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IV ESTUDOSCLÁSSICOS

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Academic year: 2022

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UNESCO | CÁTEDRA UNESCO ARCHAI - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA | IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA | ANNABLUME

C O L E Ç Ã O F I L O S O F I A E T R A D I Ç Ã O

P E R C U R S O S

ESTUDOS

CLÁSSICOS

ES TU D OS C LÁ SS IC OS

RESUMO DA OBRA

Considerando o crescente interesse acadêmico pela compreensão dos estudos clássicos e da tradição ocidental em suas variadas formas e expressões, o presente livro reúne os trabalhos de pesquisa desenvolvidos no interior do I Curso de Especialização em Estudos Clássicos, realizado na modalidade ensino a distância (EAD) pela Cátedra UNESCO Archai da Universidade de Brasília, com o objetivo de colocar o estudante em confronto com o mundo clássico e suas riquezas. Nas ciências humanas, em especial, quando se propõe o confronto com o passado, muitas vezes é necessário redefinir não apenas a importância dos clássicos, mas também marcar a extensão e os limites da lista que contempla aqueles que devem ser considerados os autores capitais de determinado campo, em um movimento constante de reconstrução.

A formação de novos pesquisadores na área de Antiguidade significa a consolidação de uma área que se compreende como necessariamente interdisciplinar. Esperamos com esta obra apresentar para o público parte deste trabalho desenvolvido pela Cátedra UNESCO Archai em termos de formação de novos pesquisadores e de definição de um campo de investigação aberto e plural.

Gabriele Cornelli

é professor de Filosofia Antiga do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília e coordenador a Cátedra UNESCO Archai:

as origens plurais do pensamento ocidental. Foi presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Clássicos e da International Plato Society. É atualmente editor da revista Archai e do Plato Journal e editor da coleção Brill Plato Studies Series. Dedica-se à história da filosofia antiga, com especial ênfase nos pré-socráticos e Platão, e mais em geral à história do pensamento ocidental.

Luciano Coutinho

é Doutor em Estudos Clássicos / Filosofia Antiga pela Universidade de Coimbra - UC e Pós-Doutor em Filosofia Antiga pelo Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia - UFU. Mestre em Filosofia pela Universidade de Brasília - UnB. É Mestre em Arquitetura e Urbanismo (com ênfase em Estética e Semiótica) pela Universidade de Brasília - UnB.

UNESCO ARCHAI - UNIV. BRASÍLIA IUC ANNABLUME

G abriele C ornelli l uCiano C outinho

Gabriele CornelliluCiano Coutinho

Versão integral disponível em digitalis.uc.pt

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Capítulo 20

300 belos e milhares de feios: uma análise da representação de gre- gos e persas

300 handsomes and thousands hideouses: an analysis of the imper- sonation of Greeks and Persians

Camila Maia291 Maria Cecília Coelho292

Resumo: Este trabalho abordará a construção da imagem das civilizações grega e per- sa no filme 300 (2007), de Zack Snyder, e na graphic novel 300 de Esparta (1999), de Frank Miller. Para alcançar tal intento, serão analisados comparativamente aspectos dos quadrinhos e do filme, tanto em termos textuais quanto em termos imagéticos, em cotejo, em certos momentos, com as Histórias de Heródoto e outros referenciais teóricos. Pretende-se analisar, neste trabalho, os conceitos e os estereótipos cons- truídos a partir de uma representação dicotômica de Oriente e Ocidente, na qual os persas são representados como inferiores em termos sociais, políticos, culturais e es- téticos em relação aos gregos. Tal conceituação estereotipada ganhou aceitação do grande público e, por isso, é difundida e reafirmada pelos meios de comunicação de massa. Busca-se, ainda, mostrar que tal divisão não procede e que orientais e ociden- tais têm mais pontos em comum e compartilharam muito mais aprendizado do que se supõe atualmente.

Palavras-chave: Grécia; Pérsia; 300; Heródoto; Representação.

Abstract: This research will consider the construction of Greek and Persian civilization image in the movie 300 (2007), by Zack Snyder and in the Graphic Novel 300 (1999), by Frank Miller. To achieve such intent, aspects of comic and movie, thus in textual terms textual as in image terms, will be analyzed comparing it in some moments with the Histories, by Herodotus, and others theoretical frames. This research intend to analyze concepts and stereotypes builded from dichotomous representation of Orient and Ocident, which the Persians are represented as inferior in social, political, cultur- al and aesthetic expressions in relation to Greeks. Such stereotyped concept gained 291 Graduada em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela Uni- versidade de Brasília (UnB) e especialista em Estudos Clássicos também pela UnB.

Atualmente, cursa Letras Português na UnB e é estudante pós-graduação em Revisão de Textos na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). Contato:

<camilanmaia@gmail.com>.

292 Professora adjunta no Departamento de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na área de Filosofia Antiga. Pós-doutora pelo Núcleo de Estu- dos Antigos e Medievais, UFMG.

doi: 10.14195/978-989-26-1585-1_20

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acceptation of big public and, therefore, it is widespread and reaffirmed by the mass media. With this article we still seek to show that such division doesn’t proceeds and that East and West have more in common and shared learning much more than is assumed nowadays.

Keywords: Greece; Persia; 300; Herodotus; impersonation.

Introdução

Este trabalho buscará analisar como se deu a representação ima- gética de persas e gregos no filme e na história em quadrinhos 300 e verificar se a importância do Oriente para a cultura Ocidental nesses objetos é posta de lado, como comumente ocorre.

No ensino fundamental e médio e, em casos mais extremos, até no ensino superior, a história formalmente ensinada apresenta uma visão um tanto parcial e que tende a favorecer a parte ocidental do globo. Na escola, a chamada “História Geral” é, em grande parte, a história da civilização ocidental, salpicada por alguns feitos vindos do oriente. É-nos ensinado que a democracia, a política, a filosofia e a arte só existem tais quais as conhecemos por causa da Grécia, o berço da civilização ocidental.

No entanto, os gregos parecem ter bebido em abundância das fontes do Oriente, mesmo antes da expansão territorial promovida por Alexandre, o grande, entre os anos 336 a.C. e 323 a.C. O surgimento da própria Grécia é, em grande medida, fruto de interações com o Orien- te, como ressalta Funari:

Durante os séculos que se seguiram às invasões dórias, nascia len- tamente, sobretudo na Grécia da Ásia – da mistura de contribuições creto-micênicas, indoeuropeias e orientais –, a civilização grega pro- priamente dita, chamada clássica. Ela não surgiu como um milagre e sim como herdeira dos avanços e conhecimentos aprendidos e adaptados de outras civilizações [...] (FUNARI apud FERNANDES, 2012, p. 7).

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