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Agrupamento de Escolas Romeu Correia

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Academic year: 2022

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Relatório

Agrupamento de Escolas Romeu Correia

A LMADA

A VALIAÇÃO E XTERNA DAS E SCOLAS

Área Territorial de Inspeção do Sul

2014

2015

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Agrupamento de Escolas Romeu Correia –

ALMADA

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CONSTITUIÇÃO DO AGRUPAMENTO

Jardins de Infância e Escolas EPE 1.º CEB 2.º CEB 3.º CEB ES

Escola Secundária Romeu Correia, Feijó, Almada

Escola Básica n.º 1 do Feijó, Almada

Escola Básica de Vale Flores, Feijó, Almada

Escola Básica n.º 2 do Feijó, Almada

Escola Básica de Alembrança, Feijó, Almada

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Agrupamento de Escolas Romeu Correia –

ALMADA

2 1 I NTRODUÇÃO

A Lei n.º 31/2002, de 20 de dezembro, aprovou o sistema de avaliação dos estabelecimentos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, definindo orientações gerais para a autoavaliação e para a avaliação externa. Neste âmbito, foi desenvolvido, desde 2006, um programa nacional de avaliação dos jardins de infância e das escolas básicas e secundárias públicas, tendo-se cumprido o primeiro ciclo de avaliação em junho de 2011.

A então Inspeção-Geral da Educação foi incumbida de dar continuidade ao programa de avaliação externa das escolas, na sequência da proposta de modelo para um novo ciclo de avaliação externa, apresentada pelo Grupo de Trabalho (Despacho n.º 4150/2011, de 4 de março). Assim, apoiando-se no modelo construído e na experimentação realizada em doze escolas e agrupamentos de escolas, a Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC) está a desenvolver esta atividade consignada como sua competência no Decreto Regulamentar n.º 15/2012, de 27 de janeiro.

O presente relatório expressa os resultados da avaliação externa do Agrupamento de Escolas Romeu Correia – Almada, realizada pela equipa de avaliação, na sequência da visita efetuada entre 12 e 15 de janeiro de 2015. As conclusões decorrem da análise dos documentos fundamentais do Agrupamento, em especial da sua autoavaliação, dos indicadores de sucesso académico dos alunos, das respostas aos questionários de satisfação da comunidade e da realização de entrevistas.

Espera-se que o processo de avaliação externa fomente e consolide a autoavaliação e resulte numa oportunidade de melhoria para o Agrupamento, constituindo este documento um instrumento de reflexão e de debate. De facto, ao identificar pontos fortes e áreas de melhoria, este relatório oferece elementos para a construção ou o aperfeiçoamento de planos de ação para a melhoria e desenvolvimento de cada escola, em articulação com a administração educativa e com a comunidade em que se insere.

A equipa de avaliação externa visitou a escola-

-sede do Agrupamento e os restantes estabelecimentos de educação e ensino que o constituem.

A equipa regista a atitude de empenhamento e de mobilização do Agrupamento, bem como a colaboração demonstrada pelas pessoas com quem interagiu na preparação e no decurso da avaliação.

ESCALA DE AVALIAÇÃO

Níveis de classificação dos três domínios

EXCELENTE A ação da escola tem produzido um impacto consistente e muito acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais consolidadas, generalizadas e eficazes. A escola distingue-se pelas práticas exemplares em campos relevantes.

MUITO BOM – A ação da escola tem produzido um impacto consistente e acima dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fortes predominam na totalidade dos campos em análise, em resultado de práticas organizacionais generalizadas e eficazes.

BOM – A ação da escola tem produzido um impacto em linha com os valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. A escola apresenta uma maioria de pontos fortes nos campos em análise, em resultado de práticas

organizacionais eficazes.

SUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco

consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas da escola.

INSUFICIENTE – A ação da escola tem produzido um impacto muito aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. Os pontos fracos sobrepõem-se aos pontos fortes na generalidade dos campos em análise. A escola não revela uma prática coerente, positiva e coesa.

O relatório do Agrupamento apresentado no âmbito da

Avaliação Externa das Escolas 2014-2015 está disponível na página da IGEC.

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2 C ARACTERIZAÇÃO DO A GRUPAMENTO

O Agrupamento de Escolas Romeu Correia, composto pelos estabelecimentos de educação e ensino anteriormente apresentados, num total de quatro escolas básicas e uma escola secundária, que é a sua sede, situa-se na União de Freguesias do Laranjeiro-Feijó, concelho de Almada, e foi criado em agosto de 2010. É agrupamento de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão. A escola-sede foi sujeita à avaliação externa de escolas, em fevereiro de 2009, contudo, esta atividade não abrangeu as restantes unidades orgânicas, constituídas em agrupamento.

No presente ano letivo, a população escolar totaliza 2121 crianças e alunos: 123 da educação pré-escolar (cinco grupos), 539 do 1.º ciclo do ensino básico (22 turmas), 276 do 2.º (11 turmas), 609 do 3.º (26 turmas), 384 do ensino secundário regular (14 turmas), 172 do ensino secundário profissional (oito turmas) e 18 do curso de educação e formação de Operador de Armazenagem, tipo 2 (uma turma). No que diz respeito à sua nacionalidade, 6,6% dos alunos são estrangeiros, oriundos maioritariamente de países como Brasil, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe. Quanto à ação social escolar, verifica-se que 68%

dos estudantes não beneficiam de auxílios económicos.

Os indicadores relativos à formação académica dos pais e das mães dos alunos permitem verificar que, nos ensinos básico e secundário, 19% e 17% têm formação superior e 51% e 45% formação de nível secundário e superior, respetivamente. Quanto à sua ocupação profissional, 8,2% e 8,6% dos pais e das mães dos alunos dos ensinos básico e secundário, respetivamente, exercem atividades de nível superior e intermédio, embora se desconheça a de 81%. Dos 204 docentes que desempenham funções no Agrupamento, 89% pertencem aos quadros, o que revela uma estabilidade significativa. O pessoal não docente é composto por 44 trabalhadores (nove assistentes técnicos, 34 assistentes operacionais e uma psicóloga). Exercem ainda funções 12 elementos no âmbito dos contratos de emprego-inserção.

De acordo com os dados de referência disponibilizados pela Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência para o ano letivo de 2012-2013, os valores das variáveis de contexto do Agrupamento, quando comparados com os das restantes escolas públicas, são bastante favoráveis, nomeadamente as percentagens de docentes do quadro e de alunos sem auxílios económicos no âmbito da ação social escolar e a média do número de anos de habilitações dos pais e das mães.

3 A VALIAÇÃO POR DOMÍNIO

Considerando os campos de análise dos três domínios do quadro de referência da avaliação externa e tendo por base as entrevistas e a análise documental e estatística realizada, a equipa de avaliação formula as seguintes apreciações:

3.1 – R

ESULTADOS

RESULTADOS ACADÉMICOS

No triénio 2010-2011 a 2012-2013, quando comparados com os de outros agrupamentos com valores análogos nas variáveis de contexto, os resultados académicos, no 4.º ano, evidenciam oscilações ao nível da taxa de conclusão que se situa, em 2012-2013, aquém dos valores esperados, contrariando a tendência de melhoria registada nos dois anos letivos anteriores. No que diz respeito às provas finais de ciclo, ainda que os resultados se posicionem acima dos valores esperados, a português, em 2010-2011, e em linha com estes, a matemática, em 2011-2012, ficam aquém daqueles valores nos restantes anos, sendo de assinalar, no primeiro caso, um afastamento cada vez maior relativamente aos valores esperados.

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No 6.º ano de escolaridade, por sua vez, sobressai, por um lado, a consistência dos resultados na taxa de conclusão, sempre acima dos valores esperados, naquele período, e a tendência gradual de melhoria observada nas provas finais de ciclo de matemática e de português, com especial relevância na última, que supera os valores esperados no ano letivo de 2012-2013. Já em relação ao 9.º ano, a taxa de conclusão, apesar da oscilação observada, encontra-se acima dos valores esperados nos anos letivos de 2010-2011 e 2012-2013. No que concerne aos resultados obtidos na avaliação externa, estes ficam sempre aquém do esperado, evidenciando, na generalidade, afastamentos significativos relativamente aos valores esperados, sobretudo na disciplina de português.

No 12.º ano, os desempenhos dos alunos posicionam-se predominantemente aquém dos valores esperados na totalidade dos indicadores analisados (taxa de conclusão e exames nacionais de português, matemática e história), no triénio, atingindo, em muitos casos, distanciamentos consideráveis em relação ao esperado.

Estes resultados situam-se globalmente aquém dos valores esperados, tendo em conta as variáveis de contexto bastante favoráveis, pelo que a melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos constitui uma das prioridades a considerar. Um maior investimento na implementação de medidas de promoção do sucesso escolar, para além das que se encontram em curso, afigura-se como imprescindível para a concretização desta finalidade, de forma particular no 3.º ciclo e no ensino secundário.

Na educação pré-escolar, procede-se, em departamento curricular, à análise da evolução das aprendizagens das crianças de acordo com as áreas de conteúdo estabelecidas pelas orientações curriculares e tendo em conta, também, as metas de aprendizagem definidas para este nível de educação. Deste trabalho resulta não só a identificação de áreas fortes e de melhoria bem como a redefinição das práticas com vista à garantia da qualidade das aprendizagens.

No que diz respeito aos cursos de educação e formação, as taxas de conclusão da maioria destes situam- se abaixo dos 50% e são marcadas por elevados índices de abandono, em especial nos dois últimos anos letivos. De realçar, contudo, os resultados mais favoráveis alcançados no de Artesão Pintor de Azulejo (73%). Já em relação aos cursos profissionais, ainda que globalmente mais positivos, evidenciam, também, taxas de conclusão, na generalidade, relativamente baixas. A organização e a disponibilização de indicadores globais mais fiáveis em torno do abandono/desistência e dos resultados desta oferta formativa assumem-se como uma área a incrementar no quadro da autoavaliação para que possam ser conhecidas áreas eventualmente mais frágeis e desencadeadas as respetivas estratégias de melhoria.

No que concerne ao abandono escolar e desistência, no ensino regular, os resultados têm sido bastante positivos no ensino básico, ainda que se registe um aumento do número de casos no ano letivo de 2013- 2014, com maior expressão no 3.º ciclo (3,4% no 7.º ano e 2,7% no 8.º). No ensino secundário, por sua vez, as taxas alcançadas revelam oscilações, nos três últimos anos, mas atingem, na sua maioria, valores pouco expressivos, ao contrário da registada em 2012-2013, no 12.º ano (4,4%).

RESULTADOS SOCIAIS

A vertente da solidariedade, área de intervenção estruturante do projeto educativo, é de forma relevante dinamizada pelo projeto EcoSol, coordenado pelos serviços de psicologia e orientação, através de ações como a entrega de cabazes de Natal a famílias carenciadas e a prestação de apoios concretos a alunos (alimentos, roupas e até aquisição de óculos, por exemplo). A dinamização de uma bolsa de voluntariado em diversas instituições da comunidade, a recolha de tampinhas para aquisição de equipamento médico e a participação no Dia do Pijama são outras das iniciativas desenvolvidas para a promoção do espírito solidário. A educação para a saúde representa outro dos campos estratégicos amplamente desenvolvido, onde se destacam os projetos Maçã dos Afetos e Embaixadores da Saúde, este último com um papel proeminente na dinâmica das turmas. Associado a esta vertente, merece ainda referência a participação nas múltiplas atividades do Desporto Escolar.

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A promoção da igualdade de género constitui outra das temáticas privilegiadas, presente no projeto Género e Sexualidade, organizado em parceria com a União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR). A disciplina de fórum cívico, criada no âmbito da oferta complementar, no ensino básico, assume-se como um espaço destinado à formação pessoal e social dos alunos, incidindo, ainda, em áreas como a educação ambiental, financeira, para o consumo e para a segurança, por exemplo.

Aos alunos é dada a oportunidade para desenvolverem iniciativas em que assumem um papel ativo, nomeadamente na realização de ações de sensibilização na área da saúde. Denota-se, no entanto, um fraco envolvimento dos estudantes nos processos de tomada de decisão do Agrupamento: estes não participam na elaboração dos documentos estruturantes e aos delegados de turma não são atribuídas funções que possam promover uma participação mais profícua, além de não estarem integrados, no geral, nas dinâmicas dos conselhos de turma. A associação de estudantes tem tido também um papel pouco relevante na escola secundária, apesar de os elementos recém-eleitos apresentarem uma agenda dinâmica e interventiva no sentido de uma participação mais ativa dos alunos, que urge, por isso, apoiar e estimular. O empenho e a qualidade da intervenção dos que integram o conselho geral poderão igualmente ser potenciados no sentido de uma representação mais abrangente dos alunos do ensino secundário.

Até ao ano letivo passado considerado como um problema, o comportamento é atualmente encarado pela generalidade dos elementos da comunidade escolar como um aspeto que melhorou significativamente e que não apresenta grande preocupação. Os indicadores relativos à monitorização da indisciplina demonstram que o número de alunos a quem foram aplicadas medidas disciplinares sancionatórias, nos últimos quatro anos, tinha, na verdade, alguma expressão. Ainda que persistam alguns casos de indisciplina perturbadora dos processos de ensino e de aprendizagem, os alunos aos quais é dada ordem de saída da sala de aula são encaminhados para o Gabinete de Acompanhamento e Intervenção Disciplinar (GAIP), onde é feito um acompanhamento da situação com um sentido preventivo.

O Agrupamento, para além do levantamento de dados relativos ao acesso e colocação no ensino superior, não desenvolve ainda iniciativas que lhe permitam conhecer o impacto da sua ação nos percursos dos alunos após a conclusão dos seus estudos. No entanto, antigos estudantes são convidados a partilhar as suas experiências pessoais e profissionais em ações desenvolvidas no âmbito da orientação escolar, como estratégia de motivação junto dos atuais alunos.

RECONHECIMENTO DA COMUNIDADE

A informação resultante da aplicação de questionários, no quadro da presente avaliação externa, mostra um nível de satisfação positivo da generalidade dos elementos da comunidade educativa. De salientar o expressivo grau de concordância dos alunos do 1.º ciclo em relação à maioria dos aspetos das suas escolas, dos professores e do ambiente escolar. Já os seus colegas dos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário revelam, de forma notória, conhecer as regras de comportamento. Entre os profissionais docentes e não docentes, destaca-se a satisfação pela abertura da escola ao exterior, pela disponibilidade da direção e pelo bom ambiente de trabalho existente. A grande maioria dos pais e encarregados de educação gostam que os seus educandos frequentem os vários estabelecimentos de educação e ensino.

O Agrupamento tem participado em atividades promovidas pelas autarquias (Câmara Municipal de Almada e União de Freguesias do Laranjeiro-Feijó), como sejam a Mostra do Ensino Superior, Secundário e Profissional de Almada, as Marchas Populares, as festas de Natal, entre outras, e aderido a vários projetos, como o Pequenos Cientistas, que ilustram a sua ligação à comunidade onde está inserido. Este aspeto é ainda visível na relação com instituições particulares de solidariedade social na dinamização de múltiplas ações que contribuem para o reconhecimento da importância do Agrupamento, a par do seu envolvimento nos projetos AGIR e +XL, no âmbito do programa Escolhas, que sublinham uma preocupação pelas questões de natureza social. O trabalho em rede é também

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percetível pelo elevado número de entidades com as quais são estabelecidos protocolos no quadro da formação em contexto de trabalho dos alunos das vias profissionalizantes.

A própria cedência do pavilhão desportivo a várias entidades ilustra, também, a abertura do Agrupamento. A oferta formativa diversificada de cursos profissionais no ensino secundário e os serviços de apoio às famílias das crianças da educação pré-escolar e dos alunos do 1.º ciclo, organizados pelas associações de pais e encarregados de educação, que revelam grande dinamismo, assumem-se como respostas a necessidades específicas que concorrem para a satisfação dos elementos da comunidade. Apesar destas iniciativas, que evidenciam o caráter interventivo do Agrupamento, as mesmas ainda não tiveram o impacto desejável na promoção da sua imagem enquanto polo educativo de referência, pelo que se trata de uma área a desenvolver. Apresenta-se, assim, como imperativo, uma divulgação mais assertiva das atividades realizadas, no exterior, o que implicará, também, uma clara melhoria dos canais de comunicação utilizados.

O Agrupamento promove a implementação de prémios de mérito dos alunos em três vertentes:

académica, cívica e cultural/desportiva. São ainda realizadas exposições dos seus trabalhos nos espaços físicos das escolas e, em alguns casos, noutros locais, ações que contribuem para a valorização do sucesso dos estudantes. O mesmo acontece com o Prémio Almada Cidade Inteligente, promovido pela Câmara Municipal de Almada, destinado aos alunos do ensino secundário com melhores resultados.

Em síntese, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Resultados.

3.2 – P

RESTAÇÃO DO SERVIÇO EDUCATIVO PLANEAMENTO E ARTICULAÇÃO

Os departamentos, no ensino básico e secundário, encontram-se subdivididos em secções curriculares, respeitando, em norma, os grupos de recrutamento, onde é desenvolvido o cerne do trabalho pedagógico.

O planeamento anual é elaborado colaborativamente entre os docentes que lecionam os mesmos anos ou níveis. A criação de instrumentos de avaliação, a análise da evolução das aprendizagens e dos resultados são outras das práticas desenvolvidas em grupo. As tecnologias têm também possibilitado a partilha de materiais. De salientar, pela positiva, a participação da professora bibliotecária naquele processo de planeamento, como forma de potenciar a utilização de recursos e as atividades de promoção da leitura, área que assume destaque na dinâmica das bibliotecas. Merece especial reflexão, todavia, as vantagens da criação de múltiplas secções curriculares, em cada departamento, que não facilitam uma ação mais concertada do 3.º ciclo e do ensino secundário com o 2.º ciclo.

No que diz respeito à planificação do trabalho a realizar com os grupos e as turmas, este materializa-se através da construção de um plano, na educação pré-escolar. No ensino básico, os documentos analisados (planos de desenvolvimento do currículo e outros associados) não evidenciam de forma clara um planeamento articulado, estruturado no início do ano letivo, em função das especificidades detetadas na caracterização das turmas.

No campo da gestão do currículo, numa perspetiva vertical, destaca-se o trabalho entre a educação pré- escolar e o 1.º ciclo através da realização de sessões conjuntas com o objetivo de articular as orientações curriculares com os programas. Ainda assim, trata-se de um campo por consolidar. Nos restantes níveis, sobretudo entre os três ciclos do ensino básico, não há ainda um trabalho significativo a realçar, pelo que se trata de uma área que carece de investimento, nomeadamente nas disciplinas de português e de matemática, com vista à garantia da sequencialidade das aprendizagens e à melhoria dos resultados dos alunos. Apesar disso, merece referência, pela positiva, o desenvolvimento de diversos projetos, de forma

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transversal aos vários níveis de educação e ensino, que revelam efetivamente abertura para uma ação mais profícua no âmbito da gestão curricular propriamente dita.

Numa vertente horizontal, regista-se um trabalho articulado entre as educadoras e as dinamizadoras das atividades de animação e apoio à família nos processos de planificação, acompanhamento e avaliação. No 1.º ciclo há também uma ação conjunta entre os professores titulares de turma e os responsáveis pela dinamização das atividades de enriquecimento curricular, no planeamento e na respetiva avaliação das aprendizagens dos alunos. Nos 2.º e 3.º ciclos e no ensino secundário, por sua vez, a articulação entre os conteúdos das várias disciplinas resulta, na maioria das vezes, de processos informais e manifesta-se sobretudo nas visitas de estudo e na definição de formas de abordagem de temas afins, o que poderá ser potenciado no âmbito dos planos de trabalho das turmas. O projeto Arte e Ciência constitui um bom exemplo a salientar, neste contexto.

A gestão da informação sobre o percurso escolar das crianças e dos alunos e a sua integração nos ciclos e níveis seguintes são aspetos aos quais o Agrupamento concede, no geral, a devida importância. A elaboração de relatórios sobre as suas características e o seu perfil, a entregar aos docentes do ciclo seguinte, e a realização de reuniões específicas para este fim, na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, são algumas das evidências recolhidas. De salientar, também, o trabalho desenvolvido pela psicóloga nos processos de orientação escolar e profissional, para os alunos do 9.º ano de escolaridade, e de outras ações no âmbito da divulgação da oferta educativa e da preparação do acesso ao ensino superior.

PRÁTICAS DE ENSINO

As práticas de ensino desenvolvidas com os alunos com necessidades educativas especiais revelam, no geral, taxas de eficácia elevadas, atingindo o sucesso pleno em vários anos de escolaridade, nos últimos quatro anos, ainda que, nos casos em que tal não acontece, devam suscitar particular atenção no âmbito do acompanhamento e da monitorização dos programas educativos individuais. O trabalho organizado em torno destes alunos resulta de uma boa articulação entre os docentes, as famílias e os serviços de psicologia e orientação e outros técnicos envolvidos.

De salientar, ainda, diversas parcerias estabelecidas que contribuem para a concretização de processos educativos de maior qualidade, nomeadamente com o Hospital Garcia da Horta e com uma escola de educação especial, por exemplo. De sublinhar também, pela positiva, a integração dos alunos com plano individual de transição em estabelecimentos comerciais e instituições da comunidade, o que favorece o desenvolvimento de competências profissionalizantes facilitadoras da transição para a vida pós-escolar, com alguns casos bem conseguidos em termos de empregabilidade.

Enquanto agrupamento de referência para a educação de alunos cegos e com baixa visão é de mencionar ainda o investimento efetuado na aquisição de materiais e de equipamentos específicos, com efeitos positivos na melhoria das práticas dos docentes e das condições de aprendizagem dos alunos. A realização de ações de sensibilização e formação sobre esta problemática, pelos docentes de educação especial, destinadas aos diversos elementos da comunidade educativa, representa uma boa prática a sublinhar. A Astronomia Inclusiva, dimensão do projeto Open Discovery Space, dirigida a estes alunos, é igualmente reveladora da importância dedicada ao princípio da inclusão.

Registaram-se evidências de que os docentes adequam as suas práticas às capacidades e aos ritmos de aprendizagem das crianças e dos alunos. Os que revelam mais potencialidades são, por vezes, envolvidos em funções de apoio aos seus colegas e, em alguns casos, são-lhes atribuídas tarefas adicionais. Aos alunos com mais dificuldades, os professores prestam apoio individualizado. Apesar disso, as visitas aos contextos educativos e os documentos de planeamento analisados mostram que estas e outras práticas de diferenciação pedagógica carecem de generalização, com vista à melhoria das aprendizagens e dos resultados.

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As práticas de ensino implementadas pelos docentes contemplam os trabalhos de grupo, as pesquisas, as apresentações orais à turma, as dramatizações, os debates, entre outras, onde os alunos assumem um papel ativo na aprendizagem. Registaram-se ainda exemplos do seu envolvimento em tarefas mais complexas, como a construção de ensaios, que exigem aos estudantes a mobilização de múltiplos conhecimentos. A atividade experimental é, na generalidade, concretizada nos vários níveis de educação e ensino, ainda que possa ser intensificada em várias turmas, em especial no ensino básico. Neste âmbito, são de mencionar outras iniciativas que estimulam os alunos para a literacia científica, como as idas a centros Ciência Viva e o trabalho realizado nos laboratórios de várias instituições do ensino superior, sobretudo com os do ensino secundário.

As visitas de estudo, na grande maioria das disciplinas, ocupam um lugar preponderante nos processos educativos, às quais os docentes associam, no geral, atividades preparatórias e de avaliação das aprendizagens realizadas. A utilização das tecnologias da informação e comunicação, enquanto recurso educativo, poderá ser potenciado, em algumas turmas. No âmbito dos cursos profissionais, é de salientar, pela positiva, o envolvimento dos alunos em atividades práticas enriquecedoras relacionadas com as áreas para os quais os cursos preparam. A vertente artística do currículo assume alguma relevância não só pela oferta formativa propriamente dita, onde é de destacar o curso de Artes Visuais, no ensino secundário, mas também pela participação dos alunos em diversas ações ligadas ao teatro e às artes plásticas, sendo de sublinhar, também neste caso, o projeto Arte e Ciência, ao qual está ainda associada a vertente científica.

A supervisão da atividade letiva, em sala de aula, ainda não acontece enquanto processo formativo direcionado para a melhoria das práticas, das aprendizagens e dos resultados dos alunos.

MONITORIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DO ENSINO E DAS APRENDIZAGENS

Os docentes procedem à avaliação das aprendizagens dos alunos triangulando a informação proveniente da utilização de várias tarefas e instrumentos. São disso exemplo os relatórios, os trabalhos individuais ou de grupo, as apresentações, os testes, entre outros. Ainda assim, verifica-se, com especial relevância no ensino básico, um peso excessivo dos últimos no processo de classificação, aspeto que deverá suscitar uma reflexão entre os professores.

Os critérios de avaliação definidos são divulgados no início do ano letivo junto dos alunos e das famílias, respeitando-se, assim, o princípio da transparência. Porém, a sua elaboração não tem por base uma matriz comum coexistindo, entre as disciplinas, múltiplas nomenclaturas que não facilitam a apropriação da informação pelos seus destinatários. Além disso, este aspeto vem corroborar as questões já levantadas a propósito de alguma falta de articulação entre o trabalho concretizado nas secções curriculares, nos 2.º e 3.º ciclos e ensino secundário. Esta situação é ainda reveladora da necessidade de definição de uma estratégia mais global em torno da avaliação das aprendizagens. Com efeito, o plano de desenvolvimento curricular não explicita, de forma abrangente, as grandes opções do Agrupamento, neste campo, nomeadamente sobre o desenvolvimento da avaliação formativa e a articulação desta com a sumativa, entre outros aspetos, que possam orientar os docentes nas suas práticas.

As crianças e os alunos são envolvidos em tarefas de autoavaliação, de forma generalizada no final de cada período e de cada módulo, no caso dos cursos profissionais. De realçar, pela positiva, o facto de alguns docentes desenvolverem um trabalho mais frequente e consistente, a este nível, o que permite uma participação mais ativa das crianças e dos alunos na autorregulação das suas aprendizagens.

Recolheram-se igualmente evidências que demonstram que os docentes, na sequência das tarefas de avaliação, fornecem aos estudantes informação de retorno que os ajuda no processo de melhoria e reformulam as suas estratégias, quando necessário.

É concedida alguma importância às questões relacionadas com a validade e a fiabilidade da avaliação.

Os departamentos curriculares elaboram uma matriz global de forma a orientar a elaboração dos testes.

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Há ainda situações que evidenciam a utilização de instrumentos comuns, concebidos colaborativamente, nas diferentes turmas do mesmo ano, prática a generalizar com vista a uma maior aferição do ensino e da aprendizagem.

Estes processos são ainda monitorizados através da realização de balanços sobre o cumprimento do planeamento efetuado, quer no seio dos departamentos curriculares, quer nos conselhos de turma, no âmbito dos planos de desenvolvimento do currículo implementados, o que está na base da reformulação do trabalho realizado. As medidas de promoção do sucesso escolar, ainda que avaliadas pelos responsáveis, não foram objeto de um tratamento global que permita indagar da sua eficácia, aspeto que assume, também, pertinência no quadro da autoavaliação.

As ações concretizadas em torno da prevenção e da resolução dos casos de abandono e desistência têm-se mostrado globalmente eficazes, fruto do trabalho realizado pelos docentes titulares e diretores de turma, em parceria com as famílias, com a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens local e outras instituições da comunidade, bem como pelos serviços de psicologia e orientação, sobretudo na reorientação do percurso escolar dos alunos. Ainda assim, alguns focos de abandono e desistência deverão suscitar uma intervenção ainda mais assertiva.

Em síntese, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas, o que justifica a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Prestação do Serviço Educativo.

3.3 – L

IDERANÇA E GESTÃO LIDERANÇA

O projeto educativo exprime claramente a visão estratégica para o Agrupamento ao centrar-se na promoção do sucesso educativo, dos valores e da cidadania, bem como na projeção da sua ação na comunidade. O documento encontra-se bem estruturado: define áreas de intervenção nucleares, objetivos e, na generalidade, metas claras e avaliáveis.

O plano anual de atividades, por sua vez, constrói-se a partir daqueles objetivos, o que é um aspeto positivo a sublinhar, mas limita-se a elencar um conjunto de iniciativas que não preveem, entre outros aspetos, a calendarização e os objetivos específicos. A própria avaliação final global das ações desenvolvidas, muito centrada, no geral, apenas na concretização ou não de cada uma das atividades, não evidencia, portanto, os impactos nas aprendizagens e nos resultados, o que representa um outro grande desafio no quadro da autoavaliação a implementar. Algumas das atividades, como as da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, por exemplo, e de alguns projetos demonstram, contudo, uma análise mais profunda a este nível.

Os aspetos relativos à elaboração do plano anual de atividades, já mencionados, mereceram a devida atenção por parte do conselho geral, órgão que revelou sentido crítico, exigência e rigor na análise desta matéria. A avaliação do projeto educativo, todavia, assume-se como um campo a incrementar, em articulação com a equipa de autoavaliação, através da construção de instrumentos que permitam a recolha e posterior análise de informação, em áreas onde ainda não existam, a fim de permitir uma avaliação clara e inequívoca do grau de concretização dos objetivos definidos e das metas estabelecidas.

O diretor tem sido responsável pelo exercício de uma liderança carismática, marcada pela abertura, disponibilidade e capacidade de resolução de problemas. A boa gestão de conflitos e o espírito conciliador representam outras das características daquele órgão no âmbito da sua ação. Estes aspetos têm sido determinantes para a motivação e mobilização dos diferentes profissionais docentes e não docentes. As lideranças intermédias sentem o seu trabalho reconhecido, desenvolvem as suas tarefas com autonomia

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e respetiva responsabilização e a sua opinião é tida em conta, aspetos que demonstram, assim, a valorização da intervenção destes elementos.

O estabelecimento de parcerias com diversas organizações da comunidade, públicas e privadas, representa outra das marcas das lideranças do Agrupamento. Para além daquelas que já foram mencionadas, destaca-se, também, o trabalho feito com o Agrupamento de Centros de Saúde de Almada- Seixal e com a Biblioteca Municipal José Saramago, entre outras, no enriquecimento das práticas desenvolvidas. De sublinhar, ainda, o desenvolvimento de projetos internacionais no quadro do programa Comenius (Living Together e Net Work of Words) e Green for all, all for Green, no âmbito do Erasmus+, que proporcionam aos alunos experiências bastante enriquecedoras.

A ação das lideranças tem sido igualmente determinante para a construção de um espirito de agrupamento, ainda não alcançado na sua plenitude. As recentes medidas de reorganização da distribuição dos alunos do 3.º ciclo tiveram um impacto bastante positivo, neste campo. Apesar disso, o fortalecimento da coesão e do sentido de pertença afigura-se como uma área de melhoria através da dinamização de iniciativas mobilizadoras da comunidade. O Dia do Agrupamento, por exemplo, poderá ser mais bem explorado de modo a contribuir de forma mais veemente para esta finalidade.

GESTÃO

Na distribuição de serviço docente são valorizadas as competências pessoais e profissionais e procede-se a uma gestão dos recursos orientada por critérios eminentemente pedagógicos, como a constituição de equipas que acompanham os alunos ao longo de um ciclo e a atribuição, em regra, do cargo de diretor de turma a professores do quadro para assegurar igualmente estabilidade no trabalho a desenvolver.

Apesar destas práticas positivas, a afetação de um maior número de tempos de crédito e ou da componente não letiva dos docentes a medidas de promoção do sucesso escolar assume-se como um aspeto essencial para a melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos.

No que diz respeito ao pessoal não docente, o serviço dos assistentes operacionais é distribuído da mesma forma, de acordo como o perfil e a experiência. A sua gestão, numa perspetiva de agrupamento, deslocando-se entre os diferentes estabelecimentos de educação e ensino, em função das necessidades existentes, é um aspeto a destacar. Nos serviços administrativos, a tradicional divisão por áreas diminui a flexibilidade na gestão dos recursos humanos, questão muito pertinente numa altura em que se tem assistido a uma diminuição dos trabalhadores afetos a este setor no Agrupamento.

A gestão dos recursos materiais e dos equipamentos educativos tem suscitado uma intervenção dinâmica na procura de soluções que se repercutam positivamente na melhoria das condições de ensino e de aprendizagem dos alunos. Neste quadro, são de referir, por exemplo, a transferência, no presente ano letivo, de turmas do 4.º ano para as instalações da Escola Básica da Alembrança, o que permitiu, pela primeira vez, a colocação de todas as turmas do 1.º ciclo em regime normal e a deslocação da totalidade das turmas do 9.º ano para a Escola Secundária Romeu Correia enquanto estratégia direcionada para promover a sua continuidade no ensino secundário, no Agrupamento, e proporcionar o acesso a outros recursos, nomeadamente a laboratórios mais modernos.

É feito um levantamento das necessidades de formação dos profissionais docentes e não docentes, mas não tem havido uma resposta cabal às carências detetadas. Contudo, são de mencionar algumas boas práticas, neste campo, como a realização de uma ação na área da ótica, em parceria com o centro de formação local, no quadro da abertura do curso profissional de Ótica Ocular, e a promoção de iniciativas formativas, internamente, explorando-se os recursos humanos disponíveis ou a parceria com instituições. A replicação de formação feita por docentes, junto dos seus colegas de departamento curricular, constitui outra das situações a destacar. O próprio investimento feito pelo diretor e outros elementos da sua equipa em formações especializadas na área da gestão e da administração escolar é também de realçar, neste contexto, a par do custeamento de algumas ações consideradas estratégicas.

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Os circuitos de informação pautam-se pela frequente utilização do correio eletrónico tanto para comunicação, divulgação ou partilha de instrumentos de trabalho, entre todos os elementos da comunidade educativa, bem como do grupo de discussão (googlegroups), criado para o efeito. Merece destaque a melhoria significativa observada na divulgação interna das atividades do plano anual. No entanto, a página web do Agrupamento carece de aperfeiçoamento de forma a promover, no exterior, o trabalho desenvolvido.

AUTOAVALIAÇÃO E MELHORIA

“A inexistência de práticas de autoavaliação em todas as áreas do funcionamento da Escola, que permitam um conhecimento de todos os pontos fortes e fracos e a superação das dificuldades” constituía um dos pontos fracos identificados aquando da primeira avaliação externa da Escola Secundária Romeu Correia. Ainda que, presentemente, este estabelecimento de ensino se encontre integrado num Agrupamento e que a respetiva agregação tenha ocorrido pouco tempo depois daquele processo, seria expectável, mesmo assim, um trabalho intencional no sentido da superação dos pontos fracos então identificados, o que não chegou a acontecer.

O conselho pedagógico tem sido o órgão responsável pelas práticas de autoavaliação desenvolvidas. Este trabalho tem incidido na monitorização e na análise do sucesso educativo, trimestralmente, feita também por outros órgãos e pelas estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, o que tem permitido a adequação das estratégias dos docentes e a adoção de algumas medidas de promoção do sucesso escolar, como as tutorias e o apoio educativo.

As práticas de autoavaliação materializam-se ainda na elaboração anual de um relatório final de atividades que congrega um conjunto vasto de informação, demonstrativo da capacidade de reflexão sobre o trabalho realizado e de alguma regulação da ação desenvolvida. Aquele documento integra, por exemplo, relatórios dos diversos clubes e projetos, de alguns serviços e das estruturas de coordenação educativa e supervisão pedagógica, entre outros, que efetuam balanços do trabalho realizado e identificam aspetos positivos e negativos, o que tem tido impacto na organização de cada ano escolar.

Todavia, estes relatórios finais ainda não consubstanciam verdadeiros relatórios de autoavaliação que efetuem um diagnóstico rigoroso global da organização escolar e sistematizem os pontos fortes e as áreas de melhoria, a partir dos quais possam então ser implementados planos de ação. Para além dos aspetos referidos ao longo deste relatório, a triangulação da informação já existente com variadas fontes (análise de outros documentos, aplicação de questionários, por exemplo), de modo a garantir-se a fiabilidade da mesma, a definição de áreas prioritárias, em consonância com os objetivos e metas do projeto educativo são, de facto, outros aspetos a ponderar no âmbito do planeamento do trabalho a efetuar pelos responsáveis pelo processo.

A equipa de autoavaliação, recentemente constituída, coordenada por uma das professoras bibliotecárias, com experiência nesta matéria, tem, assim, o grande desafio de implementar um processo de autoavaliação cujo objetivo primordial seja efetivamente o da melhoria das aprendizagens e dos resultados das crianças e dos alunos.

Em síntese, a ação do Agrupamento tem produzido um impacto aquém dos valores esperados na melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos e nos respetivos percursos escolares. As ações de aperfeiçoamento são pouco consistentes ao longo do tempo e envolvem áreas limitadas. Tais fundamentos justificam a atribuição da classificação de SUFICIENTE no domínio Liderança e Gestão.

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4 P ONTOS FORTES E ÁREAS DE MELHORIA

A equipa de avaliação realça os seguintes pontos fortes no desempenho do Agrupamento:

O trabalho desenvolvido no âmbito da educação para a saúde e para a solidariedade, áreas estratégicas do Agrupamento, o que se tem repercutido positivamente na formação integral das crianças e dos alunos;

As parcerias estabelecidas com múltiplas entidades locais, em diversas vertentes da ação do Agrupamento, promotoras do trabalho em rede;

As ações organizadas no âmbito dos processos de ensino e de aprendizagem dos alunos com necessidades educativas especiais que se têm revelado, no geral, eficazes;

A dinâmica abrangente dos serviços de psicologia e orientação na promoção da inclusão e do sucesso dos alunos;

O desenvolvimento de práticas de ensino que integram iniciativas estimulantes e enriquecedoras, como as visitas de estudo, o trabalho feito em colaboração com instituições do ensino superior na área das ciências experimentais, as ações com os alunos dos cursos profissionais e a adesão a projetos internacionais;

A liderança carismática do diretor, marcada pela abertura, espírito conciliador e com capacidade de resolução de problemas, entre outros atributos, o que tem sido determinante para a motivação e mobilização dos trabalhadores docentes e não docentes;

As práticas empreendidas na gestão dos espaços do Agrupamento com implicações positivas na melhoria das condições de aprendizagem dos alunos e no aprofundamento do espírito de coesão.

A equipa de avaliação entende que as áreas onde o Agrupamento deve incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria são as seguintes:

Na implementação de medidas de promoção do sucesso escolar que contribuam de forma mais eficaz para a melhoria das aprendizagens e dos resultados dos alunos;

Na participação dos estudantes nos processos de tomada de decisão do Agrupamento de modo a valorizar-se o seu contributo no planeamento e na avaliação de atividades;

Na promoção da imagem do Agrupamento, na comunidade, enquanto polo educativo de referência, através de uma estratégia mais assertiva de divulgação das boas práticas já conseguidas, em algumas áreas;

Na estruturação de planos de trabalho, no início do ano letivo, enquanto documentos de planeamento da ação a desenvolver com as turmas, em função das suas características específicas, e que permitam fomentar a articulação horizontal;

Na gestão vertical do currículo, nomeadamente nas disciplinas de português e de matemática, a fim de permitir uma melhoria das aprendizagens e dos resultados das crianças e dos alunos;

Na supervisão da atividade letiva em sala de aula enquanto estratégia direcionada para a identificação de boas práticas, bem como para a promoção do sucesso educativo;

No campo da autoavaliação enquanto processo destinado à melhoria das aprendizagens e dos resultados.

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30-03-2015

A Equipa de Avaliação Externa: Elisabete Freire, Helena Afonso e Rui Castanheira

Concordo. À consideração do Senhor Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar, para homologação.

O Inspetor-Geral da Educação e Ciência

Homologo.

O Secretário de Estado do Ensino e da Administração Escolar

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1 O Agrupamento de Escolas de Romeu Correia (a funcionar desde o ano letivo 2010- 2011) é constituído pelas Escolas: Secundária com 3º Ciclo de Romeu Correia, Básica do 2º e 3º Ciclos da Alembrança, Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim de Infância n.º 1 do Feijó, Escola Básica n.º 2 do Feijó e Escola Básica do 1º Ciclo com Jardim de Infância de Vale Flores.

A Escola sede que dá o nome ao Agrupamento foi construída, provisoriamente, em 1980, para dar resposta ao acentuado desenvolvimento demográfico que se registava na época.

A estrutura norueguesa do edifício escolar, em pré-fabricado, assentava numa antiga quinta de características rurais, particularmente visíveis numa casa contígua à escola e integrada no recinto escolar que servia os interesses agrícolas e pecuários de quem a habitava.

Integrada no espaço escolar, a habitação e o terreno circundante faziam provas da origem desta terra do concelho de Almada.

Com traços de origem árabe, a história do Feijó assenta na organização de quintas, como comprovam documentos dos séculos XVI e XVII, mantendo-se esta estrutura até meados do século XX, como consequência do desenvolvimento da economia e da explosão demográfica associada à forte industrialização e construção da ponte sobre o Tejo que abriu novos horizontes à população.

Em termos de administração política e social, o Feijó integrou-se nas freguesias da Cova da Piedade e do Laranjeiro, obtendo a sua autonomia administrativa em 1993, tendo sido então elevada à categoria de freguesia, correspondendo, deste modo, às expectativas dos seus habitantes que viram satisfeitos os seus desejos, dada a extensão territorial e o desenvolvimento económico que justificava a participação ativa de uma Junta capaz de dar conta dos problemas inerentes a um espaço e a uma demografia em constante mudança.

Contudo, e de acordo com as condições políticas, económicas e sociais, e no âmbito das reformas administrativas nacionais, o Feijó voltou a agregar-se, em 2013, à Junta de freguesia do Laranjeiro, com sede nesta localidade e com a designação de União de Freguesias do Laranjeiro e Feijó.

Realça-se o forte espírito e tradição de associativismo que serve os munícipes, contando com a presença de muitos jovens que praticam regularmente desporto, bem como é notória a promoção da cultura e integração dos seus habitantes. Para isso concorre igualmente a Autoestrada do Sul e a via alternativa à Estrada Nacional n.º 10, esta última construída sob a responsabilidade da Câmara Municipal de Almada.

É neste contexto que surge a população escolar da localidade fortemente caracterizada pela mudança, pela multiculturalidade - diversidade cultural, étnica e social.

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2 Entendendo a escola como uma instituição/ instrumento de formação, o foco das preocupações dos agentes educativos assentam essencialmente na construção da personalidade dos jovens que frequentam os diversos estabelecimentos de ensino. Neste sentido, a escola acompanha a par e passo a evolução dos tempos, também ela se transformando e adaptando-se às necessidades dos jovens e do país.

Acumularam-se as tarefas, os compromissos e as responsabilidades. Assistiu-se a uma explosão de missões: à instrução juntou-se a educação, a formação, o desenvolvimento pessoal, moral, a educação tecnológica, a educação para a cidadania e para os valores, a educação para a saúde e sexualidade, a prevenção da toxicodependência, defesa do ambiente, do património e tantas outras missões que se somaram e se vão somando.

A escola era entendida como a salvação, a regeneração, a resposta à evolução dos tempos. Passou-se pela escolarização obrigatória que veio atribuir ainda mais responsabilidades aos sistemas de ensino; passou-se pelo apoio comunitário às famílias e aos grupos mais desfavorecidos; passou-se pela integração e pela inclusão... e a tudo isto a escola tentou dar resposta, tendo em vista a escola democrática, alicerçada em valores que o 25 de abril trouxera: a igualdade de oportunidades para todos, a democraticidade, a cidadania democrática, a liberdade e a justiça social, como consagrados na Constituição e opondo-se aos valores (ou falta deles) institucionalizados pelo Estado Novo que cada vez mais abria brechas e diferenciava os cidadãos do seu país.

As sucessivas medidas legislativas foram reformando os currículos, os programas, as atuações. A todos estes movimentos, a escola soube responder, com maior ou menor sucesso, mas sempre problematizou o seu papel e sempre equacionou a transformações por que passava.

A Escola Secundária com 3º Ciclo de Romeu Correia, primeiramente designada de Escola Secundária do Feijó, assistiu ao desenvolvimento demográfico, tendo começado com muitos alunos, e tendo assistido ao crescimento económico e às mudanças na estrutura social e económica, dando oportunidades equitativas a todos os seus discentes.

A passagem do tempo deixou as suas marcas no edifício e depressa se instalou a degradação. Em 1997, a Escola Secundária do Feijó recebe o nome do seu patrono, homenageado no Complexo Municipal dos Desportos, em colaboração com a Câmara Municipal de Almada. Lutando por melhores condições de trabalho, alunos, professores e funcionários conseguiram, no ano de 2007, a mudança para o novo edifício, construído de raiz, e no mesmo local.

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3 Tendo sempre em vista a integração dos seus alunos, e dignificando os valores da cidadania e da democracia, os professores continuam a respeitar e a promover o sucesso pessoal e académico de todos os alunos, reconhecendo e satisfazendo as necessidades de cada indivíduo, de modo a garantir um desenvolvimento harmonioso, utilizando recursos diversificados e diferenciados em estreita cooperação com a comunidade.

Sendo a formação integral do aluno a maior preocupação dos profissionais de educação, a atuação dentro da escola tem-se pautado pela integração escolar e pela inclusão dos seus alunos, tendo em conta a heterogeneidade que a “escola de massas” criou. Esta universalização da escola tem comportado muitas transformações, às quais se tem tentado dar resposta, não esquecendo que se trata de uma instituição inclusiva que proporciona uma diversidade de oferta educativa e inclui projetos que complementam a formação do aluno enquanto cidadão. É escola de referência para alunos cegos e de baixa visão, replicando os princípios de equidade e de diferenciação.

Um dos objetivos centrais da educação, além da construção do saber, deve assentar no exercício da componente da cidadania, dando especial enfoque à escola democrática e participativa, passando pela dignificação dos valores da solidariedade, como é exemplo o Projeto “EcoSol” que visa canalizar, de forma organizada, a atitude de solidariedade manifestada na ajuda e no apoio aos alunos e às famílias mais desfavorecidas social e economicamente. Para isso contribuem todos os elementos da comunidade educativa despertos e sensibilizados para este tipo de problemas. De igual forma se pretende educar para o ambiente, contando com a participação dos alunos e respetivas famílias, de forma a assimilarem os valores que estão na base da proteção do mundo que nos rodeia – Projeto “Tá a Reciclar”. A consciencialização da realidade em que vivemos é operacionalizada também pelos diversos Projetos que enformam a vida académica, nomeadamente com a educação para a saúde, educação sexual, levada a cabo pelos professores e agentes que trabalham na mesma direção, particularmente com membros dos Centros de Saúde e de instituições vocacionadas para o efeito.

A importância de todos terem as mesmas oportunidades, de a educação ser um bem ao alcance de todos, de a escola ser um espaço livre e propiciador de reflexão, lugar de diálogo e de comunicação, faz-nos sentir que vale a pena acreditar e ambicionar que a escola deve ser pacientemente reconquistada para que se construa um futuro em liberdade.

Fátima Rosa

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Formulário

VI Congresso Nacional da Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras - Ficha de Experiências

Título da Experiência: Projecto EcoSol Agrupamento de Escolas Romeu Correia

Modalidade de apresentação: Power point; vídeo

Resumo: Após uma campanha de recolha de bens organizada pela escola para uma instituição da comunidade, surgiu a ideia de desenvolvermos um projecto cujo fim seria provocar um movimento de solidariedade na escola que acudisse a situações pontuais e extremas de pobreza de alunos. A existência, na nossa escola, de um elevado número de famílias com graves carências económicas era uma evidência, e com grande visibilidade nos nossos alunos, como falta de material escolar, roupa adequada à época, alimentação insuficiente, número de alunos com escalão A do ASE e muitos encarregados de educação que manifestavam falta de recursos para ajudar os filhos. Desta forma, e aproveitando o sentimento colectivo de solidariedade, sensibilizámos professores e funcionários para a importância deste projeto e angariámos sócios” (designados EcoSolidários) para a angariação dos bens necessários.

Perante a sinalização de uma situação de carência económica, que pode ser feita por qualquer professor ou funcionário, mediante ficha de sinalização própria , criada para o efeito, a equipa do projeto lança um pedido específico aos sócios Ecosolidários, que são solicitados para colaborar, na maioria das vezes, com géneros alimentares e/ou roupa. Estes bens são entregues na papelaria da escola em caixas próprias do projeto, onde a funcionária faz o registo das entregas. No final do prazo de entrega, um grupo de alunos (voluntários do projeto) responsabiliza-se por organizar e arrumar todos os bens em sacos próprios para o Diretor de turma ou um elemento da equipa ou a própria família poder transportar.

Objetivos (gerais e específicos): Como objetivos gerais, o projeto pretende canalizar de forma organizada a atitude de solidariedade manifesta na comunidade educativa, mobilizar recursos humanos de forma integrada em função das necessidades e envidar esforços para minimizar os efeitos das fragilidades económicas no sucesso escolar dos alunos. Objetivos específicos:

centralizar a sinalização de situações de fragilidade socioeconómica; realizar uma gestão organizada e integrada entre as necessidades das famílias e os recursos humanos com disponibilidade para colaborar com doações específicas; Prestar ajuda a nível de bens alimentares, roupas, material escolar e outros que as famílias necessitem.

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METODOLOGIA: 1) Sinalização de situações de carência económica e social: pode ser realizada por qualquer membro da comunidade escolar (DT’s, professores, técnicos, pessoal não docente,)

2) Encaminhamento para o EcoSol: através do preenchimento de uma ficha de registo a ser entregue diretamente à equipa ou colocado na caixa de correio EcoSol (sala professores) ou ainda através do mail : ecosol.romeucorreia@gmail.com

3) Pedido de doação aos “Sócios” ( que se compromete em trazer os bens que são pedidos) através de mail, em função das necessidades diagnosticadas do agregado familiar

4) Entrega dos bens solicitados, por parte dos sócios, em local definido na escola para o efeito 5) Entrega dos bens ao aluno ou membro da sua família mediante acordo, após a receção de todos os bens solicitados. Quando não é possível o aluno levar, o Diretor de turma e/ou um membro da equipa entrega ao domicílio.

Contexto: Sendo Almada uma cidade solidária, parece-nos pertinente divulgar este projeto como exemplo de uma boa prática na vertente da educação para os valores e exemplo de concretização, na prática, de uma actividade que a materializa no seio de uma comunidade privilegiada para este tipo de iniciativas que é a comunidade escolar.

A nossa Escola é uma Escola que sempre se pautou por acções promotoras de uma cultura de solidariedade, voluntariado, de cooperação e de responsabilidade social, no âmbito do seu PEE, bem como os seus recursos humanos sempre demonstraram predisposição para apoiar iniciativas desta natureza revelando um sentimento colectivo de solidariedade.

Avaliação: Este projeto tem vindo a ajudar várias famílias ao longo destes anos, em duas vertentes: ajuda ao longo do ano em função das necessidades que vão surgindo e pontual como a angariação de Cabazes de Natal na época natalícia para famílias sinalizadas ou na época da Páscoa com o Ecosol Páscoa. Como dados positivos do Projeto temos o aumento do número de sócios, o envolvimento de quase toda a totalidade das turmas da escola nas iniciativas do projeto ( 95% de adesão) e o reconhecimento sentido das famílias, manifestado várias vezes ao longo do ano. Este ano letivo, alargámos o âmbito da intervenção à EB 2,3 da Alembrança tendo em conta as necessidades existentes nesta escola bem como a vontade expressa pelos respectivos docentes.

Percentagem de sócios relativamente ao total do pessoal docente e discente da Escola Romeu Correia e número de famílias apoiadas:

2008/09 (34% sócios): 8 famílias apoiadas

2009/10 (74% sócios): 12 famílias apoiadas durante o ano e 27 com cabaz de Natal 2010/11 (77% sócios ): 7 famílias apoiadas durante o ano e 36 com cabaz de Natal

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2011/12 ( 78% sócios) : 8 famílias apoiadas durante o ano e 34 com cabaz de Natal 2012/13 (79% sócios) : 9 famílias apoiadas durante o ano e 35 com cabaz de natal 2013/14 ( 86% sócios) : 8 famílias apoiadas durante o ano e 34 com cabaz de natal

2014/15 (87% sócios) : 5 famílias ao longo do ano, 35 famílias com cabaz de natal e 21 com cabazes de páscoa

Além do número de famílias apoiadas, podemos realçar a mobilização de recursos que este projeto promove nas iniciativas do EcoSol Natal e Ecosol Páscoa, onde todas as turmas da escola são envolvidas. Acreditamos, também, pela adesão e participação dos alunos, pais e encarregados de educação que o Ecosol contribui para o desenvolvimento de uma maior consciência cívica e participativa dos nossos alunos. A nossa intervenção e a de todos os ecosolidários permitiu que este projeto se alargasse a outras escolas , as quais solicitaram a autorização para implementar um “EcoSol” nas suas instituições escolares. São exemplo disso a escola secundária do monte de Caparica, escola básica Elias Garcia e ainda uma escola do Seixal, a EB2.3 Pedro Eanes Lobato. Organizámos já um I Encontro de Escolas Solidárias que se realizou no dia 3 de Junho de 2013.

Consideramos como ponte forte a estrutura do próprio projeto, a organização no processo de implementação, e a documentação criada que garantem a sua sustentabilidade mesmo que exista rotação dos membros da equipa coordenadora. Além disso, temos verificado que o número alunos que nos procuram para colaborar vai aumentando e a vontade de ajudar é manifestamente expressada. Porque achamos que o Voluntariado proporciona aos nossos jovens oportunidades de desenvolvimento pessoal, criámos em 2012/2013 uma Bolsa de Voluntariado onde se inscreveram 25 alunos, dos quais 16 realizaram voluntariado em diversas instituições do Concelho, tendo sido certificados pelas suas acções.

No futuro, pretendemos estabelecer mais parcerias com a comunidade, como a que se estabeleceu com a Óptica Cândido (que contribui connosco na compra de óculos para os alunos que necessitam e não têm forma de pagar) e a DECO, bem como criar uma rede de escolas solidárias predispostas ajudar os seus alunos enquadrados numa cidade Solidária e

“Educadora”.

Sítio:

https://www.facebook.com/Projeto-EcoSol-1455920211319234/timeline/

Organização da instituição:

Agrupamento de escolas formado por três escolas de 1º ciclo, uma de 1º, 2º e 3º ciclo e a sede com 3º ciclo e secundário. Localiza-se na freguesia de Feijó/Laranjeiro donde é proveniente a maioria da sua população escolar que ascende a mais de 2000 alunos, cerca de 200 professores e 50 funcionários.

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Formado no ano lectivo de 2010/2011 através da agregação do Agrupamento de Escolas da Alembrança e da Escola Secundária Romeu Correia, constituiu-se como o primeiro agrupamento do concelho a agrupar duas escolas com regimes de autonomia, administração e gestão próprios decisão que, se gerou vários constrangimentos a diversos níveis, criou, no entanto, a possibilidade de um melhor conhecimento e acompanhamento do aluno ao longo de todo o seu percurso escolar.

O seu projecto educativo contempla a oferta de todos os anos de escolaridade desde o pré- escolar até ao 12º ano e uma rede alargada de oferta curricular, pois acreditamos que ao criarmos condições para o aluno se manter na instituição potencia-se a continuidade de estratégias educativas e de orientação escolar específicas que são mais positivas quanto melhor é o conhecimento do histórico escolar do aluno.

Justamente porque é nossa preocupação central o conhecimento e acompanhamento do aluno na sua formação, e sabemos que o seu currículo não se reduz às aprendizagens em sala de aula, promovemos um conjunto de iniciativas de solidariedade social e responsabilidade cívica traduzidas em acções próprias do agrupamento ou em parceria com várias instituições locais para as quais estes valores são a razão da sua existência.

É neste sentido que se enquadra o Projeto Ecosol bem como a Bolsa de Voluntariado, ou vários outros projectos de natureza científica ou cívica que têm como intenção ultrapassar os muros escolares para encontrar no mundo que todos os dias percorremos o espaço onde alicerçar uma formação orientada para os saberes mas também para os valores..

Síntese da experiência para divulgação: Um projeto de solidariedade da escola e para a escola na medida em que consegue, de uma forma organizada, dar respostas eficazes a necessidades prementes sentidas pelos nossos alunos e suas famílias, através da ajuda de todos – professores, funcionários, alunos - àqueles que nesta “casa” mais precisam!

Referências

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