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Santander Asset Management

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Academic year: 2021

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Índice

Projeções, 1

Ecoeconomia, 2

Cenário externo, 3

Cenário Doméstico, 4

Cenário Doméstico e Renda Fixa, 5

Disclaimer na última página

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Santander Asset Management

Brasil - Relatório Econômico e Estratégico Resumido

Agosto 2010

Indicadores jul 2010

Ibovespa médio 62.126 +8,19% no mês -1,41% no ano IBX médio 21.056 +8,58% no mês -2,31% no ano S&P 500 1.030,71 +6,88% no mês -1,21% no ano CDI +0,86% no mês +5,22% no ano Dólar = $ 1,7875 -0,78% no mês +2,66% no ano Eduardo Castro Alexandre Ludolf Cal Constantino Danilo Vitti Fábio Landi José Malavasi Ricardo Rossi

Gestão Renda Fixa

Alexandre Silvério André Rocha Eduardo Calier Gustavo Maziero Guilherme Bretas Pedro Villani Renato Santaniello Sidney Uejima

Gestão Renda Variável & Multimercados Pedro Villani Eugênia Buosi Investimentos Socialmente Responsáveis Hugo Penteado Ricardo Denadai

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Ecoeconomia

Planeta, pessoas e economia, o que vem primeiro?

A discussão sobre sustentabilidade está a todo vapor, em função das descobertas das ciências da Terra sobre o funcionamento dos ecossistemas e a nossa dependência e vulnerabilidade em relação a eles. Não dá mais para ignorar que nossos corações só batem porque há um ser vivo na Terra que armazena luz do sol, que nossos pulmões se enchem de oxigênio porque há um ser vivo no oceano que produz um excedente, que a comida chega aos nossos pratos através das abelhas, e por aí vai. Todos os seres vivos dependem de todos os seres vivos, declaram os cientistas. Charles Darwin escreveu que nada diferencia o ser humano dos demais animais, mas possuímos a capacidade de separar as causas das conseqüências. Possuímos o nosso exosomatismo, que torna o impacto das populações sobre os ecossistemas muito maior. Um urso vem à Terra e vive só com seu próprio corpo, nós vivemos com carro, casas, celulares, hotéis, barcos, ou seja, um monte de trecos.

Os ecossistemas não estão aí apenas para serem comidos, eles desempenham funções vitais sem os quais não estaríamos vivos. O planeta Terra era originariamente rocha, material semelhante ao sol, podendo até ser uma parte dele, fruto de alguma explosão e se assemelha a um ovo, uma casca fina, que é a nossa crosta terrestre, preenchida com o magma incandescente. A Terra, bilhões de anos atrás não tinha água, que aqui foi trazida através do bombardeamento continuo dos cometas, que são feitos de gelo. Esse bombardeamento de cometas impediria o surgimento da vida, pois estamos numa zona sideral perigosíssima, mas Júpiter, um planeta gigante muito maior que a Terra, ao nascer, com sua gravidade começou a atrair todos os elementos móveis para si, dando paz cósmica à Terra. Foi criada a primeira condição da vida desse planeta: sem Júpiter com certeza não estaríamos aqui.

Se a água entrou nos sistemas da Terra através dos cometas, então sabemos que ela é finita. E de nada adianta dizer que a maior parte da água salinizou e que resta ao ser humano desalinizar, porque o que fazer com o sal? E os riscos para o equilíbrio oceânico? Toda vida desse planeta esteve um dia somente na água e aos poucos os animais foram ganhando os continentes. Mesmo assim, até hoje, 70% dos seres vivos estão nos oceanos. A água é fundamental: nossos corpos são compostos 60% de água, nossa reprodução sexuada é na água e o bebê nasce numa bacia de água. Água é vida, um recurso finito que não está sendo preservado e que está sob intenso ataque de todos os povos. A vida que segue inexplicada é uma bênção, os cientistas quando descobriram o mundo atômico esperavam achar um átomo nos nossos braços diferente dos átomos de uma mesa, mas descobriram que eram idênticos. Nossos corpos são feitos de material estelar (parte do sol) e de água dos cometas. É ou não é um milagre?

Mas o milagre maior está como todos os seres vivos mantém uma comunhão em prol da vida, que sem ela, toda a teia desmorona e todos desaparecerão. Os ecossistemas e sua biodiversidade não estão aí só para serem transformados em atividades agrícolas ou econômicas, eles existem como reguladores químicos do solo, do ar e da água e sem eles a Terra seria uma tocha incandescente. A autora do livro Biomimicry escreveu que toda espécie que não for capaz de compartilhar o ecossistema com outras espécies está fadada a desaparecer. Logicamente ela se referia a nós, onde os únicos bichos que permitimos são ratos, pombos, baratas e pernilongos e que sempre somos obrigados a matar ou exterminar.

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Caso os ecossistemas sejam comidos, além dos limites que garantem a sustentação de toda a vida na Terra, irão deixar de funcionar e quem irá perder será a vida do planeta, onde nós somos uma pequena parte e bem vulnerável. Se somarmos a massa de todas as bactérias desse planeta, ela será maior que a massa de todos os nossos corpos juntos. Infelizmente, o ser humano no seu sistema de consumo e produção que precisa ser refeito, acabamos destruindo os ecossistemas ao ponto de termos produzido a maior extinção da vida na Terra dos últimos 65 milhões de anos. E é muita ingenuidade achar que essa extinção jamais irá se voltar contra os causadores.

O planeta é muito maior que a economia e as pessoas são muito maiores que a economia. Na verdade a economia depende do planeta e das pessoas e não o contrário. Adicionalmente, a economia não pode ser maior que o planeta e nós temos só um planeta para obter paz entre os povos, equilíbrio e para poder compartilhá-lo com os demais condôminos, ao invés de destruí-los, processo que acabará destruindo a nós mesmos. Aos economistas cabe parar de colocar ênfase em crescimento fazendo de conta que a economia é um bicho sem boca nem estômago (de onde vem os recursos não importa) e sem intestino nem reto (para onde vão os resíduos pouco interessa). Esse bicho só tem sistema circulatório e não está em contato com o meio ambiente, poderia estar em qualquer lugar, inclusive em Marte. A economia do descarte e do desperdício ligada a uma montanha de mitos injustificáveis é também uma grande barreira à sustentabilidade e nesse modelo mental, quando há fome, dizemos que falta produção de alimentos e não que há desperdício (de fato, as classes mais altas e os países ricos jogam um quarto da comida no lixo).

A sustentabilidade é uma mudança profunda, interna, voltada para novas atitudes e para novos atores no cenário econômico, social e político. A boa notícia é que depende de muito pouco: depende da vontade de cada um de nós, e quanto mais esse grupo aumentar, mais o impacto do nosso pensamento fará diferença. Lembrem-se que tudo que existe à nossa volta esteve um dia na mente de alguém. Vamos começar a pensar em como ter um mundo limpo, com pessoas felizes e em equilíbrio, sem pressões desnecessárias e onde as relações entre nós e com o planeta tenham um grau de respeito e humildade muito grandes.

Cenário Externo

O mês, conforme esperávamos, foi favorável para ativos de risco. O stress test

dos bancos europeus foi antecipado pelos mercados como evento favorável e a

crise da dívida da zona do euro suavizou significativamente. A reforma bancária

dos EUA virou um não evento, cujos efeitos principais só serão observados no

longo prazo. Os dados da China vieram em linha com uma desaceleração já

aguardada, mas sem ruptura, dentro das metas perseguidas pelo governo para

evitar super aquecimento e tornar a recuperação sustentada. Os dados da zona

do euro e do Reino Unido surpreenderam para o lado positivo na abertura do 3º

trimestre. Apesar da desaceleração global confirmada, há sinais claros de

compensação, com uma deterioração relativa a favor da Europa. No caso dos

EUA, os principais dados vieram piores que o esperado, tanto no lado do

consumo quando do emprego, crédito e setor imobiliário, reduzindo as projeções

do PIB no 2º Trimestre de 2010 e adiante. De qualquer forma, a soma dos

eventos foi mais positiva que negativa.

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A desaceleração global não é mais um risco, mas uma evidência, no entanto, os

dados apontam que o risco de duplo mergulho, além de imprevisível, é pouco

provável. Os riscos são maiores hoje nos EUA que na Europa e na China. A crise

da dívida da zona do euro deve seguir sem grandes eventos, mas o mais

importante é que ficou claro que não houve contágio na economia global, nem na

própria Europa. A desaceleração observada nos Estados Unidos, na China e

mesmo no Reino Unido e na Eurolândia ocorreu por fatores esperados e

domésticos. O não contágio e a menor preocupação com crise de dívida e ou

bancária contribuem para manter o cenário ainda benigno, mas as incertezas em

relação às perspectivas globais dada a falta de uma resposta do setor privado

aumentaram, principalmente para o ano de 2011.

Cenário Doméstico

O mês de julho foi marcado por uma forte reviravolta de expectativas em relação

a atividade, juros e inflação, que não estão bem explicadas pelos fundamentos. A

acomodação da atividade embora mais duradoura do que antes se imaginava,

não deve ser permanente, posto que a expansão do emprego, renda e crédito

continuam presentes. A moderação das taxas de inflação, também muito ligadas

ao preço de alimentos, pode ser temporária, embora os núcleos também

amenizaram.

Os fundamentos domésticos de curto prazo ratificaram a interrupção da alta de

juros, mas por estarem ligados a fatores temporários, a alta deve ser retomada

adiante. Um dos maiores riscos é elevação dos preços de commodities, ausência

de efeito desinflacionário do cenário externo, a forte expansão fiscal e a

retomada da atividade no final do ano. Por isso mantemos cenário de alta de

juros em 2011.

Mesmo assim, os mercados num exemplo claro de expectativas adaptativas

(baseadas no passado) revisou principalmente a política esperada de juros e essa

visão foi ratificada pelos comunicados do Banco Central. Revisamos o ciclo de

alta de juros para baixo, de 12,75% no final de 2010 e 2011, para 10,75% no

final de 2010 e 12,25% em 2011.

Apesar da moderação por três meses consecutivos em vendas e produção,

acreditamos que a atividade deve resumir uma tendência mais robusta antes do

final do ano, com base nos impulsos de demanda presentes. Revisões para baixo

no crescimento da economia mundial, sobretudo nos Estados Unidos, não terá

qualquer efeito sobre a economia brasileira. A parte fiscal continua expansionista,

com gastos correntes fortes. O crescimento do 2º Semestre de 2010 deverá ser

forte e maior que o do 2º Trimestre de 2010, mas não tão forte quanto o

crescimento chinês do 1º Trimestre de 2010.

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Renda Fixa

A forte queda de juros futuros esteve relacionada com a reviravolta na

expectativa que levou a uma forte revisão do ciclo de alta de juros para baixo, de

12,75% no final de 2010 e 2011, para 10,75% no final de 2010 e 12,25% em

2011. Os fundamentos domésticos de curto prazo ratificaram uma decisão de

política monetária questionável, de interrupção da alta de juros que pode ser

retomada mais adiante. Um dos maiores riscos é elevação dos preços de

commodities, ausência de efeito desinflacionário do cenário externo, que até

agora é bem provável, e retomada da atividade no final do ano. Por isso

mantemos cenário de alta de juros em 2011.

O mês de julho registrou amenização das preocupações com a crise de dívida da

zona do euro, bancária e ficou mais claro uma sobreposição de cenários mais

favoráveis na Europa e China onde mais que compensaram as quedas

observadas nos EUA. O cenário externo foi o principal motivo da apreciação do

mês, apesar dos números ruins de balança de pagamentos com déficits piores

em transações correntes. Importações seguirão crescendo bem acima das

exportações. Contribuição dos termos de troca em 2011 tende a ser menor, o

que exigirá maior financiamento externo. Contudo, história “brasileira” seguirá

favorável, o que pode “prorrogar” a disposição do mundo em financiar o Brasil.

Mantemos nossa projeção do câmbio a R$/US$ 1,85 para os anos de 2010 e

2011. As oscilações de curto prazo todas elas decorrentes do humor do cenário

externo, que tende a ser favorável novamente em agosto.

Renda Variável

A soma das definições ligadas ao cenário externo mais que sobrepujaram a queda

de atividade doméstica. A redução do ciclo de alta de juros e a retomada da alta

dos preços de commodities também contribuíram para a retomada no mês, que

teve caráter global, todas as bolsas foram positivas no mês de julho. Agosto

ainda deve ser um mês positivo no qual novas rodadas de reduções de

crescimento nos EUA, cuja tendência é fica abaixo do consenso. No entanto, as

dúvidas em relação ao cenário externo com a atual desaceleração do segundo

semestre podem tornar menos benigno as perspectivas para 2011.

As informações contidas neste documento são publicadas apenas para auxiliar os usuários, podem não ser adequadas aos objetivos de investimentos específicos, situação financeira ou necessidades individuais dos receptores e não devem ser considerados em substituição a um julgamento próprio e independente do investidor. Por ter sido baseado em informações tidas como confiáveis e de boa fé, não há nenhuma garantia de serem precisas, completas, imparciais ou corretas. As opiniões, projeções, suposições, estimativas, avaliações e eventuais preço (s) alvo(s) contidos no presente material referem-se a data indicada e estão sujeitos a alterações a qualquer tempo sem aviso prévio. Este documento não é, e não deve ser interpretado como, uma oferta de venda ou solicitação de uma oferta de compra de qualquer título ou valor mobiliário. Nem o Santander e nem qualquer sociedade por ele controlada ou a ele coligada podem estar sujeitos a qualquer dano direto, indireto, especial, secundário, significativo, punitivo ou exemplar, incluindo prejuízos provenientes de qualquer maneira, da informação contida neste material. Este material é para uso exclusivo de seus receptores e seu conteúdo não pode ser reproduzido, redistribuído publicado ou copiado de qualquer forma, integral ou parcialmente, sem a expressa autorização prévia do Santander.

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Referências

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