidsskr., 45:2 44-270, 1936 a p u d G ELATT et alii 1 7 . p . 1176.

23-KOCH, S.A. & RUBIN, L.F. P r o b a b l e n o n h e r e d i t a r y c o n g en ital c a t a r a c t in dogs. J. Amer. Vet. Med. Ass., 750:1274-1276, 1976.

24 -M AGRAN E, U.G. C ata r a c t ex tra c t i o n : a f o l l o w u p study (429 cases). /. small Anim. Pract., 70:545-553, 1969.

25 -M AGRAN E, W.G. Canine ophthalmology. 2. ed. P hiladelphia, Lea i Febiger, 1971. p. 215-238.

26 - NAR F S T R O M , K. Ca ta r a c t in the West H i g h l a n d Whi t e Te rrier. J. small Anim. Pract., 22:467-471, 1981.

Rev. Fac. Med. Vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 26(21:199-206, 1989.

(7)

206 BARROS, P.S.M

Aspectos clín icos da catarata no cao.

27-OLESEN, H.P.; JENSEN, O.A.; NORN, M.S. C ongenital h e r e d i t a r y c a t a r a c t s in C o c k e r Sp a niel. J. smallAnim.

Pract.,15:7<*1-750, 1974.

2 8 - PE IFFER JUNIOR, R.l. & BOUMAN, G. Lens. In: SLATTER, D . H . lexibook o f small animal surgery. Ph i I ade I ph i a , W . B . Saunders, 1985. v. 2, p. 1535-1545.

29-P0M0R S K1, M.; L E W A N D O W S K A - F U R M A N 1K , M . ; I U T N I C K I , K.;

L E U A N D O W S K I , M. L e sions of the lens of the type c a t a r a c t a d e r m a t o g n e s in the c o u r s e of a topic d e r m a t i t i s in dogs. Med. Weteryn., 38:577-579, 1982.

3 Û-R 0BERTS, S.R. & HELPER, L.C. C a t a r a c t s in A f g h a n Hounds. J. Amer. Vet. Med Ass., 760:427-432, 1972.

31 - RUB I N, L.F. C a ta r a c t in G o l d e n R e t r i v i e v e r s . J. Amer. Vet.

Med. Ass., 765:457-458, 1974.

32-RUBIN, L.F. & FLOWERS, R.P. Inh e r i t e d c a t a r a c t s in a f amily of S t a n d a r d Poo dles. J. Amer. Vet. Med. Ass., 161:107-108, 1972.

3 3 -RUBIN, L.F.; KOCH, S.A.; HUBER, R.J. H e r e d i t a r y c a t a r a c t s in m i n i a t u r e S c h n a u z e r s . J Amer. Vet. Med.

Ass, 75-/: 1456-1458, 1969.

3 4 -S E V E R I N , G.A. Veterinary ophthalmology- notes. 2. ed. Fort C ollins, C o l l e g e of V e t e r i n a r y M e d i c i n e and B iome dic al Science s, 1976. p. 221-242.

3 5 ” SLAT T E R , D.H. Fundamentals of veterinary ophthalmology.

P h i l a d e l p h i a , W.B. Saund ers , 1981.

36-SMYTHE , R.H. Veterinary ophthalmology. London, Bailliere, T indall and Cox, 1956. p. 284.

3 7 -S TARTU P, F.G. Diseases o f the canine eye. London, 8ailliere, Tindall & Cassel, 1969. p. 248-319.

3 8 - V I E R H E L L E R , R.C. C a t a r a c t s u r g e r y in the dog. Mod. vet.

Israel., -/J:43-46, 1962.

3 9-YA KLE Y, W.L. A s t u d y of h e r e d i t a b i l i t y of c a t a r a c t s in the A m e r i c a n C o c k e r Sp ani el. J. Amer. Vet. Med. Ass., 772:814-817, 1978.

4 0 -YAK LEY , W.L.; H EGREB URG , G.S.; PADG ETT , G.A. Familial c a t a r a c t s in the A m e r i c a n Co c k e r S p a niel. J. Amer.

Anim. Hosp. Ass., 7:127-13 5, 1971.

Recebido para publicação em 11/07/89 Aprovado para publicação em 12/09/89

Rev. Fee. Med. Vet. Zootec. Univ. S. Paulo, 26(2):199-206, 1989.

Referências

Documentos relacionados

ma importância para a alimentação, seja na degustação ou no preparo dos alimentos. Atualmente vivemos numa cultura visual e auditiva, que subjuga as experiências que

Sirigado Recheado com Camarão e Requeijão Cremoso (400g de Sirigado recheado com camarão e requeijão cremoso, acompanha arroz branco, batata sauté, salada e

É o caso do documento seguinte: José Venâncio de Souza, morador de Alfenas, comprou de Custódio Domingues de Miranda, em 5 de junho de 1871, uma “situação”, nas margens

Esse tipo de classe aparece normalmente quando duas ou mais classes est˜ ao associadas, e ´ e necess´ ario manter informa¸ c˜ oes sobre a associa¸ c˜ ao existente entre as mesmas.

Avec l'ajout du module de RS485 (réf. F4N104 ou F4N105), sont fournit en communication les données suivantes: - les harmoniques de tension (de phase ou composées) et de courant de la

Litoral Plaza Shopping Praia Grande SP Iniciada Praça Uberaba Shopping Center Uberaba MG Iniciada Cataratas Jl Shopping Foz do Iguaçu PR Dia dos Namorados Maringá

Localização: no lado dorsal do punho, na depressão no meio da dobra dorsal do punho, entre os tendões do músculo extensor digital comum e extensor digital do quinto dedo