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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

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Academic year: 2021

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EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ADMINISTRATIVO

Prof. Ms. Marco A. Arbex

marco.arbex@fatecourinhos.edu.br

1- Abordagem clássica

Periodo: entre final do século XIX até a década de 30.

Contexto: época de grande crescimento da demanda, exigindo das empresas um rápido desenvolvimento da capacidade de produção (que ainda era

essencialmente artesanal)

A organização é vista como um sistema fechado (sem considerar as forças do ambiente externo).

Movimentos:

Administração científica

Teoria clássica

A) Movimento da administração científica (Frederick Taylor)

Tayor colocou a administração em um patamar mais profissionalizado: planejamento no lugar de improvisação e ciência no lugar do empirismo

O principal objetivo de Taylor era achar a “melhor maneira” de se executar as tarefas, de forma a otimizar o tempo e produtividade dos trabalhadores e eliminar desperdícios

Tinha como pressuposto considerar o trabalhador como um dos fatores de produção, juntamente com capital e equipamentos (“homem-máquina”).

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Alguns pontos-chave do Taylorismo:

a) Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos:decomposição do trabalho em tarefas simples e previamente definidas. Em seguida, passava-se para a medição dos movimentos dos operários e estabelecimento de um tempo-padrão para as tarefas.

b) Divisão do trabalho e especialização:cada operário passou a se especializar na execução de sua tarefa (superespecialização). A idéia básica é de que a eficiência aumenta com a especialização.

c) Padronização de métodos e máquinas:a padronização reduz a variabilidade do processo produtivo.

Alguns pontos-chave do Taylorismo:

c) Incentivos salariais e premiação:foi substituída a remuneração baseada no tempo de trabalho pela remuneração baseada na produção.

d) Condições ambientais de trabalho:o conforto do operário propicia melhorias na eficiência produtiva.

Buscou-se adequar os instrumentos e ferramentas, o layout e a minimização de problemas com ventilação, iluminação, ruídos.

e) Supervisão funcional:Era necessário existir um supervisor para cada área de especialização do operário. Havia a ideia de que a supervisão rígida contribui para aumentar a eficência.

Taylorismo

Conheça mais sobre o Taylorismo assistindo aos vídeos:

Cena do filme Tempos Modernos:

http://youtube.com/watch?v=XLF1JZCxpxw

Princípios do Taylorismo:

http://youtube.com/watch?v=FL7vrj8bPJs

Análise do Taylorismo, por Mário Sérgio Cortella:

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Ford e a linha de produção

Henry Ford foi o primeiro a adotar, em grande escala e com sucesso, os princípios do

“taylorismo”

Ford, partindo dos princípios de

racionalização de Taylor, aprimorou a linha de montagem móvel, em 914: ao

invés de o trabalhador ter que buscar as peças de que precisa, estas passaram a chegar até ele.

•As implementações de Ford geraram maior velocidade da produção (e menores custos), melhor qualidade, maior escala de fabricação e menor preço do produto

Assista ao vídeo sobre o Fordismo:

http://youtube.com/watch?v=noIo3tYkHq4

ATIVIDADE

Elabore um texto contendo uma análise crítica do do Taylorismo e Fordismo.

Fale sobre:

Pontos positivos e negativos do modelo

Aplicabilidade atualmente

Fordismo vs. Toyotismo. Para isso, pesquise sobre o Toyotismo (ou modelo Toyota de Produção)

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B) A teoria clássica (Henri Fayol)

Enquanto a Administração Científica de Taylor focava a produtividade no nível de tarefas, a Teoria Clássica, de Henri Fayol, focava a estrutura organizacional e as funções do gestor.

A principal contribuição de Fayol foi desenvolver as quatro funções básicas da administração (planejar, organizar, dirigir e controlar).

Para Fayol, a organização deve ser dividida em departamentos, cada qual representando uma função organizacional.

Os 14 princípios de Fayol:

1) divisão do trabalho;

2) autoridade e responsabilidade;

3) disciplina;

4) unidade de comando (um só superior);

5) unidade de direção (atividades com o mesmo objetivo devem obedecer a um só programa e a um só chefe);

6) interesse da organização deve ser superior aos interesses individuais;

7) remuneração justa;

8) centralização de comando;

9) hierarquia e facilidade de comunicação entre e inter níveis hierárquicos;

10) ordem (um lugar para cada e cada um no seu lugar;

11) equidade;

12) estabilidade (manutenção de equipes);

13) iniciativa;

14) espírito de equipe

C) O modelo burocrático (Max Weber)

Assim como Fayol, a preocupação de Weber centrava-se na estrutura organizacional. Weber sugeria um “tipo ideal” de burocracia(formalizações e procedimentos) para todas organizações, que incluíam os seguintes fatores:

-formalização por escrito de rotinas e procedimentos;

-indivíduos com cargos e posições definidos;

-impessoalidade nas relações;

-seleção dos trabalhadores apenas por competência técnica;

-separação entre propriedade e administração;

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Burocracia Weberiana

A ideia por trás da burocracia weberiana é gerar eficiência organizacional padronizando e tornando previsível o comportamento humano. Os imprevistos

comportamentais observados nas organizações foram chamados de “disfunções da burocracia”. As principais disfunções verificas são:

- Impessoalidade: os trabalhadores tratavam-se como ocupantes de certos cargos e não como pessoas;

- Normas rígidas e formalizações deixam de se tornar um meio e sim um fim, tomando muito tempo do trabalho;

- Necessidade constante de afirmação hierárquica;

- Resistência à mudança e necessidade da organização de proteger-se de pressões externas (baixa flexibilidade);

2- Abordagem comportamental

A partir da década de 1930, as organizações começaram a sofrer influência das ciências humanas, como sociologia e psicologia.

Surge o movimento das relações humanas, que passou a identificar necessidade sociais e psicológicas do trabalhador, considerando que tais necessidades influenciariam sua produtividade.

O trabalhador passa a ser visto como pessoa e não como um outro recurso qualquer.

O principal expoente da escola de relações humanas foi Elton Mayo, que comandou entre meados da década de 1920 e inicio da década de 1930 a chamada experiência de Hawthorne.

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O movimento das relações humanas: o efeito Hawthorne

Ao tentar estudar o impacto das condições físicas de trabalho (iluminação e horários de trabalho) na produtividade dos operários, Elton Mayo a a concçusões inimagináveis até então....

Assista ao vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=KOGrcLx5W-g

O movimento das relações humanas: o efeito Hawthorne

A experiência detectou que a produtividade se mantinha ou até aumentava, quando a intensidade da luz aumentava demais ou era reduzida abaixo do razoável.

Mayo chegou à conclusão que os aumentos de produtividade tinham mais a ver com o espírito de grupo e com a atenção recebida pelos trabalhadores dos seus chefes. As condições físicas em que se desenvolvia o trabalho eram os fatores menos importantes.

A liderança e motivação dos indivíduoseram as variáveis que melhor explicavam os resultados da sua experiência.

O movimento das relações humanas: o efeito Hawthorne

Estas descobertas causaram uma revolução no conceito de eficiência organizacional vigente até então, pois começou-se a perceber que as pessoas possuem demandas psicológicas e sociais.

Sendo assim, precisam mais do que incentivos salariais para manter-se motivadas.

Surge o conceito de organizacao informal (agrupamentos sociais na empresa), que até então era ignorado.

A partir de então, passa a ganhar espaço na administração, aspectos comoliderança, motivação, cultura organizacional,

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“Humanização” da administração

3- Abordagem sistêmica

•Enquanto as descobertas dentro das

organizações aumentavam, um fator crucial para o desenvolvimento destas ainda era ignorado: o enfoque sistêmico.

•Este conceito diz que as organizações devem ser administradas levando em conta – além dos fatores internos – a influencia do ambiente externo (ambiente geral e setorial)

Abordagem sistêmica

A abordagem sistêmica vê a empresa como um sistema aberto (parte de um sistema maior) e complexo (composto de diversas partes inter-relacionadas e interdependentes).

Sistema aberto: empresa troca constantemente informações com seu ambiente externo. Essa troca caracteriza um equilíbrio dinâmico, com a empresa se adaptando a seu ambiente e também modificando esse ambiente.

Sistema complexo: a atividade de qualquer setor de uma organização afeta em diferentes graus a atividade de todos os outros setores. Há ainda a presença da sinergia entre as partes

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Abordagem sistêmica

A abordagem sistêmica nas empresas surgiu a partir de uma analogia com o corpo humano.

A teoria dos sistemas, originada na biologia, com o cientista Von Bertalanffy mostra que os elementos do corpo humano, ao serem reunidos para constituir uma unidade funcional maior, desenvolvem qualidades que não se encontram em seus componentes isolados (sinergia).

A empresa enquanto sistema

Entradas

Ambiente INFORMAÇÃO TECNOLOGIA PESSOAS

DEMAIS RECURSOS

TRANSFORMAÇÃO OU PPROCESSAMENTO

Saídas

BENS E SERVIÇOS

Ambiente

RETROAÇÃO (feedback)

Miopia sistêmica

“Você pode ter seu Ford na cor que quiser, desde que seja preto” (Henry Ford)

"Quem se interessaria em ouvir os atores falar?"

(H.M. Warner, do estúdio Warner Brothers, em 1927, último anos dos filmes mudos).

"Penso que há talvez no mundo um mercado para cinco computadores."

(Thomas Watson, presidente da IBM, em 1943).

"Aviões são brinquedos interessantes, mas sem nenhum valor militar."

(Marechal Ferdinand Foch, professor de Estratégia da École Supérieure de Guerre de Paris).

"Esta geringonça tem inconvenientes demais para ser levada a sério como meio de comunicação”.

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5- Abordagem contingencial

A abordagem contingencial não acredita que há a “melhor maneira” de se realizar algo.

Sua base conceitual é que condições e situações diferentes exigem a aplicação de técnicas diferentes de administração

Ou seja, as decisões tomadas pelos gestores dependem de um conjunto de situações pertinentes a cada negócio em específico

Assim, não existe “receita” de como gerenciar, mas uma análise detalhda de cada situação e suas particularidades

Textos-base

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administracão. 6ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000.

MAXIMIANO, A. C. Introdução à administração. São Paulo:

Atlas, 2000. Capitulo 1 (p.25-49).

MEGGINSON et ali. Adminsitração: conceitos e aplicações.

São Paulo: Harbra, 1998. Capitulo 1 (p. 4-34).

Referências

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