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12th Latin America & the Caribbean Regional Conference of the International Society for Third Sector Research (ISTR)

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Academic year: 2021

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(1)12th Latin America & the Caribbean Regional Conference of the International Society for Third Sector Research (ISTR) 3-5 JULY 2019 Universidad EAFIT, Medellín, Colombia Abstract PAPER Submission Form Submission Deadline: ​20​ ​February 2019 You will receive a confirmation upon receipt of your submission.. Title: 1990-2020 - Hora de trocar o comando: e agora? Fatores críticos no processo sucessório em Organizações da Sociedade Civil no Brasil Keywords (5 keywords maximum) Gestão de organizações da sociedade civil Sucessão de alta liderança Empreendedorismo social Governança Related Conference Theme: ● Governance and Management of Nonprofit Organizations Abstract (between 500 and 800 words in length, excluding bibliography): Historicamente, coube à Igreja Católica a responsabilidade pelo atendimento de demandas sociais como saúde e educação no Brasil entre os séculos 16 e meados do século 20, momento em que o Estado passa a centralizar tais atividades. A partir sobretudo da década de 1970, em um contexto ditatorial no país, movimentos sociais em geral não institucionalizados fortalecem-se como atores-chave neste processo, em um primeiro momento, no lócus de demanda por direitos e enfrentamento e oposição ao Estado. Já na transição para a democracia, sob os auspícios da Constituição "cidadã" de 1988, muitos desses movimentos sociais se institucionalizam, em uma tendência.

(2) crescente de deslocamento para o lócus do atendimento direto às questões sociais, frequentemente em parceria e/ou com recursos financeiros do Estado. Criam-se, de maneira exponencial, as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) nos mais diversos campos de intervenção social, hoje representando um universo de mais de 800 mil entidades em todo o país. Desse fenômeno, surge um movimento conceitualizado na teoria como um tema global - o empreendedorismo social -, decorrente de uma série de fatores e tendências que refletem uma profunda mudança na sociedade globalizada, entre os quais a retração do ​welfare state,​ a diminuição dos financiamentos provenientes de agências de cooperação e desenvolvimento internacionais a partir do fim da década de 1980, o espelhamento do paradigma econômico dominante e a crescente influência das OSCs. No caso brasileiro, foi a partir da década de 1990 que o empreendedorismo socioambiental floresceu à medida da visibilidade que ganhava, imbuído do discurso da inovação social, com técnicas de gestão empresarial, forte potencial de escalabilidade e calcado via de regra na figura de lideranças carismáticas, com alto grau de conhecimento técnico e centralização estratégica. Quase 30 anos depois do ​boom ​de iniciativas empreendedoras no campo socioambiental brasileiro, entretanto, nota-se que um dos aspectos relativos à promessa de "profissionalização do setor" desponta criticamente como calcanhar de Aquiles de boa parte dessas organizações: a sucessão de tais lideranças, agravada pela falta de cultura organizacional nessa temática, uma vez que a atuação da Igreja, do Estado e mesmo dos movimentos sociais e coletivos que precederam os empreendimentos sociais não tinham na centralização da liderança uma questão fundamental para a continuidade de sua atuação. Pesquisadores brasileiros têm se concentrado no estudo de sucessão no âmbito de organizações familiares com fins lucrativos, sem no entanto aprofundar o debate sobre a preparação de sucessores e gestão do processo de sucessão nas OSCs. Ainda que muitos dos fatores relacionados à sucessão em empresas familiares.

(3) possam estar refletidos no caso das OSCs, existem decerto particularidades dos empreendimentos sociais que não podem, de forma simplista, ser resolvidas apenas espelhando os casos com fins de lucro já pesquisados. Um dos poucos estudos com foco específico nesta questão foi conduzido por Comini et al. em 2013, a partir de uma pesquisa quantitativa com 124 lideranças de empreendimentos sociais diversos. À época, concluiu-se que a sucessão já constituía uma preocupação entre empreendedores sociais, havendo uma distinção entre as organizações mais novas (criadas após 1990), que tendiam a apresentar ferramentas como planos de sucessão, em comparação com as mais antigas, entre outros achados. Uma vez que, seis anos depois, o temor da hora da sucessão se faz cada vez mais presente nos empreendimentos sociais com a iminente saída das lideranças estratégicas, o presente estudo dá seguimento à pesquisa de 2013, tendo como objetivo central averiguar quais são os fatores críticos no processo de sucessão em OSCs caracterizadas como referências em empreendedorismo social no Brasil. Para tanto, parte-se da hipótese de que, dentro do recorte teórico-conceitual do empreendedorismo social, existe uma série de elementos analíticos comuns no processo sucessório de empreendedores sociais que são centrais para que a transição na governança aconteça de forma efetiva. Por outro lado, inúmeras dores emergem nesse processo, quando determinados aspectos mínimos não são levados em consideração. A pesquisa investiga questões como existência, aderência e relevância de planos sucessórios, modelos de transição em empreendimentos sociais que já concluíram esta etapa (de preparação de equipe interna à contratação externa de sucessores) e governança, entre outros pontos que visam agregar conhecimento teórico e empírico para o campo no Brasil. Para este trabalho, está em andamento uma pesquisa qualitativa, de natureza descritiva, com estudo de caso múltiplo, realizada mediante análise documental e entrevista com profissionais reconhecidos nacional e internacionalmente como empreendedores sociais que atuam/atuaram na governança corporativa de cinco.

(4) organizações da sociedade civil. Atualmente, a pesquisa de campo encontra-se na fase de entrevistas em profundidade com tais lideranças, selecionadas por terem sido emblemáticas no tema sucessório e/ou por apresentarem um amplo espectro de possibilidades de gestão do processo de sucessão. Dentre os casos pesquisados, constam duas organizações de referência nas áreas ambiental e de saúde, ambas criadas no início dos anos 1990, no bojo do movimento do empreendedorismo social. Em uma delas, a fundadora, atualmente com mais de 70 anos, prepara-se para deixar o posto de diretora-executiva; em outra, após a saída traumática de uma liderança, criou-se uma série de mecanismos sucessórios que vêm sendo aplicados com relativo grau de sucesso há cerca de 20 anos. Três casos são de organizações mais recentes, pós-anos 2000, com lideranças relativamente mais jovens: em todas elas, os fundadores e principais referências deixaram (em diferentes níveis de participação) a direção e passaram a integrar o conselho de administração. Duas lideranças assumiram cargos executivos em tempo integral em empresas privadas, ao passo que uma delas, meses após sua saída, retornou ao posto temporariamente. Entre os achados preliminares (a pesquisa será concluída em abril de 2019), verificam-se como fatores críticos do processo decisório o grau de centralização da liderança em aspectos essenciais como sustentabilidade financeira e captação de recursos; a qualidade da governança corporativa e o papel dos conselhos; e o grau de distanciamento do empreendedor social em relação à organização após sua saída. Por outro lado, o estudo preliminar aponta que a existência de planos sucessórios não necessariamente conduz a um processo de maior eficácia e efetividade. Bibliography ADULIS, D. Mercado de Trabalho e Gestão no Terceiro http://www.rits.org.br/gestao_teste/ge_testes/ge_tmes_outubro2001.cfm [acesso em 25/09/2003]. Setor..

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