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2 As variações di a tópicas e diastráticas

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Academic year: 2018

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~ ~ " i j K i d i ' i i I i " i j i t t ' i i K d l l . ' i i i m . ~

onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

U niversidade F ederal do C eará

YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

D O

B A I A N Ê S

A O

P I A U I Ê S :

A O N D A

D E D I C I O N Á R I O S

R E G I O N A I S

N O R D E S T I N O S

A b stra ct

T h e lin g u istic stu d ies in th e n o n h ea st h a ve b een very stro n g in certa in a rea s, in d ifferen t m o m en ts. /n th is m a n n er w e h a d th e p h a se o f D ia lecto lo g ya n d L in g u istic G eo g ra p h y a n d a n o th er p h a se, n o w a d a ys, o f S o cio lin g u istic, ea cli o n e o f th ese p h a ses w o rkin g w ith sp ecific a sp ects o f th e lin g u istic a n a lysis o f th e P o rtu g u es e L a n g u a g e, sin ce th e p h o n etica l-p h o n o lo g ica l. th e lexica l to th e m o rp h o -sin ta tica l.

In lh e la st few yea rs th ere is a n ew w a ve o f d ia lecto lo g ica l a n d so cio lin g u istica l stu d ies w ith a stro n g em p h a sis in th e lexica l a sp ect, m o re p recisely p u b lish in g d ictio n a ries, vo ca b u la ry a n d reg io n a l n o rth ea stem sp eech es, b eg in n in g in B a h ia , w ith th e

"b a ia n ês", g o in g th ro u g li A la g o a s, w ith th e "a la g o a n ês", P ern a m b u co w itii th e "p ern a m b u q u ês", C ea rá w ith "cea rês ". a n d P ia u i w ith "p ia u iês ".

T h is ten d en cy n o w a d a ys fo llo w s a tra d itio n th a t

b eg u n w ith P ereira d a C o sta

zyxwvutsrqponmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

(/937) T h e V o ca b u la ry fro m P ern a m b u co : L eo n C lero t (1 9 5 9 ) T h e V o ca b u la ry

o f P o p u la r T erm s a n d S la n g fro m P a ra ib a ; R a im u n d o G irã o (1967)T h e V o ca b u la ry fro m C ea rá ; H o rá cio d e A lm eid a ( 1979) P o p u la r D icio n a ry fro m P a ra lb a ; R a im u n d o N o n a to (1980) C a lep ia n o P o tig u a r -R io g ra n d en se sla n g ; T o m é C a b ra l (1982) D ictio n a ry o f P o p u la r T erm s a n d E xp ressiô n s; a n d w ith F lo riva l S era in e (1 9 9 1 ) D ictio n a ry o f P o p u la r T erm s -R eg istered in C ea rá .

In th is w o rk w e w ill a n a lyze th e m a cro a n d m icro stru ctu res o f th ese d ictio n a ries, vo ca b u la ries a n d g lo ssa ries o f th e N o rth ea st R eg io n .

P a la vra s-ch a ve: D icio n á rio reg io n a l; lexico g ra fia ; lin g u a g em p o p u la r.

1 I n t r o d u ç ã o

Os estudos lingüísticos no Nordeste têm se

destacado em determinadas áreas, em momentos

di-ferentes. Assim, tivemos uma fase da Dialetologia e

Geografia Lingüística e uma fase, atual, da

Socio-lingüística, cada uma dessas fases abordando aspec-tos específicos da análise lingüística da Língua

Portu-guesa, desde o fonético-fonológico, ao léxico e ao

morfo-sintático.

De alguns anos para cá tem surgido uma nova onda de estudos dialetais e sociolingüísticos com enfoque no aspecto léxico, mais precisamente na publicação de dicionários, vocabulários e glossários de falares regio-nais nordestinos, começando pela Bahia, com o do baianês, passando por Alagoas, com o do alagoanês, por Pernarnbuco, com o do pemambuquês, pelo Ceará, com o do cearês e pelo Piauí, com o do piauiês.

Essa tendência atual segue uma tradição

começada por Pereira da Costa (1937) com oV o ca b u -lá rio p ern a m b u ca n o ; Leon Clerot (1959), com oV o -ca b u lá rio d e term o s p o p u la res e g íria s d a P a ra íb a ;

Raimundo Girão (1967) com oV o ca b u lá rio C ea ren se;

Horácio de Almeida (1979) com oD icio n á rio p o p u -la r p a ra ib a n o ; Raimundo Nonato (1980) com o

C a lep in o p o tig u a r - g íria rio g ra n d en se; Tomé Cabral (1982) com oD icio n á rio d e term o s e exp ressõ es p o -p u la res; Leonardo Mota (1982) com oA d a g iá rio b ra -sileiro e Florival Seraine (1991) com oD icio n á rio d e term o s p o p u la res - reg istra d o s n o C ea rá .

Uma das características desses novos

dicio-nários, vocabulários e glossários é que seus autores não são lexicógrafos ou lingüistas. São pessoas com outras formações profissionais: jornalistas, engenhei-ros, médicos, folcloristas ou pessoas curiosas que re-solveram Iistar e publicar, em forma de dicionário, palavras e expressões populares que, crêem eles, são típicas daquele estado específico.

Este trabalho faz uma rápida análise da es-trutura desses dicionários, vocabulários e glossários regionais nordestinos. "

2 A s v a r i a ç õ e s

dia tópicas

e d i a s t r á t i c a s

Os estudos das variações lingüísticas têm tido um grande desenvolvimento, a partir de novas teorias, especialmente na área da Sociolingüística e, em me-nor quantidade, na de Dialetologia.

Contudo, esse desenvolvimento não tem sido

bem aplicado no sentido de valorizar as variantes re-gionais e sociais, resultando serem elas vistas não como algo exótico, diferente ou 'errado', em alguns casos, mas como parte do todo que constitui nossa língua.

Pois, como dizem SCARTON e

MARQUARDT:

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R e v is ta

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I SCARTON, G. et MARQUARDT, L. L.o princípio da variação lingüística e uas aplicações numa política para o

idioma.

onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

B o letim d o G a b in ete P o rtu g u ês d e L eitu ra . Porto Alegre: (24) 21-31. jun 19 I. P 6.

2LABOV, W.L a n g u a g e in th e in n er c ity , Philadelphia: University of Penn _I I Pre • 19-_. ap.5.

1LEMLE, M. Heterogeneidade dialetal: um apelo à pesquisa. T em p , B ra etro e J e r r o : (53/54): 69-94, abr/set,

1978, p. 60.

• BARBOSA, M. Aparecida. L éxico , p ro d u çã o e cria tívid a d « : pr

I o Oléxico e a p ro d u çã o d a cu ltu ra : elementos em- I .

ASSIS. A l1 a is. Assis: UNESP,1993, p. I.

"A s m ú ltip la s va ria çõ es o b serva d a s n o

siste-m a lin g ü istico o ca sio n a d a s p o r fa to res vá rio s

d ã o u m a id éia m u ltico lo rid a d a lín g u a , rea

l-ça n d o seu ca rá ter m a leá vel, d iversifica d o . T a l

im a g em co rresp o n d e a u m a rea lid a d e evid en

-te e d esco n h ecê-la o u n ã o levá -la em co n

-sid era çã o o su ficien te, sig n ifica , ter u m a

co n cep çã o m u tila d a d a lín g u a . " /

As variações diatópicas ou regionais, espe-cialmente as nordestinas, têm sido bastante utilizadas

em novelas e programas humorísticos da televisão,

porém, sempre com sentido conotativo e pejorativo, com exageros que levam esses falares ao ridículo, face à variante padrão ou aos falares do Rio de Janeiro e São Paulo.

A esse falar regional junta-se sempre a

vari-ante social demarcadora de pessoas incultas ou de

baixo nível sociocultural ou, ainda, de 'novos ricos', que ascenderam socialmente, sem que essa ascensão tenha se dado, também, no nível cultural.

Assim, é necessário que essa tendência de

menosprezar as variantes regionais e populares seja

detida e isto tem que ser feito a partir de um maior

conhecimento lingüístico dessas variações por parte

de pessoas detentoras de certa influência nos meios de comunicação de massa ou dos professores de primeiro e segundo graus, que têm uma faixa bastante forte de atuação na comunidade, através de seus alunos. Para isso, torna-se imprescindível que esses profissionais e professores tenham conhecimento de que o falar re-gional e o falar popular são diferentes do falar padrão e em nada inferiores a eles. É necessário que eles enten-dam o que muito bem frisou LABOV:

"D iferen ça n ã o é d eficiên cia . "2

Fazemos nossa, aqui, por oportuna, a afirma-ção da professora LEMLE, quando diz:

"U m d o s req u isito s im p rescin d íveis p a ra o

d esen vo lvim en to d e u m en sin o esco la r d e lín

-g u a p o rtu -g u esa d e rea l u tilid a d e p a ra o s

a p ren d izes é u m a a titu d e lú cid a d ia n te d a

h etero g en eid a d e d ia leta l d a p a rte d o s p ro

-fesso res, q u e sem isso fica m sem ru m o em su a

ta refa d e fa vo recer o d esen vo lvim en to e o

d iscip lin a n ien to d a exp ressã o esp o n tâ n ea d o

seu ed u ca n d o . O ca m in h o p a ra ta l lu cid ez

req u er d u a s eta p a s: a p rim eira , teó rica , é a

co m p reen sã o d o s fa to res q u e d eterm in a m a

va ria çã o d en tro d e u m a m esm a lín g u a ; a

se-gunda, é o co n h ecim en to d o s fa to res esp

ecí-fico s d essa va ria çã o n a á rea em q u e o p ro

-fesso r a tu a ..."J

Outro não é o nosso objetivo ao estudar os

falares regionais nordestinos, sob os mais vanados

enfoques, nos diversos níveis de análise lingüística: conhecer, estudar e analisar, para poder valorizar e preservar as variantes socioculturais dos falares nor-destinos.

3 Léxico, sociedade e cultura

Ao se estudar a língua, os contextos socio-culturais em que ela ocorre são elementos básicos. e, muitas vezes, determinantes de suas variações, expli-cando e justifiexpli-cando fatos que apenas lingüisticamente seriam difíceis ou até impossíveis de serem determi-nados, pois, no dizer de BARBOSA:

"L ín g u a , so cied a d e e cu ltu ra sã o in d

is-so ciá veis, in tera g em co n tin u a m en te, co n

s-titu em , n a verd a d e, u m ú n ico p ro cesso

co m p lexo ..." 4

No caso específico do léxico, esta afirmação é ainda mais verdadeira pois toda a visão de mundo,

a ideologia, os sistemas de valores e as práticas

socioculturais das comunidades humanas são refleti-dos em seu léxico.

Ainda segundo BARBOSA (1992: I )

" ... o léxico rep resen ta , p o r certo , o esp a ço

p rivileg ia d o d esse p ro cesso d e p ro d u çã o , a cu

-m u la çã o , tra n sfo r-m a çã o e d iferen cia çã o d

es-ses sistem a s d e va lo res. "5

Para se apreender, compreender, descrever e explicar a "visão de mundo" de um grupo

sócio-lingüístico-cultural, ou de um grupo de especialistas

ou profissionais, o objeto de estudo principal são as unidades lexicais e suas relações em contextos.

O lingüista francês MAITORÉ ao estudar a

sociedade francesa viu a política social, o jornalis-mo, as artes e os esportes através do que chamou

palavras-chave, as que exprimem, numa sociedade,

uma idéia, um ser, um sentimento que a sociedade reconhece como modelo, e as Pillavras-testemunho, como elementos em função das quais se hierarquiza e se coordena a estrutura da comunidade.

Paulo: Global, 1981, p. 158.

(3)

Para BIDERMAN:

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"O u n iverso sem â n tico se estru tu ra em d o is

p la n o s: o in d ivíd u o e a so cied a d e, e d a ten sã o

d e a m b o s se o rig in a o léxico " 6

A palavra é o fenômeno ideológico por exce-lência. Todo ato ou todo objeto ideológico é sempre acompanhado, comentado, analisado, glosado por dis-curso, na me,djda em que a ligação que une linguagem e pensamento é uma ligação de unicidade.

O discurso é determinado pelas condições só-cio-históricas de sua produção, do mesmo modo que os objetos ou as formações ideológicas são condicio-nadas por pertencerem a um corpo social no momento de sua história.

Diz BAKHTIN:

" P o r su a o n ip resen ça so cia l a p a la vra é o

in d ica d o r m a is sen sível d e to d a s a s tra n sfo

r-m a çõ es so cia is.

Concluindo por afirmar que:

T u d o q u e é id eo ló g ico é u m sig n o . S em sig n o ,

fim d a id eo lo g ia " 7

O léxico (dicionário, vocabulário, glossário),

enquanto descrição de uma cultura, está no seio mes-mo da sociedade, reflete a ideologia dominante mas, também, as lutas e tendências dessa sociedade.

GRAMSCI em seu trabalho P ro b lem es d u

m a teria lism h isto riq u e diz:

"O s d icio n á rio s fo rn ecem in fo rm a çõ es d e

a co rd o co m u m m o d elo so cio cu ltu ra l q u e

ten d e a ju n ta r a d iversid a d e d a s cu ltu ra s

co existen tes n u m a so cied a d e d e m o d o a p

ri-vileg ia r a cu ltu ra e id eo lo g ia d a s cla sses o u

fa cçõ es d o m in a n tes (d ita s cu ltiva d a s) - id

e-o le-o g ia te-o m a d a n o sen tid o d e co n cep çã o d e

m u n d o sem n o en ta n to ser u m sistem a

co n cep tu a l" 8

Assim, como vimos, não se pode estudar a língua sem relacioná-Ia com a sociedade e a cultura nas quais o falante está inserido.

GARMADI ao falar sobre o assunto chega a dizer que:

" ... q u a lq u er g ru p o d e lo cu to res g eo g ra fica

-m en te situ a d o s, ta -m b é-m está so cia l-m en te

si-tu a d o , p o r m eio d a s rela çõ es q u e m a n tém

co m o resto d a so cied a d e g lo b a l, e a va

rie-d a rie-d e q u e p ra tica é, sim u lta n ea m en te, reg io

-n a l e so cia l. "9

Relacionando léxico (dicionário), sociedade

e cultura diz BIDERMAN:

"O d icio n á rio é u m in stru m en to cu ltu ra l q u e

rem ete ta n to à lín g u a co m o à cu ltu ra " 10

YXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

4 L é x i c o ( D i c i o n á r i o ) , V o c a b u l á r i o ,

G l o s s á r i o

4 . 1 L é x i c o ( D i c i o n á r i o )

ONMLKJIHGFEDCBA

É importante, nesse contexto, tocarmos no

pro-blema da distinção entre léxico (dicionário) e voca-bulário de uma língua, assunto bastante discutido na lingüística moderna, havendo autores que usam am-bos os termos como sinônimos ou ainda como equi-valentes a dicionário. Outros, com os quais concor-damos, consideram-nos aspectos distintos da

lingüís-tica, embora complementares, para o estudo das

uni-dades da língua e do discurso.

Para MOUNIN, léxico é:

" O co n ju n to d e u n id a d es sig n ifica tiva s d e

u m a d eterm in a d a lín g u a , n u m d a d o m o m en

-to d e su a h istó ria . "/I

O léxico de uma língua não pode ser reduzido a um simples vocabulário, ou seja, a uma lista de pa-lavras. Deve ser estudado de forma autônoma, in-dependentemente de qualquer contexto particular, isto é, através das formas cristalizadas da língua, tais como as palavras isoladas, conjunto de expressões marcadas

pelo funcionamento gramatical e mantidas pelo uso

coletivo: locuções fixas, idiotismos, provérbios, en-tre outros.

Segundo FAVROD ( 1 - 9 7 8 : 1 1 6 ) , é impossível

enumerar o léxico, uma vez que este varia de acordo com os falantes, que por sua vez o utilizarão de for-mas diversas, dependendo do contexto em que estão inseridos.

Portanto, torna-se praticamente inviável

de-terminar matematicamente, o número exato das

uni-dades que compõem o léxico de uma língua, uma vez

• BIDERMAN, M. T. C.T eo ria lin g ü ística (lingüística quantitativa e computacional). Rio de Janeiro: Livros Técnicos e

Científicos, 1978, p.

1BAKHTIN, M.M a rxism o e filo so fia d a lin g u a g em . São Paulo: Hucitec, 1977, p.38.

8GRAMSCI

• GARMADI, J.L a so cio lin g u istiq u e .Paris: PUF, 1981, p. 30.

10BIDERMAN, M. T. C. op. cit. p. 28.

"MOUNIN, J.D ictio n a ire d e Ia lin g u istiq u e. Paris: PUF, 1974, p. 203.

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12 MULLER, C.

onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

In itio tio n à Iasta tistiq u e lin g u istiq u e . Paris: Larousse, 1968, p. 134.

J 3 REY -DEBOVE, J. Léxico e dicionário. In: ALFA: Revista de Lingüística. São Paulo:

v.28 (supl.), 1984, p. 65.

14JOTA, Z. dos Santos. D icio n á rio d e lin g ü ística . Rio de Janeiro: Presen . 1976 P

1 5 MULLER, C. op. cit. p. 130.

1 6 PICOCHE, J. P récis d e lexico lo g ie [ra n ça ise: f'étude et ensignement

1 7 JOTA, Z. dos S. op. cit. p.154.

I R BARBOSA, M. A. Dicionário de língua, vocabulários técni 0 - i tífi

unidades-padrão. Estudos Lingüísticos XXIII. A n a is d e S em in â ri S

que ele varia de um indivíduo a outro, de um mo-mento a outro no mesmo indivíduo e de um estado de língua a outro.

Em consonância com o pensamento de

FAVROD. MULLER afirma que:

... o léxico é fo rm a d o p o r u m co n ju n to d e

u n id a d es q u e, sem serem in fin ita s n o sen tid o

m a tem á tico d o term o , n ã o n o s d ã o m a is

q u e a im p ressã o d e serem estrita m en te

'fin ita s '... "/ 2

Sendo, pois. o léxico o número total de pala-vras de que dispõe um falante, um grupo de falantes ou uma língua, não é possível. através de um dicionário, descrevê-lo na sua totalidade, de acordo com MOUNIN (1974:336), porém REY -DEBOVE diz que:

" O s d icio n á rio s sã o n o ssa ú n ica id éia d o

léxico " IJ

4_2 Vocabulário

Vocabulário é o conjunto dos vocábulos de uma língua.

Tradicionalmente, os vocabulários são

regis-tros de vocábulos sem a respectiva significação,

opon-do-se ao dicionário, segundo CÂMARA JR.

(1977:241), com o qual concorda ZÉLIO DOS SAN-TOS, ao afirmar:

"O p õ e-se vo ca b u lá rio , m ero rep o sitó rio d e

vo cá b u lo s (p a la vra s sem a s resp ectiva s sig n

i-fica çõ es) o d icio n á rio , co n ju n to d e p a la vra s e

sig n ifica çõ es" /4

Uma definição bastante complexa, porém

prá-tica, de vocabulário dá-nos CHARLES MULLER

quando diz:

" ... vo ca b u lá rio é n ecessa ria m en te lig a d o a

u m texto escrito o u fa la d o , cu rto o u lo n g o ,

li-terá rio o u u tilitá rio , h o m o g ên eo o u co m p o

s-to , n o s lim ites d e u m id io m a d a d o . É o co n ju n s-to

d o s vo cá b u lo s rep resen ta d o s u m n ú m ero q u a

l-q u er d e vezes n o texto co n sid era d o . " 1 5

Comparando léxico e vocabulário, PICOCHE

utiliza as oposições língua e fala, disponibilidade e

atualização, quando diz que o léxico é o conjunto de palavras que a língua põe à disposição do falante, enquanto o vocabulário é o conjunto de palavras uti-lizadas pelo falante em determinadas circunstâncias.

Complernentando, diz ele:

" Oléxico é u m a rea lid a d e d e lín g u a à q u a l n ã o se p o d e ter a cesso a n ã o ser p elo co n h

e-cim en to d o s vo cá b u lo s p a rticu la res q u e a

rea lid a d e d o s d iscu rso s. O léxico tra n scen d e

o s vo ca b u lá rio s m a s n ã o sã o a cessíveis a n ã o

ser p o r m eio d eles: u m vo ca b u lá rio su p õ e

a existên cia d o léxico d o q u a l ele é u m a

a m o stra g em . "/ 6

Conclui-se, portanto, que léxico e vocabu-lário são aspectos diferentes do estudo das unidades lingüísticas, porém interdependentes, tal como língua e fala, uma vez que um não existe sem o outro.

4.3 Glossário

Glossário éO inventário lexical que

normal-mente aparece no final de obras, dando, em ordem alfabética, os termos do vocabulário especializado ou dialetal utilizado.

Para ZÉLIO glossário é:

" ... d icio n á rio esp ecia l q u e co n sig n a vo cá b u

-lo s so b re o s q u a is p o d e o leito r co m u m ter

d ificu ld a d es " /7

Vimos, assim, partindo do mais geral para o mais específico, que o léxico está ligado a vários fa-lantes ou textos, o vocabulário, a um falante ou texto e o glossário, a termos específicos do texto que apre-sentem dificuldades de compreensão.

Modernamente, a distinção entre dicionário,

vocabulário e glossário está baseada na distinção en-tre sistema, norma e fala proposta por COSERIU

(1969). O Dicionário está relacionado ao Sistema,

sendo sua unidade padrão o lexema. O Vocabulário,

está relacionado à Norma, tendo como unidade de

alta freqüência e distribuição regular, o Vocábulo. E

o Glossário, relacionado à Fala. usando a Palavra

como unidade de ocorrência nos atos de fala.

(MULLER - BARBOSA)18

5 Os dicionários, vocabulários

e

glos-sários regionais nordestinos

Vistos os aspectos regionais e sociais da lin-guagem, as relações entre léxico, cultura e sociedade e sua formalização lexicográfica em dici~nári~s, vo-cabulários e glossários, surge a questão que divide os

niver Idade Estadual Paulista,

vocabelaire Pan : ~an. 1977. p. 44-45.

gkl=Eric)S:eSl:atulO emântico-sintáxico das

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dicionários, são vocabulários ou são glossários? Se tomarmos a posição de MULLER-BAR-BOSA, os consideraríamos vocabulários, uma vez que

suas unidades se constituem norma no falar de um

estado ou região e de uma classe definida

socio-culturalmente. Esta afirmação pode levar a outras

dis-cussões e maiores especificações, porém, para nosso

objeti vo, continuaremos a usar o termo dicionário, que é o utilizado pelos autores dos "dicionários regionais" , que. ~'errlOsanalisar.

Antes de tudo é importante marcar, além da noção de dicionário, a noção de regionalismo, já que

vamos tratar de dicionários regionais. Para

AURÉ-LIO BUARQUE:

onmlkjihgfedcbaZYXWVUTSRQPONMLKJIHGFEDCBA

" R eg io n a lism o (3) -é a -locução p ecu lia r a u m a reg iã o , o u a reg iõ es" /9

Para SILVA NETO (1986:307):

"o s reg io n a lism o s em b o ra g eo g ra fica m en te co n fin a d o s e so cia lm en te d esp restig ia d o s, se-ria m m elh o r tra ta d o s se en fo ca d o s so b u m a p ersp ectiva h istó rica ...

pois, segundo ele,:

... a n tes d a co n stitu içã o d a lín g u a co m u m , tem o s a p en a s o s reg io n a lism o s d a s d iferen -tes p a r-tes d o p a ís, q u e fo rn ecerã o a m a téria -p rim a -p a ra a co n stitu içã o d o léxico d a lín g u a co m u m ." 20

Mas, além do caráter regional - diatópico, in-teressa-nos, nesses dicionários, o caráter sociocultural, ou diastrático, uma vez que eles, de forma geral, tra-zem palavras e expressões usadas por falantes de uma classe sociocultural bastante definida, de pouca

esco-laridade e de baixo nível sócio-econômico, embora

na linguagem coloquial do dia-a-dia, as pessoas, ditas cultas, usem essas mesmas palavras e expressões.

O Brasil é tido como um país-continente, com diferenças regionais e socioculturais imensas e, por isso mesmo, a língua portuguesa, em nosso país, apresenta uma diversidade bastante significativa, tanto regional quanto social, especialmente em relação ao léxico.

Essa diversidade muitas vezes é característica de um estado específico, outras vezes se estende para toda uma região, e é nesse aspecto que vamos ver como se comportam os dicionários regionais populares da região nordestina.

Analisamos oito dicionários: da Bahia, de

Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande

do orte, do Ceará, do Piauí e do Maranhão. Desses,

de Almeida, historiador e dicionarista e o do Rio

Grande do Norte, de Raimundo Nonato, cronista

riograndense do norte. Os outros seis são mais no-vos: o da Bahia, de Nivaldo Sariú; o de Alagoas, de

Elza Cansanção Medeiros, jornalista e militar,

ex-combatente na Itália; o de Pernambuco, de Bertrando Bernardino, engenheiro, o do Ceará, do engenheiro Marcus Gadelha, o do Piauí, do jornalista Paulo José Cunha e o do Maranhão, de Domingos Vieira Filho.

Esses têm nomes de baianês, alagoanês, cearês e

piauiês, palavras criadas pelos autores para se referir aos falares desses estados.

• Apenas o do Ceará e o da Bahia não apresentam exemplos ou abonações, os demais vêm com con-textos que esclarecem melhor o conceito;

• Deles, apenas o da Paraíba tem a categoria ou clas-se gramatical das palavras e expressões;

• As palavras e expressões vêm na forma como são faladas e não na ortografia padrão. Muitas vezes, estão numa transcrição quase fonética, como em

a rru d ia r, (arrodear) b a la i (balaio), ca b o co (cabo-clo);

• Os verbos não vêm na forma infinitiva, e os nomes não vêm no masculino singular, como de praxe nos dicionários;

• Os dicionários de Pernambuco, Paraíba, Rio Gran-de do Norte e Piauí são Gran-de médio porte; os da Bahia, Alagoas, Ceará e Maranhão são pequenos, do tipo livro de bolso;

• Os da Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Maranhão têm um caráter mais sério, Iingüístico e mesmo lexicográfico. Os da Bahia, Ceará, Piauí e

Pernambuco são mais descontraídos, de gozação,

sem qualquer preocupação lexicográfica.

Vejamos alguns exemplos colhidos

aleato-riamente:

Abestado - abobalhado, bobo, otário, idiota.

(CE, PI). A PB, BA e PE apresentam a variante

abestalhado. Aurélio Buarque registra como

brasi-leirismo a forma abestalhado.

Abilolado - imbecil, idiota, aparvalhado, des-norteado, abobalhado. (AL, PB, CE, RN e PE). No

CE e RN há, ainda, a variante abirobado. PE

apre-senta a variante abiscoitado. Aurélio Buarque

regis-tra como brasileirismo popular.

Aperreado - irritado, agastado, angustiado,

contrariado, afobado, atormentado, cheio de

preo-cupações.( AL, PB, CE, PE).O MA apresenta a va-riante Avexado. Aurélio Buarque registra como bra-sileirismo.

Arre-égua - interjeição que pode significar

qualquer coisa, a depender do tom de voz e da

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R e v is ta

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(6)

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2000

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siao: alegria, irritação, surpresa, enfado,

contra-riedade.(CE) Há ainda as variantes A i - é g u a (AL),

Arre-lá (PI), Arre-Elza e Arre-ema (CE). Aurélio

Buarque registra apenas a forma arre, para designar cólera, enfado.

A s s a n h a d a - moça exibida, saliente,

namo-radeira, avoada, fogosa, espevitada, sem compostura, sem termos de gente. (AL, RN, PB, PE). Há, também, o conceito de despenteada. Aurélio Buarque registra como brasileirismo (2) irrequieto, buliçoso, turbulen-to, e como familiar (4) erótico, namorador.

B a i x a d a é g u a - lugar imaginário, incerto,

duvidoso, distante, "longe que só a porra", não sa-bido. (AL, PB, RN, CE, PI). Aurélio Buarque não re-gistra esta forma.

C r u v i a n a - garoa fina da madrugada, frio,

vento frio irritante que sopra de madrugada. (AL, PB, RN, PI). Em Pernambuco tem o sentido de preguiça, indolência. Aurélio Buarque registra como brasilei-rismo do Norte e Nordeste.

D a r f é - perceber, observar, dar por si,

repa-rar, tomar tento. (PB, RN, CE, PI).Aurélio Buarque não registra.

D e s c a n s a r - dar à luz, parir, ter filho. (BA,

AL, PB, RN, CE, PI). Aurélio Buarque registra como brasileirismo.

D o r d e v e a d o - cólica no baço, dor do lado

direito, na altura da região do apêndice. (BA, PB, RN, CE).Aurélio Buarque registra como brasileirismo do Norte e Nordeste.

E s t a l i c i d o - e s t a l i c í d i o -gripe, resfriado,

cons-tipação, coriza, asma. (PB, CE, PI).Aurélio Buarque registra como brasileirismo da Bahia.

G a s t u r a -indisposição estomacal, enjôo,

náu-seas, sensação de fome, sensação desagradável pro-duzida pelo tato, audição ou ao sabor. (BA, AL, PE, PB, RN, CE, PI, MA).Aurélio Buarque registra como brasileirismo.

I n t i c a r - ter prevenção ou má vontade contra

alguém, implicar, provocar, ficar de marcação. (BA, AL, PB, RN, PI). Aurélio Buarque registra como provincianismo lusitano e açoriano, forma e n t i c a r .

6 C o n c l u s ã o

Pela rápida análise que realizamos nos oito

dicionários regionais do Nordeste, pode-se concluir

que as palavras e expressões consideradas de cada

um desses estados, na realidade a grande maioria é encontrada, também, nos demais estados do nordes-te. Das treze palavras analisadas, apenas três não são registradas no Aurélio, as demais são registradas como brasileirismo, dessas, apenas três são registradas como

brasileirismos do Norte e/ou do Nordeste e apenas

uma diz que é uma forma popular.

Uma pesquisa mais aprofundada poderá nos

dá uma visão melhor do que se pode considerar léxi-co regional nordestino e léxiléxi-co de linguagem popular brasileira e não apenas léxico nordestino.

Isto poderá ser mais um caminho para com-provar uma de nossas hipóteses ao trabalharmos com

linguagem regional/popular, ou seja, para nós as

di-ferenças diatópicas não são muito significativas. O

que é mais marcante são grandes diferenças

diastráticas no léxico da língua portuguesa do Brasil.

7 B i b l i o g r a f i a

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Referências

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