UNIVERSIDADE
IN
STITUTO
DEDE
SÃO
PAULO^
GEOCIENCIAS
PROVENIENCIA
DAS
ROCHAS ARENOSAS
DO
SUBGRU POa-ITARARE
NO
SUL
DO
ESTA
DO
DE
SAO
PAULOFu
-
Toi
Wu0rientodoriProf. Dr. Poulo Milton
Borboso
LondimTESE DE
DOUTORAMENTOProgromo de Pós-Groduoçõo em Foreontologio e Estrotigrofio
Soo Poulo
UN
IVERS
IDADEINSTITUTO
DEDE
SÃO
PAULO
,\
GEOCIENCIAS
DEDALUS-Acervo-¡GC
^
PROVENIENCIA
a
ITARARE
NOr illlil Iilil lllll llil lllil llil llil llil illil llil lllil lll lll
30900005917
DAS
ROCHAS
ARENOSAS
DO
SUBGRU POSUL
DO ESTADO
DE
SÃO
PAULO
Fu
-
Toi
WuOrientodor Prof. Dr. Poulo Milton
COMISSAO nome
Dr. P .M. B. Landim
Borboso
LondimTESE DE DOUTORAMENTO
EXAMINADORA
Presidente'
Exominodores:
Dr.
S.E.Amara1Dr. V.J.FuIfaro
Dr.
K.SuguloSõo Poulo l9B9
À minha esposa, Man-Li. ,
JND I CE
RESUMO
ABSTRACT
LISTA DE F I GURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FOTOS
AGRADEC I MENTOS
CAP íTULO
L.
INTRODUCAO2. GEOLOGIA DA ¿{REA ESTUDADA
e.1. Rochas Metamórficas e ísneag
P.1.1. Complexo Campo Gerais (Arqueano)
?.1.?. Complexo Varginha-Guaxupé(Arqueano)
e.1.3. Complexo Amparo (Proterozóico inferior)
?.1.4. Complexo Setuva (Prot erozóÍco inferior)
e.t.5. Gr-upo São Roque (Proterozóico superior)
e.1.ó. Grupo Acungui (Proterozoi.co srrperior) e.t.'/. 6ranitóides (Proterozóico superior)
e. 1 . B. Formaç ão Canlar i.nh a ( Camt¡ ro-0rclov: c i ano )
e.L,9. Grupo C¿rstro (Carnbro-0rtloviciano)
PÄG.
VÏ
VI I'T
XIT
X
XT
XV
3
3
3
3
4
5
5
5
6
7
e.?.
Rochas Sedimentarese Intrusivas
Básicas?.e.1.
Formacão Furnase,?.?.
SubgrupoItararé
e.3.
Evcllucão Geolósica do Embasamento CriEtal inoParanå em Termos de Tectônica Global
?.4.
Evolução Tectônicae
Compart imentação da Bacanterior à
Deposicäo do SubgrupoItararé.
7
8
9
da Bacia do
ia do Paraná
11
t4
3.
MÉTODOS DE ESTUDO3.1.
Trabalho. de Campo3.1 .1
.
Descricão das secGões3.
l.e.
Amostragem3.?.
Preparação de Amostras
no Laboratóricr3.e.1, Minerais
leves3.e.e. Minerais
pesados3.3.
DetermÍnacão dosMinerais
e
Feicões Morfoscópicas3.4,
Escala
de Abundância
dos Mi.nerais4.
ANTiLISE MINERALcíGICA4.t. Minerais
Leves4.e. Minerais
Pesados5. FACIOLOGIA E INTERPRETACÃO PALEOAMBiENTAL
5.1. Descricão das Facies
5.1.1. Parte inferior
5. 1 . e. Part e super ic¡r
5. e. Int erpret ação Pal eoamb ient al
5.e.1. Parte inferior 5.e.e. Parte superior
t6
I6
16
16
I7
I7
1B
1B
19 2L
2T
23
2B
2B
2B
32 35 35
IÏI
6. PROVENIÊNCIA
6. t . Est ab i I idade Mineral óg ica
6,L,L. Estabil idade dos minerais leves
6.L.?. Estabil idade dos minerais PesadoE
6.L.e.L. Est abi I idade quimica
6.1.e.e. Estabilidade mecânica
6.?. Mat uridade dos Arenit os do Subgrupo It ararrå
ó.P.1. Maturidade mineralógica 6.?.?.. Mat uridade t ext ural
6.?..3. Matur.idade dos vários t ipos de arenitos e resPect ivoE
cont rol es geol óg icos
ó,e.3.1, 0uart zo-arenit os
6 .e .3 . e . Sub arc óseos
6.2.3.3. Subl itarenitoE
ó.3. Mat uridacJe dos f4inerars PesadoE TranEparent es Não-Micáceos
6.4. Minerais e Rochas-Mat rizes
6.4.L. Assembléias dos minerais e suas rochas-matrizes
6.4.?. Minerais ultra-estáveis arredondados mascarando Ëuas
40
4L 4I
43 43 44 45 45 46
47 47
4B
50 50 53
53
53
54
54 55 55 56 57 57 58 rochas-mat
rízes
6.4.3.
Rochas-matrizeE6.4.3.1. Arenitos
daparte inferior
6.4.3. 1.
1. 0uartzo-arenitos
6.4.3.
1.e.
Subarcóseos6.4,3.1.3.
Sublit
arenitos6.4.3.e. Arenitos
daparte
superior6. 4.3.4.
1.
Quartzo-ar-enitos7.
COMPOSICÃO DE ARENITOS E TECTôNICA DE PLACAS7.1,. Categorias de Grãos do Arcabouço
7.?.
Tipos de Proveniência7.?.L.
Blococontinental
7 .?.1 . L
.
Crát on est áve l7.e..L.2.
Soerguimento do embasamento7.e.?,
Arco masnrático7 .?. e. 1
.
Arco rnagmático
não arrasado7.e.?.?.
Arco magmático
arrasado7
.?.3.
Rec ic 1 agem orogån ica7,?.3.1.
Compl exo de subducção7
.?.,3.e.
Faixa de col isão7
.e,3,3.
Soerguimento pericrat
ôn ico7.3.
Proveniência dosArenitos
SubgrupoItarare
7.3.r,, Arenitos
daparte inferior
7.3.L..1.
Quartzo-arenitclse
subarcóseos derivadÞs de crátonest áve I
7.3.L.?.
SublitarenitoE e
subarcóseoE derivadosde faixas
derec ic 1 agem orogên ica
7.3,e. Arenitos
daparte
superior7.3.?.L. 0uartzo-arenitos e subarcóseos clerivados de cráton
59 60 61 62 62
63
63
63
64
64
64
65 65
66
66
67
69
68 68
est áve 1
7 .3.? .?. Sub arc óseos e Eub I i t aren i t os
re(iclagem orosênica
7.4. Fatores 9ue Controlam a Composicão
7.4.1. Intenrperismo
7 .4.?. Trans,port e e depos j.cão
7 .4.3. DiasËneEe
7.4.3.1., DiEsolucão
7.4.3.e. SubEtituicão
derrvados de faixas de
de Arenitos
69 69 70 72
74
7.4.3.3. Compactação
7.4.3.4. 0xidação
7.4.4. Metodologias de anál ise da comPosicão modal
7 .5. Proven i ôn c i:¡ Comp ost a
B. CONCLUSõES
8.1. Tipos de Rochas
8,a. Haturidade dos Arenitos
8.3. Fat ores que Cont rol am a ComPosição de Aren i t os
8.4, Rochas-matrlzes dos Arenitos e suas ConrJicões
DePosicro-na15
8.5, Evcllucão da Provenrôncia em Termos de Amb j.ente'Tectônico
9. BIBLIOGRAf:ÏA
75 76 76
7B
BO
BO
BO
BO
B2
B3
RESUI'40
nitos
rochasr na årea de estudor Podem ser classi
seosr euûrtzo-arenitos e subl itarenitos.
As maturidades textural e mineralósica nesses are-nitos nem sempre se correlacionamn indicando que são controladas por latores diferentes. A maturidade te>rtural é controlada prin-cipalmente pelo t ipo e pela intensidade de energia dos meios de
transporte e deposicãor €ñquanto a maturidade mineralósica e
con-trolada preferencialmente pelos t ipos de rochas-matrizes e pel o
graude intemperismo da área fonte.
A composrção dos arenitos é control ada Por
intemPe-rismor transporter deposicão e diasêneser fatores estes 9u€r
atuando individualmente ou em conjuntor tendem a tornar os
arent-t os ma is quart zosos.
0s arenitos da parte infer:,or do SubsruPo Itararé {oram derivados predominantemente de rochas cristal inaE const i-tuíclas princrpalmente por granitórdesr rochas metamórficas de
al-t o grau e quant idades menores de rochas met assed rment ares r
par-cialmente intemperizadas e parpar-cialmente fregcasr situ;rdas na bor-da orierrtal bor-da baciar bem como de pequena contribuicäo de
sedr'-mentos preexistenteE. Estes materiais loram transportardos por 9e-'
leirasr águas correntes e ondasr sendo por vezes redepositado:;,
por correntes de turbidez e fluxos de detrj.tc¡s em ambicntes
mari-nho raso e s I ac iomarinho.
-0 present e t rabal ho est uda a
do Subgrupo Itararå no sul do Estado
proveniânc ia de
are-de São Paul o. Est as
ficadas como
subarcó-Euperior do Sul¡srupo It arirre
d as mesmaE roc h as-mat r i zes cl a 0E arenitoE da parte
parte inferiorr mas com pouca contribuicão de rochas
metassedi-mentares. No entantor 9raças à denudação progressiva da área
fon-ter rochas menos intemperizados foram at ingidas, Estes materiais foram t ransport ados e ret rabal hados Por corrent es de t urb idez r
águas corrent es e ondas r sendo deposit ados em amb ient es del t aico
e nlar i nh o rago .
A composição dos arenitos do Subgrupo Itararér foi
analisada segundo o método Gazei-Dicl<inson (Gazzir t966i Drckin-EOrìr t97ø), para discrimrnar suas proveniôncias em termos de
am-biente tectônico. 0utras evidências geológicasr basead¿is
princl-palmente n.o estudo da evolução tectônica da Bacia do Paraná ¿o
pré-Cambriano ao Permianor corflplementaram esse es,tudo. 0s
resul-tados obt idos mostram que oc¡ arenitos do Subsrupo It araré são
derivadoE de proven iênc ia compost a r consist indo t ant o de mat
VITI
ABSTRACT
The present work deal s wit h t he Provenance of
sandstones of the Itararé Subsroup in the southern part of Säo
Paulo State. These rocks can be classified as subarkosesr
quartzarenites and subl itharenites
The textural maturity of these sandstones cannot
always 5e corretated with the mineralosical maturitvr indicating dif ferent cont.rol I ins {actors. Tl're textural maturitv is mainlv
control led by tlre type and the energy of the t ransÞort ing anrJ
depositiona't mediar whereas the m.ineralogical maturitv is principally controlled b9 the lithologg.and weatlrering de$ree i'n
the source area'
The sandst one comPosi
weathering¡ transPortationt dePosit
incl ividual 1 y or in comb inat ion I t
quart zose sandst ones
-Sandst ones of t he I ower Part of t lre It ararri
subsroup were chiefly cJerived from both Part ial lv fresh and
weat hered crSst al I ine rock E I I ocat ed on t he east ern port ion of
t he Paraná basin r suclr as gran it oids I h islr-9rade met amorph ic
rocksr minor amounts of metaEedimentary rocks and minor
preexisting sediments. Tl'rese source materials were transported tl5
glaciers'runningwatersancjwaves.InEOmecasestheyWere
reworkecl b9 turbidity currents and detrris flowst berng redepositedinshallowmarineandglaciomarint:envi'rr:nment
S;rnclstonesoftheuPPerpartoft}teÏtar.
'SubsrouP were
.derivecl frclrn the same source area that
suppl i ed the lower Part ti j'f f ering in the verY minor contr
t
ion is
control
1 ed byion
and diagenesiç,-TheY
actoward t
he
formation of
moreare
of metasedimentarg rocks. Howeverr due to progressive denudat ion
of the Eource arear less weathered rocks were reached. These
source materials
were tranEportedand reworked by turbidity
currentsr running wat ers and t{ãV€s r being deposited in
del taic and shal low marine environment s.
Sandst one composit ions of t he It araré 9ubsroup
were analyzed according to the method of 6azzi-Dick rnson (Gazzi: L?66¡ Dickinson¡ L97ø), in order to discriminate itE Provenance
in termE of tectonic setttins. Howeverr other geologrc evidences
such as the tectonic evolut ion of the Paraná Basin r from the
precambrian to Permianr was necessary to comPlete this Etudy.
In conclusionr sandstones of Itararé subsrouP is interpreted to have being derived from a comPosite Provenance
with contribution of recycled orogen and stable craton
t.
e.
F igura
3.
4.
E J.
6. 7. 8. 9,
Lø. 11.
t?.
13.
L4.
LISTA DE FIGURAS
a composicão doE arenrt oE da
parte inferior
15. Diasrama QmFLt most rando
parte inferror
L6. Di agrama 0FL most ranclo a
t e superior.
17. Diasrama 0mFLt mostrando
parte superior
18. Fìuxograma de contagem de
aren r t os
Mapa geológi.co e local izacão doE afloramentos e amostras 97
Paleodistribuicão dos blocos cont inentais no Meso e
Neo-prot erozóico em t orno do b I oco Paraná 98
Legenda dos perfis i I ust rat ivos das fac res 99
Perfis ilustrativos da faci.es Fl l-00
Perf i I .i I ust rat ivo da f ac ies F? 10I
Perfis ilustrativoE das facies F3 e F4 I02
Perfil ilustrat ivo da facies FS I03
Perfil itustrati.vo da facies F6 104
Perfil ilustrat ivo da facies F7 105
Perfi I i 1 ust rat ivo da fac ieE FB 106
Perfis ilustrat ivos das facies F9 e FLØ 107
Perfis ilustrativos das facies F11 e FIe I0B
Diaeramas OFt- e OmFLt mostrando a composicão dos
arenr-tos derivados dos diferentes t rpos de prcrvenrência
Diasrama OFL most rando a composição dos art:n it os da
109
Pág .
110
11r
P
ar-TI2
da
tt3
d cls
ccrmpclsição dos aren it os da
a cmposicão dos arenit os
compc¡gição m j nr:raIósica
LISTA DE TABELAS
Tabela Pás.
L. Localizacãc¡ e litologia clas amostras
e. composição mineralógica e característ icas texturaiE dos
aren i t os
3. Freqüências Percentuais de minerais Pesados das amostras
4. Arredondarnento e håbito cristalino dos mrnerais PeEados
5. Variacões mineralósicas e texturais dos arenitos
6. Assembléias de minerais leves e suaË rochas-fonte'
Z . Assemb 1éias de mineraiE pesados .e suas rochas-f ont e
B. ComposiGãor arredondamento e hábito eristal ino dos
mine-rais pesados nos seixos 143
9, Tipos de proveniênc ia e comPosicõeE cJe areias resul t ant e '144 115
r19
I23
L29 140
14I
LISTA DE FOTOS
Fot o
7, Arenito lamÍt ico a lamito arenoso I isei.ramente
conglomerát icoi grãos de quartzo dispersos em
matriz argilosa-micácea e siltosa
Arenito lamít ico I iseiramente conglomerát icoi grãos
de guartzo dispersos em matriz argilosa e sil tosa
0uartzo-arenito groseo imaturoi grãos de quartzo monocrist al ino e pol icrist al ino
Quartzo-arenito fino maturo; grãos de quart zo
Pág
r45
r45 e.
3.
4.
L46
corróidosrdissolvidos e subst iturdos por srl ica crip-tocristalina e hidróxidos de ferro; concreção de
leu-coxânio formada por alteracão de ilmenita férrica 146
5. Subarcóseo grosso submaturo; os feldspatos alveolados
e dissol vidos formando poros int ra-granul ares e poros
bastantes aumentados e alterados para catrlinita
6. Subarcóseo f:.no maturoí os fetdspatos al terados e
vacuol izados formando microporos ! poro mól d ico
deixado pela dissolucão parcial de feldspato 7. Subl itarenito grosso imaturo; grãos de minerais
inst åveis al t erados; os fragment os de rochaE Eão de
arenito muito fino¡ silt itc¡r fi I ito e ardósia
8. SuLrl itarenito grosso submaturoi grãos de minerais
r47
L47
14B
inst áveis al t erados 148
9. Grão de feldspato subEtituído por caulinita e ilita I49
tø. Fragment o de gnaisse a-l t erado L49
11. Fragmento de xrsto 150
IÏT
13.
Fragmento de 1itarenito
t,4.
Fragmento
de ardósia15.
Fragmentode
folhelhot6.
Grão desílex
17.
Grão demetabasitoi os plagioclásio
magnesianos t ransformados em caul in
i
L5I
151 ]-52 ]-52
e minerais ferro-ta e hidróxrdo de
ferro
15318. Fragment o de xist o al t erado e compact ado formando
pseudo-mat riz 153
19. Zircão prismát ico angul oso e arreclondado corn marca de
corrosão 154
eø. Zircão prismático anguloso e arredondado com zoneamerìto I54
2L. Turmal ina azul a azul-pål ida angulosa e bem arredondada 155
ee. Turmalina castanha e azul-pálida bem arredondada 155
e3. Rut ilo prismåt ico e eqüid imensional subangul ar a
subarre-156
dondado
e4. Apat it a al ongada subangul ar com inc I usões e marca de cor
rosão 156
P5. 6ranada subangul ar a subarredondacla com marca cJe corrosão 157
?6. Granada cÕm "chattermark trail" e marca de corrosão L57
e7. Estaurolita anguloEa com inclusões e bordas serrilhadas 158
eB. Monazita arredondacla com [¡ordas corroícJas 158
??. Muscovita angulos¿r com bordas corrÕídas; I59
3Ø. cianita alongada É subarredondada com inclusões e marca
cle corrosão 159
31. Epidr:t o sutrangul ar com marca de corrosão 160
3e. Biot j.ta subarredclndacla. cÕm inclusões e bordas corroídas l-60
33. Leucoxânicl angul c¡so a arrecjc¡ndaclo 161
35. Sedimentos da facies Ft
36. Sedimentos da facies Fs
37. Diamictitos da facies F6
38. Lamin i t os da fac ies F 6
39. Arenit os da fac ies F7
4ø. Diamict itos da facies FB
4L. Si.l t it os da lac Íes F?
42. Arenitos da facies F11
XTV
L62 l.62 163
163
AGRADEC I ME NTOS
Quero deixar registrados os meus sinceros
agradeci-mentos ao Professor Doutor Paulo Milton Barbosa Landim pela
orient ação e est ímul o durant e a real ização dest a Pesquisa r bem
como pela revisão do texto em português'
À Pro{essora Dout ora Maria Rit a Caet ano-Chäíì9 r um
agradecimento especial r pela cooperaGão nos trabalhos de cãrllPOr
leitura crít ica do manuscritor Vãl iosas discusEões e revisão
mi-nuc iosa do t ext o em Port uguês.
Ao Professor Doutor Hung Kiang chãñ9r pela
contri-buicão nos. trabalhos de cäßlPor o metr muito obrigado.
Ao Inst ituto de Geociâncias e Ciências Exatas da
Ul'lESPr €m eEpecial ao Departamento de Geologia Sedimentar¡ Por
ter proporcionado as condicões de trabalho para a real ização
des-te trabalho.
¡\ Srt a. Darlene de Cássia Armbrust pel a PreParação
de amoEtras e ao Sr. Antonio Carlos Bueno de Moraesr pela
PrePa-ração das 1âmiñãs ¡ çr meu muit o obrigado.
Às Sras. Valderez Estela Silva Toledor Maria Cé1 ia
Zadra SclrmicJt e Srta, Darlene de CáEsia Armbrust e o Sr. Antonio
Cezário Porta Júnior agrad€Gor respectivamenter pela datilografia e pela confecção clas ilustrações.
A presente tese const ituj. Parte do proieto
"Facio-logia e Petrografia (Minerais pesados e leves) dos SecJimentos dcr
Subgrupo Itararé na ReSião Sul do Est acJo cJe São Paulo"; que
con-tou com o aPoio financeiro tJa Fundação de Amfrar-o à Persquisa do
L.
INTRODU6ÃO0 Subgrupo Itararér na área estudadar ê
rePresenta-do por conglomeradosr diamict itosr arenitosr ritmitosr silt itosr lamitoE e argil itosr sendÕ os arenitos mais freqüentes nas
Pðr-tes inferior e superior desta unidade.
Diversos trabalhos cle cunhos estrat igråficor
tectô-nicor 9€ofltoì-folósicorassim como de anál ise de f acies¡ de geologia
econômica e de mapeamento geológÍco do Subgrupo Itararér no
Esta-do de São Paulo: foram realizados nas últimas décadas. Trabalhos
sobre a p.roveniôncia a partir do estudo mineralógico de rochas
arenoEasr coñtudor têm sido bastante raros. Apenas alguns
traba-lhos se ocuparam da proveniência dessas roclìas . Gravenor (t979r,
est udando os minerais peEados em depósit os g I ac iais r ño sudest e
do Estado de São Paulor interpretou que eles teriam sido
deriva-dos do embasa.ment o crist al ino com t ransport e prol ongado Por
9e-leiras ou então teriam tido origem policictica. l^lu (198e)
deserl-volveu um minucioso estudo sobre i proveniênciar intensidade do
tectonismor rfludança 1 itolósica progressiva e cl ima na área fonter
bem como das condições rleposicionais do Subsrupo Itararé e
Forma-cäo Aquidauana ncr centro-leste do Estado de 5ão Paulor a part j.r
de estudos de minerais pesados e Ieves, 0 trabaìho realrzado
re-centemente por trança (LqgTrt mostrou que os arenitos do
Subgru-po It araré em t oda Bac ia do Paranå são or- iutrdos de rec ic I agem
orogônica e cle b l oco cont inent al .
l',lo presente traballror foram estudados
Principalmen-te cls minerais detrít icos dos arenitos e di¡rmict itos do Subsrupc)
Itarardr aflorantes nas follraE topográfi.cas cJc Guarizj.nhclr
Itape-Vär Ribeirão Brancor Foz do Apiaí-'Guaçur ljr-rri e AracaGu ( InGt--t
24eØ9'S e os meridianos de 48e?6'hl e 49eøø't*,(Fisura I ). Além
dis-so r foi desenvol vj.do uma anál Íse fac iol óg ica das rochas sed iment a
res aflorantes na árear o que permitiu sua interpretação
paleoam-biental. Finalmenter o estudo dos minerais pesados e leves dessas
?.
GEOLOGIA DA ÃREA ESTUDADAe.1.
Rochas Hetamórficase
ígneasNa área estudadar as rochaE metamórficas e rgneas
são representadas pelo Grupo Açunqui e PeloE granitóides que
ocorrem ao sul da área. Resionalmente afloram rochas dos 6rupo
Castror Complexo Setuva e Formação Camarinha ao sul da årear do
Grupo São Roquer a leste e dos Complexos Amparor Varginha-Guaxupé
e Campos Geraisr a nordeEte (Hasui e 0liveirar tq94r.0s
sedimen-tosr do Subsrupo Itararé devem ter-se originado predominantemente
a part ir dest as rochas crist al inas ¡ sendo r port ant o I ñ€cesEário o
conhecimento de suas característ icas I itolósicas. A descricão I
i-t ol ós ica dest as un idades é feit a a sesuir.
e.t.L.
Complexo CampoGerais
(Arqueano)é const ituido por um cc¡n junto de metamorf itc¡s de
facies anfibol itor em parte retrometamorfizados e migmat izados. Em cua compoEiGão: ident i ficam-se gnaisses r 9Fàñ it óides e
migma-titos diversos êr subordinadamenter leptitosr rochas
calcissili-cáticâsrmetacalcáriosr xistos granatÍferos e quartzitos. Rochas
granulíticãsr báEicas e ultrabásicas também se fazern presentes.
e. I . e. Co¡np I er<o Varg Ính a-Guaxupé ( Arqueano )
0 Cornplexo Uarginha-Guaxup
de ¡-ochas de f ac ies sranul it c:
arac t er i eadn por ex-i bol it o r ret romet
a-eec
(? an f
morfÍzados e
migmat izados pol ic ic I icamente.
Ao norte da
área r granulit os
ácidos a
básicosr
migmatit os
granulít
icosr
granob 1as-titos e
gnaissescharnockíticos
säoos constituintes
maioresrocorrendo
subordinadamentexistos e
gnaisses com granadarciani-tar cordierita e Eillimaniciani-tar
bem como rochascalcissilicáticasr
mármores dolomít
icos e metaultrabasÍtos.
Ao sulr
aParecemdomi-nantemente mismat
itos e granitóides.
e.1.3.
Complexo AmParo(Proterozóico inferior)
o complexo Amparo é const ituÍdo essencialmente de
gnaisses com biotita e/ou hornblenda bandadoç-'r tendo o
plasioclá-sio etn predomínio sobre o feldspato potásç,ico e acessoriamente sranadar diopsídio e sillimanita. Tipos félsicos e Porfiroblásti-cos tam.bém existem' Subsidiariamente aParecem quartzitos
micá-ceosr 9Fãnat íferos e feldEpát icosr 9uãFtzo-mica-xistoEr xistos
com grafitar granadar sil I imanita. e cianitar bem como mármoresr
rochas calcisEilicáticas¡ pscarnitosr gonditclsr anfibolitos e
me-taultrabasitoE (dunitosr peridot itoE e Piroxenitos). Esse conjun-to representa um pacote de sedimentos psamopet ít icos e químicosr
com intercalações de corFos máficoE e ultramáficosr transformado
em facies anfibol ito e parcialmente facies granul ito. Migmat itos
e.1.4.
Complexo Setuva(Proterozóico inferior)
As rochas que comPõem o Complexo Setuva são
essen-cialmente gnaisses e micaxistos intercalações de quartzitosr
âh-libolitos e metabasitos. 0s gnaisses são mesocråticos com
banda-mento nítido¡ apresentando contatoE de transicão com os xistos.
e. 1 .5. 6rupo São Roque ( Prot erozóico suPerior )
0 Grupo São Roque ê rePresent ado Por '.rm Pac of e de
rochas metassedimentares ctásticas .(predominantemente pelÍticaEr com intercalações peamit icas e psefít icas) e carbonát icas¡
.âeso-ciadas a intrusivas básicas e a prováveis extrusivas e
vulcano-cl ást icas måficas e fél sicaE. 0 conjunto foi met amorfizado
em'fa-cies xisto-verde e anf ibol itor da série barroviano¡ rllismat izado
em part e e ini et ado Por d iversos corPos gran i t ói des.
Fil itosr ardcisias e xistos (com biot itar mugcovita¡
granadar estaurolita e sillimanita) são as rochas mais
abundan-tesr atojando intercalações de metassilt itos: metarenitc¡sr
Quart-zitosr rrtetarcóseosr fiìetã9FaüVäcâsr metaconglomeradoEr mármores,
rochas calcissil icát icasr a1ém tle anf ibol itt¡sr metabasitosr
clo-rit a-xist os e prováveis met a1 avas e met at ufos.
e.L.6.
Grupo Açutngui(Proterozóico sulrerior)
0 Grupn Acungui consiste de met assedimentos clást
i-cos (pel ít icos. a .rudáceos) e carbonát rcos¡ com intrusivas, båcicaç;
sofreu metaJnorfismo regional de facies xisto-verde baixo grau e
anfibol ito alto grau¡ cohsistentes com a série barroviana¡ bem
como migmat ização e intrusões ácidas sin- a pds-tectônicas. Cons-t ituÍ-se de fil itos e xistos predominantes¡ bem cÕmo
metacalcá-rios¡ metadolomÍtosr rochas calcissil icát icasr 9uärtzitosr
meta-cong 1 omerados r cal c ixist os r met abasit os e gnaisses.
?.L.7. Granitóides (Proterozóico
superior)As rochas granitóides se asEociam às roclìas
supra-crust aiE do Prclt erozóico superior. Tal é o caso dos numerosos
cörpos dispersoË na área dos grupos São Roque e Açungui e do
Com-p 1 exo Embu.
0 tipo ma
diorÍt ica a granÍt icar
comum á fol iador de composição quart
zo-ibindo porfiróides principalmente de
mi-15
EX
croc 1ínior de t amanhos r quant idades e graus cJe ori.ent acão
diver-sos. Const ituem corpos de forma alongada paralelamente aos eixos
de dobras de uma fase de deformação das rochas supracrustais do
Proterozóico superior. Estes corpos são classificåveis como
sin-tectônicosr isto er alojados cJurante uma fase cJe dobramentogr e
as datacões existentes dão idades de 6øø a ó5ø Ma.
0utro tipor rnBrìos fregüenter irrclui rochas nrais
hcl-mogôn€ãsr não f cll iadas, de composição 9riìnodiorit ica a granÍt ica:
em corPos discordante.,¡ de formas variáveis e raramente de
dimen-sêíeç batotíticas. Tipos alaskíticosn alcalinos e subalcalinos se
{a;:em t ambém present es. Tais corpos são c I assi ficáveis como
e.1.8.
Formacão Camarinha (Cambro-0rdoviciano)A Formação Camarinha é representada Por um Pacote
de sedimentos detríticos e não metamorfizados. Trata-se de
silti-tos ritmicos e arcóEeos intercaladosr s€guidos de conglomerados pol imít icos e arcóseos al t ernados.
e.t.9.
6rupoCastro
(Cambro-0rdoviciano)0 Grupo Cast ro ó const it uido de rochas sed imetrt ares
e vulcânicas, As primeiras consistem de conglomerados e arcóseos,
com siltitos e arsilitos associados¡ totalizando mais de ?ØØm de
espessura. 0s cong I omerados são ol igomít icos ¡ corlr seixos de
ro-chas vulcânicaE em matriz arcoseana. As rochas vulcânicasr corlr
espessuras de mais de 15Ømr incluem riól it os e andesitos afanÍt
i-cos amigdal oidais porfiróides e com est rut ura fl uidal r bem conìo
ignimbritosr tufos¡ aglomerados e brechas. A seqüência sedinlentar
parece estar intercalada entre duas seqüências vulcânicas ácidasi
as seqüências andesÍt icas situam-se ncl topo do cc¡n junto. oE
sedi-mentos são imatuFOS¡ de deposicão em bacia tectonicamente at iva
acomp¿rnhada de vul can ismo.
?..e.
Rochas SecJimentarese Intrusivas
BúsicasAf I oram r ñir área r ãs rochas secl irnent ät'tlc¡ cjevon ianas
da Forrnaçãc¡ F'urnas2 aö sul¡ e as rochas sedimentares perrnianas
sofreram
int rusões dediabásio
(Ki )r
dominant emente
soba
formade dique
e
mais raramente soba
forma de"sill".
As rochassobre-p6stas e as intru..ivas
não temrelações genéticas
como
SubsruPoItararé',
enquantoas
rochas sotopostas Poderiam constituir
rochas-n¡atrizes
desta unidade, Ern conseqüênciara geologia
das unidacJeEmais
jovens queo
SubsrupoItararé
sãoaqui
c¡mitidas¡ sehdo
sct-mente
discutida a
Fc¡rmação Furnas- AscaracterÍst
icaEdesta
for-maçãoe
do SubsrupoItararé
são apreserrtadaEa seguir.
e.?.L.
Formação Furnas0 nome Furnas foi ut i1 izado por 0l iveira (Lqt? )
pa-ra c1esignar os ar(?n it os das escarPas da Serra daE FurnaE . " de
Serrinhar ânbos ncl Estado dcl Paraná. Na área de estudo esEas ro-chas afloram somente nas imediações de ItaPeva e a sudoeste' de
Ta quar i va i
A Formação Furnas consiste de arenitos
esbranquica-dos em sua quase total idader meidios a grossos, friáveisr
regula-mente seleciçrnadosr com grãos angulosos a çubangulososr cluartzo*
sos e com matriz caul ínica. Secundariamenter ocorrem Pequenas
es-peesuras cte arenitos conglomeráticoEr arenitos finos e siltitos argilososr s€rìdo estes últimos freqüentemente micáceos.
Estrati-f ícações cruzacJas p I anares e acanal adas ¡ cl e Port es e ânsul os va-riados const ituem as estruturas sedirnentares mais comuns destaE
rochas. Alám destasr encontram-se também intervalos com estrat i-ficacão f¡lano-parirlelar micro-estratificação r:ruzada e marca
on-dulada. Nos intervalos com estrati{icacão cruzada. acanalada
ob-s€t.Vârn-sLrr pot- veäes, cl epósitos residuais com clastos de argila
(Bisarella et.a'l'.r 7?66; L.anse e Petrir 79â7i $chneider et 41.¡
A espessura da Formação Furnas na borda leEte da
bacia: Estaclos de Paraná e de São Paulor não excede a ?øø metros.
Est a unidade assent a-se discordant ement e sobre
ro-chas ígneas e metamórficas do embasamento cristalino
prå-Cambria-no e seu contato superior com o Subsrupo Itararé ocorre através
de uma discordância erosiva. A leste e a sul da área estudadar seu contato superior ê concordante com a Formação Ponta Grossar
que não aflora no Estado de São Paulo.
A idade de Formação Furtrasr atribuida com base em
suas relacões eEtratigráficas com a Formação Ponta Grossao é do
Devoniano inferior.
A suíte de minerais Pesados nesta formaçãor rìã
re-sião de Ponta GroEsa e Itararér é caracterizada pela PresenGa cJe
turmalinat zircão¡ rutilor monazitar anatásio¡ estaurolitar ePi-dotor cianitar sillimanita e hornblenda (Suguio et a1.r 1'974)'
3,.e.e.
SubsrupoIt
araré0 termo Itarará foi utilizado Por 0liveira (1976> ao desmembrar a Série Tubarão de t^lhite <t9ØA) em duas seqüônciasi uma inferiorr inclrrinclo äc¡ rochas glaciais (Série Itarare)r e uma
superior r pós-s I ac ial ( SÉrie Tubarão ) '
A categoria desta unidade tetn sido muito discut ida
mas a mais aceit a para São Patrì o é a de Srrbç¡rupo r QtlP se baseia
no fato de que embora a unidade permaneça ainda indivis'ar seria
poss,ível a ident i f icaGão de un idadeE rlrenores. Assim BarboEa e
Almeida (t949), Almej.rJa- e BarboEa (1.953) e Barbosa e GomeE
(1?58), propuseram uma subdivisãcl formal para o SubsY'uPcJr
Caetano-Chang e Landim (1983) e Caetano-Chans <L984) identifica-ram diversas subunidades informais.
0 Subgrupo Itararár hä área estudadar ê
representa-do por diamictitosr arenitosr ritmitosr siltitosr lamitos e
argi-I itos (Petri e Fú1f aro t t?67; Saad t tg77 í Santosr tg7g i t^Ju et al .
t t98Øi Caetano-Chãñ9r 1984! Santosr LqBT).A espessura do
Subgru-po Itararé na parte central do Estado de São Paulo atinge !?(tgnt
em subsuperfÍcie¡ diminuindo para sul no sentido do Arco de Ponta
6roEsa (Landim e Soares t L9791 .
0s diamict itosr englobando lamitos arenoscis levemen
te corìglome.ráticos e arenitos lamíti.cos coglomeråticoE
intercala-dos com arenitos e sedimentos fj.nos alem rJe conglomeradosr
ocoF-rem dominantemente na parte inferior do Subsì-upo. 0s corpos
va-riarn em formar tendo espessuras métricas. Alguns são maciÇos¡
po-limiticos! em sua maioria são levemente acámaclosr contendo muitas
vezes lentes de arenitoE amarrotados. 0s seixos são const ituídoE
por quartzitosr 9nãj.sses¡ äì.€nitosr migmatitosr MetarenitoEr
xrs.-tosr fil itos e rochas sedimentares preexistenteE. Suas dimensões
variam cle mi I imét ricas a dec imét ricas. SeixoE est riados são rel
a.-tivamente comuns. Anát ises gränulométricas mostraram que a matriz das rochas rudáceaE é em sua maioria de composicão sÍltico-areno.-sa (Santosr L979r,
0s arenitos ¡ de cor cinza a cinza ac
granul açäo variável ; ocol.t-êrû predominant ement e nas
rior e superior do Subsrupo. Esses corpos arencleos
em forma e relacões com ãrs demais l itologias exist
dimensões. Exibem cliversaE est rut uras sedimentares
como marcas ondrrladas¡ rnãì-cã.s cle sola (molrJes de
€s¡tFatifjcaçõrs cruzird;ls clr.: portes e tipos variados
cão gradacional¡ctc.¡ e estrutrlras de{,or.nracionais p
aEt anhada¡ cotn
partes infe-variam tanto errtes como em
singenát icaE
turboglifos), r
pene-cont emporâneas
à
deposicão. Text ural ment e¡ os
arenit os
são imatu-ros a
submaturosr rarament€ maturos.0s
sed iment oE finosr
inc Iuindo
si I tit
osr
I amitos
eargi1
itos¡
ocortrBm dominantemente naspartes
médiae superior
doSubsrupo.
Apresentamdiversas estruturas
comomaciGar
laminaçãoplano-paralela e
cruzadar laminaçãorítmica¡ estrat ificacão
9ra-dacional e eEtruturag
de deformação plástica.
Cabe ainda assinalar a presenGa de carvão em
peque-na bacia isolada próxima a Burio de pequena espesgura e de reg-trito valor econômico (Cabral Jr. et al. r 19BS).
Est a unidacle aEsent a-se discordant t*u,nt e sobre o
embasamento cristalino pré-Cambriano e sobre ã Formação Furnas.
Seu contato supericrr com Formação Tatuí é- discordanter localmente t ransic ional .
A idade dest a un idade eng I otra o int erval o ao
Carbo-nÍfero superior a Permiano médio.
A suíte de minerais pesados neste Subgrupor no
Cen-tro-Leste do Estado de São Paulor caracterizada pela presenGa
de zircãor tr¡rmal inar Fut ilor granadar apat itar eEtaurol itar
rlro-nazitar muscovitar cianitar epidoto¡ t itanitar magnet ita e
ilme-nita¡ leucoxônio e lirnclnita (t^Ju¡ 19Be).
e.3. EvoluGãcl Geológica do Embasamento Cristal íno da Bacia do
Pa-ranå em Termos de Tect ôn ica Gl obal
Para o estudo da proveniônr:ia do Subgrupo Itararé
ern tertnoE de ambiente tectônicor a evolucão geológica do
embasa-mþnt o Pré -Carnbr.lan,o da Birc ia clo Parani re I ac ionada à t ect ôn ica cle
slo-bais desenvolvidos no Prtå-Cambrianor Soares ( 1988) ideal izou um
modelo para a evolucão proterozóica no contexto de margem
conti-nental do escudo leste-paranaense¡ cofn col isão arco-cont inente; no Prot erozóico méd io r e cont inent e-arco-cont inent e I no Prot
ero-zóico superior. 0s eventoE do Prclterozóico médio e suPerior em
torno do bloco Paranå e ä,s seqüôncias tectono'-sedimentares
asso-ciadas são resumidas a seguir.
Os blocoE crustais são comPoEtoE Por rochas
arquÊa-nas e eoproterozóicas gue 6e comportaram risidamente nos eventos
do Proterozóico médio e superior. 0 bl oco cont inent al Påraná
(Fi-gura ê)r com seu núcleo cratônicor foi envolvido enì colisão conr
cinco ou seis blocos cont inentais (Bol ívÍar Amazonasr Parnaibat
São Franciscor Nilo e Neokasai ) e trêE ou quatro blocos
micro-cont inentais intermediários a leste (Kalah:rri: Pelr:tasr Luís
Al-ves e EspÍrito Santo) i o reajuste em torno destes blocos
(Pelc¡-tasr LuíE Alves e EspÍrito Santo) gerclu utn sistema transcorre¡rte
compresEivo.
0 registro sedimentar do Pró-Eiluriano da Bacia tlc¡
Paranár f oi recon..t ituído em 5 seqüências tectono-scldimentâr.C5¡
cada uma representando um t ipo especial de bacia com vulcanismc.¡
assosiadcl. Cada uma destaE seqüências foi afetada Por Llrlla
tectô-nica clef ormacJora caracter jst ica de 5eu habitat geotectônico e
€.'5-táOio evolut ivo de margem cont j.nental.
A seqüônc ia I consist e de xiç,t crç;¡ gu¿ìì-t zit os r f i I i*
toE e formaGões fgrr'íferas e fflanganesifera'-; com inlrttsões gr;rnÍ-'
ticas (Grupo Setuva)r correspondente às margerrì cr:ntj.nental e
ba-cia oceån j.ca. A seqüência ? é repre!:entada por quartz j tosr
xl!;-tosr fititos e tnetacerlcários (Grupo Can¿rstra). Representa tlríì
ci-c l o do ì-egressão-t ransgressão no f rnal do Prot erozóico méd ic¡, (:om
costeiro. A seqüência 3 engloba metarenitosr fil itosr
rflÊtadiamic-t itos e metacarbonatos (grupos Açungui e São Roque). Incluem-se
aí rochas de origem marinha dominantemente terrí9enan inclusive sedimentos proglaciais. A seqüência 4 e comPosta Por tititosr carbonatoE¡ pel itoE e arenitos vermelhos (Formacão Camarinha). 0s
sedimentos são predominantemente de ambiente cont inental e
subor-dinadamente marinho. A seqüência 5 ä composta Por conglomeradosr
arenitosr silt itos arroxeados e rochirs vulcâncias cont inentais (Grupo Castr¡¡). Estes depósitos cont j.nentaiE são formados em
ba-cias falhadas t'ipo grabens.
A col isão cont inent al in ic iou-se há f35ø Ha,
Pros-seguindo com outros eventos col isionais há LØØø Mar 73Ø-BøØ l"la e
6øø Ma, refletindo progressivo {echamenfo dos oceanoe formados.
PrecetJendo e entre esses eventos¡ ocorreram fases de subsicl ância
litosféricar provocada por est iramento e separaGão cont inental
(SeqüÊncia 1) ¡colisão arco-continental (Seqüência 2) ¡ estiratnento
retro-arco (Seqüência 3) r sobrecarga I itosférica (Seqüência 4) ¡e
relaxaçäo extensional pós col isional (Seqüência 5).
A subcjuccão da margem leste do bloco Paraná sob os
micro-cont inentes Pelotas e LuÍs Alves + EEpírito Santo¡ é
indi-cacJa pel a at ivacäo dest es b I ocos e pel a acumul acão sed iment ar
na-quela margem.
Entre 7øø Ma a 5ØØ Mar desenvolve'u-5e intensa
tec-tônica tranEcorrente e magmat ismo granÍt ico tardio e
Pós-orogênr-co no Eudest e do Brasi I r produzindo um anast omosament o dos b 1 ocos
e.4.
Evol ução terior
åTectônica e Compart imentacão da Bacia do Paranå
an-IJeposicäo do Subsrupo It arare
Bacia do Paraná implantou-Ee no Eossiluriano
so-bre crosta cont inental do recém-formado cc¡nt inente Gonduânã¡
ainda ern proceËBo de resfriamento é possível Eul¡sidônciar como
resultado diretamente subsequente ao Ciclo 0rogênico Brasil iano. Tal crogtar ainda em processo de cicatrizaçãor conçrist ia de Lrm
complexo sistema de plercas e micro*placas (cinturões móveis mcly-*
ginaiçi) interpostas.0 embasamento da Bacia clo Paraná apreserìtava
então um enornìe número de zonas de fraqueza¡ concentracJas prefe*
rencialmente segundo duas direções princi.pais: N 45g ó5s t^J c
N 5Øs 7Øe Ë. A evoluGão tectono-serJimentar rla Bacia dc¡ Paraná,
principalmente Paleozóicar loi intirnamente v'elacionada às
reati-vaçõeç¡, sofridas por estes dois grupos de lineamentos. As fallraci
NtJ foram muit o at ivas durant e a deposicäcl da seqüånc ias si I uriana
e devonianar €hquarrto as falhas NE permaneceram marcantemente
pouco at ivas ( Zal an et al . r 198e ) .
Um int enEo diast rofismo ocorreu durant e o final do
Devonj.ano e o C;rrbonífero inferiorr provocando intensa erosão dos
sedimentos do Grupo Paraná (D) r fenômeno este l igado à juncão das
Placas dc¡ supercontinente Pangea. Foi somente a partiy'do Carbo*
ní{ero supêFroF¡ portantor eu€ se iniciclu o estabelecimento do
arcabouco tectônico da Bacia do Paranár com o,c¡ I imites
estrutu-rais or¿ì conhecidos (f:ul f aro et a1. r 19Be).
Enr direcão nc¡rter o pacote seclimentar do Subgrupo
Itararé adelgaÇa-.:¡e sobre urna ampla região pc¡ç,it ivar proVäVelmen..
te corY'espondente ao flanco sul cJo chamacJo Arco de Canastr-ar quo
delj.mitari.a as margens nordeste e norte da Bacia do Paraná
0 mesmo tambem ocorreu na região ocupada pelo atual
Arco de Ponta Grossa eü€r provavelmenter se comportou como uma
área alta marginal r como resultado de movimentações diferenciais ocorridas ao longo de falhas alinhadas segundo a direcão
noroeË-te. A atuação conjunta destes elementos tectônicosr cclm crutros
I ineament os de d irecãcl nordest e r det erminou t ambÉ'm o desenvc¡l vi-ment o de est rut uras de carát er negat ivo como r por exemp 1 o r duas áreas mais subsident es desenvol vidas nas reg iões nort e e sul
3.
HÉTODOS NE ESTUDO3.1. Trabalhos de CamPo
3.
t.1.
Descricão das secçõesAs mel hores secções a{l orant es na área de est udt¡
estão localizadas nas rodovias SP-PSB e SP-e49r na porião Sulre
Buri-Angatuba: na porção nordeste. 0s dadoE obt idos nesses aflora
ment os foram cofnp 1 ement ados com observações de Pont os isol ados e
pequenas secGões afl orant es em est radas vicrnars.
0 levantamento dos afÌoramentos e secçõeE foi
rea-I izado cle manei.ra sistemát ica através da descricão sed
j.mentológi-ca det a'l hacla daE d i f erent eE I it of ac ieE f ormadoras r at endo-se às
caracterit icas texturaisr mineralósicas, de estruturas
sedimenta-res primárias e deformacionaisr cle forma e de espessura dos cor-pos rochosos e as suas relações de contato e às feicões de
bio-turbação.
3. I .
a.
Amost ragemAs amost ras col et adas na área est uclada comPreendeln
principalmente arerìitos e arenitos lamÍt icoE liseiramente
conglr:--merát icos e maiE raramente lamitcls arenosos. 0 t ipcl de amoEtragÉíl
efetrradn foi a pontual"
Devi.do acJ j.ntenso int¿:mperisrno atuante Eob as ccJn-'
ctimáticaE r-ei.nantcs na árear alquns cuitlacJos minimos fo*
ram necessárias durant e a amost ragern das rochas afl orant eE.
As-sim: as porGões superficiais da rochar intensamente I ixiviadas
Por ásuas de chuva e/ou modifÍcadas por bioturbação atual r foram
descartadas. No entantor todo material coletado apresenta algum
grau de t el odiasênese,
Foram coletadas LØ6 amostras pontuaisr cujaE loca-.
lizacõeE estão representadas na Fisura 1 e na Tabela I.
Além clisso¡ cofìl o ob jet ivo de levantar mais
in{or-mações sobre os minerais pesados componentes das rochas--matrizes¡
coletou-se aleatoriamene cinco arnostraE de seixos oriundas de dia
mict
itos
1).
inc 1 uindo vários t ipos de rochas ( Fisura I e Tabel a
A amoEt ragem I evada a e{eit o t eve como final idade
ot:ter material para estudo tanto dos nrinerais leves como tJos
mi-nerais pesados do., arenitos do St.rbsrupo Itararé.
3.e.
Preparacão de A¡nostras no Laboratório3.e.1. Minerais
levesCorn rel ação às I âminas del sadas r devida à friabi-I idade daE amostras coletadasr pstas t iveram que ser im¡r¡sgnadas com resina enrJurecedora anteriormente à cc¡nfecção rJas't ârnin¿ls"
As amoEtras foram previamente cortadas¡ tem peque*
nos Paralelepípedos cJe 4l(3x?cm e pos¡tcriormente submet idas à
se-cagem em erEt uf a a 4ØsC. Em seguida r f oram im¡-r¡sgnaclas corn resina
3.e.e.
Minerais PesadosAs amostras foram desagregadas manualmente ou com
auxílio de almofariz e pistilo e
quarteadas-Após a deEagregação e quart eament c-¡ r amost ras de
Løø gramas em peso foram lavadas em peneira com abertura de
ØtØ6?nn visando à eliminação das fracões síttica e arsilosa.
lou-teriormente à spcã9€rlr: as amostras foram peneiradas a fim de se
separar a fracão Øtt?5 - Ø¡Øó?mm (areia muito fina) r escolhida
para o estudo mineralósico. A ut il izacão deEsa fracão deve-se a
que: a) a corrlparaGão entre amostras de mj.nerais pesados de've ser
feita utilizando-se urna mesma fracão grantrlométricai b) a
maj.o-rj.a dos mineraiE pesados ocorrem na fração de areia muÍto finai c) todaE as amostras coletadas possuem a fracão de areia muito
fina¡ €rìc¡uantor muitas VÊZ€s¡ nao apreEentam as fraq: ões mais g r055aÊ .
A separação entre a fração leve e a pesada foi efetuada em funis apropriado.'¡ utilizando-se bromofórrnio (peso
especÍfico em torno de er85).
A última operaçãor que consj.ste nä montagem clos
minerais em lâmihäs¡ foi realizada utitizandc¡-se bálEanro de
Cana-dá de Índice de refrâcão n= I r54.
3,3. DetermÍnacão dos Minerais e Feicões Morfoscópica.s
NoE estudo dos minerais levesr loram ident ificados e contados LøØ gr'ãos pcrr-1,ïmin:l clelgadar tendo sido verif icadas
as caracterist icas da rnatriz e dcl cimento. Ern spg¡uiclar f oram
arredondamentor seguido de cálculo do grau de seleGão: da maturÍ-dade textural e do Índice de maturimaturÍ-dade mineralósica. A contasem
de gräos de arcabÕuGo foi realizada pela técnica de
Gazzi-Dic-k inson r (Gazei r L966 i Dick inson t I97Øl t que será discut irJa em det a
the posteric¡rmente.
No caso dos mineraiE [¡esadoE r f oram eç,t udacJaE as
caract erÍst icas minerai ós icas e cont acios no mín rmo 7Øø grãoE por
amost ra. Após a cont agern foi real izada uma varredura comp I et a na
1âminar com o objetivo de se verificar minerais mais raros. Para,
al gurnas amost ras em que apãl-eceram dúvidas na ident i f iiacão dos
mineraisr ,u5 ínclices de refracão dos rTresmos foram determinados
pelo método da j.mersão. Além da determinação doç mineraisr foi feita uma anál ise morfoscópica clo arredondamento e do hábito criEtal i.no dos me5mosr tendo sicto calculados os incJi.ceE de
matu-ridade mineralósica.
3.4. Escala de Abundância dos Minerais
0s primeiroE pesquisadores no assunt o I imit aram-se
a organÍzar t abel as de ordernr de abuncJânc ia doE minerais usancJo
termos descritiVos¡ tais como predomtnante¡ t-ât-o¡ abuncJanteretc
(Krumbein e Pettijc¡lrnr 1938). Outros (Boswellr 19e3; MiirìBFr tg6e
)estabeleceram escalas de abundåncia arranjando os termos
descri-tivoE e escalas numéiicas em seqiiôr¡cia de crescente raricJade ou abuntlånc ia. Evans et al . r ( 1933 ) usaram uma sórie compost a por
números de f reqüenc ia que f ornece ririla rel ação I clgarít mica da f
re-quðncia real obtirJa pela contagem. l*lu (19U1), mr:di{rcando essas
Termos
Ul t
ra
predominant ePredominant e
Muito Abundante
Abundant e
Muit
o
freqüent eFreqüente
Esc asso
Muito escasso
Raro Trac o
Porcent agem
4Ø-Bø
eØ- 4ø
tø-eØ 5- 1ø
3-5 e-3
L_?
Ør5-1
4.
ANríLISE MINERALcí6ICAAs rochaE arenosas do Subsrupo Itararé estudadas
neste trabatho consiEtem de arenitosr âr-€r'ritos lamít icos e areni-tcls 1¿rrnít Ícos I igeiramete conglomerát icos (diamict itos) eue¡
ser-gundo a classÍficacäo textural de Folk ( 1?óB) r podem ser
claEEi-ficadas genericamente como arenitos.
4. I . Minera is Leves
0s arenitoE do Subsrupo Itararórna árear são em
9rj-ral friáveisr mostrando granulometria variávelr e cclres acin::r:n-'
tadas e avermelhadas. Os componentes principais dos arenitoçi ç;är:
qtrartzor feldspato e fragr¡entos de rochas. A matriz é
dominante:-mente caulinÍtica e micácea (muscovita e biotita finas)r corTr
quant icJade considerávet de quarteo e felrJrrpãto na granulometr j.a
de silte, 0 cimentor emtrora em pequena quant idader é
princir,al-ntente ferruginoso e suborcJinadamente siticoso. 0 tamanlro médior a
seleGão, o arredondamento¡ a maturicJade textural r a maturid¡rcl e
mineralósj.ca e o nome das rochas Eão apresentados na tabela e. A
descricão é ãpFC-crer"rtado a seguiri
0uartzo d o componente
arerìitos¡ mui
são e superf íc ie":, côncavas
dário ao rr:clor cJe um núc i
cornum a deposição de unta
de ferro que faz parte dcr
mineralógico ultra. f'rredominante dos t as vezes apresent;rndo in íc j.o de
corro-ou serrilhadas. CI recrescimr:nto secrrn-r:io de qu¿lrtzo detr¡1 t ico e escir-Ssorse ncl cl
f rna película de óxidoE e/au hidróxirJo:;
identj.ficarJaE duas variedadesl quartzo monocriEtalino e quartzcr
policristalinor incluindo metaquartzito e sÍlex (Fotos 3 e 1ó).
F el dspat o Representado pÕr fígldspato potássico e
plasioclá-gio, apr-s:senta ern geral tamanho módio equi.v¿rlente
do quartz.cl. ConsiEte geralmente de ortoclásio¡ microcl inio e pl
gioclá.sir: alcal incl¡ intemperizados parcialnrente e alterados ili.ta e caulínita (Fotos 5r tl e g).
ao
d-em
Fragrnen t cls
de rochas Inc I uindo gnaisse.- I
diment ¿'¡r'es (como
r-ochas igneas basicaE
fragmentos de rochas rnet;lmrirficas (como
xiEt os ¡ fi I it oE e ardósias ) r rochas
se-arenitc¡g, muito fino-,r siltitoE e lamitos) e
(Fotos LØ a 18).
Mica 0s grandes fragmerrtos (>?.Ø oticra) são principalmen-t e de ffiu'!-¡covit a e b iot it a r concr:nt rados no.-ì aren it os f inos a muit c¡ f inos " Esses f ragrnent os são angu'l osos ¡ corn f ormaç
al ongadas r à:; vezes curvadaç.
üimento Cc¡nEistc PredominËrnt¿rÍnentfr de 1 imonita e/au
lrenratil-ar com poLrca sílica pr-orJc-¡mina.ntemente
que pr-eenclìe parcjalnrente os espaCcls vazios entre os grãos
Fee¡ (Foto 4).
anlor f ;r
rnaio-Hatriz ConEt it uÍda por arg i 1 o-minerais r quart zo e fel dspa-to.0s minerais de argila são principalmente micáceos
e
caulinít icos.
Grãcls detrít icos e
argi 1o-minerais microcrist
ali-nos de origenr diagenét
ica
são igualmente encontra.doE (Foto:,1ee).
Segundo o esquema de Folk (L964), os arenitos do
Subsrupo Itararé da áre¡r estudada podem ser classifjcados
princi-palmente corno subarcó$eosr srJbordinadamente como quartzo-arellitos
e rirratnente como sublitarenitoç, ('Iabela e),
4.e.
Minerai.s P.esados0s minerais pesados ident i {icados nas' amost ras, de
rochas seclj.mentay-eE rJo Subsrupo Itarar'é-r¡ão: zircãor turmalinar
rut ilor granacl a¡ apat itar est¿rnrol itar rnonazita: rnuscovita¡ cia-nitar epidc¡tor bir.ltitar sillimärcia-nitar m¡rgnetita e ilmerritar leuco-xânio e limorrita. A Tabela 3 mostra o conteúdo percrrntual cJe
r¡i-nerais pesados em arenitos e em alguns. lanr itos arenosos deste
Subsrupo. 0 arredondarnentos e o håbitos cristal ino dos minerais são represent aclos na Tabel a 4.
A deEcricão mi.ner;rlósicar c¡r'denada por estabit idade
mÍneralógica rlecrescente¡ e a seguinte!
¿1rcat) Miner-al ultra predomj.nante a murto freqüenter
apresentando-se incolc¡r e raramente com cor púrpura.
0s çlrãos são donrin¿rnt ement e sut¡angul osos a subarrecl ondacl os e su-.
bnr-cl irradamente btzm arrc-rrJr:nd;¡.<los; a arredondi:dos r comtrmente
prignra-t icor'r âlongadoç; e el Ípt j.cos. Grãcls euórJr j.cos sño corì1ur'ìsr cclm ou
sem z.oneamentcl . Muitos grãos contem irrclu:,ões orientadas ou nãrr,
sólicJaE ou fluic.l¡rsr pÕr vpzp,j rnoEtram m?ìrca:; de corroEão (Fotc¡s
Turmali.na d um constituinte que varia de mtrito abundante a
escasso. Baseacjo na cor-r seus 9rãos podem ser
dividi-dos em quatro variedades! castanho-amârelada a castanho-Êscul-âr
rosa-acastanhadar ãzu1-verde acastanhada e a;:ul a azul-pá1 ida" A
turmalina castanho-amarelada a castanho*escura é donrinante em to-das as local idades amostradas cleEte SubgFUpctr ã azul a
azul-pá1i-da â comumr enquarìto aE outras variecladesr cujas freqüônciaE são
baixas¡ estão pres,entes en algumi¡çi amogtras. CIs 9rãos Eão
suban.-gulosos a subärredondados e subordinacJamente arreclclnd:rcJc¡s; a bem
arredondacJosr cclm {ormas îr'agmentad¡rçr t)rir,;nr;rticas e rn¿ìts
rat-a--mr:nte ovaladas. 0E cristaj.s apreserntanr rarûs inclusões eFparsâg
cJe pontoc, clpacos ou bolh¡i:, e 1âminas incolr:lrr¿:;y s€h(lo clue algurrs
mostram fraturamento serril[rado e nrarcas de corro.¡ãrt (Fotos ?t t:
ee.)
Rut ilo Conçt ituinte muito at¡uncJante a escasso¡
aprÊ¡sentan-do cor vermr:ltra com borda escura. 0s grãos exibem
forrnas prismåti.cas com terminações pi.ramidaisr alongacli.rs e*
equi'-dimension¡ris são em geral subangulorios a strtla.rredondacl r-lsr cclm
bc)rdas sjerrilhadaç; el geminação em jor.:llror cclm ou scm estrias
lon-situdinaiE e oblíquas (Foto e3),
Granada Compont:nte traço a predomi.nante em :¡lgurnas amos-t ra:;. Os grãos são su[:angul osos a subarredoncl acJos r
marcador, por ft'atura corìchoid:ll p paclrões superFicjais
retangul¿l-res e reticulaclcls, São dorninantemente incolor-cç,r r¿rr¡rm¿rnte mos*
tranclo cor tnarr.om*(rç;verdeadar rar¿rmelrte com rnclus,ões (f:cltos e:j e
Apatita Mineral t raço em poucas amost
redondados a subangul osos.
ra9. 0s srãos são
ar-Apresent am inclu:;ões
comor sinal de al ongament o e
sua rápida ident ificação
(Fo-na m¡*ioria d¿rs ¿rmclst ì.äs 1
alto relevcr. Apres-,e,nta-sp
d11-a es{'crico ([:otr¡ e8).
E:'taur-olita Constituj.nte traço a frerguente em algunr;¡(ji arìrostraEr
corn cor amarelo-¡ráì ida Ll .rrnarelo-ouro. 0s gr-lío..; sãcr
angulosos e sub¿ingJulo:;crs1 t[âr-cados por fraturas; subcc¡ntlroj.cJais.
Aìs,uns mostr-am fraturanlcnto sL?t^rrllrarlc¡ rnprito car¡ìcterísticc¡, AE
inclusões são nufiterosiìs (Foto ?.'Z).
orientadas e caractcrist icas tais birrefrinsância baixa¡ gue perrnitem
to 7.4).
Mon¡rzita Mineral tr;rço a escasso
most rancJo c c:r amarc I a e
minantenlente arredonclaclo e clreganrJo
Mu:-covit¿r Em geralo e um mineral traÇ.cl a muito L'<_,C.itsrio¡ mas
muito abuntlante r'ìa arnost.r'a ó:lA. Seurs gr'îic¡s são tirl¡u-lare':sr ãllgulclsos a arredcrndndoçr caracterizados FClr relevo baixo¡
cor de interferåncia cinea-'esverdeacJer e figura biaxial ne!lativa
(Fcrto ?9).
Ci¿rnrta conç'titui'te traço a muito pr,(-õ-rseo¡ ocorr*ntJo
ç;crmerrte: ptn poucas afirostraç. setrs gr-ãos são illcolor.esr
suhanguJ oçios, a Eu.[:at-t"edclndilclos ¡ lnâì"c;¡rlcls pc)r f igur;ls
controlarJ;rs pelir cljv¿rur,lrn ([:oto 3ø).
alonçJadc¡:;r
Epidot o Minerais t ra6os a raroçi em poucas amost ras. 0s grãos
são Etrtrangu I osos a arredondacJos r sempre em t onal
ida-des verde-amareladas¡ pleocróicaE; (Foto 31 ).
Biotita
Miner¿rl traço ¿ì raro ern ¿ilgum¿rs iìmostra'-'. 0s grãc¡ssão de cör rnarrorrrr st.tbanqulrl-"og ä arredc¡trrJadc¡s (Foto
3e).
Silli.nranit
gu I clsos r
paraiclas
a Cotrstituinte tracor ocorrenr.io sclntunte etfl algtlmas
amos,tràs. Os. grãos säo alonç¡a.rJos e angtlloEo:¡ a sul.:an*
j.nc"oloresr rì12ìrc¿rdos por particão Jotrgitudj.nal e estrias ao comprimento,
Magr¡et ita e
Ilmenita Mj.neraiE op¿rcoçi abundantes a pì'eclclrninates. A
maior j.a dos gr ãoE são subarredr:ndadcls ¡r subangul
o-5clgr corn lrábito cristalino anerJrj.cor ,jubd:drico e
euir-dricc¡. Normalmente a magnetita aparece incv-r-tstacJa por linronitar
sendo identj.'fic¡¡da por sLra forma cristalinar erìqu¡rntc.l a i.lmenj.t;r
Leucoxêr,io Mineral precJominante a ultra Predc¡minante.0s grãos
são agregados microcrist al inos r br¿rncos a
branco-amarronzadoE em luz reflet idar subanguloEos a arredondados. A
maioria clcrs grãos altera-se para anatásio que PosEui formas
cri'i-tal inaE euódricas e subé¿ricã.c-i¡ com tatnanhos v;rr iáveis (f:otoçi 33
e 34).
Limonita
mel ho-arnarr
1'raç-o a freqüente na maiori¿r das amostras. APreGerì-'
ta grão:; sgbangulCrs11E a arredoncJados: marrOIìrl a Ver-'
5.
FACIOLOGIA E INTERPRËTAOAO PALEOAMBIENI'ALA área de estucjo (Figura 1) não aprr:sent a uma boa
distribuÍcão esPacial dos afloramentos para uma anál ise de facies
adequada.
A porção sul ([:ase do Subgrupcl Itararé) apresenta [roas exposic¿jc5 ao l ongo daE roclovias sp-i]5u e sp*e,1cl r pcrmit incJo
uma avaliacão adequada da faciolclgia nesta porcão. A por.ção
cen-t ral apresent a Poucos pont os afI orament os. A trorçäo nor* e ( t opo
do Subgrupo Itararó) exj.be aflor-amentos iEoladosr alóm de uma curt a secção ao I on$o cla rorJovia que l iga Buri a Angat ut¡a r onde
oct:trrem bonE af I orarnent cls.
Dessa f clrmir r âpenas para
( super-ior e in f erior ) cla área f cli. rea I i
e pal ec,¡arnb ient al das roch¿¡s sed iment ares
as porç ões nclrt e e :i,u l
zado o est udo fac iol ós ico
do Subgrupo Itararé.
5.1.
Dr-:scricão das Fac iesO I evant ament o de
prj.ncipais na parte
part e supet-ior, gen
calnpo perrnit iu a dist incão
inferior do Srrbgrut)o Itararé
do designatJas por FI a Fle.
de
e
seis facies outras seis nä
5. 1.1" F!art e in f er-ior
A facies fl occJrre em toda a ç;eccão ba::¡l r serrcJo ¿r sua Ê5pt':!i5ura estimada em cerca tJe 4Ø metros. É constituicJa
restratificados com silti,tos e arenitos linos à médioso levemente
lamíticcls. Podem apresentar laminações plano-Paralelaç e
cruza-das. Loca'lmenter porómr flostram-se delormados por escorregamentos
associados a diapj.rismo e sobrecarga de corpos de arenitos fitros a médj.osr regularmente selecj.onaclosr levemente lamitj.cos a limpos
(Figura 4 e Fotr: 35) (Amostras: BB, l3¡ 15 e 5ó) " Localnrentr'r
ocorrem lamitoç levemente aì-enosose coffl grânulos e ssrixos linos
(AmostraE: 58 e 6Ør,
A f ac ieE f:'e ocorre apenas a I est e na área ( proxirní*
dades de Taquarivaí). Seu contato com a facies Fl não foi
encon-tracJo em a{'loramerìtosr o que irnpossibititou uÍíra ¿rvaliacão cclrreta
desta passagem. Esta facies é compo.sta por arenitos finos a
mt-:--dios¡ r'cigLrlarmenta selecionac.los (Amr-¡ç,trå: ó34) r com estrat if
ica-ções p I an{.1-paral el as a cruzirdas de baixo ârrgul o e méd io a granrJe
porte¡ ño geral incipientes;. Localmente exj.bem corpos metri.cos;3
acunhadoçr de conglomerados com matriz areno-lamit ica (Amostr¡r
ó3C)¡ corn seixos centimÉtricosr polimíticos (quartzitosr xistosr
fi l it os r gran it oç, fel dspat os ) r subarredclndados a arredondados r
em geral facetados. Numa situaçäcl de granodecrêEcencia
as'cenden-ter os arenitos pasEam acima para intercal¿rções de arenitos fino-.
e {inos a muito finoE (Amostra 64\t exibindo estratificaçõeE pla-'
no-paralelas e larninaGões cruzadasr passã,nclo a intercalações cle
arenitos muito f inöc a f inos, e E,ilt itos (Amostrasa 4ø^r ó54 e
óóA) com laminaGõc:s cruzadasr localmente rJo tipo "clinrbing
rip-Ple-drift" (Fisura 5). Abaixc¡ dessr¡s rÕchaE ocorrem arenitos
mé-dios e1 subordina.d¡i¡lrente arerìitos grossos, de eieJeção regular¡ com
estrat if ic¡ção cruz¡¡da de pequeng a rnedio porte (Amostras: 55,
?¡rA P
Il).
'[aquari-vai. Ê composta por rochãE imaturas,¡ cortt amPlâ variaGão granulo-métrica e alta porcentasem de matriz (diamict itos) ¡ Podendo 5er
classi{icadas como arenitos muito finosr Predominantemente¡
muito grossosr corTl matriz lamÍt ica vari:rndo entre L5% e 5ç)'l (Amostr-aE: 48¡Ct 41Ar ó5U e BØD) com grânulos e seixos centimétri*
co5: raramente cJecirnetricosr Btfr porcentagenE em ger'-cÀl inferiores
a tØ%t pcllimíticr:s (qurarteitosr granitosr filitosr rll€tabasitoE)r
subangulosoE a subarreclond¡rdosr por vezes estriados o f¿lcetaclr:E
(Fisura ó.), Essets dj.arnj.ctitos se apresenti¡rn maciÇosr
inciPier¡te-mentÊÌ acamacl osr localmentc.: mostrando feicôe$ de cl efot-rrl aGão.
A passagem da faciesi F? Para F::l é em geral eroEivar
podenc'lo aPresentar intercalações clecirnétricas de confllontt:rados rJc mat ri z arenos,a-'l amít ica r cÕrìt endc¡ seixos cent irnét ricos suf:angul
o-sos a Eubarrecl ondados r f acet adc.ls em grande part € r pol imít icr:¡s
(quartei.tosr quartzo¡ granitcls¡ filitos)r cLlrïr arenj.tos 9roE5o5 a
finosr rpgular ¡t mal Eelecionados (Amostra 8øAe) r portando estra-tificaç: ões cru;:acJag tabulares de pequeno a md:dio porter cclm
are--nitos finos e muito finos e silt ítos com laminaGões cruzadas e
com iârenitcls corrglclmeråt icr-rs (Amostra 66nL) . l.loutros lclcais est ¿t
paesagtem e trarrsicional atravrås de ir¡tercal;rGõeE de¿:irndttricas
en--tre arenitos linoE e muito fj.nos iamiticoçrr pEtratj.ficados inci-pientementer arenitos finos: lamít icoso levenrente conglomerát icos
(diamicti.tos) e arenitos máclios¡ lamíticos (Figur;r ó)"
A facies F4 ocorre sc¡brepost¡r à facies F3 (Figtrra
ó). ei conrpoEta¡ [ìä baser por areni.tos finos a médios portando
cs-tratific;rçôes cruzaclas; de r¡édio por-te¡ intercalando'-Ee c.om ¿rreni-'
tos mód j.os a gro$sosr lamít ico:;r com eEtrirt if icaç: õe:: cruzacJ;¡s
planÐì-€.r's¡ (Amostrir BØE). [isses arenitos passarn aci¡na paï'a arenitos
muito'l'jnos em intercalaçâjes decirnritricas ccirn siltito.- (/rmostrirs!