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leprosy and its interfaces with the care management

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Academic year: 2021

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*Correspondence to Author:

Silva, N.L.B

Enfermeira Residente em Saúde da Família – UFPE/CAV;

How to cite this article:

Silva, N.L.B; Santos, R.F.S; Nascimento, R.D.; Santos, D.C.M. A REDE DE ATENÇÃO À SAÚDE E A GESTÃO DO CUIDADO DA HANSENÍASE.American Journal of Chronic Diseases 2018, 1:7.

AePub LLC, Houston, TX USA. Website: https://aepub.com/

(

Research Article AJCD (2018), 1:7

To analyze the Health Care Network for the people affected by

leprosy and its interfaces with the care management

The Management of healthcare in the context of leprosy must take place across nets of attention to SUS (Unique System of Health). Considering the disabling potential of leprosy, should also ensure Specialized Care in outpatient reference units and hospital, whenever necessary. To analyze the Health Care Network for the people affected by leprosy and its interfaces with the care management. Qualitative research with hermeneutic nature and critical and reflective approach. The data was collected through semi-structured interviews with 03 managers and 17 Health Workers in the Sanitary District (DS) III and VII in Recife City. It was observedthat lack of understanding in the concept of networks as well as its constitution. There were disagreements between the professionals in relation to the perception of the difficulties found the in the Care Network to leprosy. However, the instant guarantee of the medicines was positive factorbased on the presented report. Understands the importance of the need of discussions about the concept and functionality of the Health Care Network, as well as training to develop early diagnosis to the disease. It stands also the importance of more investments in the development and strengthening of the network.

Keywords: Care Networks; Leprosy; Primary Care

Silva, N.L.B1; Santos, R.F.S2; Nascimento, R.D.3; Santos, D.C.M4

1Enfermeira Residente em Saúde da Família – UFPE/CAV; 2Enfermeira Mestranda em Engenharia

Biomédica – UFPE, 3,4Docente da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças - FENSG/UPE

ABSTRACT

American Journal of Chronic Diseases (AJCD)

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INTRODUÇÃO

A Rede de Atenção à Saúde (RAS) no SUS é definida como arranjos organizativos de ações e serviços de saúde, de diferentes densidades tecnológicas, que integradas por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de gestão, buscam garantir a integralidade do cuidado. O objetivo é promover a integração de ações e serviços de saúde de atenção contínua, integral, de qualidade, responsável e humanizada, e qualificar o acesso, equidade, eficácia clínica e sanitária¹.

O Sistema Único de Saúde é um sistema que se organiza de forma fragmentada e que responde às demandas sociais com ações reativas, episódicas e voltadas, prioritariamente, para as condições agudas e para as agudizações das condições crônicas. Ou seja, sobre as condições de saúde já estabelecidas, em momentos de manifestações clínicas exuberantes, autopercebidas pelos portadores, desconhecendo os determinantes sociais intermediários, os fatores de riscos biopsicológicos ou ligados aos comportamentos e aos estilos de vida e o gerenciamento da condição de saúde estabelecida2.

Destaca-se que as linhas de cuidado têm início na entrada do usuário em qualquer ponto do sistema que opera a assistência: seja no atendimento domiciliar, na equipe de saúde da família, em serviços de urgência, nos consultórios, em qualquer ponto onde haja interação entre o usuário e o profissional de saúde. A partir deste lugar de entrada, abre-se um percurso que se estende, conforme as necessidades do beneficiário, por

serviços de apoio diagnóstico e terapêutico, especialidades, atenção hospitalar e outros3.

Propõe-se com esse estudo a reflexão acerca da gestão do cuidado na atenção à saúde às pessoas atingidas pela hanseníase. Tornando-se fundamental repensar o modelo de assistência praticado, priorizando os atos cuidadores e a autonomia dos sujeitos. Isso implica em repensar as linhas de cuidado construídas no cotidiano do SUS. No tocante à hanseníase, o modelo de atenção para o controle da endemia é baseado no diagnóstico precoce, tratamento oportuno de todos os casos diagnosticados, prevenção e tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos domiciliares. Considerando que essas ações devem ser executadas em toda a rede de atenção primária do SUS e que, em razão do potencial incapacitante da hanseníase, deve-se garantir atenção especializada em unidades de referência ambulatorial e hospitalar, sempre que necessário1.

A base teórica deste projeto fundamenta-se na concepção da Clínica Ampliada proposta por Campos4, da Gestão do Cuidado de Cecílio5 e da

análise de redes de atenção à saúde de Mendes2.

Essas concepções buscam rever a forma de trabalhar reduzida ao modelo médicocentrado e biológico fragmentado ampliando as possibilidades de intervenções retirando o foco apenas na doença passando o usuário para o centro das atenções. O trabalho tem como objetivos analisar a rede de atenção da saúde às pessoas atingidas pela hanseníase e suas interfaces com a gestão do cuidado, através do mapeamento da rede de atenção à hanseníase no município de Recife-PE; da compreensão do modelo de atenção à hanseníase

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como condição crônica e suas as dimensões da gestão do cuidado no município de Recife-PE e da discussão das facilidades e dificuldades da constituição e fortalecimento da Rede de Atenção à Saúde das pessoas atingidas pela hanseníase.

MTODOLOGIA

A pesquisa foi de natureza qualitativa, com abordagem hermenêutica. Dentro de uma perspectiva crítica e reflexiva foi escolhida como possibilidade de entender (analisar) o fenômeno social e suas relações no campo da saúde. Ainda é possível, por meio desta opção, dimensionar a compreensão dos significados, dos sentidos, das intencionalidades e das questões subjetivas inerentes aos atos, às atitudes, às relações e às estruturas sociais6.

As coletas das informações ocorreram em 09 Unidades de Saúde da Família (USF) e 02 policlínicas referências em atendimento da hanseníase, localizadas no Distrito Sanitário (DS) III e VII do município do Recife – Pernambuco. A escolha dos DS foi intencional, por serem território das práticas de ensino da Universidade de Pernambuco, e as unidades foram escolhidas aleatoriamente. As entrevistas foram realizadas no período de julho de 2014 a março de 2015.

Os participantes do estudo foram os 03 gerentes (Coordenação de Hanseníase) e 17 trabalhadores de saúde (09 enfermeiros e 08 médicos). Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas que abordavam questões relacionadas à: conceito de redes, fluxo e qualidade do atendimento, serviços ofertados e utilizados, cuidado ao usuário, planejamento do tratamento, protocolos clínicos, encaminhamentos as especialidades médicas,

integração entre os serviços, referência e contrarreferência, e facilidades e dificuldades na rede e no tratamento.

O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do complexo hospitalar Huoc-Procape, CAAE 24967413.7.0000.5192. A pesquisa de campo teve início após sua aprovação. Os sujeitos do estudo terão acesso ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, que assinarão, caso desejem participar da pesquisa, atendendo aos princípios éticos, conforme Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde7.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Participaram do estudo 17 profissionais de saúde e 03 gerentes, totalizando 20 entrevistados. Destes, 17 foram do sexo feminino e 03 do sexo masculino. As formações acadêmicas foram nas áreas de medicina (08 médicos) e de enfermagem (12 enfermeiros), com o tempo de atuação no serviço em média de 8 meses a 20 anos e 1 anos a 12 anos, respectivamente. A maioria deles com a especialização em saúde da família e saúde coletiva em ambas as categorias.

A RAS em hanseníase é regulamentada pela Portaria Nº 149, de 3 de fevereiro de 20161que diz

que o modelo de intervenção para o controle da endemia é baseado no diagnóstico precoce, tratamento oportuno de todos os casos diagnosticados, prevenção e tratamento de incapacidades e vigilância dos contatos domiciliares. Considerando que essas ações devem ser executadas em toda a rede de atenção primária do Sistema Único de Saúde – SUS e que, em razão do potencial incapacitante da hanseníase, deve-se garantir atenção especializada em unidades de

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referência ambulatorial e hospitalar, sempre que necessário.

Diante das entrevistas foi observado a não compreensão adequada no conceito de redes bem como a sua constituição. Ocorrem divergências entre os profissionais, inclusive entre os da mesma unidade, quanto à percepção das dificuldades encontradas na rede de atenção à hanseníase. No entanto, a garantia dos medicamentos de forma imediata foi um fator positivo diante os relatos apresentados.

Quanto ao fluxo de atendimento, este se mostrou confuso para os profissionais, quando os mesmos desconheciam o funcionamento do nível terciário. Os entrevistados demonstraram ainda o desconhecimento de vários serviços disponíveis na rede para o atendimento das pessoas acometidas pela hanseníase, fato preocupante quando se leva em consideração que o tratamento do paciente pode ser prejudicado pela falta do conhecimento dos serviços ofertados.

No entanto, está preconizado que o fluxo de atendimento é iniciado na rede básica de saúde, onde tem a finalidade de permitir acessibilidade a todos os pacientes, cabendo à atenção básica suspeitar, diagnosticar, tratar e acompanhar todos os casos de Hanseníase e seus comunicantes, mantendo estrita vigilância epidemiológica e promovendo ações educativas na prevenção da doença e suas sequelas8.

A integração entre os serviços foi vista como algo fácil de ser feito, considerando que os profissionais têm os recursos necessários a disposição. E a referência e contrarreferência mostrou-se

divergente entre os serviços, quando alguns são contemplados com a contrarreferência e outros não. Apesar da realidade atual dos serviços onde a comunicação é feita basicamente pelas fichas de encaminhamento, Brasil (2010)9 traça estratégias

para desenvolver os sistemas Logísticos e de apoio da RAS buscando promover integração da RAS por meio de sistemas transporte sanitário, de apoio diagnóstico e terapêutico, considerando critérios de acesso, escala e escopo; avançar no desenvolvimento da gestão da tecnologia de informação e comunicação em saúde na RAS e ampliar a cobertura do Telessaúde visando apoio aos profissionais de saúde.

E Brasil (2010)9 também afirma que a referência

deve ser feita através do formulário contendo todas as informações necessárias ao atendimento (motivo do encaminhamento, resumo da história clínica, resultado de exames realizados, diagnóstico, evolução clínica, esquema terapêutico e dose a que o paciente está submetido, entre outras); e a contrarreferência deverá ser acompanhada de formulário próprio, contendo informações detalhadas a respeito do atendimento prestado e das condutas e orientações para o seguimento do (a) paciente no estabelecimento de origem.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante das deficiências encontradas após análise dos relatos dos gestores e profissionais que atuam no atendimento à hanseníase em Recife, compreendese a importância de haver capacitações para estes, nos âmbitos de concepção do conceito e funcionalidade da Rede de Atenção à Saúde, assim como habilitação para diagnóstico precoce da doença.

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Destaca-se ainda a importância de um maior apoio governamental em aspectos financeiros e de recursos humanos, tendo em vista que a hanseníase é uma doença negligenciada mesmo ainda sendo bastante endêmica no município.

Fica justificado que o segundo objetivo específico, “Compreender o modelo de atenção à hanseníase como condição crônica e suas as dimensões da gestão do cuidado no município de Recife-PE”, não foi realizado ao longo da pesquisa pois, para que o mesmo fosse feito seria necessárias entrevistas com os usuários atendidos nas unidades de saúde da família e na unidade de referência Clementino Fraga. E para tal não foi possível, tendo em vista a dificuldade de encontrar usuários nos momentos das entrevistas por suas demandas espontâneas e pelo acompanhamento de uma vez ao daqueles que já fazem tratamento.

REFÊNCIAS

1. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria Nº 149, de 3 de fevereiro de 2016. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Eliminação da Hanseníase como Problema de Saúde Pública, com a finalidade de orientar os gestores e os profissionais dos serviços de saúde. Ministério da Saúde, 2016.

2. MENDES, E.V. As redes de atenção à saúde. Rev. Ciência & Saúde Coletiva. 15(5):2297-2305,2010. 3. MALTA, D.C.; MERHY, E.E. O percurso da linha

do cuidado sob a perspectiva das doenças crônicas não transmissíveis. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 14, n. 34, Sept. 2010.

4. CAMPOS, G.W.S. Clínica e Saúde Coletiva compartilhadas: teoria Paidéia e reformulação ampliada do trabalho em saúde. In: MINAYO, C., et al., (org). Tratado de Saúde Coletiva. São Paulo: Hucitec; 2006. p.53-92.

5. CECILIO, L.C.O. Apontamentos teórico-conceituais sobre processos avaliativos considerando as

múltiplas dimensões da gestão do cuidado em saúde. Interface (Botucatu), Botucatu, v. 15, n. 37, June 2011

6. MINAYO, M. C. S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 11º ed. São Paulo: HUCITEC, 2008.

7. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022. Brasília: Ministério da Saúde, 2011ª

8. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Hanseníase e direitos humanos: direitos e deveres dos usuários do SUS. Brasília, 2008. (Série F. Comunicação e Educação em Saúde).

9. BRASIL, Ministério da Saúde. Portaria nº 3.125, de 7 de outubro De 2010. Aprova as Diretrizes para Vigilância, Atenção e Controle da hanseníase; Ministério da Saúde, 2010.

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