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A arquitetura como espaçomultidisciplinar para a prática edivulgação da arte e da cultura. Laura Stramari Keller

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Academic year: 2022

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A arquitetura como espaço multidisciplinar para a prática e divulgação da arte e da cultura.

Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

Orientadora: Cristiane Martins Baltar Pereira Professora: Caroline Ganzert Afonso

laurastramari@gmail.com

Trabalho de Curso II

(2)

Centro Artístico e Cultural

01

Espaço para criar e expor manifestações artísticas, além de ambientes para integração e convivência dos usuários.

Introdução Objetivos

Espaço para criar e expor manifestações artísticas, além de ambientes para integração e convivência dos usuários.

Arte

Cultura

Arquitetura

“A arquitetura é a arte de nos reconciliar com o mundo, e esta mediação se dá por meio dos

sentidos” - Juhani Pallasmaa

Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

Trabalho de Curso II

Orientadora: Cristiane Martins Baltar Pereira Professora: Caroline Ganzert Afonso

laurastramari@gmail.com

A arte pode ser entendida como forma de expressão, e tudo o que nos cerca, já que tudo pode ser considerado arte dependendo da percepção de quem a observa. De acordo com Fayga Ostrower (1995, s.p.), para criarmos uma interpretação, os pensamentos sempre estarão atrelados às emoções, sentimentos e intenções. Similar ao pensamento de Ostrower, temos a citação de Fischer (2002, p.13) o qual afirma que “A arte é o meio indispensável para essa união do indivíduo como o todo; reflete a infinita capacidade humana para a associação, para a circulação de experiências e ideias.”

Podemos ver a cultura como um parâmetro do comportamento social e como um conjunto de valores e significados, sendo assim uma mistura entre a cultura material e a imaterial. Segundo Milanesi (1997, s.p.), cultura “é uma ação contínua que trabalha com a informação, a descoberta, separando a essência da aparência, desordenando a ordem convencional, criando um novo conhecimento. A informação é o fio e a Cultura, o tecido”.

Para Danilo Santos de Miranda (2019), diretor regional do Sesc São Paulo, a arquitetura tem a capacidade de expor visões de mundo, diferentes contextos e caminhos nos espaços percorridos pelas pessoas. Relacionando os três conceitos, tem-se que a arquitetura une a arte e a cultura em um mesmo espaço e é capaz de gerar diversas interpretações, sensações, sentimentos e significados. Como citou Pallasmaa (2011, p.68) “A arquitetura é a arte de nos reconciliar com o mundo, e esta mediação se dá por meio dos sentidos”.

(3)

Volumetria em Espaços da Arte

Conectar usuários da cidade com o centro cultural através de transparências no térreo.

Trazer espaços confortáveis e seguros para os usuários.

Espaços de transição e permanência criando experiências e trazendo vida para as cidades.

Estratégias Gestalt

Unidade: Uma ou mais unidades podem ser visualizadas dentro do todo, como por exemplo, linhas, pontos, volumes, cores e texturas.

Obra estudada: Ópera de Sidney | Jørn Utzon

Neste artigo a volumetria é vista como ferramenta para criar experiências e interações sociais, e possível entender quais as sensações geradas nos seres humanos, através tanto na neuroarquitetura quanto de Gestalt.

02

Para compreender melhor os conceitos de Gestalt, foram apresentadas análises baseadas no livro

"Gestalt do Objeto" (GOMES FILHO, 2008, s.p.), além de representar na pesquisa os oito elementos através de obras arquitetônicas.

Segregação: A segregação é a capacidade de diferenciar um elemento, destacando-o e evidenciando seu contraste com o todo.

Obra estudada: Filarmônica de Hamburgo | Herzog e Meuron

Unificação: A unificação de um volume é percebida através da semelhança de estímulos no campo visual, sempre levando em consideração os princípios de harmonia e equilíbrio visual.

Obra estudada: Torre Eiffel | Gustave Eiffel

Continuidade/Continuação: A continuidade consta na tendência de os elementos acompanharem uns aos outros. A organização sem quebras e interrupções traz fluidez visual e sensações de continuidade e movimento para os elementos.

Obra estudada: Galaxy Soho | Zara Hadid

Fechamento: O fechamento se dá por meio da sensação de continuidade em uma ordem estrutural, onde o agrupamento de elementos constitui uma figura total completa aos nossos olhos.

Obra estudada: Torre 30 St Mary Axe | Foster + Partners

Proximidade: A proximidade se dá através de um conjunto de objetos que por estarem próximos trazem a sensação de que constituem um todo ou uma unidade dentro do todo.

Obra estudada: Hub de Inovação Empresarial | Bjarke Ingels Group

Semelhança: A semelhança é onde estabelecemos agrupamentos de partes semelhantes para criar o todo.

Obra estudada: Petronas Towers | Cesar Pelli Pregnância da forma: A pregnância da forma é uma análise feita no elemento como um todo e na organização visual da forma do objeto.

Obra estudada: Museu Oscar Niemeyer | Oscar Niemeyer

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Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

Trabalho de Curso II

Orientadora: Cristiane Martins Baltar Pereira Professora: Caroline Ganzert Afonso

laurastramari@gmail.com

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Características de Espaços Culturais e Expositivos

Ventilação Natural

Estratégias arquitetônicas

Iluminação natural e artificial

Aquecimento solar passivo Inércia térmica

Conforto ambiental

Uso de cores Espaços adaptáveis

Patreleiras de luz Pátios e átrios

Iluminação zenital Vidros coloridos

Explorar formas geométricas Materiais

Conforto lumínico

Iluminação flexível Conforto sonoro

03

Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

Trabalho de Curso II

Orientadora: Cristiane Martins Baltar Pereira Professora: Caroline Ganzert Afonso

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Durante a pesquisa foram estudados conceitos de conforto ambiental, estratégias arquitetônicas e conceitos de iluminação artificial e natural.

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Museu Oscar Niemeyer (MON)

Curitiba|PR

Área total: 35.000m² Inauguração: 2002 Projeto: Oscar Niemeyer

Fechamento Unidade

Pregnância da forma

Gestalt

Os dois principais volumes do museu estão conectados por rampas curvas, criando ambientações diferentes e gerando sensações e experiências através do porte das edificações e grandes vãos no edificio principal, além do anexo em forma de olho, característica marcante do museu.

Volumetria

Há iluminação natural nos vãos livres no prédio principal, nos espaços de convivência e no pátio interno entre as salas de exposições. A iluminação aritificial é explorada em todo o museu, guiando espaços de transição e nas salas de exposição.

Iluminação

Fundação Iberê Camargo

Porto Alegre|RS

Área total: 1.350m² Inauguração: 2003 Projeto: Álvaro Siza

Unidade Unificação Continuidade

Gestalt

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Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

Trabalho de Curso II

Orientadora: Cristiane Martins Baltar Pereira Professora: Caroline Ganzert Afonso

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Centro Cultural Gabriela Mistral

Santiago|CL

Volumetria composta por 3 volumes conectados pelo subsolo.

Área total: 44.000m² Inauguração: 2008

Projeto: Escritórios Cristián Fernández Arquitectos e Lateral Arquitectura & Diseño

Unidade Continuidade Segregação

Iluminação natural em ambientes de convivência e iluminação llúdica por meio de vitrais coloridos.

Iluminação Volumetria

Gestalt

05

Iluminação natural nas áreas de convivência e transição, iluminação artificial difusa internamente, aberturas pontuais criando visuais e trazendo iluminação natural para o ambiente interno.

Iluminação

A volumetria é composta por rampas externas, dois volumes externos conectados, um átrium central, criando mezaninos para as salas de exposições.

Volumetria

Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

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Orientadora: Cristiane Martins Baltar Pereira Professora: Caroline Ganzert Afonso

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Estudos de Caso - Conclusões e Comparativos

06

Os estudos de caso citados no capítulo anterior são semelhantes em características como a volumetria em grande escala, unificação e continuidade nas fachadas, há espaços e vãos na escala do usuário para garantir a integração no nível do passeio. Tanto na parte externa quanto interna, há o uso de ventilação e iluminação natural, em diferentes escalas e ambientes, tendo assim espaços fechados com uma iluminação artificial e controlada, por exemplo, nas áreas de exposições e nos espaços administrativos e de interação.

Além das características citadas, nos três estudos de caso há a presença de conexões através de rampas e espaços de circulação, na maior parte são curvas, criando ambientes contemplativos e experiências para o público, os volumes separados externamente trazem os diferentes usos e programas com o aproveitamento total do terreno.

Em relação ao programa de necessidades, há semelhanças entre eles, já que todos possuem uma área administrativa, espaços restritos para a manutenção e/ou armazenamento das obras, ambientes para exposições, espaços para integração, oficinas e vendas, cafeterias, além de áreas técnicas e auditórios.

Os materiais internos usados nos estudos de caso são semelhantes, o uso da cor branca nas paredes e muitas vezes no forro, o uso da madeira em espaços de circulação e até mesmo permanência.

Nas fachadas o uso do concreto branco e aparente e aço foram destacados, trazendo diferentes sensações para o público.

Laura Stramari Keller

Graduanda em Arquitetura e Urbanismo.

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ITENS

ANALISADOS CASO I

MUSEU OSCAR NIEMEYER CASO II

FUNDAÇÃO IBERÊ CAMARGO

CASO III

CENTRO CULTURAL GABRIELA MISTRAL

IMPLANTAÇÃO

O museu é composto por 2 grandes volumes, o edificio principal, que é

um volume retangular, sem aberturas e sustentado por pilares,

criando grandes vão no térreo. E outro volume anexo, em forma de

olho. A implantação conta com estacionamento no mesmo lote. O acesso ao museu é através um bloco

central do edificio principal, onde irá encontrar um rampa para o subsolo.

A implantação conta com um volume único, onde o térreo se prolonga para a

lateral. O acesso é através uma grande abertura de vidro, com um espaço de

convivência na entrada.

A implantação é composta por 3 volumes separados no térreo, com uma

cobertura contínua e que une todos os volumes .A implantação conta com estacionamento no mesmo lote. Os acessos são através dos grandes vãos e aberturas dos 3 volumes separados no

térreo

VOLUMETRIA

- Grande escala - Parte externa sem aberturas e

ventilação - Volumetria com unificação e

conituidade nas fachadas - Grandes vãos e espaços de convivência e permanecência - Volumetria divida em 2 construções

separadas que se conectam no subsolo

- É projetado em uma escala menor, e verticalmente.

- Volumetria com continuidade e fechamento através das rampas

externas.

- Aberturas e ventilação nas fachadas de forma controlada para favorecer e

explorar a vista externa.

- Grande escala - Parte externa com aberturas específicas e em locais de transição, convivência e permanência, apenas.

- Volumetria com unificação e conituidade nas fachadas - Grandes vãos e espaços de convivência e permanecência - Volumetria separada em 3 grandes volumes que se conectam no subsolo.

MATERIAIS E CORES

Concreto branco aparente, pintura amarela na parte externa, vidros

pretos no anexo

Concreto branco aparente na parte externa, pintura branca internamente,

vidro e madeira no piso.

Aço corten, concreto armado aparente, aço, vidro e madeira no piso.

ESTRATÉGIAS DE ILUMINAÇÃO

Iluminação artificial para ambientes internos, iluminação natural difusa no subsolo, iluminação natural nos vãos livres e através dos pátios

internos

Iluminação natural através de aberturas nas rampas e um recorte na cobertura.

Iluminação artificial difusa nos espaços internos.

Iluminação natural através dos volumes com panos de vidros e os vãos nos acessos entre os volumes, também nos

vitrais coloridos e iluminação artificial nas salas de exposições.

GESTALT pregnância da forma, fechamento e

unidade unidade, unificação, fechamento e

continuidade continuidade, segregação e unidade

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07

Inserção Urbana

Bairro: Bom Retiro | Curitiba - PR

O terreno está localizado há apenas 3km da região central de Curitiba, possui um sistema

viário de fácil acesso e de fluxo moderado.

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Testada com a R. Nilo Peçanha (acesso 01)

Testada da R. Comendador Lustoza de Andrade Esquina com a R. Nilo Peçanha e a

R. Comendador Lustoza de Andrade Testada com a R. Nilo

Peçanha (acesso 02)

Esquina da R. Nilo Peçanha com a R. Albano Reis Testada com a R. Albano Reis

Terreno

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Fluxograma e Organograma

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1 2

3

lote 01

lote 02

1 2 3

Centros culturais e museus

Legenda

Parques e áreas verdes Instituições de ensino

Pontos de ônibus

Hospitais/Clinicas Restaurantes/ bares/ cafés Academia

Rua Albano Reis Rua Nilo Peçanha

Rua Comendador Lustoza de Andrade Casa de repouso

Equipamentos urbanos

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Programa de Necessidades

Programa de Necessidades sugerido (sujeito à alterações)

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Referências

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FISCHER, E. A necessidade da arte. 9ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 2002. CAPÍTULO 1

MILANESI, L. A casa da invenção: biblioteca centro de cultura. 3ª edição. São Caetano do Sul: Ateliê Editorial, 1977. CAPÍTULO 2

OSTROWER, F. Acasos e criação artística. 4ª edição. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1995. CAPÍTULO 2 PALLASMAA, J. Os olhos da pele: A arquitetura e os sentidos. Porto Alegre: Editora: Bookman, 2011.

SARTORELLI, César Augusto. Arquitetura de exposições: Lina Bo Bardi e Gisela Magalhães. São Paulo: Editora Sesc São Paulo, 2019.

Laura Stramari Keller

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Referências

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