• Nenhum resultado encontrado

PRATICA ESTUDOS

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2023

Share "PRATICA ESTUDOS"

Copied!
39
0
0

Texto

(1)

...

ESTUDOS SOB R E

I

A T E C N O L O G I A PRATICA

D O S

T R I L H O S

L O N G O S S O L D A D O S.

Engenheiros:

- Thales de Lorena Peixoto Jr.

- José Bernardes Felex - Mario Izumi Saito

Departamento de Vias de Comunicação, Transporte e Topografia.

Escola de Engenharia de São Carlos - Universidade de

s.

Paulo.

(2)

-Oi-

- Estudos sSbre a tecnologia·pr~ti~a dos trilhos longos soldados.

Apresentação

~ste trabalho contém resultados de nossas pesquisas, entrevistas com engenheiros ferrovi~rios, visitas a oficinas e o- bras.

Representa a nossa .tentativa de colocar no papel um item muito importante de tecnologia ferroviária: o manuseio do trilho longo soldado.

Nosso agradecimento ao corpo de eQ

genheiros da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e da Companhia - Mogiana de Estradas de Ferro, sem os quais não teria ·sido possível ~

xecutarmos a tarefa a que nos pro- pusemos.

(3)

f

N D I C E

CAPÍTULO I

Considerações sôbre o uso da linha com trilhos longos para fixações etc,

Introdução

Comentários sôbre o desenvolvimento da tecnologia francesa

Sôbre tipos de fixação de trilhos longos soldados

Tendências e vantagens do uso de linha com trilhos longos soldados

Onde aplicar a linha com trilhos longos soldados

Exemplos de aplicação de retensores na Companhia Mogiana

Organograma geral da obtenção dos trilhos longos soldados

CAPÍTULO II

• • • • • • •

e • • • e • • e

• • • • • •

•·

... .

• • • •

••••••••

....•..•.

Obtenção de trilhos longos soldados em oficina fixa, Generalidades, exemplos de instalações

fixas, origem dos trilhos

s~quência de soldagens de trilhos novos

nas oficinas de Rio Claro- Origem dos trilhos ...

Porque não soldar barras de mais de 300m? ••••••••

Carregamento do trilho na oficina Inspeção e preparo do trilho curto

usado, para posterior soldagem CAPÍTULO III

o • • • e • •.•

• •

~O transporte dos trilhos soldados em oficina ••••

Procedimento durante a descarga dos trilhos

longos • .. • o • $ e o

Os trilhos e as juntas. Como evitar puxamento •••••

Localização da extremidade do trilho Operações na descarga do trilho longo Particularidades e cuidados a tomar

Como ligar 2 perfis diferentes de trilhos

• •

••••••••

••••••••

• • •

03 03 04 06 07 08 10 12

12 13 16 18 21

23

24

25 26 26

29

31 PosiçÕes usuais para descarga, como ~fetuar

a substituição sem interrupção do trafego normal ••

32

Desca~ga na Santos-Jundiaf •••••••• 34 Descarga durante a construção de uma nova via... 34 Recarregamento de trilhos usados ••••••••

35

Acerca de tempos na descarga e substituição

de trilhos longos •••••••• 36

(4)

-03-

CAPiTULO I - CONSIDERAÇ0ES SÔBRE O USO DA LINHA COM TRILHOS LONGOS, AS FIXAÇ0ES, ETC,.

1 - Introdução:

A afirmação abaixo data de 1829 (Seguin Senior, Ar- te de construir a via férrea) :

11

t

muito poss!vel que se possa construir uma linha de grande flexibilidade, que diminua os choques que as locomoti~

-e os veículos sofram quando em viagem e que reduza extraordin~

mente o desgaste das rodas e trilhos e a incid~ncia de acidentes".

Até 1945, não houve evolução importante nas vias f~

-reas; somente os trilhos:ficaram mais pesados, visando suportar-

..

, - A

cargas maiores, e ate entao o seu comprimento foi em torno de 12 a 15 metros ..

A fixação a TIREFOND 'OU PREGO não progrediu e a j~

ta de trilhos continuou sendo o ponto mais fraco da via, sendo a causa principal de seu envelhecimento, desconfôrto, insegurança e desgaste do material rodante, causando cada dia mais problemas, -

técnica e econômica.

A causa? - O dogma da dilatação sobrepôs-se a tudo, e indica~a ser necessário deixar o trilho expandir-se livremente:

Todos "'tisualizavam o dogma fÍsico da dilatação das barras aplica- do aos trilhos, e a variação dos comprimentos das barras, por uma variação de temperatura foi suposta diretamente proporcional ao -

comprimento da barra, esquecendo-se que o trilho é uma barra sob a influência do atrito, cujo comportamento é bastante diferente,- na influência da temperatura.

As primeiras soldas colocaram (em locais como, F~a~

ça, Alemanha, etc.) em uso corrente, trilhos de 24 a 45 metros,di minuindo, porém não eliminando as juntas, mantendo a mesma fixa-

ção rÍgida, com grandes problemas de caminhamento de trilhos e n.ão contaram com estudos técnicos que dissessem da sua viabilidade, - que controlasse os resultados e eliminasse o dogma da dilatação.

Principalmente, apÓs a segunda guerra mundial, é que simultâneamente em vários locais êsse probl~ma foi solucionado

(5)

-04'-f-

quase que simultâneamente (apesar de que cada um queira ter a glo , ria de ter sido o primeiro e Único: francêees, americanos, alemã- es, etc.) surgindo então a teoria dos "trilhos longos soldados11 - que provocou a colocação em uso de trilhos com grandes comprimen- tos, eliminando ou diminuindo enormemente de juntas d~. estação a estação.

Exemplificando: A SNCF (Societé Nacional de Chemins de Fer, França) solda barras em tôrno de 800 metros, a RENFE (Rê- de Ferroviária da Espanha) de 1.000 a 1.200 metros, a DB (Rêde Ferroviária da Alemanha) solda de estação a estação e as barras - de muitos quilÔmetros são lá muito frequentes apesar das condi~

climáticas muito mais severas do que no Brasil.

Na TunÍsia, por exemplo, em 1958, barras até 11.000 metros de comprimento, foram soldadas .com aparêlhos de dilata~ão­

na extremidade e em 1960 uma barra foi colocada sem nenhum aparê- lho de dilatação.

2 - Comentários sôbre o desenvolvimento da tecnologia francesa Para ilustrar, vejamos qual a sequência que permitiu

à

tecnologia francesa desenvolver cientificamente o estudo das fÔrças, tensões, dilatação e fixação das barras longas soldadas.

Experiências em laboratÓrios, linhas modêlo, bancas de ensaio (principalmente Robert Levi - Diretor de Instalações fi xas da SNCF) notaram que~ com a passagem dos trens rápidos produ- ziam-se, devido

à

falta de regularidades entre o trilho e a roda, vibrações de alta frequência~ bastante importantes,

à

partir de certa velocidade.

Medidas precisas com oscil6grafo de raios cat6dicos e acelerômetros registradores de quartzo piezoelétrico detectaram acelerações de até lOOg(cem vêzes a aceleração da gravidade), no caso de um trem percorrendo a. 110 km/h .. Esta aceleração simétrico no topo e no patim do trilho.

Durante a obtenção do recorde de velocidade ferrovi ária, 331 km/h, entre Bordeaux e Hendaye, chegou-se a detectar a- celerações de 3313(Trezentos e trinta e uma vêzes a aceleração da gravidade).

~ Óbvio que essas vibrações provocaram fÔrças que - causavam efeitos terríveis e terminavam por encurtar terrivelmen- te a vida de_trilhos, dormentes, fixações e material rodante.

(6)

í'

Esta descoberta provabou outros estudos~ j~ mais ex perimentais, para os quais, contribuiu tremendamente o uso do vi- brogiro,

O vibrogiro

é

um aparêlho para reprodução artifici- al das solicitações na via, principalmente as vibrações, e é de - tal forma que, empregado por uma dezena de horas num trêcho de eB saio, o envelhecimento provocado é equivalente a alguns anos na - via permanente"

Os resultados?

A consagração das fixações elásticas e duplamente ~

lásticas, que consistem bàsicamente em uma placa de borracha en- tre o trilho e o dormente (ou placa de apÔio), uma garra muito flexivel, apertada a parafuso, para assegurar condição permanente do trilho absorver vibrações, e, controlar liberdade de movimento do trilho,

E9 além disso~ as condições básicas para o uso dos trilhos longos soldados:

- Apêrto das fixações em temperaturas nem muito al-

tas~ nem muito baixas (ou seja aproximadamente

à

temperatura mé- dia do trilho~ na região considerada)"

- Alto coeficiente de atrito de lastro~ ou seja, u- ma altura suficiente de lastro"

- Fator de" instabil·!i.dade menor que determinado V8lor (Varia inversamente com o quadrado do pêso da linha, incluindo trilhos, dormente e fixação)@

= Impossibilidade de deslocamento longitudinal, COB dição fÚndamental, que não pode deixar de ser preenchida, porque- se o trilho puder caminhar pelas fixações teremos acumulação de fÔrças numa ponta de trilho, causando pontos duros e ensarilhamen to da linha,.

Fixações do tipo elática, retensôres, etc., permiti ram a colocação de trilhos longos em várias partes do mundo~

~ . . p

Devido a falta de madeira, apos a guerra os france- ses partiram para o uso de dormentes de concreto, do tipo Roger - Sonmerville, o que grjrantiu a estabilidade para a linha sem juntEs, na França e nos locais onde se absorveu essa técnica francesa, iB clusive na África (apesar da abundância de madeira lá existente);

no Japão (Tokaido-Tokio, por exemplo).

No Brasil há locais onde se aplicaram os dormentes- de concreto e a fixação caracter{stica do RS: na variante Bauru- Garça (17 km), na variante Rio Claro-Itirapina, que talves (por- condições econômicas) venha a ser conclu{da com dormentes de ma- deira e fixação GEO, RC (fixações derivadas da GEO, fabricadas na

(7)

-o"-

Oficina da Companhia Paulista, em Rio Claro, de dois tipo·s Rc1 e Rc2) ou ·JD (idem,· originárias das oficinas de Jundia:Í).-

3 ~ Pegneno comentário sôbre tipos de fixação de trilhos longos soldados:

A fix?-ção duplamente elástica (RS ou outro·s) passou a ter diversas variantes, os quais infelizmente, pelo excesso de influência da literatura francesa, não conseguimos ter ainda uma melhor maneira de estud6 te6ricd e prático das mesmaso

Não resta dÚvida que a fixação do tipo RS

é

um Óti- mo tipo de fixação elástica, porém não

é,

como muitos estão con-- vencidos, graças a formação que tiv'eram, tipo Único e a Única ma- neira de se fixar a barra longa soldada.

Contra-exemplo t!pico: GEO ou suas similares Rcl, - Rc2,

JDl,

Jd2 (fabricadas nas oficinas de Rio Claro e Jundiai, pe la Paulista), usadas em grande parte da Paulista e em outras es- tradas.

Na Paulista,

já é

bastante conhecido o uso de bar-

, '

...

, ,

ras soldadas, de aproximadamente 240 metros, que la estao ha va- rios anos, sem causar problemas, e sendo uma solução

teÓrica-- mente aprovada.,

-

,

Em muitos locais sao usadas tambem dormentes de aço e suas fixaç3es tÍpicas, geralmente de tipo elástico, como mostra

, ;

ra a foto da pagina seguinte.

(8)

içc:es ~té a.s Pau-

~i;;;. ot:::igató as de s e via

c~ s

solda .·::o te rrrll p .

cas: con a soldagem em cficina-

fixa c s~as para as vsri~ntes

~ancias diferent-e s s

(9)

-o -

Há muitas outras experiências de fixações comsagrar- das pelo uso em todo o mundo: êste 'já se tornou um vasto campo de desenvolvimento da tecnologia ferroviaria0 ,

A Linha moderna passou a ser uma nova unidade: dor- mentes, fixação elástica, trilhos longos, processos de sondagem,- novos processos de assentamento e manutenção.

I A ,

Porem, o uso do trilho longo soldado lmpos uma se- rie de precauções às quais não

é

permitido ignorar~ por questões- técnicas, econômicas e de duração da via. Por exemplo: o assenta- mento com muita unidade sob fiscalização rigorosa, e obediência aos requisitos de condiçÕes ambientes.

- 4

A compensaçao esta em se obter uma linha que procu- re satisfazer todos os requisitos para melhor aproveitamento de investimento ferroviário, confôrto no tráfego, velocidades pe:.~.,i~

siveis convenientes, e acima de tudo menor desgaste na via e no - material rodant3.

Todos êstes aspectos possibilitam (com o aumento de velocidade e confÔrto) um melhor emprêgo das reservas das mode~

locomotivas, do material rodante em geral, uma maior produtivida- de do pessoal encarregado da circulação de trens e principalmente a manutenção da via: a coloca em condições desejáveis~ com men~

e mais espaçados cuidados.

Os defeitos nos trilhos longos d~senvolvem-se lenta mente, e isto acarreta uma diminuição no espaçamento das fases de manutenção, limitando a manutenção continua somente aos pontos on de ela realmente se faz necessária, ao invés de um ciclo relativa uente curto e continuo 9 como o caso da linha com t.rilhos curtos - · d"'Yido

e.

seu grande número de juntas ..

5 - ~e-. aplicar a 1!nha com trilhos longos soldaP.os

A linha soldada não é previlégio das estradas prÓs- neras, porém,

é

também, uma solução econômica para os sistemas com

~JUCOS recursoso

? ,

Porem, o seu uso obriga a uma serie de requisitos indispensáveis para que seja bem aproveitada.

É necessário inicialmente colocar o leito em boa forma, antes de soldar o trilho, isto

é

absolutamente indispensá- vel e altamente compensador.

A infraestrutura da via deve ser sadia e a supere - trutura robusta, não permitindo de modo algum o caminhamento du~

trilhos e de componentes colocados com ajuste preciso, durante o assentamento$ Depois devem ser bem mantidos, para colhêr as vanta gens advindas distoo

(10)

-O!)-

,.., . I ' .

Por exemplo: a fixaçao r1gida, a prego, perm1te o - caminhamento dos trilhos, por isso é necessário retensionar a li- nha fixada

à

pregos e dormente, visando .obter uma maior resistên- cia ao movimento longitudinal.

O estudo econômico da implantação da linha soldada- . , continua deve estar sempre acompanhado do estudo do material Ja

existente na linha com trilhos curtos e, as condições técnicas e econômicas de seu emprêgo e reaproveitamento na linha continua.

Cabe aqui uma advertência: a implantação da linha - de trilhos longos soldados deve ser estudada rigorosamente procu- rando a solução.mais econômica, num acÔrdo com as condiçÕes exis- tentes, as condições de solicitação e a boa técnica, grande parte das soluções têm sido regionais,

à

partir dos estudos técnicos de cada caso, dai não haver bom senso em copiá-las, e aceitá-las ~o­

mo as Únicas possiveis.

Anexamos as soluções adotadas pela Companhia Mogia-

.

- ..

na de Estradas de Ferro, no caso de suas linhas com f1xaçoes a prego ou

à

grampo elástico, visando obter condições para adotar - os trilhos longos.

No nosso clima tropical, as diferenças de temperat~

ra entre o dia e a noite, de estação a estação permitem em qual-- quer epoca do ano,

,

ach~r uma temperatura conveniente para o asse~

tamento ~o trilho longo soldado, e al~m disso, é poss{vel a solda de grandes comprimentos de trilhos, sem qualquer junta, colocando simplesmente dois ou três trilhos curtos na extremidade do trilho longo (com talas e parafusos) para substituir o aparêlho final da

C.:. i la tação, provocando uma eliminação quase total das juntas e po_E

. ~.nto mui to maior economia.,

Não resta dÚvida que há pontos onde é obrigatÓrio ~ xecutar-se juntas, por exemplo:

- Entrada dp ponte~, viadutos, esplanadas, túneis,- etc ...

- Porém, deve-se notar que isto é devido principal- mente

à

dificuldade do manuseio do trilho longo e não sua impossi

bilidade de uso, e além disso um ou mais trilhos curtos entre um conjunto de trilhos longos soldados, desde que devidamente fix~

não ocasionarão a perda das caracterÍsticas da linha soldada con-

'

t1nua, sob nenhum aspecto.

(11)

L __ _

... I.

r I

,,

?7SO/Z !:..5 f: nz. CCLL.~'LCZ. ~ 77?_.

[ .'7!.4 J

.i.

<.Jtrt.? éSt:a!a

Jilrtá:?. de falas

,

7/L!-IOS_/,0/11~0.~'_~_;?1 !J;:J.l)OS Ct/M

.J7KEGLJS CO/IJüNS o

I

(12)

t

/5,/)(J "'·

Jú11!él. ·dt. 1 Rdtn.so.ets ün

lt.t!as ~ taú:a t.nt5o"it?

'14 dllf d0.€17/el'!kS.

2.4 tUiélfSOtUS

~m cada. ldadt.

ile;/lttJ.I

/S,OOM.

m '""' . "' •· -~---····. --·

! Xckrw!lls t. m eâtl.a. é. m Z5%

· do.s riollrvtLnlt.s 1

/.l1U /tn.ftJ/léS

§.mcada.lda.dt t"!Gt!IÍtJ.r

/$.00n?

.lJaud .soldatla. dé 12o.oom.

6o.oo m.

/$,(}0WJ ls.oo"'"

/.5.oa,

1

- - - -NJ.oorn.

Tt.Lh'1'!.SIU€.S t.m fà/ü/SOA&!5 ém

uu:ta ém Z5o/o . t!aaa tm 5tJ%

das d~llmtnlti ' dof dó~tmtnlu.

12 ttdt!'lf.SI()tléS

tm calf'k.!tkr.dé titf!Atl.s

..2./..eé ft. T/.SO lt ES 6171 ctufc;z. Idade.

'Z??ti#.os

6o.oorn.

J't:m

~sca!.a

tknlá di ..

-t"afa.s

llPL/CflÇíJO JJE RETENSORES E/'1

I TR!Lf!OS

LO!l!GOS SOL/J/l!JOS JJE I 20m.

L .

FI X/lDOS COM G'!?I11'1POS EL;:t.S T!CtJS.

..

'

---~---~~---L __________________ (~M~O&=i~~~N~N~-~

(13)

·-12-

CAPiTULO

t:I

li

OBTENCÃO DE TRILHOS LONGOS SOLDADOS EM OFICINA FIXA 1. Generalidades

No Brasil, o processo mais comum para a obtenção do trilho longo soldado

é

a oficina fixa, onde são soldados trilhos- curtos continuamente, até se obter o comprimento a ser assentado- na via.

2. Exemplos de instalaçEes fixas

a) CPEF: Oficinas de Rio Claro. ~ste será o caso que estudare&os detalhadamente, e se trata da instalação mais an- tiga, no Brasil.

b) E.Fe Santos-Jundiaí: Pirituba {SP).

c) CMEF (Cia. Mogiana): em Ribeirão Preto (SP).

3o Or~gem i' dos trilhos para soldagem

Os trilhos a serem soldados poderão ter duas origens distintas:

a) - trilhos novos, provenientes da SiderÚrgica.

"

b) - ·érilhos ja usados, como trilhos curtos, retirados da via

dagem

para serem soldados e depois novamente ~ssentados.

No primeiro caso (trilhos novos), o processo de sol consiste em quatro O]eraçoes: ,.,

- soldagem

- recozimento da região ~~etada pela solda

- desbaste da intumescência resultante do processo - acarretamento (simultâneo) nas composiçEes qLe

transportarão a barra soldada ao local de assenta menta.

Agora, quando tratamos de trilhos usados, deve~·emos

verificar rigorosa~ente seu estado de conservação, visando elimi-

~ar os trechos defeituosos, trincas internas, rebarbas, covas nos boletos, etc.e Cada um dêsses defeitos será eliminado ou por reti rada do trecho defeituoso, ou retificação e aplainamento.

Nas oficinas de Rio Claro esta

é

a sequência de op~

raçoes, no caso de verificação das falhas dos trilhos usados:

- retificação dos trilhos

- aplainamento de rebarbas no boleto

- inspeção do trilho com detector de falhas internas - corte das partes que apresentem defeitos

- soldagem

(14)

0RGRNOGJC.Q/'1;t:1 GE/GI1L .JJ.Il OBTENçfiO .lJETRILflO.S LO#GtJ.S tSOLZJI?.lJOS

- -- - - - " I

.ft;'m.€71/z ·fc.:llw..:..

*

r

~

~P.~pa•JítóUkc5

~

·.J

JclJ e.tca,.~óu.s Cju:. i.. .)f".~/c/fr::mo nt

l/.CL0ith

-12-a-

(15)

:Passemos agora

à

um estudo um pouco mais detalhado- das operaçoes e do Lay-Out das oficinas de soldagem~

4. A seouência de soldagem de trilho~ novos nas oficinas de Rio Claro. (C, Pe E®

f_a1.,

a) estocagem e manipulação inicial dos trilhos curtos

Para se evitar o uso de locomotivas no pa~o ...

da oficina (anti-econ2 mico) adota-se rebocar

2 6~ndcla de trilhos a ço lig~~o a guincho, - quando se deseja apro- xima-la da oficina ou a::;>ro7eita..;.se a declivi dade do terreno quan- do em sentido c

rio ..

cina o tri

Os trilhos curtos (n2 vos ou usados) são es tocados no pateo 11' da

" .

proprJ.. oficina.

Na foto:

- vista geral das ofi cinas de soldagem.

os pÓrticos de mad r a

te, usados para seio (carga e desc ga) dos trilhos cu~

"

tos, no pateo da o- ficina.,

cur~o

é

geralmente movimentado por talhas e pontes rolantes de tipo ind'tz.strial comum,.

b) Os tipos de lhos usados e sua inspeção&

Para trilhos provenientes diretamente da síderÚrgi- ca (Volta Redonda), basta o contr6le de qualidade que ela imp3e

(16)

-14-

para classificar e selecionar O'S tri!lhos; isto porque

foi com- provado que a siderÚrgica tem melhor contrôle de qualidade que o possÍvel nas oficinas.

A EB 119 (ABNT) impÕe a seguinte classific-ação para trilbos ferroviários:

*

Trilho n2.. 1 - Será um trilho de secção uniforme e:m todo o seu comprimentq, retilÍneo, e isento de defeitos prejudibiaise

*

Trilho n2. 2 - Será um trilho que não contenha defBitos de superfÍcie em tal nÚmero ou caráter que, no julgamento db insp~

u~o se torne impr6prio ao uso a que se destiná, etc ••

*

Trilho X - Trilho que no ensaio de entalhe e fratura exibir trincas, esfoliações, cavidades, substância estranha int~rposta - ou uma estrutura brilhante, ou de granulação finai

Além disso, os trilhos n2. 1 contarão com as segui!!

tes marcas de identificação no tôpo:

*

côr natural: pertence a uma corrida cujo teor de carbono se encontra na parte baixa da faixa especificada - pode ser emprega- do em qualquer tipo de linha, de preferência em tangentes.

*

côr azul: pertence a uma corrida cujo teor de carbono se en contra nos cinco pontos superiores da faixa de porcentagens de carbono especificada para trilhos, pod~ ser empregado em qualquer tipo de :.inha ..

*

côr verde: por ter um comprimento menor que o padrão enc~

dado, pode ser usado em qualquer tipo de linha.

E ainda na siderÚrgica os trilhos devem ser agrupa- dos e c~rregados em vagões ou lotes separadosG

1 - trilhos n2. 1

2 - trilhos n2. 2 e trilhos X 3 - trilhos curtos

So se admite soldagem de trilhos n2. 1, e portanto-, as oficinas de Rio Claro s6 recebem trilhos com êste padrão de qualidade, procurando soldá-los de acôrdo com um Único tipo da classificação acima.

Tivemos ocasião de examinar duas vêzes os lotes de trilhos lá estocados e, pudemos notar que realmente tem sido bas- tante criterioso o fornecimento e a qualidade dos trilhos da side rÚrgica de Volta Redonda. Além disso a experiência nas obras da Companhia Paulista, onde se usou trilhos des·sa orÍgem têm forneci do resultados esperados.

(17)

-1 -

c) A solda propriamente dita

Nas oficinas de Rio 0laro a solda tem sido executa- da exclusivamente pelo processo "flash butt welding" sendo para - isso utilizada uma maquina fabricada pela Sperry .Products Ine.

"

A maquina Sperry ajusta e alinha- os tôpos dos tri

-

lhos, que serao- soldados, e sol- da-os por fusão- devido a corren-

..

te elétrica e,l~

go em seguida e- fetua a retirada das rebarbas ma- is grosseiras,r~

sultantes do pr~

cesso ..

a soldagem~ o aço do trilho está bastante alt~

etamente a t~mpera no local pr6ximo ~ solda, - necessitando portanto ser recozidos

solda dura 90 segundos, porém com o tempo gasto na colocaçio~ seleçio recozimento, etc. do trilho podemos dizer que o processo de solda dura em tôrno de 10 minutos para se co~

tar.

Ass sando soldar 25 trilhos curtos e de aprox1_

madamente 12 m para se obter um trjlho com comprimento aproximado

_d_e_3_o_o~m__,_. _s.;.,ã~o-~ssarias a roximadame se ob"te

(18)

-16-

uma barra longa (no caso das oficinas de Rio Claro).

Atualmente o carregamento de uma composição (14 trJ lhos) dura aproximadamente 5 dias, ,considerando-se a atual jorna- da de trabalho da oficina (12 horas por dia).

=============================

Por que não soldar barras de.mais de 300 metros?

Historicamente, por 3 motivos:

- inicialmente não se acreditava na possibilidade de se eliminar quase totalmente as juntas de uma via.

- mesmo quando se usava barras de 250 m sempre houve dificuldades na aquisição do material para transportar o trilho - longo soldado e mais ainda no seu manuseio.

- quando da passagem do comprimento da barra soldada- de 250m para 300m foi necessário obstruir-o tráfego de uma ave- nida de Rio Claro; e 300 m se tornou o máximo comprimento possível na oficina de solda da Paulista.

~stes problemas são semelhantes ao de tÔdas as ofi- cinas fixas para obtenção de trilhos longos soldados, e, como se pode frisar são restrições de ordem econômica, Lay-Out e localiz~

ção das oficinas, nada havendo em comum com a técnica de assenta- mento

ce

maior comprimento do trilho longo soldado.

Vale a pena frisar, que a SNCF obtém em oficina fi- xa trilhos de 800 m, declarando formalmente que somente por con- fÔrto no manuseio dos trilhos é que não solda barras de maior com primento.

d) Recozimento da região afetada pela solda.

Esta operação visa devolver ao aço do trilho as ruas condições iniciais, e usa um fÔrno móvel; representado na foto da página seguinte ..

(19)

" . "

Apos o recoz1mento e - necessário proteger o trilho contra resfria- mento brusco, para tan to logo ao sair do fÔ~

no a região de solda

é

coberta por um protSDr~

{.foto ao lado)

-17-

e) Retificação do perfil no local da solda

Recozido o local afetado p~

la solda efetua-se o desba~

te da intumescência resulÚID

te~ em 3 fases distintas:

~~ patim - alma - boleto

(20)

Nas fotos desta pa~ i?

gina, e a Última da anterior, uma vis·ta

"

de cada uma das ma- quinas.,

f O carre amento do

O processo usado e o i?

...

.

, desbaste mecanlco, u

" . sando-se uma maquln?.

diferente para cada- caso,

*

Á composição que -

' ,

~ransportara a barra soldada fica estacio nada logo em seguida aos pontos onde se ~ fetua o desbaste da- intumescência resul- tante da solda.,

(21)

*

Para efeito de carre- gamento, o trilho

é

ar-·

rastado, por intermédio de um cabo de aço (cabo de arraste), acoplado a., um guincho no outro ex- tremo da composição®

-19-

t

necessário que o guin- cho possa ser retirado - da linha, para permitir- a passagem de composição

I' ~

vaz~a ou apos carregaaa- com as barras soldadas,- ao lado~ o sistema usado para colocar e retirar o guincho da lirih~.

(22)

5 .. Comentários

Uma barra soldada tem, 300 m de comprimento, e repr~

senta em tSrno de 330 m de cabo d~ aço para serem manipuladris e arrastados através do páteo de soldagem. Esta manipulação é trm~

damente simplificada utilizando-se um cabo de aço auxiliar, de me

·nor diâmetro que

aqqg

le usado para arras- tar o trilho, para - reesticar o "cabo de arraste" ..

- Ao lado a foto nos detalha a cabeça do trilho sendo arrast~

do, mostrando-nos o patim usado para fa- cilitar o deslizameQ to desta cabeça, o - cabeçote suporte do cabo auxiliar, e, o cabo de arrasto prêso a um prendedor colocado no primeiro íiuro de parafuso das talas, do

I

primeiro segmento do trilho soldada. ..

O carregamento influe diretamente em tSda a linha - de soldagem. Considerando-se que êste·mesmo equipamento é usado- para movimentar a barra soldada para as várias operações que con- sistem a solda (solda, r~cozimento e desbaste), e com ex?essão da fase anterior

à

entrada na máquina Sperry é esta a única maneira- de movimentar o trilho soldado (du~ante a soldagem, na oficina).

Assim, considerando-se que o movimento do trilho so ,, , poderá se efetuar num único sentidR (oficina-guincho, onde o cabo

, , iJ

e enrolado) tôdas as maquinas usadas no processo,devem ter ( com excessão da mangueira de solda) liberdade de movimento na direção , longitudinal ao trilho" Para tanto t como já deve ter sido notado-

nas fotos anteriores o fôrno~ e as máquinas de desbaste têm posei bilidade de se deslocar em trilhos paralelos

à

barra soldada.

-

çao, onde de soldar

Gostariamos de frisar que, a extremidade da composi se localiza o guincho está há mais _de 330 m da m~quina­

e

é

indispensável que o movimento do trilho se dê em c~

mum acôrdo com tôqas as operações e portanto deve haver comtL~ica­

ção entre os operários da oficina e do guincho, além de segurança li no sentido de que o guincho não seja àcionado independentemente - por uma ou outra parte, evitando-a~ muitos acidentes.

I

(23)

-21.-

Em Rio Claro, usa-se sinais luminosos para comunica

-

,

çao entre os dois extremos da linha de soldagem e alem disso o guincho só

é

acionado quando simultâneamente êle for solicitado - nos dois extremos, nunca sendo possível acioná-lo unilateralmente •

.. , -~ ,. • .... -;. !

6 ..

A-

'i'nspeção e o preparo do trilho curto já usado na linha, para posterior soldagem.

Conforme já expusemos' há necessidade de um contrôle rigoroso para permitir o uso do trilho ja usado como segmento , da

1 barra soldada.,

-,

Passemos ao estudo di sequência usual nêste caso.

a) retificação dos trilhos

usados

b) Corte das rebarbas laterais

Consiste na passagem dos trilhos entre rolêtes a- linhados, que possam su~

meter, quando necessári~

,esforços mecânicos loca- lizados nos trilhos.

(foto ao lado)

O aparecimento das rebarbas laterais no trilho usa- do é muito comum, e deve-se à dive:vsos fatôres por exemplo:

uso do trilho em curvas horizontais

tipo de solicitação do material rodante, em gera~

etc e e

A oficina dispõe de plaina que efetua o corte desta rebarba.

(24)

O detector Sperry~ usado nas oficinas de Rio Claro, baseia-se na passagem de uma corrente elétrica pelo trilho. Uma trinca in- terna

é

detectada pela luz do ~uia do aparêlhoó ,,,

d) Cortes das partes-que apresentaram defeitos.

- Usa-se uma serra de mesa (para aço)

- I? I?

Insistimos, dizendo qMe esta inspeçao so e usada no caso de trilhos curtos

usados na. linha, em muitos casos êste -,, processo

é

usado, porque representa;uma grande economia

trilhos da via ainda est~o em boas 6ondiç3es (apesar de li como trilhos curtos)~

quando os . "

Ja usados Vale a pena comentar que durante as operaç3es de inspeção os trilhos não podem ser mbvimentados pelo equipamento - de carregamento, para sua manipulação usa-se talhas e ganchos, pontes rolantes normais e hidr4ulicas, de tipo industrial®

Esta inspeção simpleswente seleciona o trilho que posteriormente, vai ser ~oldado na ~esma sequênci~ que o trilho - novo.

Autalmente (1970), todo êste equipamento de inspeção encontra-se sem uso, considerando que a C ia. l'aul"ista está empe- nhada em obter barras soldadas a partir de trilhos novos~ que se- rão usados nas suas variantes.

(25)

-2.3 ·-

CAP!TULO III - O TRANSPORTE DOS TRILHOS SOLDADOS ~1 OFICINA, EM COMPOSIÇÕES APROPRIADAS

1-. Introdução

O comprimento do trilho soldado em oficina exige cuidados especiais no seu manejoe

Após a realização da retificação do perfil de tri- lhoi no local da solda, a Última operação da sequência da sold~

gem do trilho, efetua-se o carrega.mento,geralmente,usando-se o prÓprio equipamento destinado a movimentação do trilho. durante I'

a soldagem, na própria oficina,

Após· o carregamento, a, composição especial que con- tém os trilhos

é

enviado para o local das obras, onde se dará á

troca de trilhos ou a construção de novos trechos da via.

Os métodos usados para carga e descarga dos trilhos longos em obra, variam de estrada de ferro para es:trada de ferro.

Estudaremoscdetalhadamente aquêle usado pela Companhia Paulista de Estrada de Ferro, ilustrando com sequência fotográfica, data- da de janeiro de 1968, quandoda troca dé trilhos curtos de 55 kg por metro, por trilhos longos de 57 kg por metro, na região de Brotas,Estado de São Paulo

No caso em que focalizamos os trilhos tinham compr!

mento variando entre 240 e 250 metros .. Esta é a situação mais u- sual até agora na C.,P.E.,F .. " Porém, ultimamente esta éo:mpanhia ( nas variantes Bauru-Garça, Rio Claro-Itirapina ) vem usando trilhos de comprimento em tôrno de 300 metros.

2- A composição Especial para transporte de trilhos longos Os trilhos são colocados em vagões abertos especi- ais para seu car-

regamen t·o e tran~

porte. Esta comp2 sição normalmente é carregada com ~

ma s6 camada de a proximada.mente 16 trilhos., na. próp! :.

a oficina logo a~

pÓs o processo de soldagem e acaba- mento ..

(26)

Equipamento da compo- sição para carga e àes carga compõe-se de: c~

beças, cabo. de aço e roldanas ..

As cabeças contém as roldanas ( horizontais

e verticais)e,sua fun~

ção é dirigir a extre~

midade do trilho longo, enquanto que as roldanas facilitam o deslize do trilho longo, pela cau~

da de composição.

Os vagões com trilhos são enviados ao local de descarregamento com duas locomotivas, u ma em cada extremidade. De acÔrdo com o esquema anexo.

j.<odoJ a'ur<anlt:. o .

ol&sc.ak.·.e~ame.771o

\

St~f,dod< =c>~"''"hai"o

doJ.

vc:yoê.J !ata.

dtsau'1fmtnlrJ

3-

O procedimento durante a descarga dos trilhos longos

Dunante a descarga do trilho longo, fixamos a sua

extremidade~ por meio de um cabo de aço, à locomotiva I (figu- ra).

Após posicionada a composição, à locomotiva I se

, . .,_, 1] - i

mantera fixada,e,a locomotiva II·r~bocará os vagoes abertos de modo a afastá-los da locomotiva

I.

Dessa forma o trilho deslizará sôbre~suportes gr~

fitados. dos. vagões abertos, e será paulatinamente descarregado.

Insistimos dizendo que o trilho longo, o cabo de aço, a loco- motiva I se mantém fixos em relação a Terra: se

movimento ês te é o dos vagões e da locomotiva II ..

Haverá o descarregamento à medida que a composição se mover, e

1paralelamente,outras operações deverao ser realiza-

dás durante este período. Fixaremos adiante .,

·as

principais delas ..

(27)

4- Os trilhos e as juntas

são necessários dois trilhos para se obter a via1e,

uma boa colocação das linhas exige que as juntas dos trilhos de cada um dos lados da via estejam o mais possível desencontradas.

~endo assim,no caminhamento para substituição dos trilhos de am-

' .

'' '

bos os lados da via toma-se o cuidado de colocar os trilhos no mais possível de acôr~o com o esquema abaixo:

-

centradas ( outra ) e,é

-

r ' - -

i ,- li ~-~ 1-i ,-i

I I

I

!

I I ' I

li

l

--..-.

I J I

J

' - ' -

L

- ' '-'

J

u 1_1

Assim os trilhos resultam com juntas bastantes des~

na C.P.E.F. aproximadamente 1.20 metros de uma até a Óbvio que,o descarregamento deve posicionar os trí lhos~~~~~~-r~'~i~o~r~o~s~am==~e=n~t~e~e~s~t~a=-~~~~~ã~o~·~--~---~

Comyosi Ç;Sio se po _ sicionando num.

local de descar regaJnento ..

5- Como evitar o difÍcil :puxa:- men to do trilh::>

longo

Usa-se descarre gar um trilho longo após o ~

tro, exatamente no local. onde dará a substi tu

ição, evitando- -se ao máximo os puxamentos dos trilhos lan gos.,

Este procedimento ( na troca de trilhos ) é um pouco difernnte do

caso da construção das linhas, ou seja onde não existe uma via de

modo possamos fazer passar por ela uma composição. Estudaremos mais adiante estas diferenciações ..

(28)

6- O processo usual para permitir que a extremidade ~9 trilho a ser descarregado tome :posição gB:e deaejam.os a;pós o descarre- gamento

Seja o seguinte problema: descarregar um trilho de modo que sua extremidade coincida com o ponto X da figura abai- xo ..

bmof.~

P---~'A

l

A solução

é

mo- ver a locomotiva

!

1 da figo.ra, an- tes do desoarre- garnento, de ma-.

neira que a ex- tremidade A~ do cabo de aço a ser

engastada no tr~

lho longo probl~

ma, pertença à vertical que con

tém o ponto X., Recordamos que, durante o descarregamento, esta locomotiva

J,

o

cabo, e o,trilho se manterão fixos em relação a Terra, o movLue~

to que permitirá descarregar o trilho longo será o de resto da composição ..

t'là. ilustra-

ção ao ladd, verifica- -se a solução dêste pro-;

blema em obra (Brotas).

O operário, à direita, está sobre o Último vagão da composi-

ção que transporta os tri lhos,.

1-

As operações durante a descarga do trilho loE;

if.2. ~---~==============

a-) Preparo do ·equi:eamento. <;l,a. _q_omvosição : A :pós o posicionamento da locomotiva I, a se manter fixa, efetu.a-se o preparo e a verificação do equipamento.

A composição SE?. coloca, nE:sta fase, de modo a per- mitir o engaste do trilho no cabo, e do cabo na locomotiva$

(29)

- '2..7--

r---,---~~-·-·-=---··--...,---=.;.._-""f"""l

b-) ~e_ração ;para~Q,a!?Ce da ex:tremid.ade do trilho na cabe2a: Engastado o trilho no cabo, inicia-se o mov~e~to da

composição. To~

na-se então ne- cessário dirigir à extremidade do

trilho longo PB:::

ra a cabeça de descarregamento, isto é consegui- do com auxílio de operários e alavancas .. (Fi- gura ao lado .. )

(Encaixe da ex- tremidade na ca beça)

c-) Início da ~e§ç.~ga: Observa-se a extremidade do trilho longo

encaixada na ca beça. A compos!, ção está em movimento .. O tri

lho problema, a locomotiva e o ccab.ú :g~rm.a.necem

parados em rel&- ção à ~erra.,

(Início da descar ga.)

---·-

.. ~·--~---_.

(30)

Detalhe:

-A fixação da extre- midade do trilho~ no

cabo de aço ligando a locomotiva.

-Operários conduzin- do a extremidade do trilho.

andam.er1 to : A par-:

tir desta fase é . a· "" .., 1.n 2-sper:csave-'- a colocação dos op~

p .. ... -. "

rar1os v2sanao gu~

ar e> extremidade do trilho longo

. ~

~

l

i 1

1

·i

l

i

\

l

I I

ei-) ;Q~scarga em

aE§:_8.Jilento. Jnterm~-

As alavancas usadas pelos operários vi-

SG~ dirigir o tri- lhg de maneira que êle fi~ue colocado de modo a nao ~ 2~"Gra-\

palhar o uso da 1i- nha já existente®

(31)

O trilho, n~

foto ao lado ', foi gran- de parte de~

carregado e por isto se acomoda mais f'àcilmente

na

posição dese-

jada.,

detalhes:

f'-) final da descarga=~

O cabo ainda se mantém esticadoe Observa-se três f'l-) Coincidência

das extremidades dos trilhos longos colocados em sequên c ia.

f2-) Posição dos trilhos longos em relação aos trilhos que irão eu bs ti tu:U-

f3-)

A junta doa dois lados da via não coincidem, ba~

ta observar o tri-

lho longo descarregado à direita, na parte externa da viaa Ap6s a descarga ~ trilho longo deverá ser fixado nas suas extremidades, para prever-se problemas de dilatação ..

8-) Particularidades e cuidado

e

a tomar

a-) O transporte do ~rjlho l~ngo e as curvas:

Colocando trilho longo sôbre a composiÇão,não ha- verá impedimento algum para que esta percorra trechos em curva da via ..

Porém, durante

o

desc~regamento do trilho longo em trechos curvos

é

indispensável para quem estiver sôbre a com- posição e nas proximidade das cabeças de descarregamento preca- ver-se com a extremidade da barra longa ( sujeita à rabanadas ).

Ainda,quem estiver sôbre a composição deve tomar extremo cutdado com o violento deslocaJT.tento do trilho para a

(32)

de CTC

e será j"u.nta

éi f;; ,,,.

(33)

.. ..:

-

Neste caso visamos:

1-) Garantia a integridade dos aparelhos e etc, já existentes ...

2-)

Respeitar os pontos de juntas obrigatórias: entradas de po~

tes, viadutos.,

esplanad~s

etc.,

··~uando

necessárias.

9-)

Processos para se ligar dois perfis diferentes de trilhos

-

No caào de troca de trilhos, quando os perfis sao diferentes 1. se tor-

na necessário manter,

o tráfego da linha.6 usual confeccionar-se

talas " híbridas "mis

, -

tas. das talas corres- pondentes aos doi~s~--~

perfis problema. (Ta- la de transição

TR-50,

TR-57) ..

Assim :fica assegurado o uso da linha, logo após a troca de um ou

mais trilhos longos, sem inte~pção de tráfego normal pela vi- da. Quando a diferença entre os perfis de trilho (na via e o de substituição) fôr· muito grande. 7ou,quando hou~er dificuldades de se fabricar as talas ~Híbridas'" pode-se recorrer à soldagem de dois pequenos comprimentos dos trilhos que estão sendo usa- dos, de acôrdo com o esquema abaixo:

j,

lo o!

o o o o o o o o

o o

l! I

I

\o. 7

'7 i-

Chamaremos o pequeno trecho de trilho usado na li- gação "segmento de ligação". Pode-se notar que neste caso as ta las usadas são as talas normais para os perfis existentese

Muitas vêzes ~stes procedimentos obrigar-nos-ãc a

I

serrar trilhos do perfil que deverá ser subatituido para garar~-

tirmos a junta nos pontos onde desejamos: extremidades dos tri- lhos qu.e estamos colocando na via.,

(34)

lO-) As posiçÕes usuais ;para a d:~scarga do trilho:

Três são as possibilidades para as posições que o- cuparao os dois trilhos da

via após sua descarga:

a) Descarga central b) Descarga lateral c) Descarga mista

(central-lateral)

(trilhos longos descarreg!

dos lateralmente)

Cham.a.mos de

descarga centraL àquela o~

de os dois trilhos descar regados ocupam o centro da via existentee

Na prática, ~

te deve ser (quando posa f..::

vel) o tipo de descarga à ser usada, porque facilita sobremaneira as operações

na substituição dos trilhos existentese Porém deve-se,nêste cas~

tomar extremo cuidado no caso de trechos com CTC, onde é obriga- tório fixar-se verticalmente o trilho descarregado em pontas di- versos e principalmente,n~s suas extremidades0

ll-) O processo usado para se afetuar a su~stit-uição dos trilhos ou outras OEerações na via permanente~ sem interrupção de tráfe- go normal.

Chamamos "MOVTh'"lENTO" ao setor que controla a circu- lação de trena em uma ferrovia.

O contrôle oferecido por êste setor geralmente

é

bastante rígido, visando evitar transtô:rnos, atrasos e aciden- tes na circulação dos trens em tôda a ferrovia, e geralmente neo se admite interferências nos normais dos trens de ferrovia ( ex- ceto em casos excepcionais )0

Sendo assim, via de regra, sempre

é

necessário ob- servarmos uma série de condiçÕes básicas para procuxarrrtos o in-

tervalo de tempo favorável para a ,troca de trii:lhos {ou qualquer·

outra operação na via pe~anente').,

a) Intervalos de tempo permitido pelo "Movimento

b) CondiçÕes técnicas e ambientais. ( Tem:pera;ttlra, etc) c) Tempo de duração de

(35)

d) Segt:tranç~: c'ntes 9 durante, após ilada. fase de opera.çao.

:1 A

Todos os fatores acima devem ser tratados separa- damente e. além disso a ".operação .:problema" só poderá ser efe- tuada quando tÔdas as condições impostas para um dos ítens a- cima forem satisfeitas.

Além disso,geralmente cada caso exigirá uma serle de operações que.deverão estar prontas em tempo hábil, antes da operação propriamente dita. Como exemplo, pormenorizaremos o ca so da troca de um trilho longo.

a) Descarga do trilho: Deve ser efetuada em dia e hora marcadas pelo "Movimento" e portanto deve ser anteriormente solicitado ês se intervalo ao "Movimentot• ..

b) Pré-operação básica: Após o descarregamento dos trilhos, para se efetuar a troca dos trilhos, a linha deverá estar prepar~da

para tanto.

l usual retirar- se a fixação em duas placas de apôio,consecuti-

va~ e 1 afrouxar- -se a fixação da.

terceira e suces sivamente ..

Tor~se então con veniente0redução

d~ velocidade, pa- ra os trens que

·circularem neste trecho em servi- ço ..

c) Troca propria- mente dita:. Quan- do no intervalo de tempo conveniente

retiram-se as fixações restantes~ .7"emovendo os trilhos usados e substituindo-o pelo trilho deseja.d.O~

Está fácil deduzir e.rl.:tão que

é

indispensável que devamos ter organizados, no lo~~l de nossa op~ração ' tÔdas as equipes necessárias para todOII.· 1(l. nossa operação, tÔdas as

I

equipes necessárias p8ra todos oa :acontecimentos previstos, e. di~

ponibilidade de recursos para atender imprevistos ... Além da tu.r-

ma normal,para permitir a troca1deverão estar :presentes no local li ,

túrmas providas com serras a1f:toma"tiicas'jl solda, etc. visando :pos

11

(36)

síveis acêrtos ne.s comprimentos dos trilhos e propriamente ou- tras situações de emergências.

12-) A descarga na E.F. Santos Jundiai: (Eng-Omar Ribeiro)

1: I

I

Na S~tos Jundiai o processo usado para descarga de trilhos longos difere-se um poubo de que citamos anterior- mente (C.P.E.F.). não utilizamos tantos cabos de aço quan- tos são os trilhos descarregados .. Prende-se uma das extremida- des do cabo no trilho e a outra introduz-se entre os dormentes, travando-se com uma alavanca de linha. A locomotiva reboca a co~

posição especial, até o ponto onde: se deve engatar outro trilho, procedendo-se desta maneira até o Último trilho.

OBS: ~ste processo aumenta a velocidad'e do descarregamento, po- rém geralmente leva a puxamentos posteriores, nos trilhos descar regados ..

13-) O problemE:. da descarga dos trilhos longos durante o perío-

.

do de construção de uma nova v~a

Durante a construção de um novo trecho da via pode- remos recair em duas possibilidadek:

a) A linha é implantada inicialmente com trilho de pequeno com- priment), e,posteriormente,substituid~ por uma linha de trilhos longos. Neste caso o tratamento com o trilho longo poderá ser~

nálogo ao visto anteriormente.

b) A liP~a é implantada diretamente com trilhos longos soldados.

É a situação recente das variantes: Bauru-Garça, Rio Claro-Itira- :;Jina nE'. C .,P .E .. F ..

Neste caso é usual descarregar-se o trilho longo num trecho de linha existente e posteriormente empurrá-los para o local on de deverão ser fixadoà.

Anteriormente a esta operação é obvio que necessitamos ter tôda plataforma e o lastro já preparadoiB para receber a linha ..

A oper8_ção de 11Empurrar o trilho" consiste:

1) Colocação dos trilhos sÔbre role~s especiais.

2) Empurrá-lo com uma locomotiva equipada àe uma armadura espe- cial (em tôrno de 2000 kg). Provida de acessórios para evitar torções, etc., durante esta operação no trilho.

A o,Pns:t~ção pode muitas vêzes (não

é

o nosso caso) contar com outros auxílios, que poderão simplificar bastante: u- so de porticos ferroviários ou sôbre pneus(rodoviários)porém ês-

'

)

tes equipamentos exigem um investimento muito grande e na maior parte do mundo são poucos usados.

' I I

(37)

Também é possível construir a linha totalmente com barras do comprimento fornecido pelas siderúrgicas e posterior- mente soldá-lo pelo processo aluminotérmico na prÓpria via, ap~

sar das implicações técnicas que ês·~e processo acarreta .. Poste- riormente forneceremos mais detalhes, principalmente porque é o processo previsto para obtermos linha contínuas com trilhos de comprimento maior ou igual a dois ou mais trilhos.soldados em 2 ficina ..

14-) O recarregamento de trilhos longos usados

Carregar um trilho longo, retirado da via, é um pr2 blema que parece ser de difícil solução, considerando-se a nece~

cessidade de equipamentos especiais. Revistas estrangeiras, esp~

cialistas em ferrovias,nos d.ão notícias dêstes equipamentos, . . mun

-

tados sÔbre vagões ou pórticos espebiais e de difícil aquisição para nossas ferrovias.

Mostremos como se contorna a situação, nas princi- pais ferrovias nacionais·~ .

Na C.P .. dois processos são usuais:

12 processo: Amarrar um cabo de aço no trilho lon- go e êste cabo passa s1Ôbre a composição especial que vai transportar o ·• trilho e

Posteriormente, a locomotiya, desengatada do trem, reboca o trillho, que'vai subindo na composição por intermédio de uma ubica" apoiada no chão e no Últirro vagão. Nêste processo a composição se m~ém fixa. O

trilho, a locomotiva ê o cabo movem-se.

Porém devemos associar a êste processo dois proble- mas bastante sérios:

O cabo de aço devem ser comprido demais, ou seja, ~

lo. menos do tamanho do comprimento do trilho, tornan do difÍcil o seu manejo .. A locomotiva deverá ir lon:

ge demais, dificultando a operação porque se corre o risco de puxar demais:o cabo e a ponta do trilho sa- ir fora do primei~o vagão ..

22 processo: Coloca-se um guincho no vagão prÓximo a locomotiva, êste puxa o trilho para sôbre a composi- ção .. Os dois processos acima foram considerados de- masiado lentos1pelos engenheiros da Santos-Jundiai

que passaram a utiliz~r o seguinte processo:

A Santos-Jundiai dispõe de um guindaste "Meco11, dê~

tes utilizados para substituição de trilhos curtos.

(38)

:'t:ste é ins na cabeceira loca-se um

vi tar que a po::c:.ta eventllalmeilte exis O guindaste 711\ileoo ta adaptada no

sição e o trilh ?ai s~

cima da com:posiçÊio., Assim.o carregamen se

tros de trilho g_-,_~a:::J.c.o. en outro capacete c;om forma

~ca~f·()JCIQ8 .. crJnS .:Gr-ui6La ea especialo Co- s e2 om obstáculos

ta.forma~ par~

a,t-;é rss-;:;a:r~em. ale ... utl'J.S m.e=~

duz-se (no trilho) de pe~fil do trilho e ro dois metroso Esta

"ontr· a ,.,., ...,..o"" o-Z n il c. e>~'"'

êLacle éte é dirigido

·em local conven.i

- 'I..A.,!,I...!. v -'0'-""'-t ' - ' · ' - '-'"'~'!...,! -r;.'

Até o momento ;ste cess a6 foi usado para car- rega.iJlento em :r::'ete,s" Os s C:.G.s c"Ll.TiTas foram. ar=, rastadas por Villl3 . .LOOmi.::co ·'"8- pa:rG. a ::'eta mais proEi=

trilh.o que fica

rada a uma tala p::c:'ega.a.5L :rro

que ao aproximar~s:i -::; c midade do tri]_hf0

a.

UJJ.S c::L

motiva faz v..ma e>:J.

na -'ruralmen te "

o extremo do carregamento a..:nco-

":;re de tal ma.neira

(.'cO ca::::.Tegamento ( extre

a loco triJ_ho desa..:nc

1~-) Uma pequena discuss~io ~tc.êr'l2:. _:;l.;:;:_s ~--~~2iil.PO~'ª-.. na d_gptcarga e subs- tituição de trilhos ~! Q:!2EO~.

As oficinas fixas para soldagena geralmente oferecem u:ma carga

que variam de u..ma semana

à.

de:,.-:.;

No caso da con:s

so da variante Rio Claro=It!irapina,

s .Longos ..,

s em períodos

descarga d~

tes trilhos (uma carga completE'\) er2:. em

Pode então extrapolar~se gere~-lmente é impossível manter-se (nas nossas condições as

serviços em trabalho (con )y

" .

te 1 e l.mportante estudar-se com::; f,:'-~·

máximo ..

.!IDlll:Ltcs .grupos e12.

trabe.lho ocios dessas equipes~

tudos técnicos e

es .:::;:;;:al:alham nêates

de diminuir o corbinarJ.do-se es--

21.8 s variadas

(39)

condições de ambientes1visando também ,. a troca de trilhos, aumentando ou pelo menos co.ncentrando melhor os períodos de tra balho.

Porém, até o· momento, as soluções a que se chegou somente são úteis para solução de problemas específicos e de emer gência, nunca nos locais onde se exige suas aplicações continua- mente,.

Referências

Documentos relacionados

Interpelação Parlamentar ao Governo Regional: Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social Senhora

Considerando a presença e o estado de alguns componentes (bico, ponta, manômetro, pingente, entre outros), todos os pulverizadores apresentavam alguma

Em primeiro lugar, como a pecuária é menos intensiva em capital que a agricultura, mais produtores irão escolher a pecuária quando os preços da terra estiverem baixos em

A seleção portuguesa feminina de andebol de sub-20 perdeu hoje 21-20 com a Hungria, na terceira jornada do Grupo C do Mundial da categoria, a decorrer em Koprivnica, na

Neste trabalho avaliamos as respostas de duas espécies de aranhas errantes do gênero Ctenus às pistas químicas de presas e predadores e ao tipo de solo (arenoso ou

Dessa forma, os níveis de pressão sonora equivalente dos gabinetes dos professores, para o período diurno, para a condição de medição – portas e janelas abertas e equipamentos

O valor da reputação dos pseudônimos é igual a 0,8 devido aos fal- sos positivos do mecanismo auxiliar, que acabam por fazer com que a reputação mesmo dos usuários que enviam

Que o Conselho Deliberativo solicite estudo viabilizando proposta de aumento do AFA, de 20% para 50% do Plano de Pecúlio Facultativo (PPF), contemplando os já