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XXI Congresso Acadêmico da Sociedade Brasileira das Ligas de Cardiologia

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Academic year: 2022

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R esumos das a pResentações

XXI ConGResso aCadÊmICo da soCIedade BRasILeIRa das LIGas

de CaRdIoLoGIa

Sociedade Brasileira de Cardiologia • ISSN-0066-782X • Volume 116, Nº 4, Supl. 1, Abril 2021

(2)

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948

www.arquivosonline.com.br

Conselho Editorial

Diretor Científico Fernando Bacal Editor-Chefe

Carlos Eduardo Rochitte Coeditor Internacional João Lima

Editor de Mídias Sociais Tiago Senra

Editor de Consultoria Chinesa Ruhong Jiang

Editores Associados Cardiologia Clínica

Gláucia Maria Moraes de Oliveira Cardiologia Cirúrgica

Alexandre Siciliano Colafranceschi Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos

Cardiologia Pediátrica/Congênitas Ieda Biscegli Jatene

Vitor C. Guerra

Arritmias/Marca-passo Mauricio Scanavacca Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Nuno Bettencourt Pesquisa Básica ou Experimental Marina Politi Okoshi Epidemiologia/Estatística Marcio Sommer Bittencourt

Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein

Primeiro Editor (1948-1953)

† Jairo Ramos

Brasil

Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior – Universidade Federal de Goiás (UFG), Goiânia GO – Brasil

Alfredo José Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho – Instituto de Cardiologia do Espírito Santo, Vitória, ES – Brasil

Amanda Guerra de Moraes Rego Sousa – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

Ana Clara Tude Rodrigues – Hospital das Clinicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

André Labrunie – Hospital do Coração de Londrina (HCL), Londrina, PR – Brasil Andrei Carvalho Sposito – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil

Angelo Amato Vincenzo de Paola – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Augusto Barbosa Lopes – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Carlos de Camargo Carvalho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Antônio Carlos Palandri Chagas – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Carlos Pereira Barretto – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Antonio de Padua Mansur – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Ari Timerman (SP) – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Ayrton Pires Brandão – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Beatriz Matsubara – Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), São Paulo, SP – Brasil

Brivaldo Markman Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil

Bruno Caramelli – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Carisi A. Polanczyk – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Carlos Eduardo Rochitte – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil Carlos Eduardo Suaide Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Carlos Vicente Serrano Júnior – Instituto do Coração (InCor HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Celso Amodeo – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

Charles Mady – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Claudio Gil Soares de Araujo – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Cláudio Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Cleonice Carvalho C. Mota – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Clerio Francisco de Azevedo Filho – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Dalton Bertolim Précoma – Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/

PR), Curitiba, PR – Brasil

Dário C. Sobral Filho – Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE – Brasil Décio Mion Junior – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Denilson Campos de Albuquerque – Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Djair Brindeiro Filho – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE – Brasil

Edmar Atik – Hospital Sírio Libanês (HSL), São Paulo, SP – Brasil Emilio Hideyuki Moriguchi – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Porto Alegre, RS – Brasil

Enio Buffolo – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Eulógio E. Martinez Filho – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil Evandro Tinoco Mesquita – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Expedito E. Ribeiro da Silva – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Fábio Vilas Boas Pinto – Secretaria Estadual da Saúde da Bahia (SESAB), Salvador, BA – Brasil

Fernando Bacal – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

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Flávio D. Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Francisco Antonio Helfenstein Fonseca – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Gilson Soares Feitosa – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil

Glaucia Maria M. de Oliveira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Hans Fernando R. Dohmann, AMIL – ASSIST. MEDICA INTERNACIONAL LTDA., Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Humberto Villacorta Junior – Universidade Federal Fluminense (UFF), Rio de Janeiro, RJ – Brasil

Ines Lessa – Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA – Brasil Iran Castro – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

Jarbas Jakson Dinkhuysen – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ), São Paulo, SP – Brasil

João Pimenta – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (IAMSPE), São Paulo, SP – Brasil

Jorge Ilha Guimarães – Fundação Universitária de Cardiologia (IC FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

José Antonio Franchini Ramires – Instituto do Coração Incor Hc Fmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

José Augusto Soares Barreto Filho – Universidade Federal de Sergipe, Aracaju, SE – Brasil

José Carlos Nicolau – Instituto do Coração (InCor), São Paulo, SP – Brasil José Lázaro de Andrade – Hospital Sírio Libanês, São Paulo, SP – Brasil José Péricles Esteves – Hospital Português, Salvador, BA – Brasil

Leonardo A. M. Zornoff – Faculdade de Medicina de Botucatu Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP), Botucatu, SP – Brasil Leopoldo Soares Piegas – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia/Fundação Adib Jatene (IDPC/FAJ) São Paulo, SP – Brasil

Lucia Campos Pellanda – Fundação Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS – Brasil

Luís Eduardo Paim Rohde – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Luís Cláudio Lemos Correia – Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP), Salvador, BA – Brasil

Luiz A. Machado César – Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB), Blumenau, SC – Brasil

Luiz Alberto Piva e Mattos – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Marcia Melo Barbosa – Hospital Socor, Belo Horizonte, MG – Brasil Marcus Vinícius Bolívar Malachias – Faculdade Ciências Médicas MG (FCMMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Maria da Consolação V. Moreira – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Mario S. S. de Azeredo Coutinho – Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópilis, SC – Brasil

Maurício Ibrahim Scanavacca – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil

Max Grinberg – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil Michel Batlouni – Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC), São Paulo, SP – Brasil

Murilo Foppa – Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS – Brasil

Nadine O. Clausell – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Orlando Campos Filho – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Otávio Rizzi Coelho – Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP – Brasil

Otoni Moreira Gomes – Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte, MG – Brasil

Paulo Andrade Lotufo – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo Cesar B. V. Jardim – Universidade Federal de Goiás (UFG), Brasília, DF – Brasil

Paulo J. F. Tucci – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil Paulo R. A. Caramori – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS – Brasil

Paulo Roberto B. Évora – Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP – Brasil Paulo Roberto S. Brofman – Instituto Carlos Chagas (FIOCRUZ/PR), Curitiba, PR – Brasil

Pedro A. Lemos – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Protásio Lemos da Luz – Instituto do Coração do Hcfmusp (INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Reinaldo B. Bestetti – Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Ribeirão Preto, SP – Brasil

Renato A. K. Kalil – Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul (IC/FUC), Porto Alegre, RS – Brasil

Ricardo Stein – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS), Porto Alegre, RS – Brasil

Salvador Rassi – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FM/

GO), Goiânia, GO – Brasil

Sandra da Silva Mattos – Real Hospital Português de Beneficência em Pernambuco, Recife, PE – Brasil

Sandra Fuchs – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS – Brasil

Sergio Timerman – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (INCOR HC FMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Silvio Henrique Barberato – Cardioeco Centro de Diagnóstico Cardiovascular (CARDIOECO), Curitiba, PR – Brasil

Tales de Carvalho – Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Florianópolis, SC – Brasil

Vera D. Aiello – Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da (FMUSP, INCOR), São Paulo, SP – Brasil

Walter José Gomes – Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP – Brasil

Weimar K. S. B. de Souza – Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (FMUFG), Goiânia, GO – Brasil

William Azem Chalela – Instituto do Coração (INCOR HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Wilson Mathias Junior – Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP – Brasil

Exterior

Adelino F. Leite-Moreira – Universidade do Porto, Porto – Portugal Alan Maisel – Long Island University, Nova York – Estados Unidos Aldo P. Maggioni – ANMCO Research Center, Florença – Itália

Ana Isabel Venâncio Oliveira Galrinho – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal Ana Maria Ferreira Neves Abreu – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal Ana Teresa Timóteo – Hospital Santa Marta, Lisboa – Portugal

Cândida Fonseca – Universidade Nova de Lisboa, Lisboa – Portugal Fausto Pinto – Universidade de Lisboa, Lisboa – Portugal

Hugo Grancelli – Instituto de Cardiología del Hospital Español de Buenos Aires – Argentina

James de Lemos – Parkland Memorial Hospital, Texas – Estados Unidos João A. Lima, Johns – Johns Hopkins Hospital, Baltimore – Estados Unidos John G. F. Cleland – Imperial College London, Londres – Inglaterra Jorge Ferreira – Hospital de Santa Cruz, Carnaxide – Portugal

Manuel de Jesus Antunes – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal Marco Alves da Costa – Centro Hospitalar de Coimbra, Coimbra – Portugal Maria João Soares Vidigal Teixeira Ferreira – Universidade de Coimbra, Coimbra – Portugal

Maria Pilar Tornos – Hospital Quirónsalud Barcelona, Barcelona – Espanha Nuno Bettencourt – Universidade do Porto, Porto – Portugal

Pedro Brugada – Universiteit Brussel, Brussels – Bélgica

Peter A. McCullough – Baylor Heart and Vascular Institute, Texas – Estados Unidos

Peter Libby – Brigham and Women’s Hospital, Boston – Estados Unidos

Roberto José Palma dos Reis – Hospital Polido Valente, Lisboa – Portugal

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Sociedade Brasileira de Cardiologia

Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos

SBC/DA – Antonio Carlos Palandri Chagas SBC/DCC – Bruno Caramelli

SBC/DCC/CP – Klebia Magalhães Pereira Castello Branco

SBC/DCM – Celi Marques Santos SBC/DECAGE – Izo Helber

SBC/DEIC – Evandro Tinoco Mesquita SBC/DERC – Gabriel Leo Blacher Grossman SBC/DFCVR – Antoinette Oliveira Blackman SBC/DHA – Audes Diógenes de

Magalhães Feitosa

SBC/DIC – Carlos Eduardo Rochitte SBCCV – Eduardo Augusto Victor Rocha SOBRAC – Ricardo Alkmim Teixeira SBHCI – Ricardo Alves da Costa

DCC/GAPO – Danielle Menosi Gualandro DCC/GECETI – Luiz Bezerra Neto DCC/GECO – Roberto Kalil Filho DCC/GEMCA – Roberto Esporcatte DCC/GERTC – Adriano Camargo de Castro Carneiro

DEIC/GEICPED – Estela Azeka

DEIC/GEMIC – Marcus Vinicius Simões DERC/GECESP – Clea Simone Sabino de Souza Colombo

DERC/GECN – Lara Cristiane Terra Ferreira Carreira

DERC/GERCPM – Carlos Alberto Cordeiro Hossri

GECIP – Marcelo Luiz da Silva Bandeira GEECG – Carlos Alberto Pastore

DCC/GETA – Carlos Vicente Serrano Junior DCC/GECRA – Sandra Marques e Silva Presidente (Licenciado)

Marcelo Antônio Cartaxo Queiroga Lopes Presidente

Celso Amodeo Diretor Financeiro Ricardo Mourilhe Rocha Diretor Científico Fernando Bacal Diretor Administrativo Olga Ferreira de Souza

Diretor de Qualidade Assistencial Sílvio Henrique Barberato Diretor de Comunicação Harry Corrêa Filho

Diretor de Tecnologia da Informação Leandro Ioschpe Zimerman

Diretor de Relações Governamentais Nasser Sarkis Simão

Diretor de Relação com Estaduais e Regionais João David de Souza Neto

Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular – SBC/Funcor José Francisco Kerr Saraiva

Diretora de Departamentos Especializados Andréa Araujo Brandão

Diretor de Pesquisa David de Pádua Brasil

Coordenadora de Ciência, Tecnologia e Inovações

Ludhmila Abrahão Hajjar Coordenador de Educação Médica Continuada Brivaldo Markman Filho

Coordenadora de Acompanhamento da Gestão e Controle Interno

Gláucia Maria Moraes de Oliveira Coordenador de Compliance e Transparência

Marcelo Matos Cascudo

Coordenador de Assuntos Estratégicos Hélio Roque Figueira

Editor do ABC Cardiol Carlos Eduardo Rochitte Editor do IJCS

Claudio Tinoco Mesquita

Coordenador da Universidade do Coração Evandro Tinoco Mesquita

Coordenador de Normatizações e Diretrizes

Brivaldo Markman Filho

Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL – Carlos Romerio Costa Ferro SBC/AM – Kátia do Nascimento Couceiro SBC/BA – Gilson Soares Feitosa Filho

SBC/CE – Gentil Barreira de Aguiar Filho SBC/DF – Alexandra Oliveira de Mesquita SBC/ES – Tatiane Mascarenhas Santiago Emerich SBC/GO – Leonardo Sara da Silva

SBC/MA – Mauro José Mello Fonseca SBC/MG – Henrique Patrus Mundim Pena SBC/MS – Gabriel Doreto Rodrigues SBC/MT – Marcos de Thadeu Tenuta Junior SBC/NNE – Nivaldo Menezes Filgueiras Filho SBC/PA – Dilma do Socorro Moraes de Souza SBC/PB – Lenine Angelo Alves Silva SBC/PE – Fernando Ribeiro de Moraes Neto SBC/PI – Luiz Bezerra Neto

SBC/PR – Raul DAurea Mora Junior SOCERJ – Wolney de Andrade Martins SBC/RN – Maria Sanali Moura de Oliveira Paiva SOCERON – Daniel Ferreira Mugrabi SOCERGS – Mario Wiehe

SBC/SC – Amberson Vieira de Assis

SBC/SE – Eryca Vanessa Santos de Jesus

SOCESP – João Fernando Monteiro Ferreira

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Volume 116, Nº 4, Supl. 1, Abril 2021

Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed

Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a

opinião da SBC.

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contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, “a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)”.

Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:

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http://abccardiol.org/

SciELO: www.scielo.br

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Caros Colegas,

É com grande honra que publicamos em anexo os trabalhos aprovados no ano de 2021 no XXI Congresso Acadêmico da Sociedade Brasileira das Ligas de Cardiologia. Apesar das adversidades ainda enfrentadas devido a pandemia da COVID-19, o evento contou com enorme prestígio e reconhecimento, sendo elogiado por grandes nomes docentes da Cardiologia Brasileira.

A qualidade científica do Congresso Acadêmico, desfruta de cada vez mais avanços principalmente pelo aumento gradual do número de trabalhos recebidos. As notas exigidas pelas avaliações seguiram critérios cada vez mais minuciosos, sendo as avaliações feitas por 36 docentes, os quais juntos formaram a Comissão de Temas Livres.

Os documentos recebidos enquadram-se em comunicações orais e e-pôster. As comunicações orais incluíram estudos da área básica, área clínica e área cirúrgica de possibilidade temática das três áreas . Aos e-pôsters ficaram disponíveis, além dos estudos já antecipados, os relatos de caso.

Os trabalhos apresentados em comunicações orais foram passíveis de discussões com três docentes em cada sala, sendo esta estrutura, muito valorizada por permitir uma maior interação e um maior contato interdisciplinar, tendo em vista público-alvo vasto do Congresso. Os trabalhos premiados foram divididos por categoria e os alunos os quais atingiram maior nota segundo a abordagem do tema de seu trabalho, receberam notoriedade.

Seus frutos elucidam o encargo e responsabilidade da SBLC no que tange a integração científica de discentes de todo o país, além de, permitir grandes oportunidades a todos os universitários, de maneira acessível e de qualidade.

A totalidade de temas livres aprovados no XXI Congresso Acadêmico de Cardiologia da SBLC encontra-se publicada em suplemento especial dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia. A Comissão Científica do XXI Congresso Acadêmico de Cardiologia da SBLC parabeniza a todos os estudantes que tiveram empenho em manter a produção científica em meio ao atual período, ficamos radiantes com tamanho apoio e participação, esperando cada vez mais integração brasileira dos estudantes de todo país e perspectivas cada vez maiores.

Nos encontramos em 2022!

Lígia Diniz Pereira Andriolo

(Presidente SBLC) Isabela de Andrade Cassandre

(Vice-Presidente SBLC) Miguel Antonio Moretti (Presidente da Comissão Científica)

Amanda Pereira Matos

(Diretora da Comissão Científica) José Héracles Rodrigues Ribeiro de Almeida (Diretor da Comissão Científica)

André Cintra Bachega

(Diretor da Comissão Científica) Letícia Rodrigues Gatti Pérez

(Diretora da Comissão Científica)

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XXI CONGRESSO ACADÊMICO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DAS LIGAS

DE CARDIOLOGIA

Resumos das Apresentações

(8)

TEMAS LIVRES

001

ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

PERFIL DA MORTALIDADE POR TRANSTORNO DE CONDUÇÃO E ARRITMIAS CARDÍACAS NO ESTADO DE SÃO PAULO, 2015 A 2019

MARIELLE NEIVA DA SILVA, MARIANA SCHIMMING DE LIMA, MAIRA LUÍSA NEIVA DA SILVA, ALLAN GUILHERME ALCÂNTARA TRENTINI

Introdução: A literatura acerca da epidemiologia dos óbitos por transtornos de condução e arritmias cardíacas (TCAC) é escassa e representa um indicador de vigilância dos serviços de saúde que adverte quanto à necessidade de investigação ampla sobre o problema nas diferentes localidades. Objetivo: Expor a mortalidade, ocasionada por TCAC, no estado de São Paulo, no período compreendido entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019.

Metodologia: Trata-se de estudo retrospectivo, descritivo e analítico de uma série histórica.

Foram analisados os registros de óbitos por TCAC do setor público e do particular custeado pelo SUS no âmbito suplementar no estado de São Paulo. Os dados foram obtidos pelo DATASUS. O período de estudo (2015-2019) foi escolhido por indicar o atual cenário da mortalidade por TCAC. Os parâmetros avaliados foram: número absoluto de óbitos, taxa de mortalidade, sexo, raça e faixa etária. Os achados foram apresentados de acordo com a estatística descritiva. Por se tratar de dados públicos e sem identificação individual o presente estudo não precisou ser submetido ao Comitê de Ética em Pesquisas em Seres Humanos.

Resultados: Durante o período, observou-se 11.260 óbitos por TCAC. A taxa de mortalidade do período foi de 13,30 e dos anos 2015, 2016, 2017, 2018 e 2019 foram, respectivamente, iguais à 12,41; 13,07; 14,20; 13,56; 13,24. O ano com maior número de óbitos foi 2017, correspondendo a 21,5% dos óbitos. O sexo masculino foi o mais acometido, com 54,6%

dos óbitos contra 45,4% no sexo feminino (taxa de mortalidade 13,84 – 12,71). Os óbitos registrados por TCAC formaram maioria em indivíduos da etnia amarela (21,43). Notou-se, ainda, aumento da mortalidade com o avanço da idade, sendo que, indivíduos com mais de 80 anos apresentaram a maior taxa de mortalidade (16,25). Discussão: As evidências obtidas revelam variações da taxa de mortalidade ao longo do tempo, assim como influência dos fatores sexo, raça e idade. A oscilação de óbitos no período estudado pode ser resultado da qualidade dos serviços de saúde. A maior resistência do sexo masculino em procurar o serviço de saúde pode justificar as maiores taxas desse grupo. A população amarela apresenta piores desfechos, provavelmente por fatores genéticos que predispõem às doenças cardiovasculares. O aumento da expectativa de vida dos brasileiros e as alterações estruturais e hemodinâmicas do sistema cardiovascular causadas pelo envelhecimento natural elevam a taxa de mortalidade por TCAC. Conclusão: Em São Paulo, TCAC é uma causa importante de mortalidade, sendo superior em idosos, no sexo masculino e na etnia amarela. Esses achados corroboram a necessidade da implementação de medidas mais efetivas de controle da patologia, além de estratégias de promoção e prevenção à saúde que contemplem as características da população do território.

003

ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

ANÁLISE DO PERFIL DAS INTERNAÇÕES POR HIPERTENSÃO NO SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE.

MARIANA SCHIMMING DE LIMA, MARIELLE NEIVA DA SILVA, MAIRA LUÍSA NEIVA DA SILVA, ALLAN GUILHERME ALCÂNTARA TRENTINI

Introdução: A hipertensão essencial (HE) é a elevação da pressão arterial acima de 140/90 mmHg, sem doença secundária identificada. A HE é o principal fator de risco para doenças cardiovasculares no mundo. As internações causadas por essa patologia geram altos custos para o sistema de saúde. Objetivo: Analisar e descrever a epidemiologia das internações por HE nas diferentes regiões do Brasil no período compreendido entre 2015 e 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e analítico de uma série histórica. Foram analisadas as internações por HE, incluindo registros do setor público e do particular, custeado pelo SUS no âmbito suplementar, nas diversas regiões do Brasil entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Os dados foram obtidos pelo DATASUS. O período foi escolhido por indicar o atual cenário das internações por HE. Os parâmetros avaliados foram: número de internações, faixa etária, raça, sexo e região de internação. Os achados foram apresentados em tabelas e gráficos, de acordo com a estatística descritiva e empregando resultados percentuais. Este estudo não foi apresentado para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que, as informações aqui discutidas são de acesso livre online, de interesse e consulta pública. Resultados: Do total de 405.034 internações registrados, 22,9% ocorreram em 2015; 20% em 2016; 19,7% em 2017; 19,1% em 2018 e 18,1% em 2019. A região Nordeste registrou o maior número de internações durante o período estudado (37,2%), seguida pelo Sudeste (31,1%), Sul (12,7%), Norte (11%) e Centro-oeste (6,8%). As internações registradas mostraram maioria em indivíduos pardos (38,85%) e predomínio no sexo feminino (58,8%) em relação ao masculino (41,2%). A faixa etária mais acometida foi entre 60 e 69 anos (22,3%), seguida da faixa etária de 70 a 79 anos (20,4%), 50 a 59 anos (18,3%) e 40 a 49 anos (12,2%). Discussão: Os resultados revelam variações quantitativas das internações por HE entre regiões, raça, sexo, faixa etária e ano.

O decréscimo de internações reflete a introdução da HAS na lista brasileira de Internações por Condições Sensíveis à Atenção Básica. Os recursos encontrados em cada município, o tamanho da população adscrita, a desigualdade social na oferta de serviços de saúde e a idade da população são fatores que impactam as taxas de internação por HE. As mudanças hormonais que fragilizam o sistema cardiovascular e a menor adesão ao tratamento pela população feminina corroboram os dados encontrados. Conclusão: A caracterização das internações por HE nas diversas regiões do Brasil mostrou predomínio na região Nordeste, em pardos, idosos e no sexo feminino. Apesar da queda nos casos de internação, os resultados apresentados evidenciam a necessidade de medidas mais efetivas de controle da HE, além de estratégias de promoção e prevenção à saúde diversificada que contemplem as características da população do território.

002

ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

ANÁLISE DO PERFIL DA MORTALIDADE POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO PERÍODO DE 2015 A 2019: UMA COMPARAÇÃO ENTRE PARANÁ E BAHIA.

MARIANA SCHIMMING DE LIMA, MARIELLE NEIVA DA SILVA, MAIRA LUÍSA NEIVA DA SILVA, ALLAN GUILHERME ALCÂNTARA TRENTINI

Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é caracterizada pela falência do coração e inadequação do débito cardíaco em atender às necessidades metabólicas do organismo.

É um problema de saúde pública que evolui com alta mortalidade. Objetivo: Expor a mortalidade por IC nos estados do Paraná (PR) e da Bahia (BA) no período compreendido entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo e analítico de uma série histórica. Foi analisado o número de óbitos por IC no período entre janeiro de 2015 e dezembro de 2019, nos estados do PR e BA. Os dados foram obtidos pelo DATASUS e codificados conforme a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde: Capítulo IX: I50 para IC. O período analisado foi escolhido por indicar o atual cenário da mortalidade por IC. Os parâmetros avaliados foram: número absoluto de óbitos, taxa de mortalidade, faixa etária, raça e sexo. Os achados foram apresentados de acordo com a estatística descritiva.

Este estudo não foi apresentado para apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa, uma vez que, as informações aqui discutidas são de acesso livre online, de interesse e consulta pública. Resultados: Dos 16.694 óbitos por IC nos dois estados, 51,3% ocorreu no PR e 48,6% na BA. A taxa de mortalidade média do período foi de 7,64 (PR) e 10,54 (BA).

As taxas de mortalidade do PR nos anos de 2015, 2016, 2017, 2018 e de 2019 foram, respectivamente, iguais à 7,91; 7,61; 7,28; 7,91; 7,51. Já na BA foram de 9,28; 10,22;

11,00; 11,52; 11,02. O sexo feminino apresentou maior taxa de mortalidade (8,89) quando comparado ao masculino (8,76). Indígenas apresentaram maior mortalidade (11,43) seguidos por amarelos (10,07) em ambos os estados. Notou-se o aumento da mortalidade a partir dos 50 anos, sendo que, indivíduos com mais de 80 anos apresentaram a maior taxa de mortalidade no PR (12,11) e na BA (15,21). Discussão: Os resultados identificam a influência das variáveis como região, sexo, idade, raça e etnia sobre a mortalidade por IC.

Alterações estruturais e funcionais do coração decorrentes do envelhecimento contribuem para o aumento da mortalidade por IC. A dificuldades de acesso às informações e serviços de saúde parecem estar relacionadas com a alta mortalidade encontradas nas populações indígena e parda. O melhor enfrentamento da doença na região sul, com diagnóstico e tratamento assertivos, facilidade de acesso ao serviço de saúde e a alta prevalência de fatores de risco cardiovasculares em mulheres corroboram os achados deste estudo.

Conclusão: A BA apresenta maior mortalidade por IC quando comparada com o PR. Este estudo corrobora a necessidade de medidas mais efetivas de controle da patologia, além de projetos de promoção à saúde direcionados às populações mais vulneráveis como a idosa, indígena e parda, de acordo com as características de cada território.

004

ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

IMPACTO DA ADERÊNCIA A VARFARINA DURANTE E APÓS O ACOMPANHAMENTO FARMACÊUTICO EM PACIENTES COM BAIXA QUALIDADE DE TRATAMENTO COM VARFARINA

BRUNO BOER, LEILIANE RODRIGUES MARCATTO, PAULO CALEB JUNIOR LIMA SANTOS

Introdução: A não adesão ao tratamento com varfarina contribui para a baixa qualidade do tratamento aumentando os riscos de eventos adversos. Tem sido estudado na literatura maneiras de aprimorar a aderência ao tratamento. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi avaliar o impacto da aderência ao tratamento com varfarina na qualidade da anticoagulação durante 12 semanas de acompanhamento com o farmacêutico e após 1 ano da finalização do acompanhamento farmacoterapêutico em pacientes com fibrilação atrial (FA) com baixo tempo dentro da faixa terapêutica (TTR). Metodologia: Foram avaliados 2620 pacientes e destes 262 foram incluídos. Foram incluídos pacientes com FA não valvar e com TTR<50%. Ao longo das 12 semanas de acompanhamento com o farmacêutico, a aderência ao tratamento foi avaliada por questionário e pela contagem de comprimidos.

A aderência foi classificada como alta, média ou baixa. Sendo alta a aderência daquele paciente que, durante as 12 semanas de acompanhamento com o farmacêutico, tomou a medicação como prescrito, sem nenhuma falha, média a aderência do paciente que falhou em tomar a medicação apenas uma vez nesse período e baixa a aderência do paciente que falhou duas ou mais vezes. Resultados: Dos 262 pacientes incluídos, 160 foram classificados com alta aderência, 71 com média aderência e 31 com baixa aderência.

Além disso, não foram encontradas diferenças estatísticas significantes entre os grupos em variáveis clínicas e demográficas (gênero, idade, raça, entre outras). O TTR basal não apresentou diferença entre os grupos e a aderência não foi avaliada antes da entrada deles no protocolo. No entanto, quando comparado o valor de TTR após 12 semanas de acompanhamento com o farmacêutico de acordo com grupo de aderência, identificamos que o grupo de alta aderência possui o TTR maior que os outros grupos (0.614 versus 0.490 versus 0.359, p <0.001; alta, média e baixa aderência, respectivamente). Além disso, quando comparamos o TTR 1 ano após o fim do acompanhamento com o farmacêutico de acordo com o grupo de aderência, também observamos que o grupo de alta aderência possui o TTR maior que os outros grupos (0.608 versus 0.517 versus 0.467, p <0.002;

alta, média e baixa aderência, respectivamente). Discussão e Conclusão: Pacientes que aderiram ao tratamento com varfarina durante o acompanhamento farmacêutico obtiveram melhor qualidade de anticoagulação comparados aos que não aderiram. Além disso, esse resultado é sustentado em longo prazo, mostrando que a aderência é um fator que afetou a qualidade da anticoagulação. É importante destacar que a equipe multidisciplinar desempenha papel essencial na avaliação da aderência ao tratamento, e que essa equipe deve sempre buscar formas de aumentá-la.

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Arq Bras Cardiol. 2021; 116(4 supl. 1):1-20

Resumos Temas Livres

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

RELAÇÃO ENTRE O APARECIMENTO DA DEMÊNCIA E A PRESENÇA DE INFLAMAÇÃO SECUNDÁRIA À FIBRILAÇÃO ATRIAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

LARYSSA DINIZ MAIA DE VASCONCELOS, RAQUEL DANTAS ALVES FIGUEIREDO, EMÍLIO ABRAÃO NUNES LIMA, LUIZ ARTHUR FERREIRA BELARMINO, LÍVIA DANTAS FRAGOSO, EDNALDO SÁTIRO DE ALENCAR DANTAS, FLÁVIA THALIA GUEDES FARIAS, TIAGO BRUNO CARNEIRO DE FARIAS

Introdução: A fibrilação atrial (FA) é uma arritmia muito comum, além de ser a principal causa de acidente vascular encefálico (AVE). Mecanismos secundários a essa patologia, como a presença de inflamação sistêmica e o envolvimento de seus marcadores, podem ser preditivos para o risco de AVE, disfunção cognitiva e demência. Objetivo: Relacionar o mecanismo inflamatório presente na FA com a maior predisposição ao surgimento de demência. Metodologia: Foi realizado levantamento bibliográfico do período de 2016 a 2021 nas bases de dados PubMed, Scielo e Lilacs, utilizando-se as palavras-chaves “Dementia”, “Atrial Fibrillation” e “Inflammation”, sendo encontrados 35 artigos. Destes, excluíram-se os artigos repetidos e que não se referiram à inflamação secundária à FA, restando, assim, 14 artigos, que foram analisados para este estudo.

Resultados: A FA está associada ao comprometimento cognitivo do paciente, independentemente de AVE, além de uma maior probabilidade de apresentar déficit cognitivo. As causas determinantes desse envolvimento estão elucidadas, mas o fator inflamatório parece ser a que mais abre perspectivas. Evidências recentes mostram que a FA se associa a níveis elevados de proteína C reativa, IL-2, IL-6, IL-8, TNF-α e outras citocinas inflamatórias. Discussão: A FA aumenta o risco de AVE e a demência é uma consequência comum desse quadro, ainda que a associação entre ambas tenha sido evidenciada também em pacientes sem AVE prévio. Dentre os fatores relacionados ao surgimento da demência, a atuação das citocinas inflamatórias ocasiona uma resposta da inflamação comum a vários processos, em especial nas demências vasculares e de início misto. Ademais, diante da probabilidade de a trombina ser um mediador chave do estado inflamatório, a anticoagulação pode ser eficaz para reduzir o risco de demência nos pacientes com FA. Entretanto, ainda que se esboce essa relação dos mecanismos inflamatórios da FA com a apresentação da demência, os estudos até este tempo não concluem precisamente essa associação, se fazendo necessárias novas pesquisas para investigar melhor como o déficit cognitivo pode ser suscitado nos pacientes que apresentam previamente a arritmia cardíaca em questão. Conclusão: O estado pró-inflamatório associado à FA tem forte indício de relação com o desenvolvimento da demência. Porém, os materiais explorados não evidenciaram resultados satisfatórios dos quais possam-se extrair conclusões elucidadas do meio científico até o momento.

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

POLIMORFISMOS DO GENE MTHFR EM PACIENTES COM ANEMIA FALCIFORME:

CORRELAÇÃO COM PROBLEMAS CARDIOVASCULARES

BRENDA ELLEN MENESES CARDOSO, MARIA EDUARDA CAMPOS BEZERRA, FERNANDO SOUSA NOGUEIRA DA CRUZ, FRANCISCO LUCAS LIMA DA PAZ, BIANCA ARAUJO FONTENELE, MATHEUS LOPES MARTINS, ANA ANDREZA ALBUQUERQUE MEDEIROS, SABRINA CARVALHO MELO, ELIAS PEREIRA MOTA NETO, LUAN KELVES MIRANDA DE SOUZA

Introdução: A anemia falciforme é uma hemoglobinopatia autossômica recessiva que resulta em uma mutação no gene da cadeia β-globina, produzindo hemoglobina S, cujas moléculas polimerizam durante a desoxigenação, causando sintomas que se associam a crises vaso-oclusivas e à redução do carreamento do oxigênio. Assim, esse distúrbio está diretamente relacionado com a ocorrência de alterações cardiovasculares, como isquemia miocárdica, cardiomegalia e cor pulmonale. Estudos indicam que o fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares se associa com a variante C677T do gene MTHFR (metilenotetraidrofolato redutase), responsável por aumento dos níveis séricos de homocisteína total. Objetivos: Abordar a relação entre polimorfismos do gene MTHFR em pacientes com anemia falciforme e o risco de eventos cardiovasculares através de uma revisão de literatura. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, com perspectiva qualitativa, realizada através de buscas nas bases de dados Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos (PubMed) e Biblioteca Eletrônica Científica Online (Scielo), utilizando os descritores: sickle cell disease, sickle cell anemia, cardiovascular diseases, methylenetetrahydrofolate reductase (NADPH2). Resultados: Inicialmente, foram encontrados 20 resultados para a pesquisa. Atribuindo-se o recorte de tempo de 10 anos (2011-2021), encontramos 10 publicações científicas, das quais selecionamos aquelas que correspondem aos ideais da revisão, excluindo as que não estavam disponíveis integralmente. Discussão: O risco cardiovascular é uma parte relevante da morbidade e mortalidade da anemia falciforme, haja vista que ela promove isquemia, lesão endotelial, estresse oxidativo e inflamatório, aumento da resistência vascular, trombose in situ, proliferação de músculo liso e da camada íntima etc. As alterações cardiovasculares envolvem hemólise crônica, disfunção diastólica do ventrículo esquerdo, disritmia, elevação da pressão sistólica da artéria pulmonar, hipertensão pulmonar, doença renal crônica, com proteinúria, microalbuminúria e hemoglobinúria, insuficiência cardíaca, acidente vascular cerebral, síndrome coronariana aguda e até mesmo morte súbita. Na anemia falciforme, fatores pró- coagulantes e anticoagulantes são alterados, resultando no estado hipercoagulável imposto pela doença. Associado a isso, se encontra o polimorfismo MTHFR C677T, que causa diminuição na atividade da enzima chave no metabolismo da homocisteína (Hcy) (MTHFR). O aumento dos níveis plasmáticos de Hcy pode causar danos ao endotélio vascular, favorecendo a ocorrência de complicações cardiovasculares.

Conclusão: A anemia falciforme é uma das doenças genéticas mais prevalentes na população brasileira. Seus portadores possuem maiores chances de desenvolver eventos cardiovasculares, de forma que, a longo prazo, isso possui um grande efeito na qualidade de vida e na longevidade do indivíduo.

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

PROGRAMA DE EXTENSÃO REANIMA: O PRIMEIRO ANO CAPACITANDO LEIGOS EM REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR DE FORMA ONLINE DEVIDO À PANDEMIA DE COVID-19.

LUIZA SALATINO, JÉSSICA EDUARDA DALLAQUA, MARCELLY FIAME GOMES, CAROLINA PONTE LAUDA, RAFAEL FORTES LOCATELI, MIRIÃN MICHELOTTI LOUREIRO, JÉSSICA MARDER, MARINEL MÓR DALL'AGNOL

Introdução: As doenças cardiovasculares são as principais causas de óbitos no Brasil, sendo que metade das paradas cardiorrespiratórias ocorrem fora do ambiente hospitalar.

Diante disso, foi criado o Programa de Extensão Universitária Reanima, sob coordenação do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

O Programa tem o propósito de difundir conhecimento entre leigos por meio de oficinas sobre reanimação cardiopulmonar (RCP) desde o ano de 2013. Com o surgimento da pandemia, devido ao vírus SARS-CoV-2, as capacitações, que antes ocorriam de forma teórico-prática presencial passaram a ocorrer de modo online. Objetivo: Relatar a experiência da atuação do Reanima ao capacitar leigos em RCP de modo online durante o ano de 2020. Metodologia: Foram realizadas 7 capacitações online durante o ano de 2020 pela plataforma Google Meets. O público-alvo foram acadêmicos de graduação da UFSM e da Universidade Franciscana (UFN). A equipe organizou as capacitações através das redes sociais. A apresentação foi teórica, com duração de cerca de 50 minutos. Foi utilizada uma apresentação de slides, incluindo vídeos gravados pela equipe para que a aula se tornasse mais didática e fiel às capacitações presenciais. Resultados: Em 2020, o Reanima capacitou graduandos da UFSM e da UFN, totalizando 71 acadêmicos, 25 deles do curso de Medicina, 30 da Fisioterapia, 8 da Enfermagem e 8 da Empresa Júnior Automatiza (formada por acadêmicos do Centro de Tecnologias da UFSM). Discussão: Diante da pandemia, a equipe Reanima precisou se adaptar, para continuar as capacitações. Assim sendo, abrimos mão da parte prática das capacitações. Porém, de acordo com um estudo realizado por Hassanzadeh et al., os melhores resultados alcançados em relação à aprendizagem ocorrem quando a prática do RCP é associada à aula teórica. Assim, a solução encontrada foi a realização e inserção de vídeos na apresentação, demonstrando como se realiza a RCP e como é utilizado o desfibrilador externo automático (DEA). O apresentador da equipe deixava a câmera ligada, possibilitando a demonstração da posição das mãos e a hiperextensão da cabeça, essenciais para a realização da RCP. Os problemas enfrentados foram ausência da parte prática, a qualidade da conexão com a internet e do áudio das plataformas online. Apesar disso, a equipe recebeu respostas positivas por parte dos capacitados, incluindo o desejo por capacitações práticas presenciais, assim que possível, junto à equipe. Conclusão: As capacitações online foram uma forma de continuarmos a transmitir conhecimentos mesmo com o distanciamento decorrente da pandemia. A equipe buscou fazer o seu melhor na condição atual para ensinar os participantes e, apesar dos problemas enfrentados, acreditamos que proporcionamos o ensino da RCP de uma forma divertida e leve aos participantes. Apoio: FIEX.

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

RISCO DE DANO CARDIOVASCULAR AUMENTADO EM PACIENTES COM ARTRITE REUMATOIDE: IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO MÉDICO

MATHEUS LOPES MARTINS, SABRINA CARVALHO MELO, BRENDA ELLEN MENESES CARDOSO, MARIA EDUARDA CAMPOS BEZERRA, FERNANDO SOUSA NOGUEIRA DA CRUZ, FRANCISCO LUCAS LIMA DA PAZ, BIANCA ARAUJO FONTENELE, ANA ANDREZA ALBUQUERQUE MEDEIROS, ELIAS MOTA PEREIRA NETO, LUAN KELVES MIRANDA DE SOUZA

Introdução: A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica autoimune, na qual as membranas sinoviais são afetadas por um processo inflamatório e evoluem com deterioração da articulação e limitação funcional. Pacientes com AR apresentam manifestações extra-articulares e possuem risco aumentado para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), devido ao processo inflamatório crônico promovido pela AR. Isso se traduz em maior morbidade e mortalidade de pacientes portadores de AR por aumento do risco de dano cardiovascular.

Objetivos: Discutir sobre o risco de dano cardiovascular aumentado na artrite reumatoide e a importância do acompanhamento médico desses pacientes. Metodologia: Para a elaboração do presente estudo foi realizada uma revisão bibliográfica na base de dados Pubmed, utilizando os descritores “rheumatoid arthritis” e “cardiovascular disease” e o operador booleano “AND”, além de filtrar os últimos 5 anos. Resultados: Foram localizados 1086 resultados, sendo selecionados os trabalhos que relacionam a inflamação intrínseca à AR ao aumento de danos cardiovasculares e que abordam a importância do acompanhamento médico do paciente com AR devido ao risco cardiovascular aumentado. Discussão: Estudos mostram que pacientes com AR apresentam maior mortalidade por eventos cardiovasculares quando comparados à população geral e é comprovado o risco maior de desenvolver doença aterosclerótica, cardiopatia isquêmica, infarto agudo do miocárdio (IAM), insuficiência cardíaca e eventos cerebrovasculares. Esse aumento se dá devido a um conjunto de fatores pró- inflamatórios da atividade da AR, os quais podem estar acompanhados ou não de fatores de risco cardiovasculares tradicionais, como obesidade, dislipidemia e tabagismo. A doença cardiovascular na AR está relacionada a mecanismos fisiopatológicos que irão promover a liberação de quimiocinas e citocinas pró- inflamatórias, como interleucina[IL]-6 e IL-3, fator de necrose tumoral (TNF), além do marcador de inflamação, a proteína C reativa (PCR). Ademais, há uma desregulação da homeostase vascular pelo desequilíbrio entre as espécies reativas de oxigênio (EROs) e os antioxidantes, levando a um estado de estresse oxidativo. Todos esses fatores culminam no desenvolvimento de eventos cardiovasculares separados em três categorias: aterosclerose, tromboembolismo e disfunção cardíaca. Por isso, a Liga Europeia contra o Reumatismo (EULAR), recomenda a triagem, a identificação e o gerenciamento dos fatores de risco para DCV em pacientes reumáticos pelo menos uma vez a cada 5 anos, visando prevenir eventos cardiovasculares. Conclusão: Logo, observa-se que os mecanismos da fisiopatologia da AR e dos fatores de risco para DCV atuam em congruência para um mau prognóstico do paciente. Além disso, faz-se necessário o acompanhamento médico por meio de uma abordagem integrada voltada para o gerenciamento dos fatores de riscos do paciente com AR, haja vista as maiores morbidade e mortalidade sabidamente comprovadas nesse grupo.

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Resumos Temas Livres

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

SÍNDROME DE TAKOTSUBO: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA CARINE CRISTINA OLIVEIRA VIANA, LETÍCIA ALVES RODRIGUES SILVA, FERNANDO SOUSA NOGUEIRA DA CRUZ, MARIA EDUARDA CAMPOS BEZERRA, JOÃO MARIA BASTO CORREIA NETO, LARRUAMA SOARES FIGUEIREDO DE ARAUJO, ARIANE MATILDES DE OLIVEIRA, CAROLYNE MACHADO DESIDÉRIO, MARINA RODRIGUES COTINI, JOSÉ LOPES PEREIRA JÚNIOR

Introdução: A síndrome de Takotsubo, síndrome do coração partido ou miocardiopatia por estresse, é um termo relativamente novo e se refere a uma disfunção sistólica ventricular esquerda transitória, usualmente com dor torácica associada, na ausência de coronariopatia obstrutiva e deflagrada em grande parte dos casos por situação de estresse agudo (físico ou emocional). A síndrome foi descrita inicialmente em população asiática em 1991, mas logo a síndrome foi descrita em populações norte-americanas e europeias. Objetivos: Discutir acerca da prevalência, apresentação clínica e diagnóstico da Síndrome de Takotsubo. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter exploratório, realizada por meio de buscas nas principais bases de dados, como: Scielo, LILACS e PubMed. Foi realizada a combinação dos descritores “cardiomiopatia de takotsubo” e “takotsubocardiomyopathy” e seleção de artigos disponíveis integralmente e escritos nos últimos 5 anos. Resultados: Após a busca, foram localizados 961 trabalhos científicos e selecionados os que possuíam títulos que estabeleciam conexão com os objetivos do presente estudo, restando, ao final, 52 estudos. Discussão: A cardiomiopatia de Takotsubo, uma nova síndrome cardíaca, caracteriza-se por disfunção transitória do ventrículo esquerdo com dor torácica, alterações eletrocardiográficas e liberação discreta de enzimas mimetizando infarto agudo do miocárdio. A ventriculografia esquerda demonstra balonamento apical com hipercinesia do segmento basal do ventrículo, lembrando um halteres ou takotsubo (armadilha utilizada no Japão para pegar polvo). A síndrome descrita apresenta, como peculiaridade, o fato de seu desencadeamento estar ligado a alguns fatores bastante variáveis, sendo um deles o estresse. Todas as situações de estresse apresentam elevação das catecolaminas, que também podem ser causa de disfunção ventricular, como no feocromocitoma. Apesar de a causa ser desconhecida, a estimulação simpática exagerada tem sido proposta como um fator central na fisiopatologia. Pacientes com takotsubo têm maiores níveis de catecolaminas que pacientes com infarto com a mesma classe Killip. Diferenças regionais na sensibilidade ou na inervação adrenérgicas devem explicar apresentações clínicas diferentes e alterações segmentares. Finalmente, algumas investigações têm sugerido que o espessamento septal é um fator primordial na fisiopatologia da síndrome pela divisão do ventrículo esquerdo, o que resulta em balonamento no ápice, promovendo um disparo secundário para liberação adrenérgica.

Precipitada por forte estresse emocional, é mais comum em mulheres com idade variando entre 60 e 75 anos. O sintoma mais comum é a dor retroesternal; entretanto, alguns pacientes apresentam dispnéia, choque ou apenas anormalidades eletrocardiográficas. Conclusão: A síndrome de takotsubo é relativamente nova e pouco difundida na comunidade médica. Tal fato exige estratégias para maior conhecimento da mesma, a fim de melhorar o tempo diagnóstico e garantir um bom prognóstico para o paciente. Deve-se levar em conta as peculiaridades dessa síndrome, como a predisposição para mulheres pós menopausa, necessitando uma maior atenção para esse público.

Além disso, é importante salientar acerca da grande semelhança dos seus sintomas com os infarto agudo do miocárdio, o que evidencia a importância do diagnóstico diferencial na emergência médica.

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL EM PACIENTES INFECTADOS COM A SARS-COV-2 KEYSE CESAR DA COSTA, RAFAEL SIMPLÍCIO MARTINS, GUSTAVO AURÉLIO LINHARES DE MAGALHÃES, ANTÔNIO ALEXANDRE VALENTE MEIRELES, MARIA HELENA MENDONÇA DE ARAÚJO Introdução: A COVID-19 é uma doença causada pelo novo coronavírus, denominado SARS-CoV-2; e apresenta um espectro clínico variando de infecções assintomáticas a quadros graves. Os mecanismo de suas ações sistêmicas ainda não foram completamente elucidados. Entretanto, pesquisas tem associado a COVID-19 a múltiplas complicações cardiovasculares como o aumento de fenômenos tromboembólicos, incluindo episódios de acidente vascular cerebral (AVC). Objetivo: Identificar as evidências científicas existentes sobre a relação entre a infecção por SARS-CoV-2 e a ocorrência de episódios de acidente vascular cerebral. Metodologia: Estudo do tipo revisão narrativa realizado por meio de artigos científicos publicados nas bases de dados Pubmed, e Cochrane Library, utilizando os descritores “Stroke” e “Covid-19”. Os critérios de inclusão foram metanálises ou revisões sistemáticas publicadas de janeiro de 2020 a fevereiro de 2021, disponíveis nos idiomas inglês, espanhol ou português. Foram excluídos artigos duplicados e textos incompletos ou pagos. Obteve-se 62 artigos na busca inicial, dos quais 12 foram selecionados.

Resultados: A infecção por SARS-CoV-2, em comparação com os outros coronavírus e algumas doenças infecciosas sazonais, parece ser mais provável de causar eventos vasculares trombóticos, incluindo acidente vascular cerebral.

Estima-se um aumento de 5 a 8 vezes mais chances de acidente vascular cerebral nos pacientes com COVID-19 em comparação com a influenza. A maioria dos pacientes com evento vascular apresentava a forma grave de COVID-19, mostrando-se em diferentes estudos como fator de risco para AVC. Além disso, indivíduos com idade mais avançada e que possuem comorbidades cardiovasculares pré-existentes (hipertensão, diabetes mellitus, dislipidemia) são mais propensos a desenvolverem episódios de AVC. Investigações laboratoriais mostraram dímero D elevado, fibrinogênio e presença de anticorpos antifosfolípides em um significativo número de pacientes, fatores relacionados ao possível mecanismo fisiopatológico. O AVC isquêmico foi o subtipo de AVC mais comum. Em comparação aos indivíduos com AVC sem COVID-19, os infectados pela SARS-CoV-2 eram mais jovens e o AVC era mais frequentemente causado por oclusão de grandes artérias. Dentre os pacientes com COVID-19, os que desenvolveram AVC são mais velhos do que os pacientes sem acidente vascular cerebral. Discussão: A oclusão de grandes artérias no COVID-19 pode ser principalmente devido a cardioembolismo ou embolia paradoxal, e menos frequentemente devido à aterosclerose arterial e ruptura de placa, explicando assim a ocorrência de AVC entre pessoas sem fatores de risco vascular, em indivíduos com altos níveis de dímero D ou outros sinais de hipercoagulabilidade ou em pacientes com embolia pulmonar e trombose venosa. Os mecanismos fisiopatológicos são possivelmente multifatoriais e podem estar relacionados a mecanismos convencionais de AVC, com a COVID-19 agindo como um gatilho. Alternativamente, eles podem ser causados diretamente pela infecção por SARS-CoV-2 levando ao acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico por meio de mecanismos fisiopatológicos específicos. A elevação da dosagem do dímero D promove a ativação da via de coagulação. Assim, o COVID-19 pode produzir uma coagulopatia denominada Coagulopatia Induzida por Sepse (CIS) ou Coagulação Intravascular Disseminada (CIVD). A CIS está relacionada à resposta inflamatória sistêmica provocada pela infecção e à formação de microtrombos, gerando a falência de múltiplos órgãos. O COVID-19, semelhante a outros coronavírus, usa o receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE-2) para entrar nas células. Este receptor é expresso nos pulmões, coração, rins e endotélio vascular. Essa ligação promove inflamação nas células e regulação negativa do sistema renina-angiotensina (RAS) resultando em lesão e disfunção endotelial, aumento da atividade simpática, perda da autorregularão da pressão arterial e vasoconstrição com subsequente isquemia do órgão. Além disso, a perda de regulação do RAS pode aumentar a pressão arterial e colocar os pacientes já diagnosticado com hipertensão em maior risco de AVC hemorrágico. A afinidade do SARS-CoV-2 para receptores ACE2 provavelmente também permite que as artérias intracranianas sejam danificadas diretamente, causando ruptura da parede do vaso. Todos estes mecanismos, em sua conjuntura, podem levar a arritmias cardíacas, formação de trombos e aumentar o risco de acidente vascular cerebral. Ressalta-se ainda que um possível agravante para o desenvolvimento de complicações cerebrais e sistêmicas é o receio de ser infectado, reduzindo a procura por atendimento médico.

Conclusão: As doenças cerebrovasculares agudas não são incomuns em pacientes com COVID-19. O padrão de oclusão de grandes vasos e múltiplos infartos no território sugere que o tromboembolismo e/ou a trombose cerebral podem ser possíveis vias causais para a doença. Apesar de haver evidências científicas, mais estudos são necessários para fornecer estimativas mais robustas da associação entre AVC e COVID-19 e para elucidar sua fisiopatologia precisa.

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ÁREA BÁSICA - APRESENTAÇÃO ORAL

PROTOCOLO DE REPERFUSÃO EX VIVO E MARCADORES DE LESÃO CARDÍACA EM ANIMAIS INFARTADOS TRATADOS COM PATCHES DE COLÁGENO-FIBROÍNA DE SEDA-POLIANILINA

JULIANA FONZAR MARANA, LUIZA FERNANDES TAVARES DE SÁ, LINDEMBERG DA MOTA SILVEIRA FILHO

Introdução: O infarto agudo do miocárdio pode levar a perda de tecido cardíaco, remodelamento ventricular e insuficiência cardíaca (IC). O implante de patches com biomateriais é uma alternativa para regeneração miocárdica após a lesão. Esta pesquisa implantou patches de biomateriais sobre o coração de ratos infartados para induzir melhora no remodelamento cardíaco. Os patches substituíram a matriz extracelular, induziram quimiotaxia de células e serviram como ambiente adequado para diferenciação celular.

Colágeno e fibroína de seda são materiais utilizados na regeneração miocárdica e a polianilina possui características de condutividade elétrica. Objetivos: Testar a segurança da aplicação dos patches utilizados sobre epicárdio infartado de ratos através de marcadores cardíacos. Avaliar a viabilidade do protocolo de reperfusão ex vivo em modelo de coração isolado em Langendorf. Metodologia: Foram utilizados ratos Wistar, mantidos conforme critérios do CBEA. Protocolo nº4417-1/2017 CEUA. Cada animal foi infartado pelo seguinte processo: Após tricotomia, pesagem, anestesia e intubação foi administrada lidocaína intramuscular. Realizou-se toracotomia esquerda, secção de pericárdio, tracionamento de átrio esquerdo e ligadura da artéria descendente anterior. A seguir, manobra de valsalva, fechamento do tórax e extubação. A ecocardiografia foi realizada após 2 semanas. Animais com área infartada acima de 25% do ventrículo esquerdo foram submetidos a nova toracotomia e aleatorizados entre os grupos: Grupo 1: Controle; Grupo 2: Scaffold com COL-SF sobre a região infartada; Grupo 3: Scaffold com COL-SF-Polianilina sobre região infartada. Todos os animais realizaram ecocardiografia 2 e 8 semanas após o tratamento, quando foi realizada eutanásia, cardiectomia e coleta de sangue. As análises bioquímicas foram: creatina-quinase MB (CK-MB) e lactato desidrogenase (LDH). Para protocolo experimental envolvendo a perfusão em coração isolado ex vivo, foi utilizada a técnica de perfusão retrógrada com Langendorff. Resultados e discussão: Tanto a CK-MB como a LDH não apresentaram diferença estatística entre os grupos, indicando que os infartos ocorreram e que não houve evidência de que os scaffolds induziram dano cardíaco extra infarto. Os parâmetros de reperfusão avaliados (Resistência coronária, pressão sistólica, evolução e desenvolvimento pressórico, dP/dT e RPP) também não demonstraram diferença estatística entre os grupos. Conclusão: Esta etapa demonstrou um modelo viável tanto na realização dos infartos e implante dos patches como em sua análise de resultados.

O tratamento não se relacionou a danos cardíacos ou de reperfusão. Portanto, foi avaliado que os patches utilizados são seguros para implante no modelo in vivo. Seu emprego pode vir a oferecer uma alternativa terapêutica para o tratamento da IC.

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ÁREA CLÍNICA - TEMA CLÍNICO - APRESENTAÇÃO ORAL

BLOQUEIO INTERATRIAL E SUA RELAÇÃO COM: O AVC EMBÓLICO DE CAUSA INDEFINIDA E FIBRILAÇÃO ATRIAL.

GUSTAVO HENRIQUE SUMNIENSKI BERTOLDI, GABRIEL CAVALHEIRO LESSACK, GABRIEL DA SILVA LUGLI, GUSTAVO HENRIQUE ALVES MANHAGUANHA, RAFAEL DE MARCH RONSONI

Introdução: Entre 10% e 40% dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) são denominados de AVC criptogênicos. 23% a 40% desses possuem origem embólica, sendo então chamados de AVC embólico de causa indefinida (ESUS - do inglês Embolic Stroke of Undetermined Source). Estudos vêm demonstrando forte correlação do bloqueio interatrial (BIA) com ESUS e fibrilação atrial (FA). Objetivo: Identificar e compreender a relação do BIA com o ESUS e a FA e determinar o BIA como marcador eletrocardiográfico de risco elevado para desenvolvimento de ESUS e FA, através de uma revisão não sistemática. Metodologia: A revisão literária foi feita no PubMed, Scielo, e Google Scholar.

Os determinantes da pesquisa foram "bloqueio interatrial", "fibrilação atrial" e "ESUS" e não podendo ter mais de 10 anos. Resultados e discussão: De acordo com o Trial da ORG 10172 no tratamento agudo de AVC, o ESUS é um conceito criado para refinar a classificação do AVC, sendo definido como um infarto cerebral não lacunar sem estenose arterial proximal ou fontes cardioembólicas. A prevalência não é muito bem elucidada, estimando-se entre 16 à 25%. Com o envelhecimento e fibrose do tecido cardíaco, aumentam-se as chances de desenvolver miocardiopatia atrial e por consequência podendo ocorrer a manifestação embólica, mesmo na ausência de AF. Na fisiopatologia do BIA, o feixe de Bachmann encontra-se bloqueado, parcialmente ou completamente, causando atraso entre as contrações dos átrios, sendo classificado como parcial e avançado. Aquele apresenta duração da onda P maior que 120 ms, já esse possui duração da onda P maior que 120 ms e morfologia bifásica nas derivações DII, DIII e AVF, devido à ativação elétrica retrógrada do átrio esquerdo, no sentido caudocranial. A incidência do BIA depende de vários fatores ainda não bem elucidados. Estudos demonstram que o envelhecimento aumenta significativamente a incidência, chegando a 50% na população centenária. Outros estudos demonstraram que pacientes com BIA: tendem a desenvolver arritmias supraventriculares, taquiarritmia atrial, ectopias atriais, flutter atrial e demência; menor qualidade de vida; tem 2.88 mais chances de desenvolver FA, 3.02 mais chances de desenvolver AVC e taxa de mortalidade 20% maior. Além disso, estudos concluíram que o BIA pode ser um novo fator de risco para o ESUS, devido a sua fisiopatologia e comorbidades associadas. Associadamente relacionada a um possível evento cardioembólico, conclui-se que pacientes com BIA podem ter pior prognóstico relacionada com AVC. Conclusão: Portanto, o BIA está fortemente relacionado com a FA, ESUS, e outras repercussões cardiovasculares. Para tanto, torna-se necessário o esclarecimento dos fatores de risco e incidência com o intuito de prevenir e tratar a doença e suas consequências.

Referências

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