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SANEAMENTO BÁSICO E EXCLUSÃO SOCIAL COMO FATORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO NORDESTE NO PERIODO DE 2001 E 2014

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO, ATUÁRIA, CONTABILIDADE E SECRETARIADO EXECUTIVO.

CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS

ALEXANDRE LIMA JERONIMO

SANEAMENTO BÁSICO E EXCLUSÃO SOCIAL COMO

FATORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO

NORDESTE NO PERIODO DE 2001 E 2014

Fortaleza

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ALEXANDRE LIMA JERONIMO

SANEAMENTO BÁSICO E EXCLUSÃO SOCIAL COMO

FATORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO

NORDESTE NO PERIODO DE 2001 E 2014

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Economia.

Orientador: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos

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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação Universidade Federal do Ceará

Biblioteca da Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade

J54s Jeronimo, Alexandre Lima.

Saneamento básico e exclusão social como fatores de desenvolvimento econômico do Nordeste no período de 2001 e 2014 / Alexandre Lima Jeronimo. - 2015.

55 f. : il., color.

Monografia (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Economia, Administração, Atuária e Contabilidade, Curso de Ciências Econômicas, Fortaleza, 2015.

Orientação: Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos.

1. Saneamento - Nordeste. 2. Marginalidade social - Nordeste. 3. Pobreza – Nordeste. 4. Desenvolvimento econômico – Aspectos sociais. I. Título

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ALEXANDRE LIMA JERONIMO

SANEAMENTO BÁSICO E EXCLUSÃO SOCIAL COMO

FATORES DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO

NORDESTE NO PERIODO DE 2001 E 2014

Monografia apresentada ao Curso de Ciências Econômicas da Faculdade de Economia, Administração, Atuária, Contabilidade e Secretariado Executivo da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Bacharel em Economia.

Aprovado em: 19/02/2016.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________ Prof. Dr. José de Jesus Sousa Lemos (Orientador)

Universidade Federal do Ceará - UFC

______________________________________________________ Prof. Dr.Kilmer Coelho Campos

Universidade Federal do Ceará - UFC

______________________________________________________ Prof. Me. Rogério Barbosa Soares

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A Deus.

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AGRADECIMENTOS

A Deus, que me deu saúde, sabedoria e determinação para estudar e alcançar os meus objetivos.

Aos meus pais, Maria Rosangela Lima Jeronimo e Geraldo Magela Jeronimo (in memorian) que mesmo diante das dificuldades, souberam me educar e mostrar o caminho do trabalho, honestidade e respeito.

A minha família, que de forma incansável sempre apoiou e incentivou os meus estudos.

A minha tia Fátima pelo exemplo de mulher vencedora e pelo incentivo permanente na minha formação.

A minha namorada Elâinne, que desde sempre me deu apoio e força para seguir em frente em busca dessa realização.

Ao meu orientador José de Jesus Sousa Lemos, que com seus ensinamentos e dedicação me guiou na realização deste trabalho.

A banca examinadora pelas críticas enriquecedoras.

Aos colegas do Banco do Brasil, especialmente das agências de Caucaia e Messejana pelo apoio.

A todos os professores e funcionários da UFC que contribuíram direta ou indiretamente para a minha formação intelectual e profissional.

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“Todos os nossos sonhos podem-se realizar, se tivermos a coragem de persegui-los.

(8)

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo, utilizar o indicador PRIVSANE e o Índice de Exclusão Social (IES), para aferir e avaliar a privação de saneamento e exclusão social para os estados Nordestinos e Brasil nos períodos de 2001 e 2014. Secundariamente, calcular e comparar os indicadores de passivo em educação, renda e ambiental e avaliar as relações entre o índice de saneamento (PRIVSANE) e o IES no Nordeste e Brasil. Os fundamentos teóricos mostraram os principais conceitos de crescimento e desenvolvimento econômico, pobreza e exclusão social, bem como a importância do saneamento básico para o desenvolvimento econômico e humano da população. O presente estudo tem como base uma pesquisa aplicada e os dados coletados são de origem secundária. Quanto à classificação à abordagem do problema, informa-se que esta pesquisa é de cunho quantitativo e em relação aos procedimentos técnicos apresentados nesta pesquisa, realizou-se uma pesquisa bibliográfica. Dentre os diversos índices que existem para se medir bem-estar ou mal-estar social e econômico, será utilizado o IES (Índice de Exclusão Social). Por meio deste trabalho, pode-se concluir que a região Nordeste melhorou em termos qualitativos e quantitativos no que diz respeito a saneamento básico e exclusão social, pois seus indicadores tiveram uma redução tanto no percentual da sua população geral vivendo em domicílios sem acesso a saneamento básico, quanto no percentual da sua população geral excluída socialmente. No entanto, mesmo com essa evolução, a região ainda se mantem em 2014, com altos índices de privações de saneamento e exclusão social, ficando evidente a necessidade da formulação e aplicação de políticas públicas mais eficientes focadas e determinadas no combate a falta de saneamento básico e exclusão social.

Palavras-Chave: Desenvolvimento Econômico. Saneamento. Nordeste. Pobreza. Exclusão Social.

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ABSTRACT

This study aims to use PRIVSANE (sanitation deprivation) indicator and the Social Exclusion Index (SEI) to assess and evaluate the sanitation deprivation and social exclusion for Northeast of Brazil from 2001 to 2014. Secondly, calculate and compare passive indicators of education, income and environment to evaluate the relationship between sanitation indicator (PRIVSANE) and SEI in the Northeastern region and for Brazil in total. The theoretical foundations showed the main concepts of economic growth and development, poverty and social exclusion, as well as the importance of sanitation for economic and human development of the population. This study is based on an applied research and the data collected are of secondary origin. Regarding the classification of the problem approach, it is reported that this research is a quantitative nature and on the technical procedures in this research, conducted a literature search. Among the various indexes that exist to measure welfare or social and economic. In order to achieve its objective it was used the SEI (Social Exclusion Index). Through this work, it can be concluded that the Northeast has improved in quality and quantity with regard to sanitation and social exclusion because their indicators were down both in the percentage of its total population living in households without access to sanitation, as in the percentage of its population excluded generally socially. However, even with this progress, the region still keeping in 2014, with high levels of sanitation and social deprivation, evidencing the need for formulation and implementation of focused more efficient public policies and determined to fight the lack of basic sanitation and social exclusion.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 01 – Comparação e Taxa de Variação da População Analfabeta do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSOCIA Geral (%) ...30

Tabela 02 – Comparação e Taxa de Variação da População Analfabeta do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSOCIA Urbano (%) ...31

Tabela 03 – Comparação e Taxa de Variação da População Analfabeta do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSOCIA Rural (%) ...32

Tabela 04 – Comparação e Taxa de Variação do Passivo Econômico (Privação de Renda) do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSECON Geral (%)...32

Tabela 05 – Comparação e Taxa de Variação do Passivo Econômico (Privação de Renda) do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSECON Urbano (%)...33

Tabela 06 – Comparação e Taxa de Variação do Passivo Econômico (Privação de Renda) do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSECON Rural (%)...34

Tabela 07 Evolução e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Saneamento no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVSANE Geral (%)...35

Tabela 08 Evolução e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Saneamento no Nordeste, entre 2001 e 2014 PRIVSANE Urbano (%)...36

Tabela 09 – Evolução e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Saneamento no Nordeste, entre 2001 e 2014 PRIVSANE Rural (%)...37

Tabela 10 Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso a Água Encanada no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVAGUA Geral (%)...38

Tabela 11 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso a Água Encanada no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVAGUA Urbano (%)...38

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Tabela 13 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Serviço de Coleta Sistemática de Lixo no Nordeste, entre 2001 e 2014 PRIVILIXO Geral (%)...40

Tabela 14 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Serviço de Coleta Sistemática de Lixo no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVILIXO Urbano (%)...40

Tabela 15 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Serviço de Coleta Sistemática de Lixo no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVILIXO Rural (%)... .41

Tabela 16 – Evolução e Taxa de Variação do Índice de Exclusão Social do Nordeste, entre 2001 e 2014 – IES Geral (%)...42

Tabela 17 – Evolução e Taxa de Variação do Índice de Exclusão Social do Nordeste, entre 2001 e 2014 – IES Urbano (%)...42

Tabela 18 – Evolução e Taxa de Variação do Índice de Exclusão Social do Nordeste, entre 2001 e 2014 IES Rural (%)...43

Tabela 19 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Geral (%)...44

Tabela 20 Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 Urbano (%).45

Tabela 21 Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 Rural (%)...46

Tabela 22 – Comparação da evolução do Privsane Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 Geral (%)...48

Tabela 23 Comparação da evolução do Privsane Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 – Urbano (%)...49

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Tabela 25 – Comparação da evolução do IES Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 –

Geral (%)...50

Tabela 26 – Comparação da evolução do IES Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 –

Urbano (%)...51

Tabela 27 – Comparação da evolução do IES Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 –

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 01 – População Geral do Nordeste em 2001 e 2014...27

Gráfico 02 – População Geral do Nordeste por estados em 2001 e 2014...27

Gráfico 03 – População Urbana do Nordeste em 2001 e 2014...28

Gráfico 04 – População Urbana do Nordeste por estados em 2001 e 2014...28

Gráfico 05 – População Rural do Nordeste em 2001 e 2014...29

Gráfico 06 – População Rural do Nordeste por estados em 2001 e 2014...29

Gráfico 07 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Geral (%)...45

Gráfico 08 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Urbano (%)...46

Gráfico 09 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Rural (%)...47

Gráfico 10 – Evolução do Privsane Nordeste X Brasil 2001/2014 – Geral (%)...48

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 15

2. REFERENCIAL TEORICO ... 18

2.1 Crescimento e Desenvolvimento Econômico ... 18

2.2 Saneamento Básico ... 20

2.3 Pobreza e Exclusão Social ... 22

3.METODOLOGIA ... 24

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ... 27

4.1 Passivo Social ... 30

4.2 Passivo Econômico ... 32

4.3 Passivo Ambiental ... 34

4.4 IES Índice de Exclusão Social ... 42

4.5 Relação entre Saneamento e Índice de Exclusão Social ... 43

4.6 Comparação de indicadores de Privsane e IES do Nordeste e Brasil ... 48

5.CONCLUSÃO ... 52

REFERÊNCIAS ... 54

(15)

1. INTRODUÇÃO

Há bastante tempo o saneamento básico tem sido um dos gargalos para o desenvolvimento econômico das nações. Tanto no Brasil, como em alguns países do mundo, esse serviço tem evoluído nos últimos anos, no entanto, ainda tem muito a se fazer.

De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2006), água potável e saneamento adequado sempre foram importantes para o desenvolvimento humano. A água imprópria e a falta de saneamento diminui o potencial das pessoas enquanto seres humanos, ceifam milhões de vidas, destroem meios de subsistência, comprometem a dignidade humana e reduzem as perspectivas de crescimento econômico. Apesar de vivermos em um mundo de prosperidade sem precedentes, milhões de pessoas morrem anualmente por falta de água potável e saneamento básico. Mais de um bilhão de pessoas não tem acesso a água potável e o dobro não tem acesso ao saneamento adequado.

Segundo o Progresson sanitation and drinking water: 2015 up date and MDG assessment (2015), relatório lançado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em junho de 2015, uma em cada três pessoas, ou 2,4 bilhões de cidadãos do planeta, não possuem saneamento básico. O documento alertou que a falta de progresso no saneamento ameaça enfraquecer a sobrevivência infantil e benefícios para a saúde conquistados por meio de um melhor acesso à água potável (UNICEF, 2015).

(16)

16

Com base nos dados apresentados pela UNICEF e pela OMS, avaliar os efeitos do saneamento básico no desenvolvimento econômico do Nordeste no período mencionado tem relevante importância para sociedade brasileira em especial a nordestina, visto que este serviço é essencial para uma melhor qualidade de vida da população e para a elevação da esperança de vida ao nascer, possibilitando por meio do presente estudo a identificação de políticas públicas que possam ser aplicadas para uma melhor performance dos indicadores de desenvolvimento econômico da região.

Tendo em vista a importância do desenvolvimento econômico para a população, o tamanho da região Nordeste, a assimetria entre os estados e os baixos resultados desses indicadores fez-se necessário verificar, mediante esta pesquisa, os efeitos do saneamento básico no desenvolvimento econômico do Nordeste.

Uma análise dos indicadores de desenvolvimento se torna de fundamental importância para comparar dentro do período em estudo a evolução dos indicadores do Nordeste em relação aos dados coletados nas PNAD´s de 2001 e 2014 realizadas pelo IBGE. Dentro dessa comparação, irá ser analisado se o Nordeste sofreu um retrocesso ou um avanço de desenvolvimento econômico de sua população.

Os indicadores servem para mostrar os níveis de exclusão social de determinada região, ajudar a compreender, comunicar e prever o comportamento da economia e da população, além de orientar na implantação de políticas públicas.

H1: A falta de saneamento básico e a exclusão social produziram efeitos negativos para o desenvolvimento econômico do Nordeste.

O objetivo deste trabalho é aferir e avaliar a privação de saneamento e exclusão social para os estados Nordestinos e para o Brasil nos períodos de 2001 e 2014. Secundariamente, calcular e comparar os indicadores de passivo em educação, renda e ambiental e avaliar as relações entre o índice de saneamento (PRIVSANE) e o IES no Nordeste e Brasil.

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foi explicitado e delimitado o tema, os objetivos, as hipóteses, os problemas da pesquisa na introdução. Na segunda seção estão apresentados os principais conceitos e dados sobre desenvolvimento econômico, seus indicadores e índices. Na terceira seção estão os métodos utilizados na pesquisa. Na quarta seção foram mostrados os resultados obtidos e as análises destes resultados.

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18

2. REFERENCIAL TEÓRICO

Para realização deste estudo, são utilizados alguns conceitos e definições de suma importância que serão utilizados como base teórica. São eles: Crescimento econômico, desenvolvimento econômico, saneamento básico, pobreza e exclusão social

2.1 Conceitos de Crescimento e Desenvolvimento Econômico

As definições de crescimento e desenvolvimento econômico são difundidas universalmente, seja no mundo acadêmico ou profissional. Por muito tempo o termo desenvolvimento e crescimento econômico foram tratados como sinônimos. No entanto, conforme veremos a seguir, existem grandes diferenças entre eles.

Souza (2008), afirma que alguns economistas, de inspiração mais teórica, consideram que crescimento e desenvolvimento econômico são sinônimos. No entanto, uma outra parte, voltada para a realidade empírica, entende que o crescimento é condição indispensável para o desenvolvimento, mas não é uma condição suficiente.

Segundo, Lemos (2012, p.37-38)

desenvolvimento é um conceito complexo que envolve uma grande quantidade de elementos para o seu entendimento. Uma das primeiras lições que se aprende em qualquer bom curso de Economia, para economistas ou não, é a distinção que deve haver entre os conceitos de crescimento e desenvolvimento. O crescimento é aferido apenas através de indicadores de quantum ou de quantidades, como, por exemplo, o produto agregado nas suas diferentes formas de aferição (PIB agregado, renda agregada) ou de um destes agregados expressos em termos médios. Desenvolvimento econômico é um conceito bem mais abrangente do que o mero crescimento do produto agregado de um país, de uma região ou de um estado ou município.

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crescimento econômico tem beneficiado a economia e a população em geral. Um exemplo é que mesmo existindo crescimento econômico em taxas relativamente elevadas em uma economia, o impacto no desemprego pode ser bem menor, se houverem tendências de robotização e informatização do sistema produtivo (SOUZA, 2008).

Souza (2005, p.2), comenta sobre o desenvolvimento econômico afirmando que:

o desenvolvimento econômico é definido pelo aumento contínuo dos níveis de vida, incluindo maior consumo de produtos e de serviços básicos para o conjunto da população, apenas o valor da renda per capita é insuficiente para refletir corretamente os diferenciais de desenvolvimento entre países ou regiões. Torna-se necessário, portanto, considerar indicadores adicionais que possam refletir melhorias sociais e econômicas, como mais alimentação, melhor atendimento médico e odontológico, educação mais qualificada, mais segurança e melhor qualidade do meio ambiente. Medidas destinadas a reduzir a pobreza podem ser indispensáveis quando forem grandes a concentração da renda e o contingente de pessoas carentes. Nem sempre maior nível de renda significa melhores índices de desenvolvimento. Determinados indicadores, como mortalidade infantil, número de matrículas escolares, igualdade dos sexos na educação e liberdades políticas apresentam uma correlação imperfeita com a renda per capita. Contudo, a distribuição direta de renda através de programas de saúde, educação e alimentação da população mais pobre é indispensável para a melhoraria dos indicadores de desenvolvimento.

Segundo Schumpeter,

o desenvolvimento econômico é simplesmente o objeto da história econômica, que por sua vez é meramente uma parte da história universal, só separada do resto para fins de explanação. Por causa dessa dependência fundamental do aspecto econômico das coisas em relação a tudo o mais, não é possível explicar a mudança econômica somente pelas condições econômicas prévias. Pois o estado econômico de um povo não emerge simplesmente as condições econômicas precedentes, mas unicamente da situação total precedente (SCHUMPETER, 1988, p. 44)

Uma definição de desenvolvimento econômico bem aceita atualmente pelos estudiosos é a de desenvolvimento humano, que vem sendo adotada pela Organização das Nações Unidas (ONU) desde os anos 90 (LEMOS, 2012).

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considera não somente a riqueza como razão da felicidade das pessoas mas como essa riqueza é utilizada para o bem-estar social e econômico.

a riqueza é importante para a vida humana. Contudo, centrar as atenções apenas neste indicador é incorreto por duas razões: Primeiro a acumulação de riqueza não é necessária para o preenchimento de algumas das escolhas do ser humano. Com efeito, os indivíduos e a sociedade fazem muitas escolhas que não precisam da riqueza para concretizá-las. Uma sociedade não precisa ser rica para estar habilitada a uma vida democrática. Uma família não precisa ser rica para respeitar os direitos de cada um dos seus membros. Uma nação não precisa ser rica para tratar os homens e as mulheres de forma eqüitativa. Tradições sociais e culturais, de grande valor, podem ser mantidas e - efetivamente o são - em todos os níveis de renda. A riqueza de uma cultura pode ser independente da riqueza material do seu povo. Segundo, as escolhas humanas se estendem além do bem-estar econômico. Os desejos humanos seguramente incorporam ter riqueza material. Porém eles precisam e querem também ter uma vida longa e saudável, beberem vigorosamente na fonte do saber, participarem livremente na vida da sua comunidade, respirarem um ar livre de poluição, e apreciarem o simples prazer de viverem num ambiente limpo, com paz em suas mentes, que decorre do fato de possuírem um local seguro para morar, e ter a segurança de ter trabalho estável, com remuneração dignificante (HUMAN DEVELOPMENT REPORT, 1994, p. 15 apud LEMOS, 2012, p.42-43).

Diante dos conceitos acima expostos, pode-se concluir que crescimento econômico está diretamente ligado a variáveis quantitativas, de aumento de riqueza como PNB, PIB agregado, PIB per capita, enquanto o desenvolvimento econômico além das variáveis quantitativas acompanha as variáveis qualitativas que permitem melhorias sociais e econômicas na vida das pessoas.

2.2 Definição de Saneamento Básico

Ainda segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2006), 2,6 milhões de pessoas no mundo não tinham acesso ao saneamento adequado e todos os anos cerca 1,8 milhões de crianças morrem por resultados diretos de diarreia e outras doenças provocadas por água não potável e falta de saneamento.

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o acesso, através de planos nacionais bem elaborados e devidamente financiados (PNUD, 2006).

O conceito de saneamento básico é bastante difundido e discutido no mundo, por este motivo, possui várias formas de definições em razão da existência de diversas óticas em que se analisam tal termo.

Para a Organização Mundial de Saúde (OMS),

Saneamento geralmente se refere ao fornecimento de equipamentos e serviços para a eliminação segura de urina e fezes humanas. O saneamento inadequado é uma das principais causas de doença a nível mundial e melhorar o saneamento é conhecido por ter um impacto benéfico significativo na saúde tanto nos lares e nas comunidades. A palavra "saneamento" também se refere à manutenção de condições de higiene, através de serviços como coleta de lixo e eliminação de águas residuais (OMS, 2015).

A lei n

º

11.445 de 05 de janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes básicas e a política federal de saneamento básico, o define como o conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.

Para fins de análise do presente trabalho, considera-se como saneamento básico o acesso ao serviço de esgotamento sanitário, ou ao menos uma fossa séptica para destinar os dejetos familiares (LEMOS, 2012).

Com efeito, Lemos (2012) afirma que de acordo com a PNAD de 2009 27,7% da população brasileira vivia em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica, sendo o Nordeste, com 47,7% da população sobrevivendo em domicílios excluídos do serviço de saneamento, agregam-se ao Norte e ao Centro-Oeste como as regiões com as maiores carências.

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22

De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2006), a água potável e o saneamento constituem alguns dos motores mais poderosos do desenvolvimento humano. Alargam a oportunidade, aumentam a dignidade e ajudam a criar um ciclo virtuoso de melhoria da saúde e de crescimento da riqueza.

2.3 Definições de Pobreza e Exclusão Social

Segundo o Human Development Report (1997, p. 25, apud, Lemos, 2012, p.63).

pobreza é a negação das oportunidades de escolha dos itens essenciais para o desenvolvimento humano, tais como: ter uma vida longa, saudável e criativa; ter um padrão adequado de liberdade, dignidade, autoestima; e gozar de respeito por parte dos seus pares. Nesta concepção, o Human Development Report de (1997) apresenta a seguinte definição para pobreza:

“Pobreza significa a negação de oportunidades de escolhas mais elementares do desenvolvimento humano”.

Para o Banco Mundial (2000, apud Lemos 2012 p. 63), a pobreza acontece devido a: 1. falta de renda e de recursos para atender necessidades básicas: alimentos, habitação, vestuário e níveis aceitáveis de saúde e educação.2. falta de voz e de poder nas instituições estatais e na sociedade. 3.vulnerabilidade a choques adversos, combinada com uma incapacidade de enfrentá-los.

De acordo com Lemos (2012), a pobreza pode ser entendida como um fenômeno complexo e definida genericamente como:

a situação na qual as necessidades não são atendidas de forma adequada”.

Porém “é necessário especificar que necessidades são essas e qual nível de atendimento pode ser considerado adequado”. Assim, “a definição relevante

depende basicamente do padrão de vida e da forma como as diferentes necessidades são atendidas em determinado contexto socioeconômico”, ou seja, “ser pobre significa não dispor dos meios para operar adequadamente no grupo social em que se vive” (ROCHA, 2006, p. 9 -10 apud LEMOS 2012 p.63).

O que se percebe nos textos acima é que o conceito de pobreza é subjetivo e pode ser definido de acordo com o arcabouço teórico e ideológico do pensador.

(23)

produtivos e de renda. Exclusão social implica, além dessas privações, o não-acesso a outros ativos sociais e ambientais.

Com relação a pobreza no Brasil, Feijó (2007), afirma que o forte crescimento histórico da economia brasileira, não afetou a distribuição de renda, porém, o processo econômico, aliado a iniciativas públicas e privadas beneficiou os mais pobres. Que é incorreto dizer que a pobreza não esteja sendo combatida no Brasil. No entanto, os elevados gastos sociais e o mecanismo econômico em si conseguiram um modesto arrefecimento do drama da pobreza e ainda não se conseguiu uma evolução satisfatória do quadro de miséria.

De acordo com Feijó (2007, p.57), “Cerca de um terço da população

continua vivendo na pobreza e pouco menos da metade disso na pobreza extrema (os tais com renda diária de menos de um dólar).”

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24

3. METODOLOGIA

O presente estudo tem como base uma pesquisa aplicada e os dados coletados são de origem secundária, isto é, não serão gerados neste estudo. Foram gerados em outras pesquisas realizadas pelo IBGE através das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios. Quanto à classificação à abordagem do problema, informa-se que esta pesquisa é de cunho quantitativo, pois pondera a apresentação de dados e números. No entanto, não será dispensada a utilização de conceitos e teorias para explicar os resultados obtidos, isto é, cria-se um vínculo entre os números e a subjetividade, explicando o que esses dados identificam e significam para a região.

Quanto aos procedimentos técnicos realizados nesta pesquisa, realiza-se uma pesquisa bibliográfica, isto é, uma pesquisa em livros, artigos publicados, internet, pesquisas nacionais por amostra de domicílios PNAD”s e documentos onde coleta-se informações, conceitos e dados sobre desenvolvimento econômico e indicadores de desenvolvimento do Nordeste brasileiro. Nesta pesquisa, sobretudo, será utilizada como referência na coleta de dados, as Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios de 2001 e 2014.

Um dos instrumentos mais utilizados para avaliar o desenvolvimento econômico é o IDH (índice de desenvolvimento Humano), que tem como base principal: Longevidade, Educação e Renda Monetária. A renda tem como foco o PIB per capita, a longevidade é medida pela esperança de vida ao nascer e a educação pela porcentagem da população adulta alfabetizada combinada com a taxa de matrículas no ensino fundamental, médio e superior.

No entanto, não utiliza-se o IDH em nosso estudo, pelo motivo de não dispor de dados referentes a esperança de vida ao nascer nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios. Impossibilitando, desta forma, o cálculo deste indicador.

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Para mensurar o presente estudo, utiliza-se o subindicador Privsane, que é o percentual da população que sobrevive em domicílios que não têm acesso ao serviço de esgotamento sanitário, ou não têm ao menos uma fossa séptica para destinar os dejetos familiares. Este subindicador compõe o IES (Índice de Exclusão Social), que também será amplamente utilizado nesta pesquisa.

Segundo Lemos (2012, p. 105),

O IES é ancorado em três grandes indicadores:

Passivo Social (Passocia) que vem a ser o percentual da população maior de quinze (15) anos que se declarou analfabeta. [...]

Passivo Econômico (Passecon) que é aferido pelo percentual da população que sobrevive em domicílios cuja renda varia de zero a, no máximo, dois salários mínimos. [...]

Passivo Ambiental (Passambi) se obtém através da conjugação de três outros indicadores devidamente ponderados. Privagua, que é o percentual da população que sobrevive em domicílios privados do acesso ao serviço de água encanada com, ao menos, um ponto de torneira dentro de casa. Privsane que afere o percentual da população que sobrevive em domicílios privados do serviço de esgotamento sanitário ou, ao menos, de fossa séptica para destinar os dejetos humanos. O terceiro indicador dessa âncora do IES é o percentual de domicílios privados do serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente, Privlixo.

Assim, o IES se constitui nesses três indicadores âncoras que buscam minimizar as limitações apresentadas pelo IDH e que são utilizadas para medir a privação de serviços essenciais à sobrevivência humana que são enfrentados pela população mais pobre ou excluída.

Segundo Lemos (2012), o IES foi reformulado e está condensado em três (3) indicadores: Passivo Social: Passivo Econômico; Passivo Ambiental.

O passivo social é aferido pelo percentual da população maior de quinze (15) anos que se declarou analfabeta (PASSOCIA).

O passivo econômico é aferido pelo percentual da população que sobrevive em domicílios cuja renda total varia de zero a dois salários mínimos (PASSECON).

(26)

26

serviço de água encanada (PRIVAGUA), percentual da população sobrevivendo em domicílios sem acesso a saneamento minimamente adequado (PRIVSANE) e percentagem da população que sobrevive em domicílios privados do serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente (PRIVLIXO).

Todas as ponderações, tanto na definição do indicador Passivo Ambiental como na aferição do IES foram obtidas através de método de análise fatorial, com decomposição em componentes principais.

Assim, a equação para estimar o IES é a seguinte, já utilizando os novos indicadores e a nova ponderação:

IES = 0,35.(PASSOCIA+ PASSECON) + 0,30.PASSAMBI (1)

Na Equação (1) o indicador PASSAMBI é definido da seguinte forma:

PASSAMBI = 0,35.(PRIVAGUA + PRIVSANE) + 0,30.PRIVLIXO (2)

A equação também é utilizada para estimar os percentuais de excluídos no Brasil, Nordeste e estados nordestinos nos anos de 2001 a 2014. Estimam-se também os percentuais de excluídos nas áreas urbanas e rurais empregando-se a mesma equação (1).

(27)

4. RESULTADOS E DISCUSSÕES

O Nordeste é a região brasileira que possui mais estados, bem como a segunda maior população do País. De acordo com a PNAD (2014), o Nordeste possui uma população de 56.269.744 habitantes, um aumento de 15,3% em relação a 2001, quando a população era de 48.794.500 habitantes.

Gráfico 01 – População Geral do Nordeste em 2001 e 2014

Fonte: IBGE (2001, 2014)

No Gráfico 02, observa-se que o estado do Nordeste que possui a maior população é a Bahia, com mais de 15 milhões de habitantes e que o estado que apresentou maior crescimento populacional foi Sergipe com 20,7%.

Gráfico 02 População Geral do Nordeste por estados em 2001 e 2014

Fonte: IBGE (2001, 2014)

48.794.500 56.269.744 30.000.000 35.000.000 40.000.000 45.000.000 50.000.000 55.000.000 60.000.000 2001 2014 18,3% 10,4% 15,9% 19,9% 13,0% 15,0% 15,3% 20,7% 13,8% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000 12.000.000 14.000.000 16.000.000

MA PI CE RN PB PE AL SE BA

(28)

28

Através dos resultados apresentados no Gráfico 03, observa-se que o Nordeste possuía em 2014 uma população urbana de 41.459.770 habitantes, um aumento de 20,5% em relação a 2001, quando a população era de 34.401.583 habitantes.

Gráfico 03 População Urbana do Nordeste em 2001 e 2014

Fonte: IBGE (2001, 2014)

De acordo com o Gráfico 04, Bahia é o estado do Nordeste que possui a maior população rural, com mais de 11 milhões de habitantes e também apresentou o maior crescimento populacional com 27,4%.

Gráfico 04 População Urbana do Nordeste por estados em 2001 e 2014

Fonte: IBGE (2001, 2014)

34.401.593 41.459.770 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 35.000.000 40.000.000 45.000.000 2001 2014 7,2% 18,7% 14,3% 25,3% 23,1% 24,8% 22,1% 8,5% 27,4% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000 12.000.000

MA PI CE RN PB PE AL SE BA

(29)

No Gráfico 05 apresenta-se a população rural do Nordeste. Em 2014 a população rural chegou a 14.809.974 habitantes, um crescimento de 2,9% em relação a 2001 quando atingiu 14.392.907 de habitantes.

Gráfico 05 – População Rural do Nordeste em 2001 e 2014

Fonte: IBGE (2001, 2014)

No Gráfico 06, observa-se que o estado do Nordeste que possui a maior população rural é Bahia, com mais de 3,5 milhões de habitantes, no entanto, esse estado teve uma queda de 13,9% na sua população rural. O estado que apresentou maior crescimento populacional foi Sergipe com 69,2%, no entanto, esse é o estado nordestino que possui a menor população rural com apenas 625.685 habitantes.

Gráfico 06 – População Rural do Nordeste por estados em 2001 e 2014

Fonte: IBGE (2001, 2014)

14.392.907 14.809.974 10.000.000 11.000.000 12.000.000 13.000.000 14.000.000 15.000.000 16.000.000 2001 2014 39,2% -3,6% 20,7% 5,2% -17,1% -13,8% 1,1% 69,2% -13,9% -30,0% -20,0% -10,0% 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 0 500.000 1.000.000 1.500.000 2.000.000 2.500.000 3.000.000 3.500.000 4.000.000 4.500.000 5.000.000

MA PI CE RN PB PE AL SE BA

(30)

30

Para mensurar o presente estudo utiliza-se o Índice de Exclusão Social (IES) que foi criado pelo professor José de Jesus Sousa Lemos visando padrões de bem-estar ou mal-estar que o IDH não conseguia por conta de suas limitações.

4.1 Passivo Social entre 2001 e 2014

Na Tabela 01, apresentam-se as evoluções das taxas de analfabetismo das populações maiores de quinze anos no Brasil (seu passivo de educação). Na Tabela 11, apresentam-se estes resultados para as áreas urbanas e, na Tabela 12, estão as evidências encontradas para as áreas rurais.

Dos resultados mostrados na Tabela 01, depreende-se que o percentual de analfabetos, no Nordeste, regrediu de 22,8% em 2001 para 16,6% em 2014, uma variação de apenas 6,2% no período. Observa-se uma redução muito modesta para o tamanho do problema que se apresenta no Nordeste, em comparação com a taxa de crescimento populacional de 15,3% no mesmo período.

O estado que teve o maior percentual de redução no período foi a Paraíba 8,8%. No entanto, em 2014, o estado do Nordeste que possui o menor percentual de sua população acima de 15 anos analfabeta é a Bahia com 14,7%.

Tabela 01 Comparação e Taxa de Variação da População Analfabeta do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSOCIA Geral (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 22,8 19,6 -3,2%

PI 27,0 20,2 -6,8%

CE 22,3 16,3 -6,0%

RN 17,9 16,2 -1,7%

PB 25,7 16,9 -8,8%

PE 19,6 14,8 -4,8%

AL 30,1 22,0 -8,1%

SE 18,8 17,1 -1,7%

BA 23,3 14,7 -8,6%

NED 22,8 16,6 -6,2%

(31)

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 02, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 17,2% da sua população urbana acima de 15 anos analfabeta em 2001 para 12,4% em 2014. Uma redução de apenas 4,8% da população no período analisado.

Tabela 02 – Comparação e Taxa de Variação da População Analfabeta do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSOCIA Urbano (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 17,0 14,8 -2,2%

PI 17,6 14,3 -3,3%

CE 17,4 12,4 -5,0%

RN 14,0 13,2 -0,8%

PB 21,9 13,8 -8,1%

PE 15,5 11,6 -3,9%

AL 25,6 18,2 -7,4%

SE 14,8 11,8 -3,0%

BA 16,3 10,2 -6,1%

NED 17,2 12,4 -4,8%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Conforme os resultados apresentados na Tabela 03, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 36,7% da sua população rural acima de 15 anos analfabeta em 2001 para 29% em 2014. Uma redução de 7,7% naqueles 14 anos analisados.

No Nordeste, em 2014, a população urbana acima de 15 anos analfabeta era de 12,4%. Já a população rural acima de 15 anos analfabeta chegava a 29%.

(32)

32

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 34,5 27,0 -7,5%

PI 43,9 32,6 -11,3%

CE 37,3 27,7 -9,6%

RN 28,8 26,4 -2,4%

PB 37,2 31,1 -6,1%

PE 32,9 29,3 -3,6%

AL 39,9 32,1 -7,8%

SE 34,9 31,2 -3,7%

BA 38,0 28,9 -9,1%

NED 36,7 29,0 -7,7%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

4.2 Passivo Econômico entre 2001 e 2014

Na Tabela 04, apresentam-se as evoluções dos passivos de renda no Nordeste entre os anos de 2001 e 2014. Constata-se que o indicador passivo econômico no Nordeste, em vez de regredir, como seria desejável, avançou 1,7%, passando de 52,6% em 2001 para 54,3% em 2014.

O único estado que obteve redução nesse indicador foi a Paraíba com queda de 6% no período analisado.

Tabela 04 – Comparação e Taxa de Variação do Passivo Econômico (Privação de Renda) do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSECON Geral (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 54,7 56,6 1,9%

PI 53,4 54,4 1,0%

CE 53,2 56,5 3,3%

RN 49,2 52,1 2,9%

PB 56,8 50,8 -6,0%

PE 48,6 51,2 2,6%

AL 57,3 61,8 4,5%

(33)

BA 52,9 54,1 1,2%

NED 52,6 54,3 1,7%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Na Tabela 05, apresentam-se as evoluções dos passivos de renda no Nordeste, em áreas urbanas, entre os anos de 2001 e 2014. Observa-se que o indicador passivo econômico no Nordeste, em áreas urbanas, também em vez de regredir, como seria desejável, avançou 2,9%, passando de 46,3% em 2001 para 49,2% em 2014.

Tabela 05 – Comparação e Taxa de Variação do Passivo Econômico (Privação de Renda) do Nordeste, entre 2001 e 2014 PASSECON Urbano (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 48,1 49,7 1,6%

PI 43,4 48,8 5,4%

CE 47,8 50,5 2,7%

RN 43,4 47,1 3,7%

PB 52,7 46,3 -6,4%

PE 43,0 47,3 4,3%

AL 50,3 57,3 7,0%

SE 44,4 46,5 2,1%

BA 45,7 49,6 3,9%

NED 46,3 49,2 2,9%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Na Tabela 06, apresentam-se as evoluções dos passivos de renda no Nordeste, em áreas rurais, entre os anos de 2001 e 2014. Observa-se que o indicador passivo econômico no Nordeste, em áreas rurais, também em vez de regredir, como seria desejável, avançou 0,7%, passando de 69,1% em 2001 para 69,8% em 2014.

(34)

34

Em 2014, o estado com menor percentual da população geral vivendo em passivo econômico é a Paraíba com 50,8% da população.

Tabela 06 – Comparação e Taxa de Variação do Passivo Econômico (Privação de Renda) do Nordeste, entre 2001 e 2014 – PASSECON Rural (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 68,2 67,7 -0,5%

PI 71,4 66,2 -5,2%

CE 70,1 73,8 3,7%

RN 66,4 69,3 2,9%

PB 71,1 70,9 -0,2%

PE 67,4 69,8 2,4%

AL 72,9 74,8 1,9%

SE 67,8 68,0 0,2%

BA 68,6 68,6 0,0%

NED 69,1 69,8 0,7%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

4.3 Passivo ambiental entre 2001 e 2014

O passivo ambiental é constituído de três indicadores: Privagua (percentual das populações sobrevivendo em domicílios sem acesso a água encanada); Privsane (percentual das populações sobrevivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou, ao menos, a fossa séptica); e Privlixo (percentagem da população que sobrevive em domicílios que não têm acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo, direta ou indiretamente). Privagua e Privsane têm ponderação de 35%, ao passo que o passivo de coleta de lixo tem peso de 30% na composição do indicador passivo ambiental. (LEMOS, 2012)

(35)

A oferta de saneamento juntamente com o fornecimento de água potável e a eliminação de águas residuais constituem os três alicerces mais básicos do progresso humano. (PNUD, 2006)

a) Evolução no Nordeste da Privação de Acesso a Destino Adequado para os Dejetos Humanos (PRIVSANE) entre 2001 e 2014

Através dos resultados apresentados na Tabela 07, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 57% da sua população vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica em 2001 para 39% em 2014. Uma redução de apenas 18% naqueles 14 anos analisados.

Em 2014, o Ceará com 55,2% da sua população vivendo sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica é o estado do Nordeste com o pior índice neste indicador. O Maranhão, com 51,9%, tem o segundo pior resultado. Já o Piauí, com apenas 17,8%, tem o menor percentual da população sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica.

Tabela 07 Evolução e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Saneamento no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVSANE Geral (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 62,6 51,9 -10,7%

PI 55,2 17,8 -37,4%

CE 63,2 55,2 -8,0%

RN 41,8 33,6 -8,2%

PB 53,6 29,2 -24,4%

PE 59,1 33,0 -26,1%

AL 73,2 44,1 -29,1%

SE 32,8 47,3 14,5%

BA 54,9 34,1 -20,8%

NED 57,0 39,0 -18,0%

(36)

36

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 08, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 43,3% da sua população urbana vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica em 2001 para 26,7% em 2014. Uma redução de apenas 16,6% naqueles 14 anos analisados.

Tabela 08 – Evolução e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Saneamento no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVSANE Urbano (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 48,8 38,9 -9,9%

PI 32,4 4,9 -27,5%

CE 52,6 42,7 -9,9%

RN 31,7 24,7 -7,0%

PB 40,9 16,3 -24,6%

PE 48,1 24,9 -23,2%

AL 63,7 33,6 -30,1%

SE 19,3 30,7 11,4%

BA 37,6 20,4 -17,2%

NED 43,3 26,7 -16,6%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Na Tabela 09, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 92,7% da sua população rural vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica em 2001 para 76% em 2014. Uma redução de apenas 16,7% naqueles 14 anos analisados.

No Nordeste, em 2014, a população urbana privada de saneamento era de 26,7%. A população rural sem este serviço chegou a 76%.

(37)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 91,1 72,6 -18,5%

PI 95,8 45,0 -50,8%

CE 96,1 91,1 -5,0%

RN 72,0 64,2 -7,8%

PB 98,1 81,1 -17,0%

PE 96,0 70,7 -25,3%

AL 94,1 73,8 -20,3%

SE 90,7 90,5 -0,2%

BA 92,3 77,8 -14,5%

NED 92,7 76,0 -16,7%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

b) Evolução no Nordeste da Privação de Acesso à Água Encanada (PRIVAGUA) entre 2001 e 2014

As pessoas necessitam tanto de água como de oxigênio: sem ela não haveria vida. Mas, para além dos lares, a água também dá vida num sentido muito mais lato. As pessoas necessitam de água potável e de saneamento para manterem a sua saúde e dignidade. (PNUD, 2006)

Através das evidências apresentadas na Tabela 10, observa-se que o Nordeste reduziu o percentual de 38% da sua população vivendo em domicílios sem acesso a água encanada em 2001 para 22,3% em 2014. Uma redução de 15,7% naqueles 14 anos analisados.

Em 2014, o Maranhão com 42,1% da sua população sem acesso a água encanada é o estado do Nordeste com o pior índice neste indicador. Já o Sergipe e o Rio Grande do Norte têm o menor percentual de sua população sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica com apenas 13,9% e 14%, respectivamente.

(38)

38

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 55,3 42,1 -13,2%

PI 50,6 23,2 -27,4%

CE 38,3 22,7 -15,6%

RN 25,0 14,0 -11,0%

PB 31,9 19,7 -12,2%

PE 32,3 21,2 -11,1%

AL 43,5 28,8 -14,7%

SE 18,7 13,9 -4,8%

BA 38,0 17,2 -20,8%

NED 38,0 22,3 -15,7%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

De acordo com os resultados apresentados na tabela 11, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 19,2% da sua população urbana vivendo em domicílios sem acesso a água encanada em 2001 para 8,3% em 2014. Uma redução de apenas 10,9% no período analisado.

Tabela 11 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso a Água Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVAGUA Urbano (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 38,2 22,9 -15,3%

PI 23,7 5,6 -18,1%

CE 21,3 7,7 -13,6%

RN 10,9 1,8 -9,1%

PB 14,0 5,6 -8,4%

PE 15,9 9,5 -6,4%

AL 22,6 19,3 -3,3%

SE 9,6 2,1 -7,5%

BA 16,6 4,5 -12,1%

NED 19,2 8,3 -10,9%

(39)

Conforme os resultados apresentados na Tabela 12, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 86,8% da sua população rural vivendo em domicílios sem acesso a água encanada em 2001 para 64,4% em 2014. Uma redução de 22,4%.

No Nordeste, em 2014, a população urbana privada de acesso a água encanada era de 8,3%. A população rural sem este serviço chegou a 64,4%.

Tabela 12 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso a Água Encanada no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVAGUA Rural (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 90,3 72,7 -17,6%

PI 98,5 60,4 -38,1%

CE 91,2 65,6 -25,6%

RN 66,9 55,9 -11,0%

PB 94,3 83,2 -11,1%

PE 87,5 76,0 -11,5%

AL 89,3 55,9 -33,4%

SE 57,4 44,6 -12,8%

BA 84,6 57,9 -26,7%

NED 86,8 64,4 -22,4%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

c) Evolução no Nordeste da Privação de Acesso a Coleta Sistemática de Lixo (PRIVLIXO) entre 2001 e 2014

Com efeito, Lemos (2012) afirma que a coleta sistemática de lixo indireta ou indiretamente é essencial para a melhora da qualidade de vida das pessoas e que melhor que coletar o lixo é dar destino adequado a esses resíduos sólidos.

(40)

40

acesso a água encanada em 2001 para 21% em 2014. Uma redução de 12,7% no período analisado.

Em 2014, o Maranhão com 41,1% da sua população sem acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo é o estado do Nordeste com o pior índice neste indicador. Já o Rio Grande do Norte tem o menor percentual de sua população sem acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo com apenas 13,7%.

Tabela 13 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Serviço de Coleta Sistemática de Lixo no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVILIXO Geral (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 52,1 41,1 -11,0%

PI 50,5 32,2 -18,3%

CE 33,8 22,5 -11,3%

RN 18,7 13,7 -5,0%

PB 28,4 14,8 -13,6%

PE 27,6 15,0 -12,6%

AL 32,2 18,2 -14,0%

SE 22,1 16,5 -5,6%

BA 33,4 18,8 -14,6%

NED 33,7 21,0 -12,7%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 14, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 11,6% da sua população urbana vivendo em domicílios sem acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo em 2001 para 3% em 2014. Uma redução de 8,6% da população no período analisado.

Tabela 14 Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Serviço de Coleta Sistemática de Lixo no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVILIXO Urbano (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

(41)

PI 22,9 6,3 -16,6%

CE 13,6 2,2 -11,4%

RN 3,3 0,8 -2,5%

PB 9,1 0,9 -8,2%

PE 8,6 2,6 -6,0%

AL 4,9 1,4 -3,5%

SE 6,4 1,1 -5,3%

BA 7,7 1,3 -6,4%

NED 11,6 3,0 -8,6%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Conforme os resultados apresentados na Tabela 15, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 91,3% da sua população rural vivendo em domicílios sem acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo em 2001 para 75% em 2014. Uma redução de 16,3% naqueles 14 anos analisados.

No Nordeste, em 2014, a população urbana privada de acesso ao serviço de coleta sistemática de lixo era de 3%. A população rural sem este serviço chegou a 75%.

Tabela 15 – Comparação e Taxa de Variação da Privação de Acesso ao Serviço de Coleta Sistemática de Lixo no Nordeste, entre 2001 e 2014 – PRIVILIXO Rural (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 94,6 84,4 -10,2%

PI 99,8 87,1 -12,7%

CE 96,7 80,7 -16,0%

RN 64,6 57,8 -6,8%

PB 95,9 77,3 -18,6%

PE 91,5 73,4 -18,1%

AL 92,1 66,1 -26,0%

SE 89,3 56,6 -32,7%

BA 89,3 71,1 -18,2%

NED 91,3 75,0 -16,3%

(42)

42

4.4 IES Índice de Exclusão Social.

Na Tabela 16, apresentam-se as evoluções dos Índices de Exclusão Social no Nordeste, entre os anos de 2001 e 2014. Observa-se que o IES no Nordeste, regrediu 6,3%, passando de 39,4% em 2001 para 33,1% em 2014

Tabela 16 – Evolução e Taxa de Variação do Índice de Exclusão Social do Nordeste, entre 2001 e 2014 – IES Geral (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

MA 44,2 40,2 -4,0%

PI 43,8 33,3 -10,5%

CE 40,1 35,7 -4,4%

RN 32,2 30,1 -2,0%

PB 40,4 30,2 -10,2%

PE 36,0 30,1 -5,8%

AL 45,7 38,6 -7,1%

SE 31,1 32,3 1,2%

BA 39,4 31,2 -8,3%

NED 39,4 33,1 -6,3%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Na Tabela 17, apresentam-se as evoluções dos Índices de Exclusão Social no Nordeste, em áreas urbanas, entre os anos de 2001 e 2014. Observa-se que IES no Nordeste, em áreas urbanas, regrediu 4,3%, passando de 29,8% em 2001 para 25,5% em 2014

Tabela 17 Evolução e Taxa de Variação do Índice de Exclusão Social do Nordeste, entre 2001 e 2014 IES Urbano (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

(43)

PI 29,3 23,8 -5,6%

CE 31,8 27,5 -4,3%

RN 24,9 24,0 -0,9%

PB 32,7 23,4 -9,3%

PE 28,0 24,5 -3,5%

AL 36,1 32,1 -4,0%

SE 24,3 23,9 -0,4%

BA 28,1 23,7 -4,4%

NED 29,8 25,5 -4,3%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Conforme constatado por Lemos (2012), quando aferiu os resultados de 2009 em comparação a 2001, no presente estudo as áreas urbanas Nordestinas também apresentaram IES bem mais reduzidos do que aqueles observados para as áreas rurais. Resultado já esperado, tendo em vista que os indicadores de privações apresentados para ambas as áreas mostraram claramente a situação bem mais difícil daqueles que moram nas zonas rurais.

Tabela 18 – Evolução e Taxa de Variação do Índice de Exclusão Social do Nordeste, entre 2001 e 2014 IES Rural (%)

Estado 2001 2014

Variação 2001/14 (%)

MA 61,9 56,0 -5,9%

PI 68,3 53,5 -14,8%

CE 64,4 59,2 -5,2%

RN 52,1 51,3 -0,8%

PB 63,4 59,9 -3,5%

PE 59,6 56,7 -2,9%

AL 65,8 57,0 -8,8%

SE 58,2 54,0 -4,2%

BA 62,4 54,8 -7,6%

NED 62,3 56,1 -6,2%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

(44)

44

Através das evidências apresentadas na Tabela 19, observa-se que o percentual da população sem acesso ao saneamento básico no Nordeste regrediu em valores superiores ao IES (18% contra 6,3% respectivamente).

No entanto, essa redução ainda é bem aquém da ideal. Pois em 2014, o Privsane é o segundo pior subindicador do IES com percentual da população sem acesso ao saneamento básico chegando a 39%, perdendo apenas para o Passivo econômico com 54,3%.

Tabela 19 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Geral (%)

Nordeste 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Privsane 57,0 39,0 -18,0%

Privagua 38,0 22,3 -15,7%

Privilixo 33,7 21,0 -12,7%

Passecon 52,6 54,3 1,7%

Passocia 22,8 16,6 -6,2%

IES 39,4 33,1 -6,3%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

No gráfico 07, pode-se visualizar melhor a variação dos subindicadores do IES entre 2001 e 2014. Observa-se que o passivo econômico foi o único indicador a apresentar uma variação positiva nesse período com 1,7%.

Segundo Lemos (2012), um dos motivos que contribuiu para essa atribui a evolução positiva do subindicador Passecon, foi a elevação do salário mínimo corrigido pelo Índice Geral de Preços da Fundação Getúlio Vargas (IGP), entre os anos de 2000 e 2010, com valores crescendo acima da inflação observada naquele período. Acredita-se que a elevação real do salário mínimo possa ter impactado o indicador passivo econômico.

(45)

aumento do percentual da população sobrevivendo em domicílios com renda que varia de zero a, no máximo, dois salários mínimos.

Gráfico 07 - Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Geral (%)

Fonte: IBGE (2001, 2014)

De acordo com os resultados apresentados na tabela 20, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 43,3% da sua população geral vivendo em domicílios sem acesso ao saneamento básico em 2001 para 26,7% em 2014. Uma redução de 16,6% naqueles 14 anos analisados. Apesar dessa redução ainda ser insuficiente, a pesquisa mostra que a falta de saneamento básico regrediu em percentuais superiores ao IES.

Tabela 20 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Urbano (%)

Nordeste 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Privsane 43,3 26,7 -16,6%

Privagua 19,2 8,3 -10,9%

Privilixo 11,6 3,0 -8,6%

Passecon 46,3 49,2 2,9%

Passocia 17,2 12,4 -4,8%

IES 29,8 25,5 -4,3%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

-18,0%

-15,7%

-12,7%

1,7%

-6,2% -6,3%

-20,0% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0%

Privsane Privagua Privilixo Passecon Passocia IES

(46)

46

No gráfico 08, observa-se que, em áreas urbanas, o passivo econômico foi o único indicador a apresentar uma variação positiva nesse período, com 2,9%.

Gráfico 08 - Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Urbano (%)

Fonte: IBGE (2001, 2014)

De acordo com os resultados apresentados na Tabela 21, observa-se que a situação da população rural do Nordeste é muito preocupante quanto ao percentual da população vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica em 2001 esse valor era de 92,7%, em 2014 chegava a 76%. Uma redução de apenas 16,7% naqueles 14 anos analisados.

Tabela 21 – Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Rural (%)

Nordeste 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Privsane 92,7 76,0 -16,7%

Privagua 86,8 64,4 -22,4%

Privilixo 91,3 75,0 -16,3%

Passecon 69,1 69,8 0,7%

Passocia 36,7 29,0 -7,7%

IES 62,3 56,1 -6,2%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

-16,6%

-10,9%

-8,6%

2,9%

-4,8% -4,3%

-20,0% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0%

Privsane Privagua Privilixo Passecon Passocia IES

(47)

No gráfico 09, verifica-se que nas áreas rurais, a exemplo do que se vê nas áreas urbanas, o único subindicador a apresentar variação positiva foi o Passecon, com 0,7%. No entanto, essa variação foi menor que a observada em áreas urbanas.

Segundo Lemos (2012), a maior parte das atividades nas áreas rurais brasileiras provêm das Unidades Agrícolas Familiares (UAFs). Nesse segmento existem duas formas de renda. A renda monetária e a não monetária. A renda monetária, é aquela que provém da produção e venda dos bens e serviços do setor; e de outras rendas, como Bolsa Família, aposentadoria e pensões. A renda não monetária não é contabilizada pelo IBGE nas PNAD’s. Essa renda é calculada a partir dos itens que são produzidos pelas famílias rurais e que são consumidos sob a forma de alimentos ou de matérias-primas.

Por essa razão as rendas das áreas rurais analisadas estão subestimadas, no entanto, esse fato não invalida os resultados apresentados, tendo em vista que é a partir da renda monetária que as famílias adquirem bens e serviços que não podem produzir.

Gráfico 09 - Evolução do IES por subindicador entre 2001 e 2014 – Rural (%)

Fonte: IBGE (2001, 2014)

O número de 1,8 milhões de mortes infantis anuais, no mundo, relacionadas com a água imprópria para consumo e com um saneamento inadequado ofusca as mortes associadas aos conflitos violentos (PNUD, 2006).

-16,7%

-22,4%

-16,3%

0,7%

-7,7% -6,2%

-25,0% -20,0% -15,0% -10,0% -5,0% 0,0% 5,0%

Privsane Privagua Privilixo Passecon Passocia IES

(48)

48

4.6 Comparação de indicadores de Privsane e IES do Nordeste e Brasil

Através dos resultados evidenciados na Tabela 22, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 57% da sua população geral vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica em 2001 para 39% em 2014. Uma redução de apenas 18%, já o Brasil saiu de um percentual de 33,3% em 2001 para 23,2 em 2014%, uma redução de 10,1%.

Tabela 22 – Comparação da evolução do Privsane Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 – Geral (%)

Privsane 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Nordeste 57,0 39,0 -18,0%

Brasil 33,3 23,2 -10,1%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Observa-se que, mesmo o Nordeste tendo reduzido um percentual maior que o do Brasil, da sua população geral vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica, no período de 2001 a 2014, ainda assim, em 2014, continua com 39%, percentual bem superior ao da população brasileira geral que vive em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica no País em 2014 (23,2%).

Gráfico 10 - Evolução do Privsane Nordeste X Brasil 2001/2014 Geral (%)

Fonte: IBGE (2001, 2014) 57,0

33,3 39,0

23,2

0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0

Nordeste Brasil

(49)

De acordo com os dados apresentados na Tabela 23, verifica-se que o Nordeste reduziu em 16,6% o percentual da sua população urbana vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica, no período de 2001 a 2014. No Brasil a redução foi de 8,4% no mesmo período.

Apesar de alcançar uma redução percentual bem superior à do Brasil no período analisado, em 2014, essa região ainda apresenta um percentual de 26,7%, contra 15,8% do Brasil.

Tabela 23 – Comparação da evolução do Privsane Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 Urbano (%)

Privsane 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Nordeste 43,3 26,7 -16,6%

Brasil 24,2 15,8 -8,4%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Através dos resultados mostrados na Tabela 24, depreende-se que o Nordeste reduziu em 16,7% o percentual da sua população rural vivendo em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica, no período de 2001 a 2014, enquanto o Brasil reduziu em 16,4%.

Contudo, observa-se que em 2014, o Nordeste continua com 76%, percentual superior ao da população brasileira rural que vive em domicílios sem acesso a esgoto sanitário ou fossa séptica no País (68,7%).

Tabela 24 Comparação da evolução do Privsane Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014 Rural (%)

Privsane 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Nordeste 92,7 76,0 -16,7%

Brasil 85,1 68,7 -16,4%

(50)

50

Através dos dados apresentados na Tabela 25, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 39,4%da sua população geral excluída socialmente em 2001 para 33,1% em 2014. Uma redução de apenas 6,3%, já o Brasil saiu de um percentual de 22,5% em 2001 para 20,2 em 2014%, uma redução de apenas 2,3%.

Tabela 25 – Comparação da evolução do IES Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014

– Geral (%)

IES 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Nordeste 39,4 33,1 -6,3%

Brasil 22,5 20,2 -2,3%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Observa-se que, mesmo o Nordeste tendo reduzido um percentual maior que o do Brasil, da sua população geral excluída socialmente, no período de 2001 a 2014, ainda assim, o Nordeste com 33,1% em 2014 continua bem acima do percentual da população brasileira geral excluída socialmente no País em 2014 (20,2%).

Gráfico 11 - Evolução do IES Nordeste X Brasil 2001/2014 Geral (%)

Fonte: IBGE (2001, 2014) 39,4

22,5 33,1

20,2

0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0

Nordeste Brasil

(51)

Os resultados apresentados na Tabela 26, mostram que o Nordeste reduziu um percentual maior da sua população urbana excluída socialmente 4,3%, enquanto o Brasil reduziu em apenas 1,4%.

Em 2014, o Nordeste apresentou um percentual de 25,5% da sua população urbana excluída socialmente, ao passo que o Brasil apresentou um percentual de 15,7%.

Tabela 26 Comparação da evolução do IES Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014

– Urbano (%)

IES 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Nordeste 29,8 25,5 -4,3%

Brasil 17,1 15,7 -1,4%

Fonte: IBGE (2001, 2014)

Através dos resultados mostrados na Tabela 27, observa-se que o Nordeste saiu de um percentual de 62,3% da sua população rural excluída socialmente em 2001 para 56,1% em 2014. Uma redução de 6,2%. Já o Brasil saiu de um percentual de 50,7% em 2001 para 47,6 em 2014%, uma redução de apenas 3,1%.

Tabela 27 Comparação da evolução do IES Nordeste X Brasil entre 2001 e 2014

– Rural (%)

IES 2001 2014

Variação 2001/14

(%)

Nordeste 62,3 56,1 -6,2%

Brasil 50,7 47,6 -3,1%

Imagem

Gráfico 02  –  População Geral do Nordeste por estados em 2001 e 2014
Gráfico 04  –  População Urbana do Nordeste por estados em 2001 e 2014
Gráfico 06  –  População Rural do Nordeste por estados em 2001 e 2014
Tabela 01  –  Comparação e Taxa de Variação da População Analfabeta do Nordeste,  entre 2001 e 2014  –  PASSOCIA Geral (%)
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