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PREPARAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2004: ENQUADRAMENTO JURÍDICO E INSTITUCIONAL

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Circular

Série A N.º 1302

A TODOS OS DEPARTAMENTOS DO ESTADO SE COMUNICA:

ASSUNTO: Orçamento do Estado para 2004

INSTRUÇÕES: De harmonia com o despacho de Sua Excelência o Secretário de Estado do Orçamento, desta data, transmite-se o seguinte:

ORÇAMENTO DO ESTADO

I

PREPARAÇÃO DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2004: ENQUADRAMENTO JURÍDICO E INSTITUCIONAL

1. - A preparação do Orçamento do Estado para 2004 manter-se-á na linha de rumo do

ano anterior, de consolidação das finanças públicas e de imposição de limites à taxa de crescimento da despesa pública, na observância do princípio da solidariedade institucional entre os subsectores que compõem o Sector Público Administrativo.

2. – Por outro lado, em matéria de enquadramento jurídico orçamental, dar-se-á, na

elaboração do Orçamento do Estado para 2004, cumprimento gradual ao regime da orçamentação por programas previsto na lei de enquadramento orçamental, segundo o qual “as despesas inscritas nos orçamentos que integram o Orçamento do Estado

(2)

podem estruturar-se, no todo ou em parte, por programas” (1). Ainda que 2004 constitua o ano de arranque da estruturação, parcial, do Orçamento do Estado por programas, estão lançadas as bases para uma efectiva gestão dos recursos públicos por objectivos, promovendo-se, desta forma, a qualidade da despesa pública numa base plurianual. Com efeito, constitui condição prévia para a aprovação de cada programa a definição, por um lado, da correspondente calendarização financeira e, por outro lado, de indicadores claros e precisos em função dos quais será avaliada, através do acompanhamento da execução orçamental, a eficácia, eficiência e economia associadas à sua prossecução, estando criadas as condições para a reafectação de recursos públicos, em termos plurianuais, entre despesas orçamentais em função dos objectivos estabelecidos.

3 – Na prossecução de uma melhor definição e caracterização das funções do Estado, é solicitado aos serviços e organismos que, na elaboração do orçamento por actividades, adoptem designações que se adequem à missão consagrada e traduzam as modalidades de prestação que desenvolvem.

II

ORGÂNICA COMUM DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL

1. – Visando alargar a toda a Administração Central o princípio da especificação

contemplado na lei de enquadramento orçamental, será definida uma orgânica comum

para toda a Administração Central, utilizando-se, para o efeito, a estrutura

“Ministério, Secretaria de Estado, Capítulo, Divisão e Subdivisão”. Os códigos a atribuir à “Secretaria de Estado” são os seguintes:

No caso dos serviços integrados:

- Código 0 para a parte do orçamento de funcionamento dos serviços integrados, (incluindo a transferência do OE para os fundos e serviços autónomos) com excepção dos capítulos 60 e 70 do Ministério das Finanças;

- Código 9 para os casos específicos dos capítulos 50, 60 e 70 do Orçamento do Estado.

No caso dos serviços e fundos autónomos:

- Código 1 para o orçamento de funcionamento; - Código 8 para o orçamento de PIDDAC.

1 N.º 1 do artigo 15.º da lei de enquadramento orçamental (Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto, alterada e

republicada pela Lei Orgânica n.º 2/2002, de 28 de Agosto e com as alterações introduzidas pela Lei n.º 23/2003, de 2 de Julho).

(3)

2. - As especificidades da actual orgânica dos serviços e fundos autónomos (como é o

caso da “área” ou de se tratar, ou não, de “Empresa Pública” para efeitos de Contas Nacionais) serão identificadas através de atributos próprios.

III

ORÇAMENTAÇÃO POR PROGRAMAS

1. – A orçamentação por programas é enquadrada juridicamente pela lei de

enquadramento orçamental (artigos 15.º a 17.º) e regulamentada pelo Decreto-Lei

n.º 131/2003, de 28 de Junho (2), consistindo um programa orçamental em “despesas

correspondentes a um conjunto de medidas (...) de carácter plurianual que concorrem, de forma articulada e complementar, para a concretização de um ou vários objectivos específicos, relativos a uma ou mais políticas públicas”.

2. – O programa orçamental pode envolver dotações orçamentais dos orçamentos de

funcionamento e de PIDDAC e é caracterizado pelos seguintes aspectos:

• A natureza plurianual, que envolve a calendarização financeira para o período

necessário à sua prossecução;

A desagregação em uma ou várias medidas;

As medidas incluem apenas:

- Projecto(s), caso estejam relacionadas com o PIDDAC;

- Actividade(s), quando para a sua concretização estiverem em causa

verbas dos orçamentos de funcionamento.

A cada programa deve estar associada uma única classificação funcional.

3. – Considerando que, no âmbito da preparação do PIDDAC para 2004, foram emitidas

orientações pelo Departamento de Prospectiva e Planeamento para as medidas e projectos de investimento público, a presente Circular visa dar instruções relativamente aos programas que contenham medidas que envolvam dotações orçamentais dos

orçamentos de funcionamento.

4. – Em 2004, os programas que incluirão medidas (eventualmente desagregadas em

uma ou mais ou actividades) do orçamento de funcionamento, são os seguintes:

2 Estabelece as regras relativas à definição dos programas e medidas a inscrever no Orçamento do Estado

e das respectivas estruturas, assim como à sua especificação nos mapas orçamentais e ao acompanhamento da sua execução, no desenvolvimento do artigo 18.º da Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto.

(4)

5. - Deverá haver a necessária articulação entre os ministérios coordenadores de cada

programa orçamental aprovado para 2004 e os ministérios executores, por forma a definir as medidas que o integrarão, as respectivas designações e códigos.

6. – Para efeitos de elaboração do mapa XVI “Despesas correspondentes a

programas”, os ministérios coordenadores dos respectivos programas orçamentais,

sempre que esteja em causa a programação financeira plurianual na sua componente de funcionamento, deverão enviar a ficha IV anexa à presente circular, designadamente, a despesa programada para os anos de 2004 a 2007 e seguintes.

Constituindo, como referido, o propósito essencial da orçamentação por programas a realização, de forma articulada e complementar, de despesas de carácter plurianual visando a “concretização de um ou vários objectivos específicos, relativos a uma ou

mais políticas públicas” (artigo 16.º da lei de enquadramento orçamental), deverão ser

evidenciados indicadores que permitam avaliar a sua economia, eficiência e eficácia.

7. – O Orçamento do Estado para 2004, na parte relativa ao funcionamento, continuará a

ser estruturado por actividades, em moldes semelhantes a anos anteriores, não sendo conveniente cada organismo orçamentar um número de actividades superior a 6. Deverão, no entanto, os serviços executores de programas orçamentais atender a que tal estrutura deve contemplar as actividades respeitantes a medidas que concorram para a execução de um programa orçamental.

IV

MEDIDAS DE CONTENÇÃO DA DESPESA APLICÁVEIS A 2004

No âmbito da prossecução do objectivo de consolidação orçamental, impõe-se proceder à concretização de directrizes que consubstanciem, em sede própria de elaboração dos

Programas Orçamentais Classificação funcional

Ministérios Executores

Ministério Coordenador P1 - Sociedade de Informação - Competitividade e Coesão Social através da

promoção do acesso à informação e partilha do conhecimento. 1.1.0 Horizontal EGE

P2 - Governo Electrónico - Qualidade e Eficiência dos Serviços Públicos. 1.1.0 Horizontal EGE

P5 - Cooperação Portuguesa no Estrangeiro 1.1.0 Horizontal MNE

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projectos de orçamento para 2004, a contenção da despesa dos serviços da administração central. As medidas serão, de seguida, sistematizadas.

1. - De aplicação aos serviços integrados:

• Inscrição nos projectos de orçamento para 2004 por um valor não superior à

cobrança efectiva de 2002 das dotações orçamentais relativas a despesa coberta por receitas consignadas, sem prejuízo da abertura de créditos especiais durante o ano económico de 2004 (nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 2.º e da alínea e) do n.º 2 do artigo 3.º do Decreto-Lei n.º 71/95, de 15 de Abril) no caso de se verificar um melhor nível de cobrança das receitas consignadas.

2. - De aplicação aos serviços e fundos autónomos:

• Orçamentação, em sede de preparação dos projectos dos orçamentos privativos

para 2004, de um valor global de despesa não superior ao do orçamento

inicial para 2003, excluindo, para efeitos de aplicação do limite de crescimento

da despesa, as remunerações certas e permanentes (subagrupamento de classificação económica de despesa com o código 01.01.00), bem como as despesas directamente relacionadas com a aplicação dos fundos comunitários. Deverão, igualmente, ser expurgados os activos e passivos financeiros.

3. - De aplicação comum a todos os serviços da administração central:

• Não poderão ser inscritas dotações orçamentais que se destinem à aquisição de

material de transporte (rubrica de classificação económica da despesa com o código 07.01.06), com excepção das que se relacionem com a aquisição de ambulâncias, veículos destinados a assistência médica, às forças e serviços de segurança e afectos ao Serviço Nacional de Bombeiros e Protecção Civil.

• Não se procederá à orçamentação de verbas destinadas à aquisição de edifícios,

à excepção dos que se insiram na concretização de projectos de investimento público.

• Não é permitida a realização de novos contratos de arrendamento de instalações,

pelo que não poderão ser orçamentados em 2004, encargos com locação que não correspondam a contratos celebrados anteriormente.

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V

PROCEDIMENTOS ESPECÍFICOS A OBSERVAR NA ELABORAÇÃO DOS PROJECTOS DE ORÇAMENTO PARA 2004

Considerando que os projectos de orçamento dos serviços e organismos consubstanciam a orçamentação dos recursos necessários ao desenvolvimento das actividades e objectivos estabelecidos no respectivo Plano de actividades para 2004, nos termos do n.º 2 do artigo 1.º do Decreto-Lei n.º 183/96, de 27 de Setembro, os mesmos deverão ser fundamentados, se possível, com o envio do referido Plano de actividades.

1. - Orçamentação por actividades

Os serviços e organismos deverão elaborar a proposta de orçamento por actividades, adoptando designação correspondente às modalidades de prestação específicas da área a que respeitam, de acordo com a listagem constante do Anexo III. Assim, os serviços deverão indicar as suas actividades, seleccionando, de entre as áreas indicadas, as que exercem numa das seguintes modalidades: apoio, regulação e/ou controlo, produção, gestão e investigação.

Exemplos:

- Apoio à produção de artes plásticas e visuais;

- Regulação do combate ao ruído;

- Controlo de resíduos e substâncias perigosas;

- Investigação e vigilância criminal; - Produção na indústria militar;

- Produção de dados e estatísticas;

- Gestão de edifícios;

- ...

Tendo em conta as instruções emitidas nas circulares de preparação do Orçamento do Estado de anos anteriores, e independentemente dos procedimentos específicos aplicáveis à orçamentação por programas, deverão os serviços apresentar, para efeitos de organização e sistematização da contabilidade analítica, indicadores de gestão orçamental, designadamente indicadores de meios (humanos e de equipamento) e de realização.

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2. - Orçamentação das despesas com o pessoal

2.1. – Todos os serviços da Administração Central, deverão proceder à orçamentação

das despesas com o pessoal para 2004 em observância das medidas de restrição das

admissões na Administração Pública (3), de que se destaca o condicionamento da

abertura ou prossecução de concursos internos, de ingresso ou acesso, bem como a sua adequada cabimentação orçamental, no âmbito do plafond atribuído para 2004.

2.2. – O Anexo I da presente Circular relativo aos efectivos reais existentes em 31 de

Julho, deverá ser preenchido tendo como referência os valores das escalas indiciárias em vigor a 31 de Julho de 2003. Relativamente ao pessoal militar além do quadro, deverá o mesmo ser discriminado pelos respectivos regimes (Serviço Efectivo Normal, Regime de Contrato e Regime de Voluntariado).

2.3. - No Anexo I, para além do pessoal dos quadros, terão os organismos de incluir,

também, em destacado e a totalizar separadamente daquele, mas dele fazendo parte integrante, todo o restante pessoal, atentas as restrições emanadas da Resolução do Conselho de Ministros n.º 97/2002, de 18 de Maio.

2.4. - Os instrumentos de notação orçamental constam em anexo à presente circular

(fichas I, II e III).

Nas fichas I e II as rubricas de “Remunerações certas e permanentes” deverão ter por base os montantes correspondentes ao Anexo I, acrescidos dos encargos previstos decorrentes da promoção e progressão na carreira em 2004 do pessoal adstrito, devendo ser efectuados os ajustamentos entre componentes da despesa do respectivo projecto de orçamento para 2004, por forma a assegurar que não seja ultrapassado o plafond global atribuído.

Na ficha I, e para efeitos comparativos, as colunas respeitantes aos anos de 2002 e 2003 são preenchidas com valores, totalizando ao nível do subagrupamento de classificação económica de despesa.

A ficha III integra a justificação quantitativa por actividade e rubrica orçamental, bem como a justificação qualitativa por actividade identificada na própria ficha. No caso de actividades inseridas em medidas que concorrem para a execução de um programa orçamental, para além da informação habitualmente solicitada em matéria quantitativa e qualitativa, deverá igualmente ser preenchida a caixa respeitante às designações e códigos das medidas e programas em que se inserem.

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É de particular importância a apresentação de justificação qualitativa fundamentada, eventualmente com suporte na legislação aplicável ao âmbito de aplicação do serviço, por forma a poder proceder-se a uma análise rigorosa das actividades que envolvam maior peso na despesa dos serviços.

De referir que as actividades e rubricas orçamentais que não se encontrem devidamente justificadas, quer qualitativa e quantitativamente, não poderão ser consideradas.

3. - Afectação dos plafonds de funcionamento

É da responsabilidade das respectivas Tutelas proceder à distribuição dos plafonds da despesa de funcionamento (onde se incluem as transferências para as entidades do sector público administrativo e se excluem as despesas cobertas por receitas consignadas) dos ministérios ou equiparados por cada um dos organismos que superintendem, tendo em consideração as grandes linhas de acção do ministério, a sua relevância política e as prioridades definidas.

4. - Despesas com compensação em receita dos serviços integrados da administração central

4.1. - A orçamentação de despesas com compensação em receita por parte dos serviços integrados, cuja fonte de financiamento corresponda a autofinanciamento, deve corresponder apenas aos montantes das receitas próprias cobradas pelos serviços com fundamento em disposição legal orgânica que expressamente consigne aos respectivos organismos as aludidas receitas.

4.2. - Quanto às receitas que servirão de contrapartida à realização das despesas com

compensação em receita, descritas no ponto anterior, deverão os organismos indicar às respectivas Delegações da Direcção Geral do Orçamento o(s) capítulo(s) e grupo(s) do classificador económico em que serão inscritas, bem como os montantes correspondentes.

4.3. - Nos casos em que igualmente se verifique a fundamentação legal referida e

aquelas receitas se destinem a dar cobertura a autofinanciamento em projectos PIDDAC cuja execução esteja cometida a serviços integrados, deverão ser observadas as orientações já estabelecidas em sede dos instrumentos de notação e do SIPIDDAC, pelo Departamento de Prospectiva e Planeamento.

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5. - Transferências para outros subsectores do sector público administrativo e para o sector empresarial do Estado

5.1. - Os organismos cujos orçamentos incluam transferências para outros subsectores

do sector público administrativo deverão certificar-se, junto da entidade recebedora, que esta inscreveu as mesmas importâncias no seu orçamento de receita, por forma a que as transferências na despesa do organismo dador sejam de igual montante às transferências inscritas no orçamento de receita do organismo beneficiário e se possa proceder à correcta consolidação das transferências entre serviços da administração central.

5.2. - Os organismos cujos orçamentos incluem transferências para outros subsectores

do sector público administrativo deverão individualizar ao máximo grau de desagregação os beneficiários desses montantes, pelas razões invocadas no ponto anterior.

5.3. - Exceptuam-se do disposto nos pontos anteriores as transferências destinadas a

projectos relativamente aos quais os organismos recebedores se irão candidatar, devendo, no entanto, o organismo que procede à atribuição contactar previamente os tradicionais ou possíveis candidatos, a fim de que possa ser efectuada a consolidação dos respectivos fluxos financeiros.

5.4. - Os serviços integrados não podem proceder a transferências para outros

serviços integrados.

5.5. – Deverão os serviços, independentemente do seu grau de autonomia, proceder à

desagregação, tão detalhada quanto possível, dos subsídios e transferências a favor de entidades do sector empresarial do Estado, de acordo com o actual classificador económico das receitas e despesas públicas, devendo as Delegações acompanhar, em articulação com os serviços, a adequada classificação a atribuir, em função da natureza jurídica da(s) entidade(s) beneficiária(s).

5.6. – A orçamentação de movimentos de entradas e saídas de fundos sem que

constituam receita e despesa orçamental dos serviços, independentemente do seu grau de autonomia, isto é, em que estes são meros intermediários destes fluxos, deverá ser registada como operação extra orçamental através dos correspondentes códigos de classificação económica.

6. - Responsabilidades contratuais plurianuais dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos agrupadas por ministérios

Na sequência dos procedimentos emanados da Circular n.º 1 295, de 25 de Julho de 2002, relativos à preparação do mapa orçamental XVII - “Responsabilidades

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contratuais plurianuais dos serviços integrados e dos serviços e fundos autónomos agrupadas por ministérios”, deverão os serviços, independentemente do seu grau de

autonomia, carregar a informação relativa a contratos plurianuais, através do Sistema Central de Contratos Plurianuais, com identificação dos seguintes elementos:

• Identificação do contrato

• Fontes de financiamento

• Enquadramento orçamental

• Escalonamento plurianual

7. - Data de recepção das propostas de orçamento

Até 25 de Agosto os organismos enviarão à respectiva Delegação da Direcção-Geral do Orçamento as suas propostas de orçamento, as quais deverão ser previamente submetidas à expressa aprovação da Tutela, de forma a garantir a não ultrapassagem do plafond atribuído ao respectivo Ministério.

As propostas que não se apresentem instruídas naqueles termos serão devolvidas aos organismos para imediata correcção.

Igualmente é fixado em 25 de Agosto o prazo para o envio da ficha IV a que se refere o n.º 6 do capítulo III da presente circular.

VI

REGRAS ESPECÍFICAS PARA OS ORGANISMOS INTEGRADOS NO NOVO REGIME DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DO ESTADO (RAFE)

1. À semelhança de anos anteriores, serão emitidas instruções específicas para os

serviços que se encontram a utilizar as aplicações informáticas (Sistema de Informação Contabilística - SIC) que servem de suporte à reforma da administração financeira do Estado, no que respeita ao orçamento de funcionamento.

2. Quanto aos organismos a utilizar o SIC/PIDDAC, no que respeita ao orçamento dos

Investimentos do Plano, continua a ser da responsabilidade da 14.ª Delegação desta Direcção Geral, o seu carregamento informático, à semelhança de anos anteriores.

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VII

OUTRAS REGRAS APLICÁVEIS ESPECIFICAMENTE AOS SERVIÇOS E FUNDOS AUTÓNOMOS

1. - Cumprimento das normas contempladas na Lei de Bases da Contabilidade Pública e na Lei de Enquadramento Orçamental

1.1. – Será mantida a observância das regras necessárias à manutenção do regime

excepcional de autonomia administrativa e financeira em matéria de cobertura das despesas totais por receitas próprias, salvaguardados os casos de atribuição deste regime previstos na Lei de Bases da Contabilidade Pública que não decorram daquelas regras.

1.2. - Para o efeito, os organismos deverão ter presente o conceito de “receitas

próprias”, conforme disposto do número 5 do artigo 6.º da Lei 8/90, de 20 de Fevereiro, e preencher, para os anos de 2001 e de 2002, com base nos valores de execução de receita e despesa, o Anexo II à presente Circular, no respeito dos pressupostos subjacentes à sua feitura.

1.3. – Para o efeito do número anterior, deverão ser considerados os saldos de gerência

anterior, desde que sejam provenientes de receitas próprias de anos anteriores. Igualmente devem excluir-se os passivos financeiros (capítulo 12 da classificação económica da receita e agrupamento 10 da classificação económica da despesa), bem como os activos financeiros (capítulo 11 da classificação económica da receita e agrupamento 09 da classificação económica da despesa).

1.4. - Nos termos do artigo 7.º da Lei 8/90, de 20 de Fevereiro só podem apresentar

orçamento privativo os serviços que apresentarem um rácio “Receitas próprias em percentagem das despesas totais” pelo menos superior a dois terços em 2001 e 2002.

1.5. - Os serviços que não cumprirem a regra do ponto anterior, passarão a dispor

apenas de autonomia administrativa, devendo a orçamentação das suas receitas próprias observar o disposto no ponto 4 do capítulo V da presente Circular.

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2. – Cumprimento da regra do equilíbrio aplicável aos serviços e fundos autónomos

2.1. - Por força do artigo 22.º da Lei n.º 91/2001, de 20 de Agosto, “o orçamento de

cada serviço ou fundo autónomo é elaborado, aprovado e executado por forma a apresentar saldo global nulo ou positivo”, salvaguardadas as situações excepcionais.

2.2. – Deverão os organismos dotados de autonomia administrativa e financeira

apresentar, em observância dos procedimentos emanados da Circular n.º 1 295, relativa à preparação do Orçamento do Estado para o ano em curso, propostas de orçamento para 2004 em consonância com a regra de equilíbrio emanada da lei de enquadramento orçamental.

2.3. – A regra do equilíbrio deve ser observada no momento da integração dos saldos

que transitarão de 2003 e que, à data da elaboração das propostas de orçamento para 2004, não forem nelas inscritas. Ou seja, aquando da integração dos saldos transitados de 2003, a alteração orçamental que lhe der origem deve ter subjacente um plano de aplicação em despesa que respeite o disposto do número anterior.

3. – Saldos da gerência anterior

3.1. – Os saldos provenientes da parte das transferências do Orçamento do Estado de

ano(s) anterior(es) não aplicada em despesa constituem, no momento da sua inscrição no orçamento de 2004, receitas do organismo autónomo.

3.2. – No pressuposto de que, no ano em que aquelas transferências ocorreram, às

mesmas foi associada a fonte de financiamento 3.1 – “Esforço financeiro nacional – receitas gerais”, no ano da inscrição do saldo correspondente à parte não aplicada em despesa deverá ser atribuída a fonte de financiamento 5.1 – “Autofinanciamento (RP)”.

4. – Transferências entre serviços e fundos autónomos

4.1. – Relativamente às transferências entre organismos dotados de autonomia

administrativa e financeira, aplicar-se-ão os adequados códigos de classificação económica quer na despesa do serviço dador, quer na receita do serviço recebedor.

4.2. – Relativamente às fontes de financiamento a atribuir nos casos de transferências de

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transferências do Estado (OE) ou do orçamento da União Europeia (UE), são os seguintes os procedimentos a adoptar:

• A expressão orçamental das verbas provenientes do OE ou da UE só deverá

estar reflectida no orçamento de receita do organismo executor final, associando a verdadeira fonte de financiamento, respectivamente 3 – “Esforço financeiro nacional” e 4 – “Financiamento da União Europeia”;

• Os serviços que são meros intermediários, recebendo as verbas do OE ou da UE

e transferindo-as para o organismo executor, não deverão considerar estes fluxos como receita e despesa orçamentais, mas sim como operações extra-orçamentais.

5.- Memória justificativa dos orçamentos privativos

5.1. - Por forma a permitir uma análise detalhada dos orçamentos dos serviços dotados

de autonomia administrativa e financeira, o cruzamento de informação e a aferição do grau de autonomia, deverão aqueles fazer acompanhar os mesmos de memórias justificativas detalhadas ao nível mais desagregado de classificação económica de receita e despesa, indicando a origem de todas as fontes de receita, as formas de aplicação da despesa, os dadores e beneficiários das transferências, fundamentando com toda a legislação nacional e comunitária aplicável.

5.2. – Em incumprimento do disposto no número anterior, deverão as Delegações da

Direcção-Geral do Orçamento devolver os projectos de orçamentos privativos, ainda que já visados pela tutela, devendo os serviços elaborar nova proposta de orçamento que cumpra o disposto no número anterior.

6. – Preenchimento dos anexos à presente Circular pelos serviços e fundos autónomos

6.1. - Na elaboração do Orçamento do Estado para 2004, os serviços e fundos

autónomos ficam igualmente obrigados à orçamentação por actividades e ao preenchimento dos instrumentos de notação orçamental que constam em anexo à presente circular: fichas I, II, III e IV (no respeitante a esta última, apenas no caso de o serviço ser a entidade coordenadora de um programa orçamental).

6.2 - No que concerne à orçamentação de remunerações certas e permanentes, deverão

dar cumprimento ao exigido no item 2.4. do capítulo V da presente Circular e à apresentação dos respectivos anexos.

6.3 - No que se refere aos efectivos do Serviço Nacional de Saúde, o Instituto de

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do Orçamento, embora cada estabelecimento dependente deva elaborar os respectivos Anexos.

6.4. - Os organismos que disponham de contabilidade digráfica e que utilizem um plano

de contas que se enquadre no Plano Oficial de Contabilidade (POC) e/ou já utilizem o Plano Oficial de Contabilidade Pública (POCP) e planos sectoriais deverão enviar, para além do orçamento elaborado segundo o classificador de receitas e despesas públicas, os seguintes documentos:

• Plano de actividades (2004)

• Balanço previsional (2004)

• Demonstração de resultados previsional (2004)

• Balanço do exercício (2002)

• Demonstração de resultados (2002)

6.5. - As transferências do Capítulo 50 do OE - Investimentos do Plano, bem como as

respectivas aplicações, deverão ser inscritas nos orçamentos iniciais, por programas, segundo as rubricas de classificação económica e funcional constantes dos instrumentos de programação aprovados pelo Departamento de Prospectiva e Planeamento.

6.6. - Nenhum organismo deverá inscrever no seu orçamento qualquer transferência

proveniente/destinada ao Sector Público Administrativo, sem que se certifique que a entidade dadora/recebedora inscreve importância igual no seu orçamento de despesa/receita.

6.7. - As transferências para os serviços e fundos autónomos deverão permitir a clara

identificação da entidade beneficiária.

7. - Data de recepção das propostas de orçamento

É fixado, também em 25 de Agosto, o prazo limite para que as propostas dos orçamentos privativos dos serviços e fundos autónomos, depois de apresentados à concordância das respectivas Tutelas, dêem entrada, em triplicado na respectiva Delegação da Direcção Geral do Orçamento, devendo uma ser remetida, de imediato, por esta última à Direcção de Serviços do Orçamento.

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VIII

RESPONSABILIDADE FINANCEIRA

1. - É reforçada, para efeitos de apresentação e aprovação da proposta de orçamento

para 2004 nos termos determinados pela presente Circular, a responsabilidade financeira das entidades hierarquicamente superiores dos serviços ou de Tutela.

2. - Em caso de incumprimento das regras emanadas da presente Circular e do dever de

informação implícito à mesma, poderá suspender-se a efectivação das transferências do Orçamento do Estado ou determinar-se a sua redução em função do grau de incumprimento.

3. - É da exclusiva responsabilidade dos organismos a inviabilização da sua actividade

financeira, caso a entrada das suas propostas de orçamento não se verifique em tempo útil para poderem integrar a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2004 a apresentar à Assembleia da República.

IX

DIVULGAÇÃO DA PRESENTE CIRCULAR

1. - No sentido de evitar situações de dificuldade em termos do que foi referido no

ponto 3 do capítulo anterior, deverão as secretarias-gerais proceder à imediata redistribuição da presente Circular por todos os organismos tutelarmente dependentes do respectivo Ministério, incluindo os fundos e serviços autónomos, isto é, por todos aqueles que não tenham natureza, forma e designação de empresa pública.

Direcção-Geral do Orçamento, em 31 de Julho de 2003.

O DIRECTOR-GERAL,

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