PENAS ALTERNATIVAS
(restritivas de direitos)
Penas Restritivas de Direitos
As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão)
Penas Restritivas de Direitos
As penas restritivas de direitos também são chamadas de penas alternativas (por serem alternativas à pena de prisão)
Têm caráter substitutivo (substituem a pena de prisão, pois o Juiz aplica a pena de prisão e substitui por alternativa)
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Mas no caso do crime de porte para uso de entorpecentes (art. 28 da Lei 11.343/06) a pena não será mais de prisão e sim:
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III – medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo
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O 8. Congresso das Nações Unidas de
14/12/1990, aprovou a resolução n. 45/110 da Assembléia Geral, denominada Regras de Tóquio
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As Regras de Tóquio têm como objetivo
principal a redução das penas de prisão no mundo, que são custosas e não socializantes
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Dentre as regras, podemos destacar a
orientação para a participação societária nas penas ditas alternativas
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Regra 17.1 A participação da comunidade deve ser incentivada, pois constitui recurso fundamental e um dos fatores mais
importantes para fortalecer os vínculos entre os delinquentes submetidos a medidas não-privativas de liberdade e suas famílias e a
sociedade. Essa participação complementa a ação da Administração das Justiça Penal
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Regra 17.2 A participação da comunidade deve ser vista como uma oportunidade para que seus membros contribuam para a
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Regra 18.1 Deve-se incentivar os órgãos
governamentais, o setor privado e o público em geral a apoiar as organizações de
voluntários que promovam a aplicação de medidas não-privativas de liberdade
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Regra 18.2 Devem ser regularmente organizados seminários, conferências,
simpósios e outras atividades para estimular a conscientização da necessidade de
participação do público na aplicação de medidas não-privativas de liberdade
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Regra 18.3 Devem ser utilizadas todas as
formas de comunicação de massa para criar uma atitude construtiva da comunidade que dê lugar a atividades tendentes à aplicação mais ampla do tratamento não-privativo de liberdade e à reintegração social dos
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Regra 18.4 Devem ser envidados todos os esforços para informar a sociedade sobre a importância de seu papel na execução das medidas não-privativas de liberdade
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Regra 19.1 Os voluntários devem ser pré-selecionados e cuidadosamente recrutados em função de suas aptidões e interesse em relação ao trabalho a ser executado.
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Eles deverão ser adequadamente treinados para assumir as responsabilidades das
funções específicas que terão de
desempenhar e deverão ter à sua disposição apoio e orientação da autoridade competente e oportunidade de consultá-la
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Regra 19.2 Os voluntários devem encorajar os delinquentes e suas famílias a estabelecer vínculos significativos com a comunidade e
ampliar seu universo de contatos, dando-lhes assessoramento e outras formas adequadas de assistência, de acordo com sua capacidade e necessidade
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Regra 19.3 Os voluntários devem ter seguro contra acidentes, lesões e dano a terceiros no exercício de suas funções. Devem ser
reembolsados das despesas autorizadas em que incorrerem no exercício de suas funções. Deve ser-lhes dado reconhecimento público pelos serviços que prestam em prol do bem-estar da comunidade
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Inspirada nas regras de Tóquio, entrou em vigor a Lei 9.714/98, que alterou o rol das penas alternativas no Brasil, e ampliou a sua abrangência
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Para a substituição (de prisão por alternativa) são necessários 3 (três) requisitos:
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A pena em concreto tem que ser de até 4 anos;
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A pena em concreto tem que ser de até 4 anos;
O condenado não pode ser reincidente específico;
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A pena em concreto tem que ser de até 4 anos;
O condenado não pode ser reincidente específico;
As circunstâncias judiciais tem que ser favoráveis (art. 59 do CP).
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ATENÇÃO
se o crime tiver violência ou grave ameaça a pessoa (p. ex. estupro, roubo) não cabe pena alternativa.
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ATENÇÃO
se o crime for culposo, não interessa a pena, sempre caberá alternativa.
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Espécies
O Código Penal traz cinco espécies de penas alternativa:
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Espécies
Prestação de serviços à comunidade ou
entidades públicas, consistente em tarefas gratuitas em hospitais, escolas, creches, etc, a razão de 1 hora para cada dia de pena.
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Espécies
Prestação pecuniária, consistente no pagamento em dinheiro à vítima, seus
herdeiros ou entidades públicas ou privadas de caráter assistencial, do montante
compreendido entre 1 (um) e 360 (trezentos e sessenta) salários-mínimos.
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Espécies
a lei Maria da Penha (violência doméstica – lei 11.340/06) veda a concessão a penalização com cestas básicas ou outra prestação
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Espécies
Limitação de fins de semana, consistente em permanecer 5 (cinco) horas aos sábados e 5 (cinco) horas aos domingos, em casa de
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Espécies
Perda de bens e valores, consistente na perda em favor do fundo penitenciário nacional dos bens do condenado, no montante maior entre o proveito do crime e o prejuízo causado.
Não há regulamentação, salvo na Lei de
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Espécies
Interdição temporária de direitos, consistente na perda temporária da possibilidade do
exercício de um direito (cargo público, mandato eletivo, profissão, freqüência a determinados lugares, etc.)
Pena de Multa
A pena de multa é paga ao Fundo Penitenciário...
Pena de Multa
O réu tem dez dias para pagar a multa
espontaneamente no juízo criminal mesmo
(não foi revogado o art. 50 do CP). Não
efetuado o pagamento, extrai-se certidão da
condenação, que será enviada à Fazenda
Pena de Multa
A Lei Complementar n.º 79/94, que criou o Fundo Penitenciário Nacional – FUNPEN,
determina, no seu art. 2º., V, que constitui
recurso do FUNPEN as “
multas decorrentes de
sentenças penais condenatórias com trânsito
em julgado
.”; afirma-se, por isso, que a receita proveniente da execução fiscal da multa iriapara um Fundo Nacional, mesmo tendo sido cobrada pela Fazenda Estadual (quando se
tratasse de crime julgado pela Justiça Comum Estadual), o que seria inconcebível.
Pena de Multa
Segundo a Jurisprudência do STJ:
Se o crime for Estadual – Fundo Penitenciário Estadual
Se o crime for Federal – Fundo Penitenciário Federal
Pena de Multa
A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar:
Pena de Multa
A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar:
Quanto vale cada dia-multa – variação de 1/30 até 5 vezes o salário-mínimo
Pena de Multa
A pena de multa é fixada por um índice chamado dias-multa e cabe ao Juiz, ao aplicá-la, informar:
Quanto vale cada dia-multa – variação de 1/30 até 5 vezes o salário-mínimo
Quantos dias-multa serão aplicados – no mínimo 10 e no máximo 360 dias-multa.
Pena de Multa
Atenção:
A lei de drogas traz penas de multa mais altas (p. ex. art. 36 da Lei 11.343/06 – de 1.500 a 4.000 dias-multa)
Pena de Multa
Atenção:
critério suplementar para aplicar a pena de multa - “capacidade econômica” do
Pena de Multa
Atenção:
critério suplementar para aplicar a pena de multa - “capacidade econômica” do
condenado
Dependendo da capacidade econômica pode o Juiz aumentar a pena de multa em até o
Pena de Multa
Atenção:
Se o condenado não pagar a multa não irá preso devendo ser executado (cobrado)
Pena de Multa
Atenção:
Se o condenado for primário, tiver
circunstâncias judiciais favoráveis (art.
59 do CP) e pena de até 6 (seis) meses
de prisão, essa prisão pode ser
Pena de Multa
Atenção:
Se o condenado for primário, tiver
circunstâncias judiciais favoráveis (art.
59 do CP) e pena de até 6 (seis) meses
de prisão, essa prisão pode ser
substituída por multa
Cumulação de penas
As penas expostas poderão ser cumuladas (até em obediência ao princípio da
suficiência). Admite-se a aplicação: - de prisão + multa;
- de alternativa + multa; - de duas alternativas;
Cumulação de penas
Mas, atenção: não poderão ser cumuladas a pena de prisão e a pena alternativa (pois uma substitui a outra).