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Da Feira à Cidade: A História de Feira de Santana Revisitada a Partir da Edição Semidiplomática de Escrituras de Arrendamento

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Academic year: 2021

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Da Feira à Cidade: A História de Feira de Santana

Revisitada a Partir da Edição Semidiplomática de

Escrituras de Arrendamento

Daiane Dantas MARTINS*

RESUMO: A história de Feira de Santana, apesar de já possuir inúmeros estudos, ainda demanda infinitas pesquisas, já que se compreende que a história nunca se esgota. Assim, pretende-se abordar, neste artigo, alguns aspectos acerca da História feirense, a partir da edição semidiplomática de escrituras de arrendamento contidas no Livro de Notas e Escrituras, datadas do século XIX. Esta documentação encontra-se sob a guarda do Arquivo Público Municipal de Feira de Santana. Deste modo, objetiva-se contribuir tanto para o aprofundamento da história desse município quanto para que se perpetuem as informações contidas nos documentos – que se não forem resgatadas podem vir a perderem-se –. Intenta-se também despertar mais o interesse por esse tipo de trabalho, não muito reconhecido, mas de valor inestimável para a sociedade vindoura.

PALAVRAS-CHAVE: História, Feira de Santana, Edição Semidiplomática.

ABSTRACT: The history of Feira de Santana city, although already to possess innumerable studies, still demand infinite research, since it is understood that history never is depleted. Thus, it is intended to approach, in this article, some aspects concerning “feirense” History, from the semidiplomatics edition of contained Holy Writs of lease in the Book of Notas and Holy Writs, dated of century XIX. This documentation meets under the guard of the Municipal Public Archive of Feira de Santana city. In this way, objective to contribute in such a way for the deepening of the history of this city how much so that the information contained in documents are perpetuated - that if will not be rescued they can come to be lost -. One also intends to more awake the interest for this type of work, not very recognized, but of inestimable value for the coming society.

KEYWORDS: History, Feira de Santana city, Semidiplomatic Edition

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1 INTRODUÇÃO

A partir dos documentos que integram o corpus do Projeto de Pesquisa Estudo Histórico-Filológico e Artístico de Documentos Manuscritos Baianos dos Séculos XVIII ao XX foram selecionadas 62 escrituras de arrendamento de terra presentes em um Livro de Notas que possui documentos que variam de 1881 a 1888 - sendo as escrituras datadas de 1881. Essa documentação encontra-se no Arquivo Público Municipal de Feira de Santana.

A partir da edição semidiplomática das escrituras de arrendamento, buscou-se conhecer um pouco mais a História de Feira de Santana, a fim de se traçar as relações familiares e suas conexões com o poder e a propriedade.

2 A HISTÓRIA DE FEIRA DE SANTANA REVISITADA

A história de Feira de Santana, apesar de já possuir inúmeros estudos, ainda demanda pesquisas, com novas fontes e abordagens, já que se compreende que a história nunca se esgota. Em vista disso, este trabalho tem a finalidade de enriquecer essa história. Para isso, busca-se em documentos manuscritos do século XIX as relações familiares perpassadas pela questão do poder, bem como a sua relação com a propriedade.

A História do município de Feira de Santana remonta às primeiras décadas do século XVI. Nesse período, as terras do sertão baiano foram sendo ocupadas pelas duas famílias que acumulariam em suas mãos quase todo o sertão da Bahia. Francisco Dias D’Ávila - da Casa da Torre - e Antonio Guedes de Brito - da Casa da Ponte – eram grandes latifundiários criadores de gado. Sendo assim,

O sertão da Bahia [...] quase todo pertencia a essas duas principais famílias da Bahia [...] O uso dessas terras, assim se fazia e se distribuía: uma parte dos proprietários tinha currais próprios; outros arrendavam sítios, pagando por cada sítio, que media uma légua, dez mil réis de foro, por ano. (ANDRADE, 1990, p. 32)

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Feira de Santana nasceu, portanto, de uma parte das terras de Antonio Guedes de Brito, comprada no início do século XVIII, possivelmente, em 1710 que foi denominada ‘Santana dos Olhos D’Água’, conforme ressalta Oscar Damião de Almeida:

O casal proprietário da fazenda, Santana dos Olhos D’Água, adquiriu suas terras, nos idos de 1710 e doou, com escritura passada, em 1732 ‘cem (100) braços em quadra’ para Santana e São Domingos, onde foi edificada a capelinha no Alto da Boa Vista em redor da qual, um vilarejo com casas e casebres. Deste pequeno aglomerado de gente, dadas as necessidades de cada um, foi despontando, paulatinamente, um pequeno comércio, onde eram negociados gêneros alimentícios de toda espécie e até pequenos e grandes animais. (ALMEIDA, 2004, p. 37)

Em meados do século XIX Feira de Santana – que antes fazia parte da Capela da Paróquia de São José – desliga-se desta e passa a sediar a Paróquia de Santana em 1846, na Vila de Santana da Feira que

[...] situa-se na fronteira da região do Recôncavo a dos taboleiros semi-áridos do Nordeste, dando seu nome a uma das dezesseis zonas fisiográficas do Estado da Bahia, constituindo-se o centro dessa região geo-econômica,

com uma área de 19.728 Km2 . (ANDRADE, 1990, p. 33)

A região acabou destacando-se devido à sua posição de entroncamento de vários caminhos, onde tropeiros se encontravam e promoviam a feira do gado, alcançando tamanho destaque que daria origem ao nome do município. Assim,

Uma vez estabelecida a feira de gado, no início da primeira década do século XIX, o antigo arraial de Santana dos Olhos d’Água prospera e a feira livre avoluma-se ano após ano, atraindo um número crescente de tropeiros e comerciantes. Por volta de 1819 o lugar já é conhecido como Feira de Santana, tal é o destaque que aquela alcança na região. (SILVA, 2000, p. 18)

É possível notar que a todo o momento há a presença de arrendamentos como uma forma de uso da terra por aqueles que não a possuíam, sendo algo recorrente quando se trata de acesso à propriedade que se faz presente ao longo da História da povoação do município de Feira de Santana. Em vista disso, há o posicionamento de Alberto Passos Guimarães que considera como os principais meios de acesso à fazenda:

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autores de façanhas militares, leais nos serviços à metrópole. (GUIMARÃES, 1981, p.73)

Aqui interessa tratar especificamente de arrendamento enquanto uma possibilidade de usufruto de uma propriedade sem que para isso seja necessário comprá-la. Após a análise de várias escrituras de arrendamento, observou-se o quanto esta alternativa foi algo usual em Feira de Santana nas últimas décadas do século XIX.

Dentre as escrituras de arrendamento presentes no Livro de Notas e Escrituras (1881 – 1888) do Arquivo Público Municipal de Feira de Santana ganham destaque, enquanto arrendatários, o Capitão Afonso Pedreira de Cerqueira e sua mulher, Maria Pedreira de Cerqueira, dos quais depreende-se que eram detentores de vastas propriedades, dado ao fato de seus nomes predominarem nessa categoria. Um aspecto interessante a ser destacado diz respeito ao fato destes residirem em Cachoeira e arrendarem terras pertencentes ao termo do Camizão – atual Ipirá - a moradores residentes no município de Feira de Santana. Todavia, faz-se necessário um estudo que aponte as causas dessa grande procura nas últimas décadas do século XIX por terras chegando ao ponto de se recorrer às mesmas em outras localidades.

3 EDIÇÃO DE DOCUMENTOS

O desenvolvimento de um trabalho embasado na edição de documentos consiste em um labor que exige um certo conhecimento de paleografia dentre outras coisas. Sobre isso Rumeu, Barbosa e Callou (2002), apesar de tratarem, apenas de problemas que podem surgir ao se estudar manuscritos medievais, chamam a atenção para a possibilidade de o pesquisador incorrer em alguns erros que podem acontecer independente do período a que o manuscrito pertence pois, “A inexperiência do leitor/pesquisador, no que se refere à leitura de textos de sincronias passadas, pode conduzi-lo a interpretações errôneas do tipo de grafia do século XVIII, no Brasil.”(RUMEU, 2002, p. 434)

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No entanto, um estudo embasado nesse tipo de fonte não é algo muito simples e o historiador depara-se com inúmeras dificuldades. Dentre estas se destaca:

[...] forma gráfica diversa da atual; descuidos de redação; falta de clareza na exposição do assunto; as abreviaturas; sistemas de numeração, unidades de peso e medida e sistema monetário pouco conhecidos. A isto devem-se acrescentar os problemas de ordem externa, tais como as manchas, corrosão por traças e pelas tintas, ação do calor, água, umidade e manuseio. (ACIOLI, 1994, p. 2)

Para um bom desenvolvimento de uma pesquisa histórica que tenha por base documentos manuscritos, é necessário que o pesquisador, além de responsabilidade, demonstre certo conhecimento paleográfico, já que

Da reprodução fiel do documento, depende o êxito da pesquisa; e esta, quando baseada em documentos fidedignos, sistemática e cronologicamente bem ordenada, oferece ao historiador uma visão global de suas fontes de consulta, evitando conclusões apressadas e errôneas. É partindo da compreensão correta do texto escrito que o historiador poderá desenvolver raciocínios acerca do assunto nele contido. (ACIOLI, 1994, p.2)

Dessa forma, são inúmeras as barreiras que acabam surgindo no decorrer do desenvolvimento de uma pesquisa com documentos manuscritos. Um problema recorrente está relacionado a alguns posicionamentos acerca da responsabilidade dos encarregados dos mesmos, pois “[...] alguns julgam-se seus proprietários, quando, de acordo com a legislação vigente, são apenas seus guardiães; outros, devido à falta de conhecimentos arquivísticos mais primários, partem para o abandono e a incineração.” (ACIOLI, 1994, p. 14)

Além disso, pode existir ainda a falta de interesse dos que detêm esses documentos e principalmente a carência de uma política eficaz voltada para a preservação desses arquivos, dificultando assim sua conservação e organização.

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3.1 CRITÉRIOS PARA A EDIÇÃO SEMIDIPLOMÁTICA DAS ESCRITURAS DE ARRENDAMENTO

Para a realização da edição semidiplomática existem alguns critérios que devem ser observados. No caso dessa pesquisa são utilizados os seguintes critérios: observação do número de colunas; número de linhas de mancha escrita; existência de ornamentos; maiúsculas mais interessantes; existência de sinais especiais; número de abreviaturas; tipo de escrita; tipo de papel e data do manuscrito. Já para a transcrição obedecemos aos seguintes critérios: respeitar fielmente o texto – grafia (letras e algarismos), linha, fólio, etc.; indicar o número de fólio, à margem direita, fazendo a chamada com asterisco; numerar o texto linha por linha, indicando a numeração de cinco em cinco, desde a primeira linha do fólio; separar as palavras unidas e unir as separadas; desdobrar as abreviaturas apresentando-as em itálico; utilizar colchetes para as interpolações; utilizar chaves para as letras e palavras expurgadas; indicar as rasuras ilegíveis com o auxílio de colchetes e reticências; expontuar as letras de leitura duvidosa.

3.1.1 Descrição das Escrituras de Arrendamento

Estas escrituras de arrendamento de terra pertencem ao acervo do Arquivo Público Municipal de Feira de Santana e estão localizadas em um Livro de Notas e Escrituras que possui registros que vão desde 1881 a 1888. Elas estão escritas em papel almaço, tinta ferrogálica esmaecida pelo tempo.

Trata-se de duas escrituras de arrendamento de terra do ano de 1881, lavradas no Cartório de Nossa Senhora dos Remédios pelo escrivão José Caribé de Cerqueira. Nesses documentos o Capitão Afonso Pedreira de Cerqueira, e sua mulher dona Maria Pedreira de Cerqueira arrendam uma posse de terra a Viriato Magalhães de Figueredo e outra para Luis da Franca Santiago, para que estes pratiquem agricultura e criação.

3.1.1.1 A Primeira Escritura

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1vº possui 26 linhas de mancha escrita, dentre elas estão as assinaturas do escrivão, dos arrendatários, do rendeiro e das testemunhas. Além disso, possui dois selos entre a data e as assinaturas.

3.1.1.2 A Segunda Escritura

A segunda inicia-se no fólio 1vº, ocupando todo o fólio 2rº e parte do 2vº. No fólio 1vº o texto está construído em uma coluna, possui 04 linhas de mancha escrita. No fólio 2rº a distribuição do texto está possui em uma coluna, 32 linhas de mancha escrita. A Rubrica do escrivão e a numeração do fólio estavam no ângulo superior esquerdo. O fólio 2vº possui 29 linhas de mancha escrita, dentre elas estão as assinaturas do escrivão, dos arrendatários, do rendeiro e das testemunhas. Além disso, possui dois selos entre a data e as assinaturas. Documento em bom estado de conservação.

3.2 A Edição Semidiplomática de duas Escrituras de Arrendamento

ESCRITURA 01

f. 1rº Escriptura de arrendamento que fasem Capitão Affon

ço Pedreira de Cerqueira, e sua mulher dona Maria Pedrei ra de Cerqueira, a Viriato Magalhaes de Figueredo de u ma posse de terra em sua fasenda Mucambo, pelo tem 5 po de treis annos, a dusentos mil reis annuaes, como a

baixo se declara.

Saibão quantos este publico Instrumento de Escri= ptura de arrendamento virem que no anno do= Nascimento de Nosso Senhor Jezus Christo de mil 10 oitocentos e oitenta e um aos vinte e sete dias do

mêz de julho do dito anno, nesta freguesia de = Nossa Senhora dos Remedios, termo da Cidade da Feira de Sant’Anna, em o meu Cartorio Comparecerão partes a este outorgante, de uns como arrendata= 15 rios Capitão Affonso Pedreira de Cerqueira, e sua

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110 D.D. MARTINS. Da Feira à Cidade: A História de Feira de Santana Revisitada a

Partir da Edição Semidiplomática de Escrituras de Arrendamento les, moradores na freguesia das Umburan[as], no termo 20 da Cidade da Cachoeira reconhecidos de mim Es=

crivão de Páz, e das testemunhas, que abaixo vão- assignadas. E pelos primeiros outorgantes, Capitão Affonso Pedreira de Cerqueira, e sua mulher dona- Maria Pedreira de Cerqueira, me foi dito, em pre= 25 zença das testemunhas, que de suas vontades ar=

rendavão, e como de facto arrendado teem, ao- segundo outorgante Viriato Magalhaes de Fi guerêdo, uma posse de terra em sua fasenda de nominada Mucambo, no termo do Camisam 30 pelo tempo de treis annos, a contar desta data, pelo

preço de dusentos mil reis annuaes, para lavrar e criar, não pudendo porem elle segundo ao

f. 1vº outorgante fazer propriedade, nem benfeiturias alguma

35 que sejão consideradas bens de rais sem expreço com sentimento por escripto delles primeiros outorgan= te, e se o fizer nenhum direito terá de haver quantia alguma a titulo de indenisação quer anti, ao de=

poiz de findo o prazo do arrendamento, cuja fazenda 40 elles primeiros outorgantes possuem livre e desem

bargada; pelo segundo outorgante, tambem foi dito perante as testemunhas que a aceitava esta escri ptura de arrendamento como lhe era feita, e por tô=

dos foi mais dito que compririão com o que foi de= 45 clarado neste contrato, para o que me requererão la

vrasse este Instrumento, o que fiz por dever de meo officio; e vai abaixo sellado com estampilhas no- vallor de ceicentos reis correspondente ao valor do

contrato innotilizado como é de lei, e abaixo vai 50 por tôdos assignado com as testemunhas depois di lido por mim José Caribé de Cerqueira Escri= vam de Páz que escrevi e assignei.

Remedios 27 de julho de 1881

José Caribé de Cerqueira

Affonso Pedreira de Cerqueira Maria Pedreira de Cerqueira Viriato Magalhaes de Figuereido João Baptista Magalhães

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ESCRITURA 02

f. 1vº Escriptura de arrendamento, que fasem Capitão -

Affonço Pedreira de Cerqueira, e sua mulher dona Maria Pedreira de Cerqueira, a Luis da Franca –

S[an] Tiago, na fazenda Todos os Santos, Freguesia do = 5 Rosario do Orobó no termo do Camizão, pelo tempo de treis an

nos, por dusentos mil reis, annuaes, como se declara.

f. 2rº Saibão quantos este publico Instrumento de Escriptu

ra de arrendamento virem, que no anno do Nascimen to de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e oiten 10 ta e um aos vinte e sete dias do mês de julho do dito an

no, nesta freguesia de Nossa Senhora dos Remédios termo da Cidade da Feira de Sant’Anna, em o meo Car torio Comparecerão partes a este outorgantes, de

Como [ar]rendatarios Capitão Affonso Pedreira de Cerqueira 15 e sua mulher dona Maria Pedreira de Cerqueira e

de outro como rendeiro Luis da Franca S[an] Tiago, morador na Cidade da Feira de Sant’Anna, e aquelles morado

res, na freguesia das Umburana[s] no termo da Cidade da Cachoeira, reconhecidos de mim Escrivam de Paz 20 do que dou fé. E pelos primeiros outorgantes, Capitão

Affonso Pedreira de Cerqueira, e sua mulher dona Maria Pedreira de Cerqueira, me foi dito perante as teste[munhas], que Abaixo vão assignadas, que de suas vontades arrenda

vão, e Como de facto arrendado teem, ao segundo ou 25 torgante Luis da Franca S[an] Tiago, uma posse de terra

em sua fasenda denominada Tôdos os Santos, Cita na Freguesia do Rosario do Orobó termo do Camisão pa ra lavoura e Criação pelo tempo de treis annos a dusentos mil reis annuaes, a contar desta data 30 não pudendo porem elle segundo outorgante fa

ser propriedade, nem bemfeiturias alguma que se jão Consideradas bem de raiz sem expreço consenti mento por escripto delles primeiros outorgantes se o fizer nenhum direito terá de haver quantia 35 [ilegível] a titulo de indenisação quer antes, que[r] de

pois de findo o prazo do arrendamento, cuja fasenda

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112 D.D. MARTINS. Da Feira à Cidade: A História de Feira de Santana Revisitada a

Partir da Edição Semidiplomática de Escrituras de Arrendamento

da; pelo segundo outorgante tambem foi dito em = presença das testemunhas, que a aceitava esta escrip 40 tura de arrendamento como lhe era feita, e por todos –

foi mais dito que compririão com o que se acha extipulado. Em fé de verdade assim o disserão, e me requererão lavrasse este instrumento, o que fis, por dever de meo officio, e vai abaixo sellado com 45 estampilhas no vallor de ceiscentos reis, correspon =

dente ao valor do contrato, innotilizados, como é

de lei, em que tôdos assignarão com as testemunhas [borrado], di go com as testemunhas presenciais, depois di

lido por mim José Caribé de Cerqueira, Escri= 50 vam de Páz que escrevi e assigney.

Remedios 27 de julho de 1881

José Caribé de Cerqueira Affonso Pedreira de Cerqueira Maria Pedreira de Cerqueira Luis da Franca San Tiago João Baptista Magalhães Sabino José de Carvalho

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS

ANDRADE, Celeste Maria Pacheco de. Origens do povoamento de Feira de Santana: um estudo de História Colonial. 1990. 165 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador.

ACIOLI, Vera Lúcia Costa. A escrita no Brasil Colônia: um guia para leitura de documentos manuscritos. Recife: FUNDAJ / Editora Massangana / UFPE / Editora Universitária, 1994. ALMEIDA, Oscar Damião de. Colonização da Feira e região. In: Revista do Instituto

Histórico e Geográfico de Feira de Santana, ano 1, n.1, p. 33-42, 2004.

BERWANGER, Ana Regina; LEAL, João Eurípedes Franklin. Noções de paleografia e

diplomática. Santa Maria: UFSM, 1991.

GAMA, Albertina Ribeiro da. Incursão na crítica textual. In: A Cor das Letras – Revista do

Departamento de Letras e Artes, Feira de Santana: UEFS, n. 3, p. 11-16, 1999.

GUIMARÃES, Alberto Passos. Quatro séculos de Latifúndio. 5. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981.

RUMEU, Márcia; BARBOSA, Afrânio; CALLOU, Dinah. Textos coloniais na América portuguesa e seus problemas. In: ALKMIM, Tânia Maria (Org). Para a história do

português brasileiro. Volume III: Novos Estudos. São Paulo: FLP/USP, 2002. p. 433-442.

Referências

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