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LINGUÍSTICA APLICADA: UM BREVE RELATO SOBRE A SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM LÍNGUA ESTRANGEIRA NO BRASIL

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LINGUÍSTICA APLICADA: UM BREVE RELATO SOBRE A SUA IMPORTÂNCIA NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM

LÍNGUA ESTRANGEIRA NO BRASIL

Elisson Souza de São José1 Simone Silveira Amorim2 11. Estudos da Linguagem

RESUMO

Este artigo tem como objetivo mostrar a importância da Linguística Aplicada (LA) no ensino de língua estrangeira. Para isso foi necessário fazer uma pesquisa bibliográfica para que pudéssemos ter uma visão mais clara de como a Linguística Aplicada tem sido usada no ensino de um novo idioma e os grandes benefícios trazidos por utilizá-la de forma correta.

Este artigo foi escrito com base nos textos de Almeida Filho (2005), Cavalcanti e Lado (1972). Serão também apontados alguns dos principais problemas enfrentados pelos professores de língua estrangeira no Brasil e os cuidados que devem ser tomados por eles em sala da aula.

PALAVRAS-CHAVE: Linguística Aplicada. processo ensino-aprendizagem. língua estrangeira.

ABSTRACT

This article has as its goal to show the importance of Applied Linguistics (AL) in foreign language teaching. In order to reach it, a bibliographical research was done so that we could have a clearer view of how Applied Linguistics has been used in the teaching of a new language and the great benefits brought by its usage in a correct way. This article was written based on texts by Filho (2005), Cavalcanti and Lado (1972). It will also be showed some of the main problems faced by foreign language teachers in Brazil and the care that should be taken in their classrooms.

KEYWORDS: Applied Linguistics. teaching-learning process. foreign language.

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1 INTRODUÇÃO

A Linguística Aplicada (LA) a cada dia que passa vem sendo mais estudada e discutida, pois fica cada vez mais presente a sua importância nos meios comunicativos de todos os cidadãos e regiões do planeta, o que não se limita apenas as pessoas de mesmo idioma. Ela também vem clareando a importância que a língua possui na cultura dos povos, sejam estes quais forem, e ao aprendê-lo, não apenas podemos nos comunicar com um público maior, como também temos um maior conhecimento de seus costumes.

Se analisarmos um pouco o surgimento da Linguística Aplicada como área de conhecimento explícito, objetivo e sistemático; de acordo com Almeida Filho (2009, p.11), veremos que sua origem está intimamente relacionada com a evolução do ensino de línguas nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial. Isso ocorreu neste período, devido à grande necessidade de se comunicar tanto com os aliados como com os inimigos.

Durante a Guerra, a necessidade aguda de contato com aliados falantes de outras línguas, e mesmo com os inimigos, empurrou as conquistas da psicologia e da lingüística para dentro dos manuais e métodos de ensino de línguas. As questões de uso de outras línguas se transformaram a partir daí num imenso território de estudos e de produção de material teórico e prático [...] (ALMEIDA FILHO, 2009, p. 11).

Foram os linguistas os principais responsáveis pelo progresso no estudo de línguas no período da II Guerra Mundial e não parou por aí. Desde então o seu campo de estudo vem crescendo e muitas universidades de várias partes do mundo vem criando mais cursos na área de Linguística Aplicada.

Ela durante algum tempo foi vista como uma tentativa de aplicação da lingüística, ou seja, da teoria no ensino de Línguas (CAVALCANTI, 1986, p. 50). Já hoje ela é vista

[...] como articuladora de muitos domínios do saber, em diálogos constante com vários campos do conhecimento que têm preocupação com a linguagem. Tendo em vista que a linguagem permeia todos os setores de nossa vida social, política, educacional e econômica, uma vez que é

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construída pelo contexto social e desempenha o papel instrumental na construção dos contextos sociais, nos quais vivemos, está implícita a importância da LA no equacionamento de problemas de origem educacional, social, política e até econômica (CELANI, 2000, p. 19-20).

As duas visões a respeito dela, a antiga e a atual, têm em comum o fato de ambos estarem relacionado com a linguagem, e com isso a do propósito deste artigo: fazer um breve relato da importância da LA no processo de comunicação em Língua Estrangeira no Brasil.

Pois, como já foi dito antes, ela só passou a ter uma importância maior quando foi necessário saber as melhores formas de se estudar e de se aprender a comunicar em outro idioma, principalmente naqueles momentos de guerra. Por isso, é importante sabermos um pouco mais a respeito da abordagem comunicativa.

A abordagem comunicativa desenvolveu-se nas duas últimas décadas do século XX e resultou de uma alteração ocorrida ao nível da concepção e formulação do conceito de “Língua” (Teoria da língua). Se até ai, a língua era entendida como uma estrutura, uma hierarquia organizada de elementos e unidades lingüísticas a partir desta data a mesma passou a ser vista e entendida, essencialmente, como um veículo de comunicação de significados e de interação social. (ROQUE, 2010, p. 21).

Assim sendo, para que possamos entender melhor a importância da Linguística Aplicada no processo de ensino-aprendizagem, analisaremos alguns pontos: a Língua como fator sócio cultural, o material didático de língua estrangeira e alguns problemas enfrentado pela LA no Brasil.

2 A LÍNGUA COMO FATOR SÓCIO-CULTURAL

Toda língua há muito tempo é vista como um fator sócio-cultual e que tem a linguagem como produto social, pois seria impossível existir comunicação se não houvesse um receptor.

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O mundo globalizado exige que a pessoa saiba, no mínimo, um idioma estrangeiro e ao estudá-lo o individuo poderá passar a gostar e a se identificar com ele, o que ajudará a expandir seu nível cultural através do conhecimento da cultura de outros povos.

O aprendiz, por sua vez, não está isento de responsabilidade sobre o que ele apreender da identidade estrangeira. A partir do momento em que o aprendiz busca mais informações sobre a língua estudada, ele estará recebendo maior carga de dados culturais do outro grupo. Basta apenas um maior contato, juntamente com uma maior sensibilidade por parte do aluno para que ele inconscientemente receba a cultura da língua estrangeira (PEDROSA &

CORRÊA, 2008, p.146).

Nós podemos ver claramente isso quando pessoas, principalmente as mais jovens, ouvem e cantam músicas estrangeiras ou brincam em jogos que não são do seu idioma. Eles começam a conhecer palavras e a associar de forma inconsciente ao seu idioma materno.

Um exemplo simples disso é que apesar de muitas pessoas não saberem exatamente falar inglês, elas sabem que para ligar a televisão precisam apertar a tecla Power do controle remoto, ou ainda, as crianças sabem que game over significa que ela perdeu no jogo. Estes são apenas alguns exemplos de como a cultura e a língua de um povo pode está presente muitas vezes de forma despercebida por muitas pessoas. No entanto, existem muitas coisas em comum entre elas.

Apesar das línguas naturais terem suas características próprias, todas elas também possuem aspectos similares que são dignos de nota. De acordo com Heckler e Back (1988), as línguas têm em comum o fato de: serem sons, lineares, sistemas formados por sistemas, serem significativas, convencionais, arbitrarias, criadas, singulares e semelhantes. Apesar de todos esses pontos em comum, cada uma possui suas próprias características que as tornam especiais, o que mais uma vez faz com que seja importante estudar e conhecer uma língua.

A experiência de ensino de E/LE3 sob uma perspectiva intercultural tem demonstrado que, além de levar o aluno a adquirir habilidades lingüísticas em espanhol, pode fazer com que ele desenvolva competências que o auxiliarão na interação com o nativo na LE4, tais como: tolerância, compreensão dos diferentes comportamentos e situações, provocando uma mudança de atitude. Além de ajudar o aluno a lutar contra estereótipos e tópicos sobre a cultura da língua meta (RODRIGUES, 2009, p. 92).

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Ainda de acordo com o texto acima, podemos analisar as palavras de Byram e Doyé (1999, p. 142) sobre o que vem a ser competência intercultural: é “uma combinação de habilidades, atitudes e conhecimento.” Sendo uma combinação não podemos dizer apenas que a língua depende do individuo e sim de todos os seres com quem ele se envolve diretamente ou indiretamente.

É por isso que o estudo de línguas, seja ela materna ou estrangeira, é defendida pelo Parâmetro Curricular Nacional (PCN) que diz: “a aprendizagem de uma língua estrangeira, juntamente com a língua materna, é dever de todo cidadão” (BRASIL, 2008, p.

19). E o que pode ajudar ao professor de idioma neste trabalho é sua experiência em ensinar um idioma e ver qual a melhor metodologia a aplicar naquela turma e naquele momento. É ai que entra o papel tão importante da Linguística Aplicada, observar os meios em que isso ocorrer e ajuda ao aluno e professor a ter um bom resultado em seus trabalhos.

Uma ferramenta importante que pode ajudar o professor a melhorar seu desempenho em ensinar idiomas é o livro didático.

3 LIVRO DIDÁTICO DE LÍNGUA ESTRANGEIRA

Um aspecto importante com respeito a LA se refere na ajuda na produção do livro didático. Por meio dela hoje temos livros com maior qualidade instrutiva do que a de décadas atrás. Ela tem ajudado a produzir livros que destacam não apenas uma habilidade da língua, mas sim todas as quatro: ouvir, falar, ler e escrever.

Os livros didáticos têm uma suma importância no estudo da LA, pois é possível obter através de seu conteúdo atividades, propostas e diversas outras informações que são utilizadas para determinar suas concepções de linguagem e suas finalidades, bem como seus usos e seu papel no processo de ensino-aprendizagem (PEDROSA & CORRÊA, p. 149).

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Muitos livros ensinam a falar outro idioma usando a técnica da reprodução dos sons do nativo da língua que se quer aprender, isso tem sido eficaz em alguns casos. Pois sabemos que uma criança ao aprender a falar, ela primeiro observa e depois tenta repetir as palavras. De principio devido à criança não saber pronunciar os fonemas de sua língua nativa, acontece de ela trocar alguns sons por outros parecidos e isso vai ocorrendo até ela conseguir dominar todos os fonemas necessários para poder se comunicar de forma correta (LYONS, p.

233-234).

Ao aprender um idioma estrangeiro por esse método não é diferente. É muito importante o aluno observar e depois tentar repetir o que foi falado5, isso faz com que o aluno não só desenvolva a audição como também a fala. De princípio, notaremos algo bem comum do que acontece com as crianças que estão aprendendo a falar seu idioma de origem.

Os estudantes terão problemas para pronunciar certas palavras que não possuem fonemas idênticos com o de sua língua nativa, o que faz com que estes tentem trocar o verdadeiro som da palavra por outro “parecido”. Isso ocorrerá e deve ser tratado como algo normal até que este possa distingui um som do outro.

É exatamente por esse motivo que ao elaborar livros didáticos é necessário levar em conta a língua estrangeira e a língua do nativo. Pois de conforme FRIES6 citado por Lado (1971, p. 13), “os matérias mais eficazes são os baseados numa descrição científica da língua a ser aprendida, comparada cuidadosamente com uma descrição paralela da língua nativa do aprendiz”. Preparar um material didático pensando apenas em facilitar o aprendizado também pode ser prejudicial, pois isso pode iludir tanto o professor como o aluno.

Alguns livros, divulgados pela publicidade como panacéias para aprendizado fácil de uma língua estrangeira, apresenta simplesmente alguns padrões que são similares aos da língua nativa e gastam nêles muitos capítulos, às vêzes um volume inteiro. O professor e o aluno não treinados podem ter a impressão de que o livro realmente simplifica a aprendizagem da língua.

Porém, na verdade, não ensina a língua estrangeira: apenas entretém o professor e o aluno numa atividade fácil, mas improdutiva. Essa deficiência é revelada imediatamente pela comparação das duas línguas (LADO, 1971, p. 14).

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Por isso mesmo é importante conhecer a proposta linguística-cultural de SERRANI (2005), ao falar a respeito do material que pode está escrito tanto na língua alvo como na língua do aluno, conforme a necessidade, desde que não se esqueça de: “estimular nos alunos o estabelecimento de pontes culturais com outras sociedades e culturas;

proporcionar a educação e a diversidade cultural [...] dar ao componente cultural um peso significativo no planejamento de cursos de línguas” (SERRANI, 2005, p. 22).

Devemos tomar cuidado para não dar uma falsa impressão de aprendizado, quando na verdade, o aluno não consegue usar o novo idioma quando está fora de aula. “O uso de material autêntico pode ser uma maneira de facilitar essa transparência de aprendizagem” (LEFFA, 2003, p. 24).

4 ALGUNS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELA LINGUÍSTICA APLICADA NO BRASIL

Os problemas com os quais a lingüística aplicada lida vão dos aspectos da competência lingüística e comunicativa do indivíduo, tais como a aquisição de primeira ou segunda língua, letramento, distúrbios de linguagem, etc. a problemas relacionados com linguagem e comunicação nas sociedades e entre as sociedades como, por exemplo, a variação lingüística e a discriminação lingüística, o multilinguismo, o conflito lingüístico, a política lingüística e o planejamento lingüístico (MENEZES, SILVA e GOMES, 2009).

O estudo da LA no Brasil teve uma maior ênfase com a criação de alguns grupos ou associações de professores de línguas estrangeiras. Uma boa parte desses grupos foi criada devido à insatisfação com os currículos escolares referente ao ensino fundamental e médio ocorridas em 1985.

Em 1971, a lei 5692 era o modelo de oferta da disciplina de língua estrangeira nas escolas públicas do Brasil. Esta dizia em resumo que deveria ter uma língua estrangeira obrigatória (esta foi o inglês na maioria das escolas) com aulas duas vezes por semana durante cinco dos anos escolares.

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No entanto, em 1985, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo criou a resolução SE de 07/01/85 que alterou as diretrizes de ensino de língua estrangeira. Ela dizia que seria obrigatório apenas em duas séries consecutivas dos quatro dos últimos anos do ensino fundamental e que a promoção do aluno seria feita com base na apuração da assiduidade, e quanto à “avaliação de aproveitamento seria apenas para fins de acompanhamento e planejamento” (ALMEIDA FILHO, 2009, p. 35- 36).

Devido a tantos problemas existentes quanto ao currículo de língua estrangeira foram se criando associações que lutavam por condições melhores. No mesmo ano, 1985, foi criado a APLIESP - Associação dos Professores de Língua Inglesa do Estado de São Paulo;

dois anos depois foi criado o CELEM - Centro de Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas, que agora é CEL - Centro de Estudos de Línguas, já em 1990, foi criado na cidade de Recife a Associação de Linguística Aplicada no Brasil - ALAB - na cidade de Recife. Aos poucos estes grupos foram lutando e ganhando mais respeito pelas novas leis, tais como a LDB, Leis de Diretrizes e Bases e o PCN, Parâmetros Curriculares Nacionais.

Há cerca de cinco séculos a urgência de se aprender uma nova língua tem ocorrido muitas das vezes com a finalidade de ter uma distinção social no aprender mais sobre a língua- alvo do que do próprio uso do idioma. Nós vivemos em uma época em que os professores de língua ainda enfrentam problemas antigos e ainda tem que lidar com os novos.

Por isso, a LA tem que está sempre se inovando e buscando melhores meios de facilitar os meios de ensino-aprendizagem de uma língua e nós devemos está preparados para isso.

Infelizmente, de acordo com alguns estudiosos da área de LA, o que tem prejudicado a formação de bons profissionais em Língua Estrangeira é o curso de duplo idioma - Língua Estrangeira e Língua Materna. Para Paiva (2005), estes cursos oferecem pouca chance de uma boa formação já que o curso vai ter uma grade curricular mínima para cada um dos idiomas.

Almeida Filho (1992, p. 77) não pensa diferente, para ele o professor com dupla formação não vai ter as capacidades linguísticas e teórico-pedagógica apropriada. Assim sendo, será necessário que o professor procure mais conhecimentos e não espere aprender tudo o que precisa apenas na universidade.

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Segundo Rocha (2008, p. 18), as dificuldades no ensino aprendizagem de crianças começam na falta de parâmetros oficiais que possam oferecer diretrizes específicas que possam conduzir o orientando e orientador de forma mais efetiva. Logo depois, ela diz que o outro problema é a mal ou pobre formação do professor.

Apesar de todos estes problemas temos que levar em conta não é pelo fato de eles existirem que a LA deixou de trazer resultados importantes no ensino de Línguas.

5 BENEFÍCIOS TRAZIDOS PELA LINGUÍSTICA APLICADA

Através de diversos estudos feitos pelos diversos pesquisadores da LA foi possível encontrar, solucionar e discutir diversos aspectos que envolvem um idioma. Para Silva e Alvarez (2008, p.44) os questionamentos sobre um idioma quanto ao domínio, desigualdades, diferenças e desejo; estão sendo estudados e trazendo resultados positivos para melhores meios de se ensinar um idioma estrangeiro.

A cada dia que passa mais pessoas estão se interessando em estudar os meios que estão relacionados com linguagem e como resultados temos melhores ferramentas quando comparados com a de décadas atrás.

Hoje podemos usar livros, músicas, CDs, internet, e vários outros meios para facilitar o aprendizado. Quando comparamos os materiais e a forma como são passados os assuntos relacionados ao idioma estudado veremos uma grande diferença com a época de nossos pais.

Atualmente é possível aprender de forma mais fácil, mais rápida e mais eficaz. É possível aprender até mesmo sem a necessidade de um professor presente. Por isso que existem até mesmo aulas de idiomas à distância. Tudo isso, é possível graças aos avanços tecnológicos e ao avanço nas pesquisas em LA.

Os estudantes podem estudar idioma até mesmo em seus próprios lares ou em outro ambiente que não seja a escola, e o melhor de tudo, eles também terão um ótimo resultado, basta dedicação e interesse.

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6 CONCLUSÃO

A Linguística Aplicada nasceu como uma como uma disciplina voltada para o estudo de língua estrangeira e hoje ela abrange diversas áreas, responsável pelo surgimento de vários outros campos de investigação transdisciplinar, de novas formas de pesquisa e de novos olhares sobre o que é ciência. “O uso de uma Língua Estrangeira é uma forma de agir no mundo para transformá-lo. A ausência dessa consciência crítica no processo de ensino e aprendizagem de inglês, no entanto, influi na manutenção do ‘status quo’ ao invés de cooperar para sua transformação.” (BRASIL, 1998, p.40).

É ótimo saber que a cada dia que passa a LA tem ganhado mais ênfase quando se trata de ensino-aprendizagem de línguas, seja esta materna ou estrangeira, e com isso tem sido possível melhorar os desempenhos das aulas referentes à língua. Graças a ela é possível não apenas saber os meios que envolvem o idioma que se quer aprender como também tudo que gira em torno dela, pois quando falamos em língua estamos nos referindo a todos os vários elementos que estão relacionados a ela.

Portanto, a importância em estar envolvido no processo de transformação do ensino de uma LA é essencial para o educador que almeja desenvolver um trabalho melhor, no qual abranja e dê um suporte a quem está a receber tanto a explicação em sua língua nativa com referência a nova língua ensinada, pois socializar é transformar algo a ser lecionado com o meio onde está inserido o professor que ministrará as aulas.

Se a LA continuar com seu crescimento, com certeza, dentro de pouco tempo teremos não só melhores explicações para os problemas referentes aos métodos de ensino- aprendizado como melhores meios para que isso possa acontecer.

REFERÊNCIA

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1 Formado em Português - Inglês pela Universidade Tiradentes e especialista em Metodologia do Ensino de Língua Inglesa pela Faculdade Atlântico; também é professor de inglês do Colégio Rabboni LTDA e da E.M.E.F. Prof. Maria Thétis Nunes. Email: prof.elisson@hotmail.com

2Doutoranda em Educação (NPGED - UFS), membro da SBHE, integrante do Grupo de Estudos e Pesquisas em História da Educação/UFS e do Grupo de Pesquisas História das Práticas Educacionais/UNIT. E-mail:

amorim_simone@hotmail.com.

3Espanhol como Língua Estrangeira.

4Língua Estrangeira.

5Esse método de ensino é muito comum em diversos cursinhos de inglês encontrados no Brasil.

6Charles C. Fries, Teaching and Learning English as a Foreign Language ( Ann Arbor: Univ. Mich. Press,1945), p. 9.

Referências

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