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(1)

Gráficos de controle Gráficos de controle

para variáveis para variáveis

Denise A. Botter

12/08/2013

(2)

Após estabilizar o processo, inicia-se a construção dos gráficos de controle.

Variáveis: Gráfico da média e da amplitude R. X 1. Gráficos de controle de e R.X

Gráfico : monitorar a centralidade.

G áfi R i di ã

X

Gráfico R: monitorar a dispersão.

(3)

1.1. Gráfico X

Linha média (LM): localizada na média (valor esperado) de X Limites de controle: estabelecidos a 3 desvios padrões da média

SCX X 3 X LSC 3

X

LMX

Limites de controle com 3 desvios padrões de afastamento em

X X

LICX 3

Limites de controle com 3 desvios padrões de afastamento em

relação à linha média (“limites três-sigma”): propostos por Shewhart que se baseou no seguinte lema: “ se o processo está controlado, evite

q g p ,

ajustes desnecessários, que só tendem a aumentar sua variabilidade”.

Com os limites três-sigma, enquanto o processo estiver controlado, i á f d li i (i di ã d

raramente um ponto cairá fora desses limites (indicação de

intervenção no processo para ajustes). 2

(4)

Assim, raramente haverá interferência num processo controlado.

Intervenções desnecessárias:

- são perigosas, pois podem desajustar o processo

i i i d i i

- geram custos com a interrupção e a investigação de causas especiais inexistentes.

X X

X X

n n

X X

2 2

2

n n

X n

Quando o processo está estável sob controle isento de causas Quando o processo está estável, sob controle, isento de causas

denotamos μ = μ0 e σ = σ0. Substituindo μ0 e σ0 por suas estimativas (na prática estes parâmetros são desconhecidos), obtemos para o

( p p ) p

gráfico de

(5)

LSCX 0 ˆn0 ˆ 3

LM X ˆˆ0 LM

LICX 0 ˆ0 ˆ 3

Para o processo ajustado e estável em μ0 e σ0, o intervalo ± 3 σ0/ engloba 99 73% dos alores de Conseq entemente há po ca

n

X

n

engloba 99,73% dos valores de . Consequentemente, há pouca

chance de uma média amostral cair “fora” desse intervalo. Assim, se um valor de cair fora desse intervalo, é provável que μ tenha se

X X

se um valor de cair fora desse intervalo, é provável que μX tenha se alterado, não sendo mais μ0 por conta de alguma causa especial.

X

(6)

1.2. Gráfico R

Limites três sigma:

Limites três-sigma:

LSCR = μR + 3σR LSCR μRR LMR = μR

LICR = μR - 3σR

Se X~ N(μ, σ2), então temos os seguintes momentos para a amplitude amostral R:

μR = d2σ e σR = d3σ,

d d d t t t b l d f ã d

sendo d2 e d3 constantes tabeladas em função de n.

(7)

Rd3

d

R

Rd2 R

Figura 1: Distribuição da amplitude R

n 2 3 4 5 6 7

d2 1,128 1,693 2,059 2,326 2,534 2,704

d33 0,853 0,888 0,880 0,864 0,848 0,833

(8)

Para o processo estável temos σ = σ0. Substituindo σ0 por sua estimativa vem que ˆ0 q

LSCR = d2 + 3 d3 = (d2 + 3d3)

0

ˆ0 0

ˆ ˆ0

LMR = d2ˆ0

LICR = (dˆ0 2 – 3d3)

Observação: Se, por acaso, LICR < 0, adotamos LICR = 0, ou seja, o LICR está ausente.

Para um processo estável, a probabilidade de uma amplitude R cair fora dos limites de controle é muito pequena; quando isto ocorre fora dos limites de controle é muito pequena; quando isto ocorre, questionamos se a variabilidade do processo alterou-se.

(9)

Exemplo. Se σ aumenta, E(R) e DP(R) aumentam. Isto implica em valores maiores de R. Se R for maior que o LSCR, “soará um alarme”

valores maiores de R. Se R for maior que o LSCR, soará um alarme de que o desvio padrão σ do processo aumentou.

Observação: Os limites de controle para o gráfico dependem de μ0 ( ) e de σ0 ( ). Já, os limites de controle do gráfico R só

d d d ( ) A i i i i t ã d áfi d

X

ˆ0

ˆ0

dependem de σ0 ( ). Assim, iniciamos a construção dos gráficos de ˆ

controle pelo gráfico R.0

ˆ

1.3. Estimativas

Dado um conjunto de m amostras, cada uma de tamanho n, temos:

X

m

i

sendo a média amostral da amostra i e a média amostral de

ˆ0 1 ,

m X

X i

i

Xi X

sendo a média amostral da amostra i e a média amostral de todas as observações. i

X X

(10)

d ili fi d j fi

Quando utilizamos o gráfico de em conjunto com o gráfico R, temos

X

ˆ S R/d

sendo a média aritmética dos m valores Ri, ou seja, ,

ˆ0SDR/d2

R i, j ,

R

m . R R

m

i

i

Quando usamos temos

m

, ˆ0 R/d2

R 3d

R 3 )

1 ( 3

2 3 2

3 2

2 d

R d d

d R d

d R

LSCR

R R d LM

3 ) 1

( d3 R

LIC

d R d

LMR

2 2

) 1

( 3

R

LICR

(11)

Exemplo. A tabela que segue apresenta valores de Xij, volume do j- ésimo saquinho de leite pertencente à i-ésima amostra, e de Ri,

lit d d i é i t 25 t ( b

amplitude da i-ésima amostra, para 25 amostras (subgrupos

racionais) de tamanho 5 (m = 25 e n = 5), bem como a amplitude média . Com base emR R temos

média . Com base em temos R R

729 , 4 326

, 2 / 0 , 11 d

/ R S

ˆ0 D 2

Observar que foi calculado supondo estabilidade do processo. ˆ 0

(12)

Tabela 1: Valores de X e R

Tabela 1: Valores de Xij e Ri

1

Xi Xi2 Xi3 Xi4 Xi5 Ri

1 1004 6 997 3 1003 0 1005 9 995 8 10 1 1 1004,6 997,3 1003,0 1005,9 995,8 10,1 2 1001,6 1008,6 997,9 1001,3 999,1 10,7 3 999 1 992 6 1001 1 1001 6 1002 9 10 3 3 999,1 992,6 1001,1 1001,6 1002,9 10,3 4 1007,9 997,5 991,3 997,8 1000,8 16,5 5 999 5 995 6 1004 3 995 6 991 4 13 0 5 999,5 995,6 1004,3 995,6 991,4 13,0 6 1003,3 996,8 997,2 993,6 1000,1 9,7 7 999 7 1012 1 995 2 1001 8 1002 2 16 9 7 999,7 1012,1 995,2 1001,8 1002,2 16,9 8 1000,1 995,3 990,0 997,5 1003,2 13,2 9 1004 3 1001 4 1001 6 999 1 996 4 7 9 9 1004,3 1001,4 1001,6 999,1 996,4 7,9 10 999,0 995,8 989,9 995,1 1002,8 12,9

(13)

Tabela 1 (continuação): Valores de Xij e Ri

1

Xi Xi2 Xi3 Xi4 Xi5 Ri

11 1003,2 1004,4 993,5 994,6 997,6 10,9 12 996,2 1017,3 993,6 996,5 1003,7 23,7 13 1014,0 1008,9 1004,1 1007,9 1000,7 13,3 14 1002,2 996,6 1002,7 1004,2 1001,8 7,6 15 998,3 997,5 1006,1 996,5 998,1 9,6 16 995,8 1000,8 999,1 1002,5 1001,0 6,7 17 1004,1 1003,0 1004,8 997,9 999,9 6,9 18 1000,1 994,9 1000,1 1004,9 997,3 10,0 19 1000,2 996,1 998,0 1006,1 999,4 10,0 20 1002,3 999,0 1000,8 1000,7 998,0 4,3

(14)

Tabela 1 (continuação): Valores de Xij e Ri

Tabela 1 (continuação): Valores de Xij e Ri

1

Xi Xi2 Xi3 Xi4 Xi5 Ri

21 998 3 998 1 1004 2 1002 1 991 3 12 9 21 998,3 998,1 1004,2 1002,1 991,3 12,9 22 997,1 1000,7 999,8 1000,6 1001,7 4,6 23 1003 6 996 1 1001 4 998 0 991 8 11 9 23 1003,6 996,1 1001,4 998,0 991,8 11,9 24 999,9 1006,4 1005,1 999,8 1003,0 6,6 25 1007 3 999 8 992 5 996 2 998 2 14 8 25 1007,3 999,8 992,5 996,2 998,2 14,8

Média Ri

11,0

(15)

26 , 23 ˆ

) d 3 d

(

LSCRR ( 22 33 )00 , 0

, 11 R

LMR

00 , 0 LIC

26 , 1 ˆ

) d 3 d

(

LICRR ( 22 33 )00  RR

23 27

25,0 30,0

11 0 23,27

15,0 20,0

plitude R

11,0

0 0 5,0

Am 10,0

0,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25

Número da Amostra

Figura 2: Gráfico da Amplitude R Figura 2: Gráfico da Amplitude R

(16)

A amplitude da 12ª amostra é muito grande (R12 acima de LSCR). É necessário encontrar um motivo para este fato.

i l di i d f li i

- Causa especial diagnosticada. Só afetou a 12ª amostra: eliminar

essa amostra da análise. Se mais amostras forem afetadas, eliminá-las também mesmo que estejam dentro dos limites de controle Se essas também, mesmo que estejam dentro dos limites de controle. Se essas amostras eliminadas forem muitas e restarem poucas para estimar σ0, deve-se prolongar o período de coleta de amostras e coletar mais p g p

dados.

E l á i ã é í l di i

- Em geral, na prática, não é sempre possível diagnosticar a causa especial nem saber quais amostras foram afetadas. Assim, se em 25 ou 30 amostras apenas um R estiver fora dos limites de controle e ou 30 amostras, apenas um Ri estiver fora dos limites de controle e não conseguirmos detectar a causa especial que aumentou a

variabilidade, podemos ou não eliminar esse Rp ii. Isso não afetará muito os limites de controle calculados. Se mais de um Ri cair fora dos limites de controle, volta-se à etapa inicial e tenta-se descobrir as

i i ã f d ( fl )

causas especiais que estão afetando o processo (ver fluxograma).

(17)

Vamos supor que a causa especial foi diagnosticada e confirmou-se p q p g que a mesma afetou apenas o 12º subgrupo racional.

Eliminamos a 12ª amostra e recalculamos . Em seguida, refazemos o gráfico R sem a amostra 12. Notamos que a distribuição dos

pontos em torno da LM é aleatória Nenhum ponto excede o LSC R

pontos em torno da LM é aleatória. Nenhum ponto excede o LSCR. Uma vez construído o gráfico R, vamos construir o gráfico da média.g , g

(18)

20 , 22 ˆ

) d 3 d

(

LSCR 2 3 0 ˆ 4,514

0

5

, 10 R

LMR

00 , 0 LIC

20 , 1 ˆ

) d 3 d

(

LICR 2 3 0  R

0 ,

22,21 20,0

25,0

10,0 10,5 15,0 ,

mplitude R

0,0 5,0

Am

Fi 3 G áfi d A lit d R ( 12ª t )

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25

Número da Amostra

Figura 3: Gráfico da Amplitude R ( sem a 12ª amostra)

(19)

Vamos considerar para a construção do gráfico da média, os valores de Xij e de X dos 24 subgrupos racionais de tamanho 5 (m = 24 e n de Xij e de dos 24 subgrupos racionais de tamanho 5 (m 24 e n

= 5) e a média geral . Observar que a 12ª amostra foi eliminada. Xi X

(20)

X X

X 3

LSC (3.1)

X

LM X (3.2)

n

X X

X

X ( )

X X

X 3

LIC (3.3)

n

ˆ0

m Xi

3 n ˆ

LSCX 0 0 (3.6)

ˆ

LM (3 7)

X i 1m

i

X 0

LM (3.7)

3 ˆ ˆ

LICX 0 0 (3 8)

2 D R / d S

3 n

LICX 0 (3.8)

(21)

(3,28)

1 , 5 1006

514 , 34 0 , n 1000 3 ˆ

LSCX ˆ0 0 5 n

(3.29)

0 , 1000 ˆ

LMX 0

(3.30)

9

, 5 993

514 , 34 0 , n 1000 3 ˆ

ˆ

LICX 0 0

5 n

1010

1000 1005

Xbarra

1006,0 1000,0

990 995

1 4 7 10 13 16 19 22 25

X

994,0

1 4 7 10 13 16 19 22 25

Número da Amostra

Figura 4: Gráfico da Média X (sem a 12ª amostra)

(22)

N áfi d édi d 13ª t d LSC No gráfico de vemos que a média da 13ª amostra excede o LSC.

Repetir então o fluxograma. Vamos excluir a 13ª amostra. Observar que quando excluímos essa amostra, não recalculamos pois o

X

que quando excluímos essa amostra, não recalculamos pois o R processo estava estável quanto à dispersão com a 13ª amostra incluída. Refazemos o gráfico de . Percebe-se que os pontos

R

X

distribuem-se aleatoriamente em torno da LM e nenhum deles excede o LSC ou é inferior ao LIC.

(23)

(3,31)

8 , 5 1005

514 , 34 0 , n 1000 3 ˆ

LSCX ˆ0 0 5 n

(3.32)

7 , 999 ˆ

LMX 0

(3.33)

6

, 5 993

514 , 34 0 , n 1000 3 ˆ

ˆ

LICX 0 0

5 n

1005,8 1006,0

999,7 998 0

1002,0

barra

993,6 994,0

998,0

Xb

990,0

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 Número da Amostra

Figura 5: Gráfico da Média X (sem a 12ª e 13ª amostras)

(24)

Com o processo estável e os gráficos construídos, passamos a p g , p

monitorar o processo. A cada meia hora de produção, retiram-se 5 saquinhos de leite. Calculados e R, estes são plotados nos gráficos

d l O li i d X áfi i l d

de controle. Os limites desses gráficos não são mais alterados, a não ser que haja mudanças no processo (mudanças físicas, por exemplo).

Se novos valores de X e de R saírem fora dos limites de controleX Se novos valores de e de R saírem fora dos limites de controle, paramos o processo e procuramos a causa especial tentando eliminá- la.

X

(25)

Gráficos de Controle de Xe R

1005,8 1002 0

1006,0

999,7 998,0

1002,0

Xbarra

22 21

R

993,6 990,0

994,0

1 4 7 10 13 16 19 22 25

10,50 22,21 10,0

20,0

plitude R

, 0,0

,

1 4 7 10 13 16 19 22 25

Amp

1 4 7 10 13 16 19 22 25

Número da Amostra

Fi 6 G áfi d Médi d A li d R

Figura 6: Gráficos da Média X e da Amplitude R

Referências

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