Disciplina: NFR510065 - Promoção da saúde no processo de viver humano e enfermagem Professores Responsáveis: Dra. Ivonete Teresinha Schülter Buss Heidemann, Dra. Betina Horner
Schlindwein Meirelles, Dra. Rosane Gonçalves Nitschke
PLANO DE ENSINO
Créditos:
Semestre:
3
2014/2
Ementa:
Promoção e educação em saúde no processo de viver. Práticas sócio-culturais de cuidado na contemporaneidade, ao individuo, família e coletividade. A contribuição da filosofia e da socioantropologia na saúde e Enfermagem. Princípios promoção da saúde e estratégias de ação. O cotidiano, pós-modernidade e imaginário no processo de viver na promoção da saúde.
Objetivos:
Compreender os princípios da promoção da saúde e suas estratégias de ações como: políticas públicas, ambientes favoráveis, reorientação das práticas de saúde e reforço da ação comunitária;
criação de habilidades individual para a melhoria da qualidade de vida.
Compreender a relação dos determinantes socais integrados as concepcões de promoção da saúde. Discutir como o pensamento de Paulo Freire pode contribuir para a compreensão e significado da promoção da saúde.
Refletir sobre promoção e educação em saúde no processo de viver.
Refletir sobre o histórico do conceito de cultura na área da saúde e aspectos relacionados a educação em saúde e a prática clínica de enfermagem
Conteúdo:
Promoção da Saúde: aspectos históricos, conceito, tendências.
Interpretação teórica da Carta de Otawa. Determinantes sociais de saúde, justiça social e equidade.
Concepção teórica da educação em Paulo Freire e a relação com a promoção da saúde e enfermagem.
Concepções teóricas do empowerment e autonomia.
Cultura e a prática profissional de saúde e de enfermagem na promoção da saúde.
Educação em saúde para promoção da saúde.
Metodologia:
A disciplina operacionalizará o Círculo de Cultura proposto por Paulo Freire, sendo realizados debates informais, leitura interpretativa, trabalho em grupo, discussão de leituras feitas previamente pelo grupo e elaboração de seminários.
Cronograma/Atividades previstas:
DATA ATIVIDADE/CONTEUDO MÉTODO LEITURA
RECOMENDADA 19/08
18:00 - 21:00
Introdução à disciplinaApresentação dos alunos e levantamento das expectativas.Apresentação e discussão do plano de ensinoPromoção da Saúde: aspectos históricos
Dinâmica de Acolhida.
Discussão do Plano de Ensino.Aula expositiva e
Nao ha leitura
26/08
18:00 - 21:00
Promoção da saúde e Determinantes SociaisLeituras obrigatórias orientadas previamente
Leitura de textos e discussãoem Círculo de Cultura dostextos. Síntese coletiva
Referência n. 1
02/09
18:00 - 21:00
Saúde, promoção da saúde eSubjetividade Viver saudável em situações de risco e/ou vulnerabilidade, incapacidades Leituras obrigatórias orientadaspreviamente
Leitura e análise de
estudosdos textos e discussão emgrupo. Síntese coletiva
Referência n.
2,3,4
09/09
18:00 - 21:00
Dispersão. Orientação e preparo dos seminários
Conformetemática dosseminários
Conformetemátic a dosseminários 16/09
18:00 - 21:00
Pobreza e status socioeconômico,
Determinantes sociais, equidade e justiça social
Leitura e análise de
estudosdos textos e discussão emgrupo. Síntese coletiva.
Referência n. 5,6
23/09
18:00 - 21:00
1 – Seminário: Carta de Otawa e as
Conferenciais internacionais e Politica Nacional de Promocao da saude
Círculo de Cultura e síntese coletiva. Discussão em grupo
Referência n.
7,8,9.10,11 30/09
18:00 - 21:00
Dispersão. Orientação e preparo dos seminários
Preparo dos trabalhos finais em grupo
Conforme temática dos seminários 07/10
18:00 - 21:00
2. Seminário: Determinacao social de saude e equidade
Círculo de Cultura e síntese coletiva. Discussão em grupo
Referência 12,13 14/10
18:00 - 21:00
Dispersão. Orientação e preparo dos seminários
Preparo dos trabalhos finais em grupo
Conformetemátic a dosseminários 21/10
19:00 - 22:00
3 - Seminário: Concepção teórica da educação em Paulo Freire, educacao em saude e a relação com a promoção da saúde e enfermagem.
Círculo de Cultura e síntese coletiva. Discussão em grupo.
Referência n.14,15,16
28/10
19:00 - 22:00
4 - Seminário: As concepções teóricas do empowerment e autonomia no processo deviver.
Círculo de Cultura e síntese coletiva. Discussão em grupo.
Referência n.17,18 04/11
20:00 - 23:00
Dispersão. Preparo dos trabalhos finais. Preparo dos trabalhos finais em grupo
Conforme temática dos seminários 11/11
20:00 - 23:00
5 - Seminário: Desafios da autonomia na promoção da saúde
Círculo de Cultura e síntese coletiva. Discussão em grupo.
Referência n.19,20 18/11
20:00 - 23:00
O cotidiano, pós – modernidade e imaginário no processo de viver na promoção da saúde.
Atividade em grupo e exposição dialogada
Referência n.21 25/11
20:00 - 23:00
Avaliação da disciplina. Entrega dos trabalhos finais
Círculo de Cultura avaliativa Não há leitura
Avaliação:
1- Para os círculos de cultura o aluno deverá entregar individualmente uma síntese de no máximo 2 páginas com perguntas das leituras obrigatórias. Peso: 2
2- Preparação e participação no seminário com entrega aos colegas e professor de uma síntese do conteúdo apresentado em sala. Peso: 4
3- Elaboração de um trabalho de conclusão da disciplina: sendo um texto elaborado como uma reflexão teórica consistente, desenvolvida em grupo com base no tema preparado para o seu seminário e orientado pelas professoras da disciplina (10 a 15 p). O texto deve ser organizado na forma de artigo científico, com vistas à futura publicação conjunta com orientadores e professores da disciplina, a combinar.
Bibliografia Obrigatória:
1. 10. WHO - World Health Organization. (2005). The Bangkok Charter for health promotion.
Retrieved from:
www.who.int/healthpromotion/conference/6gchp/bangkok_charter/en/indes/html
2. 11. ROOTMAN, I., O’NEILL, M. (2012). The Evolution of Health Promotion Practice. In: I.
ROOTMAN, S. DUPERE, A. PEDERSON, M. O’NEILL. Health Promotion in Canada: Critical Perspectives on Practice. 3th ed. Toronto Canadian Scholar’s, Press Inc. (pp.18-32), 2012 3. 12 Commission on Social Determinants of Health. Closing the gap in a generation: health
equity through action on the social determinants of health. Geneva: World Health Organization; Retrieved from: http :// whqlibdoc. who. int/ publications
/2010/9789248563706_por.pdf?ua=1
4. 13. DAHLGREN & WHITEHEAD. Model of Health – Dahlgren & Whitehead. 1991. Disponível em: <http://www.nwci.ie/download/pdf/determinants_ health_diagram.pdf>
5. 14. FREIRE P. Pedagogia do oprimido. 29º ed. São Paulo (SP): Paz e Terra; 2005. p.52-61.
6. 15. HEIDEMANN, I. T. S. B. et al.Incorporação teórico-conceitual e metodológica da educador Paulo Freire na pesquisa. Rev Bras Enferm., maio-jun, 63 (3), p.416-20, 2010.
7. 16. BOEHS, A. E. et al. A interface necessária entre enfermagem, educação em saúde e o conceito de cultura. Texto & Contexto Enferm., v.16, n. 2, p.307 - 314, 2007.
8. 17 CARVALHO, S.R.; GASTALDO, D. Promoção à saúde e empoderamento: uma reflexão a partir das perspectivas crítico-social pós-es truturalista. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.13 supl.2, p. dez.2008.
9. 18. BRAUNACK-MAYER, A., & LOUISE, J. (2008). The ethics of community empowerment:
tensions in health promotion theory and practice. Promotion and Education, 15(3), 5-8.
10. 19.CAMPOS, G.W.S., CAMPOS, R.T.O. Co-construção de autonomia: o sujeito em questão.
In Gastão Wagner de Souza Campos..(et al.) (Orgs). Tratado de saúde coletiva. São Paulo:
Hucitec; Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2006. pp.669-688.
11. 1. JACKSON SF, BIRN, AE, FAWCETT, SB, POLAND, B, SCHULTZ J A. Synergy for health equity: integrating health promotion and social determinants of health approaches in and beyond the Americas. Rev Panam Salud Publica 34(6), 2013 473-480
12. 20. CASTORIADIS, C. COHN,B. Da Ecologia a Autonomia. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981.
13. 21. NITSCHKE, R. G.. Pensando o nosso quotidiano contemporâneo e a promoção de famílias saudáveis. Ciência, Cuidado & Saúde, v. 6, p.24-26, 2007.
14. 2. AYRES, J. R. Sobre o Risco: para Compreender a Epidemiologia. São Paulo: Hucitec, 2002.
15. 3. CAPONI, S. Saúde como abertura ao risco In: Czeresnia, D. (Org) Promoção da Saúde:
conceitos, reflexões, tendência. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2003.
16. 4. ANDERMANN A. Evidence for health. From Patient choice to global policy. Montreal, Canada Cambridge University Press, 2013
17. 5. BUSS, P.; FILHO, A. P. A Saúde e seus Determinantes Sociais. Rev. Saúde Coletiva, v. 17, n.1, p. 77-93, 2007.
18. 6. BUSS, Paulo M.; PELLEGRINI FILHO, Alberto. Iniqüidades em saúde no Brasil, nossa mais grave doença: comentários sobre o documento de referência e os trabalhos da Comissão Nacional sobre Determinantes Sociais da Saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro , v. 22, n. 9, Sept. 2006
19. 7. BRASIL. Ministério da Saúde. Promoção de Saúde. Carta de Ottawa, Declaração de Adelaide, Sundsvall, Bogotá. Brasília: Ministério da Saúde, 1996.
20. 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Brasil. Política nacional de promoção da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
21. 9.WHO - World Health Organization. (1986). Ottawa Charter for Health Promotion. Otawa:
World Health Organization, Health and Welfare Canada, Canada Public Health Association.
Bibliografia Complementar
BRICEÑO-LEÓN, R. Siete tesis sobre la educación sanitaria para la participación comunitaria.
Cadernos de Saúde Pública, 12(1):7-30. 1996. Disponível em: <http: //www.scielo.br/>.
Acesso em 15 jan.2010
BUSS, P.M., CARVALHO, A.I. Desenvolvimento da promoção da saúde no Brasil nos últimos vinte anos (1988-2008). Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.14, n.6, p.2305-2316, 2009
CARVALHO, R.S. Saúde coletiva e promoção à saúde. Uma reflexão sobre os temas do sujeito e da mudança. 2002. 189 f. Tese (Doutorado em Ciências Médicas) - Pós-Graduação em Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2002
(outras poderão ser indicadas ao longo da disciplina):
CASTIEL, L.D.; DIAS,C.A.D. A saúde persecutória os limites da responsabilidade. In:
________. Os informes Majoritários, a Nova Saúde Pública e a Gestão Saudável de Comportamentos. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz; 2007. Cap. 1, p. 9-42.
CASTIEL,L.D. Identidades sobre Risco ou Risco como Identidade? A Saúde dos Jovens e a Vida Contemporânea. Revista Internacional Interdisciplinar-INTER thesis, v.4, n.2, p.2-16, jul/dez, 2007.
CZERESNIA, D. The Concept of Health and the Difference Between Prevention and Promotion. Cadernos de Saúde Pública. V.15, n.4, p.701-709, 1999. Disponível em:
<http://www.scielo.br.../fbtext?got=last&pid.>.
ERIKSSON, M.; LINDSTRZOM, B. A salutogenic interpretation of the Ottawa Charter Health Promotion International, v. 23, n. 2, march, p.190-99, 2008.
FREIRE P. Professora sim, tia não: cartas a quem ousa ensinar. 6 ª.ed.São Paulo: Olho D´agua; 1995.
GARNELO L.; LANGDON E. J. A antropologia e a reformulação das práticas sanitárias na atenção básica à saúde. In: Minayo MCS, Coimbra JRC, organizadores. Críticas e atuantes ciências sociais e humanas em saúde na América Latina. Rio de Janeiro: Fiocruz; 2005.
p.143-56.
HEIDEMANN, I. T. S. B. et al. Promoção à saúde - trajetória histórica de suas concepções.
Texto Contexto Enferm., v.15, n.2, p.352-8, 2006.
LANGDON, E. J.; GARNELO, L. A Antropologia e a reformulação das práticas sanitárias na Atenção Básica à Saúde. In: MINAYO, Maria Cecília de Souza; COIMBRA Jr, Carlos E.
A.Críticas e atuantes: ciências sociais e humanas em saúde na América Latina. Rio de Janeiro:FIOCRUZ, p 136-156, 2005. (Disponível digitalizado)
MENENDEZ E. Modelos de atencion de los padeciemntos: de exclusiones teóricas y
articulaciones prácticas. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 8, n.1, p.185-208, 2003 MIRANDA, K. C.L. ; BARROSO, M. G. T. A contribuição de Paulo Freire à prática e educação crítica em enfermagem. Rev Latino-Am. Enfermagem, Ribeirão Preto, v.8, n.3, p.05 - 10, 2000.
MONTICELLI, M. ; ELSEN, I. A cultura como obstáculo: percepções da enfermagem no cuidado às famílias em alojamento conjunto. Texto Contexto Enferm., v15, n1, p.26-34, jan- abr; 2006
RABELO,L.S. Promoção da Saúde a construção social de um conceito em perspectiva comparada. Rio de Janeiro:Editora Fiocruz, 2010
SCOCYGLIA, A. C. Origens e prospectiva do pensamento político pedagógico de Paulo Freire. Educação e Pesquisa. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.25, n.2, p.25-37, jul/dez,1999.
VASCONCELOS, E. Educação popular e a atenção à saúde da família. São Paulo-Sobral:
Hucitec; 2001.
WALLERSTEIN, N.; SANCHEZ-MERKI, V. Freirian praxis in health education: research results from an adolescent prevention program. Health Educ. Res., v.9, n.1, p. 105-118, 1994.
WENDHAUSEN, A. L. ; SAUPE, R. Concepções de educação em saúde e a estratégia de saúde da família.Texto Contexto Enferm.12(1):17-25. Jan-Mar; 2003
WESTPHAL, M.F. Promoção da Saúde e Prevenção de doenças. In Gastão Wagner de
Souza Campos..(et al.) (Orgs). Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro:
Ed. Fiocruz, 2006.pp.635-663.
WHO - World Health Organization. (2013). Conferencia Mundial de Promoção da Saúde.
Retrieved from http://www.iuhpe.org/images/IUHPE/Conference/Synt_ConfMondiale
World Health Organization. Nairobi Call to Action for Closing the Imple¬mentation Gap in Health Promotion. Geneva: WHO; 2009. Available from: www.gesundheitsfoerderung.ch/
pdf_doc_xls/e/GFPstaerken/Netz¬werke/Nairobi-Call-to-Action-Nov 09.pdf Accessed on 16 September 2013.